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UNIP- UNIVERSIDADE PAULISTA ENGENHARIA CIVIL DANIEL PEREIRA LINHARES RA: F006DG-1 - TURMA: EC6P07 JOÃO VICTOR DE CARVALHO DIAS RA: F04470-0 - TURMA: EC6P07 MACIEL GUEDES DE SOUSA RA: F0462D-4 - TURMA: EC6P07 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E DESENHO DE CONSTRUÇÃO CIVIL) SÃO PAULO-SP 2021 DANIEL PEREIRA LINHARES RA: F006DG-1 - TURMA: EC6P07 JOÃO VICTOR DE CARVALHO DIAS RA: F04470-0 - TURMA: EC6P07 MACIEL GUEDES DE SOUSA RA: F0462D-4 - TURMA: EC6P07 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E DESENHO DE CONSTRUÇÃO CIVIL) Trabalho de conclusão da atividade (APS – Atividade prática supervisionada) do curso de Engenharia Civil da instituição UNIP (Universidade Paulista) para obtenção de nota avaliativa da pesquisa sobre indústria de blocos cerâmicos, indústria de blocos de concreto e obra de alvenaria estrutural. Orientador. Prof. Eng. Valdir Junior. SÃO PAULO-SP 2021 RESUMO Este trabalho tem como finalidade realizar uma pesquisa sobre uma indústria de blocos cerâmico, blocos de concreto, uma obra de alvenaria estrutural e a criação de uma planta baixa, com detalhamento de qual material a ser utilizado e o porquê da utilização daquele material em específico. Dessa forma, analisar o emprego de cada um desses materiais e suas preferências dentro da construção civil. Além disso, o presente trabalho visa despertar a criatividade dos integrantes do grupo para diversas frentes de projeto, ou seja, que o grupo consiga estudar cada tipo de material, sua função e quando deve-se utilizar cada material para que se cumpra a finalidade desejada em projeto. O projeto também visa desenvolver a criação, organização desenvolvimento de técnicas de trabalho em grupo, elementos fundamentais na rotina de um profissional do setor da construção civil. Palavras-chave: Blocos cerâmico. Blocos de concreto. Alvenaria estrutural. Planta baixa. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Tipos de blocos cerâmicos .......................................................................... 8 Figura 2 - Tipos de blocos cerâmicos .......................................................................... 9 Figura 3 - Bloco de vedação com dimensões 9×19×39 ............................................ 10 Figura 4 - Bloco de vedação com dimensões 19×19×39 .......................................... 10 Figura 5 - Bloco de vedação com dimensões 14×19×29 .......................................... 10 Figura 6 - Bloco estrutural, dimensões 19×19×39 ..................................................... 11 Figura 7 - Bloco estrutural, dimensões 14×19×39 ..................................................... 11 Figura 8 - Bloco estrutural, dimensões 14×19×19 ..................................................... 11 Figura 9 - Blocos de concreto.................................................................................... 14 Figura 10 - Blocos tipo canaleta ................................................................................ 14 Figura 11 - Bloco compensador ................................................................................ 15 Figura 12 - Tipos de blocos de concreto e suas dimensões ..................................... 15 Figura 13 - Alvenaria não armada ............................................................................. 16 Figura 14 - Alvenaria armada .................................................................................... 17 Figura 15 - Exemplo de modulação ........................................................................... 17 Figura 16 - Tipos de Amarrações .............................................................................. 18 Figura 17 - Família de blocos .................................................................................... 18 Figura 18 - Tipos de amarrarções entre paredes estruturais..................................... 20 Figura 19 - Amarração indireta utilizando tela de aço ............................................... 20 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Dimensões dos blocos ............................................................................. 