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RESUMO DE NEUROFISIOLOGIA

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Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
Resumo de Neurofisiologia 
Fisiologia – Aula 1-4 
Introdução e Definições Básicas 
o sistema nervoso = sistema nervoso central + sistema nervoso 
periférico 
 
 
Sistema nervoso central (snc) 
o encéfalo + medula espinhal 
o encéfalo: cérebro, cerebelo e tronco encefálico (mesencéfalo, 
ponte e bulbo) 
o medula espinhal 
 
 
 
sistema nervoso periférico (snp) 
o tudo o que se localiza fora desse esqueleto 
o nervos cranianos, gânglios nervosos e nervos espinais 
 
organização celular e neuroquímica 
o neurônio = corpo celular + dendritos + axônio 
o o impulso nervoso ocorre no corpo através das sinapses – 
podem ser elétricas ou químicas 
o de modo geral: os dendritos recebem os sinais e os axônios 
transmitem a informação – dendritos ➜ corpo celular ➜ 
axônio 
 
 
o neurônios sensoriais: recebe estímulos sensoriais da periferia – 
tato, pressão, vibração 
o interneurônios: entre o neurônio sensitivo e o neurônio motor 
o neurônios eferentes: sai da medula espinhal para gerar uma 
resposta/comando efetivo para contração muscular, produção 
de hormônio, produção de secreção exócrina 
 
substância cinzenta x branca 
o substância cinzenta: borda do cérebro – camada fina que 
permeia os sulcos e giros, chamado de córtex cerebral 
o substância branca: miolo do cérebro 
 
 
 
Sistema Nervoso Central 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
 
 
 
Divisão sensorial do sistema nervoso – os receptores 
sensoriais 
o porção somática do sistema sensorial 
o a informação chega ao SNC pelos nervos periféricos e é 
conduzida imediatamente para múltiplas áreas sensoriais 
localizadas – em todos os níveis da medula; no bulbo, 
ponte e mesencéfalo; no cerebelo; no tálamo; áreas do 
córtex cerebral 
 
 
 
Divisão motora do sistema nervoso – os efetores 
o depois de o sistema nervoso receber a informação ele gera 
uma resposta para contração dos órgãos efetores 
o o papel eventual mais importante do sistema nervoso é o de 
controlar as diversas atividades do corpo 
o essa função é realizada pelo controle da: 
– contração dos músculos esqueléticos; 
– contração da musculatura lisa dos órgãos internos; 
– secreção de substâncias químicas pelas glândulas 
exócrinas e endócrinas que agem em diversas partes do 
corpo; 
o regiões inferiores do SNC – comandam respostas automáticas 
e instantâneas dos estímulos sensoriais 
o regiões superiores do SNC – comandam os movimentos 
musculares complexos (controlados por processos cognitivos 
cerebrais) 
o esse papel pode ser controlado pela: medula; tronco 
encefálico; gânglios da base; cerebelo; córtex motor 
 
O sistema nervoso autônomo opera em paralelo com a parte 
motora e a parte sensorial, exercendo controle sobre a 
musculatura lisa, glândulas e outros sistemas internos do corpo. 
 
Principais níveis funcionais do snc 
o três níveis principais do sistema nervoso central tem 
características funcionais específicas: 
 
1. nível medular: todas as porções da medula espinhal 
o movimentos de marcha 
o reflexos que afastam partes do corpo de objetos que causam 
dor 
o reflexos que enrijecem as pernas para sustentar o corpo 
contra a gravidade 
o reflexos que controlam os vasos sanguíneos locais, 
movimentos do TGI ou excreção urinária 
 
2. nível cerebral inferior/subcortical: atividades subconscientes do 
corpo são controladas por regiões encefálicas subcorticais – 
no bulbo, ponte, mesencéfalo, hipotálamo, tálamo, cerebelo e 
nos gânglios da base 
o controlo da pressão arterial e da respiração; 
o controle do equilíbrio; 
o controle da temperatura; 
o reflexos alimentares – salivação, ação de lamber os lábios; 
o controle da motivação e comportamento – raiva, excitação, 
resposta sexual, reação à dor e reação ao prazer 
 
3. nível cerebral superior/cortical: 
o pensamentos; 
o armazenamento de memórias; 
o estado de vigília; 
 
Somente funciona em associação às estruturas subcorticais. 
 
Sinapses 
o a informação enviada pelo sistema nervoso (impulso nervoso) 
pode ser bloqueado, ser transformado de impulso único em 
impulso repetitivos e pode ser integrado a impulsos vindo de 
outros neurônios (gerar padrões de impulsos muito 
complexos) 
o existem dois tipos de sinapses: química e elétrica 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
 
sinapse química 
o por ligando 
o é aquela que libera neurotransmissores 
o mais comum 
 
1. potencial de ação 
2. despolarização do terminal pré-sináptico 
3. influxo de cálcio 
4. liberação de neurotransmissores químicos mas fendas 
sinápticas 
5. acoplamento aos receptores pós-sinápticos 
 
 
1. características especiais da transmissão sináptica: 
o fadiga da transmissão sináptica (exaustão dos estoques de 
neurotransmissores, inativação receptores pós-sinápticos e 
lento desenvolvimento de concentrações anormais de íons) = 
efeito protetor 
a acidose e a hipóxia deprimem a atividade neuronal, enquanto 
o alcalose faz o contrário 
 
2. potencial de ação: 
 
 
 
o potencial de ação da sinapse química está relacionado à 
polaridade proporcionada pelo influxo de Na+ (efeito 
excitatório) ou pelo influxo de Cl- e/ou efluxo de K+ (efeito 
inibitório) 
o uma propriedade importante dos potenciais de ação está 
relacionada à somação espacial dos potenciais para gerar 
potencial de ação ao atingir a limiar de disparo 
 
 
 
sinapse elétrica 
o acontece pela carga elétrica propriamente dita 
o várias direções 
o geralmente ocorre quando há um estímulo elétrico no corpo 
– onde ocorre uma despolarização e o disparo 
 
 
 
 
 
Neurotransmissores 
o de moléculas pequenas e de ação rápida são os que induzem 
as respostas mais agudas do sistema nervoso 
o as vesículas que armazenam os neurotransmissores de 
moléculas pequenas são recicladas 
 
 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
Neurotransmissores 
Excitatórios 
Nome Funções Origem Alvo 
Acetilcolina 
(Neurônios 
Colinérgicos) 
Ciclos sono-
vigília, alerta, 
aprendizado, 
memória 
Base do 
cérebro, 
mesencéfal
o e ponte 
Cerebelo, 
hipocampo 
e tálamo 
Norepinefrina 
(Neurônios 
Noradrenérgico
s) 
Atenção, alerta, 
ciclos sono-
vigília, 
aprendizado, 
memória, 
ansiedade, dor 
e humor 
Ponte Córtex, 
tálamo, 
hipotálamo, 
bulbo 
olfatório, 
cerebelo, 
mesencéfal
o, ME 
Glutamato Excitatório mais 
comum no 
cérebro 
- - 
Inibitórios 
Nome Funções Origem Alvo 
Dopamina 
(Neurônios 
Dopaminérgicos
) 
Controle motor 
e centros de 
“recompensa” 
Mesencéfal
o 
(substância 
nigra) 
Córtex e 
parte do 
sistema 
límbico 
Glicina - - Sinapses da 
ME 
GABA (Ácido 
Gama-
Aminobutírico) 
- Terminais 
nervosos 
na ME, 
cerebelo, 
gânglios da 
base e 
córtex 
- 
Serotonina 
(Neurônios 
Serotoninérgico
s) 
Dor, 
locomoção, 
ciclo sono-
vigília, 
comportament
os emocionais 
e humor 
Tronco 
encefálico 
ME e 
encéfalo 
 
Óxido Nítrico 
Não é considerado nem inibitório e nem excitatório. É 
especialmente secretado por terminais nervosos em áreas 
encefálicas pelo comportamento a longo prazo e pela memória. 
Não é formado em vesículas no terminal pré-sináptico. 
 
Há fármacos que aumentam a excitabilidade dos 
neurotransmissores, como por exemplo: cafeína e teofilina. Por 
outro lado, os anestésicos diminuem a transmissão sináptica. 
 
