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07 HIV e AIDS (TV, prevenção do HIV, PEP e PREP)

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Lyzandra Maria M35 
 
TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV 
EPIDEMIOLOGIA 
 NE acumula 14% dos casos de AIDS (1980-
2013); 
 De 2006 até agosto de 2014: 8052 casos 
acumulados (SINAN CEARÁ); 
 98% dos municípios do CE já registraram pelo 
menos 1 caso: Há uma interiorização do vírus, 
desatualizando o conceito de que o HIV é uma 
doença de cidade grande; 
 23 municípios concentram 83% do total de 
casos: Cidades maiores, zona industrial, 
comércio e turismo; 
 Números ascendentes de casos em jovens de 
15 a 24 anos em ambos os sexos; 
 Taxa de detecção de casos de AIDS em 
menores que 5 anos ainda se mantém em 
patamares elevados; 
 Indicador de monitoramento de 
transmissão vertical: Quanto mais 
crianças nascerem com HIV maior é o 
impacto (é evitável); 
 O SUS tem organizado uma série de metas 
de gestão que indiretamente representam 
a identificação da qualidade assistencial 
do município: Por exemplo, sífilis 
gestacional é um indicador de mau 
prognóstico municipal, é como se fosse 
resultado de uma sequência de eventos 
(falta de educação sexual, falta de 
diagnóstico e tratamento, pré-natal 
inadequado, entre outros); 
 Da mesma forma, a infecção pelo HIV é 
uma demonstração da fragilidade do 
serviço de saúde; 
 Mortalidade: Não deveria acontecer, porém 
tem uma curva ascendente, ou seja, é um 
prognóstico ruim, pois o HIV atualmente é pra 
ser uma doença crônica e não que leva à 
mortalidade. 
 
 
INTRODUÇÃO 
Definição: É a transmissão da infecção pelo HIV 
de uma gestante soropositiva para o bebê. 
 Epidemia do HIV vem afetando cada vez 
mais as mulheres: Atualmente, ainda há uma 
ascensão maior da população masculina, mas 
mesmo assim observamos um número cresce 
de acometimento em mulheres; 
 Muitos diagnósticos são dados durante a 
gestação: É algo que implica uma abordagem 
clínica extremamente delicada. 
 O atendimento de uma pessoa que recebe 
o diagnóstico de HIV já não é fácil, há 
limitações, exige todo um cenário de 
aconselhamento (pré-teste e pós-teste), 
de abordagem para o paciente digerir o 
diagnóstico, como se contaminou, para 
que ele entenda a abordagem e comece o 
tratamento: Durante a gestação temos um 
cenário totalmente inverso, a mulher 
recebe a notícia da gestação, tem um pico 
de felicidade e em seguida detecta o HIV 
positivo; 
 Essa gestante passará por alterações 
emocionais da própria gravidez e também 
pelo baque da detecção do HIV; 
 Triagem sorológica HIV: O diagnóstico na 
gravidez feito pela triagem sorológica do 
MS representa uma falha na prevenção; 
 Falha na prevenção: Cada diagnóstico 
novo do HIV representa uma falha, assim 
como a sífilis congênita, em toda uma 
cadeia organizada pra trabalhar a 
prevenção. Se a UBS não consegue 
rastrear, prever ou educar a população na 
prevenção do vírus há essa falha. 
 Em 1998 a taxa de transmissão vertical era 
de 16%, em 2004 já era de 1,56%, 
atualmente está em torno de 1%: Com o 
advento da terapia, da testagem sorológica 
nas UBS e da disseminação de testes rápidos 
na atenção primária, melhorou muito o 
diagnóstico. 
Lyzandra Maria M35 
 
