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Sistema Financeiro Nacional e seus Órgãos Deliberativos e Normativos. APRESENTAÇÃO Sistema Financeiro Nacional (SFN) é o conjunto de instituições e instrumentos financeiros brasi leiros que permitem a transferência de recursos entre os ofertadores e os demandantes. O SFN é composto por segmentos, órgãos reguladores e instituições financeiras operativas. Em geral, os órgãos dos subsistemas deliberativo e normativo e de supervisão do SFN são instituições públic as em que o Estado e o governo possuem o controle institucional. Já, no subsistema operativo do SFN, boa parte das instituições financeiras, atualmente, são organizações privadas, podendo ser ainda nacionais e internacionais. Logo, o SFN está muito bem estruturado em nível nacional e c ompletamente integrado ao Sistema Financeiro Internacional, com permissões para operações fi nanceiras nos maiores centros econômicos globais. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai identificar o que é o Sistema Financeiro Nacional (S FN), quais são os órgãos dos subsistemas deliberativo e normativo e entender como funcionam a s principais instituições financeiras do mercado. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar o Sistema Financeiro Nacional (SFN).• Classificar os órgãos dos subsistemas deliberativo e normativo.• Listar as principais instituições do subsistema operativo.• DESAFIO O Desafio desta Unidade de Aprendizagem colocará você dentro das instituições financeiras ope rativas. Imagine algumas situações em que é necessário realizar operações financeiras. Quais são as instituições financeiras adequadas para procurar? Sendo assim, responda. 1) Você precisa comprar euros para viajar com sua família. Em qual instituição iria? Por quê? 2) Você deseja iniciar um novo relacionamento com uma instituição financeira que seja capaz d e lhe oferecer um conjunto variado de serviços. Qual seria a mais apropriada? Por quê? 3) Você deseja comprar um seguro para seu carro novo. Que instituição procuraria? Por quê? 4) Você deseja abrir novo empreendimento que faz parte das prioridades do programa de desenv olvimento do governo estadual. Qual instituição buscaria para obter financiamento? Por quê? INFOGRÁFICO Veja no Infográfico a composição e os segmentos do Sistema Financeiro Nacional (SFN). driller.vmi Text Box 1) Um banco de câmbio ou uma casa de câmbio, que realiza operações cambiais e operações de crédito vinculadas às de câmbio, como financiamentos à exportação e importação e adiantamentos sobre contratos de câmbio. 2) Um banco múltiplo, instituição financeira que pode operar, simultaneamente, carteiras de banco comercial, de investimento, de crédito imobiliário, de crédito – financiamento e investimento –, de arrendamento mercantil e de desenvolvimento. 3) Uma seguradora, instituição financeira especializada "em pactuar contrato, por meio do qual assume a obrigação de pagar ao contratante (segurado), ou a quem este designar, uma indenização, no caso em que advenha o risco indicado e temido, recebendo, para isso, o prêmio estabelecido”. 4) Uma agência de fomento, que tem o objetivo de financiar o capital fixo e de giro para empreendimentos que fazem parte de programas de desenvolvimento. CONTEÚDO DO LIVRO Todos os países capitalistas contemporâneos contam com um sistema financeiro nacional. Entret anto, o que são os sistemas financeiros nacionais? De maneira geral, é o conjunto de instituições e instrumentos financeiros que permitem a transferência ou a intermediação de recursos dos ofer tadores/poupadores para os demandantes/tomadores. No Brasil, o Sistema Financeiro Nacional ( SFN) conta com três ramos financeiros: (1) moeda, crédito, capitais e câmbio; (2) seguros priva dos; e (3) previdência fechada. Tais segmentos são organizados em três subsistemas financeiros: (1) normativo; (2) supervisão; e (3) operativo. Esse SFN é considerado avançado, seguro e muit o bem organizado do ponto de vista normativo, da perspectiva da supervisão ou do nível operaci onal. No capítulo Sistema Financeiro Nacional e seus órgãos deliberativos e normativos, da obra Econ omia política, você vai aprofundar seus conhecimentos sobre o Sistema Financeiro Nacional, se us segmentos e subsistemas. Boa leitura. ECONOMIA POLÍTICA Filipe Prado Macedo da Silva Revisão técnica: Gustavo da Silva Santanna Bacharel em Direito Especialista em Direito Ambiental Nacional e Internacional e em Direito Público Mestre em Direito Professor em cursos de graduação e pós-graduação em Direito Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB -10/2147 S586e Silva, Filipe Prado Macedo da. Economia política [ recurso eletrônico ] / Filipe Prado Macedo da Silva, Ariel Dutra Birnkott, Jaíza Gomes Duarte Lopes; [revisão técnica: Gustavo da Silva Santanna]. – Porto Alegre: SAGAH, 2018. ISBN 978-85-9502-408-3 1. Política econômica. I. Birnkott, Ariel Dutra. II. Lopes, Jaíza Gomes Duarte. III.Título. CDU 338.2 Livro_Economia_Politica.indb 2 24/04/2018 11:11:37 Sistema Financeiro Nacional e os seus órgãos deliberativos e normativos Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar o Sistema Financeiro Nacional. Classificar os órgãos do subsistema deliberativo e normativo. Listar as principais instituições do subsistema operativo. Introdução