 
 
Adrenalina 
 
 
 
 
Neurônios 
Neurônios mielínicos (tipo a) 
o o possuem no axônio uma camada lipídica chamada bainha de 
mielina, que funciona como isolante elétrico – impulso nervoso 
passa de forma saltatória e transmitindo mais rapidamente 
 
neurônios amielínicos (tipo c) 
o o impulso nervoso passa de forma contínua e transmitindo 
mais lentamente 
 
 
 
 
 
 
Receptores Sensoriais 
o as informações para o sistema nervoso são fornecidas pelos 
receptores sensoriais que detectam estímulos como tato, 
som, luz, dor, frio e calor 
 
Sistema Nervoso Periférico 
 
Gabriela SensiSanthiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
 
 
 
Sistema Nervoso Periférico - 
Sistema Nervoso Autônomo 
o sistema nervoso eferente 
o porção que controla a maioria das funções viscerais do 
organismo, total ou parcialmente – são respostas rápidas e 
intensas, que não dependem da vontade própria 
o controla: PA, FC, broncodilatação e constrição, motilidade do 
TGI, secreção do TGI, esvaziamento da bexiga, sudorese, 
temperatura corporal 
o os reflexos viscerais são sinais sensoriais subconscientes de 
órgãos viscerais – respostas reflexas subconscientes e 
ocorrem em segundos 
 
estrutura 
o ativado principalmente por centros localizados na medula 
espinhal, tronco encefálico e hipotálamo 
o o sistema límbico pode transmitir sinais para os centros 
inferiores influenciando o controle autônomo 
o os sinais autônomos eferentes (que chegam aos órgãos) são 
transmitidos pelo sistema nervoso simpático e sistema 
nervoso parassimpático – esses são compostos por 
neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares (no órgão) 
 
 
 
 
O primeiro neurônio, chamado de pré-ganglionar, sai do sistema 
nervoso central (SNC) e projeta-se para um gânglio autônomo, 
localizado fora do SNC. 
No gânglio, o neurônio pré-ganglionar faz sinapse com o segundo 
neurônio, chamado de neurônio pós-ganglionar. O corpo celular do 
neurônio pós-ganglionar localiza-se no gânglio autônomo, e o seu 
axônio projeta-se para o tecido alvo. 
 
 
 
 
 
Sistema nervoso simpático 
o localização: neurônios pré-ganglionares saem da medula de T1-
L2 e vão para os gânglios 
o luta e fuga 
 
 
 
o medula espinhal: substância cinzenta (H – dividido em cornos) 
e substância branca 
o cadeia simpática: os gânglios do sistema simpático encontram-
se conectados entre si formando uma longa cadeia longitudinal 
que se estende dos dois lados da coluna vertebral 
 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
 
*raiz posterior: recebe informações sensoriais (aferentes da 
medula) 
*raiz anterior: recebe informações eferentes da medula 
 
Sistema nervoso parassimpático 
 
o localização: neurônios pré-ganglionares saem do tronco 
encefálico e da medula deS2-S4 e vão para os gânglios 
o descanso e digestão 
 
 
 
Sistema nervoso autônomo e neurotransmissores 
1. neurônios pré-ganglionares: 
o todos os neurônios pré-ganglionares são colinérgicos – 
liberam acetilcolina como neurotransmissor 
 
2. neurônios pós-ganglionares: 
o sistema parassimpático: todos ou quase todos são colinérgicos 
o sistema simpático: a maioria são adrenérgicos – liberam 
norepinefrina/epinefrina como neurotransmissor 
 
a. acetilcolina: 
o síntese: Acetil-CoA + Colina = acetilcolina – sintetizada nas 
terminações nervosas e varicosidades da fibra nervosa 
colinérgica 
 
 
b. norepinefrina: 
o síntese: começa no axoplasma da terminação nervosa das 
fibras adrenérgicas e acaba nas vesículas secretórias 
 
 
 
Receptores colinérgicos e adrenérgicos 
1. receptores colinérgicos: 
o a acetilcolina ativa dois tipos de receptores 
a. muscarínicos – proteína G 
b. nicotínicos – canais iônicos 
o encontrados em: neurônios pré-ganglionares 
simpático/parassimpático (nicotínicos) e pós-ganglionares 
parassimpático (muscarínicos) 
 
2. receptores adrenérgicos: 
a. receptores alfa – proteína G 
b. receptores beta – proteína G 
 
 
 
o norepinefrina: noradrenalina excita principalmente os 
receptores alfa 
o epinefrina: adrenalina (secretada pela adrenal) excita ambos os 
receptores 
o encontrados em: neurônios pós-ganglionares simpáticos (alfa 
ou beta) 
 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
 
 
Características básicas dos sistemas simpáticos e parassimpáticos 
o a estimulação simpática e parassimpática causa efeitos 
excitatórios em alguns órgãos e efeitos inibitórios em outros – 
determinado pela natureza da proteína receptora na 
membrana celular e pelo efeito da ligação receptor sobre seu 
estado conformacional 
o geralmente agem antagonicamente 
o a maioria dos órgãos é controlada dominantemente por um 
ou outro dos dois sistemas 
 
controle do SNA 
o controle bulbar, pontino e mesencefálico do sistema nervoso 
autônomo 
o controle dos centros autônomos do te por áreas cerebrais 
superiores 
 
Sistema Nervoso Periférico – 
Sistema Nervoso Somático 
 
o dividido em duas partes: 
1. aferente/sensorial: sensitivo – leva as informações ao SNC 
2. eferente/motor: motor – traz as respostas voluntárias aos 
órgãos efetores 
 
Sistema Sensorial Somático – 
Sistema Nervoso Somático 
o o sistema sensorial somático é a parte aferente do sistema 
nervoso responsável pelas percepções táteis e 
proprioceptivas do corpo humano 
 
sensações somáticas 
o sensações somáticas são percebidas pelos diversos 
receptores: 
 
1. mecanorreceptores: 
o sensações táteis e posição corporal 
o estimulada pelo deslocamento mecânico de algum tecido do 
corpo 
a. sensações táteis: 
o tato – receptores na pele; 
o pressão – deformação dos tecidos mais profundos; 
o vibração – sinais sensíveis repetitivos e rápidos; 
o cócegas e prurido 
 
b. posição corporal/propriocepção: 
o posição estática – orientação das diferentes partes do corpo 
entre si; 
o velocidade dos movimentos 
 
2. termorreceptores: 
o frio; 
o calor 
 
3. nociceptores: 
o dor – ativada por fatores que lesionam os tecidos 
 
mecanorreceptores da pele 
o os principais mecanorreceptores da pele são os corpúsculos 
de Meissner e Pacini, disco de Merkel e terminação de Ruffini 
 
 
1. tato – Meissner, Merkel e Ruffini 
2. pressão – Ruffini 
3. vibração – Pacini 
 
o eles estão localizados em diferentes porções da pele e se 
diferenciam pelo tamanho: 
a. dos seus campos receptivos; 
b. pela velocidade do seu mecanismo de adaptação; 
c. pela frequência dos estímulos; 
d. pelo seu limiar de pressão 
 
 
 
Via aferente 
Axônios Aferentes Primários 
o levam as informações dos receptores sensoriais somáticos à 
medula espinhal e ao tronco encefálico – percorrendo os 
nervos periféricos até seus corpos celulares (estão nos 
gânglios da raiz dorsal/posterior da medula) 
o esses axônios podem ser: 
a. mielínicos – A, I a III 
b. amielínicos – C, IV 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
o possuem quantidade de mielina variável entre eles – isso 
interfere diretamente na velocidade de condução do estímulo 
(quanto mais mielina, maior velocidade) 
 
1. os axônios relacionados à função proprioceptivas são axônios 
com grande quantidade de mielina; 
2. os axônios da pele são intermediário quanto à quantidade de 
mielina; 
3. os axônios de dor e temperatura apresentam pouca ou 
nenhuma mielina; 
4. os axônios de prurido não apresentam mielina 
 
Nervos e Medula Espinhal 
o os nervos são denominados conforme o nível pelo qual 
emergem da medula espinhal, passando pelos forames entre 
as vértebras da coluna 
o esses nervos apresentam tanto axônios da raiz dorsal 
(sensitivos) quanto axônios da raiz ventral (motores) 
 
