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4 ADMINISTRAÇÃO COMÉRCIO EXTERIOR TAGUATINGA-DF 1/2017 JOSYELE LIMA DIAS Trabalho apresentado à disciplina Comércio Exterior como parte dos requisitos exigidos pelo Curso de Administração da Faculdade Evangélica de Taguatinga. Ori: Wesley Augusto Gama Aguiar Louzeiro TAGUATINGA-DF 1/2017 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.............................................................................................................4 1. GLOBALIZAÇÃO E BLOCOS ECONOMICOS REGIONAIS 5 2. SISTEMÁTICA DE EXPORTAÇÃO: CONCEITOS, OPERACIONALIZAÇÃO E PRÁTICAS 5 3. PROCESSOS DE IMPORTAÇÃO 6 4. CONDIÇÕES INTERNACIONAIS DE EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO- INCOTERMS................................................................................................................7 5. O MARKETING E A NOVA ECONOMIA..................................................................8 6. PLANEJAMENTO EM MARKETING INTERNACIONAL..........................................9 7. PRODUTO E PREÇO NO MERCADO INTERNACIONAL....................................10 8. DISTRIBUIÇÃO E COMUNICAÇÃO EM MERCADOS INTERNACIONAIS..........11 9. INTERNET E MARKETING INTERNACIONAL......................................................11 10.CONCLUSÃO........................................................................................................13 BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................14 INTRODUÇÃO O aprofundamento das relações entre os países, uma consequência do processo de globalização, acentuou a importância do comércio internacional, constituído pela exportação e importação de produtos e serviços. Hoje, as empresas buscam gestores de negócios internacionais com habilidade estratégica para colocar seus produtos no exterior ou trazê-los para o mercado interno. “A comunicação tem um papel essencial para o sucesso do negócio”. O mercado exige um profissional com atitudes inovadoras, bons conhecimentos de marketing e de relações internacionais, cultura geral, gosto pela leitura, poder de análise, aptidão para lidar com números e fluência em pelo menos dois idiomas, além de excelente comunicação e, claro, capacidade de compreender e respeitar, interagir com interlocutores das mais diferentes culturas. Exportar não é uma tarefa muito simples, exige do profissional nessa área grande analise da situação em que se encontra estudar o mercado de ambos os países que estão em jogo, focando nos resultados, nas forças pessoais da equipe, visando às prioridades e a tomada de decisões eficazes. 1 GLOBALIZAÇÃO E BLOCOS ECONOMICOS REGIONAIS A teoria de comercio exterior possui como base qualquer um dos países que praticam, pois a essência de seus fundamentos são os mesmo e facilitam a compreensão da politica comercial seguida por diferentes nações no período. Conhecido nos livros de histórias como a Revolução Industrial (entre o século XVI e a metade do século XVIII) estabeleceu um período com bases conceituais de todas as futuras teorias do comercio exterior, as quais foram e atualmente são praticadas. A essência de atividade econômica estabeleceu a concepção de que ao identificar a riqueza e o poder de um estado com a qualidade de metais preciosos por ele acumulado, formam bases num período de formação de estudo nacional. É importante destacar que o mercantilismo é um conjunto de praticas e ideias adotadas pelos Estados absolutistas, este é um aspecto importante a ser assinalado, pois ao longo de todos os séculos de predomínio, não surgiu nenhuma teoria mais ou menos articulada elaborada por nenhum pensador, e que poderia ter servido de guia para os governantes da época. 2 SISTEMÁTICA DE EXPORTAÇÃO: CONCEITOS, OPERACIONALIZAÇÃO E PRÁTICAS A exportação corresponde ao envio de mercadorias ao exterior, é basicamente uma saída da mercadoria do território aduaneiro, decorrente de um contrato de compra e venda internacional, que pode ou não resultar na entrada de divisas. Segundo Houaiss (2001:191), “exportação é a venda ou envio de produtos para fora do país, estado, cidade”, portanto, é necessário entender que com a globalização não existe somente a fronteira de nosso país para se colocar seus produtos, mas sim um imenso território estrangeiro a ser explorado. Exportar é uma forma de adquirir melhor conhecimento do mercado, pois a necessidade de agregar tecnologias de novos mercados aprimora a qualidade do seu produto e cresce substancialmente a vantagem em relação aos concorrentes internos. Para a empresa participar de um processo de exportação, ela passa por três fases, que são: • Administrativa: está ligada aos procedimentos necessários para efetuar a exportação que variam de acordo com o tipo de operação e mercadoria. • Fiscal: compreende o despacho aduaneiro que se completa com o pagamento dos tributos e retirada física da mercadoria da alfândega. • Cambial: está voltada para a transferência de moeda estrangeira por meio de um banco autorizado a operar em câmbio. 3 PROCESSOS DE IMPORTAÇÃO “A importação pode ser definida como o ingresso no país de riquezas originárias do exterior, materializada por bens ou ainda pelos efeitos da execução de serviços.” (FARO R.; FARO F., 2010, p. 82). A formação de blocos econômicos comprova a necessidade das relações internacionais entre os países, para que estes possam adequar suas economias em escala compatível com o desenvolvimento internacional (PIRES, 1992:17). As importações são necessárias para manter o equilíbrio da balança comercial do país e o desenvolvimento da economia. No entanto o governo necessita manter um controle e vigilância sobre as importações (através da fiscalização aduaneira) para que os preços e o volume de importados não prejudiquem a indústria local. Da mesma forma da exportação as importações também possuem métodos diretos e indiretos para entrada no mercado internacional. Uma empresa pode ao mesmo tempo ser uma empresa exportadora e também importadora. No Brasil, o órgão que controla e fiscaliza a entrada e saída de mercadorias é a Receita Federal, através dos seus auditores fiscais, que trabalham na alfândega inspecionando, liberando ou apreendendo mercadorias nas fronteiras, portos e aeroportos do país. Em 1993 com a finalidade de auxiliar na fiscalização, tornar o processo mais ágil, menos burocrático e mais eficiente, o governo, decidiu criar o Sistema Integrado de Comércio Exterior –SISCOMEX, como forma de informatizar as etapas da exportação. Segundo os autores Ricardo e Fátima Faro (2010) até 1992, o licenciamento das exportações e importações era realizado por intermédio de formulários para estes fins, com emissão de muitas vias tornando o processo extremamente burocrático e arriscado O processo de implantação foi realizado em etapas, primeiro a exportação e depois a importação. O SISCOMEX foi implantado no primeiro dia útil de 1993. Inicialmente, esteve disponível o Módulo Exportação, e apenas em 1997, é que o Módulo Importação foi disponibilizado. (FARO R.; FARO F., 2010) A Licença de Importação (LI) é um documento eletrônico registrado pelo importador no SISCOMEX, que contém informações acerca da mercadoria a ser importada e da operação de importação de maneira geral, tais como importador, exportador, país de origem, procedência e aquisição, regime tributário, cobertura cambial, entre outras. (MDIC, 2014). O licenciamento pode ser dividido em Licenciamento Automático e Licenciamento Não Automático e em alguns casos, as importações são dispensadas de licenciamento. No caso de importações dispensadas de Licenciamento, o importador deverá apenas providenciar a declaração de importação no SISCOMEX e pagar as devidas taxas que o despacho aduaneiro será aprovado e a carga poderá ser nacionalizada. 4 CONDIÇÕES INTERNACIONAIS DE EXPORTAÇÃOE IMPORTAÇÃO- INCOTERMS No cenário de um mercado atual e globalizado, é necessária uma uniformidade de termos para que o empresário consiga colocar seu produto em vários mercados. Dessa forma, foi criada a Câmara de Comércio Internacional (CCI) para as quais foram criadas regras para administrar conflitos oriundos da interpretação de contratos internacionais firmados entre exportadores e importadores concernentes à transferência de mercadorias, às despesas decorrentes das transações e à responsabilidade sobre perdas e danos. A CCI instituiu, em 1936, os INCOTERMS (International Commercial Terms).Os termos Internacionais de Comércio, inicialmente, foram empregados nos transportes marítimos e terrestres e a partir de 1976, nos transportes aéreos. Mais dois termos foram criados em 1980 com o aparecimento do sistema intermodal de transporte que utiliza o processo de utização da carga. Em 1990, adaptando-se ao intercâmbio informatizado de dados, uma nova versão dos INCOTERMS foi instituída contendo treze termos. Está em vigor desde 01.01.2000 o Incoterms 2000, que leva em consideração o recente crescimento das zonas de livre comércio, o aumento de comunicações eletrônicas em transações comerciais e mudanças nas práticas relativas ao transporte de mercadorias. Além disso, o Incoterms 2000 oferece uma visão mais simples e mais clara dos 13 Incoterms. “Os incoterms também são conhecidos como cláusulas de preço. Isto porque a opção por uma ou outra condição de venda vai determinar que itens, necessariamente, devem ser considerados no preço final da operação (FARO R.; FARO F., 2010, p.33).” O uso dos incoterms não é obrigatório, mas os mesmos são usados como uma prática de mercado nas negociações internacionais. 5. O MARKETING E A NOVA ECONOMIA Segundo a definição de Keegan e Green (1999), o Marketing Internacional é uma ciência que o estuda as ações e implicações decorrentes desses fatores, visando otimizar os recursos e orientar os objetivos de uma organização através das oportunidades de um mercado global, baseando-se, de acordo com Lima (2008): no planejamento; em pesquisas e conhecimentos na área econômica, política e cultural; na segmentação de mercado; em estudos sobre o comportamento de compra do consumidor; nos produtos; preços; canais de distribuição; e, por fim, na comunicação de marketing. Para que uma organização ingresse no mercado internacional, ela precisa estar ciente do sistema comercial do mesmo, pois o mercado impõe várias restrições aos novos entrantes, sendo a mais comum delas a tarifa, que é um imposto cobrado por um governo estrangeiro contra certos produtos importados, objetivando proteger os produtos domésticos e/ou elevar as receitas do país. Outro elemento que deve ser considerado é a cota, que estipula limites sobre o volume de produtos que o país importador irá aceitar e cujo propósito é defender a indústria e a mão-de-obra local. Além desses, existe ainda o embargo, onde há a proibição total de algum tipo de produto. Outros métodos podem ser utilizados pelos países importadores para proteger seus mercados, economias, políticas e culturas locais. 6 PLANEJAMENTO EM MARKETING INTERNACIONAL O ambiente econômico é de fundamental importância para o estudo e análise de um profissional do marketing internacional, pois o mesmo deve estar ciente da economia de cada país, levando em consideração dois fatores cruciais para a organização: a estrutura industrial do país, que adapta os requisitos dos produtos e serviços da nação, seus níveis de renda e de emprego, e estão segmentados em quatro vertentes (a economia de subsistência, a de exportação de matéria-prima, a de semi-industrializados e, por fim, a de industrializados). Com relação ao ambiente político-legal, devem-se analisar ao menos quatro fatores antes de ingressar no mercado internacional, ou seja: as atitudes em relação à compra de artigos estrangeiros, a estabilidade política, regulamentações monetárias e a burocracia governamental (KOTLER e ARMSTRONG, 1993). Para amenizar as falhas ao entrar em um mercado ainda desconhecido, sugere-se que sejam traçadas, preliminarmente, algumas estratégias de marketing que, segundo Kotler (1993), a primeira delas relaciona-se à exportação, onde todos os produtos da empresa são fabricados nos países de origem, podendo ou não ser adaptados, de acordo com a viabilidade ofertada pelo novo mercado, podendo ainda esta ser realizada de duas formas: a indireta, onde é a empresa que trabalha com intermediários internacionais independentes, e fornece à organização o know-how e os serviços necessários para tal atividade se concretizar efetivamente; e a forma direta, sendo o próprio gestor da organização o responsável pelos riscos e investimentos atribuídos pela exportação. O marketing mix abrange as variáveis do marketing que a empresa pode gerir e controlar, de modo a responder eficazmente às necessidades dos segmentos alvo. Todo plano de marketing dirigido ao mercado externo deve ser bem investigado quanto aos impactos causados por diversos ambientes, e analisados anteriormente à definição da estratégia de marketing a ser utilizada, para que se coloquem em prática ferramentas de marketing como: lançamentos de produtos, campanhas de comunicação integrada de marketing, e escolhas de postos de venda, etc. As estratégias de marketing apresentam aspectos específicos consoantes situações concorrenciais da empresa nos mercados onde atua e as características desses mesmos mercados. Os principais condicionalismos incluem a dimensão da empresa, a sua situação relativa em termos de quota de mercado, a maior ou menor fragmentação do mercado, o grau de globalização de atividade e a fase de vida em que se encontre o produto ou o serviço. 7 PRODUTO E PREÇO NO MERCADO INTERNACIONAL A existência de diferenças culturais substanciais também exige a adaptação do produto para cada mercado específico (CATEORA; GRAHAM, 1999). Ao buscar atender as características e necessidades específicas dos consumidores de determinada região, uma empresa desenvolve uma maior orientação para o mercado, o que pode resultar em vantagem quando os valores culturais dessas regiões, ou o sentimento de defesa dos produtos locais, são fortes. O preço é um importante elemento para o marketing. Uma boa estratégia de preços pode ser o diferencial entre a concretização de um negócio ou o insucesso da exportação, como discute o Ministério das Relações Exteriores. Assim, a estratégia de preços tem que ser definida cuidadosamente para que possa satisfazer a demanda em termos de custo/benefício e a empresa, gerando lucro. Na definição de qual estratégia de preços deve ser adotada, a empresa deve considerar o objetivo da determinação de preços, a demanda, a estimativa dos custos, a oferta da concorrência, o método de determinação de preço a ser adotado e a seleção do preço final (KOTLER, 2000). A determinação de preços para exportação pode sofrer influências externas como políticas governamentais, a exemplo dos impostos sobre a importação de produtos adotados por diversos países, a flutuação cambial e a extensão e poder de barganha dos canais de distribuição. 8 DISTRIBUIÇÃO E COMUNICAÇÃO EM MERCADOS INTERNACIONAIS A distribuição consiste na disponibilização do produto no mercado. Portanto, o estrategista deve definir a melhor forma de entrega do produto ao cliente e, ao mesmo tempo, uma forma que seja viável para a organização. Como decisão estratégica, os exportadores devem decidir qual o nível de controle que o seu negócio deve ter sobre o canal de distribuição. Nos extremos, o exportador pode deter o controle total das exportações e estabelecer uma exportação direta ou terceirizar parte, ou todo o processo de distribuição, estabelecendo uma exportação indireta (CATEORA; GRAHAM, 1999). Na exportação direta, o produtor, além de deter o controle do canal de distribuição, tem maior acesso aos consumidores finais do seu produto. No caso das exportações indiretas, o produtor se distancia do seu consumidor final. A exportação indiretaé vantajosa quando não se tem conhecimento específico sobre o processo de exportação, ou quando não se possui contatos no exterior. 9 INTERNET E MARKETING INTERNACIONAL Segundo Cateora e Graham (2001 p. 214) enfatizam que “a Internet não pode ser negligenciada como método de entrada em um mercado estrangeiro”. O marketing pelo meio da Internet era concentrado inicialmente no mercado doméstico. Contudo, um número significativamente alto de empresas começou a receber pedidos de clientes estrangeiros, o que resultou no conceito de marketing internacional através da Internet. A Internet é uma rede global de múltiplos propósitos, composta por centenas de milhares de redes diferentes ao redor do mundo, Dentro de certos limites, ela permite que alguém com acesso a um computador pessoal envie e receba imagens e textos de e para qualquer lugar (Boone e Kurtz, 2001). Hoje quase não restam dúvidas de que a Internet seja uma ferramenta importante para os negócios. Analisando sob a óptica do marketing, a Internet possui recursos hipermídia, os quais oferecem um grande número de vantagens, se comparados à mídia tradicional: os dados percorrem longas distâncias em segundos, sem que o usuário perceba que diversos computadores em localidades diferentes se complementam para atender à sua requisição. A Internet oferece, então, algumas técnicas online para que as empresas possam atingir seus clientes em várias partes do mundo, quase que a qualquer momento, com mensagens interativas: informações sobre a empresa, seus produtos e serviços, últimas notícias, informações setoriais, contatos e links para os clientes, lojas virtuais, e ferramentas para serviços ao cliente, como um canal para discussões em grupo entre compradores, esclarecimento online de dúvidas, entre outros (Boone e Kurtz, 2001). Um aspecto importante para o entendimento do impacto da Internet na vida das empresas é entender sua evolução como ferramenta corporativa. Boone e Kurtz (2001) ressaltam ainda que, à medida que a Internet evolui, os executivos de marketing devem explorar suas potencialidades e descobrir os melhores caminhos para utilizá-la de maneira eficaz, em combinação com canais de distribuição e meios de comunicação distintos. 10 CONCLUSÃO Podemos definir Comércio exterior, como sendo o conjunto das operações de troca, compra e venda de bens e serviços, originando os movimentos de divisas entre as nações. A maior parte da teorização sobre comércio internacional trata dos determinantes básicos dos padrões de comércio de bens e das implicações do comércio sobre o bem-estar. As principais teorias de comércio internacional baseiam-se, em sua maioria, no princípio da vantagem, no entanto em qualquer processo de exportação de produtos físicos, o custo logístico possui um impacto relevante no custo final do produto, podendo impactar diretamente na competitividade da empresa. Tais custos implicam no aumento do custo final do produto, e com isso uma maior propensão a barreiras tarifárias como o Imposto de Importação. BIBLIOGRAFIA DIAS, R.; RODRIGUES, W. Comércio exterior: teoria e gestão. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2012. DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor: a metodologia de ensino que ajuda a transformar conhecimento em riqueza. São Paulo: Cultura, 1999. DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócio. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. FARO, F.; FARO, R. Curso de comércio exterior: visão e experiência brasileira. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2012. SALIM, César Simões et al. Construindo planos de negócio. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.