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Análise e Elaboração de Custos na Importação Daniel Polydoro Rosa Capacitadora CRC SP: SP00136 cursos.aduaneiras.com.br • cursos.cenofisco.com.br 24 02 20 21 _N Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. Este material é parte integrante do programa do curso Análise e Elaboração de Custos na Importação. Daniel Polydoro Rosa – Advogado e consultor jurídico nas áreas de direito tributário e aduaneiro – Graduado em Administração Mercadológica – Marketing – Pós-graduado em Gestão de Comércio Exterior – Membro da Comissão de Direito e Mundialização OAB/SP (2010 e 2011) – Membro da Comissão de Comércio Exterior e Relações Internacionais da OAB/SP (2009) – Ex-Consultor da Edições Aduaneiras para assuntos de Importação – Ex-Diretor Jurídico e Editorial da Lex Editora S/A. ATENÇÃO: Para facilitar a sua consulta, nesta apostila consta a referência da legislação aplicável ao tema. Em razão de constantes alterações, não transcrevemos os normativos e dispositivos citados e/ou mencionados, a fim de evitar que fique desatualizada e prejudique o cumprimento dos procedimentos. Informações Úteis • Assistência Aduaneiras Na Aduaneiras, o processo de aprendizado não termina com o final das aulas. Os participantes têm assistência direta com o instrutor do curso, via e-mail: instrutor@aduaneiras. com.br, por mais 30 dias após o encerramento das aulas, para solucionar dúvidas e discutir questões que surgirem na prática e que estejam relacionadas aos temas abordados em sala de aula. • Avaliação No final do curso, você preencherá um questionário de avaliação, cujo objetivo é analisar o programa desenvolvido. • Certificado Você receberá o Certificado de Frequência no término do curso. Lembre-se que ele somente será fornecido ao participante com o mínimo de 75% de frequência. • Intervalo para coffee-break Procure respeitar o intervalo para não prejudicar o andamento das aulas. 1 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Programa resumido 1º Conceitos fundamentais 2º Incoterms® 3º Análise dos custos financeiros 4º Análise dos custos logísticos 5º Análise dos custos tributários 6º Análise de outros custos (operacionais e serviços) 3 “ Tem cuidado com os custos pequenos! Uma pequena fenda afunda grandes barcos. Benjamin Franklin 4 4 2 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Como começar ? ▰ Faça o mapeamento de todo o processo de importação buscando identificar retrabalhos, falhas e oportunidades de melhorias, avalie: ▻ Procedimentos; ▻ Prestadores; ▻ Cadastros de produtos; e ▻ Cálculos. 5 Como começar ? ▰ Liste todos os gastos (custos e despesas); ▰ Identifique o responsável pelo pagamento de cada obrigação (Incoterms®). ▰ Classifique os custos e adote medidas para redução. 6 CONDIÇÃO DE VENDA è EXW FOB DAP Porto* OBRIGAÇÕES ê ê ê ê País de exportação Embalagem / marcação V Carregamento no vendedor C Pré-transporte (frete interno) C Seguro interno C Direitos na exportação C Inspeção / peritagem C Formalidades alfandegárias C Armazenagem C Manuseio / THC / capatazia C Despesas de embarque C Estiva/arrumação C Internacional Transporte principal (frete intl.) C Seguro internacional O País de importação Descarregamento C Manuseio / THC / capatazia C Armazenagem C Formalidades alfandegárias C Direitos na importação C Pós-transporte (frete interno) C Seguro interno C Descarregamento final C 3 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Ø Condições comerciais aplicadas nos contratos de compra e venda internacional que definem os direitos e obrigações do vendedor e do comprador, facilitando, assim, as transações internacionais, possibilitando maior simplicidade e agilidade na elaboração das cláusulas dos contratos de compra e venda. Ø Após agregados aos contratos de compra e venda, os Incoterms passam a ter força legal, com seu significado jurídico preciso e efetivamente determinado. Ø Essas fórmulas contratuais fixam direitos e obrigações, tanto do vendedor como do comprador, estabelecendo com precisão o significado do preço negociado entre ambas as partes. Conceitos Fundamentais O que são? As regras do Incoterms® descrevem principalmente Ø Alocação de Custos: qual parte paga pelo que, por exemplo carga / descarga, transporte, embalagem, etc. Ø Momento da Transferência do Risco do Vendedor ao Comprador: quando o Vendedor 'entrega' as mercadorias de acordo com as regras Ø Tarefas do vendedor e do comprador: p. ex. quem organizará o despacho aduaneiro, o transporte de exportação ou importação, quem irá emitir os documentos, etc. Conceitos Fundamentais O que os Incoterms® fazem? 