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Fontes e formas de aplicação de nutrientes

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04/05/2022
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Professor José Milton Alves
Aula 04 – Fontes, formas e cuidados 
na aplicação de nutrientes
Fertilidade do Solo
Dependendo da espécie de planta, do estádio de
desenvolvimento e do órgão a quantidade para o
crescimento ótimo varia entre 2 a 5% do peso da planta.
Cerca de 78% dos gases da atmosfera é N2.
NITROGÊNIO
•Existe um aporte de N aos solos por meio do arraste, pela
chuva, dos óxidos de N (descargas elétricas).
•Porém a maior parte
do N disponível nos
solos provém da FBN.
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 O nitrogênio pode ser obtido do meio em diferentes
formas:
Absorção
N2, através das bactéria fixadoras de nitrogênio (ex.
leguminosas);
Na forma mineral como N-N03
- e N-NH4
+. 
A forma predominante de absorção, em condições naturais
é a do nitrato devido ao processo de nitrificação no solo
NH4
+ + 1,5O2 NO2
- + H2O + 2H
+
Nitrosomonas
NO2
- + 0,5O2 NO3
-Nitrobacter
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Desnitrificação
•É realizada por grande número de espécies de bactérias
anaeróbias facultativas.
•Na ausência de O2 utilizam o NO3
- como receptor de elétrons.
2NO3
- + 5H2 + 2 H
+ N2 + 6H2O
Solo inundado utilizar qual fonte de N?
Volatilização da amônia
NH4
+ NH3 + H
+
Isto mostra que em pH
ácido a espécie química
predominante é amônio.
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Mesmo em um solo
ácido a uréia está
sujeita a perdas de N
por volatilização de
NH3
Para reduzir as perdas de N por volatilização deve-se
incorporar a uréia ou irrigar em seguida.
Volatilização da amônia
NH4
+ NH3 + H
+
Isto mostra que em pH
ácido a espécie
química predominante
é amônio.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Urea.png
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Uma das formas de minimizar as perdas de NH3 do solo é
recobrimento da ureia com inibidores de uréases.
Estes compostos
são capazes de
reduzir a taxa de
hidrólise da ureia
no solo.
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Inibidores de urease
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O ácido bórico (H3BO3) e o cobre (Cu) tem apresentados
resultados promissores como inibidores de urease,
atuando na estrutura molecular da enzima e na afinidade
pelo substrato respectivamente.
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Inibidores de urease
O NBPT [N-(n-butil) tiofosfórico triamida] e o inibidor de
urease bastante comercializado e tem ação através das
inibições reversíveis competitivas e não-competitivas.
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Transporte
 N-NH4
+ Tóxico
Normalmente, o N-NH4
+ é assimilado a compostos
orgânicos no sistema radicular e transportado como
aminoácidos.
Em conseqüência, pouco ou nada de N-NH4
+ será
encontrado no xilema
A concentração de N-N03
-, encontrada no xilema, vai
depender de vários fatores, mas predominantemente da
capacidade de redução deste íon no sistema radicular.
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Algumas plantas reduzem 100% do nitrato nas raízes,
consequentemente pouco N na forma de N03
- será
transportado via xilema.
Outras plantas podem reduzir 100% do nitrato na parte
aérea, e então grande concentração de N-N03
- será
encontrado no xilema.
Mas a maioria das
plantas reduzem o
nitrato em ambas as
partes da planta, e
assim tanto nitrato
como aminoácidos
podem ser encontrados
neste vaso
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Nas plantas fixadoras do N2 atmosférico, o transporte do
nitrogênio fixado no sistema radicular é transportado
principalmente como:
Ureídeos – alantoína
ácido alantóico
Em menor proporção
como glutamina e
asparagina
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Redistribuição
O nitrogênio é um elemento de alta mobilidade na planta
Na deficiência ele é facilmente redistribuído na forma de
aminoácidos via floema para as partes novas.
Funções
 A maior parte
do nitrogênio se
encontra na forma
orgânica (reduzida).
 É um
componente
fundamental
das proteínas
(enzimas).
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História da aplicação do N
Antes do surgimento dos adubos minerais o suprimento de
nitrogênio para as plantas deveria vir do solo ou ser adicionado via
material orgânico.
