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Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 Resumo de Neurofisiologia Fisiologia – Aula 1-4 Introdução e Definições Básicas o sistema nervoso = sistema nervoso central + sistema nervoso periférico Sistema nervoso central (snc) o encéfalo + medula espinhal o encéfalo: cérebro, cerebelo e tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) o medula espinhal sistema nervoso periférico (snp) o tudo o que se localiza fora desse esqueleto o nervos cranianos, gânglios nervosos e nervos espinais organização celular e neuroquímica o neurônio = corpo celular + dendritos + axônio o o impulso nervoso ocorre no corpo através das sinapses – podem ser elétricas ou químicas o de modo geral: os dendritos recebem os sinais e os axônios transmitem a informação – dendritos ➜ corpo celular ➜ axônio o neurônios sensoriais: recebe estímulos sensoriais da periferia – tato, pressão, vibração o interneurônios: entre o neurônio sensitivo e o neurônio motor o neurônios eferentes: sai da medula espinhal para gerar uma resposta/comando efetivo para contração muscular, produção de hormônio, produção de secreção exócrina substância cinzenta x branca o substância cinzenta: borda do cérebro – camada fina que permeia os sulcos e giros, chamado de córtex cerebral o substância branca: miolo do cérebro Sistema Nervoso Central Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 Divisão sensorial do sistema nervoso – os receptores sensoriais o porção somática do sistema sensorial o a informação chega ao SNC pelos nervos periféricos e é conduzida imediatamente para múltiplas áreas sensoriais localizadas – em todos os níveis da medula; no bulbo, ponte e mesencéfalo; no cerebelo; no tálamo; áreas do córtex cerebral Divisão motora do sistema nervoso – os efetores o depois de o sistema nervoso receber a informação ele gera uma resposta para contração dos órgãos efetores o o papel eventual mais importante do sistema nervoso é o de controlar as diversas atividades do corpo o essa função é realizada pelo controle da: – contração dos músculos esqueléticos; – contração da musculatura lisa dos órgãos internos; – secreção de substâncias químicas pelas glândulas exócrinas e endócrinas que agem em diversas partes do corpo; o regiões inferiores do SNC – comandam respostas automáticas e instantâneas dos estímulos sensoriais o regiões superiores do SNC – comandam os movimentos musculares complexos (controlados por processos cognitivos cerebrais) o esse papel pode ser controlado pela: medula; tronco encefálico; gânglios da base; cerebelo; córtex motor O sistema nervoso autônomo opera em paralelo com a parte motora e a parte sensorial, exercendo controle sobre a musculatura lisa, glândulas e outros sistemas internos do corpo. Principais níveis funcionais do snc o três níveis principais do sistema nervoso central tem características funcionais específicas: 1. nível medular: todas as porções da medula espinhal o movimentos de marcha o reflexos que afastam partes do corpo de objetos que causam dor o reflexos que enrijecem as pernas para sustentar o corpo contra a gravidade o reflexos que controlam os vasos sanguíneos locais, movimentos do TGI ou excreção urinária 2. nível cerebral inferior/subcortical: atividades subconscientes do corpo são controladas por regiões encefálicas subcorticais – no bulbo, ponte, mesencéfalo, hipotálamo, tálamo, cerebelo e nos gânglios da base o controlo da pressão arterial e da respiração; o controle do equilíbrio; o controle da temperatura; o reflexos alimentares – salivação, ação de lamber os lábios; o controle da motivação e comportamento – raiva, excitação, resposta sexual, reação à dor e reação ao prazer 3. nível cerebral superior/cortical: o pensamentos; o armazenamento de memórias; o estado de vigília; Somente funciona em associação às estruturas subcorticais. Sinapses o a informação enviada pelo sistema nervoso (impulso nervoso) pode ser bloqueado, ser transformado de impulso único em impulso repetitivos e pode ser integrado a impulsos vindo de outros neurônios (gerar padrões de impulsos muito complexos) o existem dois tipos de sinapses: química e elétrica Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 sinapse química o por ligando o é aquela que libera neurotransmissores o mais comum 1. potencial de ação 2. despolarização do terminal pré-sináptico 3. influxo de cálcio 4. liberação de neurotransmissores químicos mas fendas sinápticas 5. acoplamento aos receptores pós-sinápticos 1. características especiais da transmissão sináptica: o fadiga da transmissão sináptica (exaustão dos estoques de neurotransmissores, inativação receptores pós-sinápticos e lento desenvolvimento de concentrações anormais de íons) = efeito protetor a acidose e a hipóxia deprimem a atividade neuronal, enquanto o alcalose faz o contrário 2. potencial de ação: o potencial de ação da sinapse química está relacionado à polaridade proporcionada pelo influxo de Na+ (efeito excitatório) ou pelo influxo de Cl- e/ou efluxo de K+ (efeito inibitório) o uma propriedade importante dos potenciais de ação está relacionada à somação espacial dos potenciais para gerar potencial de ação ao atingir a limiar de disparo sinapse elétrica o acontece pela carga elétrica propriamente dita o várias direções o geralmente ocorre quando há um estímulo elétrico no corpo – onde ocorre uma despolarização e o disparo Neurotransmissores o de moléculas pequenas e de ação rápida são os que induzem as respostas mais agudas do sistema nervoso o as vesículas que armazenam os neurotransmissores de moléculas pequenas são recicladas Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 Neurotransmissores Excitatórios Nome Funções Origem Alvo Acetilcolina (Neurônios Colinérgicos) Ciclos sono- vigília, alerta, aprendizado, memória Base do cérebro, mesencéfal o e ponte Cerebelo, hipocampo e tálamo Norepinefrina (Neurônios Noradrenérgico s) Atenção, alerta, ciclos sono- vigília, aprendizado, memória, ansiedade, dor e humor Ponte Córtex, tálamo, hipotálamo, bulbo olfatório, cerebelo, mesencéfal o, ME Glutamato Excitatório mais comum no cérebro - - Inibitórios Nome Funções Origem Alvo Dopamina (Neurônios Dopaminérgicos ) Controle motor e centros de “recompensa” Mesencéfal o (substância nigra) Córtex e parte do sistema límbico Glicina - - Sinapses da ME GABA (Ácido Gama- Aminobutírico) - Terminais nervosos na ME, cerebelo, gânglios da base e córtex - Serotonina (Neurônios Serotoninérgico s) Dor, locomoção, ciclo sono- vigília, comportament os emocionais e humor Tronco encefálico ME e encéfalo Óxido Nítrico Não é considerado nem inibitório e nem excitatório. É especialmente secretado por terminais nervosos em áreas encefálicas pelo comportamento a longo prazo e pela memória. Não é formado em vesículas no terminal pré-sináptico. Há fármacos que aumentam a excitabilidade dos neurotransmissores, como por exemplo: cafeína e teofilina. Por outro lado, os anestésicos diminuem a transmissão sináptica. Adrenalina Neurônios Neurônios mielínicos (tipo a) o o possuem no axônio uma camada lipídica chamada bainha de mielina, que funciona como isolante elétrico – impulso nervoso passa de forma saltatória e transmitindo mais rapidamente neurônios amielínicos (tipo c) o o impulso nervoso passa de forma contínua e transmitindo mais lentamente Receptores Sensoriais o as informações