Dermátomos 
Cada nervo espinhal é responsável pela inervação de um “campo 
segmentar” da pele, denominado dermátomo 
Em caso de lesão, a sensibilidade pode ser utilizada para 
determinar o nível da medula em que ocorreu 
– herpes zoster forma vesículas restritas ao dermátomo do 
nervo acometido 
 
Vias Sensoriais Para Transmissão dos Sinais 
Somáticos ao SNC 
o as informações sensoriais entram na medula pelas raízes 
dorsais dos nervos espinhais 
o dentro da medula são transmitidos de duas formas: 
 
1. sistema da coluna dorsal – lemnisco medial: 
o transmite os sinais aferentes até o bulbo pelas colunas dorsais 
posteriores da medula 
o posteriormente, cruzam para o lado oposto no bulbo e 
seguem para o tálamo pelo lemnisco medial 
 
Em caso de AVC, a isquemia de um lado faz com que seja 
alterada a percepção dos estímulos ao lado oposto da lesão. 
 
o esse sistema é responsável por sensações que requerem alto 
grau de precisão, como: 
 
a) sensações táteisque requerem alto grau de localização do 
estímulo; 
b) sensações táteis que requerem a transmissão de graduação 
fina da intensidade; 
c) sensações fásicas, como as sensibilidades vibratórias; 
d) sensações que sinalizam o movimento contra a pele; 
e) sensações de pressão relacionadas à grande discriminação 
das intensidades de pressão; 
f) sensações de posição das articulações. 
 
o as informações precisam ser transmitidas rapidamente, com 
fidelidade temporal e espacial com graduação de intensidade 
– axônios mielínicos 
 
 
2. sistema anterolateral: 
o faz sinapse nos cornos dorsais da substância cinzenta medular, 
cruzando em seguida para o lado oposto da medula 
o em seguida, ascendem pelas colunas anterior e lateral da 
medula e terminam em todos os níveis do tronco cerebral e 
no tálamo 
o essa via é responsável pelas sensações que requerem menor 
precisão – axônios com menos mielina/amielínicos: 
 
a) dor; 
b) sensações térmicas de calor e frio; 
c) sensações de tato e pressão grosseiras, não discriminativas; 
d) sensações de cócegas e prurido; 
e) sensações sexuais 
 
 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
Terceira Via Alternativa – Via do Nervo Trigêmeo 
As sensações táteis da face envolvem o V nervo craniano e seus 
três ramos. 
Nesse caso, não há participação da medula e o estímulo chega 
diretamente à ponte, no tronco encefálico. Em seguida, passa pelo 
tálamo e se dirige ao córtex. 
 
Áreas do córtex 
1. áreas primárias: são responsáveis pela informação na forma 
mais rústica/rudimentar – só realiza a atividade do jeito mais 
simples 
2. áreas secundárias e terciárias: fazem a contextualização, dão 
o sentido, a informação 
 
 
 
área sensitivas primárias 
o somestésica; 
o visual; 
o auditiva; 
o vestibular; 
o olfatória 
 
 
 
1. área somatossensorial/somestésica: 
o responsável pela recepção e percepção dos estímulos 
o localização: giro pós-central 
o áreas 1, 2 e 3 de Brodmann 
o tem como funções que seriam perdidas em caso de excisão 
bilateral as seguintes atividades: 
 
a) localizar as diferentes sensações em diferentes partes do 
corpo (tronco encefálico, tálamo e algumas regiões do córtex 
podem realizar algum grau de localização de forma grosseira); 
b) avaliar a textura dos materiais; 
c) avaliar os contornos e as formas dos objetos (estereognosia); 
d) avaliar o peso dos objetos; 
e) analisar diferentes 
 
o tem pequeno efeito na percepção de sensação dolorosa e na 
percepção de temperatura – funções que tronco encefálico, 
tálamo e outras regiões desempenham papéis dominantes na 
discriminação dessas sensações 
 
Homúnculo de Penfield 
Relaciona as dimensões diretamente proporcionais ao número de 
receptores sensoriais em cada área do corpo. 
 
 
 
 
Área de associação secundária 
1. área de associação somatossensorial: 
o responsável pela interpretação da informação sensorial 
o localização: córtex parietal 
o áreas 5 e 7 de Brodmann 
o a remoção desta área de um dos lados do cérebro leva a: 
 
a) perda da capacidade de reconhecer objetos e formas 
percebidas no lado oposto do corpo; 
b) perda de sensações da forma do próprio corpo do lado 
oposto 
 
 
 
 
 
Síndrome da Negligência 
Essas perdas estão presentes na denominada síndrome de 
negligência, em que o paciente desconsidera um dos lados, seja na 
vestimenta de um dos lados do corpo ou na cópia de imagens, por 
exemplo. 
 
 
 
 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
Dor 
o os estímulos dolorosos podem ser mecânicos, térmicos e 
químicos e a dor pode ser percebida de forma rápida ou 
lenta 
o os receptores estão associados a fibras com menos mielina e 
se dirigem pela coluna anterolateral – mais lento, menos 
discriminativo 
 
1. dor rápida: 
o descrita como dor pontual, em agulhada, elétrica, dor aguda – 
não é sentida nos tecidos mais profundos, dor de proteção 
o transmitida pelas fibras A, trato neoespinotalâmico e seu 
neurotransmissor excitatórió o glutamato 
o casos de ausência de dor congênita fazem com que o 
paciente não sinta a dor rápida – há maior tendência a lesões 
repetitivas e deformidades, com menor expectativa de vida 
 
2. dor lenta: 
o descrita como dor em queimação, pulsátil, nauseante, 
persistente, dor crônica – pode ocorrer na pele e em quase 
todos os órgãos ou tecidos profundos 
o essa dor pode levar a sofrimento prolongado e quase 
insuportável – nesse caso o sistema nervoso tem baixa 
capacidade de localizar a dor 
o transmitida pelas fibras C, trato paleoespinotalâmico e seus 
neurotransmissores excitatórios são o glutamato e a 
substância P 
 
3. regulação da dor: 
o a maioria dos receptores para dor não se adaptam ao 
estímulo 
o há excitação das fibras dolorosas progressivamente maior à 
medida que o estímulo persiste, progredindo para dor lenta – 
hiperalgia: aumento da sensibilidade dos receptores para dor 
(mecanismo de defesa) 
o grau de reação da pessoa à dor varia muito, o que está 
relacionado à capacidade do cérebro de suprimir as 
aderências de sinais dolorosos para o sistema nervoso pela 
ativação do sistema de controle da dor – sistema de 
analgesia, cujos neurotransmissores são encefalina e 
serotonina 
o o sistema opioide do cérebro, que utiliza endorfinas e 
encefalinas, também realiza a inativação das vias da dor – o 
conhecimento desse sistema auxiliou no desenvolvimento de 
fármacos analgésicos, como a morfina 
o outro quesito importante é o efeito placebo – consiste em 
acreditar que o tratamento funcionará e pode causar a 
ativação de sistemas endógenos encefálicos de alívio à dor 
 
a. regulação aferente: 
o a estimulação de receptores táteis pode reduzir a 
transmissão dos sinais da dor originados na mesma área 
o “massagear a área dolorosa” 
 
b. regulação descendente: 
o estados comportamentais (estresse) podem influenciar a 
atividade da substância cinzenta periaquedutal (PAG) – 
influenciando os núcleos da rafe e modulando o fluxo de de 
informação nociceptiva no corno dorsal 
 
4. dor referida: 
o sensação de dor em parte do corpo distante do tecido 
causador da dor 
 
a. dor visceral: 
o dor visceral ou em órgãos viscerais 
geralmente é referida à área na superfície corporal 
ramos das fibras para a dor visceral fazem sinapse na medula 
o espinhal nos mesmos neurônios de segunda ordem que 
o recebem os sinais dolorosos da pele 
são conduzidos por alguns dos mesmos neurônios que 
o conduzem os sinais dolorosos da pele 
pode ser causada por isquemia, estímulos químicos, espasmo 
ou distensão de víscera oca 
 
 
b. dor parietal: 
o é conduzida diretamente para os nervos espinhais locais do 
o peritônio parietal, pleura e pericárdio 
localizam-se diretamente sobre a área dolorosa 
 
