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Políticas públicas que orientam a assistência ao recém-nascido e sua família
 Morte Materna entre 2007 a 2011*
FATORES ASSISTENCIAIS
· As primeiras políticas públicas de saúde surgiram a partir de grandes transformações políticas, sociais e econômicas na Europa no século XVIII, quando houve o estabelecimento de novas relações de poder entre estado e sociedade e o nascimento da medicina social;
· As políticas eram voltadas fundamentalmente para o controle social, privilegiando a higiene, a infância e a medicalização da família;
· Neste período, a família começou a se organizar em torno da criança, atribuindo-lhe certa importância, o que a fez sair do anonimato. Tornou-se conveniente limitar o número de filhos, para melhorar a atenção dispensada a eles.
· Também o cuidado com o corpo, que antes era realizado com intuito moral, passou a ter um sentido novo: saúde, disciplina e higiene; e como o corpo abrigava a alma, ele precisava ser sadio;
· Uma das medidas implementadas para o exercício do controle estatal foi a institucionalização do parto, constituindo-se numa das tentativas de se controlar e monitorar o desenvolvimento da população;
· O entendimento sobre os processos fisiológicos e patológicos referentes à gestante, ao parto e ao recém-nascido avançaram pelo desenvolvimento científico e tecnológico, permitindo a intervenção médica para melhoria das condições de saúde materno-infantil.
· No século XVIII surgiu um marco em relação à infância. O reconhecimento deste período cronológico como uma etapa distinta e com características próprias de desenvolvimento humano conferiu à mesmo certa individualidade, passando então a ter um mundo próprio, separado do mundo dos adultos;
· O principal objetivo das primeiras políticas de saúde consistia em produzir maior número de crianças, com boas condições de vida, sob a imposição de um conjunto de obrigações, tanto aos pais, quanto aos filhos.
· No Brasil, ao longo das últimas décadas, o conjunto de intervenções voltadas para a atenção ao período da gestação e primeiro ano de vida esteve sempre no escopo das políticas públicas de saúde
· A elaboração das políticas públicas voltadas ao recém-nascido culminou na consolidação de diversas leis e programas de saúde, voltados à atenção materno-infantil, que tiveram papel preponderante na organização dos sistemas e serviços de saúde;
· O período neonatal, que compreende os primeiros 28 dias pós-parto, é uma fase considerada de vulnerabilidade à saúde infantil por riscos:
· Responsável por 60% a 70% dos óbitos infantis nas últimas décadas, ocorrendo principalmente até o 6° dia de vida, sendo o indicador fundamental de qualidade da atenção ao recém-nascido;
· Historicamente, devido a esse perfil de vulnerabilidade, a assistência materno-infantil tem se destacado nas políticas, pactos e programas governamentais;
· Através de ações voltadas para a promoção da saúde, crescimento e desenvolvimento, o acompanhamento neonatal é sustentado pelos princípios que regem o Sistema Único de Saúde (SUS) e fortalecido
· com o compromisso que o Brasil firmou com a Organização Mundial
· de Saúde (OMS) de reduzir em 2/3 o número de óbitos infantis até
· 2015;
Atualmente, as políticas públicas de atenção à saúde da criança têm como objetivo:
· Preconizados ao neonato e à mãe (através de programas, projetos, pactos e ações) atenção qualificada como:
· A participação dos pais no cuidado ao recém-nascido tem sofrido as repercussões das transformações da assistência ao neonato;
· Em meados do século XX, novas formas de cuidados foram desenvolvidas em resposta aos questionamentos e estudos abordando os prejuízos da separação do binômio mãe-filho para o desenvolvimento do neonato e das relações familiares;
· Apesar disso, o cuidado em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) revela-se mecânico e impessoal, centrado em técnicas e procedimentos considerados capazes de garantir a sobrevivência do prematuro;
· A forma de cuidado predominante na UTIN é importante para a melhora dos indicadores de morbimortalidade neonatal, entretanto, reconhece-se que essa lógica de cuidado não se mostra suficiente para assegurar o atendimento às necessidades de saúde do recém-nascido, nas quais se incluem as relacionadas aos aspectos emocionais e sociais;
· Para garantir resultados mais eficientes no processo de cura ou de controle das morbimortalidades devem ser utilizadas práticas de saúde que contemplem as singularidades do indivíduo, da família e da comunidade na condução terapêutica, por meio do compartilhamento de saberes;
· Pensar o cuidado ao recém-nascido considerando essa perspectiva direciona para a noção de integralidade como um princípio norteador das políticas e das práticas em saúde;
· A construção da integralidade da assistência pode ser reconhecida nas práticas que valorizam o cuidado e tem, em suas concepções, a ideia-força de considerar o usuário como sujeito a ser atendido e respeitado em suas demandas e necessidades;
· Oferecer uma assistência na UTIN que contemple os significados e sentidos da integralidade implica em considerar a participação da família no contexto do cuidado ao recém-nascido;
· A perspectiva de participação da família que adotamos não se restringe à execução de cuidados com o recém-nascido, mas a sua participação nas definições do cuidado a ser realizado, com suporte da equipe, para aumentar sua capacidade de cuidar de seu filho e sua oportunidade de discutir com a equipe;
· A presença dos pais na UTIN é um direito e sua participação no cuidado do filho hospitalizado contribui para o estabelecimento do vínculo afetivo entre mãe e filho, para a redução do estresse na família causado pela hospitalização e para seu preparo para o cuidado do filho no domicílio;
· Reconhecer que a família do recém-nascido hospitalizado também necessita de cuidados faz parte de um processo em construção que implica em criar alternativas para atender as necessidades biológicas e psicossociais do prematuro;
· No que se refere ao apoio oferecido à família, o grupo com os pais de recém-nascidos internados na UTIN é considerado uma abordagem que proporciona o acesso à informação, apoio emocional e fortalecimento dos pais e familiares para o enfrentamento da situação de hospitalização do recém-nascido;
· A realização de reuniões regulares com profissionais de saúde foi considerada como uma forma importante de prover amparo, além de minimizar o sofrimento materno e favorecer as interações entre mãe e filho, reduzindo o risco de a criança apresentar problemas emocionais e de desenvolvimento no futuro necessidades biológicas e psicossociais do prematuro;
· O processo de inserção da mãe no cuidado do filho na UTIN depende do apoio que ela recebe dos profissionais, que podem criar possibilidades de participação mesmo quando a criança está em condição clinica grave, como solicitar à mãe que segure ou forneça materiais durante os procedimentos e, à medida que a criança apresenta melhora, encorajá-la a realizar os cuidados.

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