FATORES RELACIONADOS 
A transmissão da infecção do HIV tem uma 
relação multifatorial, não depende apenas da 
infecção viral e sim de inúmeros fatores que farão 
a infecção acontecer. 
 Fatores virais: Necessita-se de um vírus 
agressivo o suficiente pra passar a barreira 
placentária; 
 Carga viral alta: Ou descontrolada, da 
gestante durante a gestação, fala a favor 
de uma probabilidade mais alta de 
transmissão para o bebê; 
 Não há evidências sobre os subtipos virais: 
Supõe que o subtipo C na África esteja 
mais relacionado com a TV, mas ainda não 
está bem elucidado. 
 Fatores clínicos e imunológicos: Necessita-se 
de uma condição clínica e imunológica da 
gestante e do feto em desenvolvimento que 
facilite essa infecção; 
 Doenças oportunistas ou imunossupressão 
severa: Manejo clínico difícil interferindo 
nas intervenções que reduzem o risco de 
TV; 
 IST: Algumas podem levar ao dano 
placentário aumentando o risco de TV; 
 Hepatites e tuberculose: Manejo clínico 
complexo, interferindo nas intervenções 
para reduzir a TV; 
 CD4 < 200 células/mm³: Implica num 
estado de imunossupressão grave e, 
consequentemente, uma incapacidade 
técnica de controle viral mais adequado e 
facilitando a transmissão. 
 Fatores comportamentais: Como, por 
exemplo, uso de drogas, bebidas alcoólicas, 
cigarros e tudo que leva à fragilidade da 
consistência da barreira placentária. Vão fazer 
com que aconteçam sangramentos, infartos 
placentários, entre outros eventos, que virão 
a promover a infecção fetal; 
 Uso de drogas ilícitas: Dano vascular 
placentário; 
 Prática sexual desprotegida: Reinfecção 
pelo HIV (de diferentes mutações) e IST. 
IMPORTANTE: Esse termo reinfecção está um 
pouco errado. Na realidade é como se fosse uma 
transmissão de fatores genéticos evolutivos do 
HIV para mecanismo de resistência. O vírus 
quando entra em contato com os retrovirais 
começa a produzir mecanismos compensatórios 
de resistência. Essa mutação adquirida para 
desenvolver a resistência, num relação sexual 
(mesmo que seja entre casais HIV positivo) pode 
ser transmitida (o mecanismo de resistência pode 
ser transmitido) e um dos indivíduos desenvolver 
resistência viral a algum medicamento que esteja 
usando. 
 Fatores obstétricos: Durante o trabalho de 
parto e o desenvolvimento; 
 Transmissão é maior no 3º trimestre: É 
quando ocorre o amadurecimento 
placentário, microinfartos e maior 
probabilidade de contaminação do sangue 
materno; 
 Procedimentos invasivos: Amniocentese e 
cordocentese. Podem causar a 
contaminação do bebê, por meio da 
inoculação direta do vírus; 
 Tempo de ruptura das membranas: Maior 
que 4 horas, há maior risco; 
 Trabalho de parto: Dinâmica uterina 
aumentada pode provocar microtrans-
fusões na placenta; 
 Cesária reduz o risco de transmissão 
vertical: Rever conceitos, atualmente não 
funciona mais assim; 
 Atualmente, a via recomendada para o 
parto de gestantes infectadas pelo HIV é a 
via obstétrica. Não há mais recomen-
dação formal para realização de 
cesariana obrigatoriamente; 
 Portanto, atualmente o trabalho de parto 
não é mais considerado um risco pra 
transmissão do HIV, baseado nas 
condições atuas de novos medicamentos, 
Lyzandra Maria M35 
 
carga viral detectável, entre outros 
avanços: Então a mãe pode SIM ter parto 
normal, dependendo do seu desejo e da 
habilidade da equipe que esteja realizando 
o cuidado. 
 
Figura 1: Parto empelicado. Antes do advento 
dos novos conceitos era o parto indicado pras 
gestantes soropositivas. Nele, o bebê nasce ainda 
dentro do saco amniótico e só é rompido após a 
retirada do bebê completo do útero. 
OBS: Na prática, a maioria dos serviços acaba 
fazendo o parto cesariano, os obstetras ainda 
têm um receio pra o parto normal dessa 
população. 
 Fatores relacionados ao recém-nascido; 
 Prematuridade; 
 Baixo peso ao nascer; 
 Ambos infringem de que houve uma 
intercorrência durante o parto com a 
necessidade de nascimento precoce e 
consequentemente chance de transmissão 
para o bebê. 
 Fatores relacionados ao aleitamento mater-
no: A única contraindicação formal de 
aleitamento materno é o vírus HIV. 
 Amamentação está relacionada a um risco 
adicional de 7 a 22% de transmissão; 
 Infecções maternas agudas: Transmissão 
vertical de 29%, ou seja, quando a mãe 
adquire o HIV durante a gestação; 
 Cuidado com a fala na hora de realizar as 
orientações; 
 AME (aleitamento materno exclusivo): É 
bom e essencial pro bebê; 
 Aleitamento suplementar não é o vilão da 
história, ele pode ser a vida: O programa 
DST/Aids do Ministério da Saúde fornece 
o leite suplementar até o 6º mês de vida. 
O leite fornecido é o nestogeno, que é 
uma fórmula adequadae prescrita por 
muitos pediatras. 
Então existem vários pontos aos quais precisamos 
entender e explicar pra gestante que são 
importantes e não dependem apenas do serviço 
de saúde. A transmissão vertical hoje está bem 
controlada, há uma baixa incidência dela e uma 
diminuição com o passar dos anos. 
DÚVIDA DA AULA!! Essas mutações que 
aumentam a resistência viral causam danos 
apenas pra mãe ou o feto também já receberia 
elas? Não necessariamente a criança receberia. 
Na verdade, quando a mãe adquire essas 
mutações, a terapia materna se torna mais 
limitada (não posso usar todos os retrovirais nela) 
e as terapias de resgate ainda possuem algumas 
limitações porque não foram totalmente testadas 
em gestantes. Então acabamos não conseguindo 
controlar a carga viral de forma oportuna e, 
consequentemente, aumenta as chances do bebê 
nascer contaminado pelo vírus. Se a mãe tiver a 
resistência e o bebê for contaminado, ele pode 
nascer já com o vírus mutante também, tornando 
mais difícil o tratamento da criança pós 
nascimento. 
PROFILAXIA DA TRANSMISSÃO VERTICAL 
A primeira medida a ser realizada no pré-parto é 
identificar a gestante HIV e fazer o início do 
tratamento precoce. Quando a gestante chega na 
idade gestacional de interromper a gravidez (seja 
por início do trabalho de parto ou não) é 
importante que a Unidade de Saúde esteja 
preparada pra realizar a profilaxia antirretroviral 
intraparto. 
PROFILAXIA DA TV DO HIV NO PARTO 
É a profilaxia antirretroviral intraparto: 
Lyzandra Maria M35 
 