19 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 6 2 OBJETIVOS ....................................................................................................................................... 7 3 METODOLOGIA ............................................................................................................................... 7 4 REVISÃO TEÓRICA ........................................................................................................................... 7 4.1 Indústria de Blocos Cerâmicos ....................................................................................................... 7 4.2 Execução ........................................................................................................................................ 12 4.3 Benefícios do uso de blocos cerâmicos ........................................................................................ 12 4.4 Blocos de concreto ........................................................................................................................ 12 4.5 Os blocos de concreto e sua utilização em obras ........................................................................ 13 4.6 Vantagens em usar blocos de concreto ....................................................................................... 13 4.7 Tipos de blocos de concreto ......................................................................................................... 13 4.8 Bloco de vedação .......................................................................................................................... 14 4.9 Bloco estrutural ............................................................................................................................ 14 4.10 Canaleta ........................................................................................................................................ 14 4.11 Meio bloco .................................................................................................................................... 15 4.12 Alvenaria estrutural ...................................................................................................................... 15 4.13 Concreto Armado .......................................................................................................................... 21 5 ANÁLISE E RESULTADOS ............................................................................................................... 22 5.1 Projeto de planta baixa realizado pelo grupo.............................................................................. 23 6 CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................ 25 6 1 INTRODUÇÃO Segundo Marinho e Penteado (2011, p. 14) “O homem contemporâneo é o único no decorrer da história, que conta com uma vasta gama de materiais para construção, isto torna difícil a escolha dos mesmos”. Ou seja, os profissionais escolhem o método construtivo e os materiais de acordo com a sua função e também para satisfazer propósitos construtivos e estéticos. De acordo com Marinho e Penteado (2011), os blocos cerâmicos devem apresentar uma boa conformidade, isentos de saliências ou reentrâncias anormais, rachaduras ou fissuras. Além disso, cabe ressaltar que os tijolos cerâmicos são submetidos a ensaios de compressão, avaliando-se assim o seu desempenho quando submetido a esse tipo de esforço. “As faces de contato dos tijolos com os pratos de compressão, são regularizadas com uma camada de argamassa e os tijolos são mergulhados em água para saturação. A resistência mecânica obtida deve ser superior a 15 kgf/cm2”. (MARINHO; PENTEADO, 2011, p. 21). De acordo coma necessidade do projeto pode- se escolher o tipo de tijolo e seu respectivo tamanho, de modo geral, os tijolos mais usados usualmente são os de 4, 6 e 8 furos. Por sua vez, os blocos de concretos tornaram-se extremamente utilizados devido ao aquecimento da construção civil no Brasil, pois, houve a necessidade de realização de uma construção que resultaria em máxima eficácia. De acordo