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n_AULA 07 - V SIMPLIFICADA

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Aula 07
INSS (Técnico do Seguro Social) Direito
Previdenciário - 2022 (Pré-Edital) Profª.
Adriana Menezes
Autor:
Adriana Menezes
24 de Janeiro de 2022
SUMÁRIO	
Benefícios Previdenciários ................................................................................................................ 3 
Do auxílio por incapacidade temporária ....................................................................................... 3 
1. Fato gerador .......................................................................................................................... 3 
2. Da avaliação da incapacidade ............................................................................................... 4 
3. Carência ................................................................................................................................. 5 
4. Renda mensal inicial .............................................................................................................. 8 
5. Data de início do benefício .................................................................................................. 10 
6. Modalidades de auxílio por incapacidade temporária ........................................................ 11 
7. Outras regras ....................................................................................................................... 11 
8. Cessação do benefício ......................................................................................................... 13 
9. Vedação de acúmulo com outros benefícios ....................................................................... 16 
Da aposentadoria por incapacidade permanente ...................................................................... 20 
1. Fato gerador ........................................................................................................................ 20 
2. Carência ............................................................................................................................... 21 
3. Modalidades de aposentadoria por incapacidade permanente ......................................... 24 
4. Renda mensal inicial ............................................................................................................ 26 
5. Data de início do benefício .................................................................................................. 30 
6. Suspensão da aposentadoria por incapacidade permanente ............................................. 31 
7. Cessação do benefício ......................................................................................................... 33 
8. Outras regras ....................................................................................................................... 36 
9. Vedação de acúmulo com outros benefícios ....................................................................... 38 
Do auxílio-acidente ..................................................................................................................... 43 
Adriana Menezes
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1. Fato gerador ........................................................................................................................ 43 
2. Segurados contemplados .................................................................................................... 44 
3. Natureza jurídica .................................................................................................................. 44 
4. Carência ............................................................................................................................... 45 
5. Renda mensal inicial – valor inicial ....................................................................................... 45 
6. Data do início do benefício (DIB) ......................................................................................... 45 
7. Modalidades de auxílio-acidente ........................................................................................ 47 
8. Outras regras ....................................................................................................................... 47 
9. Vedação de acúmulo com outros benefícios ....................................................................... 48 
 
 
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BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS 
Do auxílio por incapacidade temporária 
1. Fato gerador 
 
O auxílio-doença passou a ser denominado auxílio por incapacidade temporária, conforme Portaria 
nº 450/2020 do INSS: 
Art. 39. Conforme art. 26 da EC nº 103, de 2019, o auxílio-doença passa a ser chamado auxílio por 
incapacidade temporária e poderá ser concedido nas modalidades previdenciária e acidentária, 
observado, quanto ao cálculo do valor do benefício, o disposto no art. 35. 
O Regulamento da Previdência Social – Decreto n. 3.048/99 já está atualizado, utilizando o novo 
termo. Mas, a Lei n. 8.213/91 continua com o termo auxílio-doença. 
Desse modo, o aluno deve ficar atento se o examinador utilizará o termo auxílio-doença ou, então, 
auxílio por incapacidade temporária. 
Lei n. 8.213/91 
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o 
período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade 
habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. 
Decreto n. 3.048/99 
Art. 71. O auxílio por incapacidade temporária será devido ao segurado que, uma vez cumprido, 
quando for o caso, o período de carência exigido, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a 
sua atividade habitual por mais de quinze dias consecutivos, conforme definido em avaliação médico-
pericial. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
O auxílio por incapacidade temporária é um benefício não programado concedido em face da 
incapacidade temporária do segurado para o trabalho ou para o exercício de suas atividades 
habituais por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. 
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Esse auxílio é devido a todo segurado (obrigatório ou facultativo) que, após cumprida a carência 
exigida, se for o caso, ficar incapacitado temporariamente para exercer seu trabalho ou suas 
atividades habituais. 
Veja que o fato que vai gerar direito ao benefício não é a doença, mas a incapacidade para o 
trabalho ou para as atividades habituais do segurado. 
O auxílio por incapacidade temporária não será devido ao segurado recluso em regime 
fechado. O segurado recluso em cumprimento de pena em regime aberto ou semiaberto, no 
entanto, terá direito ao benefício. 
2. Da avaliação da incapacidade 
A incapacidade vai ser aferida pelo médico perito federal que atestará se o segurado está ou não 
incapaz para o exercício do trabalho ou para suas atividades habituais. 
O médico avaliará as condições do segurado, verificando a data do início da doença, a data do 
início da incapacidade e se o benefício tem natureza acidentária ou previdenciária. 
O auxílio por incapacidade temporária será devido: 
� a partir do 16º dia do afastamento do empregado que ficar incapacitado por mais de 15 
dias consecutivos; 
� a partir do início da incapacidade no caso dos demais segurados, incluindo o empregado 
doméstico. 
A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o exame 
médico e o abono das faltas correspondentes aos 15 (quinze) primeiros dias de incapacidade e 
somente deverá encaminhar o segurado empregado à perícia médica federal quando a 
incapacidade ultrapassar quinze dias. 
Via de regra, a causaincapacitante pré-existente à filiação do segurado constitui fator impeditivo 
da concessão do benefício, exceto quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou 
agravamento dessa doença ou lesão. Isso quer dizer que, se o segurado já fosse portador de 
doença que o incapacitasse antes de ingressar no RGPS, não poderia receber o auxílio por 
incapacidade temporária. No entanto, caso ingresse no RGPS e a incapacidade decorrente de 
doença preexistente somente venha ocorrer após a sua filiação por motivo de progressão ou 
agravamento da doença, ele terá direito ao auxílio por incapacidade temporária. 
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3. Carência 
O auxílio por incapacidade temporária exige, em regra, uma carência mínima de 12 contribuições 
mensais sem a qual o segurado, mesmo incapacitado para o trabalho, não gozará do benefício. 
Essa regra é abrandada quando a incapacidade for decorrente de acidente de qualquer natureza 
ou causa e de doenças e afecções especificadas em lista elaborada, atualizada a cada 03 (três) 
anos, pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e Previdência1, de acordo com os critérios de 
estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e 
gravidade que mereçam tratamento particularizado. Nesses casos, não há que se exigir carência 
mínima de contribuições para obtenção do benefício. 
Essas doenças estão elencadas no art. 151 da Lei nº 8.213/91: 
Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do art. 26, independe 
de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após 
filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação 
mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e 
incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia 
grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência 
imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina 
especializada. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
 
Cabe registrar que, para o segurado especial que não contribui facultativamente nos moldes do 
contribuinte individual, a carência mínima exigida para obtenção do auxílio por incapacidade 
temporária não é de um número mínimo de contribuições. Exige-se, no caso do segurado especial, 
a comprovação de 12 meses de exercício efetivo na atividade rural, ainda que de forma 
descontínua, imediatamente anteriores à data do requerimento2. 
 
1 O Ministério do Trabalho e Previdência foi recriado pela MP nº 1.058/2021, convertida na Lei nº 14.261/21. 
2 A carência deverá ser cumprida antes do início da incapacidade do segurado. 
 
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Vítor, empregado de um banco, está com uma 
pedra na vesícula e deverá se submeter a uma cirurgia, ficando afastado do trabalho por 40 dias. 
Há 02 anos que Vítor trabalha no banco e, passando pela avaliação médica do perito médico 
federal, foi considerado incapacitado para o trabalho. Vítor poderá obter o auxílio por 
incapacidade temporária porque: 
 
- é segurado; 
- cumpriu a carência mínima de 12 contribuições mensais (problema na vesícula não isenta de 
carência); 
- a perícia do INSS atestou sua incapacidade temporária por mais de 15 dias consecutivos. 
 
Ø Sarah, também empregada do mesmo estabelecimento bancário há 05 meses, sofreu um 
acidente automobilístico quando passeava com amigos no domingo, tendo que se afastar do 
trabalho por um período de 03 meses. Esse é o primeiro emprego de Sarah e, portanto, seu 
primeiro vínculo com o RGPS. Ela foi avaliada pela perícia médica federal que constatou sua 
incapacidade temporária. 
Ø Sarah também terá direito ao auxílio por incapacidade temporária porque: 
Ø é segurada; 
Ø está incapacitado para o exercício do trabalho ou de suas atividades habituais por mais de 15 
dias consecutivos; 
Ø não precisa cumprir carência mínima, pois sua incapacidade decorreu de acidente de qualquer 
natureza. Apesar de Sarah contar com apenas 05 contribuições mensais ao RGPS, a causa 
incapacitante (acidente de qualquer natureza ou causa) é isenta de carência mínima. 
 