O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é o conjunto de instituições e instru- mentos financeiros brasileiros que permitem a transferência de recursos entre os ofertadores e os demandantes. O SFN é composto por segmentos, órgãos reguladores e instituições financeiras operativas. Em geral, os órgãos dos subsistemas deliberativo e normativo e de supervisão do SFN são instituições públicas, das quais o Estado e o governo possuem controle institucional. Já no subsistema operativo do SFN, boa parte das instituições financeiras, atualmente, são organizações privadas, po- dendo ser ainda nacionais e internacionais. Logo, o SFN está muito bem estruturado nacionalmente. Além disso, está completamente integrado ao sistema financeiro internacional, com permissões para operações financeiras nos maiores centros econômicos globais. Neste capítulo, você vai identificar o que é o SFN e entender quais são os órgãos do subsistema deliberativo e normativo. Por fim, você vai ver como funcionam as principais instituições financeiras do mercado. C10_Sistema_financeiro_nacional.indd 1 21/03/2018 13:01:46 Sistema Financeiro Nacional O sistema fi nanceiro é o conjunto de instituições e instrumentos fi nanceiros que permitem a transferência ou a intermediação de recursos dos ofertadores/ poupadores para os demandantes/tomadores. Assim, o sistema fi nanceiro tem o propósito de criar condições para que os títulos e os valores mobiliários tenham a liquidez e a segurança exigidas pelo mercado (SANDRONI, 2005). Nesse sentido, os ofertadores ou poupadores de recursos financeiros são aqueles que, em uma economia, possuem uma posição de superávit financeiro. Isto é, são aqueles que gastam (em consumo ou investimentos) menos do que sua renda — gerando uma “sobra” financeira, que é guardada nas instituições financeiras em forma de saldos de curto prazo (em dinheiro) ou em títulos e valores mobiliários. Já os demandantes ou tomadores de recursos financeiros são aqueles que, em uma economia, apresentam uma posição de déficit financeiro, isto é, aqueles que gastam (em consumo ou investimento) mais do que sua renda — gerando um “hiato” financeiro, que é obtido nas instituições financeiras em forma de diferentes endividamentos de curto prazo (em dinheiro) ou de médio/longo prazo (títulos e valores mobiliários). Em outras palavras, os demandantes ou tomadores são aqueles agentes econômicos que utilizam as poupanças de outros para executar seus planos (COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS, 2005). Cada país — em especial os capitalistas — possui um SFN, com assuas instituições e os seus instrumentos financeiros, que seguem leis e regras nacionais. Além disso, os sistemas financeiros nacionais partici- pam de um sistema financeiro internacional, que permite a integração internacional entre instituições e instrumentos financeiros de diferentes países. Nesse caso, além de cumprir leis e regras nacionais, cada um dos sistemas financeiros nacionais cumpre regras internacionais de operação e de transparência, a fim de dar liquidez e segurança para os estrangeiros não residentes (SANDRONI, 2005). No Brasil, o SFN é considerado avançado, seguro e muito bem organizado, seja do ponto de vista normativo, seja da perspectiva da supervisão, seja do nível operacional. Na década de 1960, na década de 1980 e na década de 1990, o SFN brasileiro foi estruturado, reestruturado, reformado e reorganizado para fazer frente aos avanços da sociedade capitalista e dos novos desafios econômicos. Em especial, esses ajustes levaram em conta as novas exigências dos mercados internacionais para com os países considerados emergentes ou em desenvolvimento, como é o caso do Brasil (PUGA, 1999). Ou seja, foram medidas para evitar fraudes, vulnerabilidades e/ou riscos adversos. Sistema Financeiro Nacional e os seus órgãos deliberativos e normativos2 C10_Sistema_financeiro_nacional.indd 2 21/03/2018 13:01:46 Hoje, o SFN está muito bem estruturado nacionalmente e completamente integrado ao sistema financeiro internacional, com permissões para operações financeiras com os maiores centros econômicos globais, como Estados Unidos, União Europeia, China e Japão. Nesse contexto, o SFN brasileiro é de suma importância para os negócios financeiros internacionais na América Latina, sobretudo os negócios bancários. Assim, o SFN é constituído por três ramos/segmentos financeiros: 1. moeda, crédito, capitais e câmbio; 2. seguros privados; 3. previdência fechada. Em outras palavras, esses três ramos/segmentos juntos são o que se con- vencionou chamar de mercado financeiro. Na prática, envolvem os mais importantes produtos financeiros que são regulamentados pelo Estado e fiscalizados pelas autoridades monetárias. O principal ramo do SFN é o de moeda, crédito, capitais e câmbio. Esse ramo envolve quatro mercados financeiros: o mercado monetário, que é o mercado que fornece à economia nacional o papel-moeda e a moeda escritural (ou moeda bancária); o mercado de crédito, que é o mercado dos empréstimos e dos finan- ciamentos para as pessoas em geral e para as empresas; o mercado de capitais, que é o mercado que permite às empresas em geral captarem recursos de terceiros e venderem participações em negócios; o mercado de câmbio, que é o mercado de compra e venda de moedas estrangeiras. Já