para o sistema nervoso são fornecidas pelos receptores sensoriais que detectam estímulos como tato, som, luz, dor, frio e calor Sistema Nervoso Periférico Gabriela SensiSanthiago Universidade Positivo – XIX 2022 Sistema Nervoso Periférico - Sistema Nervoso Autônomo o sistema nervoso eferente o porção que controla a maioria das funções viscerais do organismo, total ou parcialmente – são respostas rápidas e intensas, que não dependem da vontade própria o controla: PA, FC, broncodilatação e constrição, motilidade do TGI, secreção do TGI, esvaziamento da bexiga, sudorese, temperatura corporal o os reflexos viscerais são sinais sensoriais subconscientes de órgãos viscerais – respostas reflexas subconscientes e ocorrem em segundos estrutura o ativado principalmente por centros localizados na medula espinhal, tronco encefálico e hipotálamo o o sistema límbico pode transmitir sinais para os centros inferiores influenciando o controle autônomo o os sinais autônomos eferentes (que chegam aos órgãos) são transmitidos pelo sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático – esses são compostos por neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares (no órgão) O primeiro neurônio, chamado de pré-ganglionar, sai do sistema nervoso central (SNC) e projeta-se para um gânglio autônomo, localizado fora do SNC. No gânglio, o neurônio pré-ganglionar faz sinapse com o segundo neurônio, chamado de neurônio pós-ganglionar. O corpo celular do neurônio pós-ganglionar localiza-se no gânglio autônomo, e o seu axônio projeta-se para o tecido alvo. Sistema nervoso simpático o localização: neurônios pré-ganglionares saem da medula de T1- L2 e vão para os gânglios o luta e fuga o medula espinhal: substância cinzenta (H – dividido em cornos) e substância branca o cadeia simpática: os gânglios do sistema simpático encontram- se conectados entre si formando uma longa cadeia longitudinal que se estende dos dois lados da coluna vertebral Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 *raiz posterior: recebe informações sensoriais (aferentes da medula) *raiz anterior: recebe informações eferentes da medula Sistema nervoso parassimpático o localização: neurônios pré-ganglionares saem do tronco encefálico e da medula deS2-S4 e vão para os gânglios o descanso e digestão Sistema nervoso autônomo e neurotransmissores 1. neurônios pré-ganglionares: o todos os neurônios pré-ganglionares são colinérgicos – liberam acetilcolina como neurotransmissor 2. neurônios pós-ganglionares: o sistema parassimpático: todos ou quase todos são colinérgicos o sistema simpático: a maioria são adrenérgicos – liberam norepinefrina/epinefrina como neurotransmissor a. acetilcolina: o síntese: Acetil-CoA + Colina = acetilcolina – sintetizada nas terminações nervosas e varicosidades da fibra nervosa colinérgica b. norepinefrina: o síntese: começa no axoplasma da terminação nervosa das fibras adrenérgicas e acaba nas vesículas secretórias Receptores colinérgicos e adrenérgicos 1. receptores colinérgicos: o a acetilcolina ativa dois tipos de receptores a. muscarínicos – proteína G b. nicotínicos – canais iônicos o encontrados em: neurônios pré-ganglionares simpático/parassimpático (nicotínicos) e pós-ganglionares parassimpático (muscarínicos) 2. receptores adrenérgicos: a. receptores alfa – proteína G b. receptores beta – proteína G o norepinefrina: noradrenalina excita principalmente os receptores alfa o epinefrina: adrenalina (secretada pela adrenal) excita ambos os receptores o encontrados em: neurônios pós-ganglionares simpáticos (alfa ou beta) Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 Características básicas dos sistemas simpáticos e parassimpáticos o a estimulação simpática e parassimpática causa efeitos excitatórios em alguns órgãos e efeitos inibitórios em outros – determinado pela natureza da proteína receptora na membrana celular e pelo efeito da ligação receptor sobre seu estado conformacional o geralmente agem antagonicamente o a maioria dos órgãos é controlada dominantemente por um ou outro dos dois sistemas controle do SNA o controle bulbar, pontino e mesencefálico do sistema nervoso autônomo o controle dos centros autônomos do te por áreas cerebrais superiores Sistema Nervoso Periférico – Sistema Nervoso Somático o dividido em duas partes: 1. aferente/sensorial: sensitivo – leva as informações ao SNC 2. eferente/motor: motor – traz as respostas voluntárias aos órgãos efetores Sistema Sensorial Somático – Sistema Nervoso Somático o o sistema sensorial somático é a parte aferente do sistema nervoso responsável pelas percepções táteis e proprioceptivas do corpo humano sensações somáticas o sensações somáticas são percebidas pelos diversos receptores: 1. mecanorreceptores: o sensações táteis e posição corporal o estimulada pelo deslocamento mecânico de algum tecido do corpo a. sensações táteis: o tato – receptores na pele; o pressão – deformação dos tecidos mais profundos; o vibração – sinais sensíveis repetitivos e rápidos; o cócegas e prurido b. posição corporal/propriocepção: o posição estática – orientação das diferentes partes do corpo entre si; o velocidade dos movimentos 2. termorreceptores: o frio; o calor 3. nociceptores: o dor – ativada por fatores que lesionam os tecidos mecanorreceptores da pele o os principais mecanorreceptores da pele são os corpúsculos de Meissner e Pacini, disco de Merkel e terminação de Ruffini 1. tato – Meissner, Merkel e Ruffini 2. pressão – Ruffini 3. vibração – Pacini o eles estão localizados em diferentes porções da pele e se diferenciam pelo tamanho: a. dos seus campos receptivos; b. pela velocidade do seu mecanismo de adaptação; c. pela frequência dos estímulos; d. pelo seu limiar de pressão Via aferente Axônios Aferentes Primários o levam as informações dos receptores sensoriais somáticos à medula espinhal e ao tronco encefálico – percorrendo os nervos periféricos até seus corpos celulares (estão nos gânglios da raiz dorsal/posterior da medula) o esses axônios podem ser: a. mielínicos – A, I a III b. amielínicos – C, IV Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 o possuem quantidade de mielina variável entre eles – isso interfere diretamente na velocidade de condução do estímulo (quanto mais mielina, maior velocidade) 1. os axônios relacionados à função proprioceptivas são axônios com grande quantidade de mielina; 2. os axônios da pele são intermediário quanto à quantidade de mielina; 3. os axônios de dor e temperatura apresentam pouca ou nenhuma mielina; 4. os axônios de prurido não apresentam mielina Nervos e Medula Espinhal o os nervos são denominados conforme o nível pelo qual emergem da medula espinhal, passando pelos forames entre as vértebras da coluna o esses nervos apresentam tanto axônios da raiz dorsal (sensitivos) quanto axônios da raiz ventral (motores) Dermátomos Cada nervo espinhal é responsável pela inervação de um “campo segmentar” da pele, denominado dermátomo Em caso de lesão, a sensibilidade pode ser utilizada para determinar o nível da medula em que ocorreu – herpes zoster forma vesículas restritas ao dermátomo do nervo acometido Vias Sensoriais Para Transmissão dos Sinais Somáticos ao SNC o as informações sensoriais entram na medula pelas raízes dorsais dos nervos espinhais o dentro da medula são transmitidos de duas formas: 1. sistema da coluna dorsal – lemnisco medial: o transmite os