Sensações Térmicas 
o as graduações térmicas são de frio congelante, gelado, frio, 
indiferente, morno, quente e muito quente 
o são discriminados pelo menos três tipos de receptores 
sensoriais: receptores para frio, receptores para calor e 
receptores para dor – a via de temperatura é semelhante à 
da dor 
o o receptor para frio e calor, no entanto, se adapta: quando a 
temperatura da pele está ativamente caindo, sente-se mais 
frio do que quando a temperatura permanece fria no mesmo 
nível, ou inversamente se a temperatura está aumentando 
 
Sistema Motor Somático – 
Sistema Nervoso Somático 
(Controle Espinhal do Movimento) 
o é a porção eferente que proporciona a reação para os 
estímulos sensoriais através de contrações musculares 
o a base molecular da contração muscular se dá pela 
composição por miofibrilas envoltas pelo retículo 
sarcoplasmático e grande concentração de cálcio – a partir 
desses componentes, há o mecanismo de despolarização 
para a contração 
 
introdução sistema motor somático 
o o sistema muscular do corpo humano apresenta os músculos 
liso (sistema neurovegetativo) e estriado, por sua vez 
subdividido em estriado cardíaco (sistema neurovegetativo) e 
estriado esquelético (sistema motorsomático) 
o cada fibra do músculo esquelético é inervada por um axônio e 
um conjunto de fibras forma um músculo 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
o os músculos podem ser agonistas e antagonistas: a contração 
do bíceps, por exemplo, causa flexão, e a contração do 
tríceps causa extensão do cotovelo – antagonistas 
Os agonistas e antagonistas tem que agir de forma coordenada – 
se um deles fazem contração, o outro tem que fazer relaxamento. 
Para isso, existem neurônios que fazem ação inibitória do 
interneurônio. 
função motora 
o a informação sensorial é integrada em todos os níveis do 
sistema nervoso e gera respostas motoras apropriadas com o 
início na medula espinhal (reflexos simples), se estendem para 
o telencéfalo (respostas complexas) e por fim para o cérebro 
(habilidades muscular mais complexas) 
o o sistema motor é comandado por 2. centros: 
a) medular: movimentos menos planejados, ou de reflexo 
para que haja uma contração coordenada dos músculos 
– exemplo: encostar em uma superfície muito quente 
b) encefálico: movimento que demanda um planejamento, 
comanda e controla os programas motores na medula 
espinhal (planeja o primeiro passo) 
 
 
 
Medula espinhal – Função integrativa 
o a substância cinzenta da medula espinhal é a área integrativa 
para os reflexos espinhais 
 
 
o neurônios motores anteriores que estão localizados no corno 
anterior da medula – originam a fibra que emergem das 
raízes até o músculo 
o interneurônios: sinapse com neurônio motor anterior – tem 
função integrativa da medula, passam a informação 
o conexão monossináptica: vem da raiz sensorial e faz contato 
direto com a raiz motora 
o conexão polissináptica: 2 ou mais sinapses (raiz sensorial faz 
sinapses em vários locais antes de ir para o corno anterior) 
 
Neurônios Motores Anteriores/Inferiores 
o localizados nos cornos anteriores da substância cinzenta 
o unidade motora: formada por um neurônio motor alfa + fibras 
musculares que ele inerva 
o um conjunto de neurônios motores é formado por todos os 
neurônios alfa que inervam um músculo 
 
 
 
o o fuso muscular contem o receptor de estiramento – 
comprimento 
 
 
 
a. neurônio motor alfa: 
o inervam as grandes fibras musculares esqueléticas extrafusais 
o faz a contração das fibras musculares 
 
b. neurônio motor gama: 
o inervam as pequenas fibras musculares esqueléticas/fibras 
intrafusais 
o faz o tônus muscular – propriocepção 
 
 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
 
O arco reflexo – reflexo patelar 
o reflexo miotático/de estiramento 
o arco reflexo do fuso muscular 
o estímulo: percepção pela via sensorial (raiz dorsal), 
comunicação com neurônio de associação e resposta motora 
o resposta motora: contração do quadríceps e extensão do 
joelho. 
o resposta de contração ao estiramento do músculo – realizada 
pelo neurônio alfa 
o para que o reflexo de estiramento aconteça, deve haver 
relaxamento do músculo antagonista: ação inibitória do 
interneurônio sobre o músculo 
o com o estiramento do músculo, a fibra sensorial transmite o 
impulso até a substância cinzenta da medula, essa passa para 
o interneurônio que, por fim, transmite para a fibra motora 
realizando o reflexo 
 
 
 
O reflexo patelar é um exemplo de reflexo miotático. Quando o 
médico percute o tendão abaixo da patela, estira o músculo 
quadríceps de sua coxa que, por sua vez, contrai reflexamente 
estendendo sua perna. O reflexo patelar testa a integridade dos 
nervos e músculos desse arco reflexo. 
 
Órgão tendinoso de golgi 
o localizado na junção do músculo com o tendão 
o faz a proteção contra tensão excessiva – fibras musculares 
relaxam 
o entende quando a contração está muito grande com risco e 
romper e manda relaxamento – exemplo: pula de uma altura 
grande e o pé́ relaxa e a pessoa cai 
 
 
 
O arco reflexo – reflexo flexor 
o reflexo flexor de retirada/nocicepção 
o resposta ao estimulo da dor – exemplo: extremo de 
temperatura, agulhada 
o ativa os sistema sensorial somático e leva à flexão e 
relaxamento do antagonista (inibição) 
 
 
 
O arco reflexo – reflexo flexor e extensor cruzado (mais de um membro) 
o estímulo: lesão, percepção pela via sensorial (raiz dorsal), 
comunicação com neurônio de associação e resposta motora. 
o resposta motora: flexão em reflexo de retirada e 
relaxamento/inibição de antagonista + reflexo extensor 
cruzado para afastar o corpo todo 
 
 
 
(Controle Encefálico do Movimento) 
o quando falamos do encéfalo para controlar essa gama de 
movimentos, temos uma capacidade de movimento enorme 
o níveis de controle: há uma hierarquia em que todos 
participam do processo de movimento 
 
 
 
Controle cortical e do tronco cerebral da função motora 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
 
 
Áreas Motoras Primárias – Córtex Motor 
1. córtex motor primário: 
o localização: giro pré-central 
área 4 de Brodman 
o função: controle motor voluntario fino das extremidades 
distais do corpo (mão, dedos, polegar) 
o início do movimento: ativação dos neurônios motores 
inferiores a partir do córtex motor 
o transmissão de sinais: comunicação é feita através de tratos 
 
2. córtex pré-motor: 
o localização: a frente do córtex motor primário o área 6 de 
Brodman 
o função: planejamento do movimento 
 
3. córtex motor suplementar: 
o localização: face medial 
o função: postura, posição da cabeça/olhos, fixação dos grandes 
o segmentos axiais do corpo e movimento bilateral 
 
 
 
4. áreas especializadas do córtex motor: 
o área de Broca: produção da linguagem falada - a pessoa 
compreende o que pergunta, mas não consegue montar o 
que quer dizer 
o área de Werneck: compreensão da linguagem falada - a 
pessoa perde a compreensão, sentido, e não consegue se 
expressar 
 
 
Transmissão de sinais do córtex motor para os músculos 
o os sinais motores são transmitidos diretamente do córtex para 
a medula espinhal através de múltiplas vias acessórias que 
envolvem os tratos, núcleos da base, o cerebelo e vários 
núcleos do telencéfalo 
 
Tratos Espinhais Descendentes 
o vias laterais: coritcoespinhal e rubroespinhal 
o vias ventromediais: reticuloespinhal, vestibuloespinhal e teto- 
espinhal 
 
1. trato corticoespinhal/piramidal: 
 
 
 
o transmissão dos sinais do córtex para a medula espinhal 
o função: movimentos voluntários – relacionado aos 
movimentos mais detalhados 
o é nesse trato que ocorre a decussação das pirâmides, onde, 
o hemisfério cerebral direito controla o esquerdo e vice-versa 
 
 
 
2. trato rubroespinhal: 
o localização: mesencéfalo 
o função: apenas ajuda no movimento voluntário o rota 
acessória do córtex para o mesencéfalo 
 