o ramo de seguros privados envolve: os produtos de seguros; os contratos de capitalização; previdência complementar aberta. O mercado de seguros privados é aquele que oferece produtos e serviços de proteção contra riscos. Já o mercado de capitalização é aquele em que o contratante deposita valores podendo recebê-los de volta com juros e concorrer a prêmios, ou obter um determinado bem. E o mercado de previdência com- plementar aberta é aquele produtivo para aposentadoria, poupança ou pensão 3Sistema Financeiro Nacional e os seus órgãos deliberativos e normativos C10_Sistema_financeiro_nacional.indd 3 21/03/2018 13:01:46 — funcionando à parte do regime geral de previdência do país (COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS, 2005). Por fim, o ramo de previdência fechada é aquele produto de aposentadoria, poupança ou pensão voltado para funcionários de empresas e organizações pú- blicas e privadas. Esse ramo é popularmente chamado no mercado financeiro de fundos de pensão, ou seja, planos de aposentadoria, poupança e/ou pensão para funcionários de empresas, servidores públicos e integrantes de associações ou enti- dades de classe. Assim, é um produto financeiro restrito a pessoas e empresas que cumpram determinados critérios para acessar os riscos e os retornos financeiros. Para viabilizar o funcionamento desses três ramos/segmentos, existem três subsistemas que estabelecem, ordenadamente, a estrutura do SFN. No topo do SFN estão os órgãos normativos que operam o subsistema financeiro normativo. Em outras palavras, é no subsistema financeiro normativo que são determinadas as regras gerais para o bom funcionamento do SFN como um todo. Atualmente, o subsistema financeiro normativo é constituído por três órgãos: 1. o Conselho Monetário Nacional (CMN), que estabelece as regras gerais para o ramo de moeda, crédito, capitais e câmbio; 2. o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que estabelece as regras gerais para o ramo de seguros privados; 3. o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), que es- tabelece as regras para o ramo de previdência fechada. Abaixo do subsistema financeiro normativo está o subsistema financeiro de supervisão, cujos órgãos supervisores são responsáveis em trabalhar para que os cidadãos e os integrantes do SFN sigam as regras definidas pelos órgãos normativos (COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS, 2005). Ou seja, o subsistema financeiro de supervisão é o responsável por fiscalizar as operações do SFN, estando entre os órgãos normativos e as instituições financeiras operadoras do sistema. Hoje, o subsistema financeiro de supervisão é formado por quatro ór- gãos. No ramo de moeda, crédito, capitais e câmbio, a supervisão é realizada pelo Banco Central do Brasil (BCB) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Enquanto isso, no ramo de seguros privados está a supervisão da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Finalmente, no ramo de previdência fechada, a supervisão é executada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC). Na base do SFN estão as instituições financeiras que operam dentro do subsistema operativo. Na prática, os operadores são as instituições financeiras Sistema Financeiro Nacional e os seus órgãos deliberativos e normativos4 C10_Sistema_financeiro_nacional.indd 4 21/03/2018 13:01:46 que lidam diretamente com o público — pessoas em geral e/ou empresas públicas e privadas — no papel de intermediário financeiro (COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS, 2005). No subsistema financeiro operativo, as instituições financeiras também estão organizadas segundo os três ramos/ segmentos do SFN. No ramo de moeda, crédito, capitais e câmbio, estão as seguintes instituições financeiras que operam esses quatro mercados: bancos e caixas econômicas, cooperativas de crédito, instituições de pagamento, administradoras de con- sórcios, corretoras e distribuidoras de valores mobiliários, demais instituições não bancárias, bolsas de valores e bolsas de mercadorias e futuros. No ramo de seguros privados estão as seguradoras e resseguradoras, as entidades abertas de previdência e as sociedades de capitalização. Por fim, no ramo de previdência fechada estão as entidades fechadas de previdência complementar (ou seja, os fundos de pensão). Você sabe o que são as instituições financeiras em um sistema financeiro? As instituições financeiras são organizações empresariais que operam no mercado financeiro e que podem ser classificadas de acordo com a natureza das obrigações que emitem e os tipos de operações que estão autorizadas a realizar. O primeiro critério possibilita classificar as instituições financeiras em bancárias e não bancárias. Já os tipos de operações classificam as instituições de crédito e as instituições que são distribuidoras de títulos e valores mobiliários. Órgãos do subsistema deliberativo e normativo No Brasil, o subsistema deliberativo e normativo é composto por três órgãos. Para normatizar os mercados de moeda, crédito, capitais e câmbio, há o CMN. Já para normatizar o mercado de seguros privados, há o Conselho Nacional de Seguros Privados. Por fi m, para normatizar o mercado de previdência fechada, há o Conselho Nacional de PrevidênciaComplementar (COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS, 