sinais aferentes até o bulbo pelas colunas dorsais posteriores da medula o posteriormente, cruzam para o lado oposto no bulbo e seguem para o tálamo pelo lemnisco medial Em caso de AVC, a isquemia de um lado faz com que seja alterada a percepção dos estímulos ao lado oposto da lesão. o esse sistema é responsável por sensações que requerem alto grau de precisão, como: a) sensações táteisque requerem alto grau de localização do estímulo; b) sensações táteis que requerem a transmissão de graduação fina da intensidade; c) sensações fásicas, como as sensibilidades vibratórias; d) sensações que sinalizam o movimento contra a pele; e) sensações de pressão relacionadas à grande discriminação das intensidades de pressão; f) sensações de posição das articulações. o as informações precisam ser transmitidas rapidamente, com fidelidade temporal e espacial com graduação de intensidade – axônios mielínicos 2. sistema anterolateral: o faz sinapse nos cornos dorsais da substância cinzenta medular, cruzando em seguida para o lado oposto da medula o em seguida, ascendem pelas colunas anterior e lateral da medula e terminam em todos os níveis do tronco cerebral e no tálamo o essa via é responsável pelas sensações que requerem menor precisão – axônios com menos mielina/amielínicos: a) dor; b) sensações térmicas de calor e frio; c) sensações de tato e pressão grosseiras, não discriminativas; d) sensações de cócegas e prurido; e) sensações sexuais Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 Terceira Via Alternativa – Via do Nervo Trigêmeo As sensações táteis da face envolvem o V nervo craniano e seus três ramos. Nesse caso, não há participação da medula e o estímulo chega diretamente à ponte, no tronco encefálico. Em seguida, passa pelo tálamo e se dirige ao córtex. Áreas do córtex 1. áreas primárias: são responsáveis pela informação na forma mais rústica/rudimentar – só realiza a atividade do jeito mais simples 2. áreas secundárias e terciárias: fazem a contextualização, dão o sentido, a informação área sensitivas primárias o somestésica; o visual; o auditiva; o vestibular; o olfatória 1. área somatossensorial/somestésica: o responsável pela recepção e percepção dos estímulos o localização: giro pós-central o áreas 1, 2 e 3 de Brodmann o tem como funções que seriam perdidas em caso de excisão bilateral as seguintes atividades: a) localizar as diferentes sensações em diferentes partes do corpo (tronco encefálico, tálamo e algumas regiões do córtex podem realizar algum grau de localização de forma grosseira); b) avaliar a textura dos materiais; c) avaliar os contornos e as formas dos objetos (estereognosia); d) avaliar o peso dos objetos; e) analisar diferentes o tem pequeno efeito na percepção de sensação dolorosa e na percepção de temperatura – funções que tronco encefálico, tálamo e outras regiões desempenham papéis dominantes na discriminação dessas sensações Homúnculo de Penfield Relaciona as dimensões diretamente proporcionais ao número de receptores sensoriais em cada área do corpo. Área de associação secundária 1. área de associação somatossensorial: o responsável pela interpretação da informação sensorial o localização: córtex parietal o áreas 5 e 7 de Brodmann o a remoção desta área de um dos lados do cérebro leva a: a) perda da capacidade de reconhecer objetos e formas percebidas no lado oposto do corpo; b) perda de sensações da forma do próprio corpo do lado oposto Síndrome da Negligência Essas perdas estão presentes na denominada síndrome de negligência, em que o paciente desconsidera um dos lados, seja na vestimenta de um dos lados do corpo ou na cópia de imagens, por exemplo. Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 Dor o os estímulos dolorosos podem ser mecânicos, térmicos e químicos e a dor pode ser percebida de forma rápida ou lenta o os receptores estão associados a fibras com menos mielina e se dirigem pela coluna anterolateral – mais lento, menos discriminativo 1. dor rápida: o descrita como dor pontual, em agulhada, elétrica, dor aguda – não é sentida nos tecidos mais profundos, dor de proteção o transmitida pelas fibras A, trato neoespinotalâmico e seu neurotransmissor excitatórió o glutamato o casos de ausência de dor congênita fazem com que o paciente não sinta a dor rápida – há maior tendência a lesões repetitivas e deformidades, com menor expectativa de vida 2. dor lenta: o descrita como dor em queimação, pulsátil, nauseante, persistente, dor crônica – pode ocorrer na pele e em quase todos os órgãos ou tecidos profundos o essa dor pode levar a sofrimento prolongado e quase insuportável – nesse caso o sistema nervoso tem baixa capacidade de localizar a dor o transmitida pelas fibras C, trato paleoespinotalâmico e seus neurotransmissores excitatórios são o glutamato e a substância P 3. regulação da dor: o a maioria dos receptores para dor não se adaptam ao estímulo o há excitação das fibras dolorosas progressivamente maior à medida que o estímulo persiste, progredindo para dor lenta – hiperalgia: aumento da sensibilidade dos receptores para dor (mecanismo de defesa) o grau de reação da pessoa à dor varia muito, o que está relacionado à capacidade do cérebro de suprimir as aderências de sinais dolorosos para o sistema nervoso pela ativação do sistema de controle da dor – sistema de analgesia, cujos neurotransmissores são encefalina e serotonina o o sistema opioide do cérebro, que utiliza endorfinas e encefalinas, também realiza a inativação das vias da dor – o conhecimento desse sistema auxiliou no desenvolvimento de fármacos analgésicos, como a morfina o outro quesito importante é o efeito placebo – consiste em acreditar que o tratamento funcionará e pode causar a ativação de sistemas endógenos encefálicos de alívio à dor a. regulação aferente: o a estimulação de receptores táteis pode reduzir a transmissão dos sinais da dor originados na mesma área o “massagear a área dolorosa” b. regulação descendente: o estados comportamentais (estresse) podem influenciar a atividade da substância cinzenta periaquedutal (PAG) – influenciando os núcleos da rafe e modulando o fluxo de de informação nociceptiva no corno dorsal 4. dor referida: o sensação de dor em parte do corpo distante do tecido causador da dor a. dor visceral: o dor visceral ou em órgãos viscerais geralmente é referida à área na superfície corporal ramos das fibras para a dor visceral fazem sinapse na medula o espinhal nos mesmos neurônios de segunda ordem que o recebem os sinais dolorosos da pele são conduzidos por alguns dos mesmos neurônios que o conduzem os sinais dolorosos da pele pode ser causada por isquemia, estímulos químicos, espasmo ou distensão de víscera oca b. dor parietal: o é conduzida diretamente para os nervos espinhais locais do o peritônio parietal, pleura e pericárdio localizam-se diretamente sobre a área dolorosa Sensações Térmicas o as graduações térmicas são de frio congelante, gelado, frio, indiferente, morno, quente e muito quente o são discriminados pelo menos três tipos de receptores sensoriais: receptores para frio, receptores para calor e receptores para dor – a via de temperatura é semelhante à da dor o o receptor para frio e calor, no entanto, se adapta: quando a temperatura da pele está ativamente caindo, sente-se mais frio do que quando a temperatura permanece fria no mesmo nível, ou inversamente se a temperatura está aumentando