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Estética facial e avaliação facial II

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2018
Estética facial E 
avaliação facial ii
Prof.ª Sabrina Hochheim
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Prof.ª Sabrina Hochheim
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
 H685e
Hochheim, Sabrina
 Estética facial e avaliação facial II. / Sabrina Hochheim – Indaial:
 UNIASSELVI, 2018.
 155 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0210-5
 1. Face – Cuidado e higiene – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo
 Da Vinci.
CDD 646.726
III
aprEsEntação
Olá, caro acadêmico! Seja muito bem-vindo à disciplina de Estética 
Facial e Avaliação Facial II. Esta disciplina tem por objetivo complementar e 
enriquecer todo o conhecimento adquirido na disciplina de Estética Facial e 
Avaliação Facial I. Desta maneira, você se tornará um profissional completo, 
íntegro, com conhecimentos valiosos sobre tudo o que diz respeito à estética 
facial.
A face é o nosso verdadeiro cartão de visitas, por isso, é normal 
as pessoas se preocuparem tanto com a aparência. É através dela que nos 
relacionamos com o mundo e com nós mesmos! Faz bem cuidarmos da 
aparência, nos sentimos felizes e nossa autoestima se eleva, causando um 
estado de bem-estar geral.
Por isso, futuro profissional esteta, esta disciplina o auxiliará a 
cuidar melhor do rosto de suas clientes ao saber como abordar os melhores 
tratamentos para as condições inestéticas que as deixam, muitas vezes, 
insatisfeitas. Você tem um papel essencial nesse processo.
De maneira geral, neste livro, você irá aprender as diversas 
desordens pigmentares que afetam a pele e os tratamentos utilizados 
para tais condições. Irá estudar a acne, consequências e tratamentos. Irá 
aprender também os modernos tratamento utilizados em estética facial, 
como o microagulhamento, os lasers e a radiofrequência fracionada. Por 
fim, irá estudar os procedimentos estéticos minimamente invasivos, como a 
mesoterapia, os preenchimentos faciais e a toxina botulínica. 
Espero encontrá-lo animado no decorrer desta disciplina! 
Um abraço, Prof.ª Sabrina Hochheim
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
V
VI
VII
UNIDADE 1 – DISCROMIAS E ACNE ............................................................................................... 1
TÓPICO 1 – HIPERCROMIAS: LENTIGO SOLAR, MELASMA, HIPERPIGMENTAÇÃO 
PERIORBITAL, HIPERPIGMENTAÇÃO E HIPOPIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA ... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 BIOQUÍMICA DA MELANOGÊNESE ............................................................................................ 3
2.1 LENTIGO SOLAR OU MELANOSE SOLAR .............................................................................. 5
2.2 MELASMA ........................................................................................................................................ 7
2.3 HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL ...................................................................................... 9
2.4 HIPERPIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA ........................................................................ 13
2.5 HIPOPIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA .......................................................................... 15
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 17
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 18
TÓPICO 2 – ATIVOS UTILIZADOS PARA TRATAMENTO DOS DIVERSOS TIPOS
 DE HIPERPIGMENTAÇÃO....................................................................................... 19
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 19
2 PRINCÍPIOS ATIVOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE HIPERPIGMENTAÇÃO .... 19
2.1 TRATAMENTOS E ATIVOS UTILIZADOS PARA HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL ....24
2.1.1 Ativos utilizados no tratamento da hipopigmentação pós-inflamatória ........................ 28
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 29
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 30
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 31
TÓPICO 3 – ACNE: GRAUS E ATIVOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO ............................ 33
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 33
2 ACNE VULGAR .................................................................................................................................... 33
2.1 ETIOPATOGENIA DA ACNE VULGAR ..................................................................................... 34
2.1.1 Hiperprodução de sebo glandular ....................................................................................... 34
2.1.2 Hiperqueratinização folicular ............................................................................................... 35
2.1.3 Colonização bacteriana folicular .......................................................................................... 36
3 LIBERAÇÃO DE MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO NO FOLÍCULO E DERME 
ADJACENTE .......................................................................................................................................... 37
3.1 FUNDAMENTOS HORMONAIS DA ACNE .............................................................................. 38
4 A DIETA E A ACNE ..............................................................................................................................39
4.1 FORMAS CLÍNICAS E GRAUS DE ACNE ................................................................................. 40
4.2 ACNE COMEDOGÊNICA OU GRAU I: ACNE NÃO INFLAMATÓRIA .............................. 41
4.3 ACNE PAPULOPUSTULOSA OU GRAU II: ACNE INFLAMATÓRIA ................................. 42
4.4 ACNE NÓDULO-ABSENDANTE OU GRAU III ....................................................................... 42
4.5 ACNE CONGLOBATA OU GRAU IV .......................................................................................... 43
4.6 ACNE FULMINANTE OU GRAU V ............................................................................................ 43
5 VARIANTES DA ACNE ...................................................................................................................... 44
6 TRATAMENTO DA ACNE ................................................................................................................. 45
6.1 TRATAMENTO ESTÉTICO E COSMECÊUTICO DA ACNE, ERUPÇÕES ACNEIFORMES 
 E OLEOSIDADE .............................................................................................................................. 46
sumário
VIII
6.2 MANCHAS E CICATRIZES DE ACNE ........................................................................................ 48
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 50
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 51
UNIDADE 2 – RECURSOS ESTÉTICOS AVANÇADOS PARA TRATAMENTO DE
 CONDIÇÕES INESTÉTICAS..................................................................................... 53
TÓPICO 1 – MICROAGULHAMENTO: DIFERENTES USOS E ASSOCIAÇÃO DE ATIVOS ....55
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 55
2 CARACTERÍSTICAS DO EQUIPAMENTO DE MICROAGULHAMENTO .......................... 55
2.1 TÉCNICA DE APLICAÇÃO: TÉCNICA DE APLICAÇÃO DOS ROLLERS ....................... 56
2.2 TÉCNICA DE APLICAÇÃO DE DERMAPENS ......................................................................... 58
2.3 DERMAROLLER X DERMAPENS ............................................................................................... 59
2.4 BASES FISIOLÓGICAS DA TÉCNICA DE MICROAGULHAMENTO .................................. 61
2.5 ASSOCIAÇÃO DE ATIVOS EM MICROAGULHAMENTO .................................................... 63
2.6 MICROAGULHAMENTO PARA HIPERPIGMENTAÇÃO ..................................................... 63
2.7 MICROAGULHAMENTO PARA HIPERPIGMENTAÇÃO PERIOBITAL ............................. 64
2.8 MICROAGULHAMENTO PARA CICATRIZES ATRÓFICAS DE ACNE, RUGAS E 
REJUVENESCIMENTO FACIAL ................................................................................................... 64
2.9 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE 
MICROAGULHAMENTO .............................................................................................................. 67
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 69
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 70
TÓPICO 2 – FOTOTERAPIA: LASERS, LED E LIP .......................................................................... 71
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 71
2 ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO ................................................................................................. 71
2.1 APARELHOS DE FOTOTERAPIA ................................................................................................ 72
2.2 LASERS DE MÉDIA E ALTA POTÊNCIA ................................................................................... 74
2.3 INDICAÇÕES DO USO DE LASERS ............................................................................................ 76
2.4 CUIDADOS PRÁTICOS QUANTO À APLICAÇÃO DOS LASERS EM ESTÉTICA 
 FACIAL .............................................................................................................................................. 79
3 LUZ INTENSA PULSADA (LIP) ...................................................................................................... 79
3.1 INDICAÇÃO DO USO DE LIP ...................................................................................................... 80
3.2 CUIDADOS PRÁTICOS QUANTO À APLICAÇÃO DE LIP ................................................... 80
3.3 EMISSÃO POR LUZ DE DIODO – LED ....................................................................................... 81
3.4 INDICAÇÕES DO USO DE LEDS ................................................................................................. 81
3.5 CUIDADOS PRÁTICOS QUANTO À APLICAÇÃO DE LEDS ............................................... 82
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 83
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 86
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 87
TÓPICO 3 – OUTROS RECURSOS ELETROTERÁPICOS AVANÇADOS UTILIZADOS 
 EM ESTÉTICA FACIAL .................................................................................................. 89
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 89
2 ULTRASSOM FOCADO FACIAL – REJUVENESCIMENTO FACIAL .................................... 89
2.1 RADIOFREQUÊNCIA FRACIONADA MICROAGULHADA (RFFM) .................................. 92
2.2 CRIOFREQUÊNCIA FACIAL ....................................................................................................... 94
2.3 JATO DE PLASMA .......................................................................................................................... 95
2.4 JATO DE PLASMA X ELETROCAUTÉRIO ................................................................................. 96
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 98
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 99
IX
UNIDADE 3 – CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE ESTÉTICA AVANÇADA BASEADA 
 EM PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS .................................101
TÓPICO 1 – FUNDAMENTOS EM MESOTERAPIA E SKINBOOSTER ..................................103
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................103
2 PRINCÍPIOS DA TÉCNICA DE MESOTERAPIA .......................................................................103
3 PRINCIPAIS INDICAÇÕES DA MESOTERAPIA ......................................................................106
3.1 MESOTERAPIA PARA REJUVENESCIMENTO FACIAL ......................................................107
3.2 MESOTERAPIA PARA CLAREAMENTO DE MANCHAS ...................................................108
3.3 CELULITE E GORDURA LOCALIZADA .................................................................................109
3.4 ESTRIAS ..........................................................................................................................................111
3.5 QUEDA CAPILAR .........................................................................................................................1124 SKINBOOSTER ..................................................................................................................................113
4.1 PROTOCOLOS ASSOCIADOS AO SKINBOOSTER ................................................................116
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................117
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................118
TÓPICO 2 – TOXINA BOTULÍNICA ................................................................................................119
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................119
2 FUNDAMENTOS DA CONTRAÇÃO MUSCULAR ..................................................................119
3 TOXINA BOTULÍNICA (TB) ...........................................................................................................120
4 INDICAÇÕES DA TOXINA BOTULÍNICA .................................................................................122
5 PONTOS ANATÔMICOS DE APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA ...........................122
6 COMPLICAÇÕES DA APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA .........................................127
7 CUIDADOS PÓS USO DA TOXINA BOTULÍNICA ..................................................................128
8 PROTOCOLOS ASSOCIADOS AO USO DA TOXINA BOTULÍNICA .................................129
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................130
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................131
TÓPICO 3 – ENVELHECIMENTO FACIAL E PREENCHIMENTO FACIAL ...........................133
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................133
2 ENVELHECIMENTO FACIAL .........................................................................................................133
3 PREENCHIMENTO FACIAL ...........................................................................................................135
3.1 INDICAÇÕES .................................................................................................................................135
3.2 TIPOS DE PREENCHEDORES ....................................................................................................136
3.2.1 Preenchedores permanentes ...............................................................................................136
3.2.2 Preenchedores semipermanentes .......................................................................................137
3.2.3 Preenchedores temporários .................................................................................................138
3.2.3.1 Complicações do preenchimento facial com ácido hialurônico ...............................141
4 FIOS DE SUSTENTAÇÃO ................................................................................................................143
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................145
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................146
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................147
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................149
X
1
UNIDADE 1
DISCROMIAS E ACNE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
 A partir do estudo desta unidade, você será capaz de:
• entender as hipercromias com um enfoque maior no melasma e olheiras 
melânicas;
• utilizar os ativos para tratar melasma e olheiras melânicas;
• compreender as causas da hiperpigmentação e hipopigmentação pós-infla-
matória, os modos de prevenção e a forma de tratamento dessas condições
• classificar os graus de acne graus e empregar corretamente os ativos nos 
casos de tratamento que são de competência do esteticista.