Ø Tiago é contribuinte individual há 11 meses e está doente, com pneumonia. Ele precisa 
se afastar do trabalho habitual para tratamento de saúde. Requereu auxílio por incapacidade 
temporária e o médico perito federal atestou que ele deverá ficar afastado por 45 dias. Nesse 
caso, Tiago não terá o deferimento do auxílio por incapacidade temporária porque: 
Ø Tiago não cumprira a carência mínima de 12 contribuições mensais; sua incapacidade 
teve início antes de completar a carência mínima exigida pela legislação previdenciária. 
Ø Apesar de Tiago ser segurado do RGPS e estar incapacitado para o trabalhado ou para 
suas atividades habituais, não cumprira a carência exigida de 12 contribuições mensais no 
momento em que se tornou incapaz. 
 
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Ø Pedro exerce a atividade de seringueiro como seu meio principal de vida há, pelo 
menos, 02 anos na região Amazônica. Porém, ele está doente e sem condições, no momento, 
de trabalhar. Precisa se afastar do trabalho por um período mínimo de 03 meses para se 
recuperar. Nunca contribuiu para o RPGS. 
Ø Caso Pedro venha a requerer o auxílio por incapacidade temporária perante o INSS e 
o médico perito federal previdenciária ateste sua incapacidade temporária, terá direito ao 
benefício? 
Resposta: SIM. 
Pedro é considerado segurado especial e precisa comprovar a carência mínima de 12 meses de 
exercício de atividade rural, imediatamente anteriores à data do início da incapacidade. No caso, 
Pedro exerce a atividade na qualidade de segurado especial há mais de 24 meses, cumprindo 
o requisito da carência mínima para obtenção do auxílio por incapacidade temporária. 
O que é preciso ter em mente é que o segurado, para ter direito ao auxílio por 
incapacidade temporária, conforme disposto na legislação previdenciária brasileira, necessita que 
a sua incapacidade seja aferida pelo médico perito federal e que seu início ocorra quando ele ainda 
estiver vinculado ao RGPS e, principalmente, após ter cumprido a carência mínima exigida, salvo 
nos casos de acidente de qualquer natureza e doenças graves elencadas na legislação 
previdenciária. 
 
(CESPE – Procurador Federal/2013) – Acerca do RGPS, julgue o item a seguir. 
– A concessão do benefício de auxílio-doença, em regra, exige período de carência de 
doze contribuições mensais. Todavia, a lei prevê casos em que a concessão do referido 
benefício independe de carência, entre os quais se inclui a situação na qual o segurado venha 
a ser vítima de moléstia profissional ou do trabalho. 
 
Comentário: 
Em caso de acidente de qualquer natureza ou causa e de doenças e afecções especificadas 
em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e Previdência, atualizada a cada 
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3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou 
outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento 
particularizado, o benefício de auxílio por incapacidade temporária será concedido sem que 
se exija carência mínima de contribuições. O item está certo. 
 
 
(FCC – Analista Judiciário – Oficial de Just. Avaliador – TRF 3ª Região/2014) De acordo coma Lei nº 8.213/91, em regra, a concessão do benefício do auxílio-doença 
a) não possui período de carência pré-estabelecido. 
b) está sujeita a carência de doze contribuições mensais. 
c) está sujeita a carência de seis contribuições mensais. 
d) está sujeita a carência de quinze contribuições mensais. 
e) só estará sujeita ao período de carência se a concessão inicial for de, no mínimo, trinta 
dias. 
 
Comentário: 
A concessão do auxílio por incapacidade temporária está sujeita, em regra, ao cumprimento 
da carência de 12 contribuições mensais. 
Os benefícios de auxílio por incapacidade temporária e de aposentadoria por incapacidade 
permanente estão isentos da carência mínima quando a incapacidade decorrer de acidente 
de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho e de doenças ou 
afecções graves especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e 
Previdência, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, 
deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade 
que mereçam tratamento particularizado. Alternativa correta: “b”. 
4. Renda mensal inicial 
O valor inicial do auxílio por incapacidade temporária corresponde a 91% da média aritmética 
simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% (cem 
por cento) do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da 
contribuição, se posterior a essa competência. 
Decreto n. 3.048/99 
Art. 32. O salário de benefício a ser utilizado para o cálculo dos benefícios de que trata este 
Regulamento, inclusive aqueles previstos em acordo internacional, consiste no resultado da média 
aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações adotadas como base para 
contribuições a regime próprio de previdência social ou como base para contribuições decorrentes 
das atividades militares de que tratam os art. 42 e art. 142 da Constituição, considerados para a 
concessão do benefício, atualizados monetariamente, correspondentes a cem por cento do período 
contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior a 
essa competência. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020). 
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Art. 72. O auxílio por incapacidade temporária consiste em renda mensal correspondente a noventa 
e um por cento do salário de benefício definido na forma prevista no art. 32 (...) 
Caso o segurado exerça mais de uma atividade remunerada e contribua em relação a cada uma 
delas, os salários de contribuição serão somados para o cálculo do salário de benefício e será 
apurada a renda mensal inicial. 
O auxílio por incapacidade temporária terá o seu valor limitado à média aritmética simples dos 
últimos 12 (doze) salários de contribuição ou, se não houver doze, dos últimos salários de 
contribuição existentes. 
Assim, mesmo sendo a renda mensal inicial do auxílio por incapacidade temporária 
correspondente a 91% da média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados 
monetariamente, correspondentes a 100% (cem por cento) do período contributivo desde a 
competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência, o 
valor devido ao segurado não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos doze salários 
de contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 
doze, a média aritmética simples dos salários de contribuição existentes. 
 
Roberto, contribuinte individual há 15 meses, acometido de uma enfermidade fica incapacitado 
para exercer seu trabalho por mais de 03 meses, a partir de janeiro de 2022. Teve o benefício 
de auxílio por incapacidade temporária deferido pelo INSS, mas ainda aguarda o envio da carta 
de concessão e gostaria de saber qual será o valor do seu benefício. 
 
Pois bem. Calculada a média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados 
monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo, encontrou-se o valor de R$ 
2.000,00. 
 
A RMI do auxílio por incapacidade temporária de Roberto foi calculada no valor de R$ 1.820,00 
(0,91 x 2.000,00). 
 
Mas, antes de pagar R$ 1.820,00 é necessário saber qual o valor da média aritmética dos seus 
12 últimos salários de contribuição. Nesse caso, encontrou-se o valor de R$1.500,00. 
 
O valor do auxílio por incapacidade temporária de Roberto será pago no valor de R$ 1.500,00 
porque, apesar do valor apurado a título de RMI ser de R$ 1.820,00, a média de seus 12 últimos 
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salários de contribuição é de R$ 1.500,00. O seu benefício não poderá exceder o valor de 
R$1.500,00. 
Importante salientar que o valor do benefício continua, também, tendo como limite máximo o teto 
remuneratório do RGPS3. 
A empresa que garantir ao segurado licença remunerada ficará obrigada a pagar-lhe durante o 
período de auxílio por incapacidade temporária a eventual diferença entre o valor do benefício e 
a importância garantida pela licença. Esse direito não é garantido por lei, mas pode a empresa 
assumir esse encargo por acordo ou convenção coletiva. 
Essa complementação recebida pelo empregado não integrará o conceito de salário de 
contribuição, se esse benefício for garantido a todos os empregados da empresa. Caso contrário, 
sobre o valor da complementação do auxílio por incapacidade temporária pago pela empresa 
incidirá contribuição previdenciária. 
 