4 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Os chamados Incoterms (International Commercial Terms/Termos Internacionais de Comércio) servem para definir, dentro da estrutura de um contrato de compra e venda internacional, os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador, estabelecendo um conjunto‑padrão de definições e determinando regras e práticas neu‑ tras, como por exemplo: onde o exportador deve entregar a mercadoria, quem paga o frete, quem é o responsável pela contratação do seguro. Enfim, os Incoterms têm esse objetivo, uma vez que se trata de regras internacionais, imparciais, de caráter uni‑ formizador, que constituem toda a base dos negócios internacionais e objetivam promover sua harmonia. Na realidade, não impõem e sim propõem o entendimento entre vendedor e comprador, quanto às tarefas ne‑ cessárias para deslocamento da mercadoria do local onde é elaborada até o local de destino final (zona de consumo): embalagem, transportes internos, licenças de exportação e de importação, movimentação em terminais, transporte e seguro internacionais etc. Origem Os Incoterms surgiram em 1936, quando a Câmara Internacional do Comércio – CCI, com sede em Paris, inter‑ pretou e consolidou as diversas formas contratuais que vinham sendo utilizadas no comércio internacional. O constante aperfeiçoamento dos processos negocial e logístico, com este último absorvendo tecnologias mais sofisticadas, fez com que os Incoterms passassem por diversas modificações ao longo dos anos, culminando com um novo conjunto de regras, conhecido atualmente como Incoterms 2020. Siglas Representados por siglas de 3 letras, os termos internacionais de comércio simplificam os contratos de compra e venda internacional, ao contemplarem os direitos e obrigações mínimas do vendedor e do comprador quanto às ta‑ refas adicionais ao processo de elaboração do produto. Por isso, são também denominados “Cláusulas de Preço”, pelo fato de cada termo determinar os elementos que compõem o preço da mercadoria, adicionais aos custos de produção. Significado Jurídico Após agregados aos contratos de compra e venda, os Incoterms passam a ter força legal, com seu significado jurídico preciso e efetivamente determinado. Assim, simplificam e agilizam a elaboração das cláusulas dos contratos de compra e venda. E de Ex (Partida – Mínima obriga‑ ção para o exportador) EXW – Ex Works Mercadoria entregue ao comprador no estabeleci‑ mento do vendedor. F de Free (Transporte Principal não Pago Pelo Exportador) FCA – Free Carrier FAS – Free Alongside Ship FOB – Free on Board Mercadoria entregue a um transportador interna‑ cional indicado pelo comprador. C de Cost ou Carriage (Transporte Principal Pago Pelo Exportador) CFR – Cost and Freight CIF – Cost, Insurance and Freight CPT – Carriage Paid To CIP – Carriage and Insurance Paid to O vendedor contrata o transporte, sem assumir ris‑ cos por perdas ou danos às mercadorias ou custos adicionais decorrentes de eventos ocorridos após o embarquee despacho. D de Delivery (Chegada – Máxima obrigação para o exportador) DAP – Delivered At Place DPU – Delivered At Place Unloaded DDP – Delivered Duty Paid O vendedor se responsabiliza por todos os custos e riscos para colocar a mercadoria no local de des‑ tino. Fonte: Site Aprendendo a Exportar. 5 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Os termos - Incoterms® 2020 REGRAS PARA QUALQUER MODO OU MODOS DE TRANSPORTE REGRAS PARA O TRANSPORTE MARÍTIMO E POR VIAS NAVEGÁVEIS INTERNAS EXW Ex Works EXW (insert named place of delivery) Incoterms® 2020 FAS Free Alongside Ship FAS (insert named port of shipment) Incoterms® 2020 FCA Free Carrier FCA (insert named place of delivery) Incoterms® 2020 FOB Free On Board FOB (insert named port of shipment) Incoterms® 2020 CPT Carriage Paid To CPT (insert named place of destination) Incoterms® 2020 CFR Cost and Freight CFR (insert named port of destination) Incoterms® 2020 CIP Carriage and Insurance Paid To CIP (insert named place of destination) Incoterms® 2020 CIF Cost Insurance and Freight CIF (insert named port of destination) Incoterms® 2020 DAP Delivered at Place DAP (insert named place of destination) Incoterms® 2020 DPU Delivered at Place Unloaded DPU (insert named place of destination) Incoterms® 2020 DDP Delivered Duty Paid DDP (insert named place of destination) Incoterms® 2020 EXW CIF DAP DPU DAP DDP US$ 4,650.00 US$ 4,780.00 US$ 5,000.00 US$ 4,950.00 US$ 5,050.00 US$ 5,000.00 US$ 6,200.00 US$ 5,350.00 FCA CPT CIP Outros: FAS e DAP FOB CFR US$130.00 US$ 350.00 VENDEDOR COMPRADOR DAP DPU Outros: FAS e DAP Frete Internacional = US$ 170,00 Seguro (Transporte) = US$ 50,00 Os termos - Incoterms® 2020 6 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação EXW – Incoterms® 2020 Ex Works (na origem, local de entrega designado) Ø Qualquer modo de transporte; Ø Vendedor entrega a mercadoria quando a coloca à disposição do comprador nas suas instalações ou em outro local nomeado (isto é, obra, fábrica, armazém, etc.); Ø Comprador carrega a mercadoria no veículo coletor; Ø Comprador paga o transporte interno e internacional; Ø Comprador responde pelo desembaraço de exportação; Ø É mais apropriada para o comércio interno; e Ø EXW representa a obrigação mínima para o vendedor Ø Usado apenas para o transporte marítimo ou águas internas Ø Vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio nomeado pelo comprador no porto de embarque; Ø Comprador paga o transporte; Ø Vendedor responde pelo desembaraço de exportação e Comprador pelo de importação; Ø Para mercadorias em contêineres, considere usar o FCA! FOB – Incoterms® 2020 Free On Bord (livre a bordo, porto de embarque designado) 7 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação FCA – Incoterms® 2020 Free Carrier (livre no transportador, local de entrega designado) NOTA: A FCA é a única regra Incoterms® 2020 com 2 opções para entrega. Opção 1: entrega nas instalações do vendedor, o vendedor carrega no transporte. Opção 2: entrega ao transportador ou a outra pessoa indicada pelo comprador, no local nomeado. Ø Qualquer modo de transporte; Ø Comprador contrata o transporte, MAS a