Esta unidade está dividida em três tópicos. Ao final de cada um deles, 
você poderá dispor de atividades que o auxiliarão na fixação do conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – HIPERCROMIAS: LENTIGO SOLAR, MELASMA, 
 HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL,
 HIPERPIGMENTAÇÃO E HIPOPIGMENTAÇÃO 
 PÓS-INFLAMATÓRIA
TÓPICO 2 – ATIVOS UTILIZADOS PARA TRATAMENTO DOS
 DIVERSOS TIPOS DE HIPERCROMIAS
TÓPICO 3 – ACNE: GRAUS E ATIVOS UTILIZADOS NO
 TRATAMENTO
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
HIPERCROMIAS: LENTIGO SOLAR, MELASMA, 
HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL, 
HIPERPIGMENTAÇÃO E HIPOPIGMENTAÇÃO 
PÓS-INFLAMATÓRIA
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, neste primeiro tópico da Unidade 1 do Livro de Estética 
Facial II, falaremos sobre os diversos tipos de hipercromias existentes. Do 
lentigo solar e senil, passando pelo melasma e hiperpigmentação periorbital, a 
hiperpigmentação e hipopigmentação pós-inflamatória. Todas essas condições 
inestéticas têm em comum uma desordem da coloração da pele causada por um 
desequilíbrio entre a produção e deposição da melanina. 
As hipercromias estão entre as condições inestéticas que mais causam 
insatisfação entre o público que procura os centros de estética. Portanto, saber 
como conduzir os tratamentos de hipercromias é muito importante. Por isso, 
importa compreender todos os pilares que sustentam esta condição, os quais 
discutiremos ao longo desta unidade. Para começar, sugere-se que haja uma 
revisão de todo conteúdo sobre fisiologia normal da pele. Assim, você irá 
compreender melhor a fisiopatologia desses distúrbios, pois, a partir de agora, 
vamos adentrar diretamente na explicação bioquímica da melanogênese. 
2 BIOQUÍMICA DA MELANOGÊNESE
Os melanócitos são as células produtoras de melanina e estão localizados 
na camada mais profunda da epiderme – a camada basal. Dentro deles são 
encontradas todas as matérias-primas necessárias à produção da melanina, 
que se dá por uma série de reações bioquímicas chamadas de melanogênese. 
Tudo começa com o aminoácido tirosina, transformado em dopa, seguido 
da transformação em dopaquinona, ambas pela ação da enzima tirosinase. 
Depois, pela ação de outras enzimas e novamente da tirosinase, ocorre a 
formação de feomelanina ou eumelanina. Esses pigmentos são estocados nas 
organelas chamadas melanossomas, então transferidos e distribuídos dentre os 
queratinócitos (DRAELOS, 2010).
UNIDADE 1 | DISCROMIAS E ACNE
4
Os queratinoitos são as células da epiderme. Após produzida, a melanina 
é transferida dos melanócitos para os queratinócitos através das estruturas 
chamadas melanossomas. Por isso, dizemos que a melanina está localizada na 
epiderme. Se esta distribuição for ordenada, ou seja, cada parte da epiderme receber 
igual quantidade de melanina, temos os tons de pele uniformes e tão desejados. 
Porém, quando há alguma disfunção no sistema melânico, temos a distribuição 
desigual dos pigmentos, que podem ficar retidos na derme (DRAELOS, 2010; 
SMALL; HOANG; LINDER, 2014). Caro acadêmico, imagine, por exemplo, uma 
cicatriz resultante de uma lesão acneica. Esta cicatriz provavelmente impedirá 
uma distribuição uniforme da melanina, podendo causar uma discromia.
Outra situação é quanto aos estímulos ao melanócito, que quando são 
muito agressivos, ou repetitivos, podem incitá-lo a aumentar a produção de 
melanina, causando uma hiperpigmentação. Alguns desses estímulos são: luz 
ultravioleta (UV), hormônios, inflamação, fármacos, gravidez, algumas doenças 
como hemocromatose e Doença de Addison,ou a simples exposição ao calor 
(SMALL; HOANG; LINDER, 2014).
Na Figura 1 você observará os diversos fatores que podem estimular o 
melanócito a aumentar a produção de melanina. Observe como os grânulos de 
melanina são transferidos para os queratinócitos. Na figura é representada uma 
produção aumentada, porém, com distribuição homogênea.
FIGURA 1 – MELANÓCITOS, FATORES ESTIMULANTES DA PRODUÇÃO DE MELANINA E 
DISTRIBUIÇÃO DO PIGMENTO NA EPIDERME
Luz UV
Luz Visível
Inflamações
Fármacos
Gravidez
Doenças
FONTE: A autora
Existem muitos distúrbios dermatológicos que se manifestam como uma 
hiperpigmentação, por exemplo, o fotoenvelhecimento, o lentigo, o melasma e a 
olheira melânica.
TÓPICO 1 | HIPERCROMIAS: LENTIGO SOLAR, MELASMA, HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL, HIPERPIGMENTAÇÃO E HIPO-
PIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA
5
2.1 LENTIGO SOLAR OU MELANOSE SOLAR
O lentigo é caracterizado por uma coleção de queratinócitos e corneócitos 
repletos de melanina formados pelos melanócitos estimulados pela radiação UV, 
podendo receber diversas classificações, inclusive ser maligno (SMALL; HOANG; 
LINDER, 2014). 
O lentigo solar geralmente possui lesões que se apresentam como máculas 
circunscritas, rodeadas de pele sadia, pequenas e pigmentadas que aparecem 
após a exposição à radiação UV natural ou artificial, especialmente em idosos. 
Eles tendem a estar localizados na face, colo, parte superior das costas e dorso 
das mãos. Eles são considerados marcadores de exposição solar cumulativa 
ou intermitente intensa. Consistem em hipermelanose e hiperproliferação de 
melanócitos funcionalmente ativos. Eles não exibem aumento da pigmentação 
após a exposição ao sol e tendem a persistir indefinidamente (DAYAN, 2008). 
FIGURA 2 – LENTIGO SOLAR LOCALIZADO NAS COSTAS
FONTE: Mendez (2018, p. 14)
Há pouco tempo, o lentigo solar era denominado lentigo senil, uma vez que 
ele surgia quase exclusivamente em pessoas idosas devido ao efeito cumulativo 
do sol em áreas mais expostas, como face e dorso das mãos. Atualmente, com a 
maior exposição solar da população em geral, o lentigo não é mais exclusividade 
de pessoas idosas, podendo ser encontrado em pessoas jovens. Por isso, passou-
se a chamar lentigo solar. 
A principal forma de prevenir o aparecimento dessas manchas é utilizando 
luvas com fator de proteção enquanto dirige e o protetor solar, por exemplo. 
UNIDADE 1 | DISCROMIAS E ACNE
6
FIGURA 3 – LENTIGO SOLAR EM DORSO DE MÃO DE PESSOA IDOSA
FONTE: <http://www.dermatologia.net/cat-estetica/melanose-solar-mancha-senil/>. 
Acesso em: 1 ago. 2018.
O lentigo solar não deve ser confundido com as efélides, popularmente 
chamadas de sardas. Histologicamente, as sardas se caracterizam pela 
hiperpigmentação da camada celular basal, com melanócitos grades e hiperativos, 
porém sem quantidade aumentada (COSTA, 2012; DAYAN, 2008). As sardas são 
comuns em indivíduos de fototipos baixos (I e II) e pessoas ruivas, aparecem 
logo nos primeiros anos de vida e tendem a escurecer no verão com o aumento 
da exposição solar, sofrendo com o efeito cumulativo da radiação solar ao longo 
dos anos.
FIGURA 4 – EFÉLIDES OU SARDAS
FONTE: <https://www.entrecoisas.com.br/2013/08/sardas-como-remover-e-clarear.html.>. 
Acesso em: 1 ago. 2018.
TÓPICO 1 | HIPERCROMIAS: LENTIGO SOLAR, MELASMA, HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL, HIPERPIGMENTAÇÃO E HIPO-
PIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA
7
2.2 MELASMA
Vimos na seção Bioquímica da melanogênese como se dá a formação da 
melanina e a sua distribuição nos queratinócitos. Quaisquer distúrbios causados 
nesse sistema podem originar uma hiperpigmentação a qual pode resultar na 
formação do melasma. 