3. trato reticuloespinhal (pontino e bulbar): 
o localização: ponte e bulbo 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
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o função: manter a postura ereta (ponte) e libera os músculos 
antigravitacionais do controle reflexo (bulbo) 
 
4. trato tetoespinhal: 
o localização: mesencéfalo 
o função: comando ao movimento da cabeça e olhos 
 
5. tratos vestíbuloespinhal: 
o localização: bulbo 
o função: sustentação/postura e equilíbrio do corpo o controle 
do telencéfalo 
 
 
 
Núcleos da Base e Outras Estruturas 
1. núcleo rubro 
2. substância reticular 
3. núcleo vestibular 
 
 
 
Controle cortical dos músculos da cabeça e da face 
o neurônios motores superiores que controlam os músculos do 
rosto e da cabeça 
o esses neurônios enviam seus axônios para o trato 
corticobulbar para sinapse com neurônios motores inferiores 
nos núcleos motores do tronco cerebral 
 
síndrome piramidal 
o alteração no controle dos músculos de várias partes do corpo 
por um problema que afetou uma região específica de nosso 
sistema nervoso, o trato piramidal 
o decorre da interrupção anatômica ou funcional do trato 
corticoespinhal 
 
1. síndrome do primeiro neurônio motor ou síndromepiramidal: 
o paralisia, hipotonia e hiporreflexia – ocorre nos primeiros 
dias/semanas 
o hipertonia espástica, hiperreflexia e Babinski (resposta 
automática a algum tipo de estimulo externo) 
 
2. síndrome do segundo neurônio motor: 
o paralisia, hipotonia, hiporreflexia, atrofia e fasciculações (abalos 
rápidos das fibras musculares – são involuntários) 
 
 
 
 
Doenças do neuromusculares 
o antes da decussação das pirâmides – sintomas do lado oposto 
à lesão (exemplo: AVC, trauma cranioencefálico) 
o depois da decussação das pirâmides – sintomas do mesmo 
lado da lesão (exemplo: lesão medular) 
 
 
 
 
 
 
1. esclerose lateral amiotrófica (ELA): 
o degeneração dos neurônios motores (NMS e NMI) 
o causa fraqueza muscular progressiva – morte por falha dos 
músculos respiratórios 
 
2. síndrome de Guillain-Barré: 
o após quadro infeccioso – polirradiculoneuropatia inflamatória 
aguda autolimitada 
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Universidade Positivo – XIX 
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o causa fraqueza ascendente, progressiva, simétrica, flácida e 
arreflexia 
 
3. miastenia gravis: 
o doença autoimune contra os receptores nicotínicos para 
acetilcolina 
o causa fraqueza de membros, queda das pálpebras (ptose) e 
dificuldade para falar/mastigar/deglutir 
 
4. distrofia de Duchenne: 
o mutação no gene da proteína do citoesqueleto distrofina – 
em meninos está ligada ao cromossomo X 
o causa fraqueza muscular, substituição células musculares por 
gordura 
 
5. esclerose múltipla: 
o doença autoimune desmielinizante 
o causa visão dupla,. baixa acuidade, vertigem, dormência, 
formigamento, fraqueza de membros e incontinência ou 
retenção urinária 
 
contribuição do cerebelo e núcleos da base no 
controle da função motora 
cerebelo 
o se comunica com músculo e com córtex motor 
o desempenha papéis importantes no ritmo das atividades 
motoras e na progressão homogênea rápida de um 
movimento muscular para o seguinte 
o ajuda a controlar a intensidade da contração muscular, quando 
a carga muscular varia 
o auxilia no controle da necessária inter-relação instantânea 
entre grupos musculares agonistas e antagonistas 
 
 
 
o é dividido em 3 partes: 
1. neocerebelo (cerebrocerebelo) = lobo posterior 
2. paleocerebelo = lobo anterior 
3. arquicerebelo = lobo floculonodular 
 
 
o vérmis – está relacionado com os movimentos e controle do 
pescoço, tronco, ombros e ancas; 
o o hemisférios – zona intermediária (movimentos dos 
membros, em especial mãos e pés) e outra lateral 
(planeamento e correção dos movimentos) 
 
Tratos Aferentes 
o via corticopontocerebelar – trato cerebropontino e 
pontocerebelar 
o trato vestibulocerebelar 
o trato espinocerebelar (ventral e dorsal) 
o trato olivocerebelar 
o trato reticulocerebelar 
 
 
 
 
 
Tratos Eferentes 
1. zona lateral: 
o cerebrocerebelo 
o planejamento e coordenação de atividades motoras 
complexas e sequenciais 
o comunicam-se com a área pré-motora e somatossensorial de 
associação 
 
2. verme e zona intermediária: 
o espinocerebelo 
o núcleo interpósito 
o maior parte da coordenação dos movimentos e coordenação 
dos movimentos das partes distais das extremidades 
(respectivamente) 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
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3. lobo flocunodular: 
o vestibulocerebelo 
o atua no equilíbrio 
 
 
 
Informação que Chega ao Cerebelo 
Contração muscular; 
Grau de tensão nos tendões; 
Posição do corpo e ritmo de movimento; 
Forças exercidas na superfície do corpo. 
 
Unidade Funcional do Cerebelo 
o células de Purkinje – estão localizadas em uma camada entre 
a molecular e a granular 
o células dos núcleos intracerebelosos/profundos 
o fazem o “liga e desliga” dos músculos agonistas e antagonistas 
– coordenação (iniciado pelo córtex cerebral) 
o o neurotransmissor das células de Purkinje é o GABA 
 
 
Anormalidades Clínicas do Cerebelo 
o ataxia – movimentos sem coordenação 
o dismetria – passar do ponto 
o disdiadococinesia – incapacidade de realizar movimentos 
rápidos alternados 
o tremor intencional – ao movimento 
o disartria – falha na articulação das palavras 
o nistagmo cerebelar – movimentos rápidos e trêmulos dos 
olhos – sem fixação duradoura do olhar (horizontal e vertical) 
+ desequilíbrio 
 
 
 
Núcleos da base 
o recebem a maior parte de seus sinais aferentes do próprio 
córtex cerebral e também retornam quase todos os seus 
sinais eferentes para o córtex 
o ajudam a planejar e controlar padrões complexos dos 
movimentos musculares, controlando as intensidades relativas 
dos movimentos distintos, direções dos movimentos e o 
sequenciamento de múltiplos movimentos sucessivos e 
paralelos – atingir metas motoras específicas e complexas 
 
 
 
Circuitos do Putâmen 
o responsável pelos movimentos de destreza (maioria 
subconsciente) 
o exemplo: escrita, cortar papel com tesoura, bater prego 
o sequência: MI/suplementar/somatossensorial > putâmen > 
globo pálido > tálamo > M1/pré-motor/suplementar > 
movimento 
 
Em Casos de Lesão: 
o coreia (putâmen) – movimentos rápidos e abruptos 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
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o atetose (globo pálido) – movimentos lentos de contorção 
espontâneos de uma das mãos, um braço, pescoço ou face 
o hemibalismo (subtálamo) – movimentos súbitos e em blocos 
o doença de Parkinson (substância negra) – rigidez, bradicinesia, 
marcha de pequenos passos, micrografia e tremores ao 
repouso 
 
Circuito do Caudado 
o papel no controle cognitivo da atividade motora (pensamento 
– área pré-frontal) 
o determina subconsciente e rapidamente quais padrões de 
movimento serão usados juntos para atingir o objetivo – 
o exemplo: ao ver um leão afasta-se, corre e sobe em uma 
árvore (instinto) 
o temporização e graduação – exemplo: escrever a letra A 
rápido ou lentamente e escrever pequeno numa folha de 
papel e grande em uma lousa 
o sequência: áreas de associação > caudado > globo pálido > 
tálamo > área motora pré-frontal/suplementar 
 
Circuito do Globo Pálido Interno 
o inibe a via do tálamo motor 
o quando ativamos o putâmen ou o caudado, tira a inibição do 
GPI, assim conseguimos ativar o tálamo e consegue ativar o 
córtex motor 
o alça de informação: córtex, núcleos da base, tálamo e córtex 
– AMS 
 
 
 
Síndrome da Negligência 
O circuito do caudado funciona principalmente com áreas de 
associação do córtex cerebral, tais como o córtex parietal 
posterior. 
O córtex parietal posterior é um local de coordenadas espaciais 
para o controle motor de todas as partes do corpo, bem como 
para a relação do corpo com as suas partes e com tudo o que 
está envolta. 
Uma lesão no córtex parietal posterior acarreta na incapacidade de 
perceber de modo acurado os objetos = agnosia. 
 