 AZT venoso: É usada a zidovudina (também 
chamada de azidotimidina) venosa; 
 Desde o início do trabalho de parto ou pelo 
menos 3 horas antes da cesária eletiva: O 
AZT fica sendo infundido em infusão 
prolongada; 
 Manter a infusão até o clampeamento do 
cordão; 
 Se já faz uso de TARV, mesmo em jejum, 
ingerir os medicamentos com pouca água, 
inclusive durante a infusão do AZT (no 
horário da TARV): Mesmo se a gestante já faz 
a TARV, precisa fazer o uso do coquetel nas 
doses corretas no dia do nascimento. 
 O jejum da cesárea não contraindica o uso 
dos antirretrovirais, apenas faz uso com 
pouca água. 
PROFILAXIA DA TV DO HIV NO PUERPÉRIO 
 Não isolar a puérpera ou seu RN, devendo 
ambos irem pro alojamento conjunto: Desde 
que estejam em condições clínicas favoráveis; 
 Orientar quanto ao acompanhante clínico e 
ginecológico bem como o acompanhamento 
da criança até definição sorológica; 
 A gestante deve receber alta com consulta 
marcada para serviço especializado; 
 TODA mãe soropositiva para o HIV deverá 
ser orientada a NÃO AMAMENTAR! 
 Direito a receber fórmula láctea infantil até 
os 6 meses de idade; 
 Uso de inibidores da lactação: Durante a 
gestação, a mãe faz uso de cabergolina que é 
um inibidor da produção de prolactina e, 
consequentemente, da produção láctea. 
 Orienta que ela pode dar algumas 
desculpas, que a criança não pegou o 
peito, ou que o seio tinha fissuras, entre 
outros, pra que ela tenha justificativas 
mais confortáveis pra quem perguntar. 
QUIMIOPROFILAXIA ANTIRRETROVIRAL NO 
RECÉM-NASCIDO 
Deve ser feita imediatamente após o parto, a 
primeira dose principalmente. Essa medicação é 
feita para o RN, após o nascimento e após avaliar 
o estado de controle de HIV da mãe. 
 Está indicada após os primeiros cuidados 
médicos até 2 horas após o nascimento, 
devendo ser mantida por 4 a 6 semanas; 
 AZT xarope: Dose ajustada para o peso; 
 Feito para todas as crianças nascidas de 
mães que vivem com o vírus HIV, 
independente da carga viral pré-parto; 
 Administrado pelas 6 semanas. 
 Nevirapina xarope: Dose ajustada para o 
peso. É um inibidor não análogo a 
nucleosídeos. 
 Só vai ser prescrito caso a mãe tenha uma 
carga viral superior a 5 mil cópias em um 
período de 30 dias antes do nascimento 
da criança ou caso a mãe seja 
diagnosticada com HIV no momento do 
parto ou que não tenham evidência de 
carga viral recente; 
 É uma medicação emergencial e só deve 
ser feita por 3 doses: É como se fosse um 
reforço inicial para o controle da TV. Uma 
dose na hora do parto, outra em 12 horas 
e outra em 24 horas (de 12 em 12 h). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mães com carga viral indetectável até 30 
dias do nascimento e que fizeram pré-natal 
de fora adequada: 
Mãe faz AZT no periparto e o bebê usará 
apenas AZT xarope de 4 a 6 semanas. 
 
Mães com diagnóstico realizado na sala de 
parto (momento do parto) ou que tenham 
evidência de carga viral positiva acima de 
5000 cópias até 30 dias antes do parto: 
Faz 3 doses de nevirapina no bebê, em 
seguida suspende e mantém o AZT até o final 
das 6 semanas (coadministração). 
Lyzandra Maria M35 
 