Sistema Motor Somático – Sistema Nervoso Somático (Controle Espinhal do Movimento) o é a porção eferente que proporciona a reação para os estímulos sensoriais através de contrações musculares o a base molecular da contração muscular se dá pela composição por miofibrilas envoltas pelo retículo sarcoplasmático e grande concentração de cálcio – a partir desses componentes, há o mecanismo de despolarização para a contração introdução sistema motor somático o o sistema muscular do corpo humano apresenta os músculos liso (sistema neurovegetativo) e estriado, por sua vez subdividido em estriado cardíaco (sistema neurovegetativo) e estriado esquelético (sistema motorsomático) o cada fibra do músculo esquelético é inervada por um axônio e um conjunto de fibras forma um músculo Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 o os músculos podem ser agonistas e antagonistas: a contração do bíceps, por exemplo, causa flexão, e a contração do tríceps causa extensão do cotovelo – antagonistas Os agonistas e antagonistas tem que agir de forma coordenada – se um deles fazem contração, o outro tem que fazer relaxamento. Para isso, existem neurônios que fazem ação inibitória do interneurônio. função motora o a informação sensorial é integrada em todos os níveis do sistema nervoso e gera respostas motoras apropriadas com o início na medula espinhal (reflexos simples), se estendem para o telencéfalo (respostas complexas) e por fim para o cérebro (habilidades muscular mais complexas) o o sistema motor é comandado por 2. centros: a) medular: movimentos menos planejados, ou de reflexo para que haja uma contração coordenada dos músculos – exemplo: encostar em uma superfície muito quente b) encefálico: movimento que demanda um planejamento, comanda e controla os programas motores na medula espinhal (planeja o primeiro passo) Medula espinhal – Função integrativa o a substância cinzenta da medula espinhal é a área integrativa para os reflexos espinhais o neurônios motores anteriores que estão localizados no corno anterior da medula – originam a fibra que emergem das raízes até o músculo o interneurônios: sinapse com neurônio motor anterior – tem função integrativa da medula, passam a informação o conexão monossináptica: vem da raiz sensorial e faz contato direto com a raiz motora o conexão polissináptica: 2 ou mais sinapses (raiz sensorial faz sinapses em vários locais antes de ir para o corno anterior) Neurônios Motores Anteriores/Inferiores o localizados nos cornos anteriores da substância cinzenta o unidade motora: formada por um neurônio motor alfa + fibras musculares que ele inerva o um conjunto de neurônios motores é formado por todos os neurônios alfa que inervam um músculo o o fuso muscular contem o receptor de estiramento – comprimento a. neurônio motor alfa: o inervam as grandes fibras musculares esqueléticas extrafusais o faz a contração das fibras musculares b. neurônio motor gama: o inervam as pequenas fibras musculares esqueléticas/fibras intrafusais o faz o tônus muscular – propriocepção Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 O arco reflexo – reflexo patelar o reflexo miotático/de estiramento o arco reflexo do fuso muscular o estímulo: percepção pela via sensorial (raiz dorsal), comunicação com neurônio de associação e resposta motora o resposta motora: contração do quadríceps e extensão do joelho. o resposta de contração ao estiramento do músculo – realizada pelo neurônio alfa o para que o reflexo de estiramento aconteça, deve haver relaxamento do músculo antagonista: ação inibitória do interneurônio sobre o músculo o com o estiramento do músculo, a fibra sensorial transmite o impulso até a substância cinzenta da medula, essa passa para o interneurônio que, por fim, transmite para a fibra motora realizando o reflexo O reflexo patelar é um exemplo de reflexo miotático. Quando o médico percute o tendão abaixo da patela, estira o músculo quadríceps de sua coxa que, por sua vez, contrai reflexamente estendendo sua perna. O reflexo patelar testa a integridade dos nervos e músculos desse arco reflexo. Órgão tendinoso de golgi o localizado na junção do músculo com o tendão o faz a proteção contra tensão excessiva – fibras musculares relaxam o entende quando a contração está muito grande com risco e romper e manda relaxamento – exemplo: pula de uma altura grande e o pé́ relaxa e a pessoa cai O arco reflexo – reflexo flexor o reflexo flexor de retirada/nocicepção o resposta ao estimulo da dor – exemplo: extremo de temperatura, agulhada o ativa os sistema sensorial somático e leva à flexão e relaxamento do antagonista (inibição) O arco reflexo – reflexo flexor e extensor cruzado (mais de um membro) o estímulo: lesão, percepção pela via sensorial (raiz dorsal), comunicação com neurônio de associação e resposta motora. o resposta motora: flexão em reflexo de retirada e relaxamento/inibição de antagonista + reflexo extensor cruzado para afastar o corpo todo (Controle Encefálico do Movimento) o quando falamos do encéfalo para controlar essa gama de movimentos, temos uma capacidade de movimento enorme o níveis de controle: há uma hierarquia em que todos participam do processo de movimento Controle cortical e do tronco cerebral da função motora Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 Áreas Motoras Primárias – Córtex Motor 1. córtex motor primário: o localização: giro pré-central área 4 de Brodman o função: controle motor voluntario fino das extremidades distais do corpo (mão, dedos, polegar) o início do movimento: ativação dos neurônios motores inferiores a partir do córtex motor o transmissão de sinais: comunicação é feita através de tratos 2. córtex pré-motor: o localização: a frente do córtex motor primário o área 6 de Brodman o função: planejamento do movimento 3. córtex motor suplementar: o localização: face medial o função: postura, posição da cabeça/olhos, fixação dos grandes o segmentos axiais do corpo e movimento bilateral 4. áreas especializadas do córtex motor: o área de Broca: produção da linguagem falada - a pessoa compreende o que pergunta, mas não consegue montar o que quer dizer o área de Werneck: compreensão da linguagem falada - a pessoa perde a compreensão, sentido, e não consegue se expressar Transmissão de sinais do córtex motor para os músculos o os sinais motores são transmitidos diretamente do córtex para a medula espinhal através de múltiplas vias acessórias que envolvem os tratos, núcleos da base, o cerebelo e vários núcleos do telencéfalo Tratos Espinhais Descendentes o vias laterais: coritcoespinhal e rubroespinhal o vias ventromediais: reticuloespinhal, vestibuloespinhal e teto- espinhal 1. trato corticoespinhal/piramidal: o transmissão dos sinais do córtex para a medula espinhal o função: movimentos voluntários – relacionado aos movimentos mais detalhados o é nesse trato que ocorre a decussação das pirâmides, onde, o hemisfério cerebral direito controla o esquerdo e vice-versa 2. trato rubroespinhal: o localização: mesencéfalo o função: apenas ajuda no movimento voluntário o rota acessória do córtex para o mesencéfalo 3. trato reticuloespinhal (pontino e bulbar): o localização: ponte e bulbo Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 o função: manter a postura ereta (ponte) e libera os músculos antigravitacionais do controle reflexo (bulbo) 4. trato tetoespinhal: o localização: mesencéfalo o