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GE - Unidade 1

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Fundamentos da Geologia
UNIDADE 1
2
UNIDADE 1
fUNDAmENtos DA gEologIA
o tEmPo gEolÓgICo /mINERAIs/ EstUDos DAs RoCHAs E o sEU CIClo
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Olá, aluno(a)!
O nosso planeta nem sempre teve a mesma configuração que estamos acostumados em ver dia-
riamente, as mesmas montanhas, campos, árvores, animais e nem mesmo a mesma duração de 
tempo (24horas). 
Sim, o nosso planeta não é estático, nos últimos 4,5 bilhões de anos (a idade da terra) houve 
muitas transformações. 
Os minerais como constituintes primários das rochas foram se formando e se transformando du-
rante todo processo de evolução do planeta terra. Nesse exato momento, todos esses processos 
estão ocorrendo bem abaixo dos nossos pés. 
As rochas Magmáticas (Ígneas), Metamórficas e Sedimentares surgiram durante todo processo 
de “vida” da Terra, e nelas se escondem registros da história do nosso planeta, que nós humanos 
descobrimos e estudamos para melhor entender os processos de evolução planetária, e são essas 
transformações que iremos estudar nesse capítulo.
Seja bem-vindo! 
O TEMPO GEOLÓGICO 
Todos os dias estamos acostumados a olhar o relógio, calendários, para sabermos os horários e 
demarcarmos atividades que regem a sociedade.
A partir disso, temos um cronograma de etapas a serem cumpridas, o dia possui 24horas (23 ho-
ras, 56 minutos e 4 segundos de acordo com a rotação da terra) e 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 
48 segundos para um ano (translação). 
Para nós, parece que o planeta sempre seguiu esse mesmo fluxo temporal, porém nos primórdios 
tanto a rotação (movimento da terra sobre seu eixo) que gera os dias e as noites, e translação 
(movimento da terra ao redor da sua estrela principal, o sol) que gera as estações do ano, não 
foram às mesmas. 
A história geológica da Terra é dividida em Eon, Eras, Períodos e Épocas, e de acordo com AL-
MEIDA & RIBEIRO (1998) a escala do tempo geológico é obtida através de técnicas de datação 
relativa das rocha.
3
Essas técnicas podem ser obtidas tanto visualmente através de marcas que as rochas registraram 
no decorrer de sua formação, por estratos rochosos, ou seja, camadas de sedimentos que foram 
depositadas um em cima do outro junto com fósseis de seres vivos no decorrer dos milhões de 
anos, e ainda por datações absolutas, superprecisas que se utiliza de isótopos radioativos que 
podem indicar com exatidão o tempo de “vida” de qualquer rocha, fóssil, sedimentos do planeta!
A figura 01 abaixo (modificada de Almeida & Ribeiro, 1998; e de Leinz & Amaral, 1989) representa 
de forma simplificada da escala de tempo geológica do planeta:
Figura 01: Escala simplificada do tempo geológico terrestre (modificada de Almeida & Ribeiro, 1998; e de 
Leinz & Amaral, 1989). 
Fonte: http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter02.html. 
Acesso em: 24 mar. 2016.
 