 
DÚVIDA DA AULA!! Então é um ou outro? 
NÃO! O AZT SEMPRE vai ser feito pra todos. Vou 
adicionar a nevirapina nas situações em que a 
mãe não tem controle de carga viral. O AZT, 
mesmo nos casos em que usa a nevirapina, vai 
ser iniciado com 2 horas e continuado por 6 
semanas pra todos. Adicionado ao AZT, faço uma 
COADMINISTRAÇÃO da nevirapina por 3 doses, 
caso a mãe apresente as condições de indicação. 
DÚVIDA DA AULA!! A carga viral indetectável 
só considera que o HIV não é transmissível por 
via sexual? Aí no caso, pelas demais formas ele 
pode transmitir? Quem é indetectável, no 
conceito novo, é intransmissível como um todo, 
não apenas por via sexual. Porém, a 
quimioprofilaxia do bebê precisa ocorrer de toda 
forma. 
SEGUIMENTO 
É feito pela realização de, basicamente, 3 
exames. 
 1º carga viral do RN realizada até 30 dias de 
vida; 
 Se for negativa: Repete com 6 meses; 
 Se for positivo: Repete com 30 dias. 
 2º carga viral do lactente realizada em 6 
meses de vida (no 6º mês); 
 Se for negativa: Faz a sorologia simples 
com 18 meses; 
 Sorologia simples realizada aos 18 meses de 
vida; 
Se qualquer um destes testes vier positivo deve 
encaminhar imediatamente para a referência em 
infectologia do município. 
OBS: Na região do Cariri, apenas infectologistas 
conseguem solicitar a carga viral. Então toda 
criança exposta (filho de mãe HIV positivo) vai ser 
encaminhada ao infectologista de toda forma. 
IMPORTANTE: A ordem dos exames de 
seguimento só vale se der negativo em todos. A 
partir do momento em que um deles dá positivo, 
preciso fazer os testes confirmatórios logo em 
seguida (fazer imunoblot, repetir carga viral) pra 
tentar fazer o diagnóstico. 
LEMBRAR!! Se fizer sorologia de uma criança 
exposta antes de 1 ano e 6 meses (18 meses), ela 
pode vir positiva, pois o anticorpo materno passa 
pro bebê. A mãe passa o IgG que vai positivar no 
ELISA. 
OBS: Um dos primeiros erros que percebemos é 
fazer teste rápido em RN na sala de parto, o que 
vai atrapalhar muito o seguimento da gestante. 
Durante todo o período gestacional fazemos um 
trabalho muito pesado sobre a profilaxia do vírus, 
então quando a mãe passa o HIV pra criança há 
um sentimento de culpa grande, então 
precisamos ter muito cuidado. 
ENTÃO... Não é sorologia que dá diagnóstico na 
criança, é a carga viral!! Encaminha ao 
infectologista que ele vai pedir. 
RECOMENDAÇÕES 
 Aconselhamento materno: Pré-parto, 
periparto e pós-parto; 
 Quebra do preconceito do HIV: Entender que 
as pessoas podem conviver com o HIV e ter 
uma vida normal; 
 Há inclusive planejamento familiar para 
pacientes com HIV, pra que possam 
engravidar e formar suas famílias e para 
que seus filhos nasçam sem o vírus. 
 Sigilo médico e da equipe de saúde: É o 
maior entrave do HIV atualmente. Os 
pacientes se sentem muito fragilizados nas 
equipes de saúde porque nem sempre se 
consegue ter cuidado com o registro e a 
guarda da informação; 
 Monitorização do acompanhamento do 
recém-nascido até 5 anos de idade: O AZT é 
uma droga que pode alterar o metabolismo 
das hemácias, é mielotóxico. 
Lyzandra Maria M35 
 
DÚVIDA DE AULA!! Oponto de corte da carga 
viral do bebê também é 5000? Não. A carga viral 
do bebê deve ser baseada no diagnóstico 
convencional. Se a carga viral for positiva 
(independente do valor, mas lembrar de que 
abaixo de 5000 pode ser uma transativação 
materna heteróloga e não significa que houve 
contaminação) muda o protocolo. Em vez de 
repetir com 6 meses, repete com 30 dias e se der 
positiva já dá seguimento e inicia TARV na 
criança. Se der positiva e ao repetir der negativa, 
continua monitorando mensalmente até ter 2 
cargas negativas, se negativar 2, aos 18 meses faz 
a sorologia pra confirmar. 
EPIDEMIOLOGIA ATUAL E NOVAS 
ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO 
O objetivo hoje não é apenas dar qualidade de 
vida ao paciente com HIV, mas também fortalecer 
que o tratamento correto dos infectados e o 
autocuidado dos não infectados têm um único 
objetivo: Impedir a cadeia de transmissão do 
vírus. 
 HIV no tempo: Sofreu muitas mudanças no 
decorrer do tempo, mesmo sendo muito nova 
(descoberta na década de 80). Ainda mantém 
seu estigma, mas avanço muito do ponto de 
vista de tratamento; 
 SUS: Extremamente importante. O 
tratamento do HIV hoje é integralmente 
fornecido pelo SUS; 
 Fornece o esquema básico inicial da 
terapia retroviral que é o dolutegravir, 
lamivudina e tenofovir: É o esquema que 
está dentro das recomendações 
internacionais de tratamento. 
 