2005). Para supervisionar as regras gerais deliberadas e normatizadas pelos três órgãos descritos (em cada um dos ramos/segmentos do SFN), há outros órgãos, que são os supervisores dos operadores institucionais do sistema financeiro. Para os mercados de moeda, crédito, capitais e câmbio, há o BCB e a CVM. Para 5Sistema Financeiro Nacional e os seus órgãos deliberativos e normativos C10_Sistema_financeiro_nacional.indd 5 21/03/2018 13:01:46 o mercado de seguros privados, há a SUSEP. E, para supervisionar o mercado de previdência fechada, há a PREVIC. A seguir, você pode ver cada um desses órgãos do subsistema deliberativo e normativo, assim como os supervisores. Órgãos normativos Conforme você viu anteriormente, para deliberar e normatizar os mercados de moeda, crédito, capitais e câmbio, o SFN conta com o CMN, criado na reforma fi nanceira de 1964. Mas você sabe o que é o CMN? Em poucas palavras, o CMN é o órgão superior do SFN e tem por responsabilidade maior formular a política de moeda, de crédito, de capitais e de câmbio, objetivando a estabi- lidade da moeda nacional e o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Juntamente ao CMN, funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (COMOC). O propósito da COMOC é dar assessoria técnica ao CMN em assuntos que envolvam a política da moeda e do crédito. É, na prática, uma comissão consultiva do CMN, que legalmente conta com mais sete comissões consultivas (que podem funcionar para assuntos específicos). Assim, as decisões do CMN estão sempre subsidiadas por pareceres técnicos (SANDRONI, 2005). Quem realiza a secretaria executiva do CMN e da COMOC é o BCB. Em outras palavras, é o BCB que organiza e assessora as sessões deliberativas do CMN, preparando as reuniões, as atas oficiais e os arquivos históricos do Conselho. Atualmente, o CMN é composto pelo Ministro da Fazenda — que é o Presidente do Conselho —, o Ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e o Presidente do BCB. Normalmente, esses três membros se reúnem uma vez por mês para deliberarem assuntos da competência do CMN. Todas as decisões aprovadas pelo CMN são de caráter público, com divulgação no Diário Oficial da União e nos registros normativos do BCB (COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS, 2005). No mercado de seguros privados, quem delibera e normatiza é o Conselho Nacional de Seguros Privados. O CNSP é o órgão responsável por fixar as diretrizes e as normas da política de seguros privados no Brasil. Cabe destacar que o mercado de seguros privados lida com a gestão de riscos, sendo este um dos produtos mais sensíveis do SFN. Nesse sentido, o CNSP tem como funções: regular a constituição, a organização, o funcionamento e a fiscaliza- ção dos que exercem atividades de seguros no Brasil, bem como as penalidades previstas; criar e fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro; Sistema Financeiro Nacional e os seus órgãos deliberativos e normativos6 C10_Sistema_financeiro_nacional.indd 6 21/03/2018 13:01:47 estabelecer as diretrizes das operações de seguros e resseguros; disciplinar a corretagem de seguros e a profissão do corretor. Além disso, o CNSP cuida dos critérios para a constituição das firmas seguradoras de capitalização, das entidades de previdência privada aberta e das sociedades resseguradoras. Formalmente, todas as decisões do CNSP são tomadas por um colegiado composto por: Ministro da Fazenda (Presidente); representante do Ministério da Justiça; superintendente da SUSEP; representante do Ministério da Previdência Social; representante do BCB; representante da CVM. Finalmente, no mercado de previdência fechada, quem delibera e nor- matiza é o Conselho Nacional de Previdência Complementar. Em termos práticos, o CNPC é o órgão que regula o regime de previdência comple- mentar operado por organizações financeiras de previdência fechada, ou os chamados fundos de pensão. É um conselho bem focado em apenas um produto financeiro — a previdência fechada — e em uma instituição financeira — os fundos de pensão. Na governança do CNPC, estão vários representantes públicos e privados. O Conselho é presidido pelo Ministro da Previdência Social e composto por representantes da Casa Civil da Presidência, da Secretaria de Políticas de Previdência Complementar, da PREVIC, do Ministério da Fazenda, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, das entidades fechadas de previdência complementar, dos instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar e dos participantes e assistidos de planos de benefícios das referidas entidades. Órgãos supervisores Na estrutura de supervisão, estão os órgãos que trabalham para que os cida- dãos e os integrantes do sistema fi nanceiro sigam as regras defi nidas pelos órgãos deliberativos e normativos (COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS, 2005). Em cada um dos ramos/segmentos do SFN, há um ou mais órgãos supervisores dos mercados fi nanceiros. 