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Curso de Pós-graduação a Distância Métodos e Técnicas de Pesquisa Autores: Heitor Romero Marques José Manfroi Universidade Católica Dom Bosco Virtual www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 2 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Objetivo Geral Possibilitar ao aluno conhecimentos acerca do método científico e dos caminhos da pesquisa científica, auxiliando-o em seus processos de estudos, aprendizagens e pesquisas, tanto na vida acadêmica quanto profissional. SUMÁRIO UNIDADE 1 – OS CAMINHOS DA PESQUISA CIENTÍFICA .................................. 04 1.1 Processo de produção do conhecimento ............................................................ 04 1.2 Etapas necessárias no processo de produção do conhecimento ....................... 05 UNIDADE 2 – PESQUISA CIENTÍFICA ................................................................... 08 2.1 Em busca de um conceito de pesquisa .............................................................. 08 2.2 Princípios da Pesquisa Científica ........................................................................ 09 2.3 Tipos de Pesquisa .............................................................................................. 10 2.4 Modalidades mais utilizadas em pesquisa .......................................................... 15 2.5 Técnicas para a coleta de dados e informações ................................................. 17 UNIDADE 3 – PROJETO DE PESQUISA ................................................................ 29 3.1 Conceito .............................................................................................................. 29 3.2 Escolha do tema ................................................................................................. 29 3.3 Estrutura do projeto de pesquisa ........................................................................ 30 3.4 Orientações complementares na elaboração do Projeto de Pesquisa ................ 39 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 44 3 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 INTRODUÇÃO A disciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa tem por finalidade oferecer subsídios para quem precisa preparar e executar pesquisa científica, bem como apresentar os respectivos relatórios. Para tanto, a Disciplina está organizada da seguinte forma: Unidade 1- Os caminhos da pesquisa científica. O objetivo da unidade é apresentar as principais etapas no processo de produção do conhecimento. É fundamental para todos os que desejam fazer uma pesquisa, saber onde e como começa; como se estrutura; quem acompanha e orienta; como colher as informações e dados; o que fazer com eles; e finalmente, como elaborar o texto de acordo com a normatização científica. Unidade 2 – Pesquisa científica. Nesta unidade busca-se apresentar os elementos essenciais da pesquisa científica e conhecer os conceitos de pesquisa mais relevantes, as diversas modalidades e técnicas de levantamento de dados e informações. Unidade 3 – Projeto de pesquisa. Busca compreender e estruturar o projeto de pesquisa. O processo de produção do conhecimento científico deve ser planejado em seus mínimos detalhes para que se tenha êxito. Esta unidade vai nos ajudar a organizar passo a passo o projeto de pesquisa. O tempo gasto na elaboração do projeto é muito precioso e dará frutos no posterior desenvolvimento da pesquisa. Unidade 4 – Orientações e normatizações para redação de textos científicos. O objetivo desta unidade é demonstrar como se configura os trabalhos científicos, segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. Bom Estudo. Prof. Dr. Heitor Romero Marques Prof. Dr. José Manfroi 4 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 UNIDADE 1 – OS CAMINHOS DA PESQUISA CIENTÍFICA 1.1 Processo de produção do conhecimento A universidade fundamenta-se no tripé ensino, pesquisa e extensão. Portanto, pesquisar faz parte de sua formação tanto em nível de graduação quanto em nível de pós- graduação. É preciso entender o que é pesquisar, como pesquisar e por que pesquisar. É importante perceber que pesquisar exige estudo, seriedade, persistência, organização, ética, compromisso social e político, intencionalidade, criatividade. Além disso, pesquisar deve ser uma ação prazerosa, pois é livre a escolha da área de conhecimento, o tema e o grupo a ser pesquisado. Fonte: http://migre.me/2RYdD Por intermédio da pesquisa científica, poderemos encontrar respostas para nossas dúvidas e de muitas outras pessoas e, numa ação dinâmica e cheia de movimento como a própria vida, iremos nos deparar com novas questões e novas dúvidas que vão, sucessivamente, instigar a curiosidade e a vontade de estudar e pesquisar cada vez mais. O ato de pesquisar deve nos tornar mais humildes, pois há muito a estudar e descobrir; mais solidários, pois as maiores descobertas são frutos do trabalho de muitos/as pesquisadores/as; mais comprometidos social e politicamente, pois não pesquisamos para nós, os resultados das pesquisas científicas devem ser de domínio público e de fácil acesso à população em geral. Minayo (2014, p. 25-6), professora e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz/RJ, adverte: Diferentemente da arte e da poesia que se concebem na inspiração, a pesquisa é um labor artesanal, que se não prescinde da criatividade, se realiza fundamentalmente por uma linguagem fundada em conceitos, proposições, métodos e técnicas, linguagem esta que se constrói com um ritmo próprio e particular. A esse ritmo denominamos ciclo de pesquisa, ou seja, um processo de trabalho em espiral que começa com um problema ou uma pergunta e termina com um produto provisório capaz de dar origem a novas interrogações. 5 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Entender a lógica deste processo nos permite caminhar com maior clareza e objetividade na estruturação e elaboração da pesquisa científica. 1.2 Etapas necessárias no processo de produção do conhecimento Para melhor entendimento da trajetória de uma pesquisa, apresentamos a seguir, um quadro, no qual se podem identificar as diversas e diferentes atividades em cada etapa de uma pesquisa. Quadro 1 – Etapas da pesquisa ETAPAS ATIVIDADES 1 Definição do tema e elaboração do Projeto de Pesquisa 1.1 Seleção do tema e formulação do problema. 1.2 Pesquisa exploratória (É isso mesmo? É viável? É relevante social, acadêmica e pessoalmente? Existe bibliografia disponível? Professor/a orientador/a?). 1.3 Definições sobre a pesquisa/delimitação do tema: caracterização minuciosa do grupo a ser pesquisado / instituição / espaço geográfico etc. 1.4 Levantamento da(s) hipótese(s) que levem à solução/ explicação do problema. 1.5 Revisão bibliográfica inicial que garanta suporte teórico para o desenvolvimento do tema. 1.6 Indicação dos recursos metodológicos. 2 Definição do/a orientador/a e redefinição do tema (sendo necessário) 2.1 Escolha do/a professor/a orientador/a. 2.2 Discussão do tema escolhido com o/a orientador/a. Verificar a viabilidade e a relevância da pesquisa. 2.3 Revisão do Projeto de Pesquisa. 2.4 Reescrita do Projeto (se exigido pelo/a orientador/a). 2.5 Definição do cronograma de orientação e de atividades a desenvolver (datas de orientação e pesquisa; prazos de entrega de material escrito). 2.6 Elaboração do plano de trabalho (sumário provisório / capítulos ou partes). 3 Definição do tipo de pesquisa, seleção, construção e aplicação dos instrumentos de coleta de dados 3.1 Escolher o tipo de pesquisa que melhor se ajuste ao objeto em estudo. 3.2 Recursos metodológicos: escolher um ou mais de acordo com a pesquisa a ser realizada, comopor exemplo: questionário, roteiro de entrevista, roteiro de observação sistemática, roteiro de estudo de caso, filmagem, registro fotográfico, preparo de materiais para experimentos, roteiro para dinâmicas de grupos e intervenções, roteiro de seminários, etc. 6 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 4 A análise dos dados 4.1 Classificação e organização das informações coletadas. 4.2 Tratamento estatístico dos dados (quando for necessário). 4.3 Estabelecimento das relações existentes entre os dados: análise qualitativa e análise quantitativa. 4.4 Análise dos dados tendo como referência a teoria escolhida. Discussão dos achados com a teoria. 5 A elaboração escrita 5.1 Estrutura provisória do relatório de pesquisa. 5.2 Apresentação ao/a orientador/a. 5.3 Qualificação (quando exigida). 5.4 Redefinição do trabalho com o/a orientador/a. 5.5 Redação provisória. 5.6 Revisão de português e de normas técnicas. 5.7 Redação final. 5.8 Preparação da defesa (quando exigida). 5.9 Defesa oral (quando exigida). 5.10 Redação definitiva a partir das sugestões/ exigências (obrigatório) da Banca. 