com Marinho e Penteado (2011, p. 25), “Os materiais com os quais o bloco de concreto são fabricados, são basicamente cimento Portland, agregados e água. Em algumas fábricas, muitas das fases do processo de industrialização são bastante automatizadas”. É possível que a alvenaria possua somente a função de vedação e divisão de ambientes, porém em alguns casos ela pode ser utilizada, também, como elemento estrutural. É importante salientar também que, a argamassa para assentamento desse tipo de bloco deve apresentar certas características como, trabalhabilidade, capacidade de retenção de água, capacidade de sustentação dos blocos, resistência inicial adequada e capacidade potencial de aderência. Conforme afirma Marinho e Penteado (2011, p. 34) “As alvenarias com blocos cerâmicos e blocos de concreto são as mais utilizadas para obras de habitação em todo país, devido à facilidade de acesso aos materiais de construção envolvidos nos processos”. 7 2 OBJETIVOS A presente pesquisa tem como objetivos apresentar uma discussão sobre uma indústria de blocos de concreto e outra de blocos cerâmicos e a utilização desses materiais em uma obra de alvenaria estrutural, ou seja, quando deve-se utilizar cada tipo de bloco para que se obtenha a finalidade desejada no projeto. Desse modo, ser capaz de apresentar um diálogo acadêmico e fornecer tanto para os autores da pesquisa quanto para o interesse coletivo da sociedade informações importantíssimas para conhecimento acerca das vantagens de cada método construtivo e suas respectivas aplicações. 3 METODOLOGIA Primeiro foi realizada uma pesquisa sobre indústria de blocos de concreto e outra sobre indústria de blocos cerâmicos, afim de estabelecer uma comparação entre os dois tipos de blocos e conseguir inferir qual é o mais desejável em projeto e as vantagens e desvantagens de cada tipo. Logo após realizada a pesquisa sobre os dois tipos de blocos, foi feita uma nova pesquisa sobre alvenaria estrutural e o uso desses blocos nesse método construtivo. Em seguida, buscou-se introduzir também estruturas feitas em concreto armado e fazer uma comparação entre os dois modelos construtivos e avaliar cada um seguindo suas especificações. Para ilustrarmos visualmente o modelo escolhido pela equipe, foi feita uma planta baixa, com cortes, fachadas, descrição dos materiais utilizados e foi feita uma modulação a respeito do tipo de amarração a ser utilizada. 4 REVISÃO TEÓRICA 4.1 Indústria de Blocos Cerâmicos O uso de materiais cerâmicos pelo homem é um assunto milenar e bastante complexo. Conforme afirma Esquivel (2001) a cerâmica pode ser utilizada como elemento estrutural vedação (adobes, tijolos) para que o espaço construído ganhe forma ou utilizada para proteger e decorar muros e paredes formando-se assim, o revestimento. Com relação a produção de cerâmica, o Brasil conforme salienta Esquivel (2001) encontra-se entre os quatro maiores produtores de cerâmicos do mundo. 8 Grande parte dessa produção está localizada na região sul e Sudeste do país. De acordo com Poyastro (2008, p. 28) “Blocos cerâmicos são mais leves que os em concretos (alguns fabricantes dizem que cerca de 40%) e têm a vantagem de possuir melhor isolamento térmico”. Figura 1 - Tipos de blocos cerâmicos Fonte: Cerâmica e Olaria ABCD. Na imagem acima são representados alguns tipos de blocos estruturais com variações na sua geometria, assim como também, suas recomendações e usos. 9 Figura 2 - Tipos de blocos cerâmicos Fonte: Cerâmica e Olaria ABCD. A imagem acima ilustra blocos cerâmicos portantes, blocos de vedação vertical, meio bloco, bloco seccionado e bloco hidráulico. São dois os tipos de blocos cerâmicos utilizados na construção civil, produzidos no Brasil: Blocos de Vedação: são aqueles destinados a execução de paredes que suportarão o peso próprio e pequenas cargas de ocupação como (armários, pias, 10 lavatórios, etc), usualmente utilizados com furos na horizontal e com tendência ao uso com furos na vertical. As imagens abaixo representam três tipos de blocos dentro dessa categoria, variando-se apenas as dimensões. Figura 3 - Bloco de vedação com dimensões 9×19×39 Fonte: Jorge Blocos. Figura 4 - Bloco de vedação com dimensões 19×19×39 Fonte: Jorge Blocos. Figura 5 - Bloco de vedação com dimensões 14×19×29 Fonte: Jorge Blocos. 