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Métodos e Técnicas de Pesquisa

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Curso de Pós-graduação a Distância 
 
 
 
Métodos e 
Técnicas de 
Pesquisa 
 
 
 
 
 
Autores: 
Heitor Romero Marques 
José Manfroi 
 
 
 
 
Universidade Católica Dom Bosco Virtual 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
 
 
 
 
 
 
 
2 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
Objetivo Geral 
Possibilitar ao aluno conhecimentos acerca do método científico e dos 
caminhos da pesquisa científica, auxiliando-o em seus processos de estudos, 
aprendizagens e pesquisas, tanto na vida acadêmica quanto profissional. 
 
SUMÁRIO 
 
UNIDADE 1 – OS CAMINHOS DA PESQUISA CIENTÍFICA .................................. 04 
1.1 Processo de produção do conhecimento ............................................................ 04 
1.2 Etapas necessárias no processo de produção do conhecimento ....................... 05 
 
UNIDADE 2 – PESQUISA CIENTÍFICA ................................................................... 08 
2.1 Em busca de um conceito de pesquisa .............................................................. 08 
2.2 Princípios da Pesquisa Científica ........................................................................ 09 
2.3 Tipos de Pesquisa .............................................................................................. 10 
2.4 Modalidades mais utilizadas em pesquisa .......................................................... 15 
2.5 Técnicas para a coleta de dados e informações ................................................. 17 
 
UNIDADE 3 – PROJETO DE PESQUISA ................................................................ 29 
3.1 Conceito .............................................................................................................. 29 
3.2 Escolha do tema ................................................................................................. 29 
3.3 Estrutura do projeto de pesquisa ........................................................................ 30 
3.4 Orientações complementares na elaboração do Projeto de Pesquisa ................ 39 
 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 44 
 
3 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
INTRODUÇÃO 
A disciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa tem por finalidade oferecer 
subsídios para quem precisa preparar e executar pesquisa científica, bem como 
apresentar os respectivos relatórios. Para tanto, a Disciplina está organizada da 
seguinte forma: 
Unidade 1- Os caminhos da pesquisa científica. O objetivo da unidade é 
apresentar as principais etapas no processo de produção do conhecimento. É 
fundamental para todos os que desejam fazer uma pesquisa, saber onde e como 
começa; como se estrutura; quem acompanha e orienta; como colher as 
informações e dados; o que fazer com eles; e finalmente, como elaborar o texto de 
acordo com a normatização científica. 
Unidade 2 – Pesquisa científica. Nesta unidade busca-se apresentar os 
elementos essenciais da pesquisa científica e conhecer os conceitos de pesquisa 
mais relevantes, as diversas modalidades e técnicas de levantamento de dados e 
informações. 
 Unidade 3 – Projeto de pesquisa. Busca compreender e estruturar o projeto 
de pesquisa. O processo de produção do conhecimento científico deve ser 
planejado em seus mínimos detalhes para que se tenha êxito. Esta unidade vai nos 
ajudar a organizar passo a passo o projeto de pesquisa. O tempo gasto na 
elaboração do projeto é muito precioso e dará frutos no posterior desenvolvimento 
da pesquisa. 
Unidade 4 – Orientações e normatizações para redação de textos 
científicos. O objetivo desta unidade é demonstrar como se configura os trabalhos 
científicos, segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - 
ABNT. 
Bom Estudo. 
Prof. Dr. Heitor Romero Marques 
Prof. Dr. José Manfroi 
 
4 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
UNIDADE 1 – OS CAMINHOS DA PESQUISA CIENTÍFICA 
 
1.1 Processo de produção do conhecimento 
 
 
A universidade fundamenta-se no tripé ensino, pesquisa e extensão. 
Portanto, pesquisar faz parte de sua formação tanto 
em nível de graduação quanto em nível de pós-
graduação. É preciso entender o que é pesquisar, 
como pesquisar e por que pesquisar. É 
importante perceber que pesquisar exige estudo, 
seriedade, persistência, organização, ética, 
compromisso social e político, intencionalidade, 
criatividade. Além disso, pesquisar deve ser uma 
ação prazerosa, pois é livre a escolha da área de 
conhecimento, o tema e o grupo a ser pesquisado. Fonte: http://migre.me/2RYdD 
Por intermédio da pesquisa científica, poderemos encontrar respostas para 
nossas dúvidas e de muitas outras pessoas e, numa ação dinâmica e cheia de 
movimento como a própria vida, iremos nos deparar com novas questões e novas 
dúvidas que vão, sucessivamente, instigar a curiosidade e a vontade de estudar e 
pesquisar cada vez mais. 
O ato de pesquisar deve nos tornar mais humildes, pois há muito a estudar e 
descobrir; mais solidários, pois as maiores descobertas são frutos do trabalho de 
muitos/as pesquisadores/as; mais comprometidos social e politicamente, pois não 
pesquisamos para nós, os resultados das pesquisas científicas devem ser de 
domínio público e de fácil acesso à população em geral. 
Minayo (2014, p. 25-6), professora e pesquisadora da Escola Nacional de 
Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz/RJ, adverte: 
 
Diferentemente da arte e da poesia que se concebem na inspiração, 
a pesquisa é um labor artesanal, que se não prescinde da 
criatividade, se realiza fundamentalmente por uma linguagem 
fundada em conceitos, proposições, métodos e técnicas, linguagem 
esta que se constrói com um ritmo próprio e particular. A esse ritmo 
denominamos ciclo de pesquisa, ou seja, um processo de trabalho 
em espiral que começa com um problema ou uma pergunta e 
termina com um produto provisório capaz de dar origem a novas 
interrogações. 
 
 
5 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
Entender a lógica deste processo nos permite caminhar com maior clareza e 
objetividade na estruturação e elaboração da pesquisa científica. 
 
 
1.2 Etapas necessárias no processo de produção do conhecimento 
 
Para melhor entendimento da trajetória de uma pesquisa, apresentamos a 
seguir, um quadro, no qual se podem identificar as diversas e diferentes atividades 
em cada etapa de uma pesquisa. 
 
Quadro 1 – Etapas da pesquisa 
 
ETAPAS ATIVIDADES 
1 Definição do tema e 
elaboração do Projeto de 
Pesquisa 
1.1 Seleção do tema e formulação do problema. 
1.2 Pesquisa exploratória (É isso mesmo? É viável? É 
relevante social, acadêmica e pessoalmente? Existe 
bibliografia disponível? Professor/a orientador/a?). 
1.3 Definições sobre a pesquisa/delimitação do tema: 
caracterização minuciosa do grupo a ser pesquisado / 
instituição / espaço geográfico etc. 
1.4 Levantamento da(s) hipótese(s) que levem à 
solução/ explicação do problema. 
1.5 Revisão bibliográfica inicial que garanta suporte 
teórico para o desenvolvimento do tema. 
1.6 Indicação dos recursos metodológicos. 
2 Definição do/a 
orientador/a e redefinição 
do tema (sendo 
necessário) 
2.1 Escolha do/a professor/a orientador/a. 
2.2 Discussão do tema escolhido com o/a orientador/a. 
Verificar a viabilidade e a relevância da pesquisa. 
2.3 Revisão do Projeto de Pesquisa. 
2.4 Reescrita do Projeto (se exigido pelo/a 
orientador/a). 
2.5 Definição do cronograma de orientação e de 
atividades a desenvolver (datas de orientação e 
pesquisa; prazos de entrega de material escrito). 
2.6 Elaboração do plano de trabalho (sumário provisório 
/ capítulos ou partes). 
3 Definição do tipo de 
pesquisa, seleção, 
construção e aplicação 
dos instrumentos de 
coleta de dados 
3.1 Escolher o tipo de pesquisa que melhor se ajuste 
ao objeto em estudo. 
3.2 Recursos metodológicos: escolher um ou mais de 
acordo com a pesquisa a ser realizada, comopor exemplo: 
questionário, roteiro de entrevista, roteiro de observação 
sistemática, roteiro de estudo de caso, filmagem, registro 
fotográfico, preparo de materiais para experimentos, roteiro 
para dinâmicas de grupos e intervenções, roteiro de 
seminários, etc. 
 
6 
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4 A análise dos dados 
4.1 Classificação e organização das informações 
coletadas. 
4.2 Tratamento estatístico dos dados (quando for 
necessário). 
4.3 Estabelecimento das relações existentes entre os 
dados: análise qualitativa e análise quantitativa. 
4.4 Análise dos dados tendo como referência a teoria 
escolhida. Discussão dos achados com a teoria. 
 
5 A elaboração escrita 
5.1 Estrutura provisória do relatório de pesquisa. 
5.2 Apresentação ao/a orientador/a. 
5.3 Qualificação (quando exigida). 
5.4 Redefinição do trabalho com o/a orientador/a. 
5.5 Redação provisória. 
5.6 Revisão de português e de normas técnicas. 
5.7 Redação final. 
5.8 Preparação da defesa (quando exigida). 
5.9 Defesa oral (quando exigida). 
5.10 Redação definitiva a partir das sugestões/ 
exigências (obrigatório) da Banca. 
5.11 Entrega final e revisada do trabalho de pesquisa. 
Fonte: Adaptado de Pádua (1997). 
 
A estrutura do quadro acima serve de guia no processo de organização e 
produção do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). 
 