O melasma pode ocorrer tanto em homens como em mulheres, mas 
acomete mais as mulheres, principalmente as de fototipo mais alto – de IV a VI, 
na classificação de Fitzpatrick. A hiperpigmentação pode se desenvolver lenta e 
simetricamente, podendo perdurar durante anos e, geralmente o paciente nota 
uma melhora no inverno e uma piora no verão (GUPTA et al., 2006).
O melasma tem diversas etiologias, as quais podem ser: genética (origem 
asiática e latina), desordens hormonais, estresse, exposição à radiação UV, uso 
de medicamentos, gravidez (chamado de cloasma), entre outros. Por isso, ao 
tratar o melasma, as causas e os hábitos do paciente devem ser bem esclarecidas, 
pois disso dependerá todo o sucesso do tratamento, do qual falaremos adiante 
(GUPTA et al., 2006; KIM et al., 2007).
FIGURA 5 – LESÕES TÍPICAS DE MELASMA NA REGIÃO FRONTAL E MALAR DA FACE
FONTE: SBD (2018, s.p.) 
O melasma pode ser classificado em três tipos principais de acordo 
com a profundidade do acúmulo de melanina: epidérmico, dérmico e misto. 
É importante conhecer os tipos de melasma e diferenciá-los com o auxílio da 
lâmpada de Wood ou com o dermatoscópio, pois isso irá direcionar o tratamento. 
Na lâmpada de Wood, manchas mais escuras e bem contrastadas 
geralmente indicam melasmas epidérmicos, ou seja, mais superficiais, enquanto 
manchas com menor contraste indicam melasmas dérmicos, ou seja, mais 
profundos, pois a luz UV emitida pelo aparelho não penetra tão profundamente 
na derme (KEDE; SABATOVICH, 2015; TAMLER et al., 2009). 
UNIDADE 1 | DISCROMIAS E ACNE
8
O dermatoscópio é um aparelho óptico que permite o aumento de 6 a 400 
vezes as estruturas da pele, gerando visualização direta e fidedigna das estruturas 
pigmentares. O aparelho evidencia predominantemente os grupos celulares mais 
pigmentados, dependendo da quantidade de pigmento e da sua profundidade. 
Pigmentos pretos mais escuros são evidenciados na camada córnea, passando 
para castanhos nas camadas mais profundas da epiderme e chegando ao azul ou 
cinza azulado na derme (TAMLER et al., 2009). Alguns estudos comparativos têm 
demonstrado melhor eficácia na análise das manchas utilizando o dermatoscópio 
em relação à lâmpada de Wood (HAMMERSCHMIDT et al., 2012; TAMLER et 
al., 2009).
FIGURA 6 – A: DERMARTOSCÓPIO E B: LÂMPADA DE WOOD
FONTE: A autora
Caro acadêmico, a partir de agora falaremos do tratamento do melasma. 
Existe uma série de fatores a serem compreendidos ao se tratar o melasma. E 
eles começam antes de conhecer o mecanismo de ação dos ativos utilizados 
em tratamentos. É necessário, antes de tudo, compreender a fisiopatologia 
do melasma. Muito bem! Isto já estudamos anteriormente. Agora temos que 
compreender os fatores inerentes ao paciente. Deve-se conhecer o estilo de vida e 
hábitos destes pacientes, aplicando corretamente a ficha de anamnese. 
Temos que ter consciência que fazer um tratamento para melasma em 
pacientes que vivem à beira da praia ou da piscina, expondo-se ao sol e ao calor, 
é muito difícil. O resultado pode ser pior do que a queixa inicial. Além disso, o 
paciente deve ter a compreensão de que o melasma nunca irá desaparecer de sua 
vida, ele apenas será clareado e controlado. 
Outro fator é a paciência. Nada adianta realizar um tratamento agressivo 
que terá uma melhora imediata, mas que trará consequências piores a longo 
prazo. O melhor é um tratamento mais seguro e gradual. Todos esses pontos 
devem ser esclarecidos antes do início do tratamento. Assim, você constrói bases 
mais sólidas para um tratamento eficaz e seguro.
TÓPICO 1 | HIPERCROMIAS: LENTIGO SOLAR, MELASMA, HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL, HIPERPIGMENTAÇÃO E HIPO-
PIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA
9
FIGURA 7 – VARIÁVEIS DAS QUAIS DEPENDE O SUCESSO DO TRATAMENTO DO MELASMA
Proteção contra
luz UV
Conhecimento
sobre a
melanogênese
Sucesso do
tratamento
Combinar vários
ativos com
diferentes
mecanismos de
ação
Respeitar a pele
do paciente com
um clareamento
gradual
Compreensão e
paciência por
parte do paciente
FONTE: A autora
2.3 HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL
A hiperpigmentação periorbital ou hiperpigmentação periocular é 
popularmente conhecida como olheira e é uma causa comum de insatisfação com 
a aparência. A hiperpigmentação periorbital é uma condição ainda mal definida 
que se apresenta como máculas pigmentadas marrom ou marrom-escuro,homogêneas, redondas ou semicirculares bilaterais na região periocular. Pode 
afetar o bem-estar emocional de um indivíduo e influenciar a qualidade de vida, 
pois contribui para uma aparência, cansada, envelhecida ou triste (SARKAR et 
al.; VRCEK; OZGUR; NAKRA, 2016).
Múltiplos fatores podem estar implicados na hiperpigmentação 
periorbital, os quais podem ser congênitos ou adquiridos ao longo da vida. As 
causas mais comuns podem incluir melasma, nevos, exposição excessiva à luz 
ultravioleta, deposição de hemossiderina, alterações hormonais ou uma etiologia 
multifatorial. Inflamação de várias condições, incluindo atopia e dermatite de 
contato, medicamentos como contraceptivos orais ou certos tipos de colírios.
UNIDADE 1 | DISCROMIAS E ACNE
10
UNI
A hemossiderina é um pigmento responsável pela coloração avermelhada das 
hemácias. Quando há rompimento das células sanguíneas, a hemossiderina se acumula no 
local e dá a coloração amarronzada ao tecido. Isso explica a coloração escura de alguns tipos 
de olheiras.
Segundo Souza et al. (2011, p. 27), 
A cor da pele palpebral resulta da combinação de vários fatores, 
alguns de origem genética-racial (como a quantidade de pigmento de 
melanina), outros de origem individual ou regional e até de gênero, e 
o volume de sangue nos vasos [...]. Devido aos efeitos vasoconstritores 
da nicotina, o fumo provoca uma aparência pálida da pele, aumentando 
o contraste com as olheiras; alcoolismo e privação de sono causam 
vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo palpebral; a respiração 
oral causa edema na mucosa nasal e paranasal, obstruindo a drenagem 
das veias palpebrais e levando a estase sanguínea e olheiras.
As olheiras podem ser provenientes de uma série de fatores diferentes, 
ou da combinação entre eles. Com base nisso, Huang et al. (2013) propôs uma 
classificação da hiperpigmentação periorbital em quatro subtipos dependendo da 
etiologia: pigmentada, vascular, estrutural e mista.
• Pigmentado (tipo P): aparece como tonalidade marrom infraorbital, algumas 
vezes associada a lesões pigmentadas, como lentigos solares, sardas, melasma 
ou nevo zigomático.
• Vascular (tipo V): aparece como azul infra orbital, cor-de-rosa ou roxa com ou 
sem inchaço ou edema periorbitário.
• Estrutural (tipo S): aparece como sombras estruturais formadas pelos 
contornos da superfície anatômica facial que desaparecem após a iluminação 
com a luz frontal. Pode ser misturado com bolsas palpebrais infra orbitais, 
sulcos infraorbitais, pálpebra caída, e perda de gordura ou volume de partes 
moles com proeminência óssea.
• Misto (tipo M): Combina dois ou três da aparência citada anteriormente.
TÓPICO 1 | HIPERCROMIAS: LENTIGO SOLAR, MELASMA, HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL, HIPERPIGMENTAÇÃO E HIPO-
PIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA
11
FIGURA 8 – A. PACIENTE COM OLHEIRAS ESTRUTURAIS DEVIDO A SOMBREAMENTO E 
PROEMINÊNCIA ORBICULAR. B. PACIENTE COM OLHEIRAS ESTRUTURAIS COM BOLSAS 
INFRAORBITAIS ESCUROS DEVIDO AO SOMBREAMENTO. C. PACIENTE COM OLHEIRAS 
VASCULAR COM HIPEREMIA E DEPOSIÇÃO DE HEMOSSIDERINA. D. PACIENTE COM OLHEIRAS 
PIGMENTAR DEVIDO À DEPOSIÇÃO DE PIGMENTOS
FONTE: Vrcek, Ozgur e Nakra (2016, p. 18)
A localização superficial da vasculatura e a pele fina sobrejacente ao 
músculo orbicular do olho são outra causa comum de hiperpigmentação 
periorbital. Esta condição geralmente envolve as pálpebras inferiores inteiras com 
aparência violácea devido a vasos sanguíneos proeminentes cobertos por uma 
fina camada de pele, no aspecto interno da pálpebra, e é geralmente acentuada 
durante a menstruação. Quando a pálpebra inferior é esticada manualmente, 
a área escura se espalha sem branqueamento ou clareamento significativo e 
resulta em aprofundamento da cor violácea, que poderia ser usada como teste 
diagnóstico para confirmar a vascularização.
FIGURA 9 – OLHEIRA HIPERPIGMENTADA COM VASOS SANGUÍNEOS SUPERFICIAIS E FINA 
CAMADA DE PELE INFRA ORBITAL
FONTE: Tulio (2018, p. 45)
UNIDADE 1 | DISCROMIAS E ACNE
12
O primeiro passo para um tratamento eficaz da hiperpigmentação 
periorbital é a correta anamnese do paciente e a análise da etiologia da olheira. 
