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Introdução ao Direito Administrativo

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Direito Administrativo 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada 
pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na 
jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Sumário 
1. Bibliografia Sugerida ................................................................................................... 2 
2. Introdução ao Direito Administrativo ......................................................................... 2 
2.1 Conceito de Direito Administrativo ...................................................................... 3 
2.2 Questão ................................................................................................................. 4 
 
 
 
Direito Administrativo 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada 
pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na 
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1. Bibliografia Sugerida 
O professor Alexandre Medeiros indica a leitura das obras “Direito Administrativo” e 
“Noções de Direito Constitucional e de Direito Administrativo”, da coleção Tribunais e MPU, 
sendo a primeira de autoria do professor Leandro Bortoleto, com quem divide a matéria de 
Direito Administrativo e a segunda de autoria conjunta com o professor Paulo Lépore. Essas 
duas obras são direcionadas especificamente para esses concursos de tribunais, publicadas 
pela Editora Juspodivm, portanto, fortemente recomendadas para aqueles que têm a intenção 
de ingressar nos Tribunais ou também no MPU. 
 
2. Introdução ao Direito Administrativo 
O Direito Administrativo é um ramo do direito público. Uma relação será de direito 
público quando o Estado encontra-se presente na mesma exercendo suas prerrogativas 
públicas, como, por exemplo, cobrança de impostos dos cidadãos. 
Antes de adentrar no tema, é importante salientar que o vínculo capaz de unir dois 
sujeitos denomina-se relação, sendo esta uma relação jurídica quando repercutir e for 
disciplinada pelo direito. A relação de marido e esposa, por exemplo, é uma relação jurídica 
de direito privado, pois o Estado não ocupa nenhum dos polos desta relação. Agora, quando 
o estado ocupa algum desses polos, como no caso da cobrança de impostos do cidadão, 
existindo uma relação entre o Estado e o contribuinte, o devedor de imposto, relação regida 
pelo Direito Tributário, portanto, têm-se um caso de direito público. 
Com o passar do tempo, o Estado participa cada vez mais das relações jurídicas 
travadas na sociedade, de maneira que começam a surgir relações jurídicas que, embora 
contem com a participação do Estado, possuirão natureza de direito privado. Dessa forma, 
não basta a presença do Estado na relação para caracterizá-la como de direito público, sendo 
necessário igualmente que o Estado esteja presente na relação jurídica nessa qualidade, 
exercendo suas prerrogativas públicas. 
Conforme os ensinamentos de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, uma relação jurídica de 
direito público é caracterizada pela verticalidade, estando o Estado no topo, exercendo 
prerrogativas e a outra parte em patamar inferior, em verdadeira situação de desigualdade 
jurídica. 
O Estado pode participar de uma relação jurídica sem estar nessa qualidade, abrindo 
mão de suas prerrogativas e se nivelando ao particular, relação esta de natureza particular e 
caracterizada pela horizontalidade. A Lei 8.666/1993, responsável por regular as licitações e 
contratos administrativos, prevê no seu artigo 62, § 3º, contratos de natureza privada com 
participação do Estado tal como o de locação (Estado como inquilino). 
Direito Administrativo 
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O Direito Administrativo estabelece uma relação de direito público, em que o Estado 
se faz presente exercendo suas prerrogativas. Esse ramo do direito é influenciado de forma 
marcante pelo direito francês, tanto que se costuma indicar como data de nascimento deste 
ramo, a Lei 28 pluvioso do ano VIII, responsável pela organização administrativa do Estado 
francês. Igualmente importante para delimitar o nascimento do Direito Administrativo diz 
respeito ao Caso Blanco de 1873, ocasião na qual este ramo do direito alcançou maior 
autonomia frente aos demais ramos da ciência jurídica. 
 