 
Exercício 1 
 
1 A função da Universidade é a pesquisa, pois é com ela que damos suporte 
ao ensino e à extensão. 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
2 A pesquisa é uma atividade acadêmica para a pós-graduação, pois a função 
da graduação é o ensino e a formação básica do aluno. 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
3 Segundo Minayo (2014), o ciclo da pesquisa é um trabalho em espiral que 
inicia com uma pergunta e termina com um produto provisório capaz de 
desencadear novas interrogações. 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
4 As etapas do processo de produção do conhecimento, segundo Pádua 
 
7 
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(1997), na ordem lógica são: Definição do tema e elaboração do projeto; 
escolha do orientador; seleção do tipo de pesquisa, escolha dos instrumentos 
e coleta de dados; elaboração escrita; análise dos dados. 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
5 O orientador pode sugerir alterações no projeto e o orientando, por sua vez, 
deve procurar atender o que lhe está sendo solicitado. 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
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UNIDADE 2 - PESQUISA CIENTÍFICA 
 
 
2.1 Em busca de um conceito de pesquisa 
 
Compreender conceitualmente um fato, um fenômeno ou um objeto nos 
ajuda no momento em que temos que fazer aplicações práticas, como é o caso da 
pesquisa científica. Nesse sentido, Minayo (2014, p. 17-8), afirma que: 
 
Entendemos por pesquisa a atividade básica da Ciência na sua 
indagação e construção da realidade. É a pesquisa que alimenta a 
atividade de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo. 
Portanto, embora seja uma prática teórica, a pesquisa vincula 
pensamento e ação. Ou seja, nada pode ser intelectualmente um 
problema, se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema da vida 
prática (grifo nosso). As questões da investigação estão, portanto, 
relacionadas a interesses e circunstâncias socialmente 
condicionadas. São frutos de determinada inserção no real, nele 
encontrando suas razões e seus objetivos. 
 
 
Também, no sentido conceitual Barros e Lehfeld (1990, p. 87-9), salientam 
que: 
 
 
[...] para que a pesquisa receba a qualificação de Pesquisa 
Científica, deve caracterizar-se através da efetivação de um 
processo que, mediante a aplicação da Metodologia Científica e de 
técnicas adequadas, procura obter dados fiéis, objetivos, relevantes 
para se conhecer e compreender um dado fenômeno. [...]. A 
pesquisa é um processo reflexivo, sistemático, controlado e crítico 
que nos conduz à descoberta de novos fatos e das relações entre as 
leis que regem o aparecimento ou ausência dos mesmos. O espírito 
científico não é inato. A sua edificação e o seu aprimoramento são 
conquistas que o universitário vai obtendo ao longo de seus 
estudos, da elaboração de trabalhos acadêmicos e pesquisas 
científicas. Sabe-se que todo trabalho de pesquisa requer 
imaginação criadora, iniciativa, persistência, originalidade e 
dedicação do pesquisador. Porém, todo estudante que vá aos 
poucos criando hábitos sistematizados de estudo, de montagem de 
documentação, percorrerá as fases do método de pesquisa sem 
grandes dificuldades. Na verdade, a Pesquisa Científica não pode 
ser fruto da intuição do indivíduo, exigindo a admissão de 
procedimentos metodológicos e de técnicas, como já foi dito. O 
método deve ser visto como orientador e indicador de um caminho e 
não como roteiro formal que conduz a resultados automáticos. 
 
Para Santos (2000, p.15), “A pesquisa científica pode ser caracterizada como 
atividade intelectual que visa responder às necessidades humanas”. 
Muitos outros entendimentos sobre a pesquisa científica poderiam ser 
 
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apresentados, visto que o termo em si é polissêmico, qual seja, apresenta diversos 
conceitos. 
 
2.2 Princípios da Pesquisa Científica 
 
Podemos destacar como princípios da Pesquisa Científica, os seguintes: 
a) Precisão: O autor deve ser preciso em suas pesquisas, tanto para ganhar 
tempo em seu trabalho, quanto para que seu texto seja útil. Evitar a dispersão muito 
comum quando o aluno faz os primeiros resumos bibliográficos e é atraído por 
variadas obras e enfoques temáticos. O pesquisador não deve alargar, mas 
restringir e aprofundar o tema, evitando desdobramentos que são interessantes, 
mas não são essenciais. 
 b) Exaustão: refere-se ao esgotamento não do autor, mas da pesquisa. 
Todas as obras consultadas devem ser revisadas em sua totalidade, não apenas 
num item do sumário que se consagra precisamente ao tema da pesquisa. Outros 
títulos e subtítulos podem conter preciosas informações e reflexões sobre o tema de 
pesquisa. 
c) Clareza: O aluno pesquisador não pode escrever para si mesmo, nem 
para o orientador. Sua obra será acessível ao público na Biblioteca da 
Universidade, ou talvez, será parcial ou 
totalmente publicada. Portanto, o texto 
deve ser inteligível para todo o leitor que 
reúna um mínimo de conhecimentos 
ligados ao tema. A clareza dependerá 
também do plano de trabalho (ou projeto). 
O texto não fluirá quando o plano de 
trabalho não for bem feito. A rigor 
ninguém escreve bem se não sabe o que 
exatamente deseja escrever. 
 Fonte: http://migre.me/2S0IF 
 
 d) Contextualização da informação coletada: o aluno deve perceber a 
escola, ou corrente de pensamento a que pertence o autor consultado, conhecer 
propostas que ele eventualmente apresente. Toda fonte deve ser explorada ao 
 
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máximo. Mesmo que esse procedimento pareça trabalhoso, muito mais desgastante 
será retornar à fonte quando, durante a redação do texto final, percebe-se a falta de 
consistência nas informações ou subsídios coletados. 
e) Anotação das referências bibliográficas: todas as obras consultadas 
devem ser inteiramente relacionadas, inclusive o número da página onde se 
encontra a informação ou comentário. Todos os dados que merecem ser citados 
devem ser copiados com cuidado, rigorosamente da forma como foram escritos. 
Tais anotações mostrar-se-ão preciosas no momento da redação dos resultados da 
pesquisa. 
f) Austeridade: o trabalho científico dispensa floreios. As frases não devem 
ser longas, primando-se pela clareza. Na dúvida entre um termo rebuscado e uma 
expressão clara, a escolha deve repousar sobre a segunda, sem remorsos. Por 
outro lado, todo termo técnico deve ser acompanhado de uma definição, apoiada 
por uma referência fidedigna. 
g) Espírito científico: os fatos e dados não podem ser distorcidos em 
hipótese nenhuma. Devemos zelar e respeitar escrupulosamente averdade, 
cultivando a honestidade e não cometendo o plágio. O pesquisador deve construir 
as suas próprias opiniões e afirmá-las na conclusão depois de ter demonstrado os 
respectivos fundamentos ao longo do trabalho. 
Ainda sobre o espírito científico Cervo e Bervian (2007, p.17), afirmam que: 
 
O aluno deve dotar-se de um 'espírito científico', que se traduz no 
senso de observação, no gosto pela precisão e pelas ideias claras, 
na imaginação ousada, mas regida pela necessidade da prova, na 
curiosidade que leva a aprofundar os problemas, na sagacidade e o 
poder de discernimento. 
 
Os princípios acima citados, uma vez observados com isenção e rigor, 
certamente ajudarão para atingirmos um grau de excelência no universo da 
pesquisa. 
 
2.3 Tipos de Pesquisa 
 
O quadro que segue ajuda a entender melhor este universo: 
 
 
 
 
 
 
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Quadro 2 - Tipos de pesquisa 
Quanto aos 
objetivos 
Exploratória: quando se aproxima do tema pela primeira vez, com 
finalidade de se chegar ao problema específico e estabelecer hipóteses, 
com vistas a estudos posteriores. 
Descritiva: quando se faz descreve e caracteriza fenômenos e populações, 
estabelecendo relações entre variáveis intervenientes e fatos. 
Explicativas: quando se explicam as causas, os porquês dos fatos. 
Experimental: quando a situação de investigação é controlada 
externamente e intencionalmente; levantamento, que coleta 
informações/opiniões diretas de um grupo sobre determinado assunto. 
Outros exemplos: análise de conteúdo, analítico, avaliação, censitário, 
clínico, ex post facto, história de vida, história oral, levantamento, painel, 
piloto, psicodrama, semiótica, sociodrama. 
Quanto à 
participação 
do 
pesquisador 
Participante: é pesquisa qualitativa, nas investigações etnográficas e 
sócio-educacionais, com plena participação do pesquisador na 
comunidade pesquisada. 
Pesquisa-ação: é pesquisa qualitativa, realiza ações com o objetivo de 
colher dados e informações. 
Empírico-analítica: o pesquisador mantém distância estratégica do objeto 
de pesquisa, buscando não se envolver com as variáveis intervenientes. 
Quanto à 
coleta de 
dados 
De campo: quando se coleta dados primários, diretamente na fonte, quer 
qualitativa quer quantitativamente (campo no sentido genérico) 
De laboratório: é um tipo particular de pesquisa de campo, com 
interferência artificial e controlada. 
Bibliográfica: coleta dados secundários, mediante consulta em textos já 
existentes, como livros, artigos científicos, monografias, dissertações, 
teses etc. 
Estudo ou análise documental: coleta dados primários, mediante 
exames de documentos de forma geral. 
Estudo de caso: consiste no estudo de determinados indivíduos, 
profissões, condições, instituições, grupos ou comunidades. 
Quanto à 
abordagem 
Qualitativa: é aquela cujos dados não são passíveis de serem 
matematizados, mediante aplicação da estatística para elaboração de 
tabelas e gráficos. 
Quantitativa: é aquela cujos dados podem ser matematizados, ou seja, a 
análise é feita mediante tratamento estatístico, com elaboração de tabelas 
e gráficos. 
Diagnóstica: é aquela que envolve conhecer como é ou está o objeto de 
estudo. 
Prognóstica: é aquela que visa conhecer o objeto de estudo em uma 
perspectiva futura, reconstituindo o todo anteriormente diagnosticado. 
 
