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Falhas de mercado - Mód 3

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Leitura complementar nº 01- Módulo 3 
 
Falhas de mercado1 
Uma apreciação do bem-estar social – objetivo que o governo busca maximizar – exige 
julgamentos de valor respectivos àquilo que é ‘desejável’, no sentido ético e moral. 
Três desses julgamentos – considerados hipóteses plausíveis sobre utilidade e bem-
estar – são essenciais para o estabelecimento de um padrão normativo a respeito do 
tema. 
Tais julgamentos de valor são os seguintes: 
(a) o bem-estar da comunidade deve ser definido em termos da situação dos 
indivíduos que a integram. Isto significa dizer que o homem (e não a sociedade 
ou determinados grupos sociais) é o objetivo último da experiência social; 
(b) cada indivíduo deve ser considerado o melhor juiz de seu próprio bem-
estar; 
(c) uma ação deve ser considerada claramente desejável se, e somente se, 
contribuir para elevar o bem-estar de pelo menos um indivíduo, sem reduzir o 
bem-estar dos demais. (Filellini, 1989, p.19). 
A hipótese do julgamento de valor (c), acima mencionada, corresponde ao conceito de 
“Ótimo de Pareto2”. Sob certas condições, por exemplo, se os mercados funcionassem 
de acordo com os pressupostos de concorrência perfeita, o equilíbrio de mercado 
promoveria uma alocação de recursos, no qual seria impossível alterar a alocação de 
recursos de um indivíduo, aumentando o seu grau de satisfação sem que, ao mesmo 
tempo, isso esteja associado a uma piora da situação de algum outro indivíduo. 
 
1 Esse material é baseado nas produções de Goes; Gadelha (2015). 
2 A “Lei da Eficiência de Pareto” é uma proposição matemática criada pelo engenheiro e economista franco-italiano Vilfredo 
Frederico Damaso Pareto, publicada em 1897, em seu livro “Cours d`Économie Politique. A proposição passou a ser conhecida 
como o “Ótimo de Pareto”. Ocorre quando há uma situação (A) onde ao se sair dela, para que “um ganhe”, pelo menos “um 
perde”, necessariamente. Uma situação econômica é ótima, no sentido de Pareto, se não for possível melhorar a situação de um 
agente, sem degradar a situação de qualquer outro agente econômico. 
 
 
 
Leitura complementar nº 01- Módulo 3 
Esse equilíbrio seria um “Ótimo de Pareto”. Para se atingir uma alocação “Eficiente de 
Pareto” de recursos não é necessária a existência da figura do governo (“planejador 
central”), já que a livre concorrência, com as firmas operando em um mercado 
competitivo e procurando maximizar seus lucros, permitiria atingir esse ideal de 
máxima eficiência. 
Referências 
GOES, G.; GADELHA, S. R. B. Macroeconomia para concursos públicos. Rio de Janeiro: 
Forense; São Paulo: Método, 2015 (Em fase de publicação).

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