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CAPÍTULO 3
Ficha de Anamnese Facial
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
� Registrar numa ficha de anamnese os dados de forma objetiva, 
mas que possa oferecer suficiente apoio aos procedimentos.
�	Conhecer os tipos de pele e suas alterações.
�	Padronizar os métodos de avaliação.
�	Encaminhar o paciente ao profissional habilitado 
em caso de alterações suspeitas.
�	Elaborar uma ficha de anamnese facial.
�	Preencher adequadamente uma ficha de anamnese facial.
�	Classificar e registrar as características da pele, como biótipo, grau de acne, 
tipo de discromia e envelhecimento, bem como a localização destes.
�	Escolher um plano de tratamento que respeite 
os dados coletados na anamnese.
96
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
97
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
Contextualização
Trabalhar com a melhora dos aspectos relacionados à estética facial significa 
realizar um delicado trabalho em uma pequena área do corpo, mas que pela sua 
visibilidade pode causar grandes impactos na vida social do indivíduo. Muitas 
vezes considerado o “cartão de visitas”, por ser o foco visual na comunicação entre 
pessoas, o rosto pode apresentar diversos problemas estéticos, bem concentrados 
na pele, mas que podem trazer problemas muito profundos e complexos.
Para algumas pessoas, melhorar o viço da pele pode ser o suficiente para 
que se sintam satisfeitas com a sua aparência, e caso essa melhora não seja tão 
perceptível, isso não fará tanta diferença em suas vidas. Por outro lado, em casos 
como de uma acne mais avançada ou uma discromia muito visível, o tratamento que 
vamos oferecer é visto como a possibilidade de uma grande mudança na qualidade 
de vida das pessoas acometidas. Por isso, o conhecimento é fundamental para que 
o profissional tenha a percepção de tudo o que é necessário para saber lidar com o 
seu paciente desde o momento em que ele chega para ser avaliado.
O sucesso do tratamento de qualquer patologia depende essencialmente 
do seu pleno conhecimento. Quando não se consegue estabelecer com clareza 
as características, como sua classificação, sua etiopatogenia, sua fisiopatologia, 
entre outros, conceitos amplos, às vezes vagos e empíricos, serão usados para 
definir essa patologia e as bases de seu tratamento. Deste modo, a eficácia 
traduz-se no conhecimento profundo dos principais recursos utilizáveis na área da 
estética, bem como conhecimentos relevantes de anatomia, fisiologia, patologia 
etc., o que leva o profissional a avaliar profundamente o problema e eleger o 
tratamento adequado (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Neste capítulo, identificaremos as regiões da face, as suas principais 
alterações estéticas, como elas podem ser classificadas, que métodos avaliativos 
podem ser utilizados e de que forma as informações são registradas em uma ficha 
de anamnese facial.
Informações Gerais
Na estética facial, uma boa avaliação só será possível com o conhecimento 
mais aprofundado das queixas estéticas que costumam demandar tratamentos. 
Essas queixas se concentram na pele e veremos, neste capítulo de Métodos 
Avaliativos em Estética Facial e Corporal, algumas formas de analisá-las e classificá-
las. Você também poderá estudar de forma mais aprofundada todas as alterações 
e características da pele, na disciplina de Estética Facial Avançada, bem como 
compreender melhor como estas se desenvolvem e como podem ser tratadas.
98
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
Antes de iniciarmos a avaliação, devemos lembrar que a relação 
entre profissional e paciente deve ser pautada no respeito e que ao 
coletar as informações para preencher a ficha de anamnese, o paciente 
deve estar ciente de que as perguntas visam à compreensão dos sinais 
observados na pele e que todo material obtido é sigiloso. É importante 
ouvir com atenção o motivo da consulta, fazer uma investigação objetiva 
que, junto à análise da pele, permite uma boa leitura do tratamento e 
das indicações a serem realizadas (COHEN, 2013).
Na ficha de anamnese facial de cada paciente devem ser registrados: os dados 
pessoais, que são os dados cadastrais, como na ficha de anamnese corporal; um número 
de telefone para situações de emergência; a queixa principal; o histórico; a avaliação 
facial; o relatório; e um termo de responsabilidade (DAL GOBBO; GARCIA, 2010).
Para um registro mais detalhado, que minimize possíveis erros em novas avaliações, 
é importante também que as regiões cutâneas faciais sejam conhecidas. Essas regiões 
podem ser classificadas de maneiras diferentes, sendo algumas mais simples e outras 
mais detalhadas. Uma divisão didática e prática das regiões da face (Figura 1), proposta 
por Tamura (2013), visando à realização das técnicas de preenchimento e evidenciando 
possíveis riscos ligados às características anatômicas específicas seria adequada 
também para a orientação na avaliação e na realização de procedimentos estéticos não 
invasivos, uma vez que essa divisão atende às necessidades desta área, adicionando 
apenas a região de colo e pescoço, que não está identificada nessa divisão.
 É importante ouvir 
com atenção o motivo 
da consulta, fazer uma 
investigação objetiva 
que, junto à análise da 
pele, permite uma boa 
leitura do tratamento 
e das indicações a 
serem realizadas
Figura 37 – Divisão das regiões da face
Legenda: Frontal (1), temporal (2), glabelar (3), supercílio (4), pálpebra superior (5), 
pálpebra inferior (6), nasociliar (7), sulco nasojugal (8), sulco palpebral lateral (9), nasal 
(10), malar (11), zigomático (12), fossa canina (13), sulco nasolabial (14), lábio superior 
(15), lábio inferior (16), bochecha (17), pré-auricular (18), sulco labiomentual (19), mentual 
(20), região mandibular posterior (borda anterior do masseter até o ângulo da mandíbula) 
(21) e região mandibular anterior (entre o sulco melolabial e a borda anterior do masseter).
Fonte: Tamura (2013, s.p.). 
99
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
Essa divisão pode estar inserida na ficha, do modo que o profissional julgar 
mais adequado. Poderá ser descrita de forma livre, sendo listada em tópicos para 
assinalar ou relacionar as regiões que demandam cuidados. O importante é que 
a localização de cada área esteja bem definida e que tenha destaque na ficha de 
anamnese para posteriores atendimentos, independentemente se houver um ou 
mais profissionais para atender ao mesmo paciente.
Quadro 12 – Seção inicial da ficha de anamnese que 
compreende a identificação e histórico do(a) paciente
FICHA DE ANAMNESE – ESTÉTICA FACIAL
IDENTIFICAÇÃO
Nome completo: _________________________________________________________
Profissão: ______________________________________________________________
Data de nascimento: ________/________/_________
Sexo/Identidade de gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino
Endereço: ______________________________________________________________
E-mail: ________________________________________________________________
Cidade/Estado: _________________________________________________________
Telefones: Cel: ___________________________ Outro: ___________________________
.............................................................................................................................................
Queixa relatada/Localização: _____________________________________________
______________________________________________________________________
HISTÓRICO
Cosméticos em uso: ______________________________________________________
Uso de filtro solar: _______________________________________________________
Tratamentos estéticos faciais anteriores e resultados: _____________________________ 
Gestante: Sim ( ) Não ( )
Fumante: Sim ( ) Não ( )
Alérgico(a): ____________________________________________________________
Medicamentos em uso: ___________________________________________________
Contraceptivos ou tratamentoshormonais: ___________________________________
Doença cardíaca: ________________________________________________________
Transtornos circulatórios: __________________________________________________
Problemas endócrinos: ___________________________________________________
Ingestão de água: _______________________________________________________
Observações: __________________________________________________________
______________________________________________________________________
Fonte: A autora.
100
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
Características da Pele e Métodos 
de Avaliação
O exame da pele é um dos itens mais importantes para o profissional 
que trabalha com a estética facial. Esse exame deve ser minucioso e bem 
fundamentado e tem por objetivo definir as principais características da pele 
baseado na produção sebácea, grau de hidratação, espessura, textura, tônus 
dos músculos e lesões elementares, para a escolha do procedimento estético e 
cosmético a ser adotado (COHEN, 2013). Ao realizar esse exame, o ideal é que 
o paciente esteja sob a luz solar matinal ou uma luz fluorescente. O profissional 
também deve utilizar uma lupa, pois é o instrumento que permite visualizar com 
mais acurácia as imperfeições e lesões da pele (DAL GOBBO; GARCIA, 2010).
 Através do exame visual será possível obter dados sobre a sua cor, os 
óstios pilossebáceos, a idade da pele e o grau de hidratação e, com o auxílio 
da lupa, a produção sebácea, o grau de hidratação, alterações de pilosidade, as 
lesões elementares e os nevos (COHEN, 2013). Com o toque e a compressão 
da pele pode-se perceber a alteração de sua textura e umidade. Para determinar 
se a pele está desidratada é necessário palpar e esticar a pele. Se a elasticidade 
estiver normal significa que a pele está hidratada, apresentando a função normal 
do controle da hidratação pela camada córnea (DAL GOBBO; GARCIA, 2010). 
Para quantificar esses aspectos pode-se utilizar um equipamento analisador de 
pele, específico para esse tipo de avaliação. 