5.11 Entrega final e revisada do trabalho de pesquisa. Fonte: Adaptado de Pádua (1997). A estrutura do quadro acima serve de guia no processo de organização e produção do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Exercício 1 1 A função da Universidade é a pesquisa, pois é com ela que damos suporte ao ensino e à extensão. a) Verdadeiro b) Falso 2 A pesquisa é uma atividade acadêmica para a pós-graduação, pois a função da graduação é o ensino e a formação básica do aluno. a) Verdadeiro b) Falso 3 Segundo Minayo (2014), o ciclo da pesquisa é um trabalho em espiral que inicia com uma pergunta e termina com um produto provisório capaz de desencadear novas interrogações. a) Verdadeiro b) Falso 4 As etapas do processo de produção do conhecimento, segundo Pádua 7 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 (1997), na ordem lógica são: Definição do tema e elaboração do projeto; escolha do orientador; seleção do tipo de pesquisa, escolha dos instrumentos e coleta de dados; elaboração escrita; análise dos dados. a) Verdadeiro b) Falso 5 O orientador pode sugerir alterações no projeto e o orientando, por sua vez, deve procurar atender o que lhe está sendo solicitado. a) Verdadeiro b) Falso 8 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 UNIDADE 2 - PESQUISA CIENTÍFICA 2.1 Em busca de um conceito de pesquisa Compreender conceitualmente um fato, um fenômeno ou um objeto nos ajuda no momento em que temos que fazer aplicações práticas, como é o caso da pesquisa científica. Nesse sentido, Minayo (2014, p. 17-8), afirma que: Entendemos por pesquisa a atividade básica da Ciência na sua indagação e construção da realidade. É a pesquisa que alimenta a atividade de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo. Portanto, embora seja uma prática teórica, a pesquisa vincula pensamento e ação. Ou seja, nada pode ser intelectualmente um problema, se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema da vida prática (grifo nosso). As questões da investigação estão, portanto, relacionadas a interesses e circunstâncias socialmente condicionadas. São frutos de determinada inserção no real, nele encontrando suas razões e seus objetivos. Também, no sentido conceitual Barros e Lehfeld (1990, p. 87-9), salientam que: [...] para que a pesquisa receba a qualificação de Pesquisa Científica, deve caracterizar-se através da efetivação de um processo que, mediante a aplicação da Metodologia Científica e de técnicas adequadas, procura obter dados fiéis, objetivos, relevantes para se conhecer e compreender um dado fenômeno. [...]. A pesquisa é um processo reflexivo, sistemático, controlado e crítico que nos conduz à descoberta de novos fatos e das relações entre as leis que regem o aparecimento ou ausência dos mesmos. O espírito científico não é inato. A sua edificação e o seu aprimoramento são conquistas que o universitário vai obtendo ao longo de seus estudos, da elaboração de trabalhos acadêmicos e pesquisas científicas. Sabe-se que todo trabalho de pesquisa requer imaginação criadora, iniciativa, persistência, originalidade e dedicação do pesquisador. Porém, todo estudante que vá aos poucos criando hábitos sistematizados de estudo, de montagem de documentação, percorrerá as fases do método de pesquisa sem grandes dificuldades. Na verdade, a Pesquisa Científica não pode ser fruto da intuição do indivíduo, exigindo a admissão de procedimentos metodológicos e de técnicas, como já foi dito. O método deve ser visto como orientador e indicador de um caminho e não como roteiro formal que conduz a resultados automáticos. Para Santos (2000, p.15), “A pesquisa científica pode ser caracterizada como atividade intelectual que visa responder às necessidades humanas”. Muitos outros entendimentos sobre a pesquisa científica poderiam ser 9 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 apresentados, visto que o termo em si é polissêmico, qual seja, apresenta diversos conceitos. 2.2 Princípios da Pesquisa Científica Podemos destacar como princípios da Pesquisa Científica, os seguintes: a) Precisão: O autor deve ser preciso em suas pesquisas, tanto para ganhar tempo em seu trabalho, quanto para que seu texto seja útil. Evitar a dispersão muito comum quando o aluno faz os primeiros resumos bibliográficos e é atraído por variadas obras e enfoques temáticos. O pesquisador não deve alargar, mas restringir e aprofundar o tema, evitando desdobramentos que são interessantes, mas não são essenciais. b) Exaustão: refere-se ao esgotamento não do autor, mas da pesquisa. Todas as obras consultadas devem ser revisadas em sua totalidade, não apenas num item do sumário que se consagra precisamente ao tema da pesquisa. Outros títulos e subtítulos podem conter preciosas informações e reflexões sobre o tema de pesquisa. c) Clareza: O aluno pesquisador não pode escrever para si mesmo, nem para o orientador. Sua obra será acessível ao público na Biblioteca da Universidade, ou talvez, será parcial ou totalmente publicada. Portanto, o texto deve ser inteligível para todo o leitor que reúna um mínimo de conhecimentos ligados ao tema. A clareza dependerá também do plano de trabalho (ou projeto). O texto não fluirá quando o plano de trabalho não for bem feito. A rigor ninguém escreve bem se não sabe o que exatamente deseja escrever. Fonte: http://migre.me/2S0IF d) Contextualização da informação coletada: o aluno deve perceber a escola, ou corrente de pensamento a que pertence o autor consultado, conhecer propostas que ele eventualmente apresente. Toda fonte deve ser explorada ao 10 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 máximo. Mesmo que esse procedimento pareça trabalhoso, muito mais desgastante será retornar à fonte quando, durante a redação do texto final, percebe-se a falta de consistência nas informações ou subsídios coletados. e) Anotação das referências bibliográficas: todas as obras consultadas devem ser inteiramente relacionadas, inclusive o número da página onde se encontra a informação ou comentário. Todos os dados que merecem ser citados devem ser copiados com cuidado, rigorosamente da forma como foram escritos. Tais anotações mostrar-se-ão preciosas no momento da redação dos resultados da pesquisa. f) Austeridade: o trabalho científico dispensa floreios. As frases não devem ser longas, primando-se pela clareza. Na dúvida entre um termo rebuscado e uma expressão clara, a escolha deve repousar sobre a segunda, sem remorsos. Por outro lado, todo termo técnico deve ser acompanhado de uma definição, apoiada por uma referência fidedigna. g) Espírito científico: os fatos e dados não podem ser distorcidos em hipótese nenhuma. Devemos zelar e respeitar escrupulosamente averdade, cultivando a honestidade e não cometendo o plágio. O pesquisador deve construir as suas próprias opiniões e afirmá-las na conclusão depois de ter demonstrado os respectivos fundamentos ao longo do trabalho. Ainda sobre o espírito científico Cervo e Bervian (2007, p.17), afirmam que: O aluno deve dotar-se de um 'espírito científico', que se traduz no senso de observação, no gosto pela precisão e pelas ideias claras, na imaginação ousada, mas regida pela necessidade da prova, na curiosidade que leva a aprofundar os problemas, na sagacidade e o poder de discernimento. Os princípios acima citados, uma vez observados com isenção e rigor, certamente ajudarão para atingirmos um grau de excelência no universo da pesquisa. 2.3 Tipos de Pesquisa O quadro que segue ajuda a entender melhor este universo: 11 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Quadro 2 - Tipos de pesquisa Quanto aos objetivos Exploratória: quando se aproxima do tema pela primeira vez, com finalidade de se chegar ao problema específico e estabelecer hipóteses, com vistas a estudos posteriores. Descritiva: quando se faz descreve e caracteriza fenômenos e populações, estabelecendo relações entre variáveis intervenientes e fatos. Explicativas: quando se explicam as causas, os porquês dos fatos. Experimental: quando a situação de investigação é controlada externamente e intencionalmente; levantamento, que coleta informações/opiniões diretas de um grupo sobre determinado assunto. Outros exemplos: análise de conteúdo, analítico, avaliação, censitário, clínico, ex post facto, história de vida, história oral, levantamento, painel, piloto, psicodrama, semiótica, sociodrama. Quanto à participação do pesquisador Participante: é pesquisa qualitativa, nas investigações etnográficas e sócio-educacionais, com plena participação do pesquisador na comunidade pesquisada. Pesquisa-ação: é pesquisa qualitativa, realiza ações com o objetivo de colher dados e informações. Empírico-analítica: o pesquisador mantém distância estratégica do objeto de pesquisa, buscando não se envolver com as variáveis intervenientes. Quanto à coleta de dados De campo: quando se coleta dados primários, diretamente na fonte, quer qualitativa quer quantitativamente (campo no sentido genérico) De laboratório: é um tipo particular de pesquisa de campo, com interferência artificial e controlada. Bibliográfica: coleta dados secundários, mediante consulta em textos já existentes, como livros, artigos científicos, monografias, dissertações, teses etc. Estudo ou análise documental: coleta dados primários, mediante exames de documentos de forma geral. Estudo de caso: consiste no estudo de determinados indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou comunidades. Quanto à abordagem Qualitativa: é aquela cujos dados não são passíveis de serem matematizados, mediante aplicação da estatística para elaboração de tabelas e gráficos. Quantitativa: é aquela cujos dados podem ser matematizados, ou seja, a análise é feita mediante tratamento estatístico, com elaboração de tabelas e gráficos. Diagnóstica: é aquela que envolve conhecer como é ou está o objeto de estudo. Prognóstica: é aquela que visa conhecer o objeto de estudo em uma perspectiva futura, reconstituindo o todo anteriormente diagnosticado. 