pedido, o Vendedor pode (mas não é obrigado a) providenciar o transporte a custo e risco do Comprador; Ø Vendedor responde pelo desembaraço de exportação e Comprador pelo de importação; Ø NOVO! Quando um BL a bordo for necessário (por exemplo, sob um LC), as partes podem concordar, sob A6 / B6, que o Comprador solicitará à transportadora que emita um BL a bordo para o Vendedor. FCA – Incoterms® 2020 Free Carrier (livre no transportador, local de entrega designado) 8 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Ø Usado apenas para o transporte marítimo ou águas internas; Ø Vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio; Ø Vendedor contrata e paga os custos e o frete necessários para levar as mercadorias até o porto de destino designado; Ø Vendedor responde pelo desembaraço de exportação e Comprador pelo de importação; Ø Quando CFR é usado, o Vendedor cumpre sua obrigação ao entregar a mercadoria a bordo do navio e não quando chega ao destino. CFR – Incoterms® 2020 Cost and Freight (custo e frete, porto de destino designado) Ø Qualquer modo de transporte; Ø Vendedor contrata e paga os custos e o frete necessários para levar as mercadorias até o destino designado; Ø Vendedor responde pelo desembaraço de exportação e Comprador pelo de importação; Ø Quando CPT é usado, o Vendedor cumpre sua obrigação ao entregar a mercadoria a transportadora e não quando chega ao destino. CPT – Incoterms® 2020 Carriage Paid To (transporte pago até...local de destino designado) 9 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação CIF – Incoterms® 2020 Cost, Insurance and Freight (custo, seguro e frete, porto de destino designado) Ø Usado apenas para o transporte marítimo ou águas internas; Ø Vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio; Ø Vendedor contrata e paga os custos e o frete até o porto de destino designado; Ø Vendedor contrata seguro de cobertura mínima contra o risco de transporte do comprador; Ø Vendedor responde pelo desembaraço de exp. e Comprador pelo de importação; Ø Quando CIF é usado, o Vendedor cumpre sua obrigação ao entregar a mercadoria a bordo do navio e não quando chega ao destino. CIP – Incoterms® 2020 Carriage and Insurance Paid To (transporte e seguro pago até...local de destino designado) Ø Qualquer modo de transporte; Ø Vendedor contrata e paga os custos e o frete até o local de destino designado; Ø NOVO! Vendedor contrata seguro de cobertura máxima contra o risco de transporte do comprador; Ø Vendedor responde pelo desembaraço de exp. e Comprador pelo de importação; Ø Quando CIP é usado, o Vendedor cumpre sua obrigação ao entregar a mercadoria a bordo do navio e não quando chega ao destino. 10 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Ø Qualquer modo de transporte; Ø Vendedor entrega as mercadorias quando elas são colocadas à disposição do Comprador, no meio de transporte, prontas para serem descarregadas no local de destino designado; Ø Vendedor contrata e paga os custos e o frete até o local de destino designado; Ø Vendedor responde pelo desembaraço de exportação e o Comprador pelo de importação. Ø Quando DAP é usado, o Vendedor assume todos os riscos envolvidos para levar as mercadorias até o local designado. DAP – Incoterms® 2020 Delivered At Place (entregue no local de destino designado) DPU – Incoterms® 2020 Delivered At Place Unloaded (entregue no local de destino designado descarregado) Ø Qualquer modo de transporte; Ø Vendedor entrega as mercadorias quando elas são colocadas à disposição do Comprador, descarregadas no local de destino designado; Ø Vendedor contrata e paga os custos e o frete até o local de destino designado; Ø Vendedor responde pelo desembaraço de exp. e Comprador pelo de importação. Ø NOVO! Alteração do nome de "Entregue no terminal (DAT)" → "Entregue no local descarregado (DPU)" Ø Quando DPU é usado, o Vendedor assume todos os riscos envolvidos para levar as mercadorias até o local designado. 11 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Ø Qualquer modo de transporte; Ø Vendedor entrega as mercadorias quando estas são colocadas à disposição do comprador, liberadas para importação sobre o meio de transporte de chegada, prontas para serem descarregadas no local de destino designado; Ø Vendedor contrata e paga os custos e o frete até o local de destino designado; Ø Vendedor responde pelo desembaraço de exportaçãoe de importação, portanto, é proibida a utilização nas importações brasileiras; e Ø O DDP representa a obrigação máxima para o vendedor. DDP – Incoterms® 2020 Delivered Duty Paid (entregue no destino designado, com direitos pagos) Ø Usado apenas para o transporte marítimo ou águas internas; Ø Vendedor entrega as mercadorias quando elas são colocadas ao lado do navio (por exemplo, em um cais ou uma barcaça) designado pelo comprador no porto de embarque nomeado; Ø Vendedor contrata e paga os custos e o frete até o local de destino designado; Ø Vendedor responde pelo desembaraço de exportação e o Comprador pelo de importação. FAS – Incoterms® 2020 Free Alongside Ship (livre no costado do navio, porto de embarque designado) 12 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Exercício 01 – Incoterms® 2020 Termos A seguir veremos alguns aspectos de cada termo, porém, por se tratar de tema de extrema relevância, sugerimos a consulta as: “Regras oficiais da CCI para a interpretação dos termos comerciais