Figura 2: Gráfico com taxas de detecção de aids. 
No decorrer dos últimos 10 anos podemos 
perceber que o gráfico pouco se modifica. A taxa 
de detecção em gestantes, por exemplo, se 
manteve praticamente a mesma. Isso é ruim 
porque significa que não estou conseguindo 
trabalhar a prevenção, mesmo que sejam taxas 
baixas, o certo era o diagnóstico ser feito cada 
vez menos na gestação e cada vez mais antes 
dela. Já a detecção em crianças (menores de 5 
anos) houve queda. O óbito (em roxo), que é um 
marcador de mau prognóstico, diminuiu muito 
pouco. Essas pessoas que morrem, refletem 
pessoas que não trataram adequadamente, não 
aderiram adequadamente ou que não foram 
diagnosticados a tempo. 
 O número de pessoas já detectadas com AIDS 
(vermelho) nos indica um péssimo indicador 
de diagnóstico, porque significa que se o 
paciente só conseguiu ser diagnosticado após 
evoluir pra AIDS é porque a prevenção e o 
diagnóstico estão ruins; 
 A linha amarela mostra o cenário mais 
desejado: Um aumento da detecção do HIV+, 
ou seja, do diagnóstico da infecção, em 
detrimento da diminuição da detecção de 
aids e dos óbitos; 
OBS: O tratamento da AIDS é um tratamento 
que custa em torno de 12000 reais por mês por 
cada paciente. 
Lyzandra Maria M35 
 
 
Figura 3: Taxa de detecção geral (por 100 mil 
habitantes). Tendendo à uma ligeira queda nos 
últimos 3 a 4 anos. 
 
Figura 4: Taxa de detecção geral e por sexo (por 
100 mil habitantes). Ainda há um valor superior 
de homens comparado ao de mulheres. 
 
Figura 5: Taxa de detecção em jovens entre 15 e 
24 anos (por 100 mil habitantes). Está em 
ascensão direta. 
EPIDEMIOLOGIA 
 O que vemos no dia a dia: Vemos que o 
número de diagnósticos de HIV é muito mais 
intenso; 
 Qual o real número? É muito difícil ter a 
incidência exata. O MS estima que 60% dos 
contaminados não sabem que têm o vírus. O 
número de hoje seria apenas 40% dos 
contaminados, apenas os que sabem que 
possuem; 
 Cerca de 40 mil novos casos por ano; 
 Crescimento da epidemia entre jovens de 15 
a 24 anos; 
 2004: Taxa de detecção de 9,6/100 mil 
habitantes; 
 2015: Taxa de detecção de 13,6/100 mil 
habitantes. 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 Vírus do tipo selvagem: É o vírus de infecção 
primária que possui um alto tutoma (não 
entendi a palavra) viral, ou seja, uma alta taxa 
de replicação viral. Porém, possui uma baixa 
capacidade de trazer imunossupressão 
rápida; 
 Evolui na forma clássica da doença: É o 
paciente que se infecta, apresenta 
síndrome retroviral aguda, melhora e só 
vai adoecer novamente anos depois com a 
evolução pra AIDS. 
 Vírus mutante: É o vírus mutado 
geneticamente. É exposto a algum tipo de 
retroviral e acaba sofrendo uma mutação e se 
tornando mais resistente; 
 Fitness viral: Termo usado para se referir à 
capacidade do vírus de gerar replicação; 
 Existem mutações específicas que 
diminuem o fitness viral, fazendo com que 
a replicação viral se torne mais lenta; 
 Quando o fitness viral está aumentado 
significa que o vírus está se replicando 
com muita intensidade. 
 Barreira genética: É a capacidade da droga 
que vai garantir uma proteção à resistência. 
O MECANISMO VIRAL 
O vídeo mostra a atracação do vírus pelas 
proteínas gp120 e gp41. Em seguida, o vírus entra 
na célula humana via CD4, há abertura do núcleo 
e as proteínas de replicação se dispersam no 
citoplasma: O RNA viral, a protease, a integrase e 
a transcriptase reversa. 
 A transcriptase reversa faz uma fita dupla de 
DNA que contém toda a mensagem genética 
do vírus; 
Lyzandra Maria M35 
 