Como você pôde perceber existem muitas maneiras de se descobrir a idade da terra, e todo esse 
conhecimento ainda está em refinamento, quer dizer, estão ainda sofrendo modificações para se 
tornarem cada vez mais e mais precisos e na procura de achar novas evidências. 
No Eon Arqueano (4,5 bilhões a 2,5 bilhões de anos atrás) em relação às horas do dia, um dia 
tinha apenas seis horas, a terra girava quatro vezes mais rápido que atualmente.
Isso acontecia devido ao choque que houve de um planeta do tamanho de Marte chamado teia, a 
força de colisão afetou a rotação da terra, dessa colisão surgiu a nossa lua. 
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter02.html
4
A lua se encontrava a cerca de vinte e dois mil quilômetros de distância contra os quatrocentos 
mil quilômetros atuais, logo se estivéssemos lá a lua estaria muito maior, veríamos sua superfície 
sem o uso de lunetas! 
Nesse Eon houve a formação da crosta terrestre e o início das tectônicas de placas, assim como o 
aparecimento dos primeiros seres vivos unicelulares (3,5 bilhões de anos atrás). 
No Eon Proterozóico (2,5 bilhões à 570 milhões de anos atrás), o planeta passou por instabilida-
des continentais criando cadeias de montanhas, só para se ter uma ideia, o assoalho oceânico se 
renovava (ciclo de Wilson) a cada duzentos milhões de anos, quer dizer, numa média de dez vezes 
durante o Proterozóico. 
Devido ao surgimento dos primeiros seres vivos que faziam fotossíntese, entre eles os Estroma-
tólitos, a atmosfera se tornou oxidante e assim formou grandes depósitos de minério de ferro que 
utilizamos atualmente. 
Há cerca de 650 milhões de anos a terra passou pelo maior período de glaciação que já se tem 
registro, ocasionado exatamente pela grande atividade tectônica que ocasionou grandes ativida-
des vulcânicas que obliterou os raios solares, esse período de glaciação passou a ser chamada de 
terra bola de neve. 
Já no Eon Fanerozóico (570 milhões de anos aos dias atuais) os continentes estavam unidos em 
um único supercontinente chamado de Pangéia.
A América do Sul, mais precisamente a costa leste do Brasil estava unida à costa Oeste da Áfri-
ca, os continentes da Índia, Antártida e a Austrália (hoje separados) também estavam unidos no 
começo de Fanerozóico. 
Há 355 milhões de anos (Carbonífero) ocorreram soterramentos de florestas de coníferas que se 
transformariam no futuro em grandes reservas de carvão mineral. 
Os dinossauros surgiram no Triássico há 250 milhões de anos e povoaram o planeta até o fim do 
Cretáceo (há 64 milhões anos), as primeiras gramas e flores surgiram também só no Cretáceo. 
Os mamíferos surgiram no Jurássico (há 205 milhões de anos), eles eram bem pequenos e eram 
presas fáceis para os dinossauros e outros animais de porte superior. 
 
VOCê SAbIA?
O petróleo brasileiro se originou no Mesozóico durante a separação da América 
do Sul com a África, que passou a formar o Oceano Atlântico. O Oceano Atlântico 
passou por uma fase de Golfo com mares rasos e havia uma imensa quantidade 
de seres vivos que cresceram vertiginosamente, porém o oxigênio dissolvido nas 
águas foi diminuindo e muitos desses seres morreram (o evento chamado Anoxia 
do Mesozóico) e foram para o fundo do mar, e posteriormente deram origem ao 
nosso petróleo. 
???
5
As grandes cadeias de montanhas recentes (Andes, Himalaia, Alpes) se desenvolveram no Ceno-
zóico. E aqueles grandes mamíferos tipo o Dente de Sabre, Mamute, Preguiças Gigantes surgiram 
quando? 
Bem, eles surgiram após a extinção dos dinossauros devido a um grande meteoro que se chocou 
na Península do Yucatán (México), ocasionando grandes mudanças climáticas no planeta terra.
Assim, os dinossauros não conseguiram se adaptar a falta de comida devido à morte de grande 
quantidade de plantas, logo os herbívoros morreram primeiro e depois os carnívoros. 
Nós não podemos esquecer que os dinossauros eram enormes, logo eles precisavam de muita 
comida para se sustentarem. Essa fase marca o fim do Mesozóico e dá início ao Cenozóico.
No Cenozóico o clima do planeta voltou a ficar favorável, e assim os mamíferos tiveram a oportu-
nidade de evoluírem e assim crescerem (megafauna). 
Os Dentes de Sabre eram comuns da América do Sul, assim como Mamutes e Preguiças Gigantes. 
Porém, eles não duraram muito tempo, eles se extinguiram no fim da última grande glaciação, en-
tre 13 mil a 9 mil anos atrás, o interessante é que a flora daquela época persiste até a atualidade. 
Agora depois de tanta explicação você deve estar se perguntando, e nós seres humanos, quando 
surgimos? 
Podemos dizer que surgimos por último, há 1,6 milhões de anos no Pleistoceno, onde aprendemos 
a controlar o fogo, caçar, coletar, pescar, porém só no Holoceno (11 mil anos), que a nossa civili-
zação surgiu e se desenvolveu, em um período de temperaturas mornas, interglacial. 
Só para você ter uma ideia se transformássemos os 4,5 Bilhões de anos da terra em 45 anos, nós 
teríamos surgido nas últimas 3 horas e 58 minutos, a revolução industrial aparecido nos últimos 
58 segundos e, nesse tempo de revolução destruímos metade de nossas florestas. 
 