100 kg EB 0,5 kg de N
x 100,0 kg de N
X = 20.000 kg EB por hectare
X = 20 ton EB por hectare
Como somente metade do N do EB vai estar
disponível para as plantas no primeiro ano,
então a dose de EB a ser aplicada é de 40 ton
ha-1
?
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História da aplicação do N
Outra fonte de nitrogênio que foi
muito utilizada era o Guano que é
formado pelas fezes de aves e
morcegos. Tem bons teores de N.
O guano é composto
de amoníaco, ácido úrico, ácido
fosfórico, ácido oxálico, ácido
carbônico, sais e impurezas da
terra.
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Amon%C3%ADaco
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_%C3%BArico
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_fosf%C3%B3rico
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_ox%C3%A1lico
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_carb%C3%B4nico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sal
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O guano é coletado em
várias ilhas do Oceano
Pacífico (principalmente nas do Peru) e em
outros oceanos. Estas ilhas tem sido
o habitat de colônias de aves marinhas por
séculos, acumulando vários metros deste
material.
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Os principais adubos nitrogenados são sintetizados a
partir do N2 atmosférico e do H.
O processo de síntese da amônia foi desenvolvido no
início do século 20 por Fritz Haber e Carl Bosh e marcou o
início da agricultura moderna.
½ O2 + N2 + CH4 + H2O
Ar Gás natural
2 NH3 + CO2
N2(g) + 3 H2(g) → 2 NH3(g)
Adubos nitrogenados
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_Pac%C3%ADfico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peru
https://pt.wikipedia.org/wiki/Habitat
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nitrog%C3%AAnio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrog%C3%AAnio
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Neste processo os gases nitrogênio e hidrogênio são
combinados diretamente a uma pressão de 20 MPa e
temperatura de 500ºC, utilizando o ferro como catalisador.
Custo energético da formação da NH3 (16800 Kcal/Kg
contra 2100 Kcal/Kg do K2O).
Para a produção da amônia, o nitrogênio é obtido do ar
atmosférico e o hidrogênio a partir do gás natural.
O ácido nítrico (HNO3) é produzido a partir da oxidação
da NH3
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O ácido nítrico (HNO3) pode ser combinado com NH3 e
formar o nitrato de amônio (NH4NO3)
O ácido nítrico (HNO3) pode ser combinado com
carbonatos para produzir por exemplo, nitrato de cálcio
(Ca(NO3)2)
A NH3 pode ser neutralizada por outros ácidos e dar
origem ao sulfato de amônio [(NH4)2SO4]
Porém o principal fertilizante sólido utilizado no mundo,
a uréia [CO(NH2)2], é produzida a partir da reação da
NH3 com o CO2. (45% N)
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Nitrog%C3%AAnio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrog%C3%AAnio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Catalisador
http://pt.wikipedia.org/wiki/Atmosfera
http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s_natural
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Urea.png
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Cuidados na aplicaçao
Fonte de N
Época de aplicação
Forma de aplicação
Nítrica 
Amoniacal
Desenvolvimento da cultura
Sulco de plantio
A lanço
Lixiviação
Textura do solo
Dose
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Sintomas de Deficiência
Amarelecimento da ponta para a base em forma de "V";
Secamento começando na ponta das folhas mais velhas
e progredindo ao longo da nervura principal;
Necrose em seguida e dilaceramento; colmos finos.
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Sintomas de Deficiência
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Aula 04 – Fontes, formas e cuidados na aplicação de nutrientes
Aula 04 – Fontes, formas 
e cuidados na aplicação 
de nutrientes
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Aula 04 – Fontes, formas 
e cuidados na aplicação 
de nutrientes
Salitre do Chile
Aula 04 – Fontes, formas 
e cuidados na aplicação 
de nutrientes
Principais
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A maioria das análises de solo no Brasil registra menos
de 10 mg kg-1 de solo
Em solos sob o cerrado, os teores encontrados são
freqüentemente 1 mg kg-1 de solo, ou menos.
FÓSFORO
Além da baixa disponibilidade deste elemento no solo, o
fósforo tem outro agravante que é a grande interação
com os elementos no solo
(P-Fe, P-Al em solos ácidos e P- Ca em solos alcalinos),
o que torna uma grande proporção do fósforo
indisponível à planta
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Absorção
A forma do fósforo que é absorvida depende fortemente
da faixa de pH do meio (solo).