 A integrase vai integrar o DNA viral ao DNA da 
célula hospedeira; 
 Nesse momento, o vírus começa um cenário 
de replicação, onde vai haver a produção de 
proteínas virais propriamente ditas; 
 As proteínas são quebradas e são formadas 
novas estruturas proteicas do vírus; 
 Em seguida, essas estruturas são colocadas 
pra fora. 
OBS: 1 vírus pode gerar até 1 milhão de novos 
vírus. 
CLASSES DE ANTIRRETROVIRAIS 
 Inibidores da transcriptase reversa: Vão 
impedir a transformação de RNA em DNA 
viral; 
 Análogos a nucleosídeos: Se assemelham 
a tiamina, guanina, etc; 
 Não análogos a nucleosídeos. 
 Inibidores da protease: Vão impedir que a 
proteína formada pelo vírus conforme as 
proteínas propriamente ditas de construção 
viral; 
 Inibidores da integrase: Vão impedir a 
integração do DNA viral no DNA celular 
humano. O dolutegravir é um inibidor de 
integrase; 
 Inibidores de fusão: Vão impedir a atracação 
de gp41 e gp120 no receptor CCR5; 
 Antagonista de correceptores CCR5. 
INIBIDORES DA TRANSCRIPTASE REVERSA 
 Análogos a nucleosídeos: 
 Atuam como terminadores da cadeia de 
DNA, inibindo a transcrição do genoma 
viral (RNA) pra DNA; 
 São medicamentos estruturalmente muito 
semelhantes à adenosina (a), guanosina 
(g), citosina (c) e timidina (t); 
 Substituem de forma competitiva os 
nucleosídeos verdadeiros; 
 AZT-d4T (timidina), 3TC FTC (citosina), ddI 
TDF (adenosina) e ABC (guanosina). 
 Não análogos a nucleosídeos: 
 Atuam por meio da ligação direta com a 
transcriptase reversa, impedindo, da 
mesma forma, a transcrição do RNA viral 
presente no citoplasma para o DNA 
celular; 
 Esses medicamentos se ligam a sítios 
específicos da TR, localizados próximos ao 
sítio ativo desta. Tal ação inibe a ação da 
enzima. 
INIBIDORES DA PROTEASE 
 Os inibidores da protease (IP) ocupam de 
forma competitiva o sítio ativo da protease; 
 Se a PR do HIV está bloqueada, as 
poliproteínas virais não são clivadas, 
ocorrendo a liberação de partículas imaturas 
e não infectantes; 
 Promovendo inibição da replicação do vírus; 
 O vírus continua sendo encapsulado e 
liberado da célula por mais um ciclo 
replicativo; 
 Entretanto, por possuírem poliproteínas não 
clivadas em seu interior, as partículas virais 
que sofreram ação dos IP não serão 
infectantes e, portanto, o ciclo de vida do HIV 
é interrompido. 
INIBIDORES DA INTEGRASE 
 A integrase é uma enzima fundamental pra 
replicação do HIV. Em seu mecanismo de 
ação, essa enzima se liga às extremidades do 
DNA do HIV assumindo uma forma circular, 
com as suas duas extremidades ligadas à 
integrase; 
 A integrase promove a catálise (ruptura) do 
DNA humano em uma determinada posição e 
introduz o genoma do HIV dentro do genoma 
do hospedeiro (integração); 
 A ligação dos INI nessa alça diminui a 
flexibilidade da enzima integrase e impede a 
ligação da regiãoterminal do genoma do HIV 
à região do genoma humano. 
Lyzandra Maria M35 
 
NOVAS ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO AO 
HIV (PEP E PREP) 
 
Figura 6: Medidas gerais (circuladas) de 
prevenção combinada. As que não estão 
circuladas são as medidas mais específicas. 
Ao falarmos sobre prevenção do HIV, nos 
referimos a um conjunto de ações organizadas 
que possuem objetivo de ajudar a impedir a 
cadeia de transmissão do vírus. 
1. Testagem regular para o HIV, outras IST e 
HV: O diagnóstico precoce quebra a cadeia de 
transmissão, pois quanto mais cedo o 
indivíduo souber que tem o vírus, mais eficaz 
será a sua forma de controle viral e 
diminuição de transmissibilidade; 
2. Usar preservativo masculino, feminino e gel 
lubrificante: Forma de diminuir a exposição 
sexual. Há políticas públicas de distribuição de 
preservativos nas unidades; 
3. Redução de danos: Orientação pra minimizar 
o uso de álcool, drogas e cigarros; 
 Além disso, orientação a profissionais do 
sexo pra não usar fio dental antes do início 
do turno de trabalho pra não fragilizar a 
gengiva, por exemplo; 
 O uso de drogas pode favorecer a não 
utilização de preservativos, por conta da 
alteração sensorial associada. 
4. Imunizar para HBV e HPV: Não previne o 
vírus de uma forma direta, mas previne 
portas de entrada para outros vírus e, 
consequente-mente, pro HIV; 
5. Diagnosticar e tratar as pessoas com IST e 
HV; 
6. Tratar todas as pessoas vivendo com 
HIV/AIDS: É importante entendermos que 
todas essas etapas já contribuem pra 
prevenção da transmissão; 
7. Prevenir a transmissão vertical. 
As 2 últimas medidas, que não foram circuladas, 
são medidas mais pontuais, que veremos a 
seguir. 
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO (PEP) 
Essa profilaxia ocorre quando o indivíduo se 
expõe ao vírus HIV ou à suspeita do vírus. Após a 
exposição, a pessoa vai ser submetida à terapia 
antirretroviral por 28 dias com o objetivo de 
prevenir/evitar a transmissão do HIV. 
 Indicações (tanto pra adulto quanto pra 
crianças): 
 Violência sexual: A PEP só não é indicada 
nesses casos quando o agressor é passível 
de testagem; 
 Sexo consensual: Se houve sexo 
consensual, mas mesmo houve suspeita 
de contaminação pode realizar a PEP; 
 Acidente de trabalho: Com perfurocor-
tantes, principalmente quando ocorre em 
ambiente hospitalar. 
 A PEP é uma urgência médica: Há prazo pra 
começar, então é necessário que o serviço de 
saúde esteja organizado para isso; 
OBS: Todos os municípios podem solicitar ao 
serviço especializado esquemas para dispensação 
de PEP em seus serviços/unidades. É feito um 
treinamento das equipes e em seguida há a 
dispensação da PEP pra esses municípios, tanto 
pra adulto quanto pra crianças. 
 Mecanismo de ação: 
 Impedir a replicação viral; 
 Atuar antes da disseminação do vírus no 
sistema retículo-endotelial: Começando a 
terapia de forma oportuna, ou seja, até 2 
Lyzandra Maria M35 
 