Incoterms 2010”. EXW – Ex Works (na origem, local de entrega designado) – A mercadoria é colocada à disposição do comprador no estabelecimento do vendedor, ou em outro local nomeado (fábrica, armazém, etc.), não desembaraçada para exportação e não carregada em qualquer veículo coletor; – Este termo representa obrigação mínima para o vendedor; – O comprador arca com todos os custos e riscos envolvidos em retirar a mercadoria do estabelecimento do vendedor; – Desde que o Contrato de Compra e Venda contenha cláusula explícita a respeito, os riscos e custos envolvidos e o carregamento da mercadoria na saída, poderão ser do vendedor; – EXW não deve ser usado se o comprador não puder se responsabilizar, direta ou indireta– mente, pelas formalidades de exportação; – Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte. FCA – Free Carrier (livre no transportador, local de entrega designado) – O vendedor completa suas obrigações quando entrega a mercadoria, desembaraçada para a exporta‑ ção, aos cuidados do transportador internacional indicado pelo comprador, no local determinado; – A partir daquele momento, cessam todas as responsabilidades do vendedor, ficando o comprador res‑ ponsável por todas as despesas e por quaisquer perdas ou danos que a mercadoria possa vir a sofrer; – O local escolhido para entrega é muito importante para definir responsabilidades quanto à carga e descarga da mercadoria: se a entrega ocorrer nas dependências do vendedor, este é o responsável pelo carregamento no veículo coletor do comprador; se a entrega ocorrer em qualquer outro local pactuado, o vendedor não se responsabiliza pelo descarregamento de seu veículo; – O comprador poderá indicar outra pessoa, que não seja o transportador, para receber a mercadoria. Nesse caso, o vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria é entregue àquela pessoa indi‑ cada; 13 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação – Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte. FAS – Free Alongside Ship (livre no costado do navio, porto de embarque designado) – O vendedor encerra suas obrigações no momento em que a mercadoria é colocada ao lado do navio transportador, no cais ou em embarcações utilizadas para carregamento, no porto de embarque desig‑ nado; – A partir daquele momento, o comprador assume todos os riscos e custos com carregamento, paga‑ mento de frete e seguro e demais despesas; – O vendedor é responsável pelo desembaraço da mercadoria para exportação; – Este termo pode ser utilizado somente para transporte aquaviário (marítimo fluvial ou lacustre). FOB – Free On Bord (livre a bordo, porto de embarque designado) – O vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria é colocada a bordo do navio no porto de embarque indicado e, a partir daquele momento, o comprador assume todas as responsabilidades quanto a perdas e danos; – A entrega se consuma a bordo do navio designado pelo comprador, quando todas as despesas passam a correr por conta do comprador; – O vendedor é o responsável pelo desembaraço da mercadoria para exportação; – Este termo pode ser utilizado exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre). CFR – Cost and Freight (custo e frete, porto de destino designado) – O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos necessários para colocar a mercadoria a bordo do navio; – O vendedor é responsável pelo pagamento do frete até o porto de destino designado; – O vendedor é responsável pelo desembaraço da exportação; – Os riscos de perda ou dano da mercadoria, bem como quaisquer outros custos adicionais são transfe‑ ridos do vendedor para o comprador no momento em que a mercadoria é colocada a bordo do navio; – Caso queira se resguardar, o comprador deve contratar e pagar o seguro da mercadoria; – Cláusula utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre). CIF – Cost, Insurance and Freight (custo, seguro e frete, porto de destino designado) – A responsabilidade sobre a mercadoria é transferida do vendedor para o comprador no momento em que a mercadoria é colocada a bordo do navio no porto de embarque; – O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos e do frete necessários para levar a mercadoria até o porto de destino indicado; – O comprador deverá receber a mercadoria no porto de destino e daí para a frente se responsabilizar por todas as despesas; – O vendedor é responsável pelo desembaraço das mercadorias para exportação; – O vendedor deverá contratar e pagar o prêmio de seguro do transporte principal; – O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mínima, de modo que compete ao comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar; – Os riscos a partir da entrega (transposição da amurada do navio) são do comprador; – Cláusula utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre). CPT – Carriage Paid To (transporte pago até…local de destino designado) – O vendedor contrata e paga o frete para levar as mercadorias ao local de destino designado; – A partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia do transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o comprador, assim como possíveis custos adicionais que possam incorrer; – O vendedor é o responsável pelo desembaraço das mercadorias para exportação; – Cláusula utilizada em qualquer modalidade de transporte. CIP – Carriage and Insurance Paid To (transporte e