11 Blocos Estruturais ou Portantes: são aqueles que além de exercerem a função de vedação, também são destinados a execução de paredes que constituirão a estrutura resistente da edificação (podendo substituir pilares e vigas de concreto). Estes blocos são utilizados com furos sempre na vertical. Abaixo segue algumas imagens que representam esse tipo de bloco. Figura 6 - Bloco estrutural, dimensões 19×19×39 Fonte: Jorge Blocos. Figura 7 - Bloco estrutural, dimensões 14×19×39 Fonte: Jorge Blocos. Figura 8 - Bloco estrutural, dimensões 14×19×19 Fonte: Jorge Blocos. 12 4.2 Execução Na alvenaria estrutural com blocos cerâmicos as etapas de execução são realizadas de forma simultânea e integradas, ao contrário das estruturas realizadas com concreto armado, exigindo do operário o desempenho de várias funções. Dentre os benefícios do uso de blocos cerâmicos para alvenaria estrutural pode-se destacar uma construção mais racionalizada e modularizada, gerando uma economia de materiais e mão-de-obra nas fases subsequentes, com reboco e acabamento final. Cabe salientar ainda que, na alvenaria com blocos cerâmicos o consumo de aço é bastante inferior ao consumo deste material no concreto armado. 4.3 Benefícios do uso de blocos cerâmicos Leveza (decréscimo do custo das fundações); Bom isolamento térmico e acústico; Propicia a construção racionalizada; Simplifica o detalhamento de projetos, facilitando a integração dos mesmos; Diminuição do desperdício dos materiais (componente, argamassa de assentamento e reboco); Facilita a prumada das paredes; Permite a utilização de componentes pré-moldados (vergas, contra- vergas). Com relação a durabilidade e desempenho térmico para alvenarias com o uso de blocos cerâmicos, é notório perceber que a estrutura apresenta bom desempenho térmico e maior durabilidade quando comparadas com outras alvenarias, visto que, as alvenarias com blocos cerâmicos apresentam pequenas deformações em função das variações térmicas. 4.4 Blocos de concreto Os blocos de concreto já existem há muito tempo, sendo inicialmente produzido em 1832, na Inglaterra. Eles vieram como uma iniciativa para fornecer mais segurança na construção de hospitais, creches, escolas, casas, entre outros. 13 Aos poucos, estes materiais foram ganhando espaço e sendo substituído pelos tijolos de barro na qual eram o material mais utilizado da época. Além da Inglaterra, o Brasil e os estados unidos, juntos a alguns outros países do leste europeu são os maiores consumidores de blocos de concreto do mercado mundial. Os blocos de concreto consistem na mistura de cimento, argila e pedras que, após a secagem da massa ficam sólidas e fortes o suficiente para dar sustentação, afirma o químico Joseph Aspdin, que foi quem criou o concreto em 1824. 4.5 Os blocos de concreto e sua utilização em obras Os blocos de concreto são de extrema importância em uma obra. Também popularmente conhecido como bloco de cimente, os blocos de concreto são paralelepípedo de concreto capazes de auxiliar na construção de prédios, paredes, muros, entre outros. As dimensões maiores dos blocos de concreto permitem a execução de paredes prumadas, niveladas e alinhadas com maior rapidez, diminuindo o tempo de obra e aumentando a produtividade da mão de obra. 4.6 Vantagens em usar blocos de concreto Os blocos de concreto possuem características e benefícios evidentes dentro do ramo da construção civil. Onde acabam se sobressaindo no setor na qual a cada dia que passa ocupa mais espaço no mercado. Os edifícios industriais já são na sua maior parte construídos com blocos de concretos, onde apresenta maior resistência, onde na maioria dos casos dispensam a utilização de revestimentos, possibilitando uma redução de custo da obra. Quando se trata de rapidez em executar uma obra os blocos de concreto são os principais envolvidos. 