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Direito Processual Civil_ Fontes e interpretação Jurídica (Hermenêutica)

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jusbrasil.com.br
6 de Setembro de 2022
Direito Processual Civil: Fontes e interpretação Jurídica
(Hermenêutica).
Pesquisa direcionada ao estudo da disciplina de Direito Processual
Civil. Apresentando as fontes do direito processual civil, e a
interpretação jurídica (hermenêutica).
Publicado por Lincoln Paulino há 2 anos 8.996 visualizações
Fontes do Direito Processual Civil
As fontes do Direito Processual Civil são as mesmas do
direito em geral, isto é, a lei e os costumes, como fontes
imediatas, e a doutrina e jurisprudência, como fontes
mediatas. Em razão do caráter público do direito processual,
é a lei, sem dúvida, sua principal fonte.
São consideradas fontes formais de direito a lei, a
analogia, o costume, os princípios gerais do direito e os
precedentes vinculantes (art. 927, I a V, do CPC).
São fontes não formais a doutrina e a jurisprudência,
ressalvados os precedentes vinculantes.
A lei é considerada a fonte formal direta ou principal
do direito. A analogia, os costumes, os princípios
gerais, bem como os precedentes vinculantes são fontes
acessórias.
91
https://lincolnpaulino99.jusbrasil.com.br/
https://lincolnpaulino99.jusbrasil.com.br/
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28888528/artigo-927-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28888522/inciso-i-do-artigo-927-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28888514/inciso-v-do-artigo-927-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/
Os ordenamentos jurídicos modernos têm por pressuposto
fundamental que o direito não contém lacunas. Por isso, o
próprio sistema fornece elementos para a integração da
norma e técnicas pelas quais se supre uma eventual lacuna,
salvaguardando a integridade do ordenamento. As normas
processuais civis têm as mesmas fontes que as normas em
geral, tanto as principais ou diretas quanto as acessórias ou
indiretas (art. 4º da Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro).
A primeira fonte do processo civil é a Constituição Federal,
que contém normas que tratam das tutelas e garantias
fundamentais do jurisdicionado (devido processo legal,
acesso à justiça, isonomia, contraditório, motivação das
decisões), que organizam a estrutura judiciária nacional,
cuidando da competência dos tribunais superiores e das
diversas justiças, que concedem aos membros da
magistratura as garantias indispensáveis para o exercício das
suas funções e que fixam regras para que a legislação
infraconstitucional possa regulamentar o procedimento e a
organização judiciária.
A jurisprudência não pode, como regra, ser considerada, ao
menos cientificamente, fonte formal de direito, mas apenas
fonte não formal ou informativa. Mas há duas hipóteses
previstas na CF em que ela passa a ter força equiparada à das
normas jurídicas, erigindo-se em fonte formal: a das decisões
definitivas de mérito do Supremo Tribunal Federal em
controle concentrado de constitucionalidade (art. 102, § 2º,
da CF) e a da edição de súmulas vinculantes pelo Supremo
Tribunal Federal, na forma do art. 103-A da Constituição
Federal (introduzido pela EC n. 45/2004 e regulamentado pela
Lei n. 11.417, de 19-12-2006).
A doutrina e a jurisprudência são importantes fontes do
direito processual civil, seja para a elaboração das normas
jurídicas, seja para a solução do litígio que se apresenta ao
91
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10688723/artigo-102-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10687563/par%C3%A1grafo-2-artigo-102-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/27996984/artigo-103a-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96987/emenda-constitucional-45-04
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95096/lei-11417-06
https://www.jusbrasil.com.br/
Poder Judiciário. O relevante papel da doutrina como fonte
do direito fica evidente ao se verificar a constante utilização
das teses desenvolvidas pelos estudiosos para a solução das
ações levadas ao Poder Judiciário.
 