seguro pago até…local de destino designado) – Nesta modalidade, as responsabilidades do vendedor são as mesmas descritas no CPT, acrescidas da contratação e pagamento do seguro até o destino; 14 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação – A partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia do transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o comprador, assim como possíveis custos adicionais que possam incorrer; – O seguro pago pelo vendedor tem cobertura máxima, de modo que compete ao comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar; – Cláusula utilizada em qualquer modalidade de transporte. DAP – Delivered At Place (entregue no local de destino designado) – O vendedor deve entregar a mercadoria no ponto de destino convencionado, arcando com todos os custos e riscos até esse ponto; – A entrega é feita a bordo do veículo transportador, sem descarregar; – O vendedor é responsável pelo desembaraço da exportação, mas não pelo desembaraço da importação; – Após a entrega da mercadoria, são transferidos do vendedor para o comprador os custos e riscos de perdas ou danos causados às mercadorias; – Cláusula utilizada em qualquer modalidade de transporte. Delivered At Place Unloaded (entregue no local de destino designado descarregado) – A responsabilidade do vendedor consiste em colocar a mercadoria à disposiçãodo comprador, não desembaraçada para importação, DESCARREGADAS no cais do porto ou local de destino designado; – O vendedor arca com os custos e riscos inerentes ao transporte até o porto ou local de destino e com a descarga da mercadoria; – A partir daí a responsabilidade é do comprador, inclusive no que diz respeito ao desembaraço adua‑ neiro de importação; – Cláusula utilizada em qualquer modalidade de transporte. DDP – Delivered Duty Paid (entregue no destino designado, com direitos pagos) – O vendedor entrega a mercadoria ao comprador, desembaraçada para importação no local de destino designado; – É o INCOTERM que estabelece o maior grau de compromisso para o vendedor, na medida em que o mesmo assume todos os riscos e custos relativos ao transporte e entrega da mercadoria no local de destino designado; – Não deve ser utilizado quando o vendedor não está apto a obter, direta ou indiretamente, os documen‑ tos necessários à importação da mercadoria, sendo, portanto, vedado nas importações brasileiras; – Embora esse termo possa ser utilizado para qualquer meio de transporte, deve‑se observar que é ne‑ cessária a utilização dos termos DAP ou DPU nos casos em que a entrega é feita no porto de destino (a bordo do navio ou no cais). Fonte: Site Portal do Exportador. 23 Custos Logísticos Embalagem / marcação Carregamento no vendedor Pré-transporte (frete interno) Seguro interno Armazenagem Manuseio / THC / capatazia Despesas de embarque Transporte principal (frete intl.) Seguro Internacional Descarregamento Manuseio / THC / capatazia Armazenagem Pós-transporte (frete interno) Descarregamento final Custos Tributários Direitos na exportação (I.E) na origem Direitos na importação: Imposto de Importação Imp. Prod. Industrializado ICMS Pis/Pasep – Importação Cofins – Importação AFRMM Taxa Siscomex Defesa Comercial Custos Financeiros Custo de aquisição Diferenças cambiais Custo financeiro Despesas Câmbio (corretora / banco) Serviços e outros Despachante Aduaneiro (SDA) Comissões de Agente (compra / venda) Licenças e Certificações (Tx. LI) Outros Classificação dos custos 15 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação CUSTOS – 2º passo: Analisando os custos de aquisição e de serviços (logísticos e outros) 24 2 Analisando os custos financeiros e de aquisição 1º) O valor do seu produto é alterado a cada pedido de compra pelo exportador? 2º) Se positivo, qual ou quais elementos podem ser mutáveis na operação? 3º) Existe desconto por aquisição em maior quantidade? 4º) Trata-se de uma importação direta ou indireta? ▰ Renegocie com o fornecedor: ▻ Valores, prazos e quantidades (consignação). ▰ Busque novos fornecedores / mercados (ACE). ▰ Fique atento as variações cambiais e projeções. ▰ Captação de recursos. ▰ Verifique a modalidade de pagamento: ▻ Antecipado, Remessa, Cobrança ou Carta de Crédito. 25 Custos Financeiros Custo de aquisição Diferenças cambiais Custo financeiro Despesas Câmbio (corretora / banco) 16 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Câmbio Câmbio é a compra ou venda de moedas estrangeiras ou de papéis que as representem. No Brasil, em decorrên‑ cia da atual legislação, sempre uma das moedas envolvidas será a nacional. O exportador vende as moedas estrangeiras resultantes de suas exportações, recebendo, em pagamento, moeda nacional; o importador, com o fim de pagar seus fornecedores estrangeiros, compra moedas estrangeiras, pagando‑as com a moeda nacional. Comprar ou vender moeda estrangeira é o que se denomina fechar câmbio O prazo para pagamento da importação é uma condição livremente negociada entre vendedor e comprador da mercadoria. Assim, comprar à vista ou a prazo é uma decisão alicerçada na análise de alguns elementos da operação, em especial os de natureza financeira. O pagamento das importações brasileiras deve ser processado em estrita consonância com os dados da opera‑ ção comercial a que se vincule, indicados na documentação pertinente, inclusive aquelas informações prestadas na Declaração de Importação