Neurotransmissores no Sistema de Gânglios 
da Base 
o glutamato excita e os GABA – serotonina e dopamina inibem 
a) dopamina → via nigro-estriada 
b) GABA → via estriado-palial e estriado-nigral 
c) Ach → via cortico-estriado 
d) glutamato → via cortico-estriada 
e) múltiplas vias secretam NA, 5-HT e encefalina 
 
 
 
 
Doença de Parkinson 
Resulta da degradação da substancia migra e da perda da inibição 
da dopamina. 
Os sintomas vão ser rigidez (perda da atividade da dopamina), 
tremor involuntário (os circuitos de feedback não vão estar 
inibidos, conduzindo a oscilação), acinesia (o esforço mental para 
iniciar um movimento tem de ser muito grande), instabilidade 
postural (reflexos comprometidos) e outros (disfagia, dificuldade no 
discurso, fadiga, distúrbios da marcha). 
Tratamento: L-DOPA, L-Deprenyl (inibidor da MAO), transplante de 
células fetais do paminérgicas para o núcleo caudado e putâmen; 
tratamento por destruição dos circuitos de feedback dos núcleos 
basais (assim a atividade talâmica seria normal). 
 
Doença de Huntington 
Doença de hereditariedade autossômica dominante por 
amplificação de tripletos. 
Causa movimentos descoordenados (pensa-se que por destruiçãodos neurônios gabaérgicos do núcleo caudado e putâmen) e 
demência (por destruição dos neurônios colinérgicos do córtex). 
 
Funções Intelectuais – Linguagem, Atenção, 
Pensamento, Aprendizado e Memória 
Relações anatômicas e funcionais 
o o córtex opera em íntima associação com o tálamo – quase 
todas as vias dos receptores sensoriais e dos órgãos 
sensoriais para o córtex passam pelo tálamo 
 
Áreas Associativas/Secundárias 
o integram e dão significado aos sinais recebidos das áreas 
primárias 
a. áreas sensoriais secundárias: analisam os significados dos 
sinais sensoriais específicos. 
b. áreas motoras suplementar e pré-motora: funcionam 
juntas com o córtex motor primário e os gânglios da 
base para fornecer padrões de atividade motora 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
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Áreas associativas 
o não se encaixam nas rígidas categorias de áreas motoras 
e sensoriais primárias ou secundárias 
o sua função é receber e analisar sinais simultâneos de 
múltiplas regiões, tanto dos córtices motores e sensoriais, 
quanto das estruturas subcorticais 
 
 
 
o existem áreas relacionadas a funções bastante 
específicas no córtex cerebral – pode-se citar como 
exemplo as áreas de Wernicke e de Broca que são 
responsáveis por compreensão da linguagem e fonação, 
respectivamente 
 
 
 
o em 95% de todas as pessoas, essas duas porções ficam 
localizadas no hemisfério esquerdo (dominante) – o 
hemisfério não dominante é responsável por outros tipos 
de inteligência não relacionadas à linguagem, como 
música, linguagem corporal e entonação de voz. 
o o corpo caloso, por sua vez, realiza a transferência de 
pensamentos, memórias etc. entre os hemisférios 
cerebrais 
o o processamento e interpretação das palavras lidas ou 
ouvidas pela área de Wernicke depende do 
funcionamento integrado de diversas áreas para que 
possa agrupar palavras em pensamentos coerentes, 
reativar padrões complicados de memória e fazer a 
interpretação dos significados complicados das 
experiências sensoriais 
 
 
 
Alterações da Fala 
Disfonia: alteração do timbre da voz causada por alguma alteração 
no órgão fonador (laringe) – voz rouca ou fanhosa 
Dislalia: alterações menores da fala, como a troca de letras e 
gagueira 
Disartria: alterações nos músculos da fonação e incoordenação 
cerebral como nas lesões cerebelares 
Disfasia: distúrbio na elaboração cortical da fala (lesão no hemisfério 
dominante) – pode ser de expressão/motora (o paciente não 
consegue falar), de recepção/sensorial (o paciente não entende o 
que se diz a ele) ou mista 
 
Funções intelectuais das áreas associativas 
 pré-frontais 
o capacidade de progredir em direção a uma meta ou elaborar 
pensamentos sequenciais, organizados e lógicos; 
o memória de trabalho: retenção de fragmentos de informação 
sequenciais por tempo suficiente para que ocorra 
armazenamento da memória + resgatar instantaneamente 
assim que necessário para pensamentos subsequentes – 
fazer prognósticos, planejar futuro, refletir antes de agir, 
controlar as atividades de acordo com as leis morais, resolver 
problemas complicados matemáticos/legais/filosóficos; 
o agressividade, ambição; 
o moral, inibição sexual e de excreções, estabilidade emocional 
 
Uma lesão nessa região faz com que o paciente se distraia 
facilmente, se torne agressiva e perde padrões morais, padrões de 
inibição sexual e pudor, além de instabilidade emocional. 
 
Funções intelectuais da área associativa inferior 
o reconhecimento facial 
 
A área de reconhecimento facial está associada ao córtex visual e 
sistema límbico. Uma lesão nessa área leva à incapacidade de 
reconhecer faces familiares – prosofenosia. 
 
Memória 
o a memória está relacionada a sensibilização ou inibição da 
transmissão sináptica 
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Universidade Positivo – XIX 
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o capacidade automática de armazenar informações 
importantes, tais como dor ou prazer – facilitação das vias 
sinápticas. e sensibilização da memória; 
o capacidade de ignorar informação sem consequências – 
inibição das vias sinápticas 
 
Áreas especiais nas regiões límbicas determinam se uma 
informação é importante ou não e tomam a decisão 
subconsciente de armazená-la. Por isso, as emoções e motivações 
têm papel determinante na memória. 
 
Classificação das Memórias 
o memória de curto prazo (segundos a minutos) – ex: 7 a 10 
dígitos de telefone; 
o memórias de prazo intermediário (dias a semanas); 
o memórias de longo prazo: alterações estruturais e não 
somente químicas nas sinapses; 
a) número de neurônios e suas conectividades mudam 
significativamente durante o aprendizado especialmente 
no 1º ano de vida (uso ou perda) 
b) conversão de memória a curto prazo em longo prazo 
requer consolidação da memória – ativação repetida 
promoverá mudanças químicas, físicas e anatômicas nas 
sinapses 
 
Classificação Quanto ao Tipo de Informação 
Armazenada a Longo Prazo 
o memória declarativa: detalhes de pensamento integrado – 
exs: ambiente, relações temporais, experiências, deduções 
o memória de habilidades: atividades motoras – ex: andar de 
bicicleta 
 
O hipocampo promove o armazenamento das memórias 
declarativas, mas não de habilidades. Em caso de lesão, o paciente 
apresenta amnésia anterógrada ou retrógrada, relacionadas às vias 
de saída mais importantes das áreas de “recompensa” e “punição” 
do sistema límbico (inclusive quanto ao reforço da memória). 
 