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Quanto ao 
método 
Analítico: analisar em sentido etimológico significa decompor, fragmentar. 
Então, por este método se decompõe o objeto de estudo em suas partes 
constituintes e busca-se compreender como essas partes se articulam 
entre si. Vai, pois do todo às partes, ou seja, do geral para o particular. 
Sintético: vai-se das partes ao todo, recompondo-o. 
Indutivo: em sentido de dicionário induzir significa tirar de, arrancar, 
sacar. Então, neste método se vai da amostra [particular, concreto] para o 
abstrato [geral], com vista à generalização. 
Dedutivo: vai-se do geral para o particular, do abstrato para o real. 
Significa aplicar em [algo particular]. Vai da norma [geral] para o fato 
[particular], numa cadeia de raciocínio em conexão. É o caminho da 
consequência. 
Hipotético-dedutivo: é considerado lógico por excelência, muito usado 
no universo das ciências naturais. A partir de um problema de pesquisa se 
estabelece uma hipótese e a partir disso se desenvolve todos os demais 
procedimentos de pesquisa. 
Cartesiano: refere-se aos estudos de René Descartes, cujos princípios 
básicos são os seguintes: 1. Duvidar sempre do conhecimento, 2. Regra 
da análise – dividir [decompor] o todo [dificuldade] em partes cada vez 
menores, 3. Regra da síntese: conduzir [recompor] os pensamentos 
partindo dos objetos [coisas] mais simples para as mais complexas 
[ordenar], 4. Regra da evidência: não aceitar nada como verdadeiro sem 
ser reconhecido como tal pela evidência, 5. Regra da verificação [revisão] 
– fazer enumerações completas para nada omitir e voltar ao momento 
inicial de dúvida [dúvida metódica]. 
Dialético: Parte da necessidade da indução e da dedução para o 
raciocínio, caracterizando-se por ser entendido como a conciliação dos 
contrários. F. Hegel foi quem definiu suas regras [três momentos]: 1 Tese: 
[afirmação], 2. Antítese [negação] e 3. Síntese. Aqui a síntese é entendida 
como resultado do confronto dos dois momentos anteriores, que não 
marca uma parada definitiva, mas suscita uma nova negação. 
Fonte: Marques (2014) 
 
 
Para que se compreenda melhor, vamos detalhar um pouco mais alguns 
tipos de pesquisa, independente de classificação, como seguem. 
 
2.3.1 Pesquisa bibliográfica 
Procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em 
documentos. Pode apresentar-se como trabalho científico original. Neste sentido, 
temos as monografias, dissertações e teses ou resumos de assuntos, que é o 
primeiro passo da investigação. 
Pela sua característica eminentemente bibliográfica, o pesquisador deverá 
assumir uma atitude crítica durante a leitura dos documentos ou livros, buscando 
delinear com clareza o referencial teórico a ser adotado, seja na elaboração do 
plano de trabalho, seja na seleção dos autores. 
 
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Para desenvolver uma pesquisa puramente bibliográfica, é preciso ser um/a 
leitor/a atento/a, capaz de identificar as ideias defendidas por um/a autor/a; 
estabelecer semelhanças e diferenças entre as ideias de diferentes autores/as 
sobre um mesmo tema; ter uma boa capacidade de redação textual. No entanto, é 
importante saber que a revisão bibliográfica deve fazer parte de qualquer trabalho 
científico para que se desenvolva o trabalho a partir do que existe de mais recente 
na área de conhecimento na qual o tema de pesquisa se insere. 
 
2.3.2 Pesquisa de campo 
Na pesquisa de campo não se manipulam variáveis, isto é, tomamos os 
dados como eles se apresentam na natureza, procurando descobrir, com a precisão 
possível, a frequência com que o fenômeno ocorre, sua relação e conexão com 
outros fenômenos, sua natureza e características. 
A pesquisa de campo trabalha sobre dados ou fatos colhidos da própria 
realidade. Neste tipo de pesquisa é essencial a 
utilização do caderno ou diário de campo no qual 
se irão anotar todos os detalhes observados, as 
dúvidas, e sentimentos em relação ao que se viu 
e vivenciou, indicações de leituras necessárias e 
correlação com outros fatos, etc. 
 Fonte: http://migre.me/2S1Lh 
 
A pesquisa de campo pode fundamentar-se em qualquer tipo de fonte que 
registre a presença de indivíduos ou grupos (monumentos, fotografias, pinturas, 
arquivos institucionais ou pessoais, cartas etc.). 
O trabalho de campo traz excelentes contribuições para a pesquisa, pois 
pode produzir estatísticas importantes que permitam a avaliação dos efeitos de 
ações já desenvolvidas ou em desenvolvimento. Pode também complementaruma 
dada abordagem teórica com informações originais, devidamente referendadas 
pelos dados “fenomênicos” apresentados e recolhidos da realidade. 
A pesquisa de campo é empírica por natureza e se funda na observação que 
se faz diretamente dos fatos ou na indagação concreta das pessoas envolvidas ou 
interessadas no tema. 
A vida profissional, se prestarmos atenção, é um grande laboratório que abre 
inúmeras oportunidades para a pesquisa de campo. 
 
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Quando os dados necessários não se encontram em arquivos, mas devem 
ser produzidos, é necessária a elaboração de instrumentos de investigação. Há 
diversas formas de coleta de dados, sendo mais comuns as entrevistas, os 
questionários e formulários, a história de vida, o depoimento, o relato de vida, a 
observação, etc. Destacam-se algumas modalidades de pesquisa de campo, a 
saber: 
1. Estudo de caso: pesquisa sobre um determinado indivíduo, família, grupo 
ou comunidade para examinar aspectos variados de sua vida. Deve buscar 
detalhes, particularidades. 
2. Pesquisa de opinião: procura saber atitudes, pontos de vista e preferências 
que as pessoas têm a respeito de algum assunto. 
3. Levantamentos: recolhem dados de um número relativamente grande de 
casos num momento dado. 
4. Estudo ou análise documental: como dito no quadro acima, este tipo de 
pesquisa se dá mediante análise de documentos, gerando dados primários. 
A rigor é um tipo de pesquisa que se enquadra entre a pesquisa de campo e 
a revisão bibliográfica. Em muitos casos os documentos estão arquivados em 
bibliotecas, em repartições públicas e entidades. 
 
2.3.3 Pesquisa experimental 
Quando utilizada com seres humanos e 
animais deve ter autorização do Comitê de Ética em 
Pesquisa da Universidade. 
 
Fonte: http://migre.me/2S2zM 
Segundo Baruffi e Climadon (1997), a pesquisa experimental caracteriza-se 
por manipular e controlar variáveis relacionadas com o objeto de estudo, 
oportunidade em que o pesquisador buscar estabelecer relações de causalidade. 
Barros e Lehfeld (1990, p. 94), explicam de forma mais detalhada os 
elementos diferenciadores da pesquisa experimental. 
 
A investigação experimental - conhecida também por 
experimentação - adota o critério de manipulação de uma ou mais 
variáveis independentes (causas), sob adequado controle, a fim de 
observar e interpretar as modificações e reações ocorridas no objeto 
de pesquisa (efeito-variável dependente). Assim sendo na pesquisa 
experimental o investigador interfere na realidade, fato ou situação 
estudada através da manipulação direta das variáveis. Nos estudos 
 
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experimentais clássicos era costume estudar a relação de uma 
única variável com o objeto enfocado (causa-efeito). Hoje é 
frequente estudar a relação de uma ou mais variáveis nos limites de 
um único experimento, observando-se as inter-relações e graus de 
intensidade, de influência das variáveis entre si. 
 
A pesquisa experimental é também muito utilizada no universo da 
farmacologia em que elementos ativos são testados no sentido de se conhecer os 
efeitos que podem causar nos organismos vivos. 
 
2.3.4 Pesquisa-ação 
O/a pesquisador/a desempenha papel ativo no equacionamento dos 
problemas encontrados, não só faz a investigação, mas procura desencadear ações 
e avaliá-las com a participação da população envolvida. Thiollent (1982, p.10), 
explica com mais detalhes esta modalidade. 
 
É um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e 
realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução 
de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os 
participantes da situação ou do problema estão envolvidos de modo 
cooperativo ou participativo. 
 
Esta forma de pesquisa é aconselhável para os pesquisadores que estão 
com um bom grau de engajamento com o grupo envolvido no processo da 
pesquisa. 
 
2.3.5 Pesquisa de intervenção 
É uma pesquisa em que coexistem a investigação e o desenvolvimento de 
ações que visam minimizar os problemas existentes ou a aplicação de atividades 
que exigem uma avaliação inicial (pré-teste) e uma avaliação final (pós-teste) para 
averiguar qual a influência das mesmas sobre a população pesquisada. Difere da 
pesquisa-ação, pois não exige que os participantes tenham uma ação consciente 
durante a intervenção ou que participem das decisões. 
 
2.4 Modalidades mais utilizadas em pesquisa 
 
Apesar destas modalidades anteriormente descritas, em grande parte das 
áreas de conhecimento, a pesquisa acomoda-se dentro destas modalidades, 
adquirindo uma caracterização própria. Vejamos. 
 
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2.4.1 Compilação ou “estado da questão” ou “estado da arte” 
Escolhido um tema, o aluno parte em busca de 
toda a literatura e produção científica sobre a referida 
temática, tanto em âmbito nacional quanto 
internacional. 
Embora útil, porque a pesquisa revela o estágio 
em que se encontra a compreensão ou o debate sobre 
o tema em determinado momento e lugar, esta 
modalidade oferece vários riscos: 
 Fonte: http://migre.me/2S3aN 
a) Transformar o trabalho numa colagem. 
b) Não dar conta da leitura das últimas publicações sobre o tema. Por isso, a 
revisão bibliográfica deve ser mantida até o final da pesquisa. 
 
2.4.2 Análise de texto 
A obra de um autor em seu conjunto ou apenas numa de suas partes, enseja 
uma investigação, seja por sua originalidade, seja pela contribuição que traz à 
elucidação de um tema, ou para discutir uso de seus conceitos etc. 
 
2.4.3 Estudo comparativo 
A expressão “estudo comparativo” está ligada ao “estudo comparado”, 
devendo ser reservada à correlação de fenômenos que se passam de um lado e de 
outro entre duas experiências ou concepções diferenciadas. 
O pesquisador age como um intérprete que procura tornar inteligível outra 
realidade e outra forma de conceber determinado fenômeno. 
 