horas depois do evento vai conseguir 
impedir a replicação e a transmissão; 
 Usa o inibidor de integrase e transcriptase 
reversa análogos a nucleosídeos. 
 Janela de uso da PEP: É bem restrita; 
 Ideal: Até 2 horas após o evento; 
 Prazo máximo: Até 72 horas após o 
evento. 
 Após 72 horas não está mais indicado o uso 
da PEP, fazemos apenas o acompanhamento 
com sorologia; 
 Efetividade: 
 Não há no protocolo clínico e diretrizes de 
tratamento a taxa de efetividade; 
 Fala em melhor eficácia quando tomado 
corretamente; 
 Estudos demonstram eficácia acima de 
95% para evitar o HIV quando tomado 
dentro do prazo máximo estabelecido. 
 Esquemas preferenciais: Variam conforme 
idade e status de gravidez; 
 Adultos: Dolutegravir + tenofovir + 
lamivudina; 
 Grávidas (após 12 semanas de idade 
gestacional): Dolutegravir + tenofovir + 
lamivudina; 
 Jovens que estão com risco engravidar 
não podem fazer uso do dolutegravir, 
então fazem um esquema adicional: 
Raltegravir + tenofovir + lamivudina. 
 Crianças: Raltegravir + zidovudina + 
lamivudina. 
OBS: Será sempre, basicamente, um inibidor de 
integrase associado a dois inibidores análogos de 
nucleosídeos. 
PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO (PREP) 
 Consiste em tomar um esquema 
antirretroviral, de forma contínua (enquanto 
houver risco de exposição ao HIV): É feita com 
o uso de 2 drogas combinadas em 1 
comprimido; 
 Feita por quem se sente vulnerável ao HIV 
e não possui o vírus; 
 Feita de forma interrupta, por longo 
prazo. 
 Objetivo: Evitar a infecção pelo HIV; 
 Eficácia: Efetividade pode chegar a 100%. 
 A efetividade depende do uso correto, 
sem atrasos nas doses, sem falhas/esque-
cimentos e associado a pelo menos 2 
mecanismos da prevenção combinada pra 
prevenir HIV. 
 Hábitos: Pra mudar um hábito é preciso de 
muita insistência e um período de adaptação. 
Quem já tem o hábito de usar preservativo, 
por exemplo, não perde esse hábito; 
 A ideia da PrEP é que quem não usa 
preservativo, não vai começar a usar, 
porque é um hábito. Porém, essa pessoa 
que não usa e tem muitas exposições ao 
vírus durante sua vida, tem mais chances 
de se contaminar: Se pegar o vírus, ainda 
assim o hábito de não usar preservativo 
vai continuar, sendo o indivíduo uma 
potencial fonte de transmissão do vírus; 
 Ou seja, se não consigo introduzir o hábito 
do preservativo, mas consigo introduzir o 
hábito da PrEP: Mesmo mantendo um 
comportamento vulnerável, impedimos a 
cadeia de transmissão do HIV, pois a partir 
do momento que a pessoa não se 
contamina, não vai transmitir, mesmo que 
continue com relações desprotegidas. 
 Comportamento vulnerável; 
 Uso de drogas lícitas e ilícitas; 
 População chave: São populações prioritárias 
para os programas de incentivo do uso da 
PrEP; 
 Profissionais do sexo; 
 Gays/HSH; 
 Pessoas trans; 
 Casais sorodiferentes; 
 Usuários de drogas injetáveis; 
 Múltiplos usos de PEP. 
 Atualmente, a população chave já foi 
ampliada: Qualquer pessoa pode buscar a 
PrEP, é feita apenas uma investigação se há 
vulnerabilidade pro vírus; 
Lyzandra Maria M35 
 