VEjA O VÍDEO!
Assim,após essa breve explanação sobre o tempo geológico da terra, espero 
ter conseguido atrair a sua curiosidade sobre tudo que aconteceu e acontece em 
nosso planeta, e sugiro o documentário “Construindo o Planeta Terra” produzido 
pela National Geographic. Duração: (1:30:51). Acesse o link e bom vídeo! 
OS MINERAIS E SUAS CARACTERÍSTICAS (MINERALOGIA)
Muitas vezes nos deparamos com aquelas “pedras” esotéricas, ou mesmo “pedras” preciosas 
como diamantes, rubis, safiras, esmeraldas e as achamos muito bonitas, porém poucos se pergun-
tam de onde elas surgiram, como, e a composição química das mesmas.
https://www.youtube.com/watch?v=MPATtHrY1AM
6
Nesse bloco iremos estudar os Minerais e suas principais características, e tentaremos entender 
como eles influenciam nossa vida além de simples joias de enfeite. 
Para começar, o termo pedra não é o correto, o nome é mineral, e eles possuem características 
próprias como forma de apresentação na natureza, dureza, brilho, cor entre outras menos visíveis, 
então o que são os minerais? 
Minerais podem ser definidos de acordo com BERRY & MASON (1959) como substâncias químicas 
inorgânicas (definidas) que foram solidificadas homogeneamente na natureza com arranjo atômi-
co ordenado.
Vamos discutir aqui alguns termos usados na definição: 
•	 Quando falamos, solidificada homogeneamente, quer dizer que possui uma única fase 
sólida, em que não se poderá em hipótese alguma ser separado em compostos mais 
simples que já são. 
•	 Inorgânicas: são formados por substâncias inorgânicas excluindo qualquer sólido homo-
gêneo de origem orgânica, como por exemplo, as pérolas e o âmbar. 
•	 Definidas: quer dizer, composição química que possa ser expressa por uma fórmula 
química. 
•	 Arranjo atômico ordenado: estado cristalino, eles possuem uma forma visual de se apre-
sentarem na natureza. 
Então, quer dizer que os minerais podem ser extraídos como minério? 
Nem todos os minerais podem ser extraídos como minérios. Abaixo, algumas definições para não 
mais errar:
•	 Mineral-minério: é considerado qualquer mineral que tenha valor econômico em sua 
extração, seja de um único ou mais metais. Um exemplo típico é a Hematita [Fe2O3] que 
é o mineral-minério de Ferro. 
•	 Ganga: são minerais desprovidos ou de valor secundário que acompanha o mineral-mi-
nério.
•	 Minério: possuindo uma definição mais abrangente, um minério é uma associação de 
minerais onde a extração de uma ou mais substâncias úteis possui valor econômico, 
podendo ser metais, elementos ou compostos químicos. 
•	 Mineral-industrial: é quando o próprio mineral todo é matéria-prima para a indústria, 
quer dizer, não é tirado dele uma substância, o próprio mineral já é completamente 
usado. Ex: Asbesto (amianto) como isolante térmico; argilas como cerâmicas; quartzo no 
uso eletrônico e ótico. 
Agora que já sabemos o que é um mineral, vamos agora conhecer algumas propriedades físicas. 
7
Propriedades Físicas dos Minerais 
Os minerais possuem propriedades físicas que os definem, como a sua composição química e as 
suas características estruturais. Dessa forma, existe um conjunto de particularidades que com 
simples testes com o auxílio de lupa de mão, ímã, canivete e placa de porcelana podemos iden-
tificar minerais desconhecidos, e por isso é facilmente utilizados por mineralogistas, por outros 
profissionais da área ou até mesmo por pessoas interessadas em aprender. 
Então vamos aprender essas propriedades? 
Hábito: os minerais possuem um formato preferencial de se apresentarem na natureza que se 
chama hábito, que pode ser em formato de prisma, tubo, lamina, fibra, glóbulo e etc. (Figura 02). 
Prismático: constituídos por prismas ou combinações de vários prismas, em que possuem várias 
qualificações, como: colunares (prismas com formato de colunas, o prisma que conhecemos); 
aciculares (são como agulhas bem finas e alongadas); Fibrosos ou capilares (mais finos ainda, 
lembrando fios de cabelos); tabulares (são prismas achatados, mas grossos) e os laminares (são 
achatados, alongados como uma lâmina de faca). 
 