função: comando ao movimento da cabeça e olhos 5. tratos vestíbuloespinhal: o localização: bulbo o função: sustentação/postura e equilíbrio do corpo o controle do telencéfalo Núcleos da Base e Outras Estruturas 1. núcleo rubro 2. substância reticular 3. núcleo vestibular Controle cortical dos músculos da cabeça e da face o neurônios motores superiores que controlam os músculos do rosto e da cabeça o esses neurônios enviam seus axônios para o trato corticobulbar para sinapse com neurônios motores inferiores nos núcleos motores do tronco cerebral síndrome piramidal o alteração no controle dos músculos de várias partes do corpo por um problema que afetou uma região específica de nosso sistema nervoso, o trato piramidal o decorre da interrupção anatômica ou funcional do trato corticoespinhal 1. síndrome do primeiro neurônio motor ou síndromepiramidal: o paralisia, hipotonia e hiporreflexia – ocorre nos primeiros dias/semanas o hipertonia espástica, hiperreflexia e Babinski (resposta automática a algum tipo de estimulo externo) 2. síndrome do segundo neurônio motor: o paralisia, hipotonia, hiporreflexia, atrofia e fasciculações (abalos rápidos das fibras musculares – são involuntários) Doenças do neuromusculares o antes da decussação das pirâmides – sintomas do lado oposto à lesão (exemplo: AVC, trauma cranioencefálico) o depois da decussação das pirâmides – sintomas do mesmo lado da lesão (exemplo: lesão medular) 1. esclerose lateral amiotrófica (ELA): o degeneração dos neurônios motores (NMS e NMI) o causa fraqueza muscular progressiva – morte por falha dos músculos respiratórios 2. síndrome de Guillain-Barré: o após quadro infeccioso – polirradiculoneuropatia inflamatória aguda autolimitada Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 o causa fraqueza ascendente, progressiva, simétrica, flácida e arreflexia 3. miastenia gravis: o doença autoimune contra os receptores nicotínicos para acetilcolina o causa fraqueza de membros, queda das pálpebras (ptose) e dificuldade para falar/mastigar/deglutir 4. distrofia de Duchenne: o mutação no gene da proteína do citoesqueleto distrofina – em meninos está ligada ao cromossomo X o causa fraqueza muscular, substituição células musculares por gordura 5. esclerose múltipla: o doença autoimune desmielinizante o causa visão dupla,. baixa acuidade, vertigem, dormência, formigamento, fraqueza de membros e incontinência ou retenção urinária contribuição do cerebelo e núcleos da base no controle da função motora cerebelo o se comunica com músculo e com córtex motor o desempenha papéis importantes no ritmo das atividades motoras e na progressão homogênea rápida de um movimento muscular para o seguinte o ajuda a controlar a intensidade da contração muscular, quando a carga muscular varia o auxilia no controle da necessária inter-relação instantânea entre grupos musculares agonistas e antagonistas o é dividido em 3 partes: 1. neocerebelo (cerebrocerebelo) = lobo posterior 2. paleocerebelo = lobo anterior 3. arquicerebelo = lobo floculonodular o vérmis – está relacionado com os movimentos e controle do pescoço, tronco, ombros e ancas; o o hemisférios – zona intermediária (movimentos dos membros, em especial mãos e pés) e outra lateral (planeamento e correção dos movimentos) Tratos Aferentes o via corticopontocerebelar – trato cerebropontino e pontocerebelar o trato vestibulocerebelar o trato espinocerebelar (ventral e dorsal) o trato olivocerebelar o trato reticulocerebelar Tratos Eferentes 1. zona lateral: o cerebrocerebelo o planejamento e coordenação de atividades motoras complexas e sequenciais o comunicam-se com a área pré-motora e somatossensorial de associação 2. verme e zona intermediária: o espinocerebelo o núcleo interpósito o maior parte da coordenação dos movimentos e coordenação dos movimentos das partes distais das extremidades (respectivamente) Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 3. lobo flocunodular: o vestibulocerebelo o atua no equilíbrio Informação que Chega ao Cerebelo Contração muscular; Grau de tensão nos tendões; Posição do corpo e ritmo de movimento; Forças exercidas na superfície do corpo. Unidade Funcional do Cerebelo o células de Purkinje – estão localizadas em uma camada entre a molecular e a granular o células dos núcleos intracerebelosos/profundos o fazem o “liga e desliga” dos músculos agonistas e antagonistas – coordenação (iniciado pelo córtex cerebral) o o neurotransmissor das células de Purkinje é o GABA Anormalidades Clínicas do Cerebelo o ataxia – movimentos sem coordenação o dismetria – passar do ponto o disdiadococinesia – incapacidade de realizar movimentos rápidos alternados o tremor intencional – ao movimento o disartria – falha na articulação das palavras o nistagmo cerebelar – movimentos rápidos e trêmulos dos olhos – sem fixação duradoura do olhar (horizontal e vertical) + desequilíbrio Núcleos da base o recebem a maior parte de seus sinais aferentes do próprio córtex cerebral e também retornam quase todos os seus sinais eferentes para o córtex o ajudam a planejar e controlar padrões complexos dos movimentos musculares, controlando as intensidades relativas dos movimentos distintos, direções dos movimentos e o sequenciamento de múltiplos movimentos sucessivos e paralelos – atingir metas motoras específicas e complexas Circuitos do Putâmen o responsável pelos movimentos de destreza (maioria subconsciente) o exemplo: escrita, cortar papel com tesoura, bater prego o sequência: MI/suplementar/somatossensorial > putâmen > globo pálido > tálamo > M1/pré-motor/suplementar > movimento Em Casos de Lesão: o coreia (putâmen) – movimentos rápidos e abruptos Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 o atetose (globo pálido) – movimentos lentos de contorção espontâneos de uma das mãos, um braço, pescoço ou face o hemibalismo (subtálamo) – movimentos súbitos e em blocos o doença de Parkinson (substância negra) – rigidez, bradicinesia, marcha de pequenos passos, micrografia e tremores ao repouso Circuito do Caudado o papel no controle cognitivo da atividade motora (pensamento – área pré-frontal) o determina subconsciente e rapidamente quais padrões de movimento serão usados juntos para atingir o objetivo – o exemplo: ao ver um leão afasta-se, corre e sobe em uma árvore (instinto) o temporização e graduação – exemplo: escrever a letra A rápido ou lentamente e escrever pequeno numa folha de papel e grande em uma lousa o sequência: áreas de associação > caudado > globo pálido > tálamo > área motora pré-frontal/suplementar Circuito do Globo Pálido Interno o inibe a via do tálamo motor o quando ativamos o putâmen ou o caudado, tira a inibição do GPI, assim conseguimos ativar o tálamo e consegue ativar o córtex motor o alça de informação: córtex, núcleos da base, tálamo e córtex – AMS Síndrome da Negligência O circuito do caudado funciona principalmente com áreas de associação do córtex cerebral, tais como o córtex parietal posterior. O córtex parietal posterior é um local de coordenadas espaciais para o controle motor de todas as partes do corpo, bem como para a relação do corpo com as suas partes e com tudo o que está envolta. Uma lesão no córtex parietal posterior acarreta na incapacidade de perceber de modo acurado os objetos = agnosia. Neurotransmissores no Sistema de Gânglios da Base o glutamato excita e os GABA – serotonina e dopamina inibem a) dopamina → via nigro-estriada b) GABA → via estriado-palial e estriado-nigral c) Ach → via cortico-estriado d) glutamato → via cortico-estriada e) múltiplas vias secretam NA, 5-HT e encefalina Doença de Parkinson Resulta da degradação da substancia migra e da perda da inibição da dopamina. Os sintomas vão ser rigidez (perda da atividade da dopamina), tremor involuntário (os circuitos de feedback não vão estar inibidos, conduzindo a oscilação), acinesia (o esforço mental para iniciar um movimento tem de ser muito grande), instabilidade postural (reflexos comprometidos) e outros (disfagia, dificuldade no discurso, fadiga, distúrbios da marcha). Tratamento: L-DOPA, L-Deprenyl (inibidor da MAO), transplante de células fetais do paminérgicas para o núcleo caudado e putâmen; tratamento por destruição dos circuitos de feedback dos núcleos basais (assim a atividade talâmica seria normal). Doença de Huntington Doença de hereditariedade autossômica dominante por amplificação de tripletos. Causa movimentos descoordenados (pensa-se que por destruiçãodos neurônios gabaérgicos do núcleo caudado e putâmen) e demência (por destruição dos neurônios colinérgicos do córtex). Funções Intelectuais – Linguagem, Atenção, Pensamento, Aprendizado e Memória Relações anatômicas e funcionais o o córtex opera em íntima associação com o tálamo – quase todas as vias dos receptores sensoriais e dos órgãos sensoriais para o córtex passam pelo tálamo Áreas Associativas/Secundárias o integram e dão significado aos sinais recebidos das áreas primárias a. áreas sensoriais secundárias: analisam os significados dos sinais sensoriais específicos. b. áreas motoras suplementar e pré-motora: funcionam juntas com o córtex motor primário e os gânglios da base para fornecer padrões de atividade motora Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 Áreas associativas o não se encaixam nas rígidas categorias de áreas motoras e sensoriais primárias ou secundárias o sua função é receber e analisar sinais simultâneos de múltiplas regiões, tanto dos córtices motores e sensoriais, quanto das estruturas subcorticais o existem áreas relacionadas a funções bastante específicas no córtex cerebral – pode-se citar como exemplo as áreas de Wernicke e de Broca que são responsáveis por compreensão da linguagem e fonação, respectivamente o em 95% de todas as pessoas, essas duas porções ficam localizadas no hemisfério esquerdo (dominante) – o hemisfério não dominante é responsável por outros tipos de inteligência não relacionadas à linguagem, como música, linguagem corporal e entonação de voz. o o corpo caloso, por sua vez, realiza a transferência de pensamentos, memórias etc. entre os hemisférios cerebrais o o processamento e interpretação das palavras lidas ou ouvidas pela área de Wernicke depende do funcionamento integrado de diversas áreas para que possa agrupar palavras em pensamentos coerentes, reativar padrões complicados de memória e fazer a interpretação dos significados complicados das experiências sensoriais Alterações da Fala Disfonia: alteração do timbre da voz causada por alguma alteração no órgão fonador (laringe) – voz rouca ou fanhosa Dislalia: alterações menores da fala, como a troca de letras e gagueira Disartria: alterações nos músculos da fonação e incoordenação cerebral como nas lesões cerebelares Disfasia: distúrbio na elaboração cortical da fala (lesão no hemisfério dominante) – pode ser de expressão/motora (o paciente não consegue falar), de recepção/sensorial (o paciente não entende o que se diz a ele) ou mista Funções intelectuais das áreas associativas pré-frontais o capacidade de progredir em direção a uma meta ou elaborar pensamentos sequenciais, organizados e lógicos; o memória de trabalho: retenção de fragmentos de informação sequenciais por tempo suficiente para que ocorra armazenamento da memória + resgatar instantaneamente assim que necessário para pensamentos subsequentes – fazer prognósticos, planejar futuro, refletir antes de agir, controlar as atividades de acordo com as leis morais, resolver problemas complicados matemáticos/legais/filosóficos; o agressividade, ambição; o moral, inibição sexual e de excreções, estabilidade emocional Uma lesão nessa região faz com que o paciente se distraia facilmente, se torne agressiva e perde padrões morais, padrões de inibição sexual e pudor, além de instabilidade emocional. Funções intelectuais da área associativa inferior o reconhecimento facial A área de reconhecimento facial está associada ao córtex visual e sistema límbico. Uma lesão nessa área leva à incapacidade de reconhecer faces familiares – prosofenosia. Memória o a memória está relacionada a sensibilização ou inibição da transmissão sináptica Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 o capacidade automática de armazenar informações importantes, tais como dor ou prazer – facilitação das vias sinápticas. e sensibilização da memória; o capacidade de ignorar informação sem consequências – inibição das vias sinápticas Áreas especiais nas regiões límbicas determinam se uma informação é importante ou não e tomam a decisão subconsciente de armazená-la. Por isso, as emoções e motivações têm papel determinante na memória. Classificação das Memórias o memória de curto prazo (segundos a minutos) – ex: 7 a 10 dígitos de telefone; o memórias de prazo intermediário (dias a semanas); o memórias de longo prazo: alterações estruturais e não somente químicas nas sinapses; a) número de neurônios e suas conectividades mudam significativamente durante o aprendizado especialmente no 1º ano de vida (uso ou perda) b) conversão de memória a curto prazo em longo prazo requer consolidação da memória – ativação repetida promoverá mudanças químicas, físicas e anatômicas nas sinapses Classificação Quanto ao Tipo de Informação Armazenada a Longo Prazo o memória declarativa: detalhes de pensamento integrado – exs: ambiente, relações temporais, experiências, deduções o memória de habilidades: atividades motoras – ex: andar de bicicleta O hipocampo promove o armazenamento das memórias declarativas, mas não de habilidades. Em caso de lesão, o paciente apresenta amnésia anterógrada ou retrógrada, relacionadas às vias de saída mais importantes das áreas de “recompensa” e “punição” do sistema límbico (inclusive quanto ao reforço da memória). Tipos de Amnésia o amnésia anterógrada: incapacidade de formar novas memórias o amnésia retrógrada: perda de memória de longo prazo, é associada ao tálamo Doença de Alzheimer o uma doença neurodegenerativa progressiva associada ao acúmulo de placas de amiloide em áreas do córtex cerebral, hipocampo, gânglios da base, tálamo e cerebelo o o paciente apresenta deficiência de memória (sistema límbico – hipocampo), piora da linguagem, déficits visuoespaciais, evoluindo para anormalidades motoras e sensoriais, distúrbios da marcha e convulsões Sistema Límbico: Comportamento, Emoção e Motivação Sistemas de Ativação e Motivação do Cérebro o os sinais neurais no tronco cerebral ativam os hemisférios cerebrais por duas formas: a. por estimular diretamente o nível basal da atividade neuronal, em grandes áreas do cérebro; b. por ativar sistemas neuro-hormonais que liberam substâncias neurotransmissoras específicas, facilitadoras ou inibidoras, em áreas selecionadas do cérebro. o o tálamo é o centro distribuidor que controla a atividade em regiões específicas do córtex – a partir dele, existe uma rede difusa de neurônios com projeção ascendente e descendente e circuitos locais de integração – Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA) O Sistema Límbico o controla o comportamento emocional e as forças motivacionais o diversas estruturas límbicas estão envolvidas com a natureza afetiva das sensações sensoriais (se as sensações são agradáveis ou desagradáveis = recompensa ou punição, satisfação ou aversão) o os graus de estimulação desses dois sistemas opostos de resposta influenciam muito o comportamento o fármacos que inibem os centros de recompensa e punição (ex: clorpromazina) atuam reduzindo a reatividade afetiva e podem ser usados como antipsicóticos Hipotálamo o é o local que centraliza o controle da homeostase através da regulação do sistema nervoso autônomo, sistema endócrino e sistema límbico o suas principais funções são: Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 a) controle comportamental; b) temperatura corporal; c) centro da sede e da saciedade/fome; d) controle do peso corporal; e) osmolalidade dos líquidos corporais (ADH); f) desejo sexual; g) contratilidade uterina e ejeção leite pelas mamas (ocitocina); h) controle da secreção de hormônios endócrinos pela hipófise anterior. O Sono Definição o o sono é definido pelo estado de inconsciência do qual a pessoa podeser despertada por estímulo sensorial o deve ser distinguido do coma, que é estado de inconsciência do qual a pessoa não pode ser despertada funções fisiológicas o desempenho cognitivo e físico, produtividade global e saúde o facilitação de aprendizado e memória, cognição e conservação de energia metabólica Consequências da Privação de Sono no Sistema Nervoso Funcionamento anormal do processo de pensamento e atividades comportamentais anormais. Tipos de sono 1. sono de ondas lentas (não REM = NREM): o sono profundo e restaurador o redução da PA, freq. respiratória e metabolismo basal o sonhos não lembrados 2. sono com movimento rápido dos olhos (REM): o 25% do sono (recorrente) o grande atividade cerebral, mas não consciente o não reparador, associado a sonhos vívidos, movimentos musculares irregulares e movimentos rápidos oculares o difícil despertar por estímulo sensorial, mas despertar espontâneo pela manhã Órgãos Especiais dos Sentidos – Olhos Óptica da visão o a luz consiste na radiação eletromagnética visível aos olhos o as imagens formam-se nos olhos por refração – modificação na direção dos raios de luz quando passam de um meio transparente para outro o as estruturas do olho também estão relacionadas à formação das imagens pela visão – a fóvea da retina é a porção responsável pela formação de imagem mais nítida o a imagem pode sofrer refração pela córnea e pelo cristalino – quanto menor o raio de curvatura da córnea, menor a distância focal acomodação do cristalino o ocorre para que seja possível visualizar imagens a diferentes distâncias o para focalizar um ponto distante não é necessária muita refração, mas objetos próximos necessitam de mais refração o o poder de acomodação reduz com a idade reflexo pupilar o fotomotor o ajusta a abertura da pupila para diferentes intensidades de luz o pode ser midríase (simpático) ou miose (parassimpático) o pode ser direto ou consensual o a via aferente é composta pelo nervo óptico e transmite a informação relacionada a luz para que o nervo oculomotor da via eferente possa ajustar a abertura Formação da imagem na retina o as imagens formam-se no olho por refração – ou seja, modificação na direção de raios de luz quando passam de um meio transparente para outro – ar e água (velocidade da luz difere entre os meios) o as estruturas do olho também estão relacionadas à formação das imagens pela visão o em geral, a fóvea da retina é a porção responsável pela formação de imagem mais nítida Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 o além disso, a imagem pode sofrer refração pela córnea e pelo cristalino – quanto menor o raio de curvatura da córnea, menor a distância focal erros de refração e disfunções da visão Anatomia microscópica da retina o a retina é responsável pela conversão da energia luminosa em atividade neural o os fotorreceptores são as células sensíveis à luz e as células ganglionares disparam potenciais de ação em resposta à luz. esses impulsos se propagam via nervo óptico Bastonetes e Cones o os bastonetes tornam possível a visão em situações de baixa luminosidade e os cones somente funcionam com boa iluminação o além disso, os cones desempenham um papel central na capacidade de ver cores (variações nos pigmentos dos cones resultam em sensibilidade a diferentes comprimentos de onda de luz) a. no escuro, os bastonetes sofrem despolarização da membrana e há liberação de Glutamato (neurotransmissor) b. na presença de luz, há diminuição da condutância do sódio (fechamento dos canais de Na+), tornando o potencial de membrana mais negativo e fazendo com que os fotorreceptores sejam hiperpolarizados. o nesse processo, a oxidação reversível da vitamina A produz retinaldeído, que é constituinte da rodopsina – proteína responsável por perceber a luz e convertê-la nos impulsos elétricos que o cérebro interpreta como visão sistema visual central Olho (Retina) → Nervo Óptico → Tálamo (Núcleo Geniculado Lateral) → Radiações Óticas → Córtex Visual Primário (Occipital) o o colículo superior (próximo ao núcleo geniculado lateral) é responsável pelos súbitos movimentos de posição dos olhos para leitura o lesões em diferentes porções desse trato resultam em diferentes alterações na campimetria o em caso de lesão no nervo óptico, todo o campo visual do lado afetado é perdido, já́ que houve cruzamento das fibras no quiasma (hemianopsia homônima) o em caso de lesão do quiasma óptico, há perda das porções laterais dos campos visuais de ambos os lados (hemianopsia heterônima bitemporal) Órgãos Especiais dos Sentidos – Sistema Auditivos O som o os sons são provenientes de variações audíveis na pressão do ar a) frequência do som: número de ciclos por segundo (Hz) – tom grave a agudo b) intensidade do som: volume baixo a alto c) qualidade dos sons (diferentes instrumentos, vozes humanas): combinação simultânea de sons de distantes frequências e diferentes intensidades estrutura do sistema auditivo Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 o ouvido externo + ouvido médio + ouvido interno Ouvido Externo o variações de pressão no ar: 1. membrana timpânica – move os ossículos 2. ossículos movem a membrana da janela oval 3. esses movimento move o fluído da cóclea 4. resposta nos neurônios sensoriais cóclea (receptores auditivos) → neurônios do tronco encefálico → tálamo (núcleo geniculado medial) → córtex auditivo (temporal) Ouvido Médio o importância para a amplificação da pressão pelos ossículos para vibrar o fluído coclear – faz força sobre a membrana oval o os músculos ligados aos ossículos são responsáveis pelos reflexos de atenuação para reduzir a intensidade – a atenuação é maior para sons de baixa do que alta frequência O ar no ouvido médio está em continuidade com o ar nas cavidades nasais através da tuba (ou trompa) de Eustáquio, fechada por uma válvula. Essas estruturas são responsáveis pela sensação de desconforto ao subir/descer a serra, que é aliviada ao abrir a válvula para igualar a pressão. Ouvido Interno o a janela oval abaula para dentro e a