 Como funciona: 
 Vamos usar 2 inibidores análogos a 
nucleosídeos: 
 Tenofovir (Adenosina); 
 Entricitabina (Citosina). 
 Vão agir bloqueando a transcriptase 
reversa, impedindo o vírus de replicar e, 
consequentemente, inibindo o ciclo viral; 
 A ideia é usar uma medicação de uso 
contínuo, pra quando houver o contato 
com o vírus, existir uma inibição imediata. 
 Por quanto tempo funciona (Por quanto 
tempo posso usar a medicação?): Pode ser 
usado por toda a vida, desde que alguns 
pontos sejam mantidos, como... 
 Hábitos; 
 Exposição ao HIV; 
 Vulnerabilidade; 
 Adesão a PrEP: Só vai funcionar se usar 
corretamente, o esquecimento de um 
comprimido já pode diminuir a efetividade 
(de 100 pra 94%). 
 Com quanto tempo começa a funcionar? 
Esses valores de dias são quando se acredita 
que há uma melhor distribuição sérica da 
droga nesses sítios; 
 7 dias para sexo anal receptivo; 
 20 dias para sexo vaginal receptivo; 
 Pra sexo oral e para o sexo ativo não há 
registro: Estima-se um tempo de 20 dias 
por garantia. 
 Posologia e efeitos colaterais: 
 1 comprimido diário: Pode ser tomado em 
qualquer horário do dia, desde que seja no 
mesmo horário; 
 Baixos efeitos colaterais: Muito bem 
tolerado. 
 Primeiras semanas: Empachamento, 
flatulências e náuseas; 
 Critérios de elegibilidade: 
 HIV negativo: Pressuposto principal; 
 Ausência de suspeita de infecção pelo HIV; 
 Em risco substancial de infecção por HIV 
(Fora da janela imunológica); 
 Depuração de creatinina > 60ml/min; 
 Determinação de usar a PrEP como 
prescrito. 
 Não há contraindicação pro uso de 
contracepção hormonal: Até mesmo porque 
o uso da PrEP e a retirada do preservativo vão 
facilitar a gestação; 
 Gravidez e amamentação: A terapia não 
fornece riscos pra gravidez (apenaspra 
engravidar), então pode ser usada por toda a 
gestação; 
 Inclusive é uma indicação para casais 
sorodiferentes que querem engravidar; 
 A paciente pode amamentar no pós-parto. 
 A PrEP não diminui o risco de outras IST: 
 Seu uso não autoriza o abandono do 
preservativo que: 
 Previne contra outras IST: Sífilis, 
gonorreia, clamídia, cancro, 
linfragranuloma, donavonose; 
 Evita gravidez. 
 O uso do preservativo nos usuários a PrEP 
se torna opcional, entretanto na cadeia da 
prevenção combinada, precisamos usar 
pelo menos outras 2 medidas, estando o 
preservativo entre as opções: O professor 
coloca o preservativo como 2° pilar 
fundamental. 
ACESSO A PEP 
 Emergências locais: Devem estar capacitadas 
para acolher e medicar os pacientes com 
indicação de PEP; 
 Serviços especializados em infectologia: 
 Juazeiro do Norte: Hospital Estefania 
Rocha; 
 Crato: Centro Municipal de Infectologia 
(Rua do Sesc); 
 Brejo Santo: AMAI (Praça Dionísio Rocha 
de Lucena). 
ACESSO A PREP 
 Serviços especializados em infectologia 
(SUS): 
Lyzandra Maria M35 
 
 Juazeiro do Norte: Hospital Estefania 
Rocha; 
 Crato: Centro Municipal de Infectologia 
(Rua do Sesc). 
 Serviço Privado de Atendimento em 
Infectologia. 
CUSTO 
 PEP: Gratuito e exclusivo do SUS; 
 PrEP: Gratuito quando o acompanhamento 
pelo SUS. 
 Truvada (sob importação): 350,00 a 
500,00 em média. Lembrando que é a 
mesma dose do SUS, tenofovir e 
entricitabina. 
PRA FINALIZAR 
 
Figura 7: Estudo sobre intransmissibilidade do 
vírus. Foi feito um estudo prospectivo 
observacional, feito em casais sorodiferentes e 
HSH que não costumavam utilizar preservativo. 
Foi concluído que a taxa de transmissão de 
pacientes indetectáveis, ou seja, que tratam e são 
indetectáveis, é menor que a transmissão de uma 
pessoa aleatória. Então a intransmissibilidade de 
pessoas com carga viral indetectável é uma 
realidade hoje em dia. 
 O que esse isso representa? 
 Impedir novas infecções; 
 Reduzir as taxas de incidência; 
 Fim da epidemia. 
 Porque precisamos das medidas da mandala? 
Por exemplo, quando existe um namoro e a 
responsabilidade do planejamento familiar é 
colocada na mulher por meio da utilização do 
ACO (muitas alterações e riscos), é com se 
homem saísse da responsabilidade, sendo 
que o homem também pode ser 
corresponsável e utilizar o preservativo. Da 
mesma forma ocorre quando a 
responsabilidade da não transmissão é jogada 
para o paciente HIV positivo indetectável, já 
que o peso da terapia antirretroviral também 
é grande (muitos altos e baixos). Dessa forma, 
a responsabilidade também seria unilateral, 
sendo que o parceiro pode fazer sua parte, 
mesmo porque não há uma garantia de que o 
indivíduo estará com a carga viral 
indetectável o tempo inteiro, não é dosada a 
todo tempo, pode haver falhas. 
DÚVIDA DA AULA!! Qual a relação do 
paciente indetectável e da profilaxia pós-parto? 
Da mesma forma, continuando a linha de 
pensamento, quando jogamos toda a 
responsabilidade disso pra mãe é um sobrecarga, 
já que é uma responsabilidade muito grande 
jogar a não transmissão na competência apenas 
do uso dos medicamentos (TARV). Dessa forma, 
além de fazer o tratamento pra garantir a carga 
indetectável da mãe, também vou realizar uma 
PEP no bebê pra aumentar as chances de não 
haver transmissão vertical. Além disso, por mais 
que seja indetectável e não transmita a mãe não 
deve amamentar, pois não sabemos como é a 
reação do bebê a isso. Dessa forma, a 
responsabilidade materna vai ser dividida com o 
bebê.

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