Na faixa de pH entre 2 e 7, predomina a forma H2P04
-,
forma esta absorvida pelo sistema radicular das plantas.
A forma HP04= predomina em solos com pH na faixa de 7
a 12 (alcalinos), entretanto, a absorção é menos rápida
se comparada a primeira citada.
O processo de absorção do fósforo é ativo, uma vez que
a concentração do fósforo é maior nas células
radiculares (100 a 1000 vezes) do que na solução
externa.
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A forma que o fósforo é transportado via xilema é
basicamente a mesma da absorção, ou seja, como H2P04
-
.
Transporte
Redistribuição
O fósforo sendo um elemento de alta mobilidade na
planta é facilmente distribuído no floema.
Em plantas bem supridas de fósforo o vacúolo
armazena a maior parte do Pi total da planta (85 a 95%)
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Funções
A função do fósforo como um elemento constituinte da
estrutura molecular é mais proeminente nos ácido
nucléicos (DNA e RNA).
O fósforo forma ligações nos fosfolipídios das
biomembranas.
Armazenamento e transferência de energia
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A maioria dos fosfatos naturais é quase insolúvel, o que é
uma limitação severa na disponibiliade de fósforo.
Por outro lado, a
baixa solubilidade
faz com que as
perdas por lixiviação
sejam pequenas.
O fósforo inorgânico
vem do mineral
apatita (Ca5(PO4)3F).
Fontes de fósforo – fosfatos naturais
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Cuidado na 
utilização e 
recomendação
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FONTES DE FÓSFORO
Super Fosfato Simples
Ca3(PO4)2 + 2H2SO4 + 3H2O
2 CaSO4.2H2O + Ca(H2PO4)2.H2O
Apatita
Gesso SFS
Ácido sulfúrico
Apatita
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Super Fosfato Triplo
Ca3(PO4)2 + 4H3PO4 + H2O
3 Ca(H2PO4)2.H2O
Apatita Ácido fósforico
43 % P2O5
13% de Ca
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Fosfato monoamônico
Obtenção:
Neutralização parcial de H3PO4 pela amônia.
48 % P2O5 + 9% de N
NH4H2PO4
Fosfato diamônico
Obtenção:
Neutralização parcial de H3PO4 pela amônia.
45 % P2O5 + 16% de N
[(NH4)2HPO4]
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Termofosfato
Obtenção:
Fusão (1450 °C) de fosfato natural (apatita ou fosforita)
com uma rocha magnesiana (serpentina) e resfriamento
rápido.
16,5 % P2O5 + 20% de Ca + 9% de Mg
Bio-Super
Obtenção:
O ácido sulfúrico utilizado na produção do SFS é
substituído por S e bactérias do gênero Thiobacillus que
oxidam o S, para SO4
2-, proporcionando a acidez
responsável pela acidificação da rocha.
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Fósforo orgânico
De 30 a 70% do P total do solo encontra-se na forma
orgânica.
Formas de P(o) terão de ser transformados em P(i) para q
se tornem disponíveis para as plantas.
A hidrólise que proporciona essa clivagem de P(i) de
formas orgânicas, é reação catalizada pelo envolvimento
de enzimas genericamente denominadas de fosfatases.
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a) Fosfatases ácidas, produzidas por plantas e
microorganismos faixa ótima de pH de 4 a 6.
Dependendo do pH do meio, as fosfatases são
classificadas em:
b) Fosfatases alcalinas, produzidas por
microorganismos.
Sintomas de Deficiência
Cor verde-escura das folhas mais velhas seguindo-se
tons roxos nas pontas e margens; o colmo também pode
ficar roxo.
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Folhas (tomate) 
arroxeadas em 
razão da 
deficiência de 
fósforo.
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http://www.uam.es/docencia/museovir/web/Museovirtual/Cultivos/tomate/images/86_jpg.jpg
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Folhas Roxas, 
Deficiência de 
Fósforo (Milho) 
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POTÁSSIO
O potássio é o mais abundante cátion no citoplasma (100
a 150 mM) e possui grande contribuição no potencial
osmótico das células e tecidos de plantas glicofíticas.
O potássio na planta não é metabolizado e forma
complexos prontamente trocáveis.
