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3 1 CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO

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3.1. CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO 
Também denominada capacidade de aquisição de direitos, consiste na possibilidade que toda pessoa tem de ser sujeito de Direito, isto é, figurar num dos polos da Relação Jurídica, esta capacidade é reconhecida a todo ser humano, sem qualquer distinção. Estende-se aos privados de discernimento e aos infantes em geral, independentes do seu grau de desenvolvimento mental. Podendo estes, assim, herdar bens deixados por seus pais, receber doações, etc. É característica inerente ao ser humano, e ninguém se priva dessa capacidade pelo ordenamento jurídico, como está no Art. 1º do Código Civil: "Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil". Esta se inicia com o nascimento da vida. 
Do ponto de vista doutrinário, distingue-se a capacidade de gozo da chamada legitimação, se a possuir o indivíduo pode se sentir inibido de praticar determinado ato jurídico, em virtude de sua posição social ou de certos interesses. A legitimação consiste em saber se uma pessoa, em face de determinada relação jurídica, possui ou não capacidade para estabelece-la, num outro sentido. Enquanto a capacidade de gozo é subjetiva ao negócio jurídico, a legitimação é pressuposto subjetivo-objetivo. Também conhecida como capacidade de direito, significa a aptidão do home para ser sujeito de direitos e obrigações.
Também conhecida como capacidade de gozo ou capacidade de aquisição, pode ser entendida como a medida da intensidade da personalidade. Todo ente com personalidade jurídica possui também capacidade de direito, tendo em vista que não se nega ao indivíduo a qualidade para ser sujeito de direito. Personalidade e capacidade jurídica são as duas faces de uma mesma moeda.
	Portanto, ao legislar dentro desses parâmetros, o legislador, ao dizer que toda pessoa é capaz de direitos deveres na ordem civil quis dizer que todos nós, como pessoas, podemos ser sujeitos ativo ou passivo de uma relação jurídica, guardando-se, sempre, a distinção entre capacidade de direito ou de gozo e capacidade de fato ou de exercício.
	Capacidade de direito todos temos: o nascituro, aqueles nascidos com vida, homem ou mulher, sadio ou não. Já a capacidade de fato ou de exercício será adquirida pelo homem, quando atingir a maioridade (art. 5º nCC), ou seja, aos 18 anos de idade, ou ao ser emancipado.
· Capacidade de direito significa a capacidade de ser titular de direitos ou sujeito de direitos. 
· Capacidade de fato é a capacidade que tem o homem de agir por si mesmo em todos os atos da vida civil.
	Os incapazes, isto é, os que não têm capacidade de fato (art. 3º e 4º nCC), nem por isso deixam de ser titulares de direito, pois sua incapacidade é suprida por seus representantes ou assistentes, seus pais, tutores ou curadores, na prática dos negócios jurídicos.
	Capacidade de gozo e capacidade de direito são sinônimas e expressam a aptidão que o sujeito tem de titular direitos e deveres na ordem jurídica. Assim, toda pessoa que possui personalidade civil, ou seja, é pessoa, também é capaz de gozo e de direito (art. 1º, do Código Civil).
Lembrando que a personalidade civil se inicia, para a pessoa natural, do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo o direito do nascituro, desde a concepção (art. 2º, do Código Civil), o que faz surgir o debate sobre a Lei Civil ter adotado a teoria natalista ou concepcionista. Vejamos:
a. Teoria Natalista: a personalidade civil e, portanto, a capacidade de titular direitos e deveres seria adquirida a partir do nascimento com vida, enquanto o nascituro possuiria mera expectativa de direitos, a se efetivar com o nascimento com vida.
b. Teoria Concepcionista: o nascituro já possuiria capacidade civil desde a concepção, o que poderia ser visto a partir da tutela de diversos direitos, como alimentos gravídicos, possibilidade de testar em favor do nascituro e indenização por danos morais (possibilidade reconhecida pelo STF).
Já a capacidade de exercício ou capacidade de fato se referem à aptidão para exercer os atos da vida civil por si só, sem necessidade de assistência (relativamente incapaz) ou representação (absolutamente incapaz).
Apesar de ser a regra, esta capacidade não é possuída por todas as pessoas, desde a aquisição da personalidade civil, como é o caso do elenco dos arts. 3º e 4º do Código Civil, recentemente alterados pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/16).
De acordo com os dispositivos, são absolutamente incapazes de exercer os atos da vida civil os menores de 16 anos (menores impúberes) (art. 3º, do Código Civil), cujos atos seriam nulos se praticados sem representação.
Já os relativamente incapazes seriam os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos (menores púberes), os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, bem como aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade e os pródigos (art. 4º, do Código Civil).
 
Por fim, cumpre falar da capacidade plena, que é aquela possuída por todos que possuem capacidade de direito ou gozo e capacidade de fato ou de exercício.
Bibliografias:
https://thabatafroio.jusbrasil.com.br/artigos/336834738/capacidade-de-direito-e-capacidade-de-exercicio
https://sites.google.com/site/zeitoneglobal/pessoas-naturais/capacidade-de-direito-e-capacidade-de-fato

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