2.4.4 Estudo histórico 
Aqui, os conhecimentos estão indissociavelmente associados aos históricos, 
numa construção interdisciplinar de grande valia para a área de conhecimento em 
foco. Conhecer a história mostra-se essencial para a compreensão do problema da 
pesquisa em questão. Quando o objeto escolhido é local, o aluno deve revelar 
especial vocação para pesquisa em arquivos ou para colher depoimentos. Deve 
reforçar sua base de história geral, regional e local para bem contextualizar os 
elementos da pesquisa. 
 
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2.5 Técnicas para a coleta de dados e informações 
 
São aplicadas após delimitar o tema da pesquisa, o grupo ou instituição a ser 
estudado, o tipo de pesquisa que será desenvolvida, e, dependendo do tempo e dos 
recursos financeiros que se possui, é o momento de decidir quais técnicas serão 
utilizadas para coletar os dados e as informações necessários ao desenvolvimento 
de seu trabalho. 
Caso se possua pouco tempo e o grupo a ser investigado é letrado, poder-
se-á optar pelo questionário. No entanto, caso se queira obter dados e informações 
mais detalhados, talvez a entrevista e a observação possam ser mais indicadas. 
Portanto, para se ter clareza na escolha de uma ou mais técnicas de coleta de 
dados e informações, é preciso saber que não existe uma técnica melhor do que a 
outra, o importante é conhecer o grupo a ser pesquisado por meio de uma pesquisa 
exploratória, saber os objetivos e as perguntas que pretende responder com a 
pesquisa, bem como o tempo e as condições materiais que possui para efetivá-la. 
 
2.5.1 Questionário ou formulário 
 
O questionário e o formulário são 
instrumentos muito usados para o 
levantamento de informações. Diferenciam-se 
apenas no que se refere a sua aplicação. 
O questionário é preenchido pelo próprio 
entrevistado e o formulário é preenchido 
indiretamente, isto é, pelo entrevistador. 
 
Fonte: http://migre.me/2S4drO pesquisador, ao elaborar os seus questionários, deve ter a preocupação de 
determinar a sua extensão, o conteúdo, a organização e a clareza de apresentação 
das questões a fim de estimular o informante a responder. 
É aconselhável que o questionário não exija muito mais de 10 a 20 minutos 
para ser respondido. Um questionário muito extenso é desmotivador e pode 
condicionar respostas rápidas e superficiais do informante. 
Os questionários remetidos pelo correio devem trazer todas as instruções do 
 
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pesquisador que motivem o informante a expressar-se com clareza e profundidade, 
demonstrando em si um apelo ao leitor. Nelas o pesquisador deve esclarecer o que 
é a pesquisa, seus objetivos e destino final. Ela deve ser breve, porém, conter todas 
as instruções necessárias para o preenchimento do questionário, garantindo o 
anonimato. A linguagem utilizada no questionário deve ser simples e direta para que 
o respondente compreenda com clareza o que está sendo perguntado. 
Não é recomendado o uso de gírias, a não ser que se faça necessário por 
causa das características de linguagem do grupo (grupo de surfistas, grupos de 
usuários de drogas, por exemplo). 
Todo questionário deve passar por uma etapa de pré-teste, num universo 
reduzido, para que se possam corrigir eventuais erros de formulação. 
 
a) Estrutura textual do questionário 
O questionário deve ter uma carta de apresentação (quando for enviado pelo 
correio) ou um parágrafo inicial (quando entregue em mãos) que contenha: a 
identificação da instituição e do pesquisador; a proposta da pesquisa; as instruções 
de preenchimento; as instruções para devolução; um incentivo para o 
preenchimento; um agradecimento pela colaboração. Sempre que possível deve-se 
evitar a identificação do nome do respondente para não inibir determinadas 
respostas. Outros tipos de identificação: tipo idade, escolaridade, gênero etc. 
podem e devem ser solicitados. 
Outro fator que pode colaborar para a escolha pela aplicação de 
questionários diz respeito ao custo. O questionário custa menos para o pesquisador 
do que as entrevistas. Barros e Lehfeld (1990), afirmam que o questionário 
apresenta, como todo instrumento de pesquisa, suas vantagens e limitações. A 
vantagem maior diz respeito à possibilidade de se abranger um grande número de 
pessoas. Segundo os autores, 
 
É um instrumento muito útil para certas pesquisas em que se 
procuram informações de pessoas que estão geograficamente muito 
dispersas. [...] Por exemplo, posso distribuir questionários, de uma 
só vez, para todos os elementos que participam de uma reunião 
num congresso ou numa sala de aula (BARROS, LEHFELD, 1990, 
p. 50-1). 
 
 O questionário é um dos instrumentos mais universal e mais democrático. No 
entanto, o segredo está na estruturação e no direcionamento que é dado ao 
 
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construí-lo. Veremos a seguir. 
b) Tipos de perguntas (de acordo com o tipo de respostas que 
suscitam) 
O questionário pode possuir perguntas fechadas (mais fáceis de mensurar), 
perguntas abertas ou a combinação dos dois tipos. 
1. Questões fechadas: 
- apresentam categorias ou alternativas de respostas fixas, como, sim ou 
não, certo ou errado. 
Exemplo: Após concluir o curso você pretende atuar na área de formação? 
( )sim ( )não ( )talvez 
 
- apresentam categorias ou alternativas de respostas fixas do tipo múltipla 
escolha. 
 Exemplo: Renda familiar: 
( ) menos de 1 salário mínimo. 
( ) 1 a 3 salários mínimos. 
( ) 4 a 6 salários mínimos. 
( ) 7 a 11 salários mínimos. 
( ) mais de 11 salários mínimos. 
2. Questões abertas: permitem ao informante responder livremente com frases 
ou orações. Exemplos: 
a) Qual a apreciação que você faz da Educação a Distância? 
b) Em que medida a Educação a Distância ajuda na disseminação do 
conhecimento? 
Devem-se evitar questões que suscitam duas ou mais respostas para não se 
confundir na análise dos dados coletados. Exemplo: Você é contra, a favor ou 
indiferente ao aborto e à prevenção da gravidez? 
3. Questões mistas: são aquelas das quais constam alternativas e 
possibilidades de resposta livre. Exemplo: 
 Você é favorável ao esporte de rendimento nas escolas? 
( ) sim ( ) não ( ) em parte ( ) Justifique:....................................... 
c) Vantagens no uso do questionário. 
Todos os instrumentos de coleta de dados apresentam vantagens e 
desvantagens. No caso do questionário as vantagens superam as desvantagens. 
De acordo com Barros e Lehfeld (1990, p.109-10), existem várias vantagens no uso 
do questionário, quais sejam: 
 
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1) O questionário possibilita ao pesquisador abranger um maior número de 
pessoas e de informações em espaço de tempo mais curto do que outras 
técnicas de pesquisa. 
2) Facilita a tabulação e tratamento dos dados obtidos, principalmente se o 
questionário for elaborado com maior número de perguntas fechadas e de 
múltipla escolha. 
3) O pesquisado tem o tempo suficiente para refletir sobre as questões e 
respondê-las mais adequadamente. 
4) Pode garantir o anonimato, consequentemente maior liberdade nas 
respostas, com menor risco de influência do pesquisador sobre as mesmas. 
5) Economiza tempo e recursos tanto financeiros como humanos na sua 
aplicação. 
d) Desvantagens no uso questionário 
Como dito acima, também existem do uso do questionário. A principal 
limitação está relacionada com a sua devolução, além do que o grau de 
confiabilidade das respostas obtidas pode diminuir em razão de que nem sempre é 
possível confiar na veracidade das informações. Outra limitação é o fato de ter-se 
de elaborar questionários específicos para segmentos da população a fim de se ter 
maior compreensão das perguntas. Outra é que não aplicar questionário a pessoas 
analfabetas (BARROS, LEHFELD, 1990, p.110). 
 
2.5.2 Entrevista 
A entrevista é uma técnica que permite o relacionamento entre entrevistado e 
entrevistador. Elas podem ser estruturadas e não estruturadas. São estruturadas 
quando as questões são previamente formuladas, isto é, o entrevistador estabelece 
um roteiro prévio, não há liberdade de alteração 
dos tópicos ou para fazer inclusão de questões 
frente às situações. Nas não estruturadas, o 
pesquisador busca conseguir, por meio da 
conversação, dados que possam ser utilizados 
em análise qualitativa. 
Fonte: http://migre.me/2S5ju 
a) Cuidados a serem tomados na entrevista 
Para que a entrevista tenha êxito, é necessário que se tomem alguns 
http://migre.me/2S5ju
 
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cuidados, quais sejam: 
1. Preparar o informante para entrevista: é a fase do contato inicial entre 
entrevistador e entrevistado. Deve-se motivar e preparar o entrevistado 
antes de iniciar as indagações. Explicações sobre o objetivo da entrevista 
devem ser dadas, assegurando o sigilo das respostas, bem como 
valorizar as informações que o entrevistado possa fornecer. 
2. Elaboração das questões: as questões devem ser elaboradas de 
acordo com o tipo de entrevista a ser desenvolvida. 
3. Registro da entrevista: uma vez realizada a entrevista, o pesquisador 
deve transcrever e analisar as informações imediatamente após a sua 
efetivação. Registrar os dados ao mesmo tempo em que se realiza a 
entrevista pode trazer inibições. Para o uso de gravador é necessário 
solicitar a autorização do entrevistado. 
4. Prestar atenção aos itens que o entrevistado deseja enfatizar, sem 
interferências e manifestações de opiniões. Não apressar o entrevistado 
dando- lhe tempo para expor suas conclusões. 
5. Assegurar as condições favoráveis ao bom desenvolvimento da 
pesquisa, evitando desencontros e perda de tempo. 
b) Vantagens da utilização da entrevista. 
Há considerável rol de vantagens na utilização da técnica de entrevistano 
universo da pesquisa, senão vejamos. 
1. Maior flexibilidade para o pesquisador. A entrevista pode ser aplicada em 
qualquer segmento da população, isto é, o entrevistador pode formular e 
reformular as questões para melhor entendimento do entrevistado. 
2. O entrevistador tem oportunidade de observar atitudes, reações e 
condutas durante a entrevista. 
3. Há oportunidade de se obter dados relevantes e mais precisos sobre o 
objeto de estudo. 
c) Limitações da utilização da entrevista 
Certamente não é difícil inferir do contexto das entrevistas algumas 
limitações de sua eficácia, enquanto instrumento de coleta de dados. Barros e 
Lehfeld (1990, p. 110 - 11), afirmam que: 
 
Entre as limitações quanto ao uso da entrevista é necessário 
ressaltar que, para o uso desta técnica, no estudo, o pesquisador 
 
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despenderá mais tempo. O custo operacional será mais alto, 
precisando-se treinar e habilitar o entrevistador para tal função. 
 