Erivelto trabalha em uma empresa em que é garantida ao empregado a licença remunerada e 
sua remuneração mensal é de R$ 3.000,00. Erivelto entrou em gozo de auxílio por incapacidade 
temporária e passou a receber o benefício no valor de R$ 1.800,00. A empresa, nesse caso, é 
obrigada a lhe pagar a diferença entre a remuneração e o auxílio por incapacidade temporária 
que será igual a R$ 1.200,00. 
Caso a licença remunerada seja um benefício estendido a todos os empregados da empresa, 
não incidirá contribuição previdenciária sobre o valor de R$ 1.200,00 recebido por Erivelto. 
5. Data de início do benefício 
O auxílio por incapacidade temporária será devido: 
• para o empregado: 
a) a partir do 16º dia do afastamento da atividade, se requerido até 30 (trinta) dias da data do seu 
afastamento; 
 
3 Valor de R$ 7.087,22 atualizado pela Portaria Interministerial MPT/ME n° 12/2022. 
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b) a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do 
requerimento decorrerem mais de 30 (trinta) dias 
• para os demais segurados, incluído o empregado doméstico: 
a) a partir da data do início da incapacidade, se requerido dentro de 30 (trinta) dias do início da 
incapacidade; 
b) da data da entrada do requerimento, se requerido após decorrerem 30 (trinta) dias do início da 
incapacidade. 
Veja que, no caso do empregado, os 15 (quinze) primeiros dias de incapacidade serão pagos pelo 
empregador a título de salário integral, iniciando o direito ao auxílio por incapacidade temporária 
somente a partir do 16º dia do afastamento. 
O empregador doméstico não tem o dever de pagar ao seu empregado incapacitado qualquer dia 
de afastamento em razão de incapacidade. 
O empregador doméstico não tem o dever de pagar ao seu empregado incapacitado os quinze 
primeiros dias da incapacidade. Se o benefício for requerido até 30 (trinta) dias da data do início 
da incapacidade do empregado doméstico, caberá ao INSS pagar o benefício de auxílio por 
incapacidade temporária desde o início da incapacidade. 
6. Modalidades de auxíliopor incapacidade temporária 
O auxílio por incapacidade temporária se apresenta em dois tipos: o acidentário e o previdenciário 
ou não acidentário. 
O auxílio por incapacidade temporária acidentário é assim caracterizado quando a incapacidade 
for decorrente de acidente de trabalho, incluindo as doenças profissionais e do trabalho. Vale 
lembrar que os acidentes de trabalho foram tratados no capítulo anterior. 
O auxílio por incapacidade temporária ou não acidentário é aquele cuja incapacidade decorre de 
qualquer outro motivo que não seja acidente do trabalho. A incapacidade pode decorrer de 
doença ou mesmo de acidente, desde que esse não seja considerado um acidente do trabalho. 
É importante deixar registrado que a classificação para acidentário ou previdenciário não interfere 
no cálculo do valor do benefício. Os valores continuam sendo os mesmos, bem como a data de 
início dos benefícios. 
7. Outras regras 
Se cessado o auxílio por incapacidade temporária e dentro do prazo de 60 dias for concedido 
outro auxílio por incapacidade temporária em razão da mesma doença, a empresa fica desobrigada 
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==853ff==
do pagamento dos 15 primeiros dias e o benefício anterior será prorrogado, descontando-se os 
dias trabalhados. Na verdade, o benefício anteriormente concedido será reativado, descontando-
se somente os dias trabalhados. 
Veja que a exigência para a prorrogação é de que a causa seja a mesma que gerou o benefício 
anterior e que a incapacidade volte dentro dos 60 dias contados da cessação do benefício. 
Agora, se o segurado se afastar do trabalho durante quinze dias, retornando à atividade no 16º 
dia, e se dela voltar a se afastar dentro de 60 dias, fará jus ao auxílio por incapacidade temporária 
a partir da data do novo afastamento. 
Nesse caso, o segurado não tinha começado a receber o auxílio por incapacidade temporária, uma 
vez que voltou ao trabalho no 16º dia do afastamento. No entanto, caso se afaste pelo mesmo 
motivo dentro dos próximos 60 dias, a empresa não terá mais que pagar outros novos 15 dias, 
devendo o segurado ser encaminhado diretamente para o INSS e receber o auxílio por 
incapacidade temporária, se atender aos demais requisitos desse benefício. 
Ainda sobre esse assunto, caso o empregado se afaste por um período menor que 15 dias e, dentro 
do prazo de 60 dias voltar a se afastar da atividade, o início do auxílio por incapacidade temporária 
será o dia seguinte ao que completar o período de 15 dias. 
 
Marieta se afastou do trabalho por 10 dias em razão de doença ou acidente. Voltou ao trabalho 
e daí a 30 dias teve que se afastar novamente em razão da mesma doença ou acidente. Nesse 
caso, a empresa terá que pagar-lhe somente 05 dias, sendo devido o auxílio por incapacidade 
temporária do 6º dia em diante (na verdade foram 15 dias arcados pela empresa dentro de 60 
dias). 
O segurado empregado, inclusive o doméstico, em gozo de auxílio por incapacidade temporária 
será considerado pela empresa e pelo empregador doméstico como licenciado. Seu contrato de 
trabalho é suspenso e não há remuneração devida. 
O segurado em gozo de auxílio por incapacidade temporária está sujeito, sob pena de suspensão 
do benefício, a exames médicos periódicos a cargo da Perícia Médica Federal não poderá rejeitar 
os processos de reabilitação profissional prescritos e tratamentos dispensados gratuitamente, 
exceto transfusão de sangue e cirurgia que são facultativos. 
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Caso o segurado exerça mais de uma atividade remunerada e seja concedido auxílio por 
incapacidade temporária em relação a apenas uma atividade, se ele ficar incapacitado 
definitivamente para o exercício de tal atividade, não poderá se aposentar por incapacidade 
permanente, ficando o auxílio por incapacidade temporária mantido indefinidamente. 
O segurado que durante o gozo do auxílio por incapacidade temporária vier a exercer atividade 
que lhe garanta subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade. Nessa 
hipótese, caso o segurado, durante o gozo do auxílio por incapacidade temporária, venha a exercer 
atividade diversa daquela que gerou o benefício, deverá ser verificada a incapacidade para cada 
uma das atividades exercidas. 
8. Cessação do benefício 
O auxílio por incapacidade temporária doença pode cessar: 
• pela recuperação total do segurado; 
• pela concessão de auxílio-acidente: quando se verificar que houve perda parcial da 
capacidade laborativa, nos moldes do art. 86 da Lei nº 8.213/91; 
• pela transformação em aposentadoria por incapacidade permanente: quando se constatar 
que o segurado se tornou incapaz para exercer qualquer atividade que lhe garanta a 
subsistência; 
• com a morte do segurado. 
Com o advento da Lei nº 13.457/2017, que alterou o art. 60 da Lei nº 8213/91, restou determinado 
que sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxílio-doença, judicial ou 
administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a duração do benefício. 
E, na ausência de fixação do prazo de cessação do benefício, o auxílio por incapacidade temporária 
cessará após 120 dias, contado da data de concessão ou de reativação, exceto se o segurado 
requerer a sua prorrogação junto ao INSS ou estiver em processo de reabilitação profissional. 
 
(CESPE – Defensor Público – RO/2012) – Maria de Fátima, empregada de confecção de roupas, após 
15 anos de prestação de serviços ajuizou, em razão de acidente de trabalho de que fora vítima, dado 
que a empresa não adotou medidas legais de segurança no trabalho, ação judicial no juizado especial 
federal com o objetivo de reverter decisão do INSS que lhe negara a concessão de auxílio-doença por 
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não ter ela cumprido o período de carência exigido para o benefício. Considerando essa situação 
hipotética, assinale a opção correta à luz da legislação previdenciária. 
a) O pedido de benefício por Maria de Fátima não obedeceu a requisito fundamental 
estabelecido pela legislação previdenciária para a concessão do auxílio-doença, qual seja, a 
comprovação da qualidade de segurado; por essa razão, a ação deve ser extinta sem julgamento do 
mérito. 
b) Maria de Fátima deveria ter ajuizado sua ação perante a justiça do trabalho, dado que, na 
condição de responsável pela ocorrência do acidente de trabalho – pois não adotou as medidas legais 
de segurança e saúde no trabalho –, a empresa deve arcar com o pagamento do auxílio-doença. 
c) Apresenta-se correta a decisão do INSS, dado que o cumprimento de carência é requisito 
fundamental para que os segurados façam jus aos benefícios por incapacidade previstos no RGPS. 
d) O juizado especial federal não tem competência para processar e julgar a ação ajuizada por 
Maria de Fátima, visto que os litígios e medidas cautelares relativos a acidentes do trabalho são da 
competência da justiça estadual. 
e) A ação ajuizada por Maria de Fátima deverá ser extinta sem julgamento do mérito, uma vez 
que ela deveria ter esgotado o procedimento administrativo recorrendo contra a decisão do INSS 
junto ao Conselho de Recursos da Previdência Social. 
 