registradas no Siscomex. É o que determina as normativas e os procedimentos relativos ao mercado de câmbio regulamentados pelo Banco Cental do Brasil. O pagamento deverá ser efetuado: a) em benefício do legítimo credor externo; b) de acordo com as condições faturadas e obedecendo a condição Incoterm negociada; c) nos limites da DI – Declaração de Importação. O não‑pagamento de importação até 180 dias após o primeiro dia do mês subsequente ao previsto para pa‑ gamento na DI – Declaração de Importação, bem como a contratação do câmbio fora dos prazos regulamentares estabelecidos pelo Banco Central, sujeitavam o importador à multa estabelecida em lei, embora atualmente, o Bacen não estabelece mais multas pela não contratação. Com vistas a facilitar a identificação e entendimento dos critérios, normas e práticas aplicáveis à contratação e liquidação do câmbio para pagamento de importação, as operações serão agrupadas, como segue: a) importações com pagamento antecipado; b) importações com pagamento à vista; e, c) importações com pagamento a prazo. Importação com Pagamento Antecipado O pagamento antecipado é aquele efetuado ao exportador estrangeiro anteriormente ao embarque ou à na‑ cionalização da mercadoria. Considera‑se o pagamento antecipado efetuado anteriormente ao embarque aquele re‑ ferente à mercadoria importada diretamente do exterior em caráter definitivo, inclusive sob o regime de drawback, ou quando destinadas à admissão na Zona Franca de Manaus, em Área de Livre Comércio ou em Entreposto Industrial. Anteriormente à nacionalização, aquele referente à mercadoria admitida sob outros regimes aduaneiros especiais. Contratação e liquidação do Câmbio Normalmente, o câmbio é contratado para liquidação pronta. Os pagamentos antecipados de importação de‑ vem estar respaldados em operações comerciais efetivamente já contratadas, e poderão ser efetuados, em regra, com até 180 dias de antecedência em relação ao embarque ou à nacionalização da mercadoria, limitada ao prazo para tal fim previsto na fatura pro forma (ou documento equivalente), a qual deverá conter, também, indicação desta condição de pagamento. A antecipação poderá ser efetuada com prazos superiores a 180 dias quando se tratar de importação de máqui‑ nas e equipamentos com longo ciclo de produção ou de fabricação sob encomenda. Nestes casos, o prazo de antecipa‑ ção deve ser compatível com o ciclo de produção ou de comercialização do bem, prevalecendo as condições pactuadas contratualmente para pagamentos que devam ser efetuados a título de sinal para início de fabricação, down payment, ou de parcelas intermediárias para execução do projeto. Documentos/Exigências para Liquidação A liquidação de contratos de câmbio em pagamento antecipado de importação está sujeita à apresentação/ comprovação, pelo importador, de alguns documentos, a critério do banco ou corretora que efetuar o registro, sendo normalmente solicitados: 17 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação a) fatura pro forma (ou documento equivalente) indicando exigência de pagamento antecipa– do e data prevista para embarque ou nacionalização da mercadoria; b) LI – Licença de Importação autorizada para embarque ou aprovada pelo órgão anuente, quando esta for exigível antes do embarque da mercadoria. Vinculação entre Contrato de Câmbio e Declaração de Importação A vinculação entre o contrato de câmbio e a respectiva DI – Declaração de Importação, deixou de ser uma exi‑ gência do Bacen a partir de 2006, entretanto, como o contrato de câmbio foi feito antes do embarque da mercadoria, e uma vez que existe campos próprios na DI para fazer a vinculação, o importador deve preencher as informações relativas ao contrato sob pena de caracterizar declaração indevida. Repatriação das DivisasNão ocorrendo o embarque ou a nacionalização da mercadoria até a data informada na ocasião da liquidação do contrato de câmbio, deve o importador providenciar, no prazo de até 30 dias, a repatriação dos valores correspon‑ dentes aos pagamentos efetuados. Com vistas a evitar dificuldades na repatriação das divisas, é prudente que o importador, previamente a qualquer remessa a título de pagamento antecipado, verifique a qualidade de seus fornecedores, beneficiários de tal pagamento, bem como a legislação do país exportador, aplicável às operações da espécie. Quando necessário, deve condicionar que o pagamento antecipado somente será realizado se o fornecedor oferecer uma garantia que assegure a devolução do capital remetido. Isto pode ser obtido através de uma advance payment bond, garantia bancária cujo objetivo é o de assegurar, ao remetente, a devolução de qualquer antecipação de pagamento. Importação com Pagamento à Vista O pagamento é efetuado após o embarque da mercadoria, porém antes do registro da respectiva DI – Declara‑ ção de Importação, referente a mercadoria importada diretamente do exterior em caráter definitivo, inclusive sob o regime de drawback, ou quando destinadas à admissão na Zona Franca de Manaus, em Área de Livre Comércio ou em Entreposto Industrial. É efetuado contra a apresentação dos documentos de embarque, pelo importador. Contratação e liquidação do Câmbio Geralmente, o câmbio é contratado para liquidação pronta. A liquidação do contrato de câmbio deverá ocorrer, necessariamente, antes do registro da DI – Declaração de Importação. Documentos/Exigências