 
 
Tipos de Amnésia 
o amnésia anterógrada: incapacidade de formar novas memórias 
o amnésia retrógrada: perda de memória de longo prazo, é 
associada ao tálamo 
 
Doença de Alzheimer 
o uma doença neurodegenerativa progressiva associada ao 
acúmulo de placas de amiloide em áreas do córtex cerebral, 
hipocampo, gânglios da base, tálamo e cerebelo 
o o paciente apresenta deficiência de memória (sistema límbico 
– hipocampo), piora da linguagem, déficits visuoespaciais, 
evoluindo para anormalidades motoras e sensoriais, distúrbios 
da marcha e convulsões 
 
Sistema Límbico: Comportamento, Emoção 
e Motivação 
Sistemas de Ativação e Motivação do Cérebro 
o os sinais neurais no tronco cerebral ativam os hemisférios 
cerebrais por duas formas: 
a. por estimular diretamente o nível basal da atividade 
neuronal, em grandes áreas do cérebro; 
b. por ativar sistemas neuro-hormonais que liberam 
substâncias neurotransmissoras específicas, facilitadoras 
ou inibidoras, em áreas selecionadas do cérebro. 
 
 
o o tálamo é o centro distribuidor que controla a atividade em 
regiões específicas do córtex – a partir dele, existe uma 
rede difusa de neurônios com projeção ascendente e 
descendente e circuitos locais de integração – Sistema 
Ativador Reticular Ascendente (SARA) 
 
 
 
O Sistema Límbico 
o controla o comportamento emocional e as forças 
motivacionais 
o diversas estruturas límbicas estão envolvidas com a natureza 
afetiva das sensações sensoriais (se as sensações são 
agradáveis ou desagradáveis = recompensa ou punição, 
satisfação ou aversão) 
o os graus de estimulação desses dois sistemas opostos de 
resposta influenciam muito o comportamento 
o fármacos que inibem os centros de recompensa e punição 
(ex: clorpromazina) atuam reduzindo a reatividade afetiva e 
podem ser usados como antipsicóticos 
 
Hipotálamo 
o é o local que centraliza o controle da homeostase através da 
regulação do sistema nervoso autônomo, sistema endócrino e 
sistema límbico 
o suas principais funções são: 
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a) controle comportamental; 
b) temperatura corporal; 
c) centro da sede e da saciedade/fome; 
d) controle do peso corporal; 
e) osmolalidade dos líquidos corporais (ADH); 
f) desejo sexual; 
g) contratilidade uterina e ejeção leite pelas mamas 
(ocitocina); 
h) controle da secreção de hormônios endócrinos pela 
hipófise anterior. 
 
 
 
O Sono 
Definição 
o o sono é definido pelo estado de inconsciência do qual a 
pessoa podeser despertada por estímulo sensorial 
o deve ser distinguido do coma, que é estado de inconsciência 
do qual a pessoa não pode ser despertada 
 
funções fisiológicas 
o desempenho cognitivo e físico, produtividade global e saúde 
o facilitação de aprendizado e memória, cognição e 
conservação de energia metabólica 
 
Consequências da Privação de Sono no Sistema Nervoso 
Funcionamento anormal do processo de pensamento e atividades 
comportamentais anormais. 
 
Tipos de sono 
1. sono de ondas lentas (não REM = NREM): 
o sono profundo e restaurador 
o redução da PA, freq. respiratória e metabolismo basal 
o sonhos não lembrados 
 
2. sono com movimento rápido dos olhos (REM): 
o 25% do sono (recorrente) 
o grande atividade cerebral, mas não consciente 
o não reparador, associado a sonhos vívidos, movimentos 
musculares irregulares e movimentos rápidos oculares 
o difícil despertar por estímulo sensorial, mas despertar 
espontâneo pela manhã 
 
 
 
Órgãos Especiais dos Sentidos – 
Olhos 
Óptica da visão 
o a luz consiste na radiação eletromagnética visível aos olhos 
o as imagens formam-se nos olhos por refração – modificação 
na direção dos raios de luz quando passam de um meio 
transparente para outro 
o as estruturas do olho também estão relacionadas à formação 
das imagens pela visão – a fóvea da retina é a porção 
responsável pela formação de imagem mais nítida 
o a imagem pode sofrer refração pela córnea e pelo cristalino 
– quanto menor o raio de curvatura da córnea, menor a 
distância focal 
 
acomodação do cristalino 
o ocorre para que seja possível visualizar imagens a diferentes 
distâncias 
o para focalizar um ponto distante não é necessária muita 
refração, mas objetos próximos necessitam de mais refração 
o o poder de acomodação reduz com a idade 
 
reflexo pupilar 
o fotomotor 
o ajusta a abertura da pupila para diferentes intensidades de luz 
o pode ser midríase (simpático) ou miose (parassimpático) 
o pode ser direto ou consensual 
o a via aferente é composta pelo nervo óptico e transmite a 
informação relacionada a luz para que o nervo oculomotor da 
via eferente possa ajustar a abertura 
 
 
Formação da imagem na retina 
o as imagens formam-se no olho por refração – ou seja, 
modificação na direção de raios de luz quando passam de um 
meio transparente para outro – ar e água (velocidade da luz 
difere entre os meios) 
o as estruturas do olho também estão relacionadas à formação 
das imagens pela visão 
o em geral, a fóvea da retina é a porção responsável pela 
formação de imagem mais nítida 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
o além disso, a imagem pode sofrer refração pela córnea e 
pelo cristalino – quanto menor o raio de curvatura da córnea, 
menor a distância focal 
 
erros de refração e disfunções da visão 
 
 
Anatomia microscópica da retina 
o a retina é responsável pela conversão da energia luminosa 
em atividade neural 
o os fotorreceptores são as células sensíveis à luz e as células 
ganglionares disparam potenciais de ação em resposta à luz. 
esses impulsos se propagam via nervo óptico 
 
 
 
Bastonetes e Cones 
o os bastonetes tornam possível a visão em situações de baixa 
luminosidade e os cones somente funcionam com boa 
iluminação 
o além disso, os cones desempenham um papel central na 
capacidade de ver cores (variações nos pigmentos dos cones 
resultam em sensibilidade a diferentes comprimentos de onda 
de luz) 
a. no escuro, os bastonetes sofrem despolarização da 
membrana e há liberação de Glutamato 
(neurotransmissor) 
b. na presença de luz, há diminuição da condutância do 
sódio (fechamento dos canais de Na+), tornando o 
potencial de membrana mais negativo e fazendo com 
que os fotorreceptores sejam hiperpolarizados. 
o nesse processo, a oxidação reversível da vitamina A produz 
retinaldeído, que é constituinte da rodopsina – proteína 
responsável por perceber a luz e convertê-la nos impulsos 
elétricos que o cérebro interpreta como visão 
 
sistema visual central 
Olho (Retina) → Nervo Óptico → Tálamo (Núcleo Geniculado 
Lateral) → Radiações Óticas → Córtex Visual Primário (Occipital) 
 
o o colículo superior (próximo ao núcleo geniculado lateral) é 
responsável pelos súbitos movimentos de posição dos olhos 
para leitura 
o lesões em diferentes porções desse trato resultam em 
diferentes alterações na campimetria 
o em caso de lesão no nervo óptico, todo o campo visual do 
lado afetado é perdido, já́ que houve cruzamento das fibras 
no quiasma (hemianopsia homônima) 
o em caso de lesão do quiasma óptico, há perda das porções 
laterais dos campos visuais de ambos os lados (hemianopsia 
heterônima bitemporal) 
 
 
 
 
 
Órgãos Especiais dos Sentidos – 
Sistema Auditivos 
O som 
o os sons são provenientes de variações audíveis na pressão 
do ar 
a) frequência do som: número de ciclos por segundo (Hz) – tom 
grave a agudo 
b) intensidade do som: volume baixo a alto 
c) qualidade dos sons (diferentes instrumentos, vozes humanas): 
combinação simultânea de sons de distantes frequências e 
diferentes intensidades 
 
estrutura do sistema auditivo 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
o ouvido externo + ouvido médio + ouvido interno 
 
 
 
Ouvido Externo 
o variações de pressão no ar: 
1. membrana timpânica – move os ossículos 
2. ossículos movem a membrana da janela oval 
3. esses movimento move o fluído da cóclea 
4. resposta nos neurônios sensoriais 
 
cóclea (receptores auditivos) → neurônios do tronco encefálico → 
tálamo (núcleo geniculado medial) → córtex auditivo (temporal) 
 
Ouvido Médio 
o importância para a amplificação da pressão pelos ossículos 
para vibrar o fluído coclear – faz força sobre a membrana 
oval 
o os músculos ligados aos ossículos são responsáveis pelos 
reflexos de atenuação para reduzir a intensidade – a 
atenuação é maior para sons de baixa do que alta frequência 
O ar no ouvido médio está em continuidade com o ar nas 
cavidades nasais através da tuba (ou trompa) de Eustáquio, fechada 
por uma válvula. Essas estruturas são responsáveis pela sensação 
de desconforto ao subir/descer a serra, que é aliviada ao abrir a 
válvula para igualar a pressão. 
 