Comentário: 
Alternativa “a”: incorreta. Para a concessão do benefício de auxílio por incapacidade temporária é 
necessário que se comprove a qualidade de segurado, a carência mínima, quando for o caso e a 
incapacidade temporária para o exercício do trabalho ou das atividades habituais. 
No caso de Maria de Fátima, ela comprovou a qualidade de segurada, porque era empregada de 
uma empresa de confecção de roupas. 
Não lhe pode ser exigido o cumprimentoda carência, uma vez que a incapacidade decorreu de 
acidente. 
Assim, a ação não poderá ser extinta por falta de qualidade de segurado, mas, sim por absoluta 
incompetência do juízo federal para processar e julgar a ação, conforme já explicado no item anterior. 
Alternativa “b”: incorreta. Maria de Fátima deveria ter ajuizado a ação perante a justiça estadual visto 
ser ela a competente para processar e julgar ações previdenciárias de natureza acidentária (acidente 
do trabalho). 
Alternativa “c”: incorreta. Quando o fato que ensejar a concessão do auxílio por incapacidade 
temporária for acidente de qualquer natureza ou causa, não se exige carência mínima de 
contribuições. 
Alternativa “d”: correta. A incapacidade de Maria de Fátima decorreu de um acidente do trabalho 
sofrido e, portanto, terá ela o direito ao benefício de auxílio por incapacidade temporária acidentário. 
As ações que envolvem a concessão/revisão de benefícios previdenciários, decorrentes de acidente 
do trabalho serão processadas e julgadas pela Justiça Estadual, ainda que o réu seja o INSS, uma 
autarquia federal. Trata-se de competência absoluta. A competência para julgar litígios relativos aos 
benefícios previdenciários, decorrentes de acidente do trabalho, é da Justiça Estadual. 
Alternativa “e”: incorreta. O juizado especial federal, portanto, é incompetente para processar e julgar 
a ação ajuizada por Maria de Fátima. Não há exigência de exaurir o processo administrativa para se 
ingressar com a ação judicial. Basta, no caso, que tenha havido o prévio requerimento perante o INSS 
e este ter negado o benefício. 
Alternativa correta: “d”. 
 
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(FCC – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador – TRT 5ª Região/2013) – Dorival voltava, com 
seu chapéu de palha, de Maracangalha, depois da primeira entrega de bicicleta, que fazia, após sua 
contratação como empregado da empresa Anália Entregas Rápidas Ltda, quando sofreu acidente na 
estrada, em razão da chuva fininha que caía. Considerando que as consequências do acidente o 
afastarão do trabalho por 4 meses, é certo afirmar que ele 
A) não terá direito ao auxílio-doença acidentário, porque contratado há menos de seis meses, não 
fazendo, por isso, jus ao benefício. 
B) receberá o auxílio-doença acidentário, porque, mesmo contratado há menos de seis meses, 
encontrava-se ainda no período de graça relativo a seu último emprego, de que fora demitido sete 
meses antes do acidente. 
C) não terá direito ao auxílio-doença acidentário, mas terá ao previdenciário, devido aos segurados 
que ainda não cumpriram a carência mínima para o primeiro. 
D) gozará do auxílio-doença acidentário, já que esse benefício não exige carência. 
E) gozará do auxílio-acidente, já que não foi sua a culpa pelo evento danoso e para esse benefício 
a Lei não exige carência. 
 
Comentários: 
Inicialmente, temos que analisar o acidente sofrido por Dorival a fim de caracterizá-lo ou não como 
acidente do trabalho. Pelo que foi narrado na questão, podemos afirmar que Dorival sofreu um 
acidente do trabalho, com fundamento no art. 21, inciso IV, da Lei nº 8.213/91. O acidente ocorreu 
quando ele realizava serviço sob a autoridade da empresa. 
Alternativa “A”: incorreta. O auxílio-doença acidentário, bem como o auxílio por incapacidade 
temporária decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa, não exigem carência mínima de 
contribuições à previdência social. Assim, não há que se falar da necessidade de haver, pelo menos, 
seis meses de contrato de trabalho para o gozo do benefício por incapacidade. 
Alternativa “B”: incorreta. Há que se registrar, inicialmente, que a questão não relatou nada a respeito 
do último emprego de Dorival. Portanto, o candidato deve se ater ao que foi narrado na questão, não 
podendo fazer suposições. E, Dorival vai receber auxílio por incapacidade temporária porque 
preencheu as condições previstas em lei, conforme acima comentado. 
Alternativa “C”: incorreta. A classificação em auxílio por incapacidade temporária acidentário ou 
previdenciário se dá em razão de ter o primeiro como fato gerador um acidente do trabalho e, o 
segundo qualquer evento que não seja acidente do trabalho, podendo mesmo ser acidente de 
qualquer natureza. Agora, tanto o auxílio por incapacidade temporária acidentário quanto o 
previdenciário decorrente de acidente, não exigem carência mínima de contribuições. 
 
Alternativa “D”: correta. Dorival, em razão do acidente sofrido, vai ficar afastado por 04 meses. O 
acidente sofrido é caracterizado como acidente do trabalho. A incapacidade, decorrente do acidente 
do trabalho de Dorival, é superior a 15 dias consecutivos. Logo, há o preenchimento de todas as 
condições para que lhe seja concedido o auxílio por incapacidade temporária acidentário. 
Vejamos: 
– Dorival é segurado do RGPS; 
– há incapacidade para o exercício de seu trabalho por mais de 15 dias consecutivos; 
– a incapacidade decorreu de acidente do trabalho, caracterizando o benefício de natureza 
acidentária; 
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– não há necessidade de cumprir carência mínima de contribuições, uma vez que a incapacidade 
decorreu de acidente do trabalho. A lei previdenciária isenta do cumprimento de carência quando o 
segurado é acometido de incapacidade decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa. 
Alternativa “E”: incorreta. Embora o auxílio-acidente não exija carência mínima de contribuições à 
previdência social, ele não será concedido porque não houve a produção de sequelas irreversíveis 
que diminuíssem a capacidade de trabalho de Dorival. 
Alternativa correta: “D”. 
9. Vedação de acúmulo com outros benefícios 
Há alguns benefícios que não podem ser recebidos conjuntamente com o auxílio por incapacidade 
temporária. Vejamos. 
a) Aposentadorias 
O auxílio por incapacidade temporária não poderá, em qualquer situação, ser concedido se o 
segurado estiver recebendo aposentadoria. 
Essa regra vale, inclusive, para o segurado aposentado que continuar ou voltar a exercer atividade 
remunerada abrangida pelo RGPS. 
Caso esse segurado aposentado, esteja trabalhando e venha a preencher todos os requisitos para 
a concessão do auxílio por incapacidade temporária, esse benefício não poderá ser pago pelo 
INSS. O segurado já recebe aposentadoria como forma de substituição do rendimento do trabalho. 
b) Auxílio por incapacidade temporária 
Não se pode pagar mais de um auxílio por incapacidade temporária ao segurado que estiver 
incapacitado temporariamente para o trabalho. Nem mesmo se ele exercer mais de uma atividade 
abrangida pelo RGPS e estiver incapacitado em relação a todas essas atividades. 
Se, por acaso, o segurado exercer mais de uma atividade abrangida pelo RGPS e contribuir em 
relação a cada uma delas, o valor do auxílio por incapacidade temporária será calculado 
considerando-se os salários de contribuição de todas as atividades das quais estiver afastado. 
c) Auxílio-acidente 
O auxílio por incapacidade temporária não poder cumular com o recebimento de auxílio-acidente 
se a causa que deu origem aos dois benefícios for a mesma. 
No caso de reabertura de auxílio por incapacidade temporária decorrente de incapacidade 
temporária originada pelo acidente que deu ensejo à concessão do auxílio-acidente, este será 
suspenso até a cessação do benefício restabelecido. 
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Por outro lado, caso um segurado esteja recebendo auxílio-acidente e fique incapaz 
temporariamente por motivo diverso daquele acidente de qualquer natureza que culminou na 
concessão do auxílio-acidente, poderá receberauxílio por incapacidade temporária e auxílio-
acidente. 
d) Salário-maternidade 
Caso o segurado estiver em gozo de salário-maternidade, não poderá usufruir do auxílio por 
incapacidade temporária. 
O segurado em gozo de auxílio por incapacidade temporária terá o benefício suspenso 
administrativamente enquanto perdurar o salário-maternidade, devendo o benefício por 
incapacidade ser restabelecido a contar do primeiro dia seguinte do término do salário-
maternidade. 
e) Seguro-desemprego 
Há vedação expressa na Lei de Benefícios de que o seguro-desemprego não poderá ser pago ao 
segurado que estiver em gozo de auxílio por incapacidade temporária4. 
f) Benefício de prestação continuada da assistência social (BPC-LOAS) 
O BPC-LOAS não pode ser recebido com outro benefício da seguridade social, exceto o de 
assistência médica e o de pensão de natureza indenizatória. 
g) Auxílio-inclusão 
O auxílio-inclusão é benefício assistencial, tem previsão na LOAS e não pode ser recebido 
juntamente com benefício por incapacidade. 
Lei nº 8.742/93 
Art. 26-C. O pagamento do auxílio-inclusão não será acumulado com o pagamento de: (Incluído pela 
Lei nº 14.176, de 2021) 
I – benefício de prestação continuada de que trata o art. 20 desta Lei; 
II – prestações a título de aposentadoria, de pensões ou de benefícios por incapacidade pagos por 
qualquer regime de previdência social; ou 
III – seguro-desemprego. 
 