 Outra limitação da técnica da entrevista se dá quando o entrevistado não 
comparece nos locais e horas combinadas. 
d) Recomendações 
1. Devemos selecionar pessoas que realmente têm o conhecimento 
necessário para satisfazer suas necessidades de informação, pelo 
princípio da representatividade. 
2. A entrevista deve ser realizada com alguém que, pelo princípio da 
representatividade, possa fazer uma crítica em nome do segmento do 
qual faz parte. 
3. As perguntas devem ser preparadas com antecedência bem como a 
ordem em que elas devem acontecer (estruturada). É importante também 
roteiro das informações essenciais a serem obtidas (não estruturada). 
4. Diante do/a entrevistado/a: 
a) Deve ser estabelecida uma relação amistosa para não se travar um 
debate de ideias. 
b) Não se demonstra insegurança ou admiração excessiva diante do/a 
entrevistado/a para que isso não venha a prejudicar a relação entre 
entrevistador/a e entrevistado/a. 
c) Deixar que as questões surjam mais naturalmente, mesmo que não 
haja um roteiro, evitando que a entrevista assuma um caráter de uma 
inquisição ou de um interrogatório policial, ou ainda que a entrevista se 
torne um “questionário oral”. 
d) Ser objetivos, já que entrevistas muito longas podem tornar-se 
cansativas. 
e) Incentivar o/a entrevistado/a para as respostas, evitando que ele/a se 
sinta falando sozinho/a. 
f) Anotar os tópicos centrais da fala do/a entrevistado/a evitando que 
ele/a fique esperando sua próxima indagação. 
g) Caso estejamos usando o gravador ou a filmadora, devemos pedir 
permissão para tal. Às vezes, o uso do gravador ou da filmadora pode 
inibir o/a depoente e frustrar o/a entrevistador/a. Recomendamos que 
esses equipamentos sejam utilizados após os primeiros encontros 
 
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quando já deve ter sido estabelecida uma cumplicidade entre 
pesquisador/a e pesquisados/as. 
h) Mesmo tendo gravado, devemos fazer o relatório o mais rápido 
possível. Igualmente devemos anotar as respostas e as reações 
observadas durante a entrevista. É essencial a utilização de um 
caderno/diário de campo. 
 
2.5.3 Observação com método científico 
 Há uma grande diferença entre uma observação não dirigida, superficial e 
uma observação dirigida ou científica. Barros e Lehfeld (1990, p.54), nos introduzem 
nesta importante técnica de coleta de dados, afirmando que: 
 
A observação é uma das técnicas de coleta de dados imprescindível 
em toda pesquisa científica. Observar significa aplicar atentamente 
os sentidos a um objeto para dele adquirir um conhecimento claro e 
preciso.[...]. A observação é uma técnica que pode ajudar muito o 
pesquisador nas suas pesquisas. O pesquisador iniciante pode ir 
aos poucos observando e registrando os fenômenos que aparecem 
na realidade. Posteriormente recomenda-se que o observador se 
prepare adequadamente com cuidados especiais para cada estudo 
realizado. [...]. A maior vantagem do uso da observação em 
pesquisa está relacionada com a possibilidade de se obter a 
informação na ocorrência espontânea do fato. A observação é uma 
técnica que pode ser usada por todo o pesquisador, além de que, 
existem certos fenômenos que não poderiam ser estudados de outra 
maneira. 
 
a) Sugestões para uma observação satisfatória 
1. Antes de iniciar o processo de observação, devemos examinar o 
local. 
2. Determinar que tipo de fenômenos merece registro. 
3. Criar com antecedência, uma espécie de lista ou mapa de registro de 
fenômenos. 
4. Estipular algumas categorias dignas de observação. 
5. Estar preparado/a para o registro de fenômenos que surjam durante 
a observação, que não eram esperados no seu planejamento. 
6. Para realizar registros iconográficos (fotografias, filmes, vídeos etc.), 
caso o objeto de sua observação sejam indivíduos ou grupos de 
pessoas, devem estar preparados para tal ação. Eles não devem ser 
pegos de surpresa, têm o direito de dizerem não. No entanto, ao 
 
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consultar e avisar, é importante deixar claro que não devem se 
preparar artificialmente, mascarando a realidade. Porém, se isso 
ocorrer, anotar os detalhes, pois todos são importantes. 
7. Fazer o relatório o mais rápido possível. 
 
b) Classificação da observação 
A técnica de observação pode ser classificada, conforme se pode ver no 
quadro abaixo. 
 
Quadro 3 - Classificação da observação 
1 Quanto à 
estruturação 
a) Observação assistemática ou não estruturada: não tem 
controle e nem instrumental apropriado. 
b) Observação sistemática ou planejada: é realizada em 
condições controladas. Utiliza instrumental adequado. 
2 Quanto à 
participação do 
observador 
a) Observação não participante: o pesquisador permanece de 
fora da realidade a estudar. Não há envolvimento do observador. 
b) Observação participante: o observador se incorpora natural 
ou artificialmente ao grupo ou comunidade pesquisados. 
3 Quanto ao número 
de observadores 
a) Observação individual: realizada por um só pesquisador. 
b) Observação em equipe: quando há o trabalho integrado de 
uma equipe de observadores. 
4 Quanto ao local de 
observação 
a) Observação em campo: observação feita dos fenômenos na 
realidade social. 
b) Observação em laboratório: quando as situações são 
criadas em laboratórios. 
Fonte: Marques et.al (2014, p. 57-60) 
 
 
Além destas quatro formas, ainda temos a observação enquanto técnica de 
atuação na realidade. Também denominada de observação militante. No entanto, 
esta técnica pode estar permeada por concepções ideológicas ou políticas as quais 
visam à estimulação da mudança dos grupos e comunidades envolvidas. 
 
2.5.4 História oral 
A história oral é uma técnica de coleta de dados que vem sendo utilizada 
cada vez mais em ciências humanas e sociais devido ao alcance junto aos 
pesquisados e se subdivide em: 
 
 
 
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a) História de vida 
A história de vida é uma técnica de coleta de dados utilizada na história oral 
quando o/a depoente é o informante fidedigno de um determinado momento 
histórico, de um grupo social, de uma instituição ou da sua própria vida, que de 
alguma forma, merece ser recontada para fazer parte da memória coletiva. 
É importante que o/a pesquisador/a tenha clareza de que a memória muda 
pelo esquecimento de detalhes, pelas diferentes leituras de um mesmo 
acontecimento de acordo com as influências do contexto, pela presença do/a 
pesquisador/a e a percepção do lugar social e da ideologia que representa. 
Portanto, a história de vida não é indicada para investigar fenômenos porque reflete 
a visão muito particular de uma pessoa, não cabendo ao/à pesquisador/a interferir 
ou corrigir o relato. Fundamenta-se na fala de um/a só informante. Denzin (1973, 
p.220 apud MINAYO, 2014, p. 126), afirma que: 
 
A História de Vida apresenta as experiências e as definições vividaspor uma pessoa, um grupo, uma organização, como esta pessoa, 
esta organização ou este grupo interpretam sua experiência. O/a 
depoente deve estar totalmente livre para falar/relatar os fatos como 
quiser, na ordem cronológica ou de importância que escolher. Esses 
detalhes devem ser observados pelo/a pesquisador/a que deve ter 
ouvido e olhos atentos. 
 
 
b) Depoimento oral 
O depoimento oral também é uma técnica de coleta de dados utilizada na 
história oral quando o objetivo da pesquisa é recontar a trajetória de um 
determinado grupo social ou desvelar um determinado fenômeno. Para optar por 
esse tipo de investigação o/a pesquisador/a precisa se constituir em um/a 
“interlocutor válido”, isto é, conhecer o assunto para poder analisar os discursos, 
interferir quando necessário para reenfocar o tema, evitando que o/a depoente fuja 
do assunto. 
Afirmamos anteriormente que toda pesquisa exige uma revisão bibliográfica e 
um bom conhecimento teórico sobre o tema a ser investigado, por isso, quando se 
ouve o depoimento de presos, por exemplo, é essencial que conheçamos o sistema 
carcerário, as características desses grupos (psicológicas, de sobrevivência, 
religiosas, etc.), sobre processos, sobre injustiça social, para termos parâmetros de 
análise (sem julgar como certo ou errado). 
É importante que a cada depoimento o/a pesquisador/a tenha clareza: De 
 
