ETICA - MKT EM MIDIAS DIGITAIS

Prévia do material em texto

PORTFÓLIO DE AÇÃO: Ética 
 
 
 
© PUCPR. Todos os direitos reservados. Nenhum texto pode ser reproduzido sem prévia autorização. 
Nome: Mayara Salino de Carvalho 
Curso: Marketing em Mídias Digitais 
 
Dilema Ético Profissional 
 Vimos que a ética profissional, a grosso modo é um conjunto de ações no âmbito profissional que precisam ser cumpridas 
seguindo normas de conduta orientadas muitas vezes pelas próprias organizações. Em contrapartida, em alguns casos, surgem dilemas 
éticos profissionais que vão de encontro com essas ações e normas, causando divergência na forma de pensar e agir diante das 
situações. É necessário discernimento para o profissional seguir com atitudes moral, já que a natureza humana possui uma 
característica histórica, a complexidade de agir tentando deixar de lado a bagagem cultural é grande. Mas a partir do momento que é 
ferido a integridade física e moral de determinado individuo ou grupo de pessoas, já percebemos que há um problema ético. 
 Apresentarei nesse trabalho um dilema ético relacionado com a profissão de Marketing digital em mídias digitais, onde o 
profissional trabalha há anos na empresa, com cargo de gestão e com uma carreira consolidada. Será necessário a gestão da criação 
de material de comunicação, pelas estratégias de marketing e pela distribuição comercial de venda do produto, a empresa em questão é 
uma construtora de condomínios que está desenvolvendo uma construção superluxuosa em local de reserva de proteção ambiental, 
prejudicando todo o bioma que está sendo reconstruído nessa região. Às empresas e aos seus sistemas de marketing atribuiu-se e 
ainda se atribui a capacidade de estimular que os consumidores vislumbrassem na aquisição de produtos e serviços a principal forma de 
não só satisfazer suas necessidades práticas de posse e utilização, como também suas necessidades de fundo emocional e social 
(Camenisch, 1991). 
 
 
 
© PUCPR. Todos os direitos reservados. Nenhum texto pode ser reproduzido sem prévia autorização. 
A princípio foi um choque tremendo para o gestor de marketing, ao ter que desenvolver um trabalho sabendo que irá prejudicar 
negativamente não só pessoas que trabalham para preservação, comunidades ribeirinhas dependentes dessa região e um bioma inteiro. 
Como ele está sempre ligado a imagem pessoal também, sempre está em suas redes sociais fomentando práticas sustentáveis e de 
conscientização ambienta, linkando tudo isso com a empresa da qual ele trabalha. Sabendo a fundo sobe a construção desse novo 
empreendimento da construtora, acabou descobrindo corrupção entre diretoria da organização e do governo, onde viu relatórios de 
desvios de receitas, conversas e “troca de favores” entre os dois. Como aponta Brennan (1991, p. 13), não se está sugerindo que as 
práticas dos negócios são "totalmente” antiéticas, mas que a linguagem dos negócios, os objetivos dos negócios e a maneira como os 
profissionais de negócios percebem seus papéis os colocam 'sob risco' de condutas antiéticas". 
O dilema seria sobre como o gestor irá agir diante dessa situação, indo contra seus princípios morais dentro da sua profissão. Se 
irá seguir com os trabalhos impostos contribuindo assim para a efetivação dessa construção, ou acionar os órgãos responsáveis para 
que ela não siga em frente e assim solicitar desligamento da empresa, deixando toda sua carreira consolidada de gestão para trás. No 
contexto quem ele poderia recorrer nesse primeiro momento seria seus superiores, porem estão sendo os responsáveis pela corrupção 
e encabeçaram a execução desse projeto, pois o que é positivo para a empresa muitas das vezes não é algo positivo para os 
colaboradores responsáveis pela execução. Ressaltando que todo ser humano possui um comportamento que lhe é peculiar, próprio. 
Antes de tomar uma decisão, que colocaria em risco ou não a sua carreira profissional. Colocou em pauta alguns pontos 
importantes, pois por mais que negasse a execução do seu trabalho e pedisse o desligamento da empresa, a construção não deixaria 
de existir, pois uma coisa é não ser conivente com atitudes consideradas imorais das organizações, outra coisa é ver toda uma 
movimentação prejudicial e não fazer nada a respeito. Deste modo, foi feita uma análise cautelosa, se certificou realmente havia vários 
outros órgãos envolvidos além da organização e que estavam praticando a corrupção de alguma maneira. 
 
 
 
© PUCPR. Todos os direitos reservados. Nenhum texto pode ser reproduzido sem prévia autorização. 
Após os primeiros passos, foi conversado com a diretoria e acionistas da empresa sobre essa questão. Sobre as formas que a 
construção impactaria negativamente. A princípio para expor a sua opinião moral sobre o que estava acontecendo de uma forma bem 
amigável aos seus, até então supervisores, mas não de forma ingênua, pois todos são adultos e conhecem muito bem a situação. Em 
seguida apresentou todas as provas que havia encontrado de suborno, desvio de receita e corrupção, colocando os responsáveis da 
empresa em maus lençóis. A única saída encontrada, respeitando sua moral e tudo o que defendia, foi solicitar o desligamento e 
denunciar a empresa pela prática ilegal de construção em lugares protegidos. 
A grosso modo, é visível que os profissionais de marketing estejam se deparando com dilemas éticos, e eventuais predisposições 
para tornar a postura profissional ética um fator determinante na hora do consumidor realizar a escolha do produto. Não existe uma 
regra para lidar com dilemas de forma totalmente correta, não são situações confortáveis, porém não é difícil realizar de forma a fazer a 
coisa que o indivíduo julga ser o certo, devemos seguir nossos valores éticos, morais, profissionais e também pessoais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
© PUCPR. Todos os direitos reservados. Nenhum texto pode ser reproduzido sem prévia autorização. 
REFERENCIAS 
BRENNAN, M. Is there more to ethical marketing than marketing ethics? Marketing Bulletins, n. 2, 1991. 
CAMENISCH, P. F. Marketing ethics: some dimensions of the challenge. Journal of Business Ethics, v. 10, n. 4, Apr. 1991. 
MACHADO, V.G. Justiça e ética: o caso do bonde desgovernado e o comportamento humano em questão. Disponível em: < 
https://oabes.org.br/noticias/justica-e-etica-o-caso-do-bonde-desgovernado-e-o-comportamento-humano-em-questao-556042.html> 
Acesso em 24 Set 2022.