Às vezes, ela pode ser uma condição passageira, pois o edema infraorbital, a 
vascularização e a espessura da derme podem variar de tempos em tempos.
O diagnóstico é baseado principalmente no exame clínico. É importante 
diferenciar a pele da pálpebra escura com o sombreamento devido aos sulcos de 
pele. O estiramento manual da pele da pálpebra inferior pode ajudar a diferenciar 
entre a pigmentação verdadeira e o efeito de sombreamento (SARKAR et al., 2016). 
Existe um espectro de intervenções que podem ser feitas para o tratamento 
das olheiras. Elas vão do simples disfarce e camuflagem, uso de cosmecêuticos, a 
técnicas minimamente invasivas como peelings superficiais e preenchedores de 
ácido hialurônicos, ou técnicas cirúrgicas (VRCEK; OZGUR; NAKRA, 2016).
FIGURA 10 – TÉCNICA DE PREENCHIMENTO DE OLHEIRAS PERIORBITAL COM ÁCIDO 
HIALURÔNICO E FOTO DE ANTES E DEPOIS
FONTE: Machado (2015, s.p.) e Fit Body Pilates (2016, s.p.)
Atualmente, no campo de atuação da estética, trataremos principalmente 
dos tipos de hiperpigmentação periorbital pigmentada e vascular, utilizando 
técnicas não invasivas como cosmecêuticos e peelings superficiais. Falaremos dos 
ativos utilizados para o tratamento das olheiras no Tópico 2, nesta unidade.
TÓPICO 1 | HIPERCROMIAS: LENTIGO SOLAR, MELASMA, HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL, HIPERPIGMENTAÇÃO E HIPO-
PIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA
13
2.4 HIPERPIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA
A hiperpigmentação pós-inflamatória (HPI) é o processo de escurecimento 
da pele em resposta à lesão. Esta lesão pode ser acne, queimadura solar, doenças de 
pele, dermatites, arranhões e outros procedimentos estéticos. Os melanócitos são 
considerados parte reacionais do sistema imunológico e a produção de melanina 
é a maneira como eles respondem a uma agressão (DRAELOS; THAMAN, 2006). 
Desta maneira, a HPI é caracterizada por uma hiperprodução de melanina 
nos melanócitos da camada basal da derme e consequente aumento de deposição 
nos queratinócitos da epiderme, causada quando há algum estímulo inflamatório 
endógeno ou exógeno (TAGLIOLATTO; MAZON, 2017).
Dois processos principais explicam a HPI. O primeiro é o acúmulo 
de melanófagos na derme superior (Figura 11). Os macrófagos fagocitam os 
queratinócitos e os melanócitos carregados de melanina e permanecem na derme 
superior por algum tempo, causando uma mancha dérmica.
FIGURA 11 – CORTE HISTOLÓGICO DA PELE OBSERVADO EM MICROSCÓPIO PARA 
VISUALIZAÇÃO DOS MELANÓFAGOS
FONTE: Unicamp (2018, s.p.)
Epiderme
Melanófagos
Derme
UNI
Melanófago é o nome dado aos macrófagos localizados na derme. 
Normalmente, os macrófagos são células encontradas na circulação sanguínea, sua função é 
a defesa inata do organismo. Eles fagocitam todo e qualquer corpo estranho que represente 
perigo ao organismo. Quando ocorre o acúmulo exacerbado de melanina na derme superior, 
estas células tendem a migrar ao local e fazer a fagocitose do pigmento, acumulando-se no 
local e causando uma mancha.
UNIDADE 1 | DISCROMIAS E ACNE
14
 O outro processo envolve o desenvolvimento de uma cascata inflamatória 
epidérmica, resultando na oxidação do ácido araquidônico com liberação de 
prostaglandinas e leucotrienos. Esses mediadores inflamatórios levam ao estímulo 
dos melanócitos epidérmicos, que acarretam o aumento da síntese de melanina e 
transferência do pigmento aos queratinócitos circundantes. Em outras palavras, 
a hipermelanose epidérmica resulta do excesso de estimulação e subsequente 
transferência para os grânulos de melanina (TAGLIOLATTO; MAZON, 2017).
FIGURA 12 – DESENVOLVIMENTO DA CASCATA INFLAMATÓRIA A PARTIR DE ESTÍMULOS 
INTERNOS OU EXTERNOS
Leocotrienos Prostaglandinas Tromboxanos
Lipoxigenase Cicloxigenase (COX)
Ác. Aracdônico
Fosfolipase A₂
Fosfolipídios da Membrana
Mediadores Inflamatórios: Estimulam os melanócitos a produzir melaninaEstímulo inflamatório 
externo ou interno
FONTE: A autora
Na classificação de Fitzpatrick, os fototipos I e II apresentam baixo risco 
de hiperpigmentação rebote, porém, em fototipos a partir do III é relativamente 
comum esse tipo de intercorrência (DRAELOS, 2010).
UNI
Existe um tipo de hiperpigmentação que ocorre após o uso de determinados 
produtos cosméticos ou óleos essenciais cítricos, ou após a exposição acidental ou descuidada 
a frutas cítricas. É uma melanose chamada popularmente de fitofotomelanose. Esse tipo 
de hiperpigmentação ocorre porque alguns extratos vegetais são ricos em substâncias (ex.: 
cumarinas) que em contato com a radiação UV se transformam em substâncias altamente 
reativas, desencadeando a reatividade dos melanócitos.
TÓPICO 1 | HIPERCROMIAS: LENTIGO SOLAR, MELASMA, HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL, HIPERPIGMENTAÇÃO E HIPO-
PIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA
15
2.5 HIPOPIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA
A hipopigmentação inflamatória compartilha os mesmos gatilhos que 
a hiperpigmentação pós-inflamatória, porém, ao invés de uma hiperprodução 
de melanina, ocorre o oposto. Os mediadores inflamatórios, liberados após o 
processo inflamatório ser iniciado, induzem a ligação de leucócitos (células de 
defesa) aos melanócitos, os quais destroem o melanócito. Na área em que houve a 
destruição do melanócito não há mais produção de melanina, a qual se manifesta 
como uma área esbranquiçada na superfície epidérmica (DRAELOS, 2010). 
A hipopigmentação também pode ser resultado de traumas como cortes e 
queimaduras, principalmente, se houve o dano físico ao melanócito propriamente 
dito (DRAELOS; THAMAN, 2006). 
Caro acadêmico, por haver a destruição do melanócito, a hipopigmentação 
é uma situação de difícil tratamento, muitas vezes, irreversível, porém, assim 
como na HPI, peles muito claras que geralmente não se bronzeiam não respondem 
a lesões com problemas de pigmentação, sendo os problemas, na maioria das 
vezes, transitórios (DRAELOS; THAMAN, 2006).
Outras causas de hipopigmentação são algumas doenças como o vitiligo, 
infecções fúngicas, pitiríase alba, leucodermia gutata por exposição excessiva 
ao sol, ressecamento excessivo e o uso inadvertido de produtos clareadores de 
manchas de pele que contém hidroquinona.
FIGURA 13 – HIPOPIGMENTAÇÃO POR LESÃO AO MELANÓCITO APÓS PROCEDIMENTO DE 
REMOÇÃO DE PELOS COM LASER
FONTE: Macedo e Monteiro (2008, p. 24)
UNIDADE 1 | DISCROMIAS E ACNE
16
FIGURA 14 – LEUCODERMIA GUTATA POR EXPOSIÇÃO EXCESSIVA AO SOL
FONTE: Dermatologia.net (2018, s.p.)
Caro acadêmico, como vimos, existem diversos tipos de discromias. Não 
devemos generalizar as discromias chamando todas de melasma, no caso das 
hipercromias, ou vitiligo, no caso das hipocromias. Isto é um grande erro. Ao 
nos depararmos com uma discromia, temos que fazer uma correta anamnese e 
correlacionar com a possível afecção para direcionar a um tratamento correto. 
Assim, a chance de sucesso do tratamento aumenta substancialmente.
17
Neste tópico, você aprendeu que:
• Existem vários tipos de desordens de pigmentação da pele causadas por um 
desequilíbrio entre a produção e deposição da melanina.
• O melanócito é a célula responsável pela produção da melanina e ele responde 
a diversos tipos de estímulos, aumentando ou diminuindo a produção de 
melanina.
• Após ser produzida, a melanina é distribuída nos queratinócitos onde ela tem 
a função de proteção contra a radiação UV.
• O lentigo solar é uma lesão hiperpigmentada benigna causada pelo excesso de 
exposição solar.
• O melasma é uma hiperpigmentação que tem diversas etiologias que podem 
ser: genética, hormonal, stress, exposição à radiação UV, uso de medicamentos 
e gravidez, entre outras.
• A hiperpigmentação periorbital, conhecida como olheira, pode ser pigmentar, 
vascular ou estrutural, e possui diferentes tratamentos para cada caso.
• A hiperpigmentação e a hipopigmentação pós-inflamatória são causadas 
quando os mediadores inflamatórios causam distúrbios nos melanócitos que 
podem reagir de forma a aumentar ou diminuir a produção de melanina.
RESUMO DO TÓPICO 1
18
1 A bioquímica da melanogênese é um processo complexo, pois ao mesmo 
tempo que é indispensável ao corpo humano, conferindo-lhe enorme 
proteção contra a radiação UV, também pode se transformar em um incômodo 
quando a produção de melanina é exacerbada. As hipercromias são causas 
comuns de queixas inestéticas em centros de estética. Neste contexto, analise 
as afirmativas a seguir, e assinale V para verdadeiras e F para falsas.
( ) O cloasma inicia-se durante a gravidez, pois, neste período, a gestante 
passa por constantes mudanças hormonais. Assim que ocorre o nascimento 
da criança deve-se iniciar o tratamento com peelings químicos.
