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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA QUALIDADE AMANDA FRAGOSO DE MORAES 20223303206 CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO TRABALHO DA DISCIPLINA [AVA 2] RIO DE JANEIRO 2022 INTRODUÇÃO RELATIVISMO CULTURAL E ETNOCENTRISMO A espécie humana é dependente da cultura para garantir sua sobrevivência. Por não se caracterizar por um número de instintos fixos e inatos suficiente que lhe garanta a sobrevivência, a cultura se faz necessária para tal intento. Compreendo a cultura como um conjunto de símbolos organizado por um povo em determinado tempo e lugar, percebemos que cada configuração cultural apresenta especificidades que devem ser respeitadas. Este trabalho tem como foco aguçar a capacidade de reflexão do estudando sobre a sociedade contemporânea e o que engloba as relações culturais. “Etnocentrismo é uma visão de mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência; Plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc.” 1) Em que medida a perseguição aos judeus e a suposta superioridade da “raça ariana”, pregada pelo nazismo, revelam o fenômeno do etnocentrismo? O etnocentrismo está presente quando um determinado grupo se autodenomina ou se auto classifica como superior aos demais, como no governo nazista de Hitler, que é um exemplo marcante de etnocentrismo. Hitler julgava existir uma superioridade da suposta “raça ariana” em relação às demais, o que resultou na apreensão, expulsão e até a morte de povos de outras origens, em especial os judeus. Originando-se da "heterofobia" (o Outro - em suas diversas formas: primitivo, selvagem, louco, imaturo, homossexual, "homens de cor", crianças problemáticas, fascistas, baderneiros, "hippies", "mulheres de vida fácil", hereges etc. - constitui "perigo" que deve ser exterminado. Observação: o servidor público, nas estratégias de neoliberalismo, está dentro dessa dinâmica, mas, sobretudo, impregnado da problemática de uma Sombra do poder...). Valendo-se da distinção de Lévi-Strauss entre dois tipos de sociedade, as que praticam a antropofagia (que veem na absorção de certos indivíduos detentores de forças temíveis o único meio de neutralizá-las aproveitando-lhes a energia) e as que praticam a antropoemia (que, diante do mesmo problema escolheram a solução de expulsar fora do corpo social e manter temporária ou definitivamente isolados, sem contato com a "humanidade", os seres e grupos temidos, trancafiados em "reservas territoriais"), P. A. Taguieff mostra que quatro são as estratégias do etnocentrismo geradoras das diversas formas de preconceito e racismo. Desde o início, Hitler desdenhava da democracia, ridicularizando a noção de que o “povo governa”. “Ele dizia que o necessário não era uma democracia, mas um indivíduo que surgisse para recuperar a forte liderança da Alemanha”. Discurso de Hitler em 12 de abril de 1940. (HITLER, 1940, apud REES, p 280, 2001). REES, Laurence. O Carisma de Adolf Hitler: o homem que conduziu milhões ao abismo. Tradução: Alice Klesck. Rio de janeiro: Leya, 2013. Acredito que Adolf Hitler retomou este conceito proposto por Gobineu para justificar sua política de extermínio dos Judeus e povos não-arianos. O ápice do extermínio foi durante a Segunda Guerra Mundial, onde médicos e cientistas nazistas chegaram a tirar medidas de alemães e macacos para comparar com outras “raças” humanas e mostrar para a população alemã que a raça ariana era realmente superior, pois tinham menos semelhanças que os primatas do que as demais raças. 2) Qual seria a melhor possibilidade de impedir manifestações etnocêntricas? Comente, em poucas palavras, a importância de medidas sociais que poderiam impossibilitar o advento de fenômenos como o Holocausto. Talvez a maior força combativa ao etnocentrismo e a qualquer tipo de preconceito seja o estudo. O incentivo ao estudo e o investimento em educação são as principais armas para combater-se, gradativamente, o preconceito enraizado na cultura de um povo. O etnocentrismo ocorre porque nossa compreensão do que seria a existência, dificultando nossa capacidade de perceber a diferença como algo "normal". Evidentemente, esse tipo de fenômeno está relacionado aos choques culturais, mas podem ser vistos cotidianamente em nossa própria cultura. O etnocentrismo e o relativismo cultural estão enredados em nossos cotidianos de diversas formas, sendo sua reflexão de extrema importância nos mais diferentes âmbitos, sejam familiares, acadêmicos, profissionais, de lazer, assim como políticos, econômico s e históricos, de modo que devem ser pensadas não somente de uma forma individualista e centrado no presente, mas levando em consideração uma abordagem social e abrangente, para que possamos enxergar e repensar suas consequências. Apesar da suma importância de ambos os assuntos, neste texto, irei me ater e dar ênfase ao etnocentrismo. Entendo que não há uma fórmula mágica que erradique de vez o etnocentrismo em toda uma sociedade. Talvez a maior força combativa ao etnocentrismo e a qualquer tipo de preconceito seja o estudo. O incentivo ao estudo e o investimento em educação são as principais armas para combater-se, gradativamente, o preconceito enraizado na cultura de um povo. Referências Bibliográficas: https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/etnocentrismo.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/etnocentrismo.htm
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