4.7 Tipos de blocos de concreto Os blocos de concreto de acordo com as normas brasileiras, são divididos em vazados simples sem função estrutural e vazado com resistência para alvenaria estrutural. Há vários tipos de blocos de concreto no mercado que são utilizados em diferentes situações em obras, alguns deles são: 14 Figura 9 - Blocos de concreto Fonte: Ipora blocos. 4.8 Bloco de vedação Os blocos de vedação, utilizado na alvenaria de vedação, é usado na estrutura convencional com ferro, aço, laje, pilares e viga. Muito utilizado para fazer o fechamento de paredes e tem seus furos feitos na horizontal. Uma das suas principais características é que ele não precisa ter muita resistência já que conta com armações, vigas e pilares para dar suporte na sustentação da estrutura da obra. Ou seja, é um tipo de bloco que sustenta apenas o seu próprio peso precisando de ajuda para aguentar o peso do telhado, portas e janelas, por exemplo. 4.9 Bloco estrutural O Bloco Estrutural é o bloco de concreto utilizado no fechamento das paredes, com função vedação ou estrutural. 4.10 Canaleta Os blocos canaletas são artefatos de concreto, não armados, que tem como função auxiliar o escoamento de águas pluviais em áreas abertas nos mais diversos volumes. Esse tipo de bloco é utilizado em “amarrações” horizontais da obra e, principalmente, na confecção do alicerce, garantindo uma boa resistência. Figura 10 - Blocos tipo canaleta Fonte: JR, 2020. 15 4.11 Meio bloco O Meio Bloco é o bloco de concreto utilizado na finalização de paredes, onde não há necessidade de cortar o bloco inteiro para adequar ao espaço existente. Reduz o desperdício de material e tempo com este produto. Para não quebrar ou serrar o bloco de concreto, o que poderia causar perda da resistência do material, são vendidos junto aos blocos inteiros os meios blocos e os blocos compensadores. Figura 11 - Bloco compensador Fonte: JR, 2020. Abaixo segue a imagem dos principais tipos de blocos e suas dimensões: Figura 12 - Tipos de blocos de concreto e suas dimensões Fonte: JR, 2020. 4.12 Alvenaria estrutural 16 Segundo Pastro (2007, p. 7) “Na alvenaria estrutural é como brincar de encaixar peças, com diversos tamanhos e formatos, não podendo quebrar ou alterar a forma das mesmas”. Dessa forma os blocos usados na alvenaria estrutural são contados exatamente para serem utilizadas na obra evitando assim, desperdício de materiais, contribuindo para uma maior racionalização de materiais e produtos. O uso da alvenaria são diversos como: unifamiliares, prédios residenciais multifamiliares ou comerciais, de baixa e grande alturas, hotéis, escolas, hospitais, galpões, indústrias, muros de arrimo, reservatórios, piscinas etc. No Brasil, a alvenaria estrutural iniciou no período colonial, com a pedra, tijolo de barro cru e taipa, pilão. E os avanços foram marcados em 1850 com construções maiores, mais resistentes a água. Duas obras importantes em São Paulo nessa época foram a Estação da Luz e o Viaduto Santa Efigênia, são exemplos dessa estrutura. Alvenaria é uma obra com tijolos ou blocos unidos por argamassa, e tornando assim resistente e estável o conjunto. Alvenaria estrutural é a estrutura dimensionada por cálculo para suportar cargas apesar do seu próprio peso. Com uma dupla função de vedação e resistência. Sendo subdividida em: Alvenaria Estrutural Não Armada: não possui armaduras, sendo importante a armadura para dar ductilidade para estrutura, diminuindo as tensões; Figura 13 - Alvenaria não armada Fonte: Campos e Bôas, 2020. Alvenaria Estrutural Armada: possui armaduras em alguns blocos ou entre tijolos, envolvidos por graute para absorver os esforços; 17 Figura 14 - Alvenaria armada Fonte: Campos e Bôas, 2020. Para a realização de um projeto em alvenaria estrutural é necessário realizar um estudo aprofundado de modulação em conjunto como o projeto arquitetônico. A modulação citada consiste em “encaixar” os blocos de concreto uns nos outros respeitando as amarrações. Figura 15 - Exemplo de modulação Fonte: Pastro, 2007. Abaixo segue dois tipos de amarrações muito frequentes em obra. 18 Figura 16 - Tipos de Amarrações Fonte: Mais Engenharia. Os blocos de concreto comuns para alvenaria de vedação ou estrutural são vendidos por famílias, ou seja, por conjuntos