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quem fala, de onde fala e do que fala. Devemos transitar no equilíbrio, não sendo 
ingênuos/as a ponto de pensarmos que o/a depoente é neutro na sua fala ou juízes, 
mantendo uma constante desconfiança. 
A natureza desse tipo de coleta de dados é recolher os depoimentos e depois 
de transcrevê-los, efetivar uma análise comparativa, apontando contradições e 
convergências sobre um mesmo fato ou conceito. Exige-se um número de 
informantes que seja capaz de representar o universo pesquisado. 
c) Relato de vida (Tranche de vie = Pedaço de vida) 
 O relato de vida é uma técnica de coleta de dados utilizada na história oral 
quando o objetivo da pesquisa é recontar um determinado momento histórico. O/a 
informante fica menos livre porque o papel do/a pesquisador/a, com maior domínio 
da situação, é focalizar o depoimento no tema que investiga procurando trazer o/a 
depoente de volta quando este começar a divagar ou a relatar outros episódios. 
Esta técnica é indicada para recompor um determinado período da história 
geral ou de uma instituição ou fenômeno. Por exemplo, colher relatos de pessoas 
que participaram da Coluna Prestes; de determinada empresa; da fundação de uma 
instituição ou grupo. 
Neste tipo de coleta de informações é essencial que o/a pesquisador saiba: 
Quem fala; de onde fala; do que fala, pois, sobre um mesmo fato podem existir 
relatos antagônicos dependendo de quem fala. 
É importante salientar que quando optamos pela História Oral devemos 
seguir alguns passos metodológicos ao transcrever o que ouvimos. As anotações 
devem ser organizadas e constantes (nossa memória é muito seletiva e corremos o 
risco de esquecer ou desconsiderar falas importantes). Para tanto, é importante que 
sejam utilizados: 
1. Diário de campo: onde serão registradas as falas, as observações, os 
detalhes. Anotar risos, choros, silêncios, má interpretação da pergunta, 
vacilações, expressões corporais etc. Também deve conter as percepções 
e sentimentos do/a pesquisador/a: nojos, indignações, conflitos, desânimo, 
esperança, alegria etc. 
2. Ficha do informante: onde constarão todos os dados necessários para 
identificá-lo no grupo social e frente ao fenômeno investigado (lembrar que 
é significativo sabermos: quem fala; de onde fala e do que fala). 
Estrategicamente, é importante que preenchamos esta ficha após o 
 
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depoimento para não inibir ou censurar a fala do/a depoente, mesmo que 
depois, se assim for solicitado ou exigido, no relatório final não seja 
identificado o nome do/a depoente, usando-se um pseudônimo. 
3. Acervo visual: filmagens, fotografias que auxiliam na estruturação do 
texto. 
4. Depois do material coletado, devemos fazer a transcrição suja, 
fidedigna ao oral, que passa a ser a transposição para outra linguagem, a 
escrita, na qual se perde muito da riqueza do oral e do visual. 
5. Só limpamos (corrigimos) o que vamos utilizar, evitando transcrever o 
caricato da fala do/a informante. O ideal, nessas pesquisas seria o relatório 
através de multimídia (que as academias ainda não aceitam como 
científico, exigindo o texto escrito). 
6. Ao organizar o material para ser transcrito, recomendamos que sejam 
organizados fichamentos temáticos de acordo com o tema do roteiro. 
7. É recomendado analisar os grandes temas de forma comparativa por 
blocos de informantes (mulheres, homens, jovens, crianças, velhos; 
negros/brancos/ índios/ocidentais; autoridades/ detentos etc.). Explicar o 
porquê de cada grupo ter construído de uma maneira o seu relato. 
 
Exercício 2 
 
1 Analise os enunciados a seguir: 
I No processo de produção do conhecimento a definição do tema é a atividade 
anterior à coleta e análise dos dados. 
II Dentre os conceitos de pesquisa está o seguinte: “Pesquisa é um processo 
reflexivo, sistemático, controlado e crítico, que nos conduz a novas descobertas 
[...]”. 
III Os princípios que fundamentam a pesquisa científica são: Contextualização, bom 
referencial bibliográfico, austeridade, espírito científico e acúmulo de informações. 
IV A função da revisão bibliográfica na produção do conhecimento é explicar um 
problema a partir de referências teóricas publicadas na literatura. 
a) Apenas o enunciado II está correto. 
b) Apenas os enunciados II e IV estão corretos. 
c) Apenas os enunciados I e IV estão corretos. 
d) Apenas os enunciados I, II e IV estão corretos. 
e) Todos os enunciados estão corretos. 
 
 
 
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2 Analise os enunciados a seguir. 
I O objetivo da pesquisa de campo é trabalhar sobre dados ou fatos colhidos na 
própria realidade. No entanto, ela manipula variáveis de acordo com o interesse do 
pesquisador. 
II A diferença essencial entre pesquisa-ação e pesquisa de intervenção é o papel do 
pesquisador e dos participantes. 
III A pesquisa experimental pode ser usada em qualquer área do conhecimento, no 
entanto que se construam corretamente as variáveis a serem observadas. 
a) Apenas os enunciados II e III estão corretos. 
b) Apenas o enunciado I está correto. 
c) Apenas o enunciado II está correto. 
d) Apenas os enunciados I e II estão corretos. 
e) Nenhum enunciado está correto. 
 
3 Analise os enunciados a seguir. 
I As modalidades de pesquisa mais utilizadas são: pesquisa bibliográfica, pesquisa 
de campo, pesquisa experimental. 
II O que diferencia um roteiro de entrevista e um questionário é a presença ou 
ausência do pesquisador 
III As técnicas de pesquisa mais utilizadas em pesquisa qualitativa são as 
entrevistas. 
a) Apenas os enunciados II e III estão corretos. 
b) Apenas o enunciado I está correto. 
c) Apenas o enunciado II está correto. 
d) Nenhum enunciado está correto. 
e) Todos os enunciados estão corretos. 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 3 - PROJETO DE PESQUISA 
 
 
 
3.1 Conceito 
 
 
Sem um projeto de pesquisa, os pesquisadores lançam-se a um trabalho 
inseguro, desorientado, redundando em desperdício de esforços e recursos 
(BARROS, LEHFELD, 1990, p.97). O Projeto de Pesquisa é um Plano de Trabalho 
e, portanto, é redigido antes de realizar a pesquisa. Os verbos, em geral, devem 
estar conjugados no presente e no futuro. Exige do/a pesquisador/a um 
conhecimento prévio, obtido através da pesquisa exploratória, sobre a 
viabilidade/relevância do tema, da instituição ou grupo a serem pesquisados. 
Escreve-se um projeto para: 
1. Mapear um caminho a ser seguido durante a investigação.2. Esclarecer para o próprio investigador os rumos do estudo. 
3. Comunicar seus propósitos para a comunidade científica. 
Segundo Rudio (2000), a escolha de um tema de pesquisa exige um 
conhecimento prévio do tema (pesquisa exploratória) e merece que o pesquisador 
faça sérias indagações: 
1. Trata-se de um problema original? 
2. O problema é relevante? 
3. Ainda que seja “interessante”, é 
adequado para o/a pesquisador(a)? 
4. Há possibilidades reais para executar 
tal estudo? 
5. Existem recursos financeiros para a 
investigação deste tema? 
6. Haverá tempo suficiente para 
investigar tal questão? 
Fonte: http://migre.me/2XvkM 
 
3.2 Escolha do tema 
 
A escolha do tema deve se dar na temática do curso que a pessoa estiver 
realizando e não simplesmente na sua área original de formação. Todavia, salienta-
se que existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o 
trabalho de pesquisa: 
 
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1. Fatores internos: afetividade em relação a um tema ou alto grau de 
interesse pessoal; tempo disponível para a realização do trabalho de 
pesquisa; o limite das capacidades do/a pesquisador/a em relação ao tema 
pretendido. 
2. Fatores externos: o significado do tema escolhido, sua novidade, sua 
oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais; o limite de tempo 
disponível para a conclusão do trabalho; material de consulta e dados 
necessários ao/à pesquisador/a. 
 Segundo Leite (2001, p.82), a escolha do tema “reveste-se de grande 
importância e merece uma reflexão séria”, pois o prazer de pesquisar e a qualidade 
da pesquisa a ser realizada são determinados pela escolha do tema. Por isso, 
segundo o autor, deve-se levar em consideração: 
1. A vocação: “cada pessoa, no decorrer dos estudos, já demonstra inclinação 
especial por uma determinada área do conhecimento” (LEITE, 2001, p.83). A 
preferência pessoal se revela como expressão concreta da vocação. 
2. Qualificação: “a real apreciação da competência pessoal ou da qualificação 
intelectual [...] é bom ajuizar-se das reais aptidões e limites dos 
conhecimentos básicos e complementares exigidos em tarefa de tal 
envergadura” (LEITE, 2001, p. 83). 
3. Objetivo profissional: “o objetivo primordial é a aquisição de experiência, de 
domínio sobre a área escolhida [...] A vantagem é dupla, e as possibilidades 
de desenvolver o processo cognitivo, absolutas” (LEITE, 2001, p.85). 
 