Figura 02: Os minerais e alguns hábitos comuns. Adaptado de Klein, C. e Dutrow, B. Manual of Mineral 
Science. 23ª Ed. 2008. 
8
•	 Cúbicos, romboédricos, etc: minerais que se apresentam em formatos cubos, octaedros, 
hexaedros, dodecaedros.
•	 Dendríticos: formato de galhos e árvores, ramos divergentes, como plantas. 
•	 Granular: estão agregados como grãos. 
•	 Oolíticos: são arredondados, aproximadamente do tamanho de ovas de peixe. 
•	 Bandado: formados por camadas com diferentes texturas e cores.
•	 Maciço: de formato compacto, sem um formato ou feição especial.
Clivagem: é a tendência que um mineral tende a se partir em planos, identificados por índices 
de Miller. A clivagem possui gradações quanto a sua qualidade, indo desde muito imperfeita ou 
inexistente (Quartzo), imperfeita (Apatita), boa (Feldspato), muito boa (Halita), excelente (Calcita, 
micas).
 
VOCê SAbIA?
A clivagem tem grande importância em aplicações técnicas industriais, como por 
exemplo a muscovita com sua clivagem excelente em placas possui propriedades 
dielétricas, que servem para equipamentos elétricos. 
Fratura: é como um mineral se rompe, tirando aqueles que a clivagem determina. Ele é diferente 
da clivagem por não possuir planos em que as ligações químicas são mais fracas, nas fraturas as 
ligações químicas são mais ou menos as mesmas em todas as direções. 
Assim, elas podem ser: conchoidal se parte como conchas (como blocos de vidro e o quartzo), 
fibrosa (quando se rompem como estilhaços), serrilhada (superfície dentada, bordas cortantes), 
irregular (superfícies irregulares). 
Dureza: Sendo umas das características mais importantes, a dureza é a resistência que o mineral 
apresenta ao ser riscado (sulcado) por outro mineral ou por determinados objetos. 
Ele é condicionado pela estrutura e pelo tipo de ligações que o mineral é formado. Uma das es-
calas de dureza relativas mais conhecidas é a escala de Mohs, criada pelo mineralogista Friedrich 
Mohs. 
Esta escala possui 10 gradações, sendo o 01 o mais fraco e 10 o mais forte. Outra escala conhe-
cida é a de dureza absoluta. Tabela 01. 
 