2.1 Conceito de Direito Administrativo 
Para conceituar o Direito Administrativo, vários critérios e várias escolas surgiram. 
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, sete são os critérios para conceituar este ramo 
do direito: a) critério do serviço público; b) critério do poder executivo; c) critério das relações 
jurídicas; d) critério teleológico; e) critério negativo ou residual; f) critério da distinção entre 
atividade jurídica e atividade social do Estado; g) critério da Administração Pública. 
Conforme o critério do serviço público, o Direito Administrativo resumia-se por tratar 
unicamente do serviço público como organização do Estado, sendo todos os temas tratados 
como serviços públicos. No entanto, o Direito Administrativo não se restringe a esse tema, 
tratando de outros temas e, por essa razão, tal escola foi afastada. 
O critério do Poder Executivo delimitava que o Direito Administrativo trata das 
relações oriundas de tal Poder e sua atuação. Igualmente, o Direito Administrativo não se 
esgota nesta temática, uma vez que a administração pública encontra-se presente nos três 
Poderes estatais, de maneira típica no Poder Executivo e de maneira atípica no Poder 
Legislativo e no Poder Judiciário. 
Pelo critério das relações jurídicas o Direito Administrativo é o ramo do direito que 
trata das relações jurídicas travadas entre a Administração e os administrados. Porém, não é 
apenas o Direito Administrativo que trata dessas relações, sendo essa função exercida por 
outros ramos tais como o Direito Eleitoral e o Direito Tributário. 
Destarte, pelo critério teleológico (do grego τέλος, finalidade, e -logía, estudo) o Direito 
Administrativo seria o ramo do direito que se ocupa da atuação do Estado na busca por atingir 
seus fins. Ocorre que não apenas a função administrativa é voltada para atender aos fins 
estatais, sendo tal finalidade igualmente buscada pela função legislativa e pela função judicial. 
 O critério negativo, por sua vez, utiliza-se do critério teleológico, mas exclui da sua 
conceituação as funções legislativa e judicial. 
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 O critério da distinção entre atividade jurídica e atividade social do Estado delimita que 
o Direito Administrativo trata da atividade jurídica não contenciosa do Estado, uma vez que a 
atividade contenciosa ficaria a cargo do Poder Judiciário. 
Por fim, o critério da Administração Pública conceitua o Direito Administrativo como o 
ramo do direito que tem por objeto de estudo a administração pública. 
Assim como os demais ramos do direito, o Direito Administrativo possui como fonte 
primordial a lei, sendo as outras fontes secundárias ou derivadas (doutrina, costumes e 
jurisprudência). Os princípios do direito também poderiam ser considerados como fontes do 
Direito Administrativo. 
Os costumes consistem em uma prática reiterada com sentimento de que a mesma 
está em conformidade com a lei, vez que, no ordenamento jurídico brasileiro, os costumes 
contra legem (contrários a lei) não são admitidos, só sendo possível a revogaçãode uma lei 
por outra. 
No Brasil, adota-se o sistema inglês de jurisdição (unicidade de jurisdição), em que 
somente uma função pode proferir decisões com caráter de definitividade, que é a função 
judicial. O sistema francês, por outro lado, é o sistema da dualidade, do contencioso 
administrativo. Na França, tanto o poder judiciário quanto a administração pública podem 
deferir decisões com caráter definitivo nas matérias de sua competência. 
 
2.2 Questão 
2015 – CESPE- TRE/MT - Analista Judiciário - Administrativa 
Com relação ao direito administrativo e à administração pública, assinale a opção 
correta. 
1. ( ) Consoante o critério do Poder Executivo, o direito administrativo pode ser 
conceituado como o conjunto de normas que regem as relações entre a administração pública 
e os administrados. 
 2. ( ) As principais fontes do direito administrativo brasileiro, que não foi codificado, 
são o costume e a jurisprudência. 
 
Resposta: 
1. E – o critério que conceitua o Direito Administrativo de tal forma é o critério das 
relações jurídicas. 
2. E – a principal fonte do Direito Administrativo é a lei, sendo o costume e a 
jurisprudência fontes derivadas ou secundárias.

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