12 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Quanto ao método Analítico: analisar em sentido etimológico significa decompor, fragmentar. Então, por este método se decompõe o objeto de estudo em suas partes constituintes e busca-se compreender como essas partes se articulam entre si. Vai, pois do todo às partes, ou seja, do geral para o particular. Sintético: vai-se das partes ao todo, recompondo-o. Indutivo: em sentido de dicionário induzir significa tirar de, arrancar, sacar. Então, neste método se vai da amostra [particular, concreto] para o abstrato [geral], com vista à generalização. Dedutivo: vai-se do geral para o particular, do abstrato para o real. Significa aplicar em [algo particular]. Vai da norma [geral] para o fato [particular], numa cadeia de raciocínio em conexão. É o caminho da consequência. Hipotético-dedutivo: é considerado lógico por excelência, muito usado no universo das ciências naturais. A partir de um problema de pesquisa se estabelece uma hipótese e a partir disso se desenvolve todos os demais procedimentos de pesquisa. Cartesiano: refere-se aos estudos de René Descartes, cujos princípios básicos são os seguintes: 1. Duvidar sempre do conhecimento, 2. Regra da análise – dividir [decompor] o todo [dificuldade] em partes cada vez menores, 3. Regra da síntese: conduzir [recompor] os pensamentos partindo dos objetos [coisas] mais simples para as mais complexas [ordenar], 4. Regra da evidência: não aceitar nada como verdadeiro sem ser reconhecido como tal pela evidência, 5. Regra da verificação [revisão] – fazer enumerações completas para nada omitir e voltar ao momento inicial de dúvida [dúvida metódica]. Dialético: Parte da necessidade da indução e da dedução para o raciocínio, caracterizando-se por ser entendido como a conciliação dos contrários. F. Hegel foi quem definiu suas regras [três momentos]: 1 Tese: [afirmação], 2. Antítese [negação] e 3. Síntese. Aqui a síntese é entendida como resultado do confronto dos dois momentos anteriores, que não marca uma parada definitiva, mas suscita uma nova negação. Fonte: Marques (2014) Para que se compreenda melhor, vamos detalhar um pouco mais alguns tipos de pesquisa, independente de classificação, como seguem. 2.3.1 Pesquisa bibliográfica Procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos. Pode apresentar-se como trabalho científico original. Neste sentido, temos as monografias, dissertações e teses ou resumos de assuntos, que é o primeiro passo da investigação. Pela sua característica eminentemente bibliográfica, o pesquisador deverá assumir uma atitude crítica durante a leitura dos documentos ou livros, buscando delinear com clareza o referencial teórico a ser adotado, seja na elaboração do plano de trabalho, seja na seleção dos autores. 13 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Para desenvolver uma pesquisa puramente bibliográfica, é preciso ser um/a leitor/a atento/a, capaz de identificar as ideias defendidas por um/a autor/a; estabelecer semelhanças e diferenças entre as ideias de diferentes autores/as sobre um mesmo tema; ter uma boa capacidade de redação textual. No entanto, é importante saber que a revisão bibliográfica deve fazer parte de qualquer trabalho científico para que se desenvolva o trabalho a partir do que existe de mais recente na área de conhecimento na qual o tema de pesquisa se insere. 2.3.2 Pesquisa de campo Na pesquisa de campo não se manipulam variáveis, isto é, tomamos os dados como eles se apresentam na natureza, procurando descobrir, com a precisão possível, a frequência com que o fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros fenômenos, sua natureza e características. A pesquisa de campo trabalha sobre dados ou fatos colhidos da própria realidade. Neste tipo de pesquisa é essencial a utilização do caderno ou diário de campo no qual se irão anotar todos os detalhes observados, as dúvidas, e sentimentos em relação ao que se viu e vivenciou, indicações de leituras necessárias e correlação com outros fatos, etc. Fonte: http://migre.me/2S1Lh A pesquisa de campo pode fundamentar-se em qualquer tipo de fonte que registre a presença de indivíduos ou grupos (monumentos, fotografias, pinturas, arquivos institucionais ou pessoais, cartas etc.). O trabalho de campo traz excelentes contribuições para a pesquisa, pois pode produzir estatísticas importantes que permitam a avaliação dos efeitos de ações já desenvolvidas ou em desenvolvimento. Pode também complementaruma dada abordagem teórica com informações originais, devidamente referendadas pelos dados “fenomênicos” apresentados e recolhidos da realidade. A pesquisa de campo é empírica por natureza e se funda na observação que se faz diretamente dos fatos ou na indagação concreta das pessoas envolvidas ou interessadas no tema. A vida profissional, se prestarmos atenção, é um grande laboratório que abre inúmeras oportunidades para a pesquisa de campo. 14 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Quando os dados necessários não se encontram em arquivos, mas devem ser produzidos, é necessária a elaboração de instrumentos de investigação. Há diversas formas de coleta de dados, sendo mais comuns as entrevistas, os questionários e formulários, a história de vida, o depoimento, o relato de vida, a observação, etc. Destacam-se algumas modalidades de pesquisa de campo, a saber: 1. Estudo de caso: pesquisa sobre um determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade para examinar aspectos variados de sua vida. Deve buscar detalhes, particularidades. 2. Pesquisa de opinião: procura saber atitudes, pontos de vista e preferências que as pessoas têm a respeito de algum assunto. 3. Levantamentos: recolhem dados de um número relativamente grande de casos num momento dado. 4. Estudo ou análise documental: como dito no quadro acima, este tipo de pesquisa se dá mediante análise de documentos, gerando dados primários. A rigor é um tipo de pesquisa que se enquadra entre a pesquisa de campo e a revisão bibliográfica. Em muitos casos os documentos estão arquivados em bibliotecas, em repartições públicas e entidades. 2.3.3 Pesquisa experimental Quando utilizada com seres humanos e animais deve ter autorização do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade. Fonte: http://migre.me/2S2zM Segundo Baruffi e Climadon (1997), a pesquisa experimental caracteriza-se por manipular e controlar variáveis relacionadas com o objeto de estudo, oportunidade em que o pesquisador buscar estabelecer relações de causalidade. Barros e Lehfeld (1990, p. 94), explicam de forma mais detalhada os elementos diferenciadores da pesquisa experimental. A investigação experimental - conhecida também por experimentação - adota o critério de manipulação de uma ou mais variáveis independentes (causas), sob adequado controle, a fim de observar e interpretar as modificações e reações ocorridas no objeto de pesquisa (efeito-variável dependente). Assim sendo na pesquisa experimental o investigador interfere na realidade, fato ou situação estudada através da manipulação direta das variáveis. Nos estudos 15 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 experimentais clássicos era costume estudar a relação de uma única variável com o objeto enfocado (causa-efeito). Hoje é frequente estudar a relação de uma ou mais variáveis nos limites de um único experimento, observando-se as inter-relações e graus de intensidade, de influência das variáveis entre si. A pesquisa experimental é também muito utilizada no universo da farmacologia em que elementos ativos são testados no sentido de se conhecer os efeitos que podem causar nos organismos vivos. 2.3.4 Pesquisa-ação O/a pesquisador/a desempenha papel ativo no equacionamento dos problemas encontrados, não só faz a investigação, mas procura desencadear ações e avaliá-las com a participação da população envolvida. Thiollent (1982, p.10), explica com mais detalhes esta modalidade. É um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Esta forma de pesquisa é aconselhável para os pesquisadores que estão com um bom grau de engajamento com o grupo envolvido no processo da pesquisa. 2.3.5 Pesquisa de intervenção É uma pesquisa em que coexistem a investigação e o desenvolvimento de ações que visam minimizar os problemas existentes ou a aplicação de atividades que exigem uma avaliação inicial (pré-teste) e uma avaliação final (pós-teste) para averiguar qual a influência das mesmas sobre a população pesquisada. Difere da pesquisa-ação, pois não exige que os participantes tenham uma ação consciente durante a intervenção ou que participem das decisões. 2.4 Modalidades mais utilizadas em pesquisa Apesar destas modalidades anteriormente descritas, em grande parte das áreas de conhecimento, a pesquisa acomoda-se dentro destas modalidades, adquirindo uma caracterização própria. Vejamos. 16 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 2.4.1 Compilação ou “estado da questão” ou “estado da arte” Escolhido um tema, o aluno parte em busca de toda a literatura e produção científica sobre a referida temática, tanto em âmbito nacional quanto internacional. Embora útil, porque a pesquisa revela o estágio em que se encontra a compreensão ou o debate sobre o tema em determinado momento e lugar, esta modalidade oferece vários riscos: Fonte: http://migre.me/2S3aN a) Transformar o trabalho numa colagem. b) Não dar conta da leitura das últimas publicações sobre o tema. Por isso, a revisão bibliográfica deve ser mantida até o final da pesquisa. 2.4.2 Análise de texto A obra de um autor em seu conjunto ou apenas numa de suas partes, enseja uma investigação, seja por sua originalidade, seja pela contribuição que traz à elucidação de um tema, ou para discutir uso de seus conceitos etc. 2.4.3 Estudo comparativo A expressão “estudo comparativo” está ligada ao “estudo comparado”, devendo ser reservada à correlação de fenômenos que se passam de um lado e de outro entre duas experiências ou concepções diferenciadas. O pesquisador age como um intérprete que procura tornar inteligível outra realidade e outra forma de conceber determinado fenômeno. 