???
9
Tabela 01: Relação escala de Mohs de dureza relativa e Escala de dureza absoluta.
De acordo com a escala de Mohs um mineral de dureza 4 (Fluorita), por exemplo, só pode riscar 
ele mesmo ou um de dureza menor que ele, e um de escala 8 (Topázio) apenas ele mesmo e todos 
menos duros que ele. 
Já em relação à escala de dureza absoluta, a Apatita (dureza 48) é 48 vezes mais duro que o Talco 
(dureza 1), mas é 1,5 vez menos duro que Ortoclásio (dureza 72), o Diamante (dureza 1600) é 4 
vezes mais duro que o Rubi (dureza 400). 
Não é necessariamente a composição química que determinará o quanto um mineral será mais 
duro que o outro, um exemplo desse aspecto é a Grafita e o Diamante ambos formados por Carbo-
no (C), porém no Diamante o sistema cristalino é cúbico e na Grafita é hexagonal, assim o Carbono 
possuirá dureza 1 e o Diamante dureza 10. 
Tenacidade: diferente da dureza que relaciona o quanto um mineral será mais duro em relação ao 
outro sendo útil para cortes, a tenacidade mede a coesão de um mineral, ou seja, a sua resistência 
(quebrado) e ao comportamento de deformação (esmagado, dobrado ou rasgado). 
Assim, podemos dizer que a tenacidade não possui necessariamente uma relação com a dureza, 
onde podemos ter como exemplo o Diamante que possui dureza 10 na escala de Mohs, mas tena-
cidade relativamente baixa quando submetido a um impacto. 
A tenacidade de um mineral possui alguns termos qualitativos: 
•	 Quebradiço: o mineral se rompe ou é pulverizado com facilidade;
•	 Ex: Calcita, Pirita.
•	 Maleável: o mineral pode ser transformado em lâminas, por aplicação de impacto;
•	 Ex: Cobre, Ouro, Prata, Platina.
Dureza 
de Mohs
Dureza 
Absoluta
Mineral Comentários
1 1 Talco Pode ser riscado com a unha.
2 2 Gipsita Pode ser riscado com a unha comdificuldade
.3 9 Calcita Pode ser riscado uma moeda de cobre.
4 21 Fluorita Pode ser facilmente riscada com uma faca de 
cozinha
5 48 Apatita Pode ser riscada por um canivete.
6 72 Ortoclásio Pode ser riscado por um bisturi.
7 100 Quartzo Capaz de riscar o vidro e todos com dureza me-
nor.
8 200 Topázio Capaz de riscar o quartzo.
9 400 Corindon Capaz de riscar o topázio.
10 1600 Diamante Mineral mais duro que existe. Só pode ser risca-
do por outro diamante.
10
•	 Séctil: o mineral pode ser cortado por uma lâmina de aço;
•	 Ex: Gipsita.
•	 Dúctil: o mineral pode ser estirado para formar fios;
•	 Ex: Cobre, Amianto.
•	 Flexível: o mineral pode ser curvado, mas não retorna a sua forma original, depois que 
é cessado o esforço;
•	 Ex: Talco Laminar
•	 Elástico: o mineral pode ser curvado, mas volta à sua forma original, depois de cessado 
o esforço. 
•	 Ex: Micas
Densidade: essa propriedade é definida em relação entre a massa específica de um mineral e a 
massa específica de água destilada a 4°C, ou seja, é o número de vezes que uma determinada 
massa de um mineral é mais pesado que a mesma massa de água destilada a 4°C. Existem alguns 
fatores que interferem na classificação da densidade dos minerais: 
•	 Peso atômico: os átomos que constituem o mineral possuem peso atômico, assim mes-
mo que os minerais possuam o mesmo arranjo tridimensional químico (minerais isoes-
truturais), um mineral que seja formado por átomos de peso atômico maior terá uma 
densidade relativa superior a um que seja formado por átomos de peso atômico menor. 
Um exemplo é a Aragonita (CaCO3) em que (Ca) tem peso atômico igual a 40,08 e den-
sidade relativa 2,95, já a Cerussita (PbCO3) o Pb tem peso atômico 207,21 e densidade 
relativa 6,55. 
•	 Arranjo estrutural: alguns minerais possuem a mesma constituição química, porém o 
empacotamento dos átomos não é mesmo (polimorfos), e isso influencia na sua densi-
dade relativa, um exemplo comum é entre o Diamante e a grafita, ambos formados por 
Carbono (C) mas pelo Diamante possuir o empacotamento dos átomos de forma cúbica 
a sua densidade relativa será 3,5, já a Grafita por possuir o empacotamento dos átomos 
de forma Hexagonal a sua densidade relativa será 2,2. 
 
Cor: a propriedade da cor é o que chama mais atenção dos minerais, quem nunca achou uma ame-
tista com aquela cor violeta, um topázio alaranjado tão bonito? Pois é, mas a pergunta que sempre 
existe é: porque os minerais possuem cores diferentes? 
O nosso cérebro interpreta as cores como resultado da absorção seletiva de determinados tipos de 
onda da luz que atravessam o mineral, então os comprimentos de ondas que não são absorvidos 
pelo próprio mineral e acaba “escapando” é o que identificamos como cor. Ok, mas porque eles 
possuem cor? 
A maior parte dos mecanismos que produzem cor nos minerais são produtos de interações de on-
das luminosas com elétrons, quer dizer, a presença de íons metálicos como: Ti, V, Cr, Mn, Fe, Co, 
Ni e Cu, fenômenos de transferência de carga, efeitos de radiação ionizante e outros. A Ametista 
(SiO2) possui a cor violeta devido a presença de ferro bivalente (Fe2+) como impureza na estrutura. 
A cor não é uma característica fiável para se identificar os minerais, isso acontece porque existem 
11
minerais que possuem cores iguais, pense comigo: há cerca de quatro mil minerais catalogados, 
imagine existir cerca de 4 mil cores para cada tipo de mineral? Seria uma tarefa difícil para iden-
tificarmos variações tão tênues de um espectro de cor para outro, não seria mesmo? 
Outra razão para as cores não serem características confiáveis é o fato que um mesmo grupo 
mineral pode ter cores diferentes: 
•	 Alocromático: mineral que apresenta cor variável.
•	 Ex: Quartzo – Incolor, branco, róseo, violeta, amarelo ou negro.
•	 Idiocromático: mineral que apresenta cor constante. 
•	 Ex: Verde para a malaquita;
•	 Cinzento para a Galenita;
•	 Amarelo latão para a Pirita. 
 
Traço: definido como a cor do pó fino liberado por um mineral quando atritado a uma superfície 
de porcelana não polida (dureza aproximada 6). O traço de um mineral possui relativamente uma 
constância de cor, sendo assim muito útil para a identificação dos minerais. Seguem alguns exem-
plos: (Tabela 02)
Tabela 02: Comparação das cores de alguns minerais e seus respectivos traços.
brilho: refere-se à aparência que o mineral se apresenta ao refletir a luz. 
O brilho pode ser dividido em metálico, submetálico (cromita) e não metálico:
•	 Metálico: minerais dominados por ligações metálicas ou parcialmente metálicas, pos-
suem brilho metálico. 
•	 Ex: Hematita, Pirita, Ouro, Prata, Galena. 
•	 Não metálico: típicos de minerais dominados por ligações iônicas ou covalentes que 
podem ser: 
•	 Vítreo: brilho como o do vidro: Quartzo.
•	 Resinoso: Brilho semelhante à resina: Blenda.
•	 Nacarado: Brilho semelhante ao da pérola: Caulinita.
•	 Ceroso: Brilho semelhante ao da cera: Variscita.
•	 Acetinado: Brilho semelhante a seda: Gipsita.
•	 Adamantino: Brilho que se assemelha ao diamante: Cerussita. 
Hematita Traço: castanho avermelhado a vermelho. Cor: cinza-escuro
Limonita Traço: castanho amarelado Cor: castanha
Pirita Traço: negro Cor: amarela
Calcopirita Traço: negro esverdeado Cor: amarela
Cromita Traço: castanho Cor: negra
Quartzo Traço: incolor Cor: incolor, violeta, amarela, rosa, 
branca, negra. 
12
 
PARA RESUMIR
Agora que finalmente aprendemos algumas características dos minerais e sabe-
remos como identificá-los, vamos seguir em frente e aprender sobre Petrologia 
(as Rochas) que são formadas a partir de minerais. 
ESTUDOS DAS ROCHAS E O SEU CICLO (PETROLOGIA)
As rochas são associações de minerais intimamente interligados, podendo ser formadas por um 
único conjunto de mineral (monominerálicas) como o Mármore e o Calcário que são formados pelo 
mineral Calcita, ou formadas por vários tipos de minerais (pluriminerálicas) como o Granito que é 
formado por vários minerais (Quartzo, Feldspatos, Micas). 
De acordo com os tipos de minerais constituintes das rochas e das condições que elas foram 
criadas as suas resistências se diferenciarão, podendo existir rochas mais resistentes que outras, 
e isso afetará na forma que elas serão usadas por nós seres humanos, como na Engenharia Civil. 
De acordo com a classificação genética as rochas se dividem em três grupos: Magmáticas (Íg-
neas), Metamórficas e Sedimentares. 
Rochas Magmáticas (Ígneas) 
São as rochas oriundas do magma que se encontra no interior da terra, são as rochas primárias. 
Todas as rochas magmáticas não possuem a mesma constituição, pois as substâncias químicas 
constituintes do magma mudam de acordo com a região mais ou menos profunda que ele se en-
contre. 
Regiões mais superficiais terão uma maior quantidade de minerais de sílica, potássio, sódio e alu-
mínio, já regiões mais profundas terão maior quantidade de minerais de cálcio, magnésio e ferro, 
logo as rochas magmáticas formadas por “esses magmas” terão mais ou menos os constituintes 
de seus materiais de origem. 
As rochas magmáticas podem ser classificadas das mais variadas formas. Vamos ver algumas 
dessas classificações:
Quanto ao local de formação:
•	 Intrusivas ou Plutônicas: formadas no interior da crosta, possuem arrefecimento lento; 
•	 Extrusivas ou Vulcânicas: formadas em superfície, arrefecimento rápido. 
Quanto ao tamanho dos minerais: 
•	 Faneríticas: minerais grandes, possíveis de identifica-los nas rochas, são formados em 
rochas intrusivas, devido se esfriarem lentamente, dando tempo para que os minerais 
cresçam;
13
•	 Afaníticas: minerais pequenos (microscópicos), não sendo possível identifica-los a olho 
nú, são formados em rochas extrusivas, por possuírem um esfriamento rápido não dão 
tempo para que os minerais por afinidade química se juntem ficando cada vez maiores. 
Quanto a cor e composição mineralógica:
•	 Leucocratas (Félsicas): rochas claras, devido seus minerais serem claros como feldspa-
tos, quartzos e moscovitas;•	 Mesocratas (Intermediárias): rochas que possuem em sua composição cerca de 30% a 
60% de minerais escuros;
•	 Melanocratas (Máficas): rochas escuras devido serem formadas por + de 60% de mine-
rais escuros como, biotita, anfibólios, piroxênios ou olivinas; 
•	 Holomelanocratas (Ultramáficas): são formadas exclusivamente por minerais escuros 
(Máficos). 
Pela percentagem de Sílica (SiO2):
•	 Ácidas: teor de sílica superior a 66%: Granito (intrusivo) e seu correspondente extrusi-
vo, Riolito; (Félsicas)*
•	 Intermediárias: teor de sílica entre 66% e 52%: Sienito (intrusivo) e seu correspondente 
extrusivo, Traquito. 
•	 Básicas: teor de sílica entre 52% e 45%: Grabro (intrusivo) e seu correspondente extru-
sivo, Basalto. (Máficas)*
•	 Ultrabásicas: teor de sílica menor que 45%: Peridotito (intrusivo) e seu correspondente 
extrusivo, Komatito. (Ultramáficas)*
Como você pode perceber, as rochas magmáticas são muito diversas, e todos os constituintes 
(minerais) que as formam irão indicar o quanto elas serão mais ou menos resistentes a serem 
destruídas por agentes naturais ou antrópicos (humanos). Nos capítulos posteriores iremos voltar 
a utilizar os dados desse capítulo. 
Rochas Metamórficas 
São rochas formadas a partir da transformação (metamorfismo) de outras rochas (magmáticas e 
sedimentares) pela variação do calor, pressão e composição. 
Elas se diferenciam das outras rochas por possuírem, minerais orientados, dobras/fraturas e du-
reza média a elevada. 
As rochas originárias das rochas metamórficas são chamadas de protólitos, vejamos alguns exem-
plos abaixo: (Tabela 03)
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Tabela 03: As rochas Metamórficas e seus respectivos protólitos.
Para ocorrer o metamorfismo a rocha originária não pode se encontrar em ambientes acima de 
650°C (entraria em fusão) e nem pode se encontrar em temperaturas muito baixas, menores de 
250°C, sendo chamados de limite superior do metamorfismo e limite inferior do metamorfismo 
respectivamente. 
As camadas comuns a algumas rochas metamórficas que sofreram pressão e calor em que ocorre-
ram uma reorganização dos minerais se chama Bandamentos. 
Alguns termos podem ser aplicados às rochas metamórficas, como:
•	 Orto-Derivadas: rocha metamórficas derivada de uma rocha ígnea;
•	 Para-Derivadas: rocha metamórficas derivada de uma rocha sedimentar.
Como vimos acima, o processo de transformação de rochas magmáticas e sedimentares em rochas 
metamórficas se chama Metamorfismo, que possui alguns tipos de transformações, como: 
Metamorfismo Normal: onde não há perda ou adição de novo material à rocha que sofreu me-
tamorfismo, quer dizer, a composição química permanece a mesma, mesmo que seja outra rocha:
Exemplo: 
•	 Arenitos Quartzito
•	 Calcários Mármores
•	 Folhelhos Micaxistos
Metamorfismo Metassomático: onde ocorre mudança de composição química da rocha eviden-
ciado pela formação de novos minerais que não existiam anteriormente ao processo. 
Exemplo: 
•	 Ortognaisse que se originou do Granito.
•	 Paragnaisse que se originou do Argilito através de elevado grau de metamorfismo.
Sobre as Rochas Metamórficas ainda há os tipos de Metamorfismo quanto aos agentes atuantes: 
Metamorfismo Termal ou de Contato: é onde a atuação do calor (T) é mais preponderante que 
a ação da pressão (P). Elas acontecem quando corpos intrusivos ígneos (batólitos) esquentam de 
tal forma as rochas adjacentes (vizinhas) que acabam sendo metamorfoseadas. Elas não possuem 
dobras. 
Protólitos Metamórficas
Granito (Ígnea) Gnaisse
Calcário Puro (sedimentar) Mármore Branco
Calcário Argiloso (sedimentar) Mármore Micáceo
Calcário Dolomítico (sedimentar) Mármore Verde
Arenito (sedimentar) Quartzito
	
  
	
  
	
  
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Exemplos: 
•	 Ardósia que veio do Folhelho.
•	 Mármore que veio do Calcário.
Metamorfismo Dinâmico ou Cataclástico: a ação da pressão é superior ao da temperatura, 
provocando fraturas e originando texturas próprias e estruturas novas nas rochas, não havendo 
processo de recristalização. Acorrem em zonas de falhas onde há deslocamento de massas de 
rochas. 
Exemplos:
•	 Cataclasitos: rochas formadas por esmigalhamento.
•	 Milonitos: rochas formadas por moagens e cisalhamentos.
Metamorfismo Regional ou Dinamotermal: onde há ação conjunta tanto da temperatura quan-
to da pressão chegando a provocar a recristalização na rocha e favorecendo o aparecimento de 
novas estruturas. Esses processos acontecem em regiões muito profundas, e está intimamente 
ligado a formação de cadeias de montanhas, e afeta grande áreas. 
Exemplos: 
•	 Xistos e Gnaisses. 
Rochas Sedimentares 
São rochas resultantes da desintegração e decomposição de outras rochas (magmáticas, me-
tamórficas e sedimentares), devido à ação do intemperismo, o processo de formação se chama 
Diagênese. 
O intemperismo que iremos estudar melhor no capítulo II é a ação de processos mecânicos e 
químicos que ocasionam a transformação de rochas (material consolidado) em pedaços (material 
inconsolidado ou sedimentos). 
As rochas sedimentares podem ser de dois grupos: 
Detríticas: quando há ação mecânica (quebra de uma rocha) e o resultado gerará sedimentos de 
tamanhos variados (detritos), que ao se depositarem sobre condições ideais de pressão e calor 
darão origem a rochas sedimentares de origem detríticas: 
Exemplos: 
•	 Arenitos, Siltitos, Argilitos, conglomerados. 
Não-detríticas: quando há ação do intemperismo químico, em que as rochas são dissolvidas 
gerando soluções químicas. 
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Quimiogênicas: soluções inorgânicas.
Exemplos: Calcário, Sal-Gema, Gesso.
biogênicas: soluções orgânicas.
Exemplos: Travertino, Calcário Conquífero, Calcário Recifal, Carvão. 
O processo de formação das rochas sedimentares possuem as seguintes etapas: 
A Litificação é o conjunto de processos na formação das rochas sedimentares, com as seguintes 
etapas:
1. Autigênese: formação de novos minerais no local;
2. Compactação: devido à sedimentação constantes de materiais sobrepostos, vão sendo 
criadas camadas, que devido ao peso vai comprimindo os sedimentos, diminuindo os 
espaços (poros) entres eles, até deforma-los. 
3. Cimentação: o material carreado pela água (rico em substâncias químicas dissolvidas) 
entra nos pequenos espaços (poros) que ainda sobram preenchendo-os, dando coesão 
(cimentando).
4. Recristalização diagenética: Neste processo, sob condições de soterramento, ocorrem 
mudanças na mineralogia e na textura cristalina do material sedimentar.
As camadas das rochas sedimentares é uma característica visual delas, assim como a presenças 
de grãos visíveis. As camadas das rochas sedimentares variam em cor e espessura, quando gran-
des se chamam Estratificações, quando pequenos (alguns cm) se chamam Laminações. 
O ciclo das Rochas 
Como podemos perceber, as rochas possuem inúmeras particularidades e cada uma passa por pro-
cessos diversos que acabam por se transformar uma nas outras, isso se chama ciclo das rochas. 
Um granito pode se partir gerando sedimentos menores que pela diagênese se transformará em 
Arenito, esse mesmo Arenito passará por processos de Metamorfismo que o transformará em 
Quartzito, esse quartzito poderá se encontrar posteriormente em regiões muito quentes que se 
juntará ao magma (voltando ao estado original) que dará origem novamente a uma rocha Magmá-
tica, e assim sucessivamente. 
 
PALAVRA FINAL
Olá, aluno(a)!
Estamos chegando ao final do conteúdo da primeira unidade da nossa disciplina. 
Espero que as informações repassadas tenham contribuído para o seu aprendizado.
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Agora, você deve ir ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e realizar as atividades referentes 
ao conteúdo aprendido nesta unidade. 
Caso algum assunto tenha deixado você com dúvidas, é importante que você releia e tente escla-
recer o que não ficou bem entendido.
Se algo ainda deixa dúvidas, passe todas elas para o seu tutor. Ele irá esclarecer e orientá-lo no 
que for necessário.
Até a próxima unidade.

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