O potássio em termos gerais, é o segundo nutriente em
exigência pelas culturas, não sendo tão limitante no solo
quanto o fósforo.
Depois do fósforo, é o nutriente mais consumido pela
agricultura brasileira.
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Fontes de K
Os principais minerais de solos que contêm K
são:
Mica tipo 
muscovita KAl2(Si3Al)O10(OH,F) 
Mica tipo 
Biotita K(Mg,Fe)3(OH,F)2(Al,Fe)Si3O10
Feldspato 
ortoclase KAlSi3O8
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Cloreto de Potássio (KCl)
É o fertilizante potássico mais utilizado no mundo,
por ser mais barato.
É obtido apartir de
jazidas naturais e
apresenta coloração
que varia do vermelho
ao branco.
Contém cerca de:
60% de K2O; 50% de K.
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Possui elevado índice salino, que pode prejudicar a
germinação ou o crescimento inicial das plantas se
aplicado muito próximo das sementes.
Em dosagens maiores que 80 a 100 kg ha-1 em solos
argilosos ou 50 kg ha-1 em solos arenosos, recomenda-se
aplicar somente uma parte junto a semeadura.
O restante deverá ser aplicado a lanço, em cobertura.
Não é recomendado para uso nas culturas de fumo e da
batatinha por interferir, negativamente, na combustão do
cigarro e na produção de amido, respectivamente.Prof. José Milton Alv es
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Sulfato de Potássio (K2SO4)
Contém cerca de:
50% de K2O; 17% de S.
Pode ser produzido pela combinação do KCl com ácido
sulfúrico ou com a quieserita (MgSO4.H2O).
É o segundo fertilizante
potássico mais utilizado,
principalmente pelo seu
uso nas culturas do fumo
e da batatinha.
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Nitrato de Potássio (KNO3)
Contém cerca de:
44% de K2O; 13% de N.
É obtido pela combinação do KCl com ácido
nítrico ou com nitrato de sódio
HNO3 + KCl KNO3 + HCl
NaNO3 + KCl KNO3 + NaCl
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Absorção
A absorção do potássio é altamente seletiva e está
intimamente acoplado a atividade metabólica.
Este elemento no solo aparece na forma iônica (K+),
sendo esta a forma absorvida pelas raízes das plantas.
Transporte
O potássio é transportado como K+, ou seja, na mesma
forma que é absorvido do solo.
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Redistribuição
o K+ é caracterizado pela alta mobilidade nas plantas, em
todos os níveis, dentro da célula, dentro dos tecidos, e é
transportado a longa distância via xilema e floema.
Isto acontece, porque o potássio não faz parte
permanente de nenhum composto orgânico (função
estrutural).
Funções
Em quase todos os casos a concentração de K+ é
mantida em torno de 100 a 200 mM, sendo também
verdade para os cloroplastos.
As suas funções, nestes compartimentos não podem ser
substituídos por outros cátions inorgânicos como o Na+.
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No vacúolo a concentração de potássio pode variar entre
10 a 200 mM, ou pode alcançar 500 µM nas células
guardas da epiderme.
A função do potássio na expansão celular e outros
processos que dirigem o turgor celular, estão
relacionados com a concentração de potássio no
vacúolo.
Um grande número de enzimas são completamente
dependente ou estimulada por potássio.
Este elemento como outros cátions monovalentes ativam
enzimas pela alteração conformacional na estrutura
enzimática.
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Por sua vez a sintetase do amido é altamente dependente
em cátions monovalentes, entre os quais o K é o mais
eficiente.
Esta enzima catalisa a transferência da glicose para as
moléculas do amido.
Outra função do K é a ativação da H+-ATPase ligada a
membrana.
É provável que o K esteja envolvido em vários passos no
processo de tradução, incluindo a ligação do tRNA aos
ribossomos.
Assim, a deficiência de K nas plantas, pode estar ligado
a redução na síntese de proteínas.
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O K está diretamente envolvido na abertura e fechamento
dos estômatos (Osmorregulação).
1- Células guardas (estômatos); 2- ostíolo (abertura estomática). 
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Clorose nas pontas e margens das folhas mais velhas.
Sintomas de Deficiência:
Seguida por secamento, necrose ("queima") e
dilaceração do tecido; colmos com internódios mais
curtos;
Folhas mais novas podem mostrar clorose internerval
típica da falta de ferro.