7Sistema Financeiro Nacional e os seus órgãos deliberativos e normativos C10_Sistema_financeiro_nacional.indd 7 21/03/2018 13:01:47 No caso dos mercados de moeda, de crédito, de capitais e de câmbio, existem dois supervisores: o BCB e CVM. Nesse sentido, o BCB é o supervisor da estabilidade monetária do País, em especial o controlador da inflação. Assim, o BCB atua para regular a quantidade de moeda na economia — provocando a estabilidade de preços. Para isso, o BCB regula e supervisiona as instituições financeiras brasileiras. Além do mais, o BCB conduz as políticas de crédito, cambial, monetária e de relações financeiras com o exterior. Em termos práticos, o BCB também é responsável pela regulação e pela supervisão do SFN e do Sistema de Pa- gamentos Brasileiro (SPB). Assim, o BCB executa as orientações do CMN no que tange ao ramo de moeda, crédito, capitais e câmbio. No Brasil, o BCB é uma autarquia federal — ligada diretamente ao Ministério da Fazenda (COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS, 2005). Já a CVM é responsável por fiscalizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. Foi criada em 1976 com o desígnio de zelar pela operação eficiente, pela integridade e pelo desenvolvimento do mercado de capitais, promovendo o equilíbrio entre a iniciativa dos agentes e a efetiva proteção dos investidores (COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS, 2005). Assim como o BCB, a CVM é uma autarquia federal — ligada diretamente ao Ministério da Fazenda, com autonomia jurídica e administrativa. Nesse contexto, a CVM tem poderes para examinar livros e documentos de qualquer órgão público, ou autarquia, ou empresa pública, ou companhias privadas abertas (sociedades anônimas). Pode ainda apurar atos legais e práticas não equitativas de administrações de companhias abertas e outros participantes dos mercados de capitais, bem como suspender ou cancelar a negociação de um título, ou colocar em recesso a Bolsa de Valores (CO- MISSÃO NACIONAL DE BOLSAS, 2005). Enquanto isso, para os seguros privados, a supervisão do mercado é con- cretizada pela SUSEP. A SUSEP também é uma autarquia federal, ligada ao Ministério da Fazenda, que tem a responsabilidade de controlar e fiscalizar os mercados de seguro, de previdência privada aberta, de capitalização e de resseguro. Esse órgão supervisor do mercado foi criado em 1966. A principal atividade da SUSEP é garantir a estabilidade do mercado e que os direitos dos consumidores sejam cumpridos. Além do mais, como órgão supervisor, a função da SUSEP é fazer cumprir as deliberações e normativas do CNSP — o que inclui também prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. Ainda nesse contexto, a SUSEP é responsável por zelar pelo Sistema Nacional de Seguros Privados e pelo Sistema Nacional de Capitalização (SANDRONI, 2005). Sistema Financeiro Nacional e os seus órgãos deliberativos e normativos8 C10_Sistema_financeiro_nacional.indd8 21/03/2018 13:01:47 No mercado de previdência fechada, o órgão supervisor é a PREVIC. A PREVIC também é uma autarquia federal — ligada ao Ministério da Fazenda — com autonomia jurídica e administrativa para executar as suas funções legais. Em termos práticos, as principais atribuições da PREVIC são: fiscalizar as atividades das organizações de previdência complementar e as suas operações; julgar as infrações e aplicar as penalidades cabíveis; autorizar o funcionamento das organizações e previdência complementar conforme as normativas; decretar intervenção e liquidação extrajudicial de organizações de previdência complementar; notificar anualmente o Ministério da Fazenda sobre as atividades do mercado de previdência complementar. Principais instituições do subsistema operativo No subsistema operativo do SFN, existem diferentes instituições fi nanceiras que atuam e operacionalizam os três ramos/segmentos dos mercados fi nanceiros: os mercados de moeda, de crédito, de capitais e de câmbio; o mercado de seguros privados; o mercado de previdência fechada. Vejamos cada um em detalhes a seguir. Mercados de moeda, crédito, capitais e câmbio Nos mercados de moeda, de crédito, de capitais e de câmbio, existem diferentes instituições fi nanceiras que operam os mais variados produtos e instrumentos fi nanceiros. É importante que você saiba que, no SFN brasileiro, todas essas instituições fi nanceiras são supervisionadas pelo BCB, com exceção das bolsas de valores e de mercadorias e futuros, que são supervisionadas pela CVM. Nesse sentido, as instituições financeiras mais conhecidas são os bancos e as caixas econômicas. No Brasil, existem os bancos múltiplos, os bancos comerciais, a Caixa Econômica Federal e outras caixas econômicas, os bancos de câmbio, os bancos de desenvolvimento e os bancos de investimento. 9Sistema Financeiro Nacional e os seus órgãos deliberativos e normativos C10_Sistema_financeiro_nacional.indd 9 21/03/2018 13:01:47 Os bancos múltiplos são instituições financeiras que podem operar si- multaneamente, com autorização do BCB, carteiras de banco comercial, de investimento, de crédito imobiliário, de crédito, financiamento e investimento, de arrendamento mercantil (ou leasing) e de desenvolvimento (COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS, 2005). Os bancos múltiplos podem ser privados ou públicos, sendo que só se caracterizam quando a instituição opera mais de dois produtos ou instrumentos financeiros. Já os bancos comerciais são classificados como instituições monetárias por terem o poder de criação de moeda escritural, proporcionando recursos necessários para financiar as empresas e as pessoas físicas. São instituições que