( ) O lentigo solar ocorre somente em idosos, isso porque a pele é mais frágil e 
nessa idade os efeitos cumulativos da exposição solar que eles sofreram ao 
longo da vida, fica mais evidente.
( ) O melasma não é passível de ser eliminado. O paciente deve saber que pode 
clarear a mancha e evitar que ela reapareça de modo intenso novamente, 
mas não irá sumir completamente.
( ) A lâmpada de Wood é o aparelho mais confiável para verificar a 
profundidade de uma mancha. 
( ) Existem alguns tipos de hiperpigmentação periorbital. As vasculares são de 
coloração mais arroxeada enquanto as pigmentares são mais amarronzadas.
Agora, marque a alternativa que representa a sequência correta:
a) ( ) V – V – F – V – F. 
b) ( ) F – F – V – F – V.
c) ( ) V – F – V – F – V.
d) ( ) F – F – F – V – F.
e) ( ) V – V – V – F – V.
AUTOATIVIDADE
19
TÓPICO 2
ATIVOS UTILIZADOS PARA TRATAMENTO DOS 
DIVERSOS TIPOS DE HIPERPIGMENTAÇÃO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, no Tópico 2 da Unidade 1, do Livro de Estética Facial 
e Avaliação Facial II, iremos estudar os ativos utilizados para tratar os diversos 
tipos de hiperpigmentação estudadas no Tópico 1. Como você sabe, existem 
diversas modalidades de tratamento utilizadas com a finalidade de clarear 
manchas, procedimentos estéticos, uso de lasers, LEDs e luz intensa pulsada, uso 
de cosmecêuticos home-care, mesoterapia, procedimentos invasivos, entre outros. 
Nesse sentido, neste tópico, iremos nos aprofundar no mecanismo de ação dos 
ativos utilizados tanto de forma isolada, quanto combinados com equipamentos 
estéticos. Posteriormente, veremos alguns protocolos que podem ser associados 
para alcançar melhores resultados.
2 PRINCÍPIOS ATIVOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE 
HIPERPIGMENTAÇÃO
Caro acadêmico, para o tratamento de hiperpigmentação, no campo de 
atuação da estética, existem alguns tipos de tratamentos que se combinam no uso 
dos ativos com equipamentos, ou que apenas utilizam ativos de forma isolada. 
Os principais exemplos são:
• Peelings microdermoabrasivos.
• Peelings químicos.
• Sistemas de permeação de ativos (iontoforese e microagulhamento).
• Cosmecêuticos home-care.
• Adjuvantes via oral.
Os peelings microdermoabrasivos (peeling de diamante, peeling de 
cristal e peeling ultrassônico) e os peelings químicos foram detalhados no Livro 
de Estética Facial e Avaliação Facial I. Caso você queira relembrá-los, volte ao 
livro e leia-os novamente. Tanto os peelings microdermoabrasivos, quanto os 
químicos, são as principais estratégias utilizadas em cabine para o tratamento de 
hiperpigmentação.
UNIDADE 1 | DISCROMIAS E ACNE
20
FIGURA 15 – REPRESENTAÇÃO DO PEELING MICRODERMOABRASIVO DE CRISTAL E 
PEELING QUÍMICO
FONTE: A autora
Os sistemas de permeação de ativos, como o microagulhamento e a 
iontoforese, também são procedimentos que podem ser utilizados no clareamento 
de manchas, além de outras condições. Ambos auxiliam na potencialização dos 
efeitos dos ativos, já que a pele, por ser um órgão de defesa e barreira, tende a 
barrar a entrada de substâncias estranhas ao corpo, retendo-as principalmente 
na epiderme. Com o auxílio da iontoforese e do microagulhamento, podemos 
ver resultados mais rápidos e satisfatórios, poisesses procedimentos promovem 
a rápida permeação dos ativos pelo estrato córneo. Estes procedimentos serão 
detalhados na Unidade 2 deste livro.
FIGURA 16 – REPRESENTAÇÃO DA TÉCNICA DE MICROAGULHAMENTO E IONTOFORESE 
PARA A PERMEAÇÃO DE ATIVOS 
FONTE: A autora
A partir de agora detalharemos os ativos utilizados nos produtos em 
consultório e nos cosmecêuticos utilizados para tratamentos home-care. Eles 
diferirão entre si principalmente nas concentrações e no pH. Quando os ativos 
são utilizados em produtos home-care, eles precisam oferecer maior segurança ao 
usuário, pois serão utilizados sem supervisão do profissional esteta, e por isso 
suas concentrações são muito mais baixas e o pH tende a ser o mais próximo 
possível do pH fisiológico da pele.
TÓPICO 2 | ATIVOS UTILIZADOS PARA TRATAMENTO DOS DIVERSOS TIPOS DE HIPERPIGMENTAÇÃO
21
No Tópico 1, estudamos a bioquímica da melanogênese. Visto isso, 
podemos imaginar que existem vários pontos de ação em que os ativos 
cosmecêuticos podem adentrar nas rotas bioquímicas para realizar a ação de 
inibir, ou diminuir a formação de melanina, e assim contribuir para o clareamento 
da pele. Observe a figura a seguir:
FIGURA 17 – MECANISMO DE AÇÃO DOS DIVERSOS DESPIGMENTANTES UTILIZADOS EM 
COSMECÊUTICOS
Inibição da Transferência:
Niacinamida (Vit. B3)
Retinóides
Esfoliação dos Queratinócitos:
Retinóides
Alfa-hidroxiácidos
Microdermoabrasão
Inibidores da Tirosinase:
Ácido Kójico
Ácido Fítico
Ácido Azelaico, azeoglicina
Hidroquinona
Arbutin, Uva-ursi
Vitamina C, zincoDentrito
Melanossomos
Melanócito
Queratinócito
Tirosinase
L-tirosina L-DOPA
dopaquinona
Ti
ro
si
na
se
Cisteína
TRP-I e TRP-2
Tirosinase
Oxidação e
Polimerização
feomelanina
eumelanina
FONTE: Adaptado de Small, Hoang e Linder (2014)
Em uma formulação cosmética, seja ela industrializada ou magistral, os 
ativos citados podem ser combinados entre si para potencializarem efeitos. Veja 
um exemplo de formulação magistral que pode ser utilizado na forma de home-
care para tratamento de hipercromias. Repare como suas concentrações são baixas 
para garantir o nível de segurança do paciente. Além disso, o pH também deve 
ser regulado para ficar próximo ao pH da pele.
FIGURA 18 – EXEMPLO DE FÓRMULA MAGISTRAL PARA TRATAMENTO DE HIPERCROMIAS
FONTE: A autora
UNIDADE 1 | DISCROMIAS E ACNE
22
De maneira geral, podemos dizer que os ativos utilizados interferem em 
alguma das etapas da síntese de melanina, pois são:
1 – Inibidores da tirosinase.
2 – Antioxidantes que interagem com íons de cobre no sítio ativo da tirosinase e 
fazem redução da dopaquinona.
3 – Atuantes na interação entre o melanócito e o queratinócito.
4 – Esfoliantes epidérmicos.
5 – Inibição dos fatores de estimulação dos melanócitos.
Os quatro primeiros itens foram representados na Figura 15. Quanto 
ao item 5, pergunta-se: como fazer a inibição dos fatores de estimulação dos 
melanócitos? Lembre-se da Figura 1, do Tópico 1, a radiação UV é o principal 
fator estimulador do melanócitos. É também o fator mais fácil de controlar, pois 
a aplicação e uso correto do protetor solar garante uma ótima proteção contra 
incidência da radiação solar. 
A partir do estudo sobre protetores solares orgânicos (químicos) e 
inorgânicos (físicos) no Livro de Estética Facial e Avaliação Facial I, lembremos 
que os filtros inorgânicos são aqueles que garantem um amplo espectro de 
proteção solar (UVA e UVB) e são menos alergênicos, portanto, constituem a 
forma mais segura de fotoproteção. Nesse sentido, o profissional de estética deve 
sempre recomendar os protetores solares inorgânicos, com alto teor de dióxido 
de titânio e óxido de zinco, para sua clientela.
FIGURA 19 – MECANISMO DE AÇÃO DOS FILTROS ORGÂNICOS E INORGÂNICOS
Camada de protetor solar
Pele
FONTE: A autora
TÓPICO 2 | ATIVOS UTILIZADOS PARA TRATAMENTO DOS DIVERSOS TIPOS DE HIPERPIGMENTAÇÃO
23
Existem outros fatores que são capazes de estimular os melanócitos, 
como os fatores hormonais, a gravidez, os medicamentos, algumas doenças e as 
inflamações. Nesses casos, temos que pensar de maneira coerente. Se o cliente está 
fazendo o uso de algum medicamento, ou está com alguma desordem hormonal, 
nada adianta tratar as manchas se a causa raiz do problema continuar a existir. 
Para tanto, primeiramente este paciente necessitará de ajuda médica especializada 
para controlar a doença de base, depois ele tratará as manchas residuais. 
Quando o melasma é resultante da gestação (cloasma), ele pode regredir 
espontaneamente depois de alguns meses depois do nascimento, e o tratamento 
pode ser dispensável, no entanto, existem casos em que o distúrbio persiste 
indefinidamente. O melasma associado à gravidez pode ser causado por um 
aumento dos hormônios da placenta, do ovário e da hipófise. O melasma também 
tem sido atribuído a uma elevação do hormônio estimulador de melanócito, 
estrogênio e progesterona, levando ao aumento da melanogênese (GUPTA et al., 
2006).
É necessário lidar com outro fator estimulador dos melanócitos, os 
mediadores inflamatórios. Para tanto, agora estudaremos os ativos anti-
inflamatórios e calmantes da pele, importantes adjuvantes no controle da 
hiperpigmentação da pele. Esses ativos podem ser combinados em formulações 
home-care para tratamentos de hiperpigmentação.