3.3 Estrutura do projeto de pesquisa 
 
 A estrutura de um projeto de pesquisa pode ser a indicada a seguir e que 
constitui o SUMÁRIO do mesmo. Trata-se de uma estrutura padrão que serve para 
todas as áreas do conhecimento. O que varia são as informações constantes em 
cada tópico. 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... XX 
2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... XX 
3 OBJETIVOS DA PESQUISA ................................................................................ XX 
3.1 Geral ..................................................................................................................... XX 
3.2 Específicos .......................................................................................................... XX 
4 METODOLOGIA OPERACIONAL ........................................................................ XX 
4.1 Problema ............................................................................................................. XX 
4.2 Hipótese(s) ou questão(ões) norteadora(s) ....................................................... XX 
4.3 Fundamentação teórica ...................................................................................... XX 
4.4 Caracterização da pesquisa ............................................................................... XX 
4.5 Abrangência da pesquisa ................................................................................... XX 
4.5.1 Área geográfica ..................................................................................................... XX 
4.5.2 Clientela: população-alvo e sujeito(s).......................................................................XX 
4.5.3 Recursos humanos ................................................................................................ XX 
4.6 Procedimentos de coleta de dados .................................................................... XX 
4.7 Procedimentos de análise e interpretação dos dados...................................... XX 
5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FÍSICA ............................................................ XX 
6 CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO FINANCEIRO ............................................. XX 
7 INDICATIVO DA NATUREZA FINAL DO DOCUMENTO ..................................... XX 
 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... XX 
 APÊNDICES ........................................................................................................ XX 
 
 
 
 
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MODELO DE CAPA: 
 
NOME DO ESTUDANTE 
(letras maiúsculas tamanho 14, centralizado, negritado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Layout da página: Papel A4 
Margem esquerda: 3cm 
Margem superior: 3cm 
Margem direita: 2cm 
Margem inferior: 2cm 
 
 
 
 
TÍTULO DO PROJETO 
[letras maiúsculas, tamanho 16, centralizado, negrito] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO 
CAMPO GRANDE – MS 
20XX 
(letras maiúsculas, tamanho 12, centralizado, negrito) 
 
 
33 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
MODELO DE FOLHA DE ROSTO 
 
NOME DO ESTUDANTE 
[letras maiúsculas tamanho 14, centralizado, negritado] 
 
 
 
 
 
Layout da página: Papel A4 
Margem esquerda: 3cm 
Margem superior: 3cm 
Margem direita: 2cm 
Margem inferior: 2cm 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA 
[letras maiúsculas, tamanho 16, centralizado, negrito] 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado à 
Universidade Católica Dom Bosco, Curso de 
Pós-graduação Lato Sensu em ........................., 
sob a orientação do(a) Prof(a)...................para 
avaliação parcial da disciplina de Trabalho de 
Conclusão de Curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPO GRANDE - MS 
20XX 
[letras maiúsculas, tamanho 12, centralizado, negrito] 
 
 
 
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Na sequência há as orientações de como prestar as informações do Projeto 
de Pesquisa ou Plano de Trabalho. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Faz-se aqui uma breve apresentação do Projeto de Pesquisa, indicando sua 
finalidade e sua vinculação institucional. 
 
2 JUSTIFICATIVA 
 
A justificativa deve trazer uma breve contextualização do tema, sua relação 
com a prática profissional do aluno (se for o caso), bem como os motivos da 
escolha do tema e sua relevância para o mundo acadêmico e o momento atual. A 
relevância poderá ser em termos econômicos, profissionais, científicos, sociais, 
educacionais etc. 
 
3 OBJETIVOS 
 
Referem-se ao que se pretende alcançar com a pesquisa proposta. Como o 
próprio nome indica, é o que se objetiva, aquilo que se busca. Os objetivos devem 
ser concisos e claros, sem delongas. Eles devem ser iniciados com o verbo no 
infinitivo e se dividem em dois tipos: 
 
3.1 Objetivo geral 
 
Deve-se redigir um único objetivo geral. 
 
3.2 Objetivos específicos 
 
Os objetivos específicos são os detalhamentos do objetivo geral e também 
devem ser concisos e claros. Geralmente indicam-se de 2 a 3 objetivos. 
 
4 METODOLOGIA OPERACIONAL 
 
4.1 Problema 
O problema é o ponto de partida da pesquisa e deve ser apresentado em 
forma de pergunta, que será respondida no decorrer da pesquisa. Sugere-se35 
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apenas uma pergunta, da qual se extrai o título do trabalho. O problema deve 
orientar a pesquisa. 
 
4.2 Hipótese ou resposta norteadora 
Nesta etapa devem constar as possíveis respostas para o problema de 
pesquisa, ou seja, o que supõe responder à pergunta constituinte do problema. 
 
4.3 Fundamentação teórica 
Neste tópico faz-se a apresentação da base teórica que se pretende utilizar 
na pesquisa, destacando os principais conceitos, usando para tanto as citações 
diretas [longas ou breves] e indiretas, mas sempre indicando corretamente os 
autores, data e página, no caso de citação direta e autores e ano, quando se tratar 
de citação indireta. O referencial teórico traz um breve indicativo do estado da arte 
sobre o tema, ou seja, uma indicação para saber se o assunto é muito recorrente no 
universo científico e se há ou não abundância de material escrito sobre o mesmo. 
 
4.4 Caracterização da pesquisa 
 
Neste tópico devem se apresentar as características da pesquisa, qual seja: 
indicar se a mesma segue alguma tendência ideológica [corrente de pensamento], 
método [analítico-sintético, indutivo-dedutivo, hipotético-dedutivo, cartesiano, 
dialético] se será pesquisa de campo [para se enquadrar em quantitativa ou 
qualitativa] ou apenas revisão bibliográfica e fazer indicação de tipos de pesquisa 
[seguido o material instrucional]. 
 
4.5 Abrangência da pesquisa 
 
4.5.1 Área geográfica 
Neste subtópico se deve indicar a localidade de realização da pesquisa caso 
a mesma seja de campo. No caso de revisão bibliográfica e análise documental 
informar que não há um lócus determinado 
 
4.5.2 Clientela: população-alvo e sujeito(s) 
Neste subtópico se deve indicar quem é a população-alvo da pesquisa, qual 
seja, qual o segmento da população que será atingida direta ou indiretamente com 
 
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os resultados da pesquisa. O(s) sujeito(s) da pesquisa será(ão) sempre o(s) 
pesquisador(es) e as pessoas que participarem concedendo entrevistas, 
respondendo questionários ou que terão outro tipo de atuação na pesquisa. 
 
4.5.3 Recursos humanos 
Indicar neste subtópico as pessoas que ajudarão na realização da pesquisa, 
sem identificação de nomes. 
 
4.6 Procedimentos de coleta de dados 
 
Neste tópico se deve indicar com clareza todos os procedimentos (o quê e o 
como) que serão adotados para coletar as informações, quer seja em pesquisa de 
campo quer por revisão bibliográfica. 
 
4.7 Procedimentos de análise e interpretação dos dados 
 
Neste tópico o pesquisador deve informar como serão feitas as análises dos 
dados coletados quer dados primários coletados no campo, quer dados secundários 
coletados na literatura. 
 
5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FÍSICA 
 
Neste tópico o pesquisador deve indicar as etapas do trabalho: desde o 
levantamento bibliográfico até o envio da versão final do TCC, assinalando o(s) 
mês(meses) correspondente(s). Segue um exemplo no caso de uma pesquisa de 
campo. Se a pesquisa for somente por revisão bibliográfica basta eliminar as linhas 
que não dizem respeito a este tipo de pesquisa 
 
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS Ano: ........MESES 
0
1 
0
2 
0
3 
0
4 
0
5 
0
6 
1 Levantamento bibliográfico e documental 
2 Elaboração de instrumentos de coleta de dados [só 
para pesquisa de campo] 
 
3 Teste piloto [só para pesquisa de campo] 
4 COLETA DE DADOS 
4.1 Revisão bibliográfica e análise documental 
4.2 Realização de entrevistas ou aplicação de questionário 
[só para pesquisa de campo] 
 
 
37 
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5 Análise e interpretação de dados 
6 Tabulação de dados quantitativos [só para pesquisa de 
campo] 
 
7 Organização e categorização de dados qualitativos [só 
para pesquisa de campo] 
 
8 Redação e digitação preliminar da monografia 
9 Revisão da redação preliminar 
10 Entrega/depósito 
11 Apresentação/defesa 
 
 
6 CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO FINANCEIRO (SE EXISTIR) 
 
Neste tópico, o pesquisador deve apresentar as despesas que serão feitas 
para a realização da pesquisa. O que segue são apenas sugestões. Caso o projeto 
não tenha custos diretos, isso deve ser explicado aqui, sem a necessidade da 
tabela abaixo. 
 
PROCEDIMENTOS 
OPERACIONAIS 
MESES – VALOR EM R$ 
02 03 04 05 06 07 08 09 10 T 
1 AQUISIÇÃO MATERIAL 
PERMANENTE 
 
1.1 Gravador 
 
 
 
1.2 Computador e Impressora 
 
 
 
1.3 Aquisição de livros e revistas 
 
 
 
1.4 Equipamentos diversos 
 
 
 
2 MATERIAL DE CONSUMO 
2.1 Papel e tinta para impressora 
 
2.2 Combustível 
 
3 DESPESAS COM 
REPROGRAFIA 
 
4 DESPESAS COM 
TELEFONE, INTERNET. 
 
5 PARTICIPAÇÃO EM 
EVENTOS 
 
 
 
 
 
 
6 PAGAMENTO SERVIÇOS 
TERCEIROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 INDICAÇÃO DA NATUREZA FINAL DO DOCUMENTO 
 
Neste tópico deve-se anunciar que o resultado da pesquisa será um artigo, 
indicando-se os tópicos provisórios do artigo, sendo obrigatória a inclusão de 
INTRODUÇÃO, CONCLUSÃO e REFERÊNCIAS. 
 
REFERÊNCIAS 
 
As referências devem ser organizadas em ordem alfabética pelo nome de 
entrada. No caso de autores de artigos, livros, monografias (incluindo dissertações 
e teses) a entrada dá-se pelo último sobrenome do autor [acompanhado de FILHO, 
NETO, SOBRINHO, JÚNIOR], depois segue o primeiro nome. A listagem das obras 
e documentos deve ser única, não mais se separa por natureza e fonte. 
 
Exemplos de Referências: 
Artigos ou Textos de Revistas Científicas: 
MACHADO, L. V.; FACCI, M. G. D.; BARROCO, S. M. S. Teoria das emoções em 
Vigotski. Psicol. estud., Maringá, v. 16, n. 4, p. 647-57, 2011. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-
73722011000400015&script=sci_arttext>. Acesso em: 16/03/2018. 
 
Monografia, Dissertação e Tese: 
TOASSA, G. Emoções e vivências em Vigotski: investigação para uma 
perspectiva histórico-cultural. 348f. 2009;Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, 
Universidade de São Paulo, São Paulo. 
 
Livros: 
VYGOTSKI, L. S. Obras escolhidas. Tomo IV. Madri: Visor, 2006. 
 