2.4.4 Estudo histórico Aqui, os conhecimentos estão indissociavelmente associados aos históricos, numa construção interdisciplinar de grande valia para a área de conhecimento em foco. Conhecer a história mostra-se essencial para a compreensão do problema da pesquisa em questão. Quando o objeto escolhido é local, o aluno deve revelar especial vocação para pesquisa em arquivos ou para colher depoimentos. Deve reforçar sua base de história geral, regional e local para bem contextualizar os elementos da pesquisa. 17 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 2.5 Técnicas para a coleta de dados e informações São aplicadas após delimitar o tema da pesquisa, o grupo ou instituição a ser estudado, o tipo de pesquisa que será desenvolvida, e, dependendo do tempo e dos recursos financeiros que se possui, é o momento de decidir quais técnicas serão utilizadas para coletar os dados e as informações necessários ao desenvolvimento de seu trabalho. Caso se possua pouco tempo e o grupo a ser investigado é letrado, poder- se-á optar pelo questionário. No entanto, caso se queira obter dados e informações mais detalhados, talvez a entrevista e a observação possam ser mais indicadas. Portanto, para se ter clareza na escolha de uma ou mais técnicas de coleta de dados e informações, é preciso saber que não existe uma técnica melhor do que a outra, o importante é conhecer o grupo a ser pesquisado por meio de uma pesquisa exploratória, saber os objetivos e as perguntas que pretende responder com a pesquisa, bem como o tempo e as condições materiais que possui para efetivá-la. 2.5.1 Questionário ou formulário O questionário e o formulário são instrumentos muito usados para o levantamento de informações. Diferenciam-se apenas no que se refere a sua aplicação. O questionário é preenchido pelo próprio entrevistado e o formulário é preenchido indiretamente, isto é, pelo entrevistador. Fonte: http://migre.me/2S4drO pesquisador, ao elaborar os seus questionários, deve ter a preocupação de determinar a sua extensão, o conteúdo, a organização e a clareza de apresentação das questões a fim de estimular o informante a responder. É aconselhável que o questionário não exija muito mais de 10 a 20 minutos para ser respondido. Um questionário muito extenso é desmotivador e pode condicionar respostas rápidas e superficiais do informante. Os questionários remetidos pelo correio devem trazer todas as instruções do 18 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 pesquisador que motivem o informante a expressar-se com clareza e profundidade, demonstrando em si um apelo ao leitor. Nelas o pesquisador deve esclarecer o que é a pesquisa, seus objetivos e destino final. Ela deve ser breve, porém, conter todas as instruções necessárias para o preenchimento do questionário, garantindo o anonimato. A linguagem utilizada no questionário deve ser simples e direta para que o respondente compreenda com clareza o que está sendo perguntado. Não é recomendado o uso de gírias, a não ser que se faça necessário por causa das características de linguagem do grupo (grupo de surfistas, grupos de usuários de drogas, por exemplo). Todo questionário deve passar por uma etapa de pré-teste, num universo reduzido, para que se possam corrigir eventuais erros de formulação. a) Estrutura textual do questionário O questionário deve ter uma carta de apresentação (quando for enviado pelo correio) ou um parágrafo inicial (quando entregue em mãos) que contenha: a identificação da instituição e do pesquisador; a proposta da pesquisa; as instruções de preenchimento; as instruções para devolução; um incentivo para o preenchimento; um agradecimento pela colaboração. Sempre que possível deve-se evitar a identificação do nome do respondente para não inibir determinadas respostas. Outros tipos de identificação: tipo idade, escolaridade, gênero etc. podem e devem ser solicitados. Outro fator que pode colaborar para a escolha pela aplicação de questionários diz respeito ao custo. O questionário custa menos para o pesquisador do que as entrevistas. Barros e Lehfeld (1990), afirmam que o questionário apresenta, como todo instrumento de pesquisa, suas vantagens e limitações. A vantagem maior diz respeito à possibilidade de se abranger um grande número de pessoas. Segundo os autores, É um instrumento muito útil para certas pesquisas em que se procuram informações de pessoas que estão geograficamente muito dispersas. [...] Por exemplo, posso distribuir questionários, de uma só vez, para todos os elementos que participam de uma reunião num congresso ou numa sala de aula (BARROS, LEHFELD, 1990, p. 50-1). O questionário é um dos instrumentos mais universal e mais democrático. No entanto, o segredo está na estruturação e no direcionamento que é dado ao 19 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 construí-lo. Veremos a seguir. b) Tipos de perguntas (de acordo com o tipo de respostas que suscitam) O questionário pode possuir perguntas fechadas (mais fáceis de mensurar), perguntas abertas ou a combinação dos dois tipos. 1. Questões fechadas: - apresentam categorias ou alternativas de respostas fixas, como, sim ou não, certo ou errado. Exemplo: Após concluir o curso você pretende atuar na área de formação? ( )sim ( )não ( )talvez - apresentam categorias ou alternativas de respostas fixas do tipo múltipla escolha. Exemplo: Renda familiar: ( ) menos de 1 salário mínimo. ( ) 1 a 3 salários mínimos. ( ) 4 a 6 salários mínimos. ( ) 7 a 11 salários mínimos. ( ) mais de 11 salários mínimos. 2. Questões abertas: permitem ao informante responder livremente com frases ou orações. Exemplos: a) Qual a apreciação que você faz da Educação a Distância? b) Em que medida a Educação a Distância ajuda na disseminação do conhecimento? Devem-se evitar questões que suscitam duas ou mais respostas para não se confundir na análise dos dados coletados. Exemplo: Você é contra, a favor ou indiferente ao aborto e à prevenção da gravidez? 3. Questões mistas: são aquelas das quais constam alternativas e possibilidades de resposta livre. Exemplo: Você é favorável ao esporte de rendimento nas escolas? ( ) sim ( ) não ( ) em parte ( ) Justifique:....................................... c) Vantagens no uso do questionário. Todos os instrumentos de coleta de dados apresentam vantagens e desvantagens. No caso do questionário as vantagens superam as desvantagens. De acordo com Barros e Lehfeld (1990, p.109-10), existem várias vantagens no uso do questionário, quais sejam: 20 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 1) O questionário possibilita ao pesquisador abranger um maior número de pessoas e de informações em espaço de tempo mais curto do que outras técnicas de pesquisa. 2) Facilita a tabulação e tratamento dos dados obtidos, principalmente se o questionário for elaborado com maior número de perguntas fechadas e de múltipla escolha. 3) O pesquisado tem o tempo suficiente para refletir sobre as questões e respondê-las mais adequadamente. 4) Pode garantir o anonimato, consequentemente maior liberdade nas respostas, com menor risco de influência do pesquisador sobre as mesmas. 5) Economiza tempo e recursos tanto financeiros como humanos na sua aplicação. d) Desvantagens no uso questionário Como dito acima, também existem do uso do questionário. A principal limitação está relacionada com a sua devolução, além do que o grau de confiabilidade das respostas obtidas pode diminuir em razão de que nem sempre é possível confiar na veracidade das informações. Outra limitação é o fato de ter-se de elaborar questionários específicos para segmentos da população a fim de se ter maior compreensão das perguntas. Outra é que não aplicar questionário a pessoas analfabetas (BARROS, LEHFELD, 1990, p.110). 2.5.2 Entrevista A entrevista é uma técnica que permite o relacionamento entre entrevistado e entrevistador. Elas podem ser estruturadas e não estruturadas. São estruturadas quando as questões são previamente formuladas, isto é, o entrevistador estabelece um roteiro prévio, não há liberdade de alteração dos tópicos ou para fazer inclusão de questões frente às situações. Nas não estruturadas, o pesquisador busca conseguir, por meio da conversação, dados que possam ser utilizados em análise qualitativa. Fonte: http://migre.me/2S5ju a) Cuidados a serem tomados na entrevista Para que a entrevista tenha êxito, é necessário que se tomem alguns http://migre.me/2S5ju 21 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 cuidados, quais sejam: 1. Preparar o informante para entrevista: é a fase do contato inicial entre entrevistador e entrevistado. Deve-se motivar e preparar o entrevistado antes de iniciar as indagações. Explicações sobre o objetivo da entrevista devem ser dadas, assegurando o sigilo das respostas, bem como valorizar as informações que o entrevistado possa fornecer. 2. Elaboração das questões: as questões devem ser elaboradas de acordo com o tipo de entrevista a ser desenvolvida. 3. Registro da entrevista: uma vez realizada a entrevista, o pesquisador deve transcrever e analisar as informações imediatamente após a sua efetivação. Registrar os dados ao mesmo tempo em que se realiza a entrevista pode trazer inibições. Para o uso de gravador é necessário solicitar a autorização do entrevistado. 4. Prestar atenção aos itens que o entrevistado deseja enfatizar, sem interferências e manifestações de opiniões. Não apressar o entrevistado dando- lhe tempo para expor suas conclusões. 5. Assegurar as condições favoráveis ao bom desenvolvimento da pesquisa, evitando desencontros e perda de tempo. b) Vantagens da utilização da entrevista. Há considerável rol de vantagens na utilização da técnica de entrevistano universo da pesquisa, senão vejamos. 