Vejamos agora alguns ativos anti-inflamatórios segundo Alonso (2016):
• Alcaçuz: é uma planta da qual se obtém a glicirrizina, que apresenta potentes 
atividades anti-inflamatórias, comparáveis a de alguns corticoides (os mais 
potentes anti-inflamatórios existentes na medicina). Em formulações, podem 
ser encontrados com o nome de licorice. Alguns componentes do extrato de 
alcaçuz também demonstraram efeito inibidor da tirosinase.
• Extrato de camomila: rico em alfa-bisabolol e matricina que, em conjunto 
com os flavonoides, exercem atividade anti-inflamatória através da inibição 
da enzima ciclo-oxigenase, inibindo toda a cascata inflamatória e libração de 
citocina inflamatória na pele.
• Chá-verde: o extrato de chá-verde é rico em polifenóis e flavonoides como as 
catequinas, quercetina, rutina, entre outros. Ensaios clínicos demonstram que 
tanto a ingestão, quanto a aplicação tópica de chá-verde melhora a irritação e 
restitui a integridade cutânea em peles irritadas.
• Arnica montana: é uma planta rica em lactonas sesquiterpênicas, mais 
especificamente a helenalina. Esse tipo de composto possui atividade anti-
inflamatória comprovada, pois consegue diminuir a quantidade de interleucinas 
inflamatórias, suprimir a formação de metaloproteinases e possui capacidade 
de inibir a enzima ciclo-oxigenase. 
Caro acadêmico, os ativos citados para tratar praticamente todos os tipos 
de hiperpigmentação de uma maneira segura e eficaz. Com certeza, este tema 
não se esgota aqui, pois diariamente a indústria cosmética pesquisa e lança no 
mercado novos ativos com a finalidade de clareamento das manchas de pele.
UNIDADE 1 | DISCROMIAS E ACNE
24
2.1 TRATAMENTOS E ATIVOS UTILIZADOS PARA
HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL
a) Peelings
O peeling químico pode ser utilizado de forma isolado ou combinado com 
outras técnicas no tratamento de olheiras. Esta modalidade é eficaz porque trata 
as irregularidades pigmentares na pele, bem como as rugosidades. Uma vez que 
o colágeno da pele é melhorado após o peeling e também pode ajudar a camuflar 
o orbicular subjacente e a vasculatura, o que pode contribuir para as olheiras.
Os peelings de ácido tricloroacético (TCA) estão disponíveis em uma 
variedade de concentrações e podem ser usadas para obter tratamentos mais 
profundos. Os peelings mais superficiais, com concentrações menores, removem 
a melanina do estrato córneo e da epiderme, enquanto os peelings mais profundos 
modulam o conteúdo de melanina na derme. Os peelings de TCA são um meio 
eficaz de tratar olheiras em pacientes com o fototipo de I a III de Fitzpatrick. Os 
peelings químicos em indivíduos mais pigmentados devem ser realizados com 
cautela, pois estão emrisco de complicações pigmentares (VRCEK; OZGUR; 
NAKRA, 2016).
Leia a seguir parte do experimento que comparou o uso de carboxiterapia, 
mesoterapia e peeling químico feito por Ahmed, Mohammed e Mohammad 
(2018, p. 12).
Quinze pacientes do sexo feminino foram tratadas com peeling químico 
(TCA a 3,75% e Ácido Lático a 15%) uma vez por semana durante 
5 semanas. O peeling era feito com uma base em gel. Os pacientes 
foram solicitados a fechar os olhos, e um pano desengordurante 
umedecido com álcool foi usado para remover quaisquer impurezas 
e excesso de óleo da superfície da pálpebra. Quatro camadas de 
peeling foram aplicadas em cada área periorbital; a primeira camada 
de peeling foi aplicada na área de pigmentação intensa e, em seguida, 
as áreas circundantes foram tratadas. A duração da primeira, segunda 
e terceira camadas de peeling foi de 1-2 min e a quarta camada foi 
aplicada durante cerca de 5 minutos. O tempo total para uma sessão 
variou de 9 a 12 minutos. Em seguida, o peeling foi neutralizado com 
um lenço umedecido com solução de arginina a 12%, e o paciente 
lavou a área tratada com água. As pacientes foram aconselhadas a 
evitar a exposição à luz solar por 24 horas, mas se exposta à luz direta, 
foi recomendado o uso do protetor solar e óculos de sol. A cor da 
pigmentação após o tratamento foi avaliada de acordo com um escore 
de melhora. O nível de satisfação do paciente também foi avaliado.
Nesse estudo, 60% dos pacientes tiveram uma melhora avaliada entre 
moderada a excelente, e o índice de satisfação dos pacientes 53,4%. Demonstrando, 
assim, que os peelings são uma forma de tratamento eficaz para as olheiras.
TÓPICO 2 | ATIVOS UTILIZADOS PARA TRATAMENTO DOS DIVERSOS TIPOS DE HIPERPIGMENTAÇÃO
25
FIGURA 20 – DEMONSTRAÇÃO DA APLICAÇÃO DO PEELINGS DE TCA A 3,75% E ÁCIDO 
LÁTICO 15% EM OLHEIRAS
Fonte: Carney et al. (2017, p. 47)
Peeling de Ácido Tioglicóglico 10%: o ácido tioglicólico possui peso 
molecular de 92,12 (intermediário entre os ácidos tricloroacético, 163,4 e o 
glicólico 76,05 respectivamente, portanto, possui uma permeação intermediária 
entre os dois). Topicamente, é utilizado na abordagem de hipercromias com 
deposição de hemossiderina. É um ácido que possui afinidade com o ferro, 
portanto, é eficaz nos casos de hipercromias. Pode ser utilizado na concentração 
de 5% a 12%. Sua aplicação cutânea causa leve desconforto, frosting grau II, 
associado a discreto eritema, com leve ou transitória descamação e rara 
sensibilização (COSTA et al., 2010).
b) Ácido tranexâmico 
É um inibidor da plasmina normalmente usado como agente hemostático 
(promove a coagulação sanguínea em casos de hemorragias). Descobriu-se que 
também pode ser utilizado como um agente clareador sistêmico da pele para 
tratar o melasma. Isso porque a plasmina é uma protease que aumenta a liberação 
intracelular do ácido araquidônico, também eleva o hormônio estimulador alfa-
melanócito (α-MSH). Tanto o ácido araquidônico, quanto o α-MSH podem ativar 
a síntese de melanina pelos melanócitos. O ácido tranexâmico, por meio de sua 
atividade antiplasmina pode reduzir a formação de melanina. Por isso, o ácido 
tranexâmico é utilizado com sucesso em casos de tratamento de olheiras vasculares 
que misturam componentes pigmentares, e no tratamento de hiperpigmentação 
em geral. No entanto, não é seguro utilizá-lo por um longo período, tendo em 
vista sua propriedade anti-hemorrágica. As concentrações tópicas usuais giram 
em torno de 2% (KIM et al., 2016).
c) Peptídeos 
Os peptídeos (pequenas sequências de aminoácidos) são componentes cada 
vez mais comuns do arsenal contra as olheiras. Em geral, essas moléculas atuam 
dentro da matriz extracelular (MEC) na pele para promover a formação de colágeno. 
UNIDADE 1 | DISCROMIAS E ACNE
26
Os peptídios cosmecêuticos são classificados em peptídios sinalizadores, peptídios 
inibidores da enzima e peptídios transportadores. Os peptídeos sinalizadores 
como o palmitoil pentapeptídeo-4 estimulam a MEC que modula a atividade 
dos fibroblastos para aumentar a produção de colágeno e fibronectina tipo I e III, 
também aumentam a proliferação de elastina, proteoglicanos, glicosaminoglicanos 
e fibronectina – que são os blocos de construção de uma pele firme. 
Os peptídeos inibidores da enzima bloqueiam principalmente a 
formação e a atividade da proteinase, incluindo as metaloproteinases da matriz, 
auxiliando, assim, na manutenção de uma MEC robusta na pele. A principal 
função dos peptídeos transportadores é fornecer cofatores enzimáticos, como o 
cobre e o manganês, que são críticos na cicatrização de feridas e nas propriedades 
regenerativas da pele após danos solares. Um dos peptídeos transportadores 
mais comumente usados é o glicil-L-histidil-L-lisina, que estabiliza e fornece 
cobre para uso em processos enzimáticos (VRCEK; OZGUR; NAKRA, 2016). Os 
peptídeos melhoram a qualidade e o turgor da pele, sendo benéfico para olheiras 
e para o rejuvenescimento em geral. Vejamos alguns exemplos de ativos com 
nome comercial que utilizam os peptídeos como maneira de diminuir as olheiras.
• Haloxyl®: é uma substância ativa que se mostrou eficaz em um estudo 
realizado em 22 pacientes que aplicaram um gel contendo 2% de haloxidil em 
torno de um olho por 56 dias. Os participantes foram avaliados mais tarde, 
analisando imagens de um software especializado que mediu a tonalidade 
das olheiras. O haloxidil é composto de crisina, N-hidroxisuccinimida e 
matricinas – peptídeos liberados pela proteólise das macromoléculas da matriz 
extracelular. Os componentes da medicação parecem agir sinergicamente na 
redução dos círculos oculares escuros. As matricinas estimulam a síntese dos 
componentes da matriz extracelular, reforçando o tônus palpebral, enquanto a 
crisina e a N-hidroxisuccinimida atuam como bilirrubina e quelantes de ferro, 
respectivamente, reduzindo a pigmentação local (SOUZA et al., 2011).