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Deficiência de potássio
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http://www.ppi-ppic.org/ppiweb/gbrazil.nsf/$webindex/article=5E2546B983256CBD004672AFF0EA7427!opendocument
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Queima das bordas das folhas, deficiência de potássio. 
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Absorção – o Cálcio e absorvido do meio
(solução do solo) na forma divalente (Ca2+).
Cálcio
Principais fontes:
Calcário
Gesso Agrícola
(CaCO3)
(CaSO4.2H2O)
O cálcio possui baixa mobilidade no solo e na
planta.
Transporte – o cálcio é transportado via xilema
também na forma divalente (Ca2+).
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Redistribuição – a maioria das funções do cálcio é como
componente estrutural de macromoléculas,
Está relacionada com a capacidade de coordenação,
que estabelece ligações intermoleculares estáveis mas
reversíveis, na parede celular e na membrana
plasmática.
Isto explica os baixos níveis de Ca no floema e da baixa
ou nula redistribuição do Ca na planta.
Esta baixa redistribuição do Ca, faz com que os sintomas
de carência do elemento apareça em órgãos e partes
mais jovens como gemas.
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É comum observar-se
sintomas de deficiência de Ca
(rachadura da casca) em frutos
de tomate (podridão apical),
melancia.
Isto ocorre porque o Ca é direcionado do solo para os
locais de maior demanda transpiratória nas plantas que é
no caso as folhas.
Como os frutos e partes novas possuem pequena
superfície transpiratória e o Ca no floema não é
redistribuído, acaba por acarretar deficiência deste
elemento nestes órgãos da planta.
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Para sanar este problema
os produtores fazem
pulverizações a base de
cálcio (CaCl2) diretamente
nos frutos, principalmente
nas fases críticas de
crescimento, reduzindo ou
evitando assim, problemas
de deficiência do
elemento.
O cálcio ligado a pectatos na lamela média é essencial
para reforçar a parede celular dos tecidos das plantas.
O Ca fornece rigidez a parede celular pelo cruzamento de
cadeias de pectinas na lamela média.
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Contrastando a alta concentração de Ca da parede
celular, do retículo endoplasmático e do vacúolo, a
concentração do Ca no citossol é extremamente baixa.
Para manter esta baixa concentração de Ca, ele é
compartimentalizado no vacúolo, organelas (mitocôndria
e cloroplasto), e também lançado para fora da célula, com
o auxílio de ATPases
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Sintomas de Deficiência:
As pontas das folhas mais novas em desenvolvimento
gelatinizam e, quando secas, grudam umas às outras;
Morte da região de crescimento. 
Nas folhas superiores aparecem, sucessivamente,
amarelecimento, secamento, necrose e dilaceração das
margens e clorose internerval (faixas largas);
Podridão estilar 
em tomate Limão siciliano
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Uma grande proporção
do magnésio total está
envolvido na regulação
do pH celular e no
balanço cátion-ânion.
Magnésio
Aparece no solo na forma iônica Mg2+
Nas folhas a principal
função do magnésio, é
certamente como átomo
central da molécula de
clorofila.
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Absorção – a absorção do magnésio da solução do solo é
feita na forma de Mg2+.
Transporte – o magnésio é transportado na seiva
xilemática na mesma forma absorvida, ou seja, como
Mg2+.
Redistriduição – embora o magnésio seja um íon
divalente como o cálcio, é bastante móvel no floema.
Assim, no caso de plantas deficientes, os sintomas
iniciais aparecem predominantemente nas folhas velhas.
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Aula 04 – Fontes, formas e cuidados na aplicação de nutrientesHá uma grande lista de enzimas e reações enzimáticas
que requerem ou são fortemente promovidos pelo
magnésio, por exemplo, a síntese da glutationa ou PEP-
carboxilase.
A síntese de ATP (fosforilação: ADP +
Pi → ATP) tem um requerimento
absoluto pelo magnésio como um
componente de ligação entre o ADP
e a enzima.
Outra reação chave do magnésio é a
modulação da RuBP carboxilase
(ribulose 1,5 bisfosfato
oxidase/carboxilase – Rubisco) no
estroma do cloroplasto.
A atividade desta enzima é altamente dependente de
magnésio e do pH.