janela redonda para fora na medida que a pressão se desloca 1. endolinfa: fluído da escala média com altas concentrações K e baixas de Na+ (semelhante ao meio intracelular) – potencial elétrico mais positivo/potencial endococlear que aumenta a transdução auditiva 2. perilinfa: fluído da escala vestibular e. timpânica com concentrações baixas de K e altas de Na+ (semelhante ao líquido cefalorraquidiano) o nos receptores auditivos, há células ciliadas do órgão de Corti que convertem energia mecânica (vibração) em alteração na polarização de membrana (entrada de K leva a despolarização, liberando neurotransmissores) Processos auditivos centrais o ao receber as informações auditivas, o encéfalo é capaz de analisar os sons importantes enquanto ignora os ruídos 1. localização horizontal do som: ondas sonoras provenientes do lado D alcançarão primeiro a orelha D, já́ quando o som vem diretamente de frente não ocorre nenhum retardo interauricolar 2. localização vertical do som: reflexões do som no pavilhão da orelha Maior preservação da função após lesões no córtex auditivo: Ambos os ouvidos enviam eferências ao córtex de ambos os hemisférios (basicamente perda da capacidade de localizar a fonte) Distúrbios AUDITIVOS Surdez de Condução o problemas relacionados a ouvido externo e médio o cera em excesso, ruptura de membrana timpânica, osteosclerose o tratamento com procedimentos ou cirurgias Surdez Neural o perda de neurônios do nervo auditivo ou das células ciliadas da cóclea o tumor, drogas toxicas (antibióticos), exposição a sons altos, envelhecimento o tratamento com aparelho auditivo ou implante coclearO exame de avaliação da audição é feito por audiometria, exames de Rinne e de Webber. Sistema vestibular o informa sobre a posição e o movimento da cabeça o auxilia na coordenação dos movimentos da cabeça e dos olhos e realiza ajustes da postura corporal o em caso de lesão, há sensação de desequilíbrio e movimentos incontroláveis dos olhos Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 Labirinto vestibular o órgãos otolíticos: detectam força da gravidade e inclinações cabeça – contém cristais de carbonato de cálcio chamados otólitos o canais semicirculares: sensíveis à rotação da cabeça Nervo vestibular, ramo do vestíbulo-coclear (VIII) Vias vestibulares centrais o núcleos vestibulares do mesmo lado Reflexo Vestíbulo-Ocular (RVO) o atua pela detecção da rotação da cabeça o imediatamente comanda um movimento compensatório dos olhos na direção oposta o ajuda a manter a linha da visão fixa em um alvo visual Em caso de lesão, não é possível estabilizar uma imagem em movimento sobre a retina, dando a sensação de que o mundo está se movendo à sua volta. No entanto, há ajustes compensatórios desenvolvidos com o tempo, como a substituição das informações vestibulares por visuais e proprioceptivas para ajudar nos movimentos precisos e regulares. Órgãos Especiais dos Sentidos – Gustação Sensações primárias (elementares) da gustação o a gustação conta com sensações primárias/elementares: 1. azeda: causada pelos ácidos (concentração de hidrogênio) 2. salgada: sais ionizados (concentração de Na+) 3. doce: substâncias orgânicas (açúcares, glicóis, álcoois, aldeídos, cetonas, amidos, ésteres, aminoácidos, ácidos sulfônicos, ácidos halogenados, sais inorgânicos chumbo e berílio) 4. amarga: substâncias orgânicas de cadeia longa que contém nitrogênio, alcaloides (quinina, cafeína, estricnina, nicotina) – sensibilidade maior tem efeito protetivo contra toxinas letais 5. umami (“delicioso”): aminoácidos (l-glutamato – caldos de carne e queijo) A partir disso, os diferentes gostos são percebidos pelas combinações das sensações elementares. Além disso, muitos alimentos tem um sabor distinto como resultado da soma de seu sabor e aroma. o outras modalidades sensoriais podem contribuir para uma experiência gustativa única – textura, temperatura e dor (picante) o os animais tem a capacidade de escolher o alimento de acordo com as duas necessidades corporais o a preferência de gostos e controle da dieta também estão ligadas ao SNC – rejeição a alimentos que tenham sensação afetiva desagradável por efeito protetor botões gustatórios o na língua, são encontrados 3 tipos de papilas/botões gustatórios: 1. papilas circunvaladas que formam um v na superfície posterior da língua – mais sensível para amargo; 2. papilas fungiformes na superfície plana anterior da língua – ponta mais sensível para doces; 3. papilas foliáceas (ou filiformes) nas superfícies laterais da língua – mais sensíveis para salgado e azedo. Além disso, palato, faringe e epiglote também estão envolvidos nas sensações gustatórias. o a maior parte da língua é sensível aos 5 sabores básicos quando a substância identificada está em baixa concentração; em altas concentrações, a maioria dos botões pode ser excitada por 2 ou mais dos estímulos primários o o acima de 45 anos, muitos botões degeneram e a sensação gustatória tende a diminuir com a idade mecanismos de estimulação dos botões gustatórios e transmissão para o snc o célula gustatória com carga negativa no seu interior o sofrem despolarização = perda parcial potencial negativo (potencial receptor para gustação) o nervo gustatório transmite sinal forte e imediato e sinal contínuo mais fraco que permanece durante todo o tempo em que o botão estiver exposto ao estímulo Inervação da Língua o a inervação da língua e consequentemente a porção nervosa responsável pela percepção gustatória é feita por diferentes nervos: 1. 2/3 anteriores da língua: nervo facial 2. 1/3 posterior da língua: nervo glossofaríngeo 3. base da língua e faringe: nervo vago Os reflexos gustatórios são integrados no tronco cerebral com as glândulas submandibular, sublingual e parótidas para que possa ser feita a secreção da saliva. Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 Órgãos Especiais dos Sentidos – Olfação o a membrana olfatória é situada na parte superior das narinas e suas células olfatórias são as células receptoras/cílios olfatórios o para que os aromas sejam percebidos, as substâncias precisam ser voláteis, ao menos pouco hidrossolúveis (atravessar o muco) e lipossolúveis o na cavidade, há produção de muco pelas glândulas de Bowman o o sistema olfatório é menos desenvolvido em humanos, porém, há sensibilidade a quantidades pequenas de substâncias odorantes estimulação das células olfatórias o se dá por potencias de membrana e potenciais de ação nas células olfatórias o esses potenciais causam despolarização da membrana – redução do potencial negativo da célula o cerca de 50% dos receptores olfatórios se adaptam no 1o segundo de estimulação, em seguida eles se adaptam muito pouco e lentamente (SNC) o há qualidade efetiva de ser agradável ou desagradável (> do que na gustação) transmissão dos sinais olfatórios o o bulbo olfatório fica sobre a placa cribriforme que separa a cavidade encefálica da parte superior da cavidade nasal o o a área olfatória lateral e suas conexões com o sistema límbico (*hipocampo) fazem com que se desenvolva aversão absoluta para alimentos que tenham causado náuseas e vômitos já pelo odor Receptores Olfatórios → Bulbo Olfatório → Neurônios Sensoriais de 2a Ordem → Trato Olfatório → Córtex Olfatório (lobo temporal, com vias paralelas para a amígdala e o hipocampo) // Tálamo → Córtex Frontal
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