• Eyeseryl®: é um tetrapeptídeo indicado para a redução de bolsas decorrentes 
de acúmulo de líquidos, pois possui propriedades descongestionante e 
antiedematosa. Entre suas outras características, o ativo tem efeito drenante, 
aumenta a elasticidade e a suavidade cutânea, e possui rápida ação antibolsas. 
d) Cafeína
Quando usada topicamente pode apresentar vantagens no tratamento 
de olheiras que resultam da vascularização subcutânea, telangiectasias e edema 
devido a vasos sanguíneos enfraquecidos. Um estudo randomizado, duplo-cego, 
controlado por placebo, demonstrou a capacidade de um gel com base em cafeína 
penetrar na pele da pálpebra inferior e diminuir o edema e a pigmentação da 
pálpebra inferior (VRCEK; OZGUR; NAKRA, 2016). Vejamos um exemplo de 
ativo comercial que utiliza a cafeína em sua composição:
TÓPICO 2 | ATIVOS UTILIZADOS PARA TRATAMENTO DOS DIVERSOS TIPOS DE HIPERPIGMENTAÇÃO
27
•	 Coffee	Skin®: rico em ácido ferúlico e carcinina, que confere proteção ao DNA, 
ação anti-inflamatória, antiedema, e melhora a microcirculação superficial e a 
drenagem de líquidos. Utilizado na dosagem de: 3%-8% (DERMAGE, 2018). 
e)	Saponinas	e	flavonoides
As saponinas são uma classe de metabólitos secundários produzidas pelas 
plantas. O seu uso na medicina popular é milenar para tratamento de problemas 
circulatórios. As saponinas podem ser extraídas e concentradas, ou utilizadas em 
conjunto com outros metabólitos secundários de plantas como os flavonoides, na 
forma de extratos das plantas que os originam. Sua ação reduz a permeabilidade 
vascular, aumenta a resistência do vaso sanguíneo, melhora o retorno venoso e 
diminui o edema. Vejamos um exemplo deste tipo de ativo:
•	 Bioskinup	 Contour®: é um ativo composto de extratos concentrados de 
Pfaffia sp. (Pfaffia), Ptychopetalum olacoides (Marapuama) e Lilium candidum 
(Lírio Branco), que possuem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e 
lipolíticas. Entre os benefícios de Bioskinup Contour há o tratamento de bolsas 
e olheiras com a redução de até 38,6% no acúmulo de gordura e regulaçãodos principais mediadores inflamatórios que causam fragilidade dos vasos e 
circulação, com a formação das olheiras. Há ainda o aumento da produção 
de colágeno e elastina, com a restauração da parede vascular, o que também 
estimula a firmeza da pele dessa área. Apresenta uma atividade na redução 
na formação de bolsas de gordura sob os olhos, contribuindo para a melhora 
do fluxo sanguíneo local, além de um excepcional efeito anti-inflamatório, 
com a redução da vasodilatação anormal dos vasos sanguíneos periféricos 
e do extravasamento de líquidos responsáveis pela alteração da coloração e 
formação do edema da região periorbital.
UNI
O caso da vitamina K em cosméticos compostos de vitamina K atuam na 
coagulação do sangue. Há dados que mostram efeitos na diminuição de hematomas, 
juntamente a especulação sobre o uso deles na melhora de outros problemas de pele, 
como as olheiras (DRAELOS, 2010). No entanto, devido a relatos de dermatoses alérgicas 
relacionadas à vitamina K e à dermatite de contato alérgica no local de aplicação, a ANVISA 
determinou a retirada de vitamina K de todos os cosméticos. Isso porque a vitamina K, 
muitas vezes, é a única opção terapêutica para pessoas que sofrem de disfunções hepáticas 
e possuem problemas de coagulação. Logo, se essas pessoas desenvolveram alergias por 
causa do uso de cosméticos com vitamina K, não haverá opção medicamentosa viável, caso 
seja necessário.
UNIDADE 1 | DISCROMIAS E ACNE
28
As olheiras, muitas vezes, são condições passageiras que acometem o 
indivíduo durante um período de tempo e depois podem se autorresolver; porém, 
podem, outras vezes, apresentar um caráter crônico ao longo da vida. Infelizmente, 
não existe um tratamento milagroso para esta condição. É necessário também 
que mudanças no hábito de vida sejam feitas. A alimentação saudável, evitar o 
tabagismo, prática de exercícios físicos, um sono relaxante etc. são ótimas saídas 
para quem sofre desta condição inestética. Além disso, o uso de cosmecêuticos 
para a área dos olhos e a massagem são ótimos aliados.
2.1.1 Ativos utilizados no tratamento da hipopigmentação 
pós-inflamatória
Como mencionado, a hipopigmentação pós-inflamatória é uma condição 
difícil de ser tratada. Os cientistas buscam desenvolver ativos que possam 
amenizar esta situação, visto que a presença de manchas hipopigmentadas gera 
muito desconforto para os portadores. 
Entre as opções descobertas até hoje, um ativo que vem demonstrando 
sucesso terapêutico é o ativo chamado quelina. A quelina faz parte da família 
dos psoralenos, é extraída da planta Ammi majus L. e Ammi visnaga Lam., e 
atualmente é usada para o tratamento do vitiligo. Este ativo, quando utilizado 
junto a fotoestimulação UVA, é capaz de promover a estimulação do melanócito 
afetado, trazendo uma repigmentação para epiderme (LEEUW et al., 2003).
FIGURA 21 – DEMONSTRAÇÃO DE REPIGMENTAÇÃO PROMOVIDA PELO ATIVO QUELINA
FONTE: Leeuw et al. (2003, p. 23)
Existem ainda outros medicamentos utilizados para tratar o vitiligo, os 
mais utilizados são os corticoides.
TÓPICO 2 | ATIVOS UTILIZADOS PARA TRATAMENTO DOS DIVERSOS TIPOS DE HIPERPIGMENTAÇÃO
29
LEITURA COMPLEMENTAR
TREATMENT OF MELASMA WITH PYCNOGENOL
(Tratamento do Melasma com Picnogenol)
Melasma (ou cloasma) é um distúrbio comum de hiperpigmentação 
cutânea que afeta predominantemente as áreas expostas ao sol em mulheres. A 
patogênese do melasma não é totalmente compreendida e os tratamentos são 
frequentemente decepcionantes e frequentemente associados a efeitos colaterais. 
Pycnogenol é um extrato padronizado da casca do pinheiro-bravo (Pinus 
pinaster), um antioxidante potente e conhecido. Estudos in vitro mostram que o 
Pycnogenol é várias vezes mais potente que a vitamina E e a vitamina C. Além 
disso, recicla a vitamina C, regenera a vitamina E e aumenta o sistema enzimático 
antioxidante endógeno.
 Pycnogenol protege contra a radiação ultravioleta (UV). Por isso, sua 
eficácia no tratamento do melasma foi investigada. Trinta mulheres com melasma 
completaram um ensaio clínico de 30 dias em que tomaram um comprimido 
de Pycnogenol de 25 mg com as refeições três vezes por dia, isto é, 75 mg de 
Pycnogenol por dia. Essas pacientes foram avaliadas clinicamente por parâmetros 
como, índice de área de melasma, índice de intensidade pigmentar e por exames 
rotineiros de sangue e urina. 
Após um tratamento de 30 dias, a área média de melasma dos pacientes 
diminuiu em 25,86 +/- 20,39 mm e a intensidade pigmentar média diminuiu em 
0,47 +/- 0,51 unidades. A taxa efetiva geral foi de 80%. Nenhum efeito colateral foi 
observado. Os resultados dos parâmetros do teste de sangue e urina no início e 
no dia 30 estavam dentro da faixa normal. 
Além disso, vários outros sintomas associados, como fadiga, constipação, 
dores no corpo e ansiedade também foram melhorados. Para concluir, o 
Pycnogenol mostrou ser terapeuticamente eficaz e seguro em pacientes que 
sofrem de melasma.
FONTE: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12237816>. Acesso em: 6 ago. 2018.
30
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
• Existem diversos métodos para tratar os casos de hiperpigmentação, que vão 
de métodos superficiais a métodos invasivos.
• Os ativos utilizados para tratar as hipercromias agem em diferentes etapas da 
melanogênese, e para melhores resultados eles podem ser combinados entre si.
• Os ativos podem ser combinados com técnicas de cabine para potencializar 
seus efeitos, como técnicas de peeling, microagulhamento e iontoforese.
• Existem ativos específicos para tratar com eficácia alguns tipos de olheiras, 
como o ácido tioglicólico, ácido tranexâmico, os peptídeos, o haloxyl, entre 
outros.
• A hipopigmentação é uma condição de difícil tratamento, e até o momento, 
poucos ativos são utilizados na prática, entre eles está o ativo chamado Quelina.
31
1 A indústria cosmética realiza pesquisas para que possa lançar no mercado 
ativos mais eficazes e seguros no tratamento das diversas condições 
inestéticas. As hipercromias são muito estudadas porque há vários meios 
de interferir na diminuição da melanogênese. Nesse contexto, analise as 
afirmativas a seguir e marque as verdadeiras com V e as falsas com F:
( ) O ácido glicólico tem a função queratolítica, ou seja, diminui a coesão 
entre os queratinócitos e permite a entrada de agentes despigmentantes.
( ) A Vitamina B3 exerce a função clareadora, pois é inibidora da enzima 
tirosinase.
( ) O ácido fítico e o ácido kójico exercem ação clareadora, pois são inibidores 
da enzima tirosinase.
( ) Os peelings dermoabrasivos são uma forma de afinamento da pele e 
podem ser utilizados no preparo da pele para receber um peeling químico. 
Mas os dois nunca devem ser feitos no mesmo dia.
( ) O arbutin e a hidroquinona têm mecanismos de ação muito parecidos, 
porém, o arbutin é muito mais seguro do que a hidroquinona.
Agora, assinale a sequência correta: 
a) ( ) V – F – F – F – V.
b) ( ) F – F – F – F – V.
c) ( ) F – F – F – V – V.
d) ( ) V – F – V – V – V.
e) ( ) V – F – F – V – V.
2 A hiperpigmentação periorbital, popularmente conhecida como olheira, 
pode trazer incômodo e problemas de auto estima para os seus portadores. 