Textos e Artigos da Internet: 
MENEZES, H. S. O período sensório-motor de Piaget. São Paulo: Psicologado, 
2012. Disponível em: <https://psicologado.com/psicologia-geral/desenvolvimento-
humano/o-periodo-sensorio-motor-de-piaget>. Acesso em: 16/03/2018. 
 
APÊNDICE 
 
Exemplos de possibilidades de apêndice 
 
ROTEIRO DE ENTREVISTAS 
FORMULÁRIOS 
QUESTIONÁRIOS 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-73722011000400015&script=sci_arttext%3e
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-73722011000400015&script=sci_arttext%3e
https://psicologado.com/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/o-periodo-sensorio-motor-de-piaget
https://psicologado.com/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/o-periodo-sensorio-motor-de-piaget
 
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3.4 Orientações complementares na elaboração do Projeto de 
Pesquisa 
 
Em complemento ao que consta acima quanto à elaboração do Projeto de 
Pesquisa, salientamos que: 
1 O título (o que pesquisar): apresenta a área de interesse a ser pesquisada, 
já delimitada em alguns aspectos: assunto, população, instituição, período etc. Pode 
ter uma conotação criativa e singular. Via de regra, o título “nasce” da pergunta 
constituinte do problema da pesquisa. 
2 Justificativa (por que pesquisar?): é o momento em que se busca 
convencer de que o projeto possui relevância científica. Tal convencimento é 
fundamental e deve para isso demonstrar sua relevância para a sociedade ou para 
algum grupo específico de indivíduos. A justificativa exalta a importância do tema a 
ser estudado, ou justifica a necessidade de se levar a efeito tal empreendimento.Também devem ser indicadas as motivações pessoais para a escolha do tema. 
Pode ser colocada, resumidamente e de forma objetiva, a trajetória de vida do/a 
pesquisador/a que o/a qualifica para o trabalho de pesquisa. Sobre a justificativa 
num projeto de pesquisa, afirma Bittar (2000, p.14), que se trata de “convencer 
sobre a relevância científica do problema; contextualizá-lo historicamente; explicar 
quais os motivos que levaram a pesquisar o tema e qual a contribuição que tal 
estudo trará para a sociedade”. 
3 Definição do problema (quais as perguntas/dúvidas que queremos 
responder com essa pesquisa?): definir o problema equivale a fazer um recorte na 
realidade, a delimitar o tema. Segundo Severino (2007, p.75), 
 
[...] antes da elaboração do trabalho, é preciso ter ideia clara do 
problema a ser resolvido, da dúvida a ser superada. Exige-se 
consciência da problemática específica relacionada com o tema 
abordado de determinada perspectiva, cuja natureza especificará o 
tipo e o método de pesquisa e de reflexão a serem utilizados no 
decorrer do trabalho. 
 
 
 Nesse mesmo sentido Barral (2003, p. 68), afirma que “[...] não basta 
delimitar o tema, mas deve-se identificar um problema específico que será 
analisado no trabalho. [...] A problematização se relaciona com o foco do trabalho, 
no que se refere àquele tema. É a pergunta que pretende ser respondida ao final do 
 
40 
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trabalho científico”. 
Para facilitar a compreensão seguem alguns exemplos de 
problemas/questões de pesquisa, quais sejam: 
a) Quais as características/estilo de vida das crianças obesas? 
b) Quais os elementos da ansiedade? 
c) Existe relação entre pressão familiar e iniciação esportiva precoce? 
d) Que relação existe entre nível de escolaridade e tipo de delito na área do 
Direito Penal? 
e) Em que termos o cooperativismo pode representar sustentabilidade 
econômica? 
 Cada tipo de questão (problema) exige um tipo de investigação, a escolha 
adequada de técnicas de coleta de dados e análise adequada dos achados. 
4 Objetivo(s). “Uma vez estipulado o que será estudado no trabalho, deve-se 
esclarecer no projeto o objetivo do trabalho, ou seja, o que se pretende com a 
proposta apresentada” (BARRAL, 2003, p. 
73). A definição do(s) objetivo(s) determina o 
que o/a pesquisador/a quer atingir com a 
realização da pesquisa. Iniciamos a 
formulação de um objetivo com um verbo no 
infinitivo. 
Fonte: http://migre.me/2XzHo 
Os verbos, no infinitivo, mais utilizados na formulação de objetivos são: 
 
Demonstrar, avaliar, caracterizar, comparar, correlacionar, 
descrever, diagnosticar, diferenciar, identificar, classificar, 
conceituar, categorizar, desenvolver, dimensionar, enumerar, 
formular, listar, organizar, operacionalizar, propor, relacionar, 
selecionar, verificar (MARQUES et al., 2014, p.100). 
 
Podemos definir objetivo geral (O quê? Para quê?) e outros objetivos 
específicos (detalhamento do objetivo geral em ações mais imediatas e menos 
amplas que, efetivadas, levando ao alcance do objetivo geral). 
Exemplo:1 
Objetivo geral: 
 
1 Extraídos do projeto de TCC de Carlos Alberto Ricci Piorscki, cujo tema é: O trabalho escravo no 
Brasil após 1988, e as consequências jurídicas aos empregados e empregadores. 2009. Este projeto 
está no portal UCDB/MARCATO, Curso Direito do Trabalho 2009B. 
 
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Demonstrar, por meio da análise da legislação pertinente e decisões 
jurisprudenciais, os reflexos jurídicos do trabalho escravo após a Constituição 
Federal de 1988, tanto para o empregador quanto para o empregado. 
Objetivos Específicos: 
a) Dimensionar as principais características do trabalho escravo no Brasil, 
após promulgação da Constituição Cidadã. 
b) Identificar os direitos e deveres dos empregadores e empregados na 
relação configuradora do trabalho escravo. 
 É importante observar que os objetivos devem ser frases curtas e diretas, 
indicando as metas a serem alcançadas com o trabalho acadêmico. 
5 Formulação de hipótese(s) (quais suposições?): 
 
A palavra hipótese vem de hipo=antes, anterior + tese = afirmação, 
verdade. Logo, hipótese é uma afirmação (mesmo que na expressão 
negativa) tida provisoriamente como verdade, ou seja, é algo que 
precisa ser confirmado ou refutado pela pesquisa. Diz-se 
pedagógica e didaticamente que a hipótese é uma resposta ao 
problema formulado, e como tal deve ser redigida (MARQUES et al., 
2014, p.96). 
 
 A hipótese deve estar fundamentada em teoria, observação, em resultados 
de outras pesquisas ou mesmo intuição. Neste sentido, hipótese é uma afirmação 
categórica (uma suposição), que tenta responder ao problema de pesquisa. O 
trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a hipótese levantada. 
 
É preciso não confundir hipótese com pressuposto, com evidência 
prévia. Hipótese é o que se pretende demonstrar e não o que já se 
tem demonstrado evidente, desde o ponto de partida. Muitas vezes, 
ocorre esta confusão, ao se tomar como hipóteses proposições já 
evidentes no âmbito do referencial teórico ou da metodologia 
adotados. E, nesses casos, não há mais nada a demonstrar, e não 
se chegará a nenhuma conquista e o conhecimento não avança 
(SEVERIN0, 1993, p. 129). 
 
 As hipóteses podem ser utilizadas em qualquer área do conhecimento, no 
entanto, são mais apropriadas ao universo das ciências exatas e da natureza. As 
hipóteses ao serem formuladas devem ser consistentes, compreensíveis, 
explicativas, ligadas ao problema formulado, tentando criar uma suposição plausível 
de solução àquele problema (MARQUES et al., 2014). 
 
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 6 Fundamentação teórica (quais os pressupostos 
teóricos?): é um passo sempre exigido num Projeto de 
Pesquisa. Este item não deve ser uma lista de autores e livros 
que abordaram o tema, mas sim a descrição preliminar do 
“estado da arte”, ou seja, do conhecimento atual sobre o 
problema. O autor do projeto demonstrará de forma sintética, 
no referencial teórico, o que sabe antes de começar a 
pesquisa. A descrição dos conceitos fundamentais 
relacionados ao tema proposto. 
Fonte: http://migre.me/2XKTi 
 Em termos gerais, é preciso fazer uma explicitação dos conceitos e 
categorias que serão utilizados na pesquisa. Devemos ser sintéticos e objetivos, 
estabelecendo um diálogo entre a teoria e o problema a ser investigado. Para Bittar 
(2000, p.14), a função do referencial teórico é “explicar qual a base teórico-
metodológica que embasa o problema; qual a perspectiva filosófica e ideológica do 
pesquisador; citar autores que já estudaram sobre o mesmo tema”. 
7 Caracterização da pesquisa: é a explicação do tipo de pesquisa ou a 
combinação de duas ou mais formas de pesquisa: bibliográfica, de campo, 
experimental, quantitativa, qualitativa, documental, de observação, etc. Indica-se 
também a abordagem e o método. Para que o Projeto de Pesquisa seja realmente 
um Plano de Trabalho compreensível para quem o lê, é conveniente que cada item 
da caracterização da pesquisa seja devidamente explicado. 
8 Referências: relacionar as referências 
básicas que foram utilizadas, textos fundamentais que 
abordam a problemática, em questão. Estas 
referências serão enriquecidas no decorrer da 
execução da pesquisa. Todas as citações feitas no 
projeto devem constar como referências bibliográficas 
no final. Observar as Normas da ABNT. 
 Fonte: http://migre.me/2XBMP 
 
 
 
 
 
http://migre.me/2XBMP
 
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Exercício 3 
 
1 Projeto de pesquisa equivale a um plano de trabalho no qual o pesquisador 
deve fazer constar os elementos tais como: problema de pesquisa, objetivos, 
caracterização da pesquisa, bem como a fundamentação teórica inicial. 
a) Falso 
b) Verdadeiro 
 
2 Quando for possível estabelecer previamente um problema de pesquisa para 
constar do

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