1. Maior flexibilidade para o pesquisador. A entrevista pode ser aplicada em qualquer segmento da população, isto é, o entrevistador pode formular e reformular as questões para melhor entendimento do entrevistado. 2. O entrevistador tem oportunidade de observar atitudes, reações e condutas durante a entrevista. 3. Há oportunidade de se obter dados relevantes e mais precisos sobre o objeto de estudo. c) Limitações da utilização da entrevista Certamente não é difícil inferir do contexto das entrevistas algumas limitações de sua eficácia, enquanto instrumento de coleta de dados. Barros e Lehfeld (1990, p. 110 - 11), afirmam que: Entre as limitações quanto ao uso da entrevista é necessário ressaltar que, para o uso desta técnica, no estudo, o pesquisador 22 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 despenderá mais tempo. O custo operacional será mais alto, precisando-se treinar e habilitar o entrevistador para tal função. Outra limitação da técnica da entrevista se dá quando o entrevistado não comparece nos locais e horas combinadas. d) Recomendações 1. Devemos selecionar pessoas que realmente têm o conhecimento necessário para satisfazer suas necessidades de informação, pelo princípio da representatividade. 2. A entrevista deve ser realizada com alguém que, pelo princípio da representatividade, possa fazer uma crítica em nome do segmento do qual faz parte. 3. As perguntas devem ser preparadas com antecedência bem como a ordem em que elas devem acontecer (estruturada). É importante também roteiro das informações essenciais a serem obtidas (não estruturada). 4. Diante do/a entrevistado/a: a) Deve ser estabelecida uma relação amistosa para não se travar um debate de ideias. b) Não se demonstra insegurança ou admiração excessiva diante do/a entrevistado/a para que isso não venha a prejudicar a relação entre entrevistador/a e entrevistado/a. c) Deixar que as questões surjam mais naturalmente, mesmo que não haja um roteiro, evitando que a entrevista assuma um caráter de uma inquisição ou de um interrogatório policial, ou ainda que a entrevista se torne um “questionário oral”. d) Ser objetivos, já que entrevistas muito longas podem tornar-se cansativas. e) Incentivar o/a entrevistado/a para as respostas, evitando que ele/a se sinta falando sozinho/a. f) Anotar os tópicos centrais da fala do/a entrevistado/a evitando que ele/a fique esperando sua próxima indagação. g) Caso estejamos usando o gravador ou a filmadora, devemos pedir permissão para tal. Às vezes, o uso do gravador ou da filmadora pode inibir o/a depoente e frustrar o/a entrevistador/a. Recomendamos que esses equipamentos sejam utilizados após os primeiros encontros 23 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 quando já deve ter sido estabelecida uma cumplicidade entre pesquisador/a e pesquisados/as. h) Mesmo tendo gravado, devemos fazer o relatório o mais rápido possível. Igualmente devemos anotar as respostas e as reações observadas durante a entrevista. É essencial a utilização de um caderno/diário de campo. 2.5.3 Observação com método científico Há uma grande diferença entre uma observação não dirigida, superficial e uma observação dirigida ou científica. Barros e Lehfeld (1990, p.54), nos introduzem nesta importante técnica de coleta de dados, afirmando que: A observação é uma das técnicas de coleta de dados imprescindível em toda pesquisa científica. Observar significa aplicar atentamente os sentidos a um objeto para dele adquirir um conhecimento claro e preciso.[...]. A observação é uma técnica que pode ajudar muito o pesquisador nas suas pesquisas. O pesquisador iniciante pode ir aos poucos observando e registrando os fenômenos que aparecem na realidade. Posteriormente recomenda-se que o observador se prepare adequadamente com cuidados especiais para cada estudo realizado. [...]. A maior vantagem do uso da observação em pesquisa está relacionada com a possibilidade de se obter a informação na ocorrência espontânea do fato. A observação é uma técnica que pode ser usada por todo o pesquisador, além de que, existem certos fenômenos que não poderiam ser estudados de outra maneira. a) Sugestões para uma observação satisfatória 1. Antes de iniciar o processo de observação, devemos examinar o local. 2. Determinar que tipo de fenômenos merece registro. 3. Criar com antecedência, uma espécie de lista ou mapa de registro de fenômenos. 4. Estipular algumas categorias dignas de observação. 5. Estar preparado/a para o registro de fenômenos que surjam durante a observação, que não eram esperados no seu planejamento. 6. Para realizar registros iconográficos (fotografias, filmes, vídeos etc.), caso o objeto de sua observação sejam indivíduos ou grupos de pessoas, devem estar preparados para tal ação. Eles não devem ser pegos de surpresa, têm o direito de dizerem não. No entanto, ao 24 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 consultar e avisar, é importante deixar claro que não devem se preparar artificialmente, mascarando a realidade. Porém, se isso ocorrer, anotar os detalhes, pois todos são importantes. 7. Fazer o relatório o mais rápido possível. b) Classificação da observação A técnica de observação pode ser classificada, conforme se pode ver no quadro abaixo. Quadro 3 - Classificação da observação 1 Quanto à estruturação a) Observação assistemática ou não estruturada: não tem controle e nem instrumental apropriado. b) Observação sistemática ou planejada: é realizada em condições controladas. Utiliza instrumental adequado. 2 Quanto à participação do observador a) Observação não participante: o pesquisador permanece de fora da realidade a estudar. Não há envolvimento do observador. b) Observação participante: o observador se incorpora natural ou artificialmente ao grupo ou comunidade pesquisados. 3 Quanto ao número de observadores a) Observação individual: realizada por um só pesquisador. b) Observação em equipe: quando há o trabalho integrado de uma equipe de observadores. 4 Quanto ao local de observação a) Observação em campo: observação feita dos fenômenos na realidade social. b) Observação em laboratório: quando as situações são criadas em laboratórios. Fonte: Marques et.al (2014, p. 57-60) Além destas quatro formas, ainda temos a observação enquanto técnica de atuação na realidade. Também denominada de observação militante. No entanto, esta técnica pode estar permeada por concepções ideológicas ou políticas as quais visam à estimulação da mudança dos grupos e comunidades envolvidas. 2.5.4 História oral A história oral é uma técnica de coleta de dados que vem sendo utilizada cada vez mais em ciências humanas e sociais devido ao alcance junto aos pesquisados e se subdivide em: 25 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 a) História de vida A história de vida é uma técnica de coleta de dados utilizada na história oral quando o/a depoente é o informante fidedigno de um determinado momento histórico, de um grupo social, de uma instituição ou da sua própria vida, que de alguma forma, merece ser recontada para fazer parte da memória coletiva. É importante que o/a pesquisador/a tenha clareza de que a memória muda pelo esquecimento de detalhes, pelas diferentes leituras de um mesmo acontecimento de acordo com as influências do contexto, pela presença do/a pesquisador/a e a percepção do lugar social e da ideologia que representa. Portanto, a história de vida não é indicada para investigar fenômenos porque reflete a visão muito particular de uma pessoa, não cabendo ao/à pesquisador/a interferir ou corrigir o relato. Fundamenta-se na fala de um/a só informante. Denzin (1973, p.220 apud MINAYO, 2014, p. 126), afirma que: A História de Vida apresenta as experiências e as definições vividaspor uma pessoa, um grupo, uma organização, como esta pessoa, esta organização ou este grupo interpretam sua experiência. O/a depoente deve estar totalmente livre para falar/relatar os fatos como quiser, na ordem cronológica ou de importância que escolher. Esses detalhes devem ser observados pelo/a pesquisador/a que deve ter ouvido e olhos atentos. b) Depoimento oral O depoimento oral também é uma técnica de coleta de dados utilizada na história oral quando o objetivo da pesquisa é recontar a trajetória de um determinado grupo social ou desvelar um determinado fenômeno. Para optar por esse tipo de investigação o/a pesquisador/a precisa se constituir em um/a “interlocutor válido”, isto é, conhecer o assunto para poder analisar os discursos, interferir quando necessário para reenfocar o tema, evitando que o/a depoente fuja do assunto. Afirmamos anteriormente que toda pesquisa exige uma revisão bibliográfica e um bom conhecimento teórico sobre o tema a ser investigado, por isso, quando se ouve o depoimento de presos, por exemplo, é essencial que conheçamos o sistema carcerário, as características desses grupos (psicológicas, de sobrevivência, religiosas, etc.), sobre processos, sobre injustiça social, para termos parâmetros de análise (sem julgar como certo ou errado). É importante que a cada depoimento o/a pesquisador/a tenha clareza: De 26 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 quem fala, de onde fala e do que fala. Devemos transitar no equilíbrio, não sendo ingênuos/as a ponto de pensarmos que o/a depoente é neutro na sua fala ou juízes, mantendo uma constante desconfiança. A natureza desse tipo de coleta de dados é recolher os depoimentos e depois de transcrevê-los, efetivar uma análise comparativa, apontando contradições e convergências sobre