De origem etiológica distinta, o seu tratamento pode variar conforme a 
causa. Faça uma lista dos possíveis tratamentos para:
a) Olheiras hiperpigmentadas: _________________________________________
b) Olheiras vasculares: ________________________________________________
c) Olheiras estruturais: ________________________________________________
AUTOATIVIDADE
32
33
TÓPICO 3
ACNE: GRAUS E ATIVOS UTILIZADOS NO 
TRATAMENTO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Chegamos ao Tópico 3 da Unidade 1, do Livro de Estética Facial e Avaliação 
Facial II. A partir de agora, estudaremos a respeito da acne. Primeiramente, é 
preciso relembrar a fisiopatologia da acne, enfatizando os seus graus. Depois 
iremos delinear quais os graus de acne que entram no campo de atuação do 
profissional esteta e,por fim, falaremos dos principais ativos utilizados no 
tratamento contra a acne. 
2 ACNE VULGAR
A acne vulgar, chamada simplesmente de acne, é uma doença inflamatória 
crônica que acomete a unidade pilossebácea (Figura 22). Em geral, surge na 
puberdade, tanto em homens quanto em mulheres, e corresponde a uma queixa 
dermatológica muito frequente. É considerada uma doença psicossocial porque 
a gravidade está relacionada com a diminuição das atividades sociais e do 
rendimento escolar, podendo ocasionar inclusive o aumento do desemprego 
(KEDE; SABATOVICH, 2015; LYON; SILVA, 2014). 
A acne é uma afecção que deve ser levada a sério, pois ela pode ter 
consequências agudas, com evolução para uma infecção sistêmica, como outras 
a longo prazo. Caso não seja tratada, a acne causa a formação de cicatrizes que 
perduram por toda a vida, remetendo sempre àquela fase da vida que trouxe 
sofrimento e que continuará a incomodar por tempo indeterminado.
34
UNIDADE 1 | DISCROMIAS E ACNE
FIGURA 22 – UNIDADE PILOSSEBÁCEA – ONDE SURGE A ACNE
Pêlo
Sebo
Canal
folicular
Folículo
piloso
Superfície da pele
Células
descamativas
Glândulas
sebáceas
FONTE: A autora
2.1 ETIOPATOGENIA DA ACNE VULGAR
Os fatores implicados na etiopatogenia da acne vulgar são:
1. hiperprodução de sebo glandular;
2. hiperqueratinização folicular;
3. colonização bacteriana folicular; 
4. liberação de mediadores da inflamação no folículo e derme adjacente.
A acne é influenciada geneticamente no que diz respeito ao tamanho da 
glândula sebácea, à quantidade de sebo produzida, à queratinização anômala do 
ducto folicular, e à produção hormonal, mas não à colonização por microrganismos 
(COSTA; CRISTINA; GOLDSCHMIDT, 2008; LYON; SILVA, 2014). 
2.1.1 Hiperprodução de sebo glandular
O sebo constitui, juntamente aos lipídios da queratinização, o filme 
lipídico da superfície cutânea. A composição do sebo em um indivíduo normal 
é basicamente formada por triglicérides e ácidos graxos livres, 26% de ésteres de 
cera, 12% de escaleno, 3% de ésteres de colesterol e 1,5% de colesterol.
O sebo de indivíduos acneicos é alterado, em comparação ao de indivíduos 
normais. Em ambos os grupos, a proporção de ácidos graxos livres, escaleno, 
colesterol e seus ésteres é similar. No entanto, a proporção de triglicérides nos 
acneicos é de 46%-52%, contra 60%-68% nos não acneicos, e a de ésteres de cera é 
maior entre os acneicos, 20%-26%, em relação aos não acneicos 9%-12% (COSTA; 
CRISTINA; GOLDSCHMIDT, 2008).
TÓPICO 3 | ACNE: GRAUS E ATIVOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO
35
Acredita-se que os ácidos graxos livres, ao acumular no infundíbulo 
glandular por período longo têm a capacidade de irritar o epitélio, 
acarretando, assim, hiperqueratinização (estágio inicial da comedogênese) e, 
por fim, a inflamação com liberação de citocinas inflamatórias (IL-1) (KEDE; 
SABATOVICH, 2015).
Alguns estudos comprovam que a diminuição de ácido linoleico (um tipo 
de ácido graxo livre) na composição lipídica pode favorecer a comedogênese 
e a queratinização, diminuir a barreira epidérmica, facilitar a permeação de 
mediadores inflamatória e a instalação de microrganismos (KEDE; SABATOVICH, 
2015). Portanto, a manutenção da barreira hidrolipídica em perfeito equilíbrio é 
ideal para a manutenção da saúde da pele em geral.
2.1.2 Hiperqueratinização folicular
A hiperqueratinização folicular é decorrente da hiperproliferação 
dos queratinócitos e/ou separação inadequada dos corneócitos ductais. Essa 
hiperqueratinização irá obstruir o orifício folicular levando à formação do 
comedão. A princípio, ocorre a formação do comedão fechado, ou cravo branco, 
que depois evolui para o comedão aberto, ou cravo preto (LYON; SILVA, 2014).
FIGURA 23 – REPRESENTAÇÃO DA HIPERQUERATINIZAÇÃO QUE CAUSA A OBSTRUÇÃO DO 
ORIFÍCIO FOLICULAR LEVANDO A FORMAÇÃO DO COMEDÃO
FONTE: A autora
Uma das explicações para que a hiperqueratinização ocorra, é justamente 
a diminuição do ácido linoleico. Ele é necessário para a síntese de ácidos graxos 
de cadeia longa e cuja deficiência acarreta descamação. Por ser um ácido graxo 
essencial, o ácido linoleico tem importante papel na manutenção da função de 
barreira epidérmica. Como mencionado, a alteração na barreira epidérmica facilita 
a penetração na derme por microrganismos e mediadores pró-inflamatórios, 
promovendo infecção e inflamação (COSTA; CRISTINA; GOLDSCHMIDT, 2008). 
Com base em pesquisas, as aplicações tópicas ou sistêmicas, a base de 
ácidos graxos essenciais, são úteis no tratamento da acne. Com isso, os tratamentos 
de acne com suplementos nutracêuticos podem ser potencializados. 
Comedão
aberto
Comedão
fechado
Área onde ocorre a 
hiperqueratinização
36
UNIDADE 1 | DISCROMIAS E ACNE
2.1.3 Colonização bacteriana folicular
A flora bacteriana residente normal da pele é constituída de diversas 
espécies de bactérias, entre elas: P. acnes, P. granulosum, P. parvum, Sthaphylococcus 
aureus, S. epidermidis, entre outros espécimes (LYON; SILVA, 2014).
O P. acnes é uma bactéria gram-positiva, anaeróbia, do gênero 
Corynebacterium e é o principal microrganismo envolvido na etiopatogenia da 
acne vulgar. Quando há hiperprodução sebácea pela glândula, há proliferação 
dessa bactéria, favorecendo o aparecimento da acne, principalmente na face e 
tronco, onde a sua colonização é em maior quantidade.
O P. acnes contribui de forma significativa no desenvolvimento da 
inflamação na acne porque os leucócitos presentes na glândula sebácea fazem 
a fagocitose bacteriana, acarretando na liberação de enzimas hidrolíticas 
intracelulares. Além disso, os anticorpos específicos contra o P. acnes, presentes 
nos microcomedões, interagem com esses leucócitos, causando a liberação das 
proteases hidrolíticas que atuam na parede epitelial, fragilizando-a e levando à 
saída de substâncias irritantes para a derme subjacente, desencadeando o processo 
inflamatório local (Figura 22) (COSTA; CRISTINA; GOLDSCHMIDT, 2008).
Um fator facilitador para a sobrevivência do P. acnes na glândula sebácea 
é que ele fabrica suas próprias enzimas lipases e fosfatases, que lhe permitem 
metabolizar os lipídios da glândula e participar do processo de ruptura do 
folículo, o que piora ainda mais o desenvolvimento da inflamação que se propaga 
para a derme adjacente (KEDE; SABATOVICH, 2015).
FIGURA 24 – INFILTRADO LEUCOCITÁRIO NO FOLÍCULO PILOSSEBÁCEO ROMPIDO PELAS 
ENZIMAS PROTEOLÍCAS COM CONSEQUENTE EXTRAVASAMENTO PARA DERME ADJACENTE
Leucócitos
Ruptura da unidade
pilossebácea
FONTE: Eucerin (2018, s.p.)
TÓPICO 3 | ACNE: GRAUS E ATIVOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO
37
3 LIBERAÇÃO DE MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO NO 
FOLÍCULO E DERME ADJACENTE
Conforme citado, todos os fatores estudados anteriormente levam à 
alteração da barreira epidérmica e facilitam a inflamação periglandular dérmica 
graças à passagem de substâncias irritantes do lúmen glandular para esta região.
Em locais inflamados, como na derme acneica, onde há infiltrado 
leucocitário e diminuição de ácidos graxos essenciais, ocorre também uma maior 
produção de radicais livres, o que contribui para a continuidade do processo 
patológico.
Os processos inflamatórios desencadeados levam a uma maior expressão 
das metaloproteinases (MMPs), que destroem as fibras elásticas e de sustentação 
em maior escala, contribuindo para a formação de cicatrizes de acne. 
FIGURA 25 – INFLAMAÇÃO DESENCADEADA PELA ACNE ESTIMULA A PRODUÇÃO DE MMPs 
QUE DEGRADAM A ELASTINA E O COLÁGENO
Conteúdo Inflamatório
estimula produção de MMps
MMps
MMpsMMps
MMps
Degradação das
fibras de colágeno
e elastina
FONTE: A autora
UNI
As metaloproteinases (MMPs) são um grupo de enzimas que fazem a 
remodelação da matriz extracelular, fazendo a constante destruição das proteínas elastina 
e colágeno. A expressão das MMPs aumenta quando há o desenvolvimento de alguma 
inflamação tecidual, como é o caso da inflamação causada pela acne e pela radiação UV. A 
reposição das proteínas é feita pelos fibroblastos, porém, em situações

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