 Também é possível realizar o exame da pele através da lâmpada ou luz 
de Wood, que consiste numa lâmpada de luz azulada, de radiação transmitida 
de aproximadamente 360 nanômetros, usada em ambiente escuro para a 
visualização da fluorescência e que auxilia o diagnóstico de diversas lesões 
dermatológicas. Nesse exame é possível obter dados sobre: o grau de hidratação 
da pele, em que o violeta intenso indica que a pele está hidratada e violeta fraco 
que está desidratada; a espessura, em que a fluorescência esbranquiçada indica 
pele espessa e queratinizada; a fluorescência escura indica pele fina ou atrófica; 
e, os comedões fechados e milliuns aparecem como pontos brilhantes (COHEN, 
2013; DAL GOBBO; GARCIA, 2010).
 Há no mercado uma grande diversidade de modelos de equipamentos 
para análise da pele com lâmpada de Wood, sendo alguns com a lupa de aumento 
acoplada. É um método prático para analisar a pele facial, permitindo uma visão 
instantânea e mais profunda das anomalias da pele do rosto, e tem a vantagem 
de poder proporcionar uma boa visualização da pele, independentemente das 
condições de iluminação do ambiente, já que possui uma iluminação específica.
101
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
Figura 38 – Equipamento com emissor de luz Wood moderno 
com sistema interativo (à esquerda) e equipamento básico 
com lâmpada de Wood acoplada à lupa (à direita)
Fonte: Estek (2017, s.p.) e BCMED (2016, s.p.).
A lâmpada de Wood é o método mais amplamente empregado na 
classificação do melasma, em que a profundidade do pigmento determinará a 
fluorescência. As regiões cutâneas que apresentam um aumento na concentração 
de melanina epidérmica acentuarão a sua coloração e ficarão mais escuras, 
contrastando com a pele normal ao redor. Já as áreas com menor concentração 
de melanina estarão mais claras e brilhantes. No entanto, a técnica não tem 
aplicabilidade em indivíduos do fototipo V e VI (esta classificação é descrita no 
tópico “Classificação da pele quanto ao fototipo”) em decorrência de fatores óticos. 
Também as alterações colágenas, vasculares e o uso de medicamentos tópicos 
e filtro solar podem alterar o exame, acarretando em resultados não fidedignos 
(TAMLER et al., 2009).
Figura 39 – Melasma epidérmico em análise clínica (à 
esquerda) e exame sob a lâmpada de Wood (à direita)
Fonte: Tamler et al. (2009, s.p.).b
Outro recurso que pode ser utilizado é o analisador de pele, citado no 
primeiro capítulo desta disciplina, que pode medir a hidratação, a oleosidade e 
a elasticidade da pele de forma numérica. Conforme já abordado são aparelhos 
simples e de fácil manuseio e que ajudam a mensurar a qualidade da pele antes e 
após os tratamentos estéticos.
102
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
Tipos de Pele e Principais 
Alterações
Neste tópico, abordaremos as classificações mais usuais da pele 
na área da estética, mas, antes disso, salientamos uma importante 
observação feita por Magalhães e Hofmeister (2009), de que classificar 
a pele é algo complexo, que não deve ficar restrito à classificação 
básica em seca, normal, oleosa e mista. Deve-se analisar com critério 
o grau de hidratação e lubrificação, e a coloração da pele com suas 
nuances. Assim é possível ter, por exemplo, uma pele hiperseborreica 
e desidratada, dentre outras várias características combinadas.
a) Classificação da pele quanto ao biótipo 
Para avaliar visualmente a pele é importante ter o auxílio de uma lupa para 
que se possa observá-la detalhadamente. Observe se a cor é avermelhada ou 
pálida, se o brilho é existente ou não, e a presença de descamação. Com o toque, 
verifique se a superfície cutânea está lisa ou áspera, bem como a sua temperatura. 
Com cuidado, faça uma prega cutânea para classificá-la em espessa ou delgada. 
A partir deste princípio, pode-se classificar a pele quanto ao seu biótipo, como:
• Normal ou endérmica: quando possui aspecto liso, firme, boa elasticidade, 
circulação perfeita, hidratação equilibrada, secreção normal, não possui manchas 
ou pelos evidentes. É uma pele aveludada, viçosa, com brilho natural, tendo assim 
os óstios imperceptíveis e raramente apresenta comedões ou qualquer sensação 
de incômodo (COHEN, 2013; DAL GOBBO; GARCIA, 2010).
• Pele seca ou alípica: é a pele que se apresenta fina, sensível, óstios 
diminutos, é opaca, descamativa e apresenta linhas superficiais devido 
ao desequilíbrio do teor de água na camada córnea, secreção sebácea 
insuficiente e tendência a distúrbios vásculo-sanguíneos. Nessa condição é 
importante fazer uma análise da irritação que ocorre nas peles seborreicas 
quando há diminuição de lipídios hidrófilos, caracterizando a pele oleosa 
desidratada. A pele seca apresenta perda da suavidade e da luminosidade 
e um prurido que é agravado no idoso, falta de flexibilidade, perda de viço 
e do tônus, sensação de aspereza, coloração esbranquiçada, aspecto 
senil, baixa resistência a agentes químicos e físicos e facilidade em 
adquirir doenças de pele e alergias (COHEN, 2013). A desidratação pode, 
muitas vezes, ser ocasionada pelo clima, como os ventos e o frio, além da 
umidade atmosférica baixa (MAGALHÃES; HOFMEISTER, 2009).
• Pele mista: comum nas mulheres brasileiras, esse tipo de pele apresenta óstios 
visíveis e oleosidade na região do nariz, queixo e testa, podendo as laterais da 
face ou regiões dos olhos serem normais ou alípicas (COHEN, 2013).
Classificar a pele 
é algo complexo, 
que não deve 
ficar restrito à 
classificação básica 
em seca, normal, 
oleosa e mista.
103
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
• Pele oleosa, lipídica ou graxa: esse tipo de pele produz uma grande 
quantidade tanto de secreções sebáceas quanto de secreções 
sudoríparas, fazendo com que ela apresente um aspecto untuoso. É uma 
pele espessa, úmida, lustrosa, com óstios dilatados e sempre visíveis, 
que favorecem o surgimento de comedões,pápulas e pústulas (DAL 
GOBBO; GARCIA, 2010).
• Pele sensível: esse tipo de pele apresenta reação rápida e intensa a 
estímulos químicos e físicos, como variações de temperatura e estímulos 
mecânicos, sendo a face a região mais comumente afetada. Algumas 
vezes ocorre em áreas localizadas, como pálpebras e região perioral, 
demonstrando intolerância regional da pele, como se nessas áreas 
houvesse um comportamento diferente do restante da face. Existem 
quatro tipos clínicos de pele sensível, segundo Kadunc et al. (2013):
- Pele clinicamente normal: a irritação é subjetiva e existe uma sensação 
de repuxamento e queimação da pele, no entanto há ausência de 
sinais visíveis. As reações a cosméticos geralmente se manifestam 
dessa forma, podendo ter início imediato ou após horas da aplicação.
- Dermatite de contato: a irritação é objetiva. Em 66% dos casos aparece 
eritema facial, rubor após estímulo tátil ou quadro eczematoso típico, 
com descamação, pápulas, pústulas e vesículas (as dermatites serão 
abordadas com mais detalhes mais à frente). 
- Pele sensível devido à presença de doenças dermatológicas, 
manifestando-se como tal: dermatite atópica, dermatite seborreica, 
rosácea e psoríase.
- Pele sensível em decorrência de tratamentos dermatológicos pelo uso 
de substâncias abrasivas ou ácidos e após tratamentos ablativos, em 
geral com caráter transitório.
b) Classificação da pele quanto ao fototipo
A pele também deve ser classificada pelo seu fototipo, que é a classificação 
em relação a sua cor, podendo apresentar maior ou menor quantidade de 
melanina. A classificação de Fitzpatrick é a mais utilizada e baseada na reatividade 
à luz solar. Serve de base para a indicação do fator de proteção solar (FPS) 
(COHEN, 2013).
104
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
Quadro 13 – Classificação dos tipos de pele segundo Fitzpatrick
Tipo de pele (Fototipo) Características da pele Características de bronzeamento
I
Pele clara, olhos azuis, ca-
belos loiros ou ruivos.
Queima-se sempre, não se 
bronzeia.
II Pele clara, olhos azuis.
Queima-se facilmente, 
bronzeia-se pouco.
III Pele clara mais escura.
Queima-se moderadamente, 
bronzeamento normal.
IV Pele morena
Queima-se ocasionalmente, 
bronzeia-se facilmente.
V Pele morena escura
Queima-se raramente, bron-
zeia-se muito facilmente.
VI Pele negra
Não se queima, bronzeado 
escuro.
Fonte: Beynet, Greco e Soriano (2010).
c) Alterações de textura e espessura na pele
Segundo Dal Gobbo e Garcia (2010), a pele pode apresentar as seguintes 
alterações de textura e espessura:
• Atrofia: consiste na diminuição da espessura da pele, que se torna fina e 
pregueada, como a estria.
• Edema: há acúmulo de líquido da derme ou hipoderme, que ocasiona ou 
não um aumento depressível na espessura da pele.
• Cicatriz: é uma associação de atrofia com fibrose e discromia que tem 
origem na regeneração de uma lesão.