um mesmo fato ou conceito. Exige-se um número de informantes que seja capaz de representar o universo pesquisado. c) Relato de vida (Tranche de vie = Pedaço de vida) O relato de vida é uma técnica de coleta de dados utilizada na história oral quando o objetivo da pesquisa é recontar um determinado momento histórico. O/a informante fica menos livre porque o papel do/a pesquisador/a, com maior domínio da situação, é focalizar o depoimento no tema que investiga procurando trazer o/a depoente de volta quando este começar a divagar ou a relatar outros episódios. Esta técnica é indicada para recompor um determinado período da história geral ou de uma instituição ou fenômeno. Por exemplo, colher relatos de pessoas que participaram da Coluna Prestes; de determinada empresa; da fundação de uma instituição ou grupo. Neste tipo de coleta de informações é essencial que o/a pesquisador saiba: Quem fala; de onde fala; do que fala, pois, sobre um mesmo fato podem existir relatos antagônicos dependendo de quem fala. É importante salientar que quando optamos pela História Oral devemos seguir alguns passos metodológicos ao transcrever o que ouvimos. As anotações devem ser organizadas e constantes (nossa memória é muito seletiva e corremos o risco de esquecer ou desconsiderar falas importantes). Para tanto, é importante que sejam utilizados: 1. Diário de campo: onde serão registradas as falas, as observações, os detalhes. Anotar risos, choros, silêncios, má interpretação da pergunta, vacilações, expressões corporais etc. Também deve conter as percepções e sentimentos do/a pesquisador/a: nojos, indignações, conflitos, desânimo, esperança, alegria etc. 2. Ficha do informante: onde constarão todos os dados necessários para identificá-lo no grupo social e frente ao fenômeno investigado (lembrar que é significativo sabermos: quem fala; de onde fala e do que fala). Estrategicamente, é importante que preenchamos esta ficha após o 27 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 depoimento para não inibir ou censurar a fala do/a depoente, mesmo que depois, se assim for solicitado ou exigido, no relatório final não seja identificado o nome do/a depoente, usando-se um pseudônimo. 3. Acervo visual: filmagens, fotografias que auxiliam na estruturação do texto. 4. Depois do material coletado, devemos fazer a transcrição suja, fidedigna ao oral, que passa a ser a transposição para outra linguagem, a escrita, na qual se perde muito da riqueza do oral e do visual. 5. Só limpamos (corrigimos) o que vamos utilizar, evitando transcrever o caricato da fala do/a informante. O ideal, nessas pesquisas seria o relatório através de multimídia (que as academias ainda não aceitam como científico, exigindo o texto escrito). 6. Ao organizar o material para ser transcrito, recomendamos que sejam organizados fichamentos temáticos de acordo com o tema do roteiro. 7. É recomendado analisar os grandes temas de forma comparativa por blocos de informantes (mulheres, homens, jovens, crianças, velhos; negros/brancos/ índios/ocidentais; autoridades/ detentos etc.). Explicar o porquê de cada grupo ter construído de uma maneira o seu relato. Exercício 2 1 Analise os enunciados a seguir: I No processo de produção do conhecimento a definição do tema é a atividade anterior à coleta e análise dos dados. II Dentre os conceitos de pesquisa está o seguinte: “Pesquisa é um processo reflexivo, sistemático, controlado e crítico, que nos conduz a novas descobertas [...]”. III Os princípios que fundamentam a pesquisa científica são: Contextualização, bom referencial bibliográfico, austeridade, espírito científico e acúmulo de informações. IV A função da revisão bibliográfica na produção do conhecimento é explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas na literatura. a) Apenas o enunciado II está correto. b) Apenas os enunciados II e IV estão corretos. c) Apenas os enunciados I e IV estão corretos. d) Apenas os enunciados I, II e IV estão corretos. e) Todos os enunciados estão corretos. 28 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 2 Analise os enunciados a seguir. I O objetivo da pesquisa de campo é trabalhar sobre dados ou fatos colhidos na própria realidade. No entanto, ela manipula variáveis de acordo com o interesse do pesquisador. II A diferença essencial entre pesquisa-ação e pesquisa de intervenção é o papel do pesquisador e dos participantes. III A pesquisa experimental pode ser usada em qualquer área do conhecimento, no entanto que se construam corretamente as variáveis a serem observadas. a) Apenas os enunciados II e III estão corretos. b) Apenas o enunciado I está correto. c) Apenas o enunciado II está correto. d) Apenas os enunciados I e II estão corretos. e) Nenhum enunciado está correto. 3 Analise os enunciados a seguir. I As modalidades de pesquisa mais utilizadas são: pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, pesquisa experimental. II O que diferencia um roteiro de entrevista e um questionário é a presença ou ausência do pesquisador III As técnicas de pesquisa mais utilizadas em pesquisa qualitativa são as entrevistas. a) Apenas os enunciados II e III estão corretos. b) Apenas o enunciado I está correto. c) Apenas o enunciado II está correto. d) Nenhum enunciado está correto. e) Todos os enunciados estão corretos. 29 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 UNIDADE 3 - PROJETO DE PESQUISA 3.1 Conceito Sem um projeto de pesquisa, os pesquisadores lançam-se a um trabalho inseguro, desorientado, redundando em desperdício de esforços e recursos (BARROS, LEHFELD, 1990, p.97). O Projeto de Pesquisa é um Plano de Trabalho e, portanto, é redigido antes de realizar a pesquisa. Os verbos, em geral, devem estar conjugados no presente e no futuro. Exige do/a pesquisador/a um conhecimento prévio, obtido através da pesquisa exploratória, sobre a viabilidade/relevância do tema, da instituição ou grupo a serem pesquisados. Escreve-se um projeto para: 1. Mapear um caminho a ser seguido durante a investigação.2. Esclarecer para o próprio investigador os rumos do estudo. 3. Comunicar seus propósitos para a comunidade científica. Segundo Rudio (2000), a escolha de um tema de pesquisa exige um conhecimento prévio do tema (pesquisa exploratória) e merece que o pesquisador faça sérias indagações: 1. Trata-se de um problema original? 2. O problema é relevante? 3. Ainda que seja “interessante”, é adequado para o/a pesquisador(a)? 4. Há possibilidades reais para executar tal estudo? 5. Existem recursos financeiros para a investigação deste tema? 6. Haverá tempo suficiente para investigar tal questão? Fonte: http://migre.me/2XvkM 3.2 Escolha do tema A escolha do tema deve se dar na temática do curso que a pessoa estiver realizando e não simplesmente na sua área original de formação. Todavia, salienta- se que existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o trabalho de pesquisa: 30 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 1. Fatores internos: afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal; tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa; o limite das capacidades do/a pesquisador/a em relação ao tema pretendido. 2. Fatores externos: o significado do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais; o limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho; material de consulta e dados necessários ao/à pesquisador/a. Segundo Leite (2001, p.82), a escolha do tema “reveste-se de grande importância e merece uma reflexão séria”, pois o prazer de pesquisar e a qualidade da pesquisa a ser realizada são determinados pela escolha do tema. Por isso, segundo o autor, deve-se levar em consideração: 1. A vocação: “cada pessoa, no decorrer dos estudos, já demonstra inclinação especial por uma determinada área do conhecimento” (LEITE, 2001, p.83). A preferência pessoal se revela como expressão concreta da vocação. 2. Qualificação: “a real apreciação da competência pessoal ou da qualificação intelectual [...] é bom ajuizar-se das reais aptidões e limites dos conhecimentos básicos e complementares exigidos em tarefa de tal envergadura” (LEITE, 2001, p. 83). 3. Objetivo profissional: “o objetivo primordial é a aquisição de experiência, de domínio sobre a área escolhida [...] A vantagem é dupla, e as possibilidades de desenvolver o processo cognitivo, absolutas” (LEITE, 2001, p.85). 3.3 Estrutura do projeto de pesquisa A estrutura de um projeto de pesquisa pode ser a indicada a seguir e que constitui o SUMÁRIO do mesmo. Trata-se de uma estrutura padrão que serve para todas as áreas do conhecimento. O que varia são as informações constantes em cada tópico. 31 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... XX 2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... XX 3 OBJETIVOS DA PESQUISA ................................................................................ XX 3.1 Geral ..................................................................................................................... XX 3.2 Específicos .......................................................................................................... XX 4 METODOLOGIA OPERACIONAL ........................................................................ XX 4.1 Problema ............................................................................................................. XX 4.2 Hipótese(s) ou questão(ões) norteadora(s) ....................................................... XX 4.3 Fundamentação teórica ...................................................................................... XX 4.4 Caracterização da pesquisa ............................................................................... XX 4.5 Abrangência da pesquisa ................................................................................... XX 4.5.1 Área geográfica ..................................................................................................... XX 4.5.2 Clientela: população-alvo e sujeito(s).......................................................................XX 4.5.3 Recursos humanos ................................................................................................ XX 4.6 Procedimentos de coleta de dados .................................................................... XX 4.7 Procedimentos de análise e interpretação dos dados...................................... XX 5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FÍSICA ............................................................ XX 6 CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO FINANCEIRO ............................................. XX 7 INDICATIVO DA NATUREZA FINAL DO DOCUMENTO ..................................... XX REFERÊNCIAS ..................................................................................................... XX APÊNDICES ........................................................................................................ XX 32 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 MODELO DE CAPA: NOME DO ESTUDANTE (letras maiúsculas tamanho 14, centralizado, negritado) Layout da página: Papel A4 Margem esquerda: 3cm Margem superior: 3cm Margem direita: 2cm Margem inferior: 2cm TÍTULO DO PROJETO [letras maiúsculas, tamanho 16, centralizado, negrito] UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO CAMPO GRANDE – MS 20XX (letras maiúsculas, tamanho 12, centralizado, negrito) 33 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 MODELO DE FOLHA DE ROSTO NOME DO ESTUDANTE [letras maiúsculas tamanho 14, centralizado, negritado] Layout da página: Papel A4 Margem esquerda: 3cm Margem superior: 3cm Margem direita: 2cm Margem inferior: 2cm TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA [letras maiúsculas, tamanho 16, centralizado, negrito] Projeto de pesquisa apresentado à Universidade Católica Dom Bosco, Curso de Pós-graduação Lato Sensu em ........................., sob a orientação do(a) Prof(a)...................para avaliação parcial da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso. CAMPO GRANDE - MS 20XX [letras maiúsculas, tamanho 12, centralizado, negrito] 34 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Na sequência há as orientações de como prestar as informações do Projeto de Pesquisa ou Plano de Trabalho. 1 INTRODUÇÃO Faz-se aqui uma breve apresentação do Projeto de Pesquisa, indicando sua finalidade e sua vinculação institucional. 2 JUSTIFICATIVA A justificativa deve trazer uma breve contextualização do tema, sua relação com a prática profissional do aluno (se for o caso), bem como os motivos da escolha do tema e sua relevância para o mundo acadêmico e o momento atual. A relevância poderá ser em termos econômicos, profissionais, científicos, sociais, educacionais etc. 3 OBJETIVOS Referem-se ao que se pretende alcançar com a pesquisa proposta. Como o próprio nome indica, é o que se objetiva, aquilo que se busca. Os objetivos devem ser concisos e claros, sem delongas. Eles devem ser iniciados com o verbo no infinitivo e se dividem em dois tipos: 3.1 Objetivo geral Deve-se redigir um único objetivo geral. 3.2 Objetivos específicos Os objetivos específicos são os detalhamentos do objetivo geral e também devem ser concisos e claros. Geralmente indicam-se de 2 a 3 objetivos. 4 METODOLOGIA OPERACIONAL 4.1 Problema O problema é o ponto de partida da pesquisa e deve ser apresentado em forma de pergunta, que será respondida no decorrer da pesquisa. Sugere-se35 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 apenas uma pergunta, da qual se extrai o título do trabalho. O problema deve orientar a pesquisa. 4.2 Hipótese ou resposta norteadora Nesta etapa devem constar as possíveis respostas para o problema de pesquisa, ou seja, o que supõe responder à pergunta constituinte do problema. 4.3 Fundamentação teórica Neste tópico faz-se a apresentação da base teórica que se pretende utilizar na pesquisa, destacando os principais conceitos, usando para tanto as citações diretas [longas ou breves] e indiretas, mas sempre indicando corretamente os autores, data e página, no caso de citação direta e autores e ano, quando se tratar de citação indireta. O referencial teórico traz um breve indicativo do estado da arte sobre o tema, ou seja, uma indicação para saber se o assunto é muito recorrente no universo científico e se há ou não abundância de material escrito sobre o mesmo. 4.4 Caracterização da pesquisa Neste tópico devem se apresentar as características da pesquisa, qual seja: indicar se a mesma segue alguma tendência ideológica [corrente de pensamento], método [analítico-sintético, indutivo-dedutivo, hipotético-dedutivo, cartesiano, dialético] se será pesquisa de campo [para se enquadrar em quantitativa ou qualitativa] ou apenas revisão bibliográfica e fazer indicação de tipos de pesquisa [seguido o material instrucional]. 4.5 Abrangência da pesquisa 4.5.1 Área geográfica Neste subtópico se deve indicar a localidade de realização da pesquisa caso a mesma seja de campo. No caso de revisão bibliográfica e análise documental informar que não há um lócus determinado 4.5.2 Clientela: população-alvo e sujeito(s) Neste subtópico se deve indicar quem é a população-alvo da pesquisa, qual seja, qual o segmento da população que será atingida direta ou indiretamente com 36 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 os resultados da pesquisa. O(s) sujeito(s) da pesquisa será(ão) sempre o(s) pesquisador(es) e as pessoas que participarem concedendo entrevistas, respondendo questionários ou que terão outro tipo de atuação na pesquisa. 4.5.3 Recursos humanos Indicar neste subtópico as pessoas que ajudarão na realização da pesquisa, sem identificação de nomes. 4.6 Procedimentos de coleta de dados Neste tópico se deve indicar com clareza todos os procedimentos (o quê e o como) que serão adotados para coletar as informações, quer seja em pesquisa de campo quer por revisão bibliográfica. 4.7 Procedimentos de análise e interpretação dos dados Neste tópico o pesquisador deve informar como serão feitas as análises dos dados coletados quer dados primários coletados no campo, quer dados secundários coletados na literatura. 5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FÍSICA Neste tópico o pesquisador deve indicar as etapas do trabalho: desde o levantamento bibliográfico até o envio da versão final do TCC, assinalando o(s) mês(meses) correspondente(s). Segue um exemplo no caso de uma pesquisa de campo. Se a pesquisa for somente por revisão bibliográfica basta eliminar as linhas que não dizem respeito a este tipo de pesquisa PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS Ano: ........MESES 0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 1 Levantamento bibliográfico e documental 2 Elaboração de instrumentos de coleta de dados [só para pesquisa de campo] 3 Teste piloto [só para pesquisa de campo] 4 COLETA DE DADOS 4.1 Revisão bibliográfica e análise documental 4.2 Realização de entrevistas ou aplicação de questionário [só para pesquisa de campo] 37 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 5 Análise e interpretação de dados 6 Tabulação de dados quantitativos [só para pesquisa de campo] 7 Organização e categorização de dados qualitativos [só para pesquisa de campo] 8 Redação e digitação preliminar da monografia 9 Revisão da redação preliminar 10 Entrega/depósito 11 Apresentação/defesa 6 CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO FINANCEIRO (SE EXISTIR) Neste tópico, o pesquisador deve apresentar as despesas que serão feitas para a realização da pesquisa. O que segue são apenas sugestões. Caso o projeto não tenha custos diretos, isso deve ser explicado aqui, sem a necessidade da tabela abaixo. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS MESES – VALOR EM R$ 02 03 04 05 06 07 08 09 10 T 1 AQUISIÇÃO MATERIAL PERMANENTE 1.1 Gravador 1.2 Computador e Impressora 1.3 Aquisição de livros e revistas 1.4 Equipamentos diversos 2 MATERIAL DE CONSUMO 2.1 Papel e tinta para impressora 2.2 Combustível 3 DESPESAS COM REPROGRAFIA 4 DESPESAS COM TELEFONE, INTERNET. 5 PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS 6 PAGAMENTO SERVIÇOS TERCEIROS TOTAIS 38 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 7 INDICAÇÃO DA NATUREZA FINAL DO DOCUMENTO Neste tópico deve-se anunciar que o resultado da pesquisa será um artigo, indicando-se os tópicos provisórios do artigo, sendo obrigatória a inclusão de INTRODUÇÃO, CONCLUSÃO e REFERÊNCIAS. REFERÊNCIAS As referências devem ser organizadas em ordem alfabética pelo nome de entrada. No caso de autores de artigos, livros, monografias (incluindo dissertações e teses) a entrada dá-se pelo último sobrenome do autor [acompanhado de FILHO, NETO, SOBRINHO, JÚNIOR], depois segue o primeiro nome. A listagem das obras e documentos deve ser única, não mais se separa por natureza e fonte. Exemplos de Referências: Artigos ou Textos de Revistas Científicas: MACHADO, L. V.; FACCI, M. G. D.; BARROCO, S. M. S. Teoria das emoções em Vigotski. Psicol. estud., Maringá, v. 16, n. 4, p. 647-57, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413- 73722011000400015&script=sci_arttext>. Acesso em: 16/03/2018. Monografia, Dissertação e Tese: TOASSA, G. Emoções e vivências em Vigotski: investigação para uma perspectiva histórico-cultural. 