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O magnésio ligando-se a rubisco aumenta sua afinidade
(diminui o Km) pelo substrato (C02) e a taxa de ressíntese
da enzima (aumento da Vmax).
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Sintomas de Deficiência:
As folhas mais velhas amarelecem nas margens e
depois entre as nervuras dando o aspecto de estrias;
Pode vir depois necrose das regiões cloróticas; o
sintoma progride para as folhas mais novas.
Tomate Milho
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A redução é necessária para a incorporação do enxofre
em aminoácidos, proteínas e coenzimas.
Enxofre
Absorção – em condições aeróbicas do solo, a forma de
enxofre predominante é a do sulfato (S04
2-),
Transporte – o transporte de enxofre no xilema é
predominantemente na forma de S02
-4.
Funções - o enxofre é um constituinte dos aminoácidos
cisteína e metionina e consequentemente de proteínas.
A ferrodoxina recebe os elétrons
produzidos pela clorofila ao ser
excitada pela luz solar.
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O S faz parte também de constituintes estruturais
de muitas coenzimas e grupos prostéticos tais
como a ferredoxina, biotina (vitamina H) e a
tiamina pirofosfato (vitamina B1).
Fontes de enxofre
Gesso Agrícola
CaSO4.2H2O
15% S
Sulfato de 
amônio
24% S
Super fosfato simples 12% S
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Folhas novas e recém-formadas com coloração
amarelo-pálida ou verde suave.
Semelhante ao do
nitrogênio, os sintomas
ocorrem nas folhas
novas, indicando que
os tecidos mais velhos
não podem contribuir
para o suprimento de
enxofre para os tecidos
novos.
Sintomas de Deficiência:
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Deficiência de enxofre: 
clorose de ponteiro 
("verde limão") 
(Algodão)
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1) Descreva a magnitude e a origem do nitrogênio para os sistemas biológicos.
2) comente sobre a diferença para a planta em absorver o nitrogênio na forma de amônio (NH4) ou nitrato (NO3).
3) O que é a nitrificação e qual seu efeito na disponibilidade de nitrogênio do solo?
4) Descreva a desnitrificação e sua influência na recomendação de nitrogênio para as plantas.
5) Descreva o motivo de ocorrência da volatilização da amônia quando se utiliza a ureia como fonte de N.
6) Descreva os cuidados para evitar a volatilização da amônia.
7) Cite os principais inibidores de urease existentes no mercado, descreva seus mecanismos de ação.
8) Construa um esquema que descreva a sequência dos principais processo que pode acontecer com a ureia ao ser 
aplicada ao solo
9) Como é a absorção e o transporte de nitrogênio na planta?
10) Cite 3 funções do nitrogênio na planta.
11) Considerando a produção de plantas, qual a importância da descoberta do processo de produção de amônia?
12) Descreva o processo de produção de amônia e de ureia.
13) Quais os principais cuidados no manejo da adubação nitrogenada?
14) Cite 5 adubos fontes de nitrogênio com seus respectivos teores de nutrientes.
15) Como é a absorção e translocação do fósforo na planta?
16) Descreva os principais processos de adsorção de fósforo no solo.
17) Diferencie os fosfatos naturais não reativos dos reativos. Em que situração você recomendaria esses produtos?
18) Diferencie a formação do superfosfato simples e superfosfato triplo. O que se deve levar em conta na escolha de 
um dessas fontes de fósforo?
19) Cite 5 adubos fornecedores de fósforo com seus respectivos teores de nutrientes.
20) Quais são os principais cuidados no manejo da adubação fosfatada?
21) Como são produzidos os principais adubos potássicos?
22) Quais as características principais dos adubos cloreto de potássio e sulfato de potássio?
23) Como é a absorção e translocação do potássio nas plantas?
24) Compare a salinidade das fontes de potássio
25) Quais são os principais cuidados no manejo da adubação potássica?
26) Cite 3 funções do potássio na planta.
27) Diferencie a forma de absorção, translocação do cálcio e magnésio na planta.
28) Cite 2 funções do cálcio e duas para o magnésio na planta.
29) Quais os cuidados principais no manejo da adubação de cálcio e magnésio?
30) Cite 3 principais fontes de enxofre com seus respectivos teores de nutrientes.
31) Quais são os principais cuidados no manejo da adubação com enxofre?
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