 
Ouvido Interno 
o a janela oval abaula para dentro e a janela redonda para fora 
na medida que a pressão se desloca 
 
1. endolinfa: fluído da escala média com altas concentrações K e 
baixas de Na+ (semelhante ao meio intracelular) – potencial 
elétrico mais positivo/potencial endococlear que aumenta a 
transdução auditiva 
2. perilinfa: fluído da escala vestibular e. timpânica com 
concentrações baixas de K e altas de Na+ (semelhante ao 
líquido cefalorraquidiano) 
 
o nos receptores auditivos, há células ciliadas do órgão de Corti 
que convertem energia mecânica (vibração) em alteração na 
polarização de membrana (entrada de K leva a 
despolarização, liberando neurotransmissores) 
 
 
 
Processos auditivos centrais 
o ao receber as informações auditivas, o encéfalo é capaz de 
analisar os sons importantes enquanto ignora os ruídos 
1. localização horizontal do som: ondas sonoras provenientes do 
lado D alcançarão primeiro a orelha D, já́ quando o som vem 
diretamente de frente não ocorre nenhum retardo 
interauricolar 
2. localização vertical do som: reflexões do som no pavilhão da 
orelha 
 
Maior preservação da função após lesões no córtex auditivo: 
Ambos os ouvidos enviam eferências ao córtex de ambos os 
hemisférios (basicamente perda da capacidade de localizar a fonte) 
 
Distúrbios AUDITIVOS 
Surdez de Condução 
o problemas relacionados a ouvido externo e médio 
o cera em excesso, ruptura de membrana timpânica, 
osteosclerose 
o tratamento com procedimentos ou cirurgias 
 
Surdez Neural 
o perda de neurônios do nervo auditivo ou das células ciliadas da 
cóclea 
o tumor, drogas toxicas (antibióticos), exposição a sons altos, 
envelhecimento 
o tratamento com aparelho auditivo ou implante coclearO exame de avaliação da audição é feito por audiometria, exames 
de Rinne e de Webber. 
 
 
 
Sistema vestibular 
o informa sobre a posição e o movimento da cabeça 
o auxilia na coordenação dos movimentos da cabeça e dos 
olhos e realiza ajustes da postura corporal 
o em caso de lesão, há sensação de desequilíbrio e 
movimentos incontroláveis dos olhos 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
 
 
Labirinto vestibular 
o órgãos otolíticos: detectam força da gravidade e inclinações 
cabeça – contém cristais de carbonato de cálcio chamados 
otólitos 
o canais semicirculares: sensíveis à rotação da cabeça 
 
Nervo vestibular, ramo do vestíbulo-coclear (VIII) 
 
Vias vestibulares centrais 
o núcleos vestibulares do mesmo lado 
 
Reflexo Vestíbulo-Ocular (RVO) 
o atua pela detecção da rotação da cabeça 
o imediatamente comanda um movimento compensatório dos 
olhos na direção oposta 
o ajuda a manter a linha da visão fixa em um alvo visual 
 
Em caso de lesão, não é possível estabilizar uma imagem em 
movimento sobre a retina, dando a sensação de que o mundo 
está se movendo à sua volta. 
No entanto, há ajustes compensatórios desenvolvidos com o 
tempo, como a substituição das informações vestibulares por 
visuais e proprioceptivas para ajudar nos movimentos precisos e 
regulares. 
 
Órgãos Especiais dos Sentidos – 
Gustação 
Sensações primárias (elementares) da gustação 
o a gustação conta com sensações primárias/elementares: 
 
1. azeda: causada pelos ácidos (concentração de hidrogênio) 
2. salgada: sais ionizados (concentração de Na+) 
3. doce: substâncias orgânicas (açúcares, glicóis, álcoois, aldeídos, 
cetonas, amidos, ésteres, aminoácidos, ácidos sulfônicos, 
ácidos halogenados, sais inorgânicos chumbo e berílio) 
4. amarga: substâncias orgânicas de cadeia longa que contém 
nitrogênio, alcaloides (quinina, cafeína, estricnina, nicotina) – 
sensibilidade maior tem efeito protetivo contra toxinas letais 
5. umami (“delicioso”): aminoácidos (l-glutamato – caldos de 
carne e queijo) 
 
A partir disso, os diferentes gostos são percebidos pelas 
combinações das sensações elementares. Além disso, muitos 
alimentos tem um sabor distinto como resultado da soma de seu 
sabor e aroma. 
 
o outras modalidades sensoriais podem contribuir para uma 
experiência gustativa única – textura, temperatura e dor 
(picante) 
o os animais tem a capacidade de escolher o alimento de 
acordo com as duas necessidades corporais 
o a preferência de gostos e controle da dieta também estão 
ligadas ao SNC – rejeição a alimentos que tenham sensação 
afetiva desagradável por efeito protetor 
 
botões gustatórios 
o na língua, são encontrados 3 tipos de papilas/botões 
gustatórios: 
 
1. papilas circunvaladas que formam um v na superfície posterior 
da língua – mais sensível para amargo; 
2. papilas fungiformes na superfície plana anterior da língua – 
ponta mais sensível para doces; 
3. papilas foliáceas (ou filiformes) nas superfícies laterais da língua 
– mais sensíveis para salgado e azedo. 
 
Além disso, palato, faringe e epiglote também estão envolvidos nas 
sensações gustatórias. 
 
o a maior parte da língua é sensível aos 5 sabores básicos 
quando a substância identificada está em baixa concentração; 
em altas concentrações, a maioria dos botões pode ser 
excitada por 2 ou mais dos estímulos primários 
o o acima de 45 anos, muitos botões degeneram e a sensação 
gustatória tende a diminuir com a idade 
 
mecanismos de estimulação dos botões gustatórios 
e transmissão para o snc 
o célula gustatória com carga negativa no seu interior 
o sofrem despolarização = perda parcial potencial negativo 
(potencial receptor para gustação) 
o nervo gustatório transmite sinal forte e imediato e sinal 
contínuo mais fraco que permanece durante todo o tempo 
em que o botão estiver exposto ao estímulo 
 
Inervação da Língua 
o a inervação da língua e consequentemente a porção nervosa 
responsável pela percepção gustatória é feita por diferentes 
nervos: 
1. 2/3 anteriores da língua: nervo facial 
2. 1/3 posterior da língua: nervo glossofaríngeo 
3. base da língua e faringe: nervo vago 
 
Os reflexos gustatórios são integrados no tronco cerebral com as 
glândulas submandibular, sublingual e parótidas para que possa ser 
feita a secreção da saliva. 
 
 
Gabriela Sensi Santhiago 
Universidade Positivo – XIX 
2022 
Órgãos Especiais dos Sentidos – 
Olfação 
o a membrana olfatória é situada na parte superior das narinas e 
suas células olfatórias são as células receptoras/cílios olfatórios 
o para que os aromas sejam percebidos, as substâncias 
precisam ser voláteis, ao menos pouco hidrossolúveis 
(atravessar o muco) e lipossolúveis 
o na cavidade, há produção de muco pelas glândulas de 
Bowman 
o o sistema olfatório é menos desenvolvido em humanos, 
porém, há sensibilidade a quantidades pequenas de 
substâncias odorantes 
 
 
estimulação das células olfatórias 
o se dá por potencias de membrana e potenciais de ação nas 
células olfatórias 
o esses potenciais causam despolarização da membrana – 
redução do potencial negativo da célula 
o cerca de 50% dos receptores olfatórios se adaptam no 1o 
segundo de estimulação, em seguida eles se adaptam muito 
pouco e lentamente (SNC) 
o há qualidade efetiva de ser agradável ou desagradável (> do 
que na gustação) 
 
transmissão dos sinais olfatórios 
o o bulbo olfatório fica sobre a placa cribriforme que separa a 
cavidade encefálica da parte superior da cavidade nasal 
o o a área olfatória lateral e suas conexões com o sistema 
límbico (*hipocampo) fazem com que se desenvolva aversão 
absoluta para alimentos que tenham causado náuseas e 
vômitos já pelo odor 
 
Receptores Olfatórios → Bulbo Olfatório → Neurônios Sensoriais 
de 2a Ordem → Trato Olfatório → Córtex Olfatório (lobo 
temporal, com vias paralelas para a amígdala e o hipocampo) // 
Tálamo → Córtex Frontal

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