• Cicatriz hipertrófica: tipo de cicatriz que fica mais elevada devido a uma 
resposta exagerada da pele. Não ultrapassa os limites ou extensão da 
incisão ou lesão inicial.
• Queloide: cicatriz espessa, de superfície elevada e lisa. É constituído 
por tecido fibroso, fruto de uma reação de cicatrização exagerada que 
ultrapassa as fronteiras da ferida original.
• Queratose ou ceratose: é a modificação da espessura em determinados 
pontos da pele, pelo aumento da camada córnea. A superfície pode se 
tornar áspera, dura, inelástica, amarelada e esbranquiçada.
• Ceratose actínica: caracteriza-se por pequenas lesões (alguns 
milímetros a centímetros de diâmetro) discretamente salientes, de 
coloração acastanhada, com superfície rugosa; às vezes, o aspecto é de 
lesão atrófica e eritematosa com descamação. Também é chamada de 
ceratose senil, por acometer indivíduos com idade mais avançada, porém 
não é sinal de envelhecimento e sim, manifestação de irradiação solar 
105
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
cumulativa, progressiva, persistente e duradoura, daí a sua localização 
preferencial nas áreas expostas, em especial a calva (CARNEIRO; 
AZULAY; AZULAY, 2004).
• Manchas pigmentares e cicatrizes residuais: ficam na pele após a 
ocorrência de lesões ocasionadas pela evolução de acne inflamatória ou 
em casos mais graves pela acne conglobata, principalmente nas peles 
com fototipo III e IV (RIBEIRO, D., 2013).
d) Tipos de lesões vasculares
De acordo com Azulay, Azulay-Abulafia e Azulay (2004), e conforme a relação 
a seguir, compreendem as lesões que estão relacionadas às alterações dos vasos 
sanguíneos e podem ser subdivididas em transitórias e permanentes, variando de 
acordo com o elemento causal e a natureza do processo:
Lesões vasculares transitórias
• Eritema: apresenta cor avermelhada que pode ser mais ou menos 
intensa, devido a um afluxo maior de sangue arterial pela hiperemia ativa 
(dilatação das arteríolas).
• Cianose: coloração azulada na pele mais bem observada nas extremidades 
digitais, leito ungueal, orelhas e conjuntivas e manifestada quando a 
concentração de hemoglobina reduzida no sangue está aumentada.
Lesões vasculares permanentes
• Telangiectasias: trata-se da dilatação do calibre de pequenos vasos, 
que ocorrem com frequência na face.
Figura 40 – Telangiectasia
Fonte: Azulay, Azulay-Abulafia e Azulay (2004).
106
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
• Angiomas: podem ser planos ou elevados e recebem uma especificação 
conforme seu aspecto e coloração e surgem devido ao aumento do número 
de vasos (hiperplasia ou malformação vascular, em geral congênita).
e) Púrpuras
São manchas devidas ao pigmento hemático. Ocorrem em casos de 
hemorragias dérmicas e, em menor frequência, hipodérmicas, que é o que leva à 
alteração da cor da pele que vai do vermelho ao amarelado e castanho, dependendo 
do tempo da hemorragia. A púrpura, como lesão, pode ser classificada em quatro 
tipos, conforme apontam Azulay, Azulay-Abulafia e Azulay (2004):
• Petéquias: são lesões puntiformes de cor púrpura e em geral são 
múltiplas.
• Víbice: lesão purpúrica linear.
• Equimose: é uma lesão purpúrica em lençol de dimensões maiores que 
as duas primeiras.
• Hematoma: tem, muitas vezes, a mesma expressão clínica que as 
equimoses, no entanto é mais empregado no caso de grandes coleções, 
quando ocorre abaulamento no local e tem origem traumática.
Figura 41 – Petéquia (à esquerda), equimose e víbice
Fonte: Azulay, Azulay-Abulafia e Azulay (2004).
Quadro 14 – Seção da ficha de anamnese que compreende 
a classificação da pele e observação de alterações
CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DA PELE
Biótipo cutâneo:
Descrição da umidade, oleosidade e elas-
ticidade da pele:
Fototipo:
Cor da pele:
ALTERAÇÕES OBSERVADAS LOCALIZAÇÃO
Atrofia
107
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
Cicatrizes comuns
Cicatrizes residuais
Cicatriz hipertrófica
Queloide
Ceratose
Eritema
Telangiectasias
Angioma
Petéquia, Víbice, Equimose ou Hematoma
Outras (descrever):
Fonte: A autora.
Atividades de Estudos:
1) Divida a Ficha de Anamnese Facial em três principais grupos.
 ____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
2) Qual a importância de se conhecer a divisão das regiões da face 
para a realização da sua avaliação?
 ____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
3) Cite alguns equipamentos que podem ser utilizados para auxiliar a 
avaliação facial.
 ____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________
108
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
4) Classifique os biótipos de pele, de acordo com as características 
a seguir:
a) É a pele que se apresenta fina, sensível, óstios diminutos, é 
opaca, descamativa e apresenta linhas superficiais devido ao 
desequilíbrio do teor de água na camada córnea, secreção 
sebácea insuficiente e tendência a distúrbios vásculo-sanguíneos: 
 ____________________________________________________
____________________________________________________
b) Possui aspecto liso, firme, boa elasticidade, circulação perfeita, 
hidratação equilibrada, secreção normal, não possui manchas ou 
pelos evidentes: 
 ____________________________________________________
____________________________________________________
c) Apresenta óstios visíveis e oleosidade na região do nariz, queixo 
e testa, podendo as laterais da face ou regiões dos olhos serem 
normais ou alípicas: 
 ____________________________________________________
____________________________________________________
d) É espessa, úmida, lustrosa, com óstios dilatados e sempre visíveis: 
 ____________________________________________________
____________________________________________________
5) Descreva a ceratose actínica.
 ____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
6) O que são púrpuras?
 ____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
109
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
f) Formações sólidas ou coleções líquidas
 Algumas lesões atingem isolada ou conjuntamente a epiderme, a derme 
ou a hipoderme, resultando em formações de conteúdo líquido ou sólido que ficam 
visíveis na face e, por vezes, em outras regiões do corpo. Vamos diferenciá-las:
• Microcomedões: são lesões precursoras, não visíveis clinicamente e 
decorrentes do acúmulo de queratinócitos no infundíbulo e da dilatação 
folicular. A queratose folicular, que geralmente se observa em jovens no 
início da puberdade, na fronte ou no dorso do nariz, indica a existência 
de microcomedões (RIBEIRO, D., 2013). 
• Comedão: conhecido popularmente como “cravo”, é o acúmulo de 
secreção e material endurecido em um orifício pilossebáceo dilatado. 
É puntiforme e provoca saliência na pele. O conteúdo é uma formação 
alongada, córnea e sebácea de cor amarelada ou branca. Pode ser 
dividido em dois tipos: oxidado e branco (DAL GOBBO; GARCIA, 2010).
- Comedão oxidado, aberto ou preto: é conhecido como comedão 
aberto ou preto, neste caso o óstio está aberto e a cor é escura.
- Comedão branco ou fechado: neste caso o óstio está fechado 
ou quase imperceptível, sendo melhor identificado quando a pele 
é distendida. Não é oxidado e, portanto, apresenta coloração 
esbranquiçada. Geralmente não ultrapassam 0,5 cm de diâmetro 
(RIBEIRO, D., 2013; DAL GOBBO; GARCIA, 2010).
Figura 42 – Comedões fechados (esquerda) e comedões abertos
Fonte: Ptmedical (2013, s.p.).
• Milium: é um minúsculo cisto repleto de queratina ou massa queratinosa 
de aproximadamente 1 mm a 2 mm de tamanho, decorrente da obstrução 
do folículo pilossebáceo. Surge particularmente na região periorbitária 
(nos dois terços superiores da face) (DAL GOBBO; GARCIA, 2010).
110
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
Figura 43 – Milium
Fonte: Mosby's Medical Dictionary (2009, s.p.).
• Pápula: trata-se de uma lesão inflamatória sólida que é superficial, 
palpável, de consistência dura, avermelhada, eruptiva e menor que 0,5 
cm, provoca certa elevação e não deixa cicatriz ao involuir. Pode evoluir 
para um processo inflamatório profundo, com nódulos, abscessos e 
cistos. Esse tipo de lesão não deve ser manipulado (DAL GOBBO; 
GARCIA, 2010; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA; AZULAY, 2004).
Figura 44 – Pápulas
Fonte: The Acne Investigation (2015, s.p.).
• Pústula: é uma lesão eritematosa, com exsudato purulento (pus). A 
desintegração de uma porção do epitélio do comedão gera a formação de 
um abscesso intrafolicular, com reação inflamatória perifolicular. A pústula 
tem cor amarelada ou branco-amarelada, são cônicas, arredondadas ou 
planas. A reparação ocorre através da reencapsulação, deixando uma 
cicatriz quando a derme é atingida (RIBEIRO, D., 2013; DAL GOBBO; 
GARCIA, 2010). 
111
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
Figura 45 – Pústulas
Fonte: The Acne Investigation (2015, s.p.).