de blocos. As famílias são classificadas conforme a largura do bloco, veja as tabelas seguir. A altura do bloco de concreto é sempre 19 cm, porém o comprimento varia de conforme a família e o tipo de bloco. Figura 17 - Família de blocos Fonte: JR, 2020 19 Tabela 1 - Dimensões dos blocos DESIGNAÇÃO LARGURA ALTURA COMPRIMENTO BLOCO M-20 19 cm 19 cm 39 cm BLOCO M-15 14 cm 19 cm 39 cm BLOCO M-12,5 11,5 cm 19 cm 39 cm BLOCO M-10 09 cm 19 cm 39 cm BLOCO M-7,5 6,5 cm 19 cm 39 cm Fonte: Aula de materiais de construção (2021). Após o projeto arquitetônico, é realizado em base o projeto estrutural, onde não havendo nenhuma modificação será realizado sem custos adicionais. Tem como objetivo o dimensionamento e detalhamento dos elementos estruturais: pilares, vigas, lajes. Analisando se suportar ou resistir as cargas empregadas no projeto de estruturas. Sabendo o conjunto de blocos que serão utilizados de acordo com cada família, da modulação realizada, amarrações das paredes são desenvolvidas as plantas de formas da primeira e segunda fiada, sendo que as seguintes são repetição dessas, havendo exceção nas fiadas com esquadrias, vergas e contravergas. Primeira fiada: executada sobre uma malha, modulando os blocos principais nos eixos até o encontro de paredes onde é feita as amarrações. Segunda fiada: realizada depois da primeira fiada, a partir do mesmo ponto inicial adotado anteriormente na fiada primeira, porém defasando meio bloco, para que tenha o travamento entre as paredes e a amarração. No projeto as plantas de fiadas devem ter as seguintes informações: cotas dos ambientes, quantidades de blocos com suas determinadas legendas, identificação das paredes, localização de portas e janelas, detalhes construtivos, detalhes das amarrações, e a localização dos grautes após os cálculos. Amarração entre paredes, podem ser realizadas de forma direta ou indireta, a mais aconselhável é a direta, pois economiza materiais, e aumenta a produtividade. A amarração direta conforme Parsekian e Soares, é a intercalagem dos blocos de 50% das fiadas entre uma parede e outra, podendo ser amarração em T e em X. Para realizar essas amarrações são utilizados os blocos especiais de amarração, sendo que são utilizados também fora das amarrações para evitar as juntas a prumo. 20 Figura 18 - Tipos de amarrarções entre paredes estruturais Fonte: Pauluzzi, 2012. Portanto a amarração indireta é utilizada quando não há intertravamento dos blocos e as juntas ficam a prumo, com isso é necessário o uso de grampos ou telas de aço para a ligação. Figura 19 - Amarração indireta utilizando tela de aço Fonte: Selecta, 2009. 21 As paredes estruturais não podem ser amarradas diretamente as paredes de vedação, pois elas não podem ter interação entre si. Pois a alvenaria de vedação não pode receber carregamentos como as estruturais. Vantagens da alvenaria estrutural: Evitar desperdício de materiais e de mão de obra; Menos tempo de execução e redução dos custos; Canteiro de obras com maior controle na execução; Ideal para construções de baixa renda, condomínios de pequena altura; Indicado para edifícios mais altos, porém exigem uma mão de obra mais qualificada e materiais suficientes. Desvantagens da alvenaria estrutural: Fiscalização intensa de todas as etapas da construção; Mão de obra qualificada é exigida, treinamento para operários; O projeto é limitado as dimensões dos vãos e os posicionamentos das paredes; Há uma limitação quanto à altura. 4.13 Concreto Armado O concreto é um material utilizado na construção civil, composto por agregados graúdos, agregados miúdos, aglomerantes, água, adições minerais e aditivos. Como o concreto tem boa resistência à compressão, mas não tem resistência à tração, o uso de concreto simples é muito limitado. Quando há necessidade de resistência à compressão e à tração, o concreto é associado a materiais com alta resistência à tração, resultando em concreto armado (concreto e aço passivo) ou protendido (concreto e aço ativo). As vantagens do concreto armado são: econômico, fácil de implementar e se adaptar a qualquer tipo de forma (isso proporciona liberdade arquitetônica), uma excelente solução para a obtenção de estruturas globais e hiperestáticas (maiores reservas de segurança), resistência às influências atmosféricas, térmicas e até mesmo mecânicas Desgaste, quase zero de manutenção, proteção e excelente durabilidade. As desvantagens incluem: peso próprio elevado (cerca de 2,5 t/m³), baixa proteção térmica e isolamento acústico e fissura na área de tensão, mas pode ser controlado por meio do uso de armadura de tração. 