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Capacidade Jurídica e Legitimidade

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Capacidade 
I. Legitimidade 
A legitimação significa uma inibição de determinados atos jurídicos, em virtude da posição 
especial do sujeito em relação a certos bens, pessoas ou interesses. A legitimação é uma 
espécie de capacidade jurídica específica para certas situações. Requisito específico exigido 
para a prática de certos atos específicos. 
Embora o Art. 1° diga que toda pessoa capaz de direitos e deveres na ordem civil, ele não 
está dizendo que não existem outros entes que possam titularizar direitos e deveres. Todas as 
pessoas naturais e jurídicas possuem essa capacidade. 
II. Capacidade jurídica: 
Diz respeito à possibilidade genérica de praticar atos jurídicos pessoalmente. 
A capacidade é como um mecanismo de concretização da personalidade – que é 
reconhecida em todas as pessoas naturais e jurídicas. 
Envolve a aptidão para adquirir direitos e assumir deveres pessoalmente. As mais diversas 
relações jurídicas podem ser realizadas pessoalmente pelas pessoas plenamente capazes ou 
por intermédio de terceiros (representantes ou assistentes) pelos incapazes. 
Pode existir capacidade sem personalidade. A personalidade é um valor e a capacidade é a 
projeção desse valor. A capacidade é a manifestação de ação implícito no conceito de 
personalidade e personalidade é o valor ético que emana do próprio individuo, a 
capacidade é atribuída pelo ordenamento jurídico como realização desse valor. 
• Capacidade de direito: 
Deflui do próprio nascimento com vida. 
É a própria aptidão genérica reconhecida universalmente, para alguém ser titular de direitos 
e obrigações. Essa é fundamental. Aptidão para a titularidade de direitos e deveres. Inere 
necessariamente a toda pessoa, qualquer que seja a sua idade ou o seu estado de saúde. 
É reconhecida indistintamente a todo e qualquer titular de personalidade, seja natural ou 
jurídica. Conforme o art. 1° se é pessoa, tem personalidade e pode titularizar relações jurídicas 
o sujeito possui capacidade de direito. 
As pessoas jurídicas as têm se obedecidas as formalidades legais de sua constituição. As 
pessoas físicas adquirem-na como nascimento e conservam-na até a morte. 
Representa uma posição estática do sujeito. 
Aptidão para a titularidade de direitos e deveres. 
• Capacidade de fato: 
Resulta do preenchimento de condições biológicas e legais. 
Pertine à aptidão para praticar pessoalmente os atos da vida civil. Admite variação e 
gradação. Comporta diversidade de graus, motivo pelo qual se pode ter pessoas plenamente 
capazes, e de outra banda, pessoas absolutamente incapazes e pessoas relativamente 
incapazes. A possibilidade de praticar atos com efeitos jurídicos, adquirindo, modificando ou 
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extinguindo relações jurídicas. Capacidade para exercer pessoalmente os atos da vida civil, 
é que pode sofrer limitação oriunda da idade e do estado de saúde. 
Essa presume a capacidade de direito, mas a recíproca não é verdadeira. Nem todo aquele 
que dispõe de capacidade de direito tem, por consequência, a capacidade de fato. 
Traduz uma ação dinâmica. 
Possibilita a prática de atos com efeitos jurídicos, adquirindo, modificando ou extinguindo 
relações jurídicas. 
OBS: A teoria das incapacidades só pode incidir sobre a capacidade de fato. 
Quanto aos interesses existenciais é certo que qualquer pessoa humana – maior ou menor, 
dotada ou não de capacidade de exercício – pode exercê-los e reclamá-los direta e 
pessoalmente, sob pena de um comprometimento de sua dignidade. 
A pessoa com deficiência é capaz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: aula expositiva e livro “Curso de Direito Civil” - Nelson Rosenvald 
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