348f. 2009;Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. Livros: VYGOTSKI, L. S. Obras escolhidas. Tomo IV. Madri: Visor, 2006. Textos e Artigos da Internet: MENEZES, H. S. O período sensório-motor de Piaget. São Paulo: Psicologado, 2012. Disponível em: <https://psicologado.com/psicologia-geral/desenvolvimento- humano/o-periodo-sensorio-motor-de-piaget>. Acesso em: 16/03/2018. APÊNDICE Exemplos de possibilidades de apêndice ROTEIRO DE ENTREVISTAS FORMULÁRIOS QUESTIONÁRIOS http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-73722011000400015&script=sci_arttext%3e http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-73722011000400015&script=sci_arttext%3e https://psicologado.com/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/o-periodo-sensorio-motor-de-piaget https://psicologado.com/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/o-periodo-sensorio-motor-de-piaget 39 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 3.4 Orientações complementares na elaboração do Projeto de Pesquisa Em complemento ao que consta acima quanto à elaboração do Projeto de Pesquisa, salientamos que: 1 O título (o que pesquisar): apresenta a área de interesse a ser pesquisada, já delimitada em alguns aspectos: assunto, população, instituição, período etc. Pode ter uma conotação criativa e singular. Via de regra, o título “nasce” da pergunta constituinte do problema da pesquisa. 2 Justificativa (por que pesquisar?): é o momento em que se busca convencer de que o projeto possui relevância científica. Tal convencimento é fundamental e deve para isso demonstrar sua relevância para a sociedade ou para algum grupo específico de indivíduos. A justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade de se levar a efeito tal empreendimento.Também devem ser indicadas as motivações pessoais para a escolha do tema. Pode ser colocada, resumidamente e de forma objetiva, a trajetória de vida do/a pesquisador/a que o/a qualifica para o trabalho de pesquisa. Sobre a justificativa num projeto de pesquisa, afirma Bittar (2000, p.14), que se trata de “convencer sobre a relevância científica do problema; contextualizá-lo historicamente; explicar quais os motivos que levaram a pesquisar o tema e qual a contribuição que tal estudo trará para a sociedade”. 3 Definição do problema (quais as perguntas/dúvidas que queremos responder com essa pesquisa?): definir o problema equivale a fazer um recorte na realidade, a delimitar o tema. Segundo Severino (2007, p.75), [...] antes da elaboração do trabalho, é preciso ter ideia clara do problema a ser resolvido, da dúvida a ser superada. Exige-se consciência da problemática específica relacionada com o tema abordado de determinada perspectiva, cuja natureza especificará o tipo e o método de pesquisa e de reflexão a serem utilizados no decorrer do trabalho. Nesse mesmo sentido Barral (2003, p. 68), afirma que “[...] não basta delimitar o tema, mas deve-se identificar um problema específico que será analisado no trabalho. [...] A problematização se relaciona com o foco do trabalho, no que se refere àquele tema. É a pergunta que pretende ser respondida ao final do 40 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 trabalho científico”. Para facilitar a compreensão seguem alguns exemplos de problemas/questões de pesquisa, quais sejam: a) Quais as características/estilo de vida das crianças obesas? b) Quais os elementos da ansiedade? c) Existe relação entre pressão familiar e iniciação esportiva precoce? d) Que relação existe entre nível de escolaridade e tipo de delito na área do Direito Penal? e) Em que termos o cooperativismo pode representar sustentabilidade econômica? Cada tipo de questão (problema) exige um tipo de investigação, a escolha adequada de técnicas de coleta de dados e análise adequada dos achados. 4 Objetivo(s). “Uma vez estipulado o que será estudado no trabalho, deve-se esclarecer no projeto o objetivo do trabalho, ou seja, o que se pretende com a proposta apresentada” (BARRAL, 2003, p. 73). A definição do(s) objetivo(s) determina o que o/a pesquisador/a quer atingir com a realização da pesquisa. Iniciamos a formulação de um objetivo com um verbo no infinitivo. Fonte: http://migre.me/2XzHo Os verbos, no infinitivo, mais utilizados na formulação de objetivos são: Demonstrar, avaliar, caracterizar, comparar, correlacionar, descrever, diagnosticar, diferenciar, identificar, classificar, conceituar, categorizar, desenvolver, dimensionar, enumerar, formular, listar, organizar, operacionalizar, propor, relacionar, selecionar, verificar (MARQUES et al., 2014, p.100). Podemos definir objetivo geral (O quê? Para quê?) e outros objetivos específicos (detalhamento do objetivo geral em ações mais imediatas e menos amplas que, efetivadas, levando ao alcance do objetivo geral). Exemplo:1 Objetivo geral: 1 Extraídos do projeto de TCC de Carlos Alberto Ricci Piorscki, cujo tema é: O trabalho escravo no Brasil após 1988, e as consequências jurídicas aos empregados e empregadores. 2009. Este projeto está no portal UCDB/MARCATO, Curso Direito do Trabalho 2009B. 41 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Demonstrar, por meio da análise da legislação pertinente e decisões jurisprudenciais, os reflexos jurídicos do trabalho escravo após a Constituição Federal de 1988, tanto para o empregador quanto para o empregado. Objetivos Específicos: a) Dimensionar as principais características do trabalho escravo no Brasil, após promulgação da Constituição Cidadã. b) Identificar os direitos e deveres dos empregadores e empregados na relação configuradora do trabalho escravo. É importante observar que os objetivos devem ser frases curtas e diretas, indicando as metas a serem alcançadas com o trabalho acadêmico. 5 Formulação de hipótese(s) (quais suposições?): A palavra hipótese vem de hipo=antes, anterior + tese = afirmação, verdade. Logo, hipótese é uma afirmação (mesmo que na expressão negativa) tida provisoriamente como verdade, ou seja, é algo que precisa ser confirmado ou refutado pela pesquisa. Diz-se pedagógica e didaticamente que a hipótese é uma resposta ao problema formulado, e como tal deve ser redigida (MARQUES et al., 2014, p.96). A hipótese deve estar fundamentada em teoria, observação, em resultados de outras pesquisas ou mesmo intuição. Neste sentido, hipótese é uma afirmação categórica (uma suposição), que tenta responder ao problema de pesquisa. O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a hipótese levantada. É preciso não confundir hipótese com pressuposto, com evidência prévia. Hipótese é o que se pretende demonstrar e não o que já se tem demonstrado evidente, desde o ponto de partida. Muitas vezes, ocorre esta confusão, ao se tomar como hipóteses proposições já evidentes no âmbito do referencial teórico ou da metodologia adotados. E, nesses casos, não há mais nada a demonstrar, e não se chegará a nenhuma conquista e o conhecimento não avança (SEVERIN0, 1993, p. 129). As hipóteses podem ser utilizadas em qualquer área do conhecimento, no entanto, são mais apropriadas ao universo das ciências exatas e da natureza. As hipóteses ao serem formuladas devem ser consistentes, compreensíveis, explicativas, ligadas ao problema formulado, tentando criar uma suposição plausível de solução àquele problema (MARQUES et al., 2014). 42 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 6 Fundamentação teórica (quais os pressupostos teóricos?): é um passo sempre exigido num Projeto de Pesquisa. Este item não deve ser uma lista de autores e livros que abordaram o tema, mas sim a descrição preliminar do “estado da arte”, ou seja, do conhecimento atual sobre o problema. O autor do projeto demonstrará de forma sintética, no referencial teórico, o que sabe antes de começar a pesquisa. A descrição dos conceitos fundamentais relacionados ao tema proposto. Fonte: http://migre.me/2XKTi Em termos gerais, é preciso fazer uma explicitação dos conceitos e categorias que serão utilizados na pesquisa. Devemos ser sintéticos e objetivos, estabelecendo um diálogo entre a teoria e o problema a ser investigado. Para Bittar (2000, p.14), a função do referencial teórico é “explicar qual a base teórico- metodológica que embasa o problema; qual a perspectiva filosófica e ideológica do pesquisador; citar autores que já estudaram sobre o mesmo tema”. 7 Caracterização da pesquisa: é a explicação do tipo de pesquisa ou a combinação de duas ou mais formas de pesquisa: bibliográfica, de campo, experimental, quantitativa, qualitativa, documental, de observação, etc. Indica-se também a abordagem e o método. Para que o Projeto de Pesquisa seja realmente um Plano de Trabalho compreensível para quem o lê, é conveniente que cada item da caracterização da pesquisa seja devidamente explicado. 8 Referências: relacionar as referências básicas que foram utilizadas, textos fundamentais que abordam a problemática, em questão. Estas referências serão enriquecidas no decorrer da execução da pesquisa. Todas as citações feitas no projeto devem constar como referências bibliográficas no final. Observar as Normas da ABNT. Fonte: http://migre.me/2XBMP http://migre.me/2XBMP 43 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Exercício 3 1 Projeto de pesquisa equivale a um plano de trabalho no qual o pesquisador deve fazer constar os elementos tais como: problema de pesquisa, objetivos, caracterização da pesquisa, bem como a fundamentação teórica inicial. a) Falso b) Verdadeiro 2 Quando for possível estabelecer previamente um problema de pesquisa para constar do
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