22 5 ANÁLISE E RESULTADOS Para alvenaria estrutural, as formas estão restringidas somente para a execução de lajes, apresentando um baixo custo e um alto grau de reaproveitamento, reduzindo o desperdício de materiais. O efeito de isolamento acústico, instalação das tubulações hidráulicas e elétricas das paredes são melhores. O seu custo reduzido das armaduras pelo fato de consumir menos aço e de dobras nas amarrações. No entanto, é importante ressaltar que nem sempre a alvenaria estrutural é a melhor escolha para a construção, por razões econômicas e de arquitetura mais arrojada, o sistema se limita ao número de pisos. Portanto, além da maior demanda de mão de obra, as estruturas tradicionais de concreto armado atendem também edifícios com mais pavimentos. Outrossim, caso a obra for utilizar as lajes pré-moldadas, teria mais flexibilidade na execução, e as simultaneidades que os operários exercem para a construção dos diferentes métodos construtivos acabam reduzindo o tempo de execução até 50%, assim acelerando o cronograma da obra e diminuindo encargos financeiros, assim, exigindo menos operários na construção por poder executar simultaneamente. Já o concreto armado, sua tendência a fissuração se inicia na moldagem das peças, pela retração do concreto, característica intrínseca à sua composição, e persiste durante toda vida útil da estrutura, pelas condições ambientais e de utilização, movimentação térmica etc. Além disso, como o concreto é um material inerte ao ambiente, quando exposto sofre uma agressividade dos agentes externos, fazendo com que ocorram corrosão e oxidação na armadura, por isso deve ser considerada uma determinada espessura de cobrimento em concreto, protegendo a armadura e evitando possíveis patologias. Em relação a análise econômica, é perceptível que o bloco cerâmico apresenta um valor/m² de parede mais viável economicamente, sendo assim muito atraente para os construtores, porém da revisão bibliográfica sabe-se que tais blocos são menos aderentes à argamassa, exigem mais revestimento devido às irregularidades geométricas em sua superfície. 23 5.1 Projeto de planta baixa realizado pelo grupo 24 6 CONCLUSÃO A pesquisa realizada buscou comparar os dois métodos construtivos alvenaria estrutural e concreto armado convencional, assim como também, discutir a respeito dos dois tipos de blocos utilizados em uma obra de alvenaria estrutural e suas vantagens e desvantagens específicas de cada material. Fazendo-se uma análise do estudo acima é notório perceber que a alvenaria estrutural demonstra uma grande eficácia, por ter uma maior racionalização e velocidade de execução. Um dos maiores sentimentos de se concluir uma pesquisa são os conhecimentos adquiridos e repassados, tanto para a equipe quanto para a sociedade, visto que a pesquisa acima é de extrema importância para o conhecimento coletivo e acadêmico. 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CERÂMICA e Olaria ACBD. Catálogos– Bloco Cerâmico e Tijolo Cerâmico. Disponível em:<https://ceramicaabcd.com.br/catalogos/>. Acesso em: 12 de setembro de 2021. ESPINAL, Esteban; PXHERE. Bloco de concreto ou bloco cerâmico: vantagens e desvantagens. 2018. Disponível em: <http://www.grupoestrutural.com.br/bloco-de- concreto-ou-bloco-ceramico-vantagens-e-desvantagens/>. Acesso em: 10 de setembro de 2021. ESQUIVEL, J. F. Avaliação do uso de revestimentos cerâmicos de fachadas em edifícios residenciais multifamiliares em São Paulo: Estudo de caso região sul. 427 f. Disertação (mestrado em estruturas ambientais urbanas) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001. FAZFÁCIL. 2012. 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