recebem depósitos à vista em contas de movimento ou contas-correntes. Como os bancos comerciais, as caixas econômicas (federal e estaduais) podem também receber depósitos à vista do público, mas operam ainda financiamentos habitacionais — executando a política habitacional do governo. Os bancos de câmbio são instituições financeiras que realizam operações cambiais e operações de crédito vinculadas às de câmbio, como financiamentos à exportação e importação e adiantamentos sobre contratos de câmbio. Parale- lamente, os bancos de investimento são instituições financeiras especializadas na montagem e na colocação de operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento das atividades produtivas para suprimento de capital fixo e de giro e administração de recursos de terceiros. Além disso, existem os bancos de desenvolvimento, que podem ser regio- nais, estaduais ou nacionais. Ou seja, são instituições financeiras controladas pelos governos e têm o desígnio de proporcionar o suprimento adequado dos recursos necessários ao financiamento, a médio e a longo prazos, de programas e projetos que visem à promoção do desenvolvimento econômico e social de uma região, estado ou país. No Brasil, em 1952, foi constituído o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). É um banco de desenvolvimento que tem o propósito de apoiar os investimentos mais estratégicos necessários ao desenvolvimento do País e, em particular, aqueles que fortaleçam a empresa privada nacional. Em suas atividades de financiamento, o BNDES conta com recursos próprios e empréstimos e doações de entidades nacionais e estrangeiras, além dos recursos que se originam dos organismos internacionais (como o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID) (COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS, 2005). Sistema Financeiro Nacional e os seus órgãos deliberativos e normativos10 C10_Sistema_financeiro_nacional.indd 10 21/03/2018 13:01:47 Enquanto isso, as cooperativas de crédito são instituições financeiras estabelecidas pela associação de pessoas para prestar serviços financeiros exclusivamente aos seus associados. Ou seja, os cooperados são ao mesmo tempo “donos” e “clientes” da cooperativa — participando da sua gestão com direitos e deveres iguais para todos. Esse tipo de instituição financeira também deve ser autorizada e supervisionada pelo BCB, ao contrário de outros ramos de cooperativismo, tais como educação, agropecuária, entre outros. No SFN, também existem as Instituições de Pagamento (IP), que são instituições não financeiras que fazem serviços de compra e venda e de mo- vimentação de recursos. Esses serviços podem igualmente ser ofertados por instituições financeiras, em especial pelos bancos múltiplos. Isso inclui, por exemplo, serviços de cartões vale-refeição, cartões pré-pagos em moeda nacional e/ou estrangeira, cartões de crédito, etc. As administradoras de consórcios são instituições que reúnem pessoas físicas e jurídicas em grupo, com prazo de duração e número de cotas. Elas têm o objetivo de propiciar a seus integrantes, de forma isonômica, a aquisição de bens ou serviços, mediante o autofinanciamento. Assim, as administradoras de consórcios podem gerenciar vários consórcios, cuidando dos contratos, das regras de contemplação dos prêmios, entre outras atividades (COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS, 2005). Já as corretoras e distribuidoras são instituições financeiras que podem operar no SFN de três maneiras (COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS, 2005): 1. como corretoras de câmbio, intermediando operações entre clientes e bancos ou comprando e vendendo moedas estrangeiras para seus clientes; 2. como corretoras de títulos e valores mobiliários, operando nos mercados financeiro e de capitais e no mercado cambial, intermediando a nego- ciação de títulos e valores mobiliários entre investidores e tomadores de recursos financeiros; 3. como distribuidoras de títulos e valores mobiliários, realizando igual- mente operações nos ambientes e sistemas de negociação dos merca- dos organizados de bolsa de valores. Estas duas últimas instituições financeiras são supervisionadas tanto pelo BCB quanto pela CVM. Além das instituições financeiras que você acabou de ver, o SFN brasileiro conta também com outras instituições não bancárias, como: 11Sistema Financeiro Nacional e os seus órgãos deliberativos e normativos C10_Sistema_financeiro_nacional.indd 11 21/03/2018 13:01:47 as agências de fomento, cujo objetivo é financiar o capital fixo e de giro para empreendimentos que fazem parte de programas de desenvolvimento; as associações de poupança e de empréstimo, que são criadas para facilitar aos associados a aquisição da casa própria, além de incentivar e difundir a poupança; as companhias hipotecárias, que têm por objetivo a concessão de financiamentos imobiliários residenciais ou comerciais, empréstimos garantidos por hipotecas ou alienação fiduciária dos imóveis e repasses de recursos relacionados a programas e/ou políticas habitacionais; as sociedades de crédito, financiamento e investimento, também conhecidas como financeiras, que têm o propósito de fornecer em- préstimos e/ou financiamentos para a aquisição de bens, serviços e capital de giro; associedades de crédito imobiliário, que têm o objetivo único do fi- nanciamento habitacional; as sociedades de crédito ao microempreendedor, que buscam ampliar o acesso ao crédito por parte dos microempreendedores e das empresas de pequeno porte; as sociedades de arrendamento mercantil, que realizam o arrendamento de bens móveis e imóveis adquiridos. Por fim, existem as bolsas de valores e as de mercadorias e futuros. A primeira, a bolsa de valores, tem o objetivo de manter um local e/ou um sistema informatizado adequado para a realização de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários. Enquanto isso, a bolsa de merca- dorias e futuros possui o objetivo de efetuar o registro, a compensação e a liquidação, física e financeira, das operações realizadas. Nessa instituição financeira, ocorrem as transações do mercado de derivativos — operações que possibilitam que os agentes econômicos tenham a oportunidade de efetuar hedging (proteção) ante flutuações de preços de commodities, índices, taxas de juros, moedas, metais, entre outros. Mercado de seguros privados No mercado de seguros privados existem, atualmente, três tipos de insti- tuições fi nanceiras: Sistema Financeiro Nacional e os seus órgãos deliberativos e normativos12 C10_Sistema_financeiro_nacional.indd 12 21/03/2018 13:01:47 1. seguradoras e resseguradoras; 2. entidades abertas de previdência; 3. sociedades de capitalização. Assim, as seguradoras são instituições financeiras especializadas em pactuar contratos. Por meio desses contratos, elas assumem a obrigação de pagar ao contratante (segurado), ou a quem este designar, uma indenização, no caso em que ocorra o risco indicado e temido, recebendo, para isso, o prêmio estabelecido. Enquanto isso, as resseguradoras são instituições financeiras especializadas em contratos de resseguro e retrocessão, ou seja, especializadas no “seguro do seguro”, com o propósito de minimizar os impactos dos riscos. Já as entidades abertas de previdência são instituições financeiras que objetivam instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou em pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas. Finalmente, as sociedades de capitalização são instituições financeiras que negociam contratos (títulos de capitalização) cujo objeto é o depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratual- mente, além do direito de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro (SANDRONI, 2005). Mercado de previdência fechada Quem opera no mercado de previdência fechada são as entidades fechadas de previdência complementar, ou seja, os fundos de pensão. Em geral, os fundos de pensão são constituídos na forma de sociedade civil ou de fundação e não possuem fi ns lucrativos. Na prática, os fundos de pensão são operadores de planos de benefícios de natureza previdenciária, patro- cinados e/ou instituídos. Em outras palavras, os fundos de pensão são entidades constituídas com o objetivo exclusivo de administrar os planos de benefícios de natureza previdência que um patrocinador e/ou instituidor oferece para os seus fun- cionários ou associados/membros. É importante você notar que os fundos de pensão são independentes para administrar seu patrimônio e para tomar decisões de investimentos. 13Sistema Financeiro Nacional e os seus órgãos deliberativos e normativos C10_Sistema_financeiro_nacional.indd 13 21/03/2018 13:01:47 COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS. Mercado de capitais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. PUGA, F. P. Sistema financeiro brasileiro: reestruturação recente, comparações interna- cionais e vulnerabilidade à crise cambial. Rio de Janeiro: BNDES, 1999. (Textos para Discussão, 68). SANDRONI, P. Dicionário de economia do século XXI. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 2005. Leitura recomendada KISHTAINY, N. et al. O livro da economia. São Paulo: Globo, 2013. Sistema Financeiro Nacional e os seus órgãos deliberativos e normativos14 C10_Sistema_financeiro_nacional.indd 14 21/03/2018 13:01:48 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. DICA DO PROFESSOR No Brasil foi criado o Comitê de Política Monetária (Copom), seguindo uma tendência mundia l. O Copom produz efeitos diretos nos mercados de moeda, crédito, capitais e câmbio. Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. EXERCÍCIOS 1) Sobre o Sistema Financeiro Nacional (SFN), é correto afirmar que: A) o subsistema financeiro de supervisão funciona com seus órgãos, que são responsáveis por trabalhar para que os cidadãos e os integrantes do SFN sigam as regras gerais definidas pel os órgãos normativos. B) o único ramo/segmento do SFN é o de moeda, crédito, capitais e câmbio. C) o ramo de previdência fechada envolve os produtos de seguros, contratos de capitalização e previdência complementar aberta. O mercado de seguros privados é aquele que oferece p rodutos e serviços de proteção contra riscos. D) no ramo de seguros privados, estão os fundos de pensão, instituições financeiras que assu mem vários riscos do mercado. E) o SFN brasileiro tem sérios problemas operacionais por não atender a regulações internaci onais e a um código legal nacional adaptado ao contexto contemporâneo. Sobre os órgãos normativos do Sistema Financeiro Nacional (SFN), é correto afirmar 2) https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/44a83b9d973896c9bdf88099fce28b47 