para Liquidação A liquidação de contratos de câmbio em pagamento de importação à vista está condicionada à apresentação dos seguintes documentos: a) remessa‑sem‑saque: fatura comercial e documento de transporte internacional; b) cobrança: fatura comercial, documento de transporte internacional, saque (se houver) e carta‑remessa; c) carta de crédito: poderá ser dispensada a apresentação dos documentos se o banco estiver de posse do aviso de negociação, emitido pelo banqueiro, evidenciando que os documentos foram apresentados em ordem. d) quando a LI for exigível antes do embarque, o seu número deverá ser indicado no respectivo contrato de câmbio (nos casos em que a LI seja exigível previamente ao embarque da mercadoria no exterior. A LI, neste caso, deverá estar autorizada para embarque ou aprovada pelo órgão anuente. Importação com Pagamento a Prazo As operação de câmbio de importação para pagamento a prazo, em regra, somente podem ser liquidadas após o desembaraço da mercadoria. Contratação e liquidação do Câmbio Como nas demais operações, o câmbio, como regra, é contratado para liquidação pronta. Documentos/Exigências para Liquidação do Câmbio A liquidação de contratos de câmbio para pagamento de importação a prazo será realizada contra a indicação, ao banco, do número da DI. 18 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Liquidação de Importação com Prazo Superior a 360 dias Em se tratando de liquidação de importação com prazo superior a 360 dias, basta que seja informado, ao banco vendedor do câmbio, o número de ROF, nos termos da Circular BACEN nº 2.731/96 e suas alterações. Abertura e Negociação de Cartas de Crédito Os bancos autorizados a operar em câmbio, independentemente da contratação prévia de câmbio, estão autori‑ zados a emitir créditos documentários (cartas de crédito) para amparar importações brasileiras. Em se tratando de importação subordinada ao regime de licenciamento não automático, e sendo a Licença de Importação exigível previamente ao embarque dos bens no exterior, conforme disposto em regulamentação da Secex, somente poderá ser emitido o respectivo Crédito após a aprovação, pelo órgão anuente, da respectiva LI. Nesse caso, as condições do Crédito deverão guardar fidelidade com aquelas estipuladas na LI, especialmente no que se refere às condições de embarque e pagamento. Sendo crédito à vista, exceto quando se tratar de operações cursadas no CCR – Convênio de Pagamentos e Cré‑ ditos Recíprocos, que seguem regras específicas, o respectivo contrato de câmbio deverá ser liquidado em prazo não superior a 15 dias, contados da negociação do crédito no exterior. Sendo o crédito a prazo, a referida liquidação deverá ocorrer até o dia do vencimento da obrigação no exterior. Trata‑se da modalidade mais utilizada, e tem como principal característica a dissociação do pagamento pelo cre‑ dor, uma vez que o banco emitente do crédito documentário passa a ser o responsável pelo pagamento da obrigação. O crédito documentário é regrado pela Câmara de Comércio Internacional – CCI através das chamadas Bro‑ churas. Cumpre relevar que o risco do exportador será menor, uma vez que o banco será o responsável pelo pagamento, já o importador, para reduzir o seu risco, deve especificar todos os documentos que deverão ser emitidos pelo expor‑ tador, podendo exigir, por exemplo, uma inspeção de embarque. Lembre‑se também que quanto maior o número de envolvidos na operação (bancos, certifica– dores, etc.) maior será o custo da operação. Cartão de Crédito Admite‑se o uso de cartão de crédito internacional, emitido no Brasil, em favor de pessoa física ou jurídica, para aquisição de bens e serviços no exterior. O pagamento da fatura deve ser realizado pelo equivalente em reais em banco que mantenha convênio de ser‑ viços com a respectiva empresa brasileira administradora do cartão de crédito, devendo ser utilizada, para efeito de conversão do valor devido em moeda estrangeira para moeda nacional, a taxa aplicável às operações da espécie no dia. Reduzindo custos logísticos ▰ Levante todos os contratos atuais com os fornecedores: ▻ Transporte, seguro, armazenagem, manuseio, etc. ▰ Avalie as condições de: ▻ Preço, multas, prazos de pagamento, sinistralidade, volumetria, modos, locais, reajustes, etc. ▰ Faça cotações com novos fornecedores. ▰ Avalie outros locais. ▰ Fique atento as variações. 26 Custos Logísticos Embalagem / marcação Carregamento no vendedor Pré-transporte (frete interno) Seguro interno Armazenagem Manuseio / THC / capatazia Despesas de embarque Transporte principal (frete intl.) Seguro Internacional Descarregamento Manuseio / THC / capatazia Armazenagem Pós-transporte (frete interno) Descarregamento final 19 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Analisando custos logísticos - Frete ▰ Livre negociação – Valor de Mercado ▰ Avalie as peculiaridades de cada carga e operação: ▻ Granéis líquidos, granéis sólidos, carga geral; ▻ Carga solta ou conteinerizada; ▻ Natureza do produto (perigoso, congelado, alto valor, peso/volume outros); ▻ Adequação e disponibilidade de transporte; ▻ Frequência e confiabilidade nas datas; ▻ Duração do trânsito; ▻ Outros (sistema de informação, transparência na documentação, qualificação, etc. ▰ Avalie a possibilidade de: ▻ Segregação de produtos; ▻ Padronizar embalagens e unitização/consolidação das cargas; ▻ Fidelidade aos prestadores, etc. 27 Analisando custos logísticos - Frete ▰ Avalie as condições comercias, as taxas e sobretaxas: ▻ Despesas ligadas ao frete e que modificam a sua cotação (embarque, estiva e desembarque): ▻ Embarque / desembarque: pegar / retirar a carga ao lado do navio e colocar neste; ▻ Estiva: arrumação da carga a bordo do navio; ▻ Termos usados por armadores para indicar a inclusão das despesas de embarque e desembarque: ▻ F.I.O. - Free In and Out (livre de despesas de embarque, estiva e desembarque)* ▻ F.I. - Free In (livre de despesas de embarque e estiva)* ▻ F.O. - Free Out (livre de despesas de desembarque)* ▻ LINER TERMS - despesa de embarque, estiva e desembarque incluídos (representa o inverso do F.I.O.) = normalmente usado em navios de linha regular. ▻ F.I.O.S. - Free In Out and Stowed - (variação do F.I.O)* ▻ F.I.S;F.I.L.O. e F.I.S.L.O. (variação do F.I.)* ▻ L.I.F.O. - Liner In Free Out (variação do F.O.)* ▻ F.I.O.S.T. - Free In Out Stowed and Trimmed - (variação do F.I.O)* * Normalmente usados para navios fretados 28 20 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Analisando custos logísticos - Frete ▻ Termos usados por armadores para indicar locais de ova, desova e suas responsabilidades: ▻ House to House – H/H ▻ House to Pier – H/P ▻ Pier to Pier – P/P ▻ Pier to House – P/H Ex.: H/P - Enchimento do contêiner é feito no armazém do exportador e o esvaziamento no porto de descarga ▻ Quanto à responsabilidade pela colocação e retirada da carga do contêiner: ▻ FCL – Full Container Load: indica custo e responsabilidade do importador/exportador. ▻ LCL – Less Than a Container Load: indica custo e responsabilidade do transportador, sendo utilizado para cargas consolidadas ou seja, contêiner não totalmente cheio. ▻ Combinações possíveis: FCL/FCL, LCL/LCL, FCL/LCL e LCL/FLC ▻ FCL/LCl implica na responsabilidade do exportador pela ova e do armador pela desova. 29 Analisando custos logísticos - Frete ▻ Taxas e Sobretaxas cobradas por armadores: ▻ Heavy Lift Charge: volumes pesados; ▻ Extra Lenght Charge: volumes de tamanho excepcionais; ▻ Ad Valorem Charge: mercadorias com valor unitário elevado; ▻ CAF - Currency Adjustment Factor: Correção da moeda; ▻ BAF – Bunker Adjustment Factor: preço do combustível; ▻ WRS – War Risk Surcharge: Risco de guerra; ▻ PCS – Port Congestion Surcharge: Congestionamento no porto; ▻ Outras... Pagamento antes ou após a entrega da carga: ▻ Freight Prepaid (frete pré-pago); ou ▻ Freight Collect (frete a pagar) / Freight Payable at Destination (frete pagável no destino) 30 21 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Analisando custos logísticos – Seguro de transporte ▰ Contratação opcional (não obrigatória); ▰ Livre negociação – Valor de Mercado; ▰ Valor depende, basicamente, do bem segurado, do meio de transporte utilizado, da embalagem, do índice de sinistralidade, origem e destino, período de cobertura, valores indenizatórios, etc. ▰ Verifique a forma de contratação: apólice avulsa ou apólice de averbação. ▰ Analise a Cobertura: ▻ Cobertura Básica Restrita “C”: menos abrangente, cobre perdas ou danos causados, exclusivamente por riscos de transporte (acidentes restritos ao veículo transportador); ▻ Cobertura Básica Restrita “B”: um pouco mais abrangente, além dos riscos do transporte, cobre entrada de água do mar, terremoto, perda total de volume durante carga e descarga, etc. ▻ Cobertura Básica Ampla “A”: mais ampla, cobre todos os riscos de perda ou dano material sofridos pelo objeto segurado, descritos na apólice, em razão de quaisquer causas externas. 31 Analisando custos logísticos – Seguro de transporte ▰ Quais os componentes do seguro: A. Valor da mercadoria FOB ou equivalente B. Valor do frete internacional C. Despesas diversas (até 10% de A + B sem comprovação ou “mais” com comprovação ou razoabilidade). D. Lucros esperados (até 10% de A + B + C sem comprovação ou “mais” com comprovação ou razoabilidade). E. Impostos (I.I. , I.P.I., PIS, COFINS , ICMS) ▰ Atenção: Segundo o disposto no art. 77 do Regulamento Aduaneiro o custo do seguro da mercadoria durante o transporte integra o valor aduaneiro para fins de cálculo dos impostos, vejamos: “Art. 77. Integram o valor aduaneiro, independentemente do método de valoração utilizado. I - o custo de transporte da mercadoria importada até o porto ou o aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira alfandegado onde devam ser cumpridas as formalidades de entrada no território aduaneiro; II - os gastos relativos à carga, à descarga e ao manuseio, associados ao transporte da mercadoria importada, até a chegada aos locais referidos no inciso I; e III - o custo do seguro da mercadoria durante as operações referidas nos incisos I e II.” 32 22 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Analisando custos logísticos – Armazenagem ▰ Compreende os serviços de guarda, até a liberação alfandegária e retirada do armazém; ▰ Diretamente ligada ao Modo de Transporte, observar a infraestrutura no momento da contratação do frete e, se necessário, apresentar ordem de redestinação para recinto alfandegado específico. ▰ Depositários/Gestores podem ser privados ou públicos (Infraero); ▰ Tarifas– Valor de Mercado, que dependem, basicamente, do valor da mercadoria e do tempo de permanência, seguindo critérios, como peso, cubagem, tipo de embalagem, restrições fitossanitárias ou natureza da carga, etc. