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HK B Hipertensã� Arteria� Sistêmic� 2 Profª Lucian� Aven� HAS secundári� A hipertensão arterial secundária é causada por fatores reversíveis, que podem ser tratados com uma intervenção específica. Investigam-se quando a HAS não é controlada mesmo usando 3 medicamentos de forma correta e na maior dose, de forma correta, sendo um deles, obrigatoriamente, um tiazídico. ❤ Medicamentosa ➺ Suspeitar quando o paciente tomar: • Imunossupressores: Ciclosporina, tacrolimus • Anti-inflamatórios: Glicocorticoide e Não esteróides (Inibidores da COX) • Anorexígenos/sacietógenos: Anfepramona e outros; Sibutramina e Vasoconstritores, incluindo derivados do Ergot • Hormônios: Eritropoietina humana; Anticoncepcionais orais; Terapia de reposição estrogênica (estrogênios conjugados e estradiol;) GH (adultos) • Antidepressivos: Inibidor da monoamino-oxidase; Tricíclicos • Drogas ilícitas: Anfetamina, cocaína e derivados; Álcool ➺ Diagnóstico: anamnese ❤ Doença Renal Crônica A doença renal crônica é caracterizada pela TFG < 60ml/min ou anormalidades na urinálise e morfologia renal, mantidos por 3 meses. ➺ Suspeitar quando: HK B • Edema • Anorexia • Fadiga • Creatina e ureia elevadas e alteração dos sedimentos urinários ➺ Diagnóstico: exame de urina, TFG, ultrassom renal e pesquisa de albuminúria ❤ Doença renovascular Secundária a estenose parcial ou total, uni ou bilateral da artéria renal ou um dos seus ramos, causada e mantida por isquemia do tecido renal. Tendo como principais causas a aterosclerose > displasia fibromuscular > arterite de Takayasu. ➺ Suspeitar quando • HAS com inícios < 30 anos ou > 55 anos • HAS maligna ou resistente • Uremia ou piora da função renal com IECA ou BRA • Rim atrófico •Sopro abdominal • Edema agudo de pulmão súbito • Alteração da função renal por medicamentos que bloqueiam o SRAA ➺ Diagnóstico • US com doppler renal ou renograma • Angiografia por RNM ou TC • Arteriografia renal ❤ Hiperaldosteronismo primário Aumento da aldosterona por produção excessiva, inadequada e autônoma, causada por hiperplasia bilateral das adrenais ou por adenoma unilateral produtor de aldosterona. ➺ Suspeitar quando: • Hipertensão resistente com nódulo adrenal e/ou hipopotassemia ➺ Diagnóstico Obs: para a realização dos exames, o único remédio que deve ser suspenso é a espironolactona. • Aldosterona (>15 ng/dL) e atividade/concentração de renina plasmática ( a atividade da renina plasmática estará suprimida); • Cálculo da relação aldosterona/ativa renina plasmática >30. • Testes confirmatórios se necessários (furosemida e captopril) • Exames de imagem: TC com cortes finos ou RNM HK B ❤ Coarctação de aorta Constrição da artéria aorta, próxima ao canal arterial ou ao ligamento, encontrada especialmente em crianças e adultos jovens ➺ Suspeitar quando: • Pulsos em femorais ausentes ou de amplitude diminuída, PA diminuída em membros inferiores, alterações na radiografia de tórax (aorta torácica com dilatações pré e pós estenose, corrosão de costelas) • A suspeita clínica baseia-se em sintomas (epistaxes, cefaleia e fraqueza nas pernas aos esforços ou manifestações de IC, angina, dissecção de aorta ou hemorragia intracerebral) e no exame físico (HA em membros superiores com PAS pelo menos 10 mmHg maior na artéria braquial em relação a artéria poplítea; ausência ou diminuição dos pulsos em membros inferiores, sopro sistólicos interescapular e no tórax. ➺ Diagnóstico • Ecocardiograma • Angiografia de tórax por TC HK B ❤ Apneia obstrutiva do sono (SAHOS) Obstrução recorrente de vias aereas superiores durante o sono, promovendo reduções na pressão intratorácica, hipóxia intermitente e fragmentação do sono. Obs: contribui para LOA e aceleração da aterosclerose em pacientes. ➺ Suspeita quando: • Ronco • Sonolência diurna • Síndrome metabólica • Alterações no padrão de descenso fisiológico do sono ➺ Diagnóstico • Questionário de Berlim • Polissonografia ou poligrafia residencial: 5 ou mais episódios de apneia ou hipopneia, por hora de sono. ❤ Síndrome de Cushing Distúrbio causado por excesso de cortisol associado à deficiência do mecanismo de controle do eixo adrenal-hipotalamo-hipofisário e do ritmo circadiano de secreção do cortisol. Pode surgir por tumores adrenais, com produção autônoma de cortisol, hiperplasia adrenal, produção excessiva de adrenocorticotropina ou tumor ectópico. ➺ Suspeitar quando: • Ganho de peso • Diminuição da líbido • Fadiga • Hirsutismo • Fácies em lua cheia • Giba dorsal • Estrias purpúreas • Obesidade central • Hipopotassemia ➺ Diagnóstico • Cortisol salivar no período noturno; • Cortisol urinário livre de 24h • Teste de supressão: cortisol matinal (8h) e 8h após administração de dexametasona (1mg) às 24 h • RNM HK B ❤ Feocromocitoma Tumores de células cromafins do eixo simpático-adreno-medular produtores de catecolaminas, sendo que: • 10% a 15% são extra-adrenais (paragangliomas) • 10% são bilaterais • 10% são malignos • Formas familiares apresentam traço autossômico dominante ou são parte de síndromes com mutações genéticas reconhecidas ➺ Suspeitar quando: • HA paroxística com cefaleia • Sudorese • Palpitações ➺ Diagnóstico • Metanefrinas plasmáticas livres (melhor método) • Catecolaminas séricas • Metanefrinas urinárias (ácido vanilmandélico urinário) • TC e RNM ❤ Hipotireoidismo ➺ Suspeitar quando • Fadiga • Ganho de peso • Perda de cabelo • HA diastólica • Fraqueza muscular ➺ Diagnóstico: TSH e T4 livre ❤ Hipertireoidismo ➺ Suspeitar quando: • Intolerância ao calor • Perda de peso • Palpitações • Exoftalmia • Hipertermia • Reflexos exaltados • Tremores • Taquicardia HK B • Labilidade emocional • Pele úmida ➺ Diagnóstico: TSH e T4 livre ❤ Hiperparatireoidismo Condição onde há secreção excessiva de paratormônio pelas glândulas paratireoides, com consequente hipercalemia e hipofosfatemia, sendo DRC a principal causa do secundária. ➺ Suspeitar quando: • Litíase urinária • Osteoporose • Depressão • Letargia • Fraqueza ou espasmos musculares • Sede • Poliúria • Redução da função renal ➺ Diagnóstico • Cálcio sérico elevado • PTH elevado ❤ Acromegalia Causada por adenoma hipofisário secretor de hormônio do crescimento (GH) e do fator de crescimento insulina-símile tipo 1 (IGF-1) ➺ Suspeitar quando: • Cefaleia • Fadiga • Aumento de mãos, pés e língua • Espaçamento dentário • Prognatismo • Sudorese abundante • Alterações respiratórias, cardiovasculares, metabólicas ou esquelética ➺ Diagnóstico • IGF-1 e GH basal no teste de tolerância oral à glicose. HK B HAS resistent� “HA RESISTENTE é definida como a PA de consultório não controlada apesar do uso de três ou mais anti-hipertensivos em doses adequadas, incluindo-se preferencialmente um DIU, ou em uso de quatro ou mais medicamentos com controle pressórico.” Obs: para diagnosticar é necessário medida ambulatorial da PA e verificação sistemática da adesão ao tratamento. ❤ Fisiopatologia ➺ Hiperativação simpática do SRAA ➺ Proliferação da musculatura lisa vascular ➺ Retenção de sódio ➺ Ativação de fatores pro inflamatórias ❤ Etiologia ➺ Maior sensibilidade ao sal ➺ Volemia aumentada ➺ Substância exôgenas que elevam a PA ➺ Causas secundárias: CEARA Obs: características - idade avançada, afro-descendência, obesidade, síndrome metabólica, DM, sedentarismo, nefropatia crônica e HVE ❤ Diagnóstico diferencial ➺ Pseudo HAS resistente: má medição, má adesão ou esquema terapêutico inadequado. ➺ Hipertensão refratária: PA não controlada com uso de > 5 medicamentos. Obs: prevalente em DM, negro e albuminúria. ❤ Abordagem ➺ MAPA ou MRPA ➺ Investigar causas secundárias: SAHOS > Hiperaldosteronismo > Estenose da artéria renal. ➺ Medicamentos: DIU, bloqueador de SRAA e um BCC Obs: em casos de DAC, ICC e taquiarrtmias, um betabloqueador pode substituir o BCC ➺ Em caso de necessidade de inserir um quarto medicamento, optar pela Espironolactona.Obs: caso o paciente não possa usar, por piora na função renal, hiperpotassemia, ginecomastia ou mastalgia, indica-se amilorida. HK B ➺ Em casos de necessidade de inserir um quinto medicamento, são inseridos os BB ou associação de múltiplos DIU. Emergênci� o� Urgênci� Hipertensiv� Pacientes hipertensos com sinais e sintomas de lesão aguda em órgão alvo, sendo uma condição aguda com risco de vida, resultado de pressões arterial muito elevadas, ou seja, acima de 180x120. ❤ Classificação ➺ Urgência: paciente sintomático, com diastólica maior que 120 mmHg sem LOA aguda e progressiva. ➺ Emergência: paciente sintomático, com diastólica maior que 120 mmHg, com LOA aguda e progressiva. HK B ❤ Abordagem ➺ Medição da PA nos dois braços, no mínimo 3 medidas. ➺ Em conversa com o paciente, identificar o desencadeante do aumento da pressão. ➺ Verificar a presença de LOA: • Sistema cardiovascular: Sintomas: dor ou desconforto no tórax abdome ou dorso; dispneia; fadiga; tosse; verificação de FC, ritmo, alteração de pulso, galope, sopros cardíacos; avaliar estase jugular, congestão pulmonar, abdominal e periférica. Diagnóstico: ECG, RX tórax, enzimas cardíacas, angiotc na suspeita de dissecção de aorta ou ecocardiograma. • Sistema Nervoso: Sintomas: tontura, cefaleia, alteração de visão, audição ou fala; nível de consciência ou coma, agitação, delírio; confusão, déficits focais, rigidez de nuca e convulsão. Diagnóstico: TC e liquor • Sistema renal e geniturinário Sintomas: alterações no volume ou na frequência miccional ou no aspecto da urina, hematúria, edema, desidratação, massas e sopros abdominais. Diagnóstico: Urina 1, creatinina, ureia sérica, Na+, K+, Cl- e gasometria. • Retina: Sintomas: papiledema, hemorragia, exsudato, alterações nos vasos como espasmos, cruzamentos arteriovenosos patológicos, espessamento na parede arterial e aspecto em fio de prata ou cobre. Diagnóstico: fundoscopia ❤ Tratamento Visa a redução rápida da PA, com finalidade de impedir a progressão das LOA. ➺ Emergência - UTI: anti hipertensivo IV, devem reduzir PA em 25% em 1 hora e tratar a lesão ou sistema alvo acometido. • Como regra geral, a pressão arterial média (PAS+2xPAD)/3) nas Emergências Hipertensivas, deve ser reduzida gradualmente em cerca de 10 a 20% na primeira hora e adicionais 5 a 15% nas próximas 23hs. ➺ Urgência: observação em ambiente calmo, e depois inserir captopril, clonidina e BB, visando reduzir gradualmente a PA em 48h. HK B HK B pressão sanguínea muito elevada ( >igual a 180 e/ou 120) ↓ COM LOA AGUDA? ↓ ↓ SIM NÃO (*) ↓ ↓ EMERGÊNCIA HÁ FATOR CAUSAL PARA PSEUDOCRISE? HIPERTENSIVA condições agudas e com risco de vida ↓ resultantes da PAmuito elevada em geral > ou igual a 180x120. SIM NÃO ↓ ↓ URGÊNCIA MAIORIA: PSEUDO CRISE HIPERTENSIVA HIPERTENSIVA = HA GRAVE ASSINTOMÁTICA ↓ ↓ redução da pressão arterial analgésico num período de horas a dias e/ou ansiolítico (risco potencial da ocorrência (tratar a causa subjacente) de um iminente risco de um evento e ajuste do tratamento cardiovascular por causa da PA muito elevada antihipertensivo HK B Referência� Bibliográfica� -Management of severe asymptomatic hypertension-uptodate -Evaluation and treatment of hypertension emergency -uptodate -Spontaneous intracerebral hemorrhage -uptodate -Management of acute aortic dissection -uptodate -Overview of acute aortic dissection and other acute aortic syndromes -uptodate -Inicial assessment and management of acute stroke - uptodate -Moderade to severe hypertensive retinopathy and hypertensive encephalopathy in adults -uptodate -Treatment of acute decompensated heart failure: General considerations - uptodate -Withdrawal syndromes with antihipertensive drug therapy - uptodate -Drugs used for the treatment of hypertensive emergencies -uptodate
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