driller.vmi Highlight que: A) Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão responsável por fixar as diretrizes e as nor mas da política de seguros privados no Brasil. B) Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc) é o órgão responsável por fixar as diret rizes e as normas de gestão de riscos do mercado de moeda e do crédito. C) Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) organiza e assessora as sessões deliberati vas do Conselho Monetário Nacional (CMN), preparando as reuniões, as atas oficiais e os arquivos históricos do conselho. D) o Conselho Monetário Nacional (CMN) delibera e normatiza sobre todos os ramos/segmen tos do Sistema Financeiro Nacional (SFN). E) Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é o órgão que tem a função de r egular o regime de previdência complementar operado por organizações financeiras de pre vidência fechada. 3) Sobre os órgãos supervisores do Sistema Financeiro Nacional (SFN), é correto afirma r que: A) o Banco Central do Brasil (BCB) conduz as políticas de crédito, cambial, monetária e de r elações financeiras com o exterior. Em termos práticos, o BCB também é responsável pela regulação e supervisão do SFN. B) a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é responsável por “fis calizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil”. C) a Superintendência de Seguros Privados (Susep) tem a responsabilidade de controlar e fisc alizar os seguros públicos. Os seguros privados são fiscalizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). D) a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem a responsabilidade de controlar e fiscalizar os mercados de seguro, de previdência privada aberta, de capitalização e de resseguro. E) o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o orgão que cuida de todos os produtos financ eiros do SFN. driller.vmi Highlight driller.vmi Highlight 4) Sobre as principais instituições do subsistema operativo do SFN, é correto afirmar qu e: A) as administradoras de consórcios têm o objetivo único do financiamento habitacional. B) as cooperativas de crédito são instituições financeiras estabelecidas “pela associação de pe ssoas para prestar serviçosfinanceiros exclusivamente aos seus associados”. C) as entidades fechadas de previdência complementar são instituições financeiras que têm “ por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos e m ‘forma de renda continuada’ ou em ‘forma de pagamento único’, acessíveis a quaisquer pessoas físicas”. D) a bolsa de valores, também conhecida como financeira, tem o propósito de fornecer empré stimos e/ou financiamentos para a aquisição de bens, serviços e capital de giro. E) as Instituições de Pagamento (IP) realizam o arrendamento de bens móveis e imóveis adqu iridos, ou seja, o chamado leasing. 5) No SFN, as instituições financeiras mais conhecidas são os bancos e as caixas econômi cas. No Brasil, existem os bancos múltiplos, os bancos comerciais, as caixas econômic as, os bancos de câmbio, os bancos de desenvolvimento e os bancos de investimento. É correto afirmar que: A) as caixas econômicas (federal e estaduais) são instituições financeiras que realizam operaç ões cambiais e operações de crédito vinculadas às de câmbio, como financiamentos à expo rtação e importação e adiantamentos sobre contratos de câmbio. B) os bancos de câmbio são instituições financeiras estabelecidas “pela associação de pessoas para prestar serviços financeiros exclusivamente aos seus associados”. C) os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos governos e tê m o desígnio de proporcionar o suprimento adequado “dos recursos necessários ao financia mento, a médio e a longo prazos, de programas e projetos que visem à promoção do desen volvimento econômico e social de uma região, estado ou país". os bancos múltiplos são classificados como instituições monetárias por terem o poder de cr iação de moeda escritural, proporcionando recursos necessários para financiar as empresas D) driller.vmi Highlight driller.vmi Highlight e as pessoas físicas. São instituições que recebem depósitos à vista em contas de moviment o ou contas-correntes. E) os bancos comerciais são instituições financeiras que podem operar, simultaneamente, com autorização do BCB, carteiras de banco comercial, de investimento, de crédito imobiliário, de crédito – financiamento e investimento –, de arrendamento mercantil (ou o leasing) e d e desenvolvimento. NA PRÁTICA No Sistema Financeiro Nacional (SFN) de qualquer país capitalista, incluindo o Brasil, poupado res e tomadores de recursos podem realizar suas operações financeiras de compra e venda de ati vos e passivos financeiros. No entanto, como isso funciona na prática? Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! SAIBA + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo r: A reforma do Sistema Financeiro Nacional Sobre a reforma do sistema financeiro brasileiro nos anos 1960 e nos anos 1980. Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. SFN – Sistema Financeiro Nacional https://www.scielo.br/pdf/ea/v7n17/v7n17a10.pdf Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. https://maisretorno.com/blog/termos/s/sfn-sistema-financeiro-nacional
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