• Nódulos: são lesões eritematosas, de consistência dura e de dimensões 
variáveis, podendo, às vezes, ser visíveis pela simples inspeção ou somente 
pela palpação. É decorrente do aumento do número de células ao nível da 
hipoderme ou derme profunda, podendo gerar abscessos. O comedão é 
destruído e a secreção sebácea e os pelos geram uma reação inflamatória 
crônica de corpo estranho que pode tardar semanas e até meses (RIBEIRO, 
D., 2013; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA; AZULAY, 2004). 
• Abscesso: é uma coleção de pus na pele ou na região subcutânea que 
pode ser proeminente ou não e de tamanho variável. A pele pode ou não 
estar ruborizada e dolorida (DAL GOBBO; GARCIA, 2010).
Classificação da Acne
Apesar de não comprometer gravemente a saúde do paciente, a acne 
prejudica o seu bem-estar e desenvolvimento emocional, levando à diminuição 
da autoestima e modificações comportamentais. Por estas razões, as pessoas 
acometidas pelo problema buscam os tratamentos estéticos para se livrarem dele. 
Sendo assim, o profissional que trabalha com a estética precisa estar preparado 
para identificar este problema, conhecendo de forma precisa suas manifestações 
clínicas e todos os fatores relacionados a elas. A pele é considerada acneica 
quando possui comedões, pústulas, nódulos, cistos, pápulas, com ou sem 
prurido, ou seja, em suas manifestações clínicas, o quadro é polimorfo, com 
lesões de diferentes formas, não inflamatórias (comedões abertos e fechados) e 
inflamatórias (pápulas, pústulas, nódulos e abscessos) localizados na face, ombro 
e porção superior do tórax, geralmente associadas à seborreia (DAL GOBBO; 
GARCIA, 2010; RIBEIRO, D., 2013).
A acne pode ser classificada pela sua gravidade, o que vai ajudar a 
determinar o tratamento adequado. Essa classificação pode ser feita em cinco 
graus ou formas clínicas, conforme aponta Rivitti (2014):
112
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
Quadro 15 – Formas clínicas ou graus da acne vulgar
FORMAS CLÍNI-
CAS (GRAUS) CARACTERÍSTICAS
Grau I
Tipo de acne não inflamatória que se caracteriza pela presença 
de comedões, porém, mesmo com a existência de algumas pápu-
las e raras pústulas foliculares, ainda permite considerar o quadro 
como acne Grau I.
Grau II
Caracteriza-se pela presença de comedões abertos, pápulas, com 
ou sem eritema inflamatório e pústulas. O quadro tem intensidade 
variável, desde poucas lesões até numerosas, com inflamação 
bem intensa. A seborreia está sempre presente.
Grau III
Também conhecida como nódulo-abscedante ou nódulo-cística. 
Apresenta comedões abertos, pápulas, pústulas, seborreia e 
lesões maiores, como nódulos.
Grau IV
Acne Conglobata
É uma forma grave de acne em que se associam ao quadro ante-
rior nódulos purulentos, numerosos e grandes, formando absces-
sos, que formam bridas e lesões queloidianas.
Grau V
Acne fulminante
É extremamente rara, devastadora e grave, na qual, ao quadro do 
Grau IV, surgem subitamente febre, leucocitose, poliartralgia, com 
eritema inflamatório ou necrose e hemorragia em algumas lesões.
Fonte: Adaptado de Rivitti (2014).
Figura 46 – Acne Grau I (A) e acne Grau II (B)
Fonte: Rivitti (2014,s.p.).
A b
Tipos de Acne
Além dos graus, a acne pode ser identificada pela sua gravidade, pelo seu 
quadro, pelo agente desencadeante etc. Essa classificação, no entanto, levará em 
consideração a idade, a atividade profissional, os produtos que entram em contato 
ou são utilizados na pele e outras patologias que possam estar relacionadas. 
Identificar o tipo de acne é fundamental para que se interrompa ou minimize o 
contato com a situação que está desencadeando o processo, para que se possa 
orientar adequadamente o paciente em seus cuidados diários ou mesmo para o 
encaminhamento a um outro profissional, quando necessário.
113
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
a) Acne vulgar
É a acne que acomete adolescentes e adultos de ambos os sexos por 
alterações na unidade pilossebácea. Pode ser não inflamatória, de Grau I 
com comedões abertos e fechados, ou inflamatória, de Grau II, com acne 
papulopustulosa, III com acne cística e IV, com acne conglobata (DAL GOBBO; 
FLORIANO, 2010).
Figura 47 – Acne vulgar
Fonte: Rivitti (2014, s.p.).
b) Acne pré-menstrual
Tem as características da acne vulgar, mas ocorre somente no período pré-
menstrual, devendo esta relação ser analisada pelo profissional (DAL GOBBO; 
FLORIANO, 2010).
c) Acne conglobata 
É a acne mais severa que apresenta lesões císticas e nódulos inflamatórios. 
Costuma ser mais frequente em homens e acomete face, tórax e nuca (DAL 
GOBBO; FLORIANO, 2010).
114
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
Figura 48 – Acne conglobata
Fonte: Azulay e Azulay (2004).
d) Acne rosácea
Trata-se de um quadro eminentemente facial, de ocorrência maior entre 
mulheres de 30-40 anos de idade, que pode ser classificado em quatro estágios 
de evolução. Em geral, inicia-se por surtos eritematosos periódicos (flush facial) 
que, com o tempo, juntam-se em pápulas eritematosas pequenas, de duração 
relativamente curta; numa etapa mais avançada, surgem telangiectasias e 
pústulas. A evolução é crônica, com episódios agudos. Na fase tardia ocorre uma 
hiperplasia das glândulas sebáceas do nariz, o que leva ao aumento do volume 
deste, constituindo o quadro de rinofima que comete mais o sexo masculino. 
Outros edemas localizados também podem ocorrer (AZULAY-ABULAFIA; 
AZULAY; AZULAY, 2004).
Figura 49 – Classificação da evolução da acne rosácea
Eritema episódio
(flushing).
Es
tá
gi
o 
I Eritema intenso e
persistente,
numerosas
telangiectasias,
pápulas, pústulas,
nódulos e com a 
presença variável
de placas,
edematosas.
Es
tá
gi
o 
IV
Es
tá
gi
o 
II Eritema moderado
e persistente com
telangiectasias
finas. Es
tá
gi
o 
III Eritema,
telangiectasias,
pápulas e
pústulas.
Fonte: Adaptado de Azulay-Abulafia; Azulay; Azulay (2004).
e) Acne medicamentosa
Gonadrofinas, esteroides anabolizantes, anticoncepcionais, halógenos (iodo, 
cloro ou bromo) podem induzir, manter ou agravar o quadro acneico. A erupção 
ocorre em pápulas pequenas ou papulovesicopústulas, às vezes crostículas 
hemáticas. Costumam afetar a face, o pescoço, o tronco, ombros, braços e até a 
região glútea e coxas (RIVITTI, 2014).
115
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
f) Acne ocupacional
 Existem alguns subtipos: a elaioconiose acomete áreas expostas ou cobertas 
por vestimentas sujas, frequente em metalúrgicos (óleos de corte) e mecânicos 
(graxas); a cloracne é uma forma grave de acne ocupacional, causada por 
contaminação ambiental ou uso industrial de hidrocarbonetos clorados presentes 
nos defensivos agrícolas. Ocorre por obstrução dos folículos pilosos, com irritação e 
infecção secundária (ALCHORNE; ALCHORNE; SILVA, 2010; RIBEIRO, D., 2013).
g) Acne cosmética
 É uma forma de acne venenata ou acne por contactantes, comum em 
mulheres entre 20 a 50 anos, causada pelo uso de cosméticos que, aplicados na 
pele, induzem a essa condição, uma vez que numerosas substâncias usadas em 
cosméticos são comedogênicas. Há o aparecimento de comedões e pápulas em 
pessoas que não apresentam pele seborreica (CERQUEIRA; AZEVEDO, 2009; 
RIBEIRO, D., 2013; RIVITTI, 2014).
h) Acne tropical
Costuma ocorrer em pessoas com sudorese excessiva e nos meses de verão, 
pelo efeito do calor, desaparecendo progressivamente nos meses mais frios. 
Manifesta-se normalmente com pápulas vermelho-violáceas endurecidas e pústulas, 
algumas vezes com certo grau de prurido, geralmente localizados no tronco, ombros 
e estendendo-se aos braços. O quadro piora com o uso de fotoprotetores oleosos e 
horários inadequados de exposição solar (RIBEIRO, D., 2013).
i) Acne escoriada 
Ocorre quando o paciente coça e esfrega as lesões acneicas. Em geral, a 
acne subjacente é moderada, mas é acompanhada por escoriações extensas. 
Essas lesões podem ficar profundas a ponto de ocorrerem cicatrizes. Esse tipo 
de acne é mais comum em mulheres jovens e faz parte de um subconjunto de 
escoriações neuróticas (BOLOGNIA; JORIZZO; SCHAFFER, 2015).
j) Acne adulta 
Quando presente na fase adulta, normalmente estão associadas às disfunções 
hormonais, relacionadas aos ovários policísticos ou com aumento dos hormônios 
androgênicos, responsáveis pelo aumento de produção de sebo pelas glândulas 
sebáceas, provocando obstrução do folículo pilossebáceo e, consequentemente, 
a formação dos comedões. Das mulheres com síndrome dos ovários policísticos, 
70% apresentam acne, porém a maioria dos casos de acne na mulher adulta não 
116
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
está vinculada a uma hormoniopatia. É mais comumente associada às mudanças 
hormonais do ciclo menstrual, fisiológicas, relacionadas com a ocorrência de lesões 
inflamatórias e até aumento de sebogênese (RIBEIRO, D., 2013).
Quadro 16 – Seção da ficha de anamnese que compreende a avaliação da acne
AVALIAÇÃO DA PELE ACNEICA
Formações sólidas ou coleções líquidas Localização
Microcomedões
Comedões abertos
Comedões fechados
Pápulas
Pústulas 
Nódulos
Abscessos
Grau de Acne:
Tipo de Acne:
Observações:
Fonte: A autora.
No link a seguir, você encontrará um artigo que descreve e 
ilustra os diferentes tipos de cicatrizes da acne vulgar e como cada 
tipo reage aos tratamentos estéticos. Leia com atenção e conheça 
melhor os tipos de cicatrizes de acne: <https://revista.spdv.com.pt/
index.php/spdv/article/view/319/293>.
Discromias
As discromias são modificações da cor natural da pele, causadas pelos mais 
diversos fatores, entre eles o excesso de exposição à radiação UV, alterações 
hormonais, reações alérgicas, alterações genéticas, acidentes mecânicos 
(queimaduras), entre outros, e apresentam-se de forma localizada, difusa, regional 
ou circunscrita, surgem pela ausência, diminuição ou excesso de melanina, sendo 
classificadas de acordo com a sua distribuição anômala em acromias, hipocromias 
e hipercromias (RIBEIRO, C., 2013).
117
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
Leucodermias são manchas brancas que podem ser acromias, ou seja, sem 
coloração, visualmente branco-marfim, originadas pela total ausência de melanina 
e possuindo diversos formatos. E as hipocromias, causadas pela diminuição 
da melanina, formam manchas com tom mais claro que o da pele do paciente 
(RIBEIRO, C., 2013; DAL GOBBO; GARCIA, 2010).
 
As hipercromias são manchas mais escuras de coloração castanha, 
resultantes da produção exagerada da melanina na epiderme. Podem surgir 
devido ao envelhecimento, alterações hormonais, inflamações, alergias e 
exposição solar, entre outros. Também são denominadas de hiperpigmentações 
e hipermelanoses. Quando circunscritas são chamadas de máculas, e quando 
difusas ou regionais, são chamadas de melanodermias (RIBEIRO, C., 2013). 
Relacionamos a seguir as principais discromias de interesse para a área da 
estética:
a) Melasma (cloasma)
É um tipo de hipermelanose adquirida, quase sempre em mulheres maiores 
de 25 anos e após a gravidez ou terapia hormonal, mas pode ocorrer em mulheres 
mais jovens e que nunca engravidaram, comonas que receberam estrogênio ou 
progestogênio, e também em homens. Manifesta-se clinicamente em manchas 
castanho-claras a castanho-escuras, localizadas geralmente nas regiões malares, 
frontal, labial superior e masseterianas. A intensidade da pigmentação é variável, 
podendo chegar a um quadro que pode causar distúrbios emocionais (RIVITTI, 2014).
Figura 50 – Melasma centro-facial
Fonte: Rivitti (2014, s.p.).
b) Efélides ou sardas
São manchas planas, arredondadas ou geométricas, castanhas ou marrons, 
em pessoas do fototipo I ou II, peles claras e ruivas, disseminadas no rosto e 
partes descobertas do corpo. Normalmente de caráter hereditário, aumentam com 
a exposição ao sol ou à luz ultravioleta artificial (RIBEIRO, C., 2013). 
118
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
Figura 51 – Efélides
Fonte: Rivitti (2014, s.p.).
c) Hiperpigmentação pós-inflamatória ou hipermelanose pós-
inflamatória
É o aumento da melanina após uma inflamação ou lesão na derme ou 
epiderme (por exemplo, após acne ou dermatite atópica) que é extremamente 
comum, principalmente nos indivíduos que têm a pele mais escura, e que pode 
ser agravada por inflamação contínua, trauma ou exposição ultravioleta (UV). 
As máculas e placas hiperpigmentadas assintomáticas variam da cor de bronze 
para marrom-escuro (melanina epidérmica) ou de cinza-azulado para marrom 
acinzentado. As lesões primárias do distúrbio inflamatório subjacente podem ou 
não ser evidentes quando misturadas com a hiperpigmentação ou em outro lugar 
(BOLOGNIA; JORIZZO; SCHAFFER, 2015).
Figura 52 – Hiperpigmentação pós-inflamatória ocorrida após picadas de inseto
Fonte: Bolognia, Jorizzo e Schaffer (2015).
119
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
d) Melanose solar, melanose actínica ou mancha da senilidade
É uma fotodermatose provocada pela frequente exposição à luz solar que 
se manifesta em forma de mancha de cor castanho-clara ou escura e que pode 
evoluir exclusivamente para a degeneração maligna. Neste caso, a melanose é 
infiltrada, de coloração castanho-preta e um pouco mais extensa que o normal. 
Localiza-se no dorso das mãos, punhos, antebraços e face (BARROS, 2009).
Figura 53 – Melanose solar
Fonte: Rivitti (2014, s.p.).
e) Albinismo
Caracteriza-se pela total ausência de pigmento melânico na pele, nos olhos 
e cabelos, a pele é branca, frágil e fotossensível, cabelos branco-amarelados, íris 
translúcida e rósea, nistagmo, diminuição da acuidade visual, fotofobia e fundo de 
olho hipopigmentado (RIBEIRO, C., 2013; DAL GOBBO; GARCIA, 2010).
f) Vitiligo
São lesões acrômicas redondas ou ovais, em qualquer parte do corpo, 
que crescem até alcançar áreas extensas, com limites nítidos e bordas 
hiperpigmentadas. Os pelos das lesões também são despigmentados. Essas 
manchas acrômicas, em geral, são bilaterais e simétricas e ocorrem em qualquer 
idade, porém são mais frequentes na segunda ou na terceira década da vida, 
sem preferência por sexo ou raça. Embora cause prejuízo apenas estético, muitas 
vezes desencadeia distúrbios psicossociais de grande importância (RIBEIRO, C., 
2013; AZULAY-ABULAFIA; AZULAY; AZULAY, 2004).
120
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
Figura 54 – Vitiligo
Fonte: Ifould, Forsythe-Conroy e Wittaker (2015, s.p.).
g) Pitiríase alba
Hipomelanose adquirida, caracterizada por manchas hipocrômicas, 
arredondadas, ásperas, de tamanho variado, com limites mal definidos, 
assintomática, nos braços, costas e rosto. Associada à desidratação da pele e 
agravada pelo sol (RIBEIRO, C., 2013). 
h) Leucodermia solar ou leucodermia gotada
Consistem em manchas acrômico-atróficas que medem entre 2 a 5 mm e ficam 
localizadas em áreas expostas, como nos antebraços e nas pernas, associando-se 
frequentemente à melanose solar e à queratose solar (RIVITTI, 2014).
i) Pitiríase versicolor
É uma hipomelanose adquirida, caracterizada por manchas brancas que às vezes 
se agregam, formando manchas maiores. Por poderem assumir uma cor em tons 
acastanhados, recebem o nome de versicolor. Surgem com frequência no pescoço, 
tronco e face. É uma doença comum ao verão e contagiosa (RIBEIRO, C., 2013).
j) Fitofotodermatite, dermatite do berloque ou dermatite do limão
De ocorrência comum, principalmente na primavera e no verão ou durante 
todo o ano em climas tropicais é a inflamação da pele causada pelo contato 
com determinadas plantas durante exposição recreativa ou ocupacional à luz 
solar (planta + luz = dermatite). Causa hipermelanose, que é caracterizada pelo 
surgimento de manchas marrons em fundo avermelhado, e também pode gerar 
bolhas (RIBEIRO, C., 2013; WOLFF; JOHNSON; SAAVEDRA, 2015).
121
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
Figura 55 – Fitofotodermatite pelo contato com 
limão seguido da exposição à luz solar
Fonte: Bolognia, Jorizzo e Schaffer (2015, s.p.).
k) Acromia residual
É geralmente causada por traumatismos mecânicos e pós-inflamação 
acneica, gerando acromia associada a lesões cicatriciais por lesões dos 
melanócitos (DAL GOBBO; GARCIA, 2010).
Envelhecimento Cutâneo
Geralmente o rosto é o primeiro a demonstrar os sinais de envelhecimento. O 
conteúdo do tecido subcutâneo diminui de maneira considerável, principalmente 
na fronte, nas áreas pré-malares e perioral; a musculatura torna-se hipotrófica, 
acentuando a queda e a perda da elasticidade, o aparecimento de rugas, 
discromias e lesões; a pele torna-se mais fina, desidratada e seca (GANTE, 
2013). Essa degeneração senil ocorre de preferência nas regiões em que a pele 
ficou mais exposta às intempéries, como a face, o pescoço, dorso das mãos e 
antebraços (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
 A pele envelhece em resposta a numerosos fatores que variam de pessoa 
para pessoa. Os músculos da expressão facial, por exemplo, são únicos por se 
inserirem direto na pele, fazendo com que anos de expressões faciais resultem 
na formação progressiva de rugas hiperdinâmicas, principalmente nas regiões 
frontal, glabelar, nasolabial, perioral e periocular. Também com o envelhecimento, 
as partes moles da face perdem sua elasticidade inerente e sua habilidade de 
resistir ao repuxamento, assim começam a ceder e decair sob os efeitos da 
gravidade. A exposição solar e o tabagismo tendem a acelerar esses processos 
(TAN; GLOGAU, 2009). 
As rugas gravitacionais decorrem da flacidez do envelhecimento facial, que 
em conjunto com as diversas alterações acarretam na ptose da face. As dinâmicas 
122
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
são decorrentes dos movimentos repetitivos dos músculos responsáveis pela 
expressão facial e aparecem com o movimento, já as estáticas são perceptíveis 
mesmo na ausência dos movimentos e atingem as mesmas estruturas que as 
dinâmicas: ao redor dos olhos, horizontais na fronte (testa), glabelares verticais, 
sulco nasogeniano (do nariz ao lábio), pequenas rugas peribucais (GUIRRO; 
GUIRRO, 2004).
 As rugas podem ser superficiais, principalmente quando há diminuição 
das fibras elásticas na derme papilar e quando desaparecem ao estiramento 
da pele, ou profundas, que são decorrentes principalmente da ação solar e não 
desaparecem ao estiramento da pele (BORGES; SCORZA, 2016).
 Quando fazemos um exame em uma pele envelhecida, devemos observar 
a elasticidade, a presença de linhas de expressão, estáticas e gravitacionais, o 
teor de hidratação, a coloração, a superfície cutânea (fina ou espessa), a presença 
de hipotonia muscular e a preservação do contorno da face (GANTE, 2013).
a) Fotoenvelhecimento
Também chamado de actínico, o fotoenvelhecimento depende do tipo de pele 
e da intensidade da exposição solar e é considerado mais agressivo e causa mais 
danos à pele. Este tipo de pele apresenta a epiderme espessa com aumento da 
camada córnea, aumento dos melanócitos com hiper ou hipofunção (aparecimento 
de discromias), maior deposição de fibras elásticas alteradas (desenvolvimento 
de elastose), fibras colágenas em menornúmero e fragmentadas (aparecimento 
de rugas e sulcos), e desenvolvimento de processos tumorais (GANTE, 2013).
O termo fotoenvelhecimento refere-se às alterações clínicas, 
histológicas e funcionais características da pele cronicamente 
exposta à irradiação solar. Embora compartilhe alguns aspectos 
com a pele cronologicamente envelhecida, não exposta ao 
sol, alguns são exclusivos do fotoenvelhecimento, tornando-
se uma entidade independente com sua fisiopatologia própria 
(FIGUEIRA et al., 2004, p. 525).
Sem dúvidas, a exposição solar contribui de maneira expressiva no 
envelhecimento extrínseco, ocasionando ceratoses actínicas, lentigos, rítides, 
aspereza da pele, telangiectasias. Em contrapartida, o envelhecimento cronológico 
e o fotoenvelhecimento são considerados entidades distintas. Enquanto no 
primeiro as alterações são sutis e consistem primariamente em flacidez, 
rugas finas, certo grau de maciez e palidez cutânea, o segundo caracteriza-
se pela aspereza, rugas mais proeminentes, pigmentação irregular e difusa, 
telangiectasias, um tom amarelado da pele e uma variedade de lesões benignas, 
pré-malignas e neoplásicas. As alterações do fotoenvelhecimento podem surgir 
muito antes daquelas relacionadas ao envelhecimento cronológico, porém esses 
123
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
dependerão também de aspectos como o tipo de pele, natureza de exposição 
solar e capacidade individual de reparação do dano solar (FIGUEIRA et al., 2004).
Para a avaliação, podemos utilizar a classificação sistemática dos tipos 
de fotoenvelhecimento desenvolvida por Glogau, a seguir. Dependendo da 
quantidade de exposição solar, essas generalizações se aplicam a diferentes 
graus em pacientes com pele mais pigmentada. 
Figura 56 – Classificação de Glogau de Fotoenvelhecimento
• Fotoenvelhecimento leve a moderado - lentigos senis sensíveis iniciais; 
ceratoses palpáveis, mas não visíveis; linhas paralelas ao sorriso come-
çando a aparecer lateralmente à boca.
• Idade do paciente - final dos 30 e 40 anos.
• Geralmente usa maquiagem.
Tipo II - “Rugas em movimento”
• Fotoenvelhecimento inicial - alterações pigmentares leves, sem ceratoses,
 rugas mínimas.
• Pacientes jovens - 20 ou 30 anos.
• Maquiagem mínima ou ausente.
Tipo II - “Rugas em movimento”
• Fotoenvelhecimento grave - pele com coloração amarelo-acinzentada; 
malignidades cutâneas prévias, rugas por toda a face, não há pele normal.
• Idade do paciente - sexta ou sétima década, não pode usar maquiagem - 
aspecto “rachado”.
Tipo IV - “Apenas rugas”
• Fotoenvelhecimento avançado - discromia visível e telangiectasias; cera-
toses visíveis; rugas mesmo sem movimentação facial.
• Idade do paciente - 50 anos ou mais velho.
Tipo III - “Rugas em repouso”
Fonte: Glogau (1994;1996 apud TAN; GLOGAU, 2009).
124
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
Câncer de Pele e Outras Alterações 
Frequentes
Trabalhando diretamente com a pele, o esteticista muitas vezes pode se 
deparar com alterações ou doenças dermatológicas que poderão estar fora do 
alcance dos seus tratamentos, bem como deve ter noção dos cuidados que deve 
ter nessas ocasiões. Por esta razão foram selecionadas algumas das alterações 
mais recorrentes para serem abordadas aqui.
Em primeiro lugar, considera-se que a regionalidade lesional ajuda muito 
no diagnóstico de determinadas dermatoses, pois elas incidem mais ou quase 
exclusivamente em determinadas regiões. Na face, por exemplo, são mais 
frequentes, dentro de certa relatividade: acne rosácea, dermatite seborreica, 
dermatite atópica, ceratose actínica, cloasma, herpes simples, nevos de vários 
tipos, fotodermatoses, vitiligo, entre outros (AZULAY; AZULAY-ABULAFIA; 
AZULAY, 2004);
a) Nevos melanocíticos
Os nevos caracterizam-se por máculas, pápulas ou nódulos pequenos, 
circunscritos. Variam na cor desde azul/negro até marrom, cor-de-rosa ou cor 
de pele. Os nevos adquiridos quase sempre têm menos de 1 cm de diâmetro e 
podem ocorrer em qualquer local, mas com predileção por áreas expostas ao sol. 
Os mais comuns são os nevos juncionais, que surgem na junção derme-epiderme 
e são maculosos; os nevos intradérmicos, com células restritas à derme e são 
papulosos, e os compostos, que apresentam componentes juncionais e dérmicos 
e geralmente são papulosos (SOUTOR; HORDINSKY, 2015).
 Outras apresentações menos comuns são o nevo halo, que são nevos 
circundados por um halo de despigmentação; o nevo azul, que são nevos 
adquiridos que variam na cor do azul ao negro, e o Nevo de Spitz, que são nevos 
pequenos, caracteristicamente rosados ou castanhos que surgem de forma 
súbita, principalmente em crianças (SOUTOR; HORDINSKY, 2015).
125
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
Figura 57 – Nevos intradérmicos (à esquerda) e nevos juncionais
Fonte: Soutor e Hordinsky (2015, s.p.).
Figura 58 – Nevo halo (à esquerda) e nevo azul
Fonte: Soutor e Hordinsky (2015, s.p.).
Os nevos melanocíticos (sinais) são tumores de pele benignos comuns em 
sua maioria, mas os atípicos apresentam certas características que lembram 
o melanoma maligno e, em determinadas circunstâncias, a sua presença é 
considerada indicadora de maior risco para o desenvolvimento do melanoma 
maligno. Este é o único entre os cânceres mais graves que pode ser detectado 
por médicos em pacientes com um simples exame de pele (SOUTOR; 
HORDINSKY, 2015).
b) Câncer de pele
O câncer de pele pode se apresentar como um tumor brilhante e pálido, que 
pode sangrar e formar crosta ou uma placa seca, áspera, que descama. Já o 
melanoma caracteriza-se, principalmente, pela mudança de cor de um nevo e 
geralmente é uma lesão de cor preta ou marrom com algumas áreas vermelhas, 
azuis ou brancas que não se eleva muito sobre a pele, exceto quando é nodular 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).
126
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
 É importante que o profissional conheça os sinais indicativos do câncer 
de pele e, ao suspeitar de alguma alteração, encaminhar o paciente ao médico-
dermatologista. Uma técnica utilizada para identificar as principais alterações 
suspeitas é o guia as letras do alfabeto de A a E, como descritas a seguir por 
Cohen (2013):
•	 A – Assimetria: alguns melanomas são assimétricos, com uma metade 
diferente da outra.
•	 B – Borda: normalmente as lesões malignas apresentam bordas 
irregulares.
•	 C – Cor: tons que variam entre o castanho escuro e o preto são o primeiro 
indício de alteração.
•	 D – Diâmetro: suspeitar de lesões com diâmetro superior a 6 mm.
•	 E – Evolução: ao mapear os nevos na anamnese e análise na pele feita 
na primeira sessão, o profissional tem condições de observar alterações 
no tamanho, forma, cor, sangramento, coceira ou se a pinta está 
descamando, bem como alertar na busca de uma avaliação médica.
Todavia, deve-se ter consciência de que há limitações dessa regra para 
as pequenas lesões, pois pequenos melanomas podem ter as características 
não tão claras. Da mesma forma, nevos melanocíticos benignos podem 
ter características atípicas, reduzindo a sensibilidade da regra do ABCDE 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).
Figura 59 – Regra do ABCDE para identificação do câncer de pele melanoma
Fonte: Tallita Rezende Dermatologista (2015, s.p.).
127
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
c) Psoríase
As lesões características da psoríase consistem em pápulas e placas 
escamosas crônicas e recidivantes. Ocorrem erupções pustulosas e vermelhidão 
intensa. A apresentação clínica varia entre indivíduos, podendo apresentar apenas 
algumas placas localizadas, até o acometimento cutâneo generalizado (WOLF; 
JOHNSON; SAAVEDRA, 2015).
Figura 60 – Psoríase, acometimento facial
Fonte: Wolff, Johnson e Saavedra (2015, s.p.).
d) Dermatite atópica
 A dermatite atópica (DA) é uma doença genética, de herança poligênica, 
com evidentes alterações imunológicas, fortemente influenciadas por fatores 
ambientais e, eventualmente,emocionais. É considerada a principal manifestação 
cutânea de atopia que pode ocorrer em qualquer idade a partir do 3° mês de vida. 
O prurido é intenso e está sempre presente. Sua distribuição usual compreende 
dobras antecubitais e poplíteas, mas também pode comprometer o pescoço, 
pálpebras, mãos e punhos. Tende a atenuar-se com a idade, sendo rara a sua 
persistência após os 30 anos (CESTARI; AZULAY; AZULAY, 2004).
e) Urticária
 A urticária é uma erupção pruriginosa muito comum, constituída por lesões 
efêmeras, eritematoedematosas circunscritas, de vários tamanhos, produzidas 
por causas e mecanismos diversos. A alergia ao látex da borracha natural afeta 
pessoas rotineiramente expostas aos produtos com borracha. As reações ao látex 
da borracha ocorrem como síndrome da urticária de contato, tipicamente dentro 
de uma hora após a exposição ao látex (CRIADO; CRIADO; AZULAY, 2004).
 A lesão característica da urticária é uma lesão eritematoedematosa 
denominada urtica, que pode ter grandes dimensões ou apresentar-se como 
grandes placas (urticária gigante), e neste caso, o edema comprime os vasos, 
128
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
fazendo com que a placa apresente um centro anêmico, sendo esta uma 
característica comum às urticas no seu início antes de evoluírem para a forma 
final de placas róseas, as quais regridem após algumas horas (máximo de 24 a 48 
horas) sem lesões residuais, a menos que a pele seja danificada pela coçadura 
intensa. O prurido está quase sempre presente e pode ser intenso e às vezes é o 
elemento mais importante do quadro, podendo ser temporário. O angioedema e 
a urticária podem frequentemente coexistir ou ocorrerem isoladamente (CRIADO; 
CRIADO; AZULAY, 2004).
 A urticária comum pode ser dividida em aguda, com até seis semanas 
de atividade contínua, crônica, seis ou mais semanas de atividade contínua 
e episódica, que ocorre de forma intermitente. Na urticária aguda as lesões 
surgem subitamente, na maioria dos casos em forma de grandes placas e podem 
ter origem idiopática ou ter como causa alimentos como frutas (por exemplo, 
morango), frutos-do-mar, castanhas, condimentos, chá, chocolate e produtos 
laticínios, drogas como antibióticos, ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios não 
hormonais, morfina e codeína, também pelos hemoderivados, radiocontrastes, 
infecções virais e doenças febris, picadas de abelha e vespa (CRIADO; CRIADO; 
AZULAY, 2004).
A urticária de contato ocorre em consequência do contato com substâncias 
específicas como plantas, pelos de animais, leite, trigo etc. Após o contato com 
a substância, surge normalmente de forma localizada em poucos minutos e 
desaparece dentro de uma a quatro horas. Preparações alimentares proteicas e 
o uso de luvas de látex são causas comuns de urticária de contato nas mãos 
(CRIADO; CRIADO; AZULAY, 2004).
f) Dermatite de contato 
 
 A dermatite de contato ou eczema de contato pode ser dividida em dois 
tipos, segundo sua etiologia e fisiopatogenia: dermatite de contato por irritante 
primário (DCIP) e dermatite de contato alérgica (DCA).
 A dermatite de contato por irritante primário normalmente é provocada 
por substâncias alcalinas ou ácidas fracas, não tendo capacidade de provocar 
queimaduras ou necrose, apenas irritação cutânea. Ao entrar em contato 
com a pele, essas substâncias causam injúria aos ceratinócitos, ocasionando 
reação inflamatória na derme papilar. Clinicamente, caracteriza-se por eritema, 
descamação e, por vezes, vesículas e bolhas, que surgem em contato com 
agentes irritantes mais fortes ou depois de semanas de contato com agentes 
irritantes mais fracos. Não há envolvimento com o sistema imunológico e qualquer 
indivíduo em contato com tais substâncias desenvolverá DCIP, que sempre ficará 
restrita ao local de contato. As duas principais variáveis são a concentração da 
129
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
substância e o tempo de exposição, e a suscetibilidade depende da espessura da 
camada córnea, ou seja, é mais fácil ocorrer DCIP na pele fina do que na que tem 
a epiderme mais espessa (CESTARI; AZULAY; AZULAY, 2004).
 Na dermatite de contato alérgica existe envolvimento primário do sistema 
imunológico, sendo que a hipersensibilidade adquirida persiste por toda a vida, 
embora, eventualmente, possa ocorrer o desenvolvimento da tolerância com 
a exposição continuada, havendo então a cura. Nestes casos, determinadas 
substâncias são especialmente sensibilizantes, como apresentam Cestari, Azulay 
e Azulay (2004):
• Metais – cromo (cimento, tipografia, couros), níquel (objetos de adorno e 
de utilidades domésticas), mercúrio (remédios).
• Antibióticos – com destaque a neomicina, penicilina, furacin e 
cloranfenicol.
• Cosméticos – eosina, hidroquinona, piragalol, azocorantes, resorcina, 
fenol, formol e outras.
• Borracha e derivados – marcaptobenzotizóis e o éter monobenzílico de 
hidroquinona.
• Objetos plásticos – polivinil, polietileno, acrílicos, formaldeídos, 
nitrocelulose, poliamidos, os diversos componentes das epoxirresinas e 
outros.
Figura 61 – Eczema de contato alérgica a esmalte
Fonte: Azulay e Azulay (2004, s.p.).
Figura 62 – Apresentação das três formas de DCA (sempre com muito prurido)
Eritemas,
pápulas,
escamas e
crostas.
SUBAGUDA
Eritema,
vesículas,
exsudação e
crostas.
AGUDA
Liquenização.
CRÔNICA
Fonte: Adaptado de Cestari, Azulay e Azulay (2004).
130
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
O formato e a localização das lesões podem ajudar no diagnóstico. Por 
exemplo, lesões nos lóbulos auriculares estão relacionadas a componentes dos 
brincos, como o níquel. Algumas vezes, as lesões são encontradas a distância do 
sítio original, ocorrendo por alérgeno pelas mãos do paciente ao se coçar. Procura-
se correlacionar o local da dermatite a várias exposições; assim, no eczema de 
pescoço, deve-se investigar joias e adereços de metais e plásticos, perfumes, 
roupas, corantes de tecidos etc. Quer na indústria, quer em outras profissões, a 
pessoa expõe-se seletivamente a determinados antígenos, um exemplo disso é a 
dermatite de contato em cabeleireiros nos quais deve-se pesquisar os corantes, 
xampus, depilatórios, perfumes etc. (CESTARI; AZULAY; AZULAY, 2004).
Todas essas informações devem servir para que o profissional da estética 
possa ter uma noção do que pode estar acometendo o seu paciente e encaminhá-
lo ao médico quando necessário. Este, se julgar necessário, realizará testes de 
contato para a identificação das substâncias às quais o indivíduo é alérgico. Tendo 
o conhecimento do agente causal, a primeira providência que o profissional deve 
tomar em relação ao paciente é afastá-lo dele, observando a presença deste em 
seu atendimento.
g) Micoses superficiais
As micoses são doenças produzidas por cogumelos que se localizam 
preferencialmente na pele e/ou em seus anexos e são classificadas em quatro 
grupamentos: ceratofitoses, dermatofitoses, dermatomicoses e candidíases. O 
contágio inter-humano é frequente (SCHECHTMAN; AZULAY; AZULAY, 2004).
As ceratofitoses são micoses essencialmente superficiais que se localizam 
na ceratina da epiderme e dos pelos. Dentre elas está a pitiríase versicolor, que é 
uma doença de distribuição universal, mais frequente na população adulta e em 
climas quentes e úmidos. As lesões são inicialmente arredondadas, por surgirem 
a partir da estrutura pilossebácea (o agente é lipofílico), com lesões geralmente 
hipocrômicas descamativas. Podem ser hipercrômicas ou eritematosas, daí o 
nome versicolor (SCHECHTMAN; AZULAY; AZULAY, 2004). 
As dermatofitoses representam a infecção fúngica mais comum do homem. 
Há várias espécies de dermatófitos, com determinadas variações, e sua 
prevalência é maior nas zonas tropical e subtropical, em regiões de clima quente 
e úmido. A mesma espécie pode produzir quadros clínicos bem diferentes e, 
inclusive, com seletividade de grupos etários. Na dermatofitose da face, as lesõessão eritematoescamosas de crescimento centrífugo, às vezes com disposição 
de asa de borboleta, lembrando o lúpus e a dermatite seborreica, e o prurido 
geralmente é discreto (SCHECHTMAN; AZULAY; AZULAY, 2004).
131
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
Dentre as dermatofitoses inflamatórias existem três tipos principais: o quérion, 
que é localizado no couro cabeludo ou barba e se manifesta em forma de placa de 
foliculite aguda ou subaguda, eminentemente hiperérgica, com intensa supuração 
e cura espontânea, às vezes com alopecia cicatricial; a sicose tricofítica, que 
apresenta pústulas centralizadas por pelos na região da barba e bigode. Às vezes 
são isoladas e, outras vezes, formam conglomerados; a evolução é, em geral, 
crônica, e; folliculitis capitis abscendens et suffodiens, caracterizada por lesões de 
foliculite com túneis intercomunicando abscessos, no couro cabeludo.
Figura 63 – Sicose tricofítica
Fonte: Azulay; Azulay (2004, s.p.).
h) Herpes simples
 É uma dermatovirose causada pelo herpes-vírus de transmissão por 
contato pessoal, que inicialmente apresenta-se na forma de eritema discreto, 
edema e ardor. É caracterizada por vesículas puntiformes, túrgidas e brilhantes, 
agrupadas em buquês e tensas, contendo líquido transparente. Aumentam e 
reaparecem quando há manifestações febris ou em estados fisiológicos, como a 
menstruação. As vesículas do tipo 1 localizam-se na borda vermelha dos lábios, 
narinas externas ou extensão variável da face. As do tipo 2 são geralmente de 
transmissão sexual e acometem genitália e ânus (BARROS, 2009).
Figura 64 – Herpes simples
Fonte: Dermatologia.net (s.d., s.p.).
132
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
É importante que o profissional analise a existência de doenças dermatológicas, 
principalmente as que são contagiosas e aquelas que necessitam de tratamento 
adequado, e faça o devido encaminhamento do paciente ao médico especialista.
Quadro 17 – Seção da ficha de anamnese que compreende a avaliação 
das discromias, dos sinais de envelhecimento e de outras alterações
AVALIAÇÃO DAS DISCROMIAS, SINAIS DE ENVELHECIMENTO E OUTRAS ALTERAÇÕES
Discromias, marcas ou rugas Localização:
Melasma (cloasma)
Efélides
Hiperpigmentação pós-inflamatória
Melanose solar
Leucodermia solar
Nevos melanocíticos
Outras (descrever)
Rugas finas
Rugas superficiais
Rugas profundas
Classificação Glogau de envelhecimento
Alterações cutâneas suspeitas ou descon-
hecidas:
Fonte: A autora.
Contraindicações e Observações 
Gerais
É possível ter fichas de anamnese para a estética facial distintas para 
homens, mulheres e para tratamentos que exigem maiores cuidados, como os 
peelings. Como já comentamos nos capítulos anteriores, ter fichas específicas 
para os variados setores e tipos de tratamentos na estética faz com que tenhamos 
avaliações que exploram melhor as necessidades de cada paciente e, ao mesmo 
tempo, tornam-se mais práticas. No entanto, em algumas ocasiões elas podem 
ser unificadas, por conterem pouquíssimas informações distintas. Avalie a 
praticidade e os tipos de informações que você deseja e precisa coletar. Isso vale 
para as contraindicações, uma vez que é preciso observar os tipos de produtos 
e equipamentos que são utilizados em cada local, pois cada um tem a sua 
contraindicação, que deve ser lembrada no momento da anamnese.
 A ficha apresentada neste capítulo é generalizada e cada profissional 
deve adaptar a sua. Também é importante anexarmos autorizações médicas, 
133
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
fotografias (se impressas) e um Termo de Responsabilidade ou Consentimento, 
no qual o paciente deve confirmar que compreendeu sobre os procedimentos 
que serão realizados, sobre a veracidade das informações por ele repassadas, 
e que tomará os devidos cuidados em relação à pele conforme orientação do 
profissional, principalmente em casos de realização de peelings.
Como já comentamos em outros capítulos, a fotografia é uma forma muito 
interessante para fazer o acompanhamento da evolução dos tratamentos faciais, 
uma vez que a maioria dos motivos de insatisfação dos pacientes está relacionada 
a sua aparência visual. Não se esqueça de fazer todos os procedimentos que 
já vimos, para que as fotografias fiquem bem padronizadas e tenham a melhor 
qualidade possível. Isso enriquecerá muito a avaliação.
Atividades de Estudos:
1) Descreva as formações sólidas e coleções líquidas presentes na 
pele acneica.
 ____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
2) Preencha o seguinte processo, do grau mais brando para o 
grau mais grave de acne, utilizando duas palavras-chave para 
descrever cada grau.
Grau I
Grau II
Grau III
Grau IV
Grau V
3) Faça uma breve descrição da acne rosácea.
 ____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
134
 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
4) Identifique e descreva a discromia presente na imagem a seguir:
 ____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
5) Relacione as principais diferenças entre o envelhecimento 
cronológico e o fotoenvelhecimento.
 ____________________________________________________
____________________________________________________
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____________________________________________________
____________________________________________________
6) Explique o que é a regra “ABCDE” na identificação do câncer de 
pele melanoma.
 ____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
Algumas Considerações
Avaliar adequadamente uma pessoa em busca de um tratamento, visando 
melhorar os aspectos da sua estética, é buscar o melhor que pudermos oferecer 
a ela. Isso significa resgatar todo o conhecimento científico e aplicá-lo de forma a 
identificar corretamente as queixas levantadas pelo paciente: definir o que é essa 
queixa, sua classificação, suas possíveis causas ou fatores agravantes e traçar 
135
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
um plano de tratamento mais adequado, considerando se o histórico pessoal, 
que inclui seus hábitos e as suas condições de saúde, permite a utilização dos 
procedimentos selecionados.
Os métodos avaliativos em Estética Facial e Estética Corporal são um 
conjunto de técnicas e informações que possibilitam um tratamento seguro, mais 
eficaz possível e com todos os seus dados coletados registrados numa ficha de 
anamnese, que é um importante documento que deve estar presente nas clínicas 
de estética.
Algumas fichas de anamnese fornecidas por marcas de produtos cosméticos, 
ou mesmo encontradas em algumas bibliografias, estão estruturadas com itens 
predefinidos para serem apenas assinalados, tornando assim o seu preenchimento 
mais rápido. É uma forma muito interessante de realizar a anamnese, porém 
devemos ficar atentos se todos os requisitos serão atendidos, e mesmo nesse tipo 
de ficha sempre haverá a necessidade de um campo de observações gerais para 
um livre preenchimento, uma vez que não é possível prever tudo o que poderá 
surgir nas futuras avaliações.
Exploramos também várias possibilidades para as avaliaçõesestéticas, 
mas enfatizamos, mais uma vez, que as técnicas e os métodos avaliativos 
aqui apresentados, as classificações das principais queixas estéticas, os 
questionamentos, bem como todos os itens relacionados nas fichas não devem 
ficar assim restritos. É preciso estar atento às novas descobertas científicas, aos 
recursos oferecidos (equipamentos, cosméticos, recursos manuais) e ao perfil 
dos pacientes atendidos em cada local. Os componentes da avaliação estética 
dependem dos recursos disponíveis (fatores que possam indicar, interferir ou 
contraindicar) e a forma de avaliar a evolução dos tratamentos depende de cada 
profissional, que deverá ser capaz de analisar o que é mais adequado para as 
suas necessidades.
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139
Ficha de Anamnese Facial Capítulo 3 
ANEXO I – Ficha de anamnese facial completa
FICHA DE ANAMNESE – ESTÉTICA FACIAL
IDENTIFICAÇÃO
Nome completo: _________________________________________________________
Profissão: ______________________________________________________________
Data de nascimento: ________/________/_________
Sexo/Identidade de gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino
Endereço:_______________________________________________________________
Cidade/Estado: __________________________________________________________
E-mail:__________________________________________________________________ 
Telefones: Cel:_____________________________Outro:_________________________
.............................................................................................................................................
Queixa/Localização: _____________________________________________________
HISTÓRICO
Cosméticos que utiliza: ____________________________________________________
Uso de filtro solar: ________________________________________________________
Tratamentos estéticos faciais anteriores e resultados:______________________________ 
Gestante: Sim ( ) Não ( )
Fumante:

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