4 Art. 124, parágrafo único, Lei nº 8.213/91. 
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AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA 
BENEFICIÁRIOS TODOS OS SEGURADOS. 
Requisitos 
1) Incapacidade para o exercício do trabalho ou atividades habituais por 
mais de 15 dias consecutivos. Necessidade de avaliação da perícia médica 
federal. 
2) Estar na qualidade de segurado na data de início da incapacidade. 
3) Cumprimento da carência mínima de contribuições, quando exigida, até 
o início da incapacidade. 
- Não é devido ao segurado recluso em regime fechado. 
Carência 
– 12 contribuições mensais, exceto se a incapacidade decorrer de: 
Ø acidente de qualquer natureza ou causa ou 
Ø doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos 
Ministérios da Saúde e do Trabalho e Previdência, segundo os 
critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro 
fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam 
tratamento particularizado. 
- No caso do segurado especial, a carência é de 12 meses de efetivo 
exercício efetivo na atividade rural, ainda que de forma descontínua, 
imediatamente anteriores à data do requerimento do benefício. 
- As condições de isenção do cumprimento de carência são aplicadas, 
também, ao segurado especial. 
- No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência, o 
segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com 
a metade do período de carência exigido. 
Renda mensal inicial 
(RMI) 
- 91% da média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados 
monetariamente, correspondentes a 100% (cem por cento) do período 
contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da 
contribuição, se posterior a essa competência. 
 - O valor do auxílio por incapacidade temporária não poderá exceder a 
média aritmética simples dos últimos doze salários de contribuição, 
inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número 
de doze, a média aritmética simples dos salários de contribuição existentes. 
(art. 29, § 10, Lei nº 8.213/91). 
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Data de início do 
benefício (DIB) 
• para o empregado: 
– a partir do 16º dia do afastamento, se requerido o benefício até 30 dias 
da data do afastamento; 
– a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a 
data de entrada do requerimento decorrer mais de 30 dias. 
• para os demais segurados, incluído o empregado doméstico: 
– a partir da data do início da incapacidade, se requerido dentro de 30 dias 
do início da incapacidade; 
– da data da entrada do requerimento, se requerido após 30 dias do início 
da incapacidade. 
Divisão do auxílio 
por incapacidade 
temporária em 
acidentário ou não 
acidentário ou 
previdenciário 
Acidentário = incapacidade decorre de acidente do trabalho. Após a 
cessação do auxílio por incapacidade temporária o segurado mantém pelo 
prazo mínimo de doze meses o contrato de trabalho, independentemente 
do recebimento de auxílio-acidente. 
Não acidentário ou previdenciário = incapacidade decorre de outros 
eventos exceto acidente do trabalho. 
Suspensão do 
benefício 
• Quando não comparecer à perícia médica federal ou à convocação do 
INSS ou recusar ao tratamento de reabilitação profissional. 
• Quando o segurado for recolhido à prisão. 
Cessação do 
benefício 
• quando cessar a incapacidade; 
• quando transformar-se em aposentadoria por incapacidade permanente; 
• quando conceder auxílio-acidente. 
• quando o segurado falecer; 
• quando a prisão do segurado superar o prazo de 60 dias. 
• Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxílio por 
incapacidade temporária, judicial ou administrativo, deverá fixar o prazo 
estimado para a duração do benefício. 
• Na ausência de fixação do prazo de cessação do benefício, ele cessará 
após 120 dias, contados da data de concessão ou de reativação, exceto 
se o segurado requerer a sua prorrogação junto ao INSS ou estiver em 
processo de reabilitação profissional. 
Não pode acumular 
com 
• aposentadorias; 
• salário-maternidade 
• auxílio-acidente quando a causa for a mesma 
• BPC – LOAS; 
• auxílio-inclusão; 
• seguro-desemprego. 
Pontos importantes 
• O segurado que durante o gozo do auxílio por incapacidade temporária 
vier a exercer atividade que lhe garanta subsistência poderá ter o 
benefício cancelado a partir do retorno à atividade. 
• Caso o segurado, durante o gozo do auxílio por incapacidade 
temporária, venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o 
benefício, deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das 
atividades exercidas. 
• O segurado em gozo de auxílio por incapacidade temporária, 
insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, deverá 
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submeter-se a processo de reabilitação profissional. 
– O auxílio por incapacidade temporária será mantido até que o segurado 
seja considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe 
garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, for 
aposentado por incapacidade permanente. 
Da aposentadoria por incapacidade permanente 
1. Fato gerador 
De início, temos que dizer que a aposentadoria por invalidez passou a ser denominada de 
aposentadoria por incapacidade permanente. Isso ocorreu com a Emenda Constitucional nº 
103/2019 que utilizou no seu texto o termo aposentadoria por incapacidade permanente. 
Desse modo, mesmo que na Lei nº 8.213/91 conste aposentadoria por invalidez, vamos já utilizar 
o novo termo – aposentadoria por incapacidade permanente. 
A aposentadoria por incapacidade permanente será devida a todo segurado, obrigatório ou 
facultativo, que, após cumprida a carência mínima, ficar incapacitado total e permanentemente 
para o exercício de qualquer atividade ou trabalho que assegure a sua subsistência. 
Para constatar a incapacidade permanente, nesse caso, o segurado deverá ser avaliado pelo 
médico perito federal5, podendo ser acompanhado por médico de sua confiança, às suas expensas. 
A incapacidade do segurado não deve ser somente para o exercício da atividade que 
habitualmente exercia, mas em relação aqualquer outra que possa lhe garantir a subsistência. O 
segurado incapaz deve ser considerado insuscetível de reabilitação, levando-se em consideração 
suas qualidades. 
A aposentadoria por incapacidade permanente não é vitalícia, devendo ser paga 
enquanto o segurado permanecer na condição de inválido. 
Em regra, a causa incapacitante preexistente à filiação do segurado constitui fator impeditivo da 
concessão do benefício, exceto quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou 
agravamento dessa doença ou lesão. Isso quer dizer que, se o segurado já era portador de doença 
 
5 O médico perito do INSS passou a integrar o quadro de pessoal da União e a denominação passou a ser perito 
médico federal. 
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que o incapacita antes de ingressar no RGPS, não poderá receber a aposentadoria por 
incapacidade permanente. No entanto, caso ingresse no RGPS e a incapacidade total decorrente 
de doença preexistente somente venha ocorrer após a sua filiação por motivo de progressão ou 
agravamento da doença, ele terá direito à aposentadoria por incapacidade permanente. 
Decreto nº 3.048/99 
Art. 43... 
§2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao RGPS não lhe conferirá 
direito à aposentadoria por incapacidade permanente, exceto quando a incapacidade sobrevier 
por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. (Redação dada pelo 
Decreto nº 10.410, de 2020). 
Outro ponto importante a ser abordado diz respeito à necessidade de passar o segurado pelo auxílio 
por incapacidade temporária. Isso não é requisito para a concessão da aposentadoria por incapacidade 
permanente. A aposentadoria por incapacidade permanente poderá ser concedida diretamente ou vir 
precedida do auxílio por incapacidade temporária. Isso vai depender da situação concreta do segurado. 
Caso o segurado, de imediato, se torne total e permanentemente incapacitado, há que lhe 
conceder a aposentadoria por incapacidade permanente. 
Agora, pode ser que o segurado em gozo de auxílio por incapacidade temporária tenha sua situação 
agravada a ponto de o perito médico federal entender que a incapacidade não é mais temporária, e sim 
permanente, transformando o auxílio por incapacidade temporária em aposentadoria por incapacidade 
permanente. 
2. Carência 
A aposentadoria por incapacidade permanente exige, em regra, uma carência mínima de 12 
contribuições mensais, sem a qual o segurado, mesmo incapacitado, não gozará do benefício. 
Essa regra é abrandada quando a incapacidade for decorrente de acidente de qualquer natureza ou 
causa e de doenças e afecções especificadas em lista elaborada, atualizada a cada 03 anos, pelos 
Ministérios da Saúde e do Trabalho e Previdência6, de acordo com os critérios de estigma, deformação, 
mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam 
tratamento particularizado. Nesses casos, não há que exigir carência mínima de contribuições para 
obtenção do benefício. 
 
6 O Ministério do Trabalho e Previdência foi recriado com a promulgação da MP nº 1.058/2021, convertida pela Lei nº 
14.261/2021. 
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Cabe registrar que, para o segurado especial que não contribui facultativamente nos moldes do 
contribuinte individual, a carência mínima exigida para obtenção da aposentadoria por 
incapacidade permanente não é de um número mínimo de contribuições. Exige-se, no caso do 
segurado especial, a comprovação de 12 meses de exercício efetivo na atividade rural, ainda que 
de forma descontínua, imediatamente anteriores à data do requerimento. 
 
01) Paulo, empregado de um supermercado, sofreu um acidente automobilístico e ficou 
tetraplégico, completamente inválido. Era seu primeiro emprego há 02 meses. Avaliado pelo 
médico perito do INSS foi considerado totalmente incapaz. Paulo poderá obter a 
aposentadoria por incapacidade permanente porque: 
– é segurado; 
– a perícia a cargo do INSS atestou sua incapacidade total e permanente e insuscetível de 
recuperação; 
– apesar de contar com apenas 02 contribuições mensais para o RGPS, a causa da invalidez foi 
um acidente e, nesse caso, não se exige carência. 
 
02) Sofia, contribuinte individual há 06 meses, foi acometida de uma doença que a deixou 
completamente inválida. Essa doença não se encontra na lista especificada no art. 151 da 
Lei nº 8.213/91 como isenta de carência. Sofia foi avaliada pela perícia médica do INSS e 
restou constatado que ela não tem condições de exercer qualquer atividade que lhe garanta 
a subsistência. Sofia poderá ser aposentada por incapacidade permanente? 
 
NÃO porque, apesar de Sofia ser segurada do RGPS e estar incapaz total e permanentemente 
para o exercício de qualquer atividade que lhe garanta a subsistência, ela não cumpriu a carência 
mínima de 12 contribuições mensais. Tem apenas 06 contribuições no RGPS. 
 
 
 
 Acidente de qualquer natureza. Doenças profissionais e doenças do trabalho 
Exceções 
 Acometimento por doença prevista em Portaria Interministerial 
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f
(CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 10/2013) – Cada um dos itens a seguir apresenta 
uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base nas disposições do direito 
previdenciário. 
– Pedro, segurado da previdência social, foi dado como incapaz e insuscetível de reabilitação para 
o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. Nessa situação, tendo sido cumprida a 
carência exigida, Pedro terá direito à aposentadoria por invalidez após o gozo de, no mínimo, dois 
anos de auxílio-doença. 
o Certo o Errado 
 
Comentário: 
A aposentadoria por incapacidade permanente é concedida a todo segurado que, após cumprida a 
carência mínima exigida, estiver incapacitado e insuscetível de reabilitação para o exercício de 
qualquer atividade que lhe garanta a subsistência. 
A aposentadoria por incapacidade permanente não precisa, necessariamente, ser precedida do gozo 
de auxílio por incapacidade temporária. Não há na legislação previdenciária qualquer determinação 
no sentido de que para ter direito à aposentadoria por incapacidade permanente é necessário gozar 
do benefício de auxílio por incapacidade temporária por um determinado período. A aposentadoria 
por incapacidade permanente pode ser concedida mesmo sem ter o segurado recebido auxílio por 
incapacidade temporária, bastando que tenham sido preenchidos os requisitos exigidos pela lei 
previdenciária. 
O item está errado. 
 
(CESPE – Defensor Público – ES/2012) – No que se refere aos regimes previdenciários, julgue o 
próximo item. 
– Caso um segurado empregado, em seu primeiro dia no emprego, em virtude de acidente, se 
torne definitivamente incapaz para o trabalho, ele terá direito à aposentadoria por incapacidade 
permanente, ainda que não tenha recolhido nenhuma contribuição para o RGPS, mas somente poderá 
exercer tal direito após o gozo de auxílio-doença prévio durante o período mínimo de quinze dias. 
� Certo � Errado 
 
Comentário: 
De fato, na situação apresentada, o segurado terá direito à aposentadoria por incapacidade 
permanente se ficar definitivamente incapacitado para o trabalho. É porque apesar de ser seu primeiro 
dia no emprego, a incapacidade é decorrente de acidente, não exigindo o cumprimento de carência 
mínima para a concessão do benefício. No entanto, não é condição necessária para o deferimento da 
aposentadoria por incapacidade permanente o gozo prévio de auxílio por incapacidade temporária. 
A aposentadoria por incapacidade permanente poderá serconcedida, no caso do empregado, a partir 
do 16º dia do afastamento do trabalho. 
O item está errado. 
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f
 Registre-se que, se o segurado perder seu vínculo com o RGPS, e, 
posteriormente, voltar a ser segurado da previdência social, ele deverá cumprir a metade da 
carência exigida por lei para ter direito aos benefícios de auxílio por incapacidade temporária, 
aposentadoria por incapacidade permanente, salário-maternidade e auxílio-reclusão. 
Lei n. 8.213/91 
Art. 27-A. Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios 
de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o 
segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com metade 
dos períodos previstos nos incisos I, III e IV do caput do art. 25 desta Lei. (Redação dada pela Lei 
nº 13.846, de 2019) 
 
Decreto n. 3.048/99 
Art. 27-A. Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios 
de auxílio por incapacidade temporária, de aposentadoria por incapacidade permanente, de salário-
maternidade e de auxílio-reclusão, as contribuições anteriores à perda somente serão computadas 
para fins de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com metade 
do número de contribuições exigidas para o cumprimento do período de carência definido no art. 
29. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020). 
3. Modalidades de aposentadoria por incapacidade permanente 
Do mesmo modo que o auxílio por incapacidade temporária, a aposentadoria por incapacidade 
permanente é dividida em dois tipos: a acidentária e a previdenciária. 
A aposentadoria por incapacidade permanente acidentária é assim caracterizada quando a 
incapacidade permanente for decorrente de acidente de trabalho, incluindo as doenças profissionais e 
do trabalho. 
A aposentadoria por incapacidade permanente não acidentária ou previdenciária é aquela em que 
a incapacidade permanente decorre de qualquer outro motivo que não seja acidente de trabalho. 
A incapacidade pode decorrer de doença ou mesmo de acidente, desde que não sejam 
considerados acidentes de trabalho. 
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• somente empregados, empregados domésticos, trabalhadores avulsos e segurados especiais têm 
direito à aposentadoria por incapacidade permanente acidentária (os demais segurados receberão 
sempre aposentadoria por invalidez previdenciária). Isso se justifica porque somente esses 04 
segurados são abrangidos pela contribuição do SAT (seguro de acidente do trabalho); 
• Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, o empregado doméstico passou a ter direito 
ao benefício de aposentadoria por in capacidade permanente acidentária. Isso, porque o art. 19 
da Lei nº 8.213/91 foi alterado, contemplando o empregado doméstico no conceito de acidente 
do trabalho, conforme já explicado no capítulo anterior. O empregador doméstico contribuirá 
com 0,8% sobre o salário de contribuição de seu empregado a título de seguro contra acidente 
do trabalho; 
• Ao contrário do que acontece com o auxílio por incapacidade temporária acidentário, na 
aposentadoria por incapacidade permanente decorrente de acidente do trabalho, o empregador 
não está obrigado a efetuar o depósito no FGTS do empregado. O Tribunal Superior do Trabalho 
(TST) fixou entendimento no sentido de que a aposentadoria por incapacidade permanente, mesmo 
acidentária, não garante ao empregado o direito aos depósitos do FGTS. Segundo essa Corte, a 
referida vantagem abrange somente os empregados em licença por acidente do trabalho ou 
afastados para a prestação de serviço militar obrigatório, não mencionando a Lei nº 8.036/90 o 
afastamento por aposentadoria7; 
• As ações previdenciárias de natureza acidentária são sempre processadas e julgadas pela Justiça 
Estadual8. Trata-se de competência absoluta da Justiça Estadual. 
 
 
7 TST-AIRR-502-60.2011.5.05.0010. 
8 Art. 129, Lei nº 8.213/91. 
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4. Renda mensal inicial 
 
A forma de cálculo das aposentadorias foi alterada pela Reforma Previdenciária trazida por meio 
da Emenda Constitucional nº 103/2019 e regulamentada pelo Decreto n. 10.410/2020 que alterou 
o Regulamento da Previdência Social (Decreto n. 3.048/99). 
A base de cálculo considerada para a apuração da aposentadoria por incapacidade permanente 
passou ser a média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, 
correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência de julho de 1994 ou desde 
o início da contribuição, se posterior a essa competência. 
ANTES DA REFORMA PREVIDENCIÁRIA 
(EC nº 103/2019) 
APÓS A REFORMA PREVIDENCIÁRIA 
(EC nº 103/2019) 
Aposentadoria por invalidez 
Aposentadoria por incapacidade 
permanente 
Base de cálculo ou salário de benefício = 
média aritmética simples dos maiores 
salários de contribuição, atualizados 
monetariamente, correspondentes a 80% do 
período contributivo desde a competência 
de julho de 1994 ou desde o início da 
contribuição, se posterior àquela 
competência. 
Base de cálculo ou salário de benefício = 
média aritmética simples dos salários de 
contribuição, atualizados monetariamente, 
correspondentes a 100% do período 
contributivo desde a competência de julho 
de 1994 ou desde o início da contribuição, se 
posterior a essa competência. 
O valor inicial da aposentadoria por incapacidade permanente não decorrente de acidente do 
trabalho corresponderá a: 
Ø 60% do salário de benefício (média aritmética simples dos salários de contribuição, 
atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a 
competência de julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior a essa 
competência); 
Ø com acréscimo de 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 (vinte anos) de 
contribuição, se homem e o tempo de 15 (quinze anos), se mulher. 
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Aposentadoria por 
incapacidade permanente não 
acidentária 
 
 
 
60% do salário de benefício (média aritmética 
dos salários de contribuição do segurado, 
atualizados monetariamente, correspondentes a 
100% (cem por cento) do período contributivo 
desde a competência julho de 1994 ou desde o 
início da contribuição, se posterior a essa 
competência; 
Ø com acréscimo de 2% para cada ano de 
contribuição que exceder o tempo de 20 (vinte) 
anos de contribuição, se homem; 
Ø com acréscimo de 2% para cada ano de 
contribuição que exceder o tempo de 15 (vinte) 
anos de contribuição, se mulher. 
 
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE NÃO DECORRENTE DE 
ACIDENTE DO TRABALHO, DOENÇA PROFISSIONAL OU DOENÇA DO TRABALHO 
– RENDA MENSAL INICIAL 
HOMENS MULHERES 
TEMPO DE 
CONTRIBUIÇÃO 
% DA MÉDIA 
(SB) 
TEMPO DE 
CONTRIBUIÇÃO 
% DA 
MÉDIA(SB) 
ATÉ 20 ANOS 60% ATÉ 15 ANOS 60% 
21 ANOS 62% 16 ANOS 62% 
22 ANOS 64% 17 ANOS 64% 
23 ANOS 66% 18 ANOS 66% 
... ... 
30 ANOS 80% 30 ANOS 90% 
... ... 
35 ANOS 90% 35 ANOS 100% 
36 ANOS 92% 36 ANOS 102% 
... ... ... ... 
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40 ANOS 100% 40 ANOS 110% 
41 ANOS 102% 41 ANOS 112% 
 
 
O valor do benefício pode ser maior do que a média apurada? Sim. Mas, não pode ser maior do queo maior valor estabelecido para os benefícios do RGPS, exceto no caso de recebimento de auxílio-
acompanhante9. 
Já o valor da aposentadoria por incapacidade permanente decorrente de acidente do 
trabalho, doença profissional ou do trabalho, corresponderá a: 
Ø 100% do salário de benefício (média aritmética simples dos salários de contribuição, 
atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a 
competência de julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior a essa 
competência). 
 
 
Aposentadoria por 
incapacidade permanente 
acidentária (decorrente de 
acidente do trabalho, doença 
profissional ou do trabalho) 
100% do salário de benefício (média 
aritmética dos salários de contribuição do 
segurado, atualizados monetariamente, 
correspondentes a 100% do período contributivo 
desde a competência julho de 1994 ou desde o 
início da contribuição, se posterior a essa 
competência). 
 
9 O auxílio-acompanhante corresponde a 25% do valor da aposentadoria por incapacidade permanente e é devido ao 
segurado aposentado nessa categoria quando necessitar da assistência permanente de outra pessoa. 
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Ø João é empregado de uma empresa há 10 anos e ao sofrer um acidente de automóvel, quando 
voltava das férias escolares, ficou incapacitado permanentemente para o trabalho. Terá direito de 
ser aposentado por incapacidade permanente. 
Ø O valor de sua aposentadoria corresponderá a 60% do salário de benefício. 
Ø Considerando que essa média seja de R$ 2.000,00, o valor da aposentadoria de João será de R$ 
1.200,00. 
Ø Agora, se João tivesse ficado incapacitado permanentemente para o trabalho em razão de 
acidente do trabalho, o valor de sua aposentadoria por incapacidade permanente seria de R$ 
2.000,00 (100% do salário de benefício). 
O segurado aposentado por incapacidade 
permanente que necessitar da assistência permanente de outra pessoa terá o seu benefício 
acrescido de 25%. Esse acréscimo vem sendo chamado de auxílio-acompanhante. Nesse caso, o 
valor total do benefício pode superar o teto máximo do salário de contribuição e o acréscimo será 
cessado com a morte do segurado, não sendo incorporado ao valor da pensão por morte. 
Para o segurado receber o acréscimo de 25% sobre sua aposentadoria por incapacidade 
permanente, a perícia médica federal deve avaliá-lo e dar o parecer favorável, não havendo 
necessidade de comprovação da ajuda prestada por outra pessoa. Basta que a perícia ateste a 
necessidade da assistência permanente. 
Ricardo se aposentou por incapacidade permanente e agora, 
necessita da assistência permanente de outra pessoa. O valor de sua aposentadoria foi apurado em R$ 
6.000,00. Ele terá direito, em razão da necessidade da assistência de outra pessoa, ao acréscimo de 25% 
em sua aposentadoria por incapacidade permanente. O valor total a ser recebido, então, será de R$ 
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7.500,00. Mesmo sendo esse valor total a receber superior ao limite máximo estabelecido para o salário de 
contribuição10, Ricardo poderá recebê-lo. 
5. Data de início do benefício 
A data de início da aposentadoria por incapacidade permanente vai depender se essa foi 
concedida pela transformação do auxílio por incapacidade temporária ou instantaneamente, assim 
como da qualidade de segurado e da data do requerimento. 
Se o benefício for concedido pela transformação do auxílio por incapacidade temporária em 
aposentadoria, a data do seu início será o dia seguinte ao da cessação do auxílio por incapacidade 
temporária, qualquer que seja a qualidade de segurado. 
Nesse caso, ainda que o segurado seja empregado, não terá o empregador o dever de lhe pagar 
os 15 primeiros dias a título de salário, uma vez que já havia assumido esse ônus quando da 
concessão do auxílio por incapacidade temporária. 
Já se a aposentadoria por incapacidade permanente for concedida de forma imediata, sem ter sido 
precedida pelo auxílio por incapacidade temporária, o benefício será devido: 
• para o empregado: 
a) a partir do 16º dia do afastamento da atividade, se requerido até 30 dias da data do seu 
afastamento; 
b) a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do 
requerimento decorrerem mais de trinta dias. 
• para os demais segurados, incluído o empregado doméstico: 
a) a partir da data do início da incapacidade, se requerido dentro de 30 dias do início da 
incapacidade; 
b) da data da entrada do requerimento, se requerido após decorrerem 30 dias do início da 
incapacidade. 
Veja que, no caso do empregado, quando a aposentadoria por incapacidade permanente for 
concedida instantaneamente, os 15 (quinze) primeiros dias de incapacidade serão pagos pelo 
empregador a título de salário, iniciando o direito à aposentadoria somente a partir do 16º dia do 
afastamento. Perceba que não está incluído nessa regra o empregado doméstico. 
 
10 Valor de R$ 7.087,22 atualizado pela Portaria Interministerial MPT/ME n° 12/2022. 
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O empregador doméstico não tem o dever de pagar ao seu empregado incapacitado os 15 
primeiros dias da incapacidade. Se o benefício for requerido até 30 dias da data do início da 
incapacidade do empregado doméstico, caberá ao INSS pagar o benefício de auxílio por 
incapacidade temporária desde o início da incapacidade. Se o requerimento for feito pelo 
empregado doméstico após decorridos 30 dias da data do início da incapacidade, o benefício será 
concedido a partir da data do requerimento administrativo e o empregador doméstico não tem, 
mais uma vez, a responsabilidade pelo pagamento do benefício nos 15 primeiros dias do 
afastamento do segurado. 
6. Suspensão da aposentadoria por incapacidade permanente 
O segurado em gozo de aposentadoria por incapacidade permanente poderá ter seu benefício 
suspenso quando ocorrer algumas das hipóteses abaixo. 
A) O segurado em gozo de aposentadoria por incapacidade permanente, concedida judicial 
ou administrativamente, poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das 
condições que ensejaram sua concessão ou manutenção. 
Caso não compareça à perícia médica, terá seu benefício suspenso. 
Uma vez periciado, se o segurado não concordar com o resultado da avaliação, ele poderá 
apresentar, no prazo máximo de trinta dias, recurso da decisão da administração perante o 
Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), cuja análise médica pericial, se 
necessária, será feita pelo assistente técnico médico da junta de recursos do seguro social, 
perito diverso daquele que indeferiu o benefício. 
B) Se a perícia médica federal prescrever o serviço de reabilitação profissional para o segurado, 
este não poderá rejeitar os processos de reabilitação profissional prescritos e tratamentos 
dispensados gratuitamente, exceto transfusão de sangue e cirurgia que são facultativos. Caso 
não aceite participar do processo de reabilitação profissional, terá a aposentadoria por 
incapacidade permanente suspensa. 
Essa regra é abrandada para os aposentados por incapacidade permanente que não tenham 
retornado à atividade e: 
I – após completarem 55 anos ou mais de idade e quando decorridos 15 anos da data da 
concessão da aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por incapacidade 
temporária que a precedeu; 
II – após completarem 60 anos de idade11; ou 
 
11 Regra trazida por meio da Lei nº 13.457/2017 que deu nova redação ao § 1º do art. 101 da Lei nº 8.213/91. 
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III – for portador de HIV/aids12. 
No entanto, a isenção concedida aos aposentados por incapacidade permanente que cumprirem 
os requisitos acima não é aplicada quando o exame tiver as seguintes finalidades: 
I – verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a concessão do 
acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor do benefício, conforme dispõe o 
art. 45; 
II – verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante solicitação do aposentado 
que se julgar apto; 
III – subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela, quando o aposentado por 
civilmente incapaz13; 
IV – quando for verificar a ocorrência de fraude. 
Decreto nº 3.048/99 
Art. 46. O segurado aposentado por incapacidade permanente poderá ser convocado a 
qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a 
aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente, sem prejuízo do disposto no § 1º e 
sob pena de suspensão do benefício. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020). 
§1º Observado o disposto no caput, o aposentado por incapacidade permanente fica obrigado, 
sob pena de suspensão do pagamento do benefício, a submeter-se a exame médico-pericial 
pela Perícia Médica Federal, a processo de reabilitação profissional a cargo do INSS e a 
tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são 
facultativos. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
§ 2º O aposentado por incapacidade permanente que não tenha retornado à atividade estará 
isento do exame médico-pericial de que trata este artigo: (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 
2020) 
I - após completar cinquenta e cinco anos de idade e quando decorridos quinze anos da data 
de concessão da aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por incapacidade 
temporária que a tenha precedido; ou (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
II - após completar sessenta anos de idade. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
§ 3º A isenção de que trata o § 2º não se aplica quando o exame tem as seguintes 
finalidades: (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
I - verificação da necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a concessão do 
acréscimo de vinte e cinco por cento sobre o valor do benefício, nos termos do disposto no art. 
45; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
 
12 Art. 43, §5º, Lei nº 8.213/91. 
13 Art. 110, parágrafo único, Lei nº 8.213/91. 
 
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II - verificação da recuperação da capacidade laborativa, por meio de solicitação do aposentado 
que se julgar apto; ou (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
III - subsídios à autoridade judiciária na concessão de curatela, observado o disposto no § 4º do 
art. 162. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
§ 4º O aposentado por incapacidade permanente, ainda que tenha implementado as condições 
de que o trata o § 2º, será submetido ao exame médico-pericial de que trata este artigo quando 
necessário para apuração de fraude. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
§ 5º O segurado com síndrome da imunodeficiência adquirida (aids) fica dispensado da 
avaliação de que trata o caput, observado o disposto nos § 3º e § 4º. (Incluído pelo Decreto nº 
10.410, de 2020) 
7. Cessação do benefício 
A aposentadoria por incapacidade permanente não é vitalícia, podendo ser cessada. Não há na 
legislação previdenciária comando para tornar a aposentadoria por incapacidade permanente 
definitiva após um certo período de recebimento do benefício. 
Lei n. 82.13/91 
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, 
será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado 
incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a 
subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição. 
 
Decreto n. 3.048/99 
Art. 43. A aposentadoria por incapacidade permanente, uma vez cumprido o período de 
carência exigido, quando for o caso, será devida ao segurado que, em gozo ou não de auxílio 
por incapacidade temporária, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de 
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, que lhe será paga 
enquanto permanecer nessa condição. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020). 
A aposentadoria por incapacidade permanente será cessada quando ocorrer a cessação da 
incapacidade ou com a morte do segurado. Cessará, também, caso o segurado retorne 
voluntariamente ao trabalho. 
Quando o segurado, entretanto, for considerado apto para o trabalho após 
recuperação constatada pela perícia médica do INSS, a sua aposentadoria por incapacidade 
permanente será cessada e observadas as seguintes condições: 
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I. quando a recuperação for total e ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do início da 
aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio-doença que a antecedeu sem 
interrupção, o benefício cessará: 
a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que 
desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista, valendo 
como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela Previdência Social; 
b) ou após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio por incapacidade 
temporária ou da aposentadoria por incapacidade permanente, para os demais segurados. 
Isso quer dizer que os anos que o segurado recebeu auxílio por incapacidade temporária, que mais 
tarde foi transformado em aposentadoria por incapacidade permanente, são contados para 
completar os 05 anos. 
 
Se o segurado esteve por 02 anos em gozo de auxílio por incapacidade temporária e 
por mais 02 anos aposentado por incapacidade permanente, sem interrupção entre um 
benefício e outro e, caso tenha se recuperado totalmente após esses 04 anos, receberá 
por 04 meses o valor da aposentadoria por incapacidade permanente. 
II. Quando a recuperação for parcial em qualquer época, ou for total após cinco anos do 
afastamento, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso 
do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: 
a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada a 
recuperação da capacidade; 
b) com redução de 50% (cinquenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses; 
c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6 (seis) meses. 
Veja que durante 18 meses o segurado receberá a aposentadoria por incapacidade permanente, 
podendo voltar a trabalhar. Nos primeiros 06 meses receberá o benefício no seu valor total, nos 
próximos 06 meses receberá apenas 50% do valor, e nos últimos 06 meses receberá apenas 25% 
do inicial. 
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Essa parcela recebida de aposentadoria por incapacidade permanente prevista nos itens I e II acima 
é chamada pelos doutrinadores de mensalidade de recuperação e, durante o período que estiver 
sendo paga, o segurado poderá exercer atividade remunerada. 
 
MENSALIDADE DE RECUPERAÇÃO 
SITUAÇÃO PROCEDIMENTO 
I – Se a recuperação for total para o 
exercício de trabalho que o segurado 
habitualmente exercia e ocorrer dentro de 
5 (cinco) anos, contados da data do início 
da aposentadoria por incapacidade 
permanente ou do auxílio por 
incapacidade

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