Interpretação da lei Processual Civil
Os textos legais contêm normas que precisam ser
apreendidas e conhecidas pelo aplicador. É preciso que ele
procure penetrar o significado do texto, buscando o
verdadeiro sentido expresso na norma. Só assim ela poderá
ser bem aplicada. As normas legais são de cunho geral e
abstratas, e cabe ao aplicador do direito, interpretá-las,
regulando à relação jurídica que foi posta sub judice. Nessa
tarefa de intérprete, o juiz deve partir do que consta do texto,
mas não ficar restrito a ele. Antes, deve compreendê-lo à luz
do sistema jurídico, buscando também alcançar a finalidade
com que a norma foi editada. Estabelece o art. 5º que, “na
aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se
dirige e às exigências do bem comum”. E o art. 8º do CPC
dispõe expressamente: “Ao aplicar o ordenamento jurídico, o
juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum,
91
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28896507/artigo-8-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/
resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana
e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a
legalidade, a publicidade e a eficiência”.
Em outras palavras, as leis processuais não hão de ser um
obstáculo que frustre o direito material da parte. A
inobservância de normas processuais, que por si seriam
necessárias, pode não ser prejudicial, se sua obediência no
caso concreto só se manifesta em consequência de mero
trâmite procedimental, sem nenhuma significação.
No entanto, a livre interpretação e a liberal aplicação dos
preceitos procedimentais não devem, contudo, chegar aos
extremos de desprezar a relevância e o valor que as normas
formais desempenham no campo do direito, como
instrumentos consagrados de segurança jurídica. A fiel
interpretação das normas processuais deverá, portanto, ser
encontrada à luz dos princípios informativos que estruturam
o processo em sua missão específica dentro da ciência
jurídica.
Por outro lado, a função do juiz é apenas a de aplicador do
ordenamento jurídico, e não a de legislador ou de
reformador da legislação existente. Assim, cabe-lhe, no
processamento e julgamento da lide, aplicar as normas
legais. Somente quando não encontrar texto expresso de lei,
é que lhe será permitido socorrer-se da analogia, dos
costumes e dos princípios gerais do direito, para
preenchimento da lacuna do ordenamento jurídico.
Andrioli lembra três princípios que, finalmente, devem
sempre inspirar o intérprete das leis processuais, diante de
sua aplicação ao caso concreto, e que são os seguintes:
91
https://www.jusbrasil.com.br/
(1º) a tutela jurisdicional dos direitos subjetivos é
normalmente reservada aos órgãos do Estado; são,
pois, excepcionais as hipóteses em que se permite a
autotutela privada ou unilateral;
(2º) o processo deve conceder à parte a mesma
utilidade que esta poderia conseguir por meio da
norma substancial; excepcionais são os casos em que a
prestação jurisdicional não coincide com a prestação
de direito material;
(3º) o processo de cognição visa a concluir com um
pronunciamento de mérito; excepcional é a hipótese de
extinguir-se por inobservância formal de regras
procedimentais.
O juiz deve interpretar a lei de forma a prestigiar aqueles
valores que são caros à vida social e à preservação do bem
comum. Todas as leis estão sujeitas à interpretação, por meio
da qual se descobremo alcance e o sentido de norma. Até
mesmo os textos que parecem claros devem ser analisados e
interpretados à luz do sistema, podendo disso resultar uma
compreensão distinta da que resultaria da leitura isolada de
seu conteúdo. A ciência que estuda a interpretação das leis
denomina-se hermenêutica jurídica.
Tipos de Interpretação Jurídica (Hermenêutica Jurídica):
De diversas maneiras podem ser classificados os seus
métodos.
1-Quanto às fontes ou origem: a interpretação pode ser
autêntica, jurisprudencial ou doutrinária:
1. A autêntica é aquela dada pelo próprio legislador que
criou a norma e que, reconhecendo a dificuldade na sua
91
https://www.jusbrasil.com.br/
compreensão, edita uma outra, aclarando o conteúdo da
primeira.
2. A jurisprudencial é a dada pelos tribunais no julgamento
dos casos concretos. Não tem força vinculante, salvo nos
casos já mencionados, mas influencia muito o espírito
dos julgadores.
3. E a doutrinária é a que provém dos estudiosos e
comentaristas do direito. A opinião dos jurisconsultos
também não tem força vinculante, mas é inegável a sua
repercussão sobre os operadores do direito.
2-Quanto aos meios, os métodos de interpretação:
dividem-se em gramatical, sistemático, teleológico e
histórico:
1. O gramatical ou literal é aquele em que o texto
normativo é analisado do ponto de vista linguístico.
Examinam-se a forma como o texto foi redigido, o
significado das palavras, a maneira como elas foram
empregadas, a pontuação e as relações entre os diversos
termos. Costuma ser a primeira fase do processo
interpretativo.
2. O meio sistemático examina a norma em conjunto com
outras e com os princípios que regem aquele ramo do
direito. Pressupõe que o dispositivo não existe
isoladamente, mas que está inserido em um contexto,
fazendo parte de um capítulo ou seção de determinado
diploma.
3. A interpretação teleológica busca penetrar nos objetivos
e finalidades que se pretende alcançar por intermédio da
norma. O art. 5º da Lei de Introdução às Normas do
Direito Brasileiro recomenda que o juiz busque, como
finalidade da lei, a obtenção do bem comum e o respeito
aos objetivos sociais a que a lei se destina.
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4. Por fim, a interpretação histórica baseia-se nos
antecedentes da norma, que incluem as leis que a
precederam e o processo legislativo do qual ela resultou.
3-Quanto aos resultados: a interpretação pode ser
declarativa, extensiva ou restritiva:
1. É declarativa quando faz coincidir o texto legal com a
extensão da norma. Há uma coincidência entre o que o
legislador disse e o que pretendia dizer. Há casos em que
ele, ao reduzir a escrito a norma jurídica, acabou por
dizer mais, ou menos, do que pretendia.
2. A interpretação extensiva ou ampliativa é aquela na
qual o intérprete conclui que o texto diz menos do que o
legislador pretendia dizer, de forma que o alcance da
norma ultrapassa aquilo que dele consta; a restritiva é
aquela em que ocorre o contrário, ou seja, o texto diz
mais do que o verdadeiro alcance da norma.
 
 
Referências Bibliográficas:
- GONÇALVES. Marcus Vinicius Rios. Teoria geral / Curso de
direito processual civil vol. 17. ed. São Paulo: Saraiva
Educação, 2020.
- THEODORO. Júnior, Humberto. Curso de direito processual
civil. vol. 1. 59. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018
Disponível em: https://lincolnpaulino99.jusbrasil.com.br/artigos/850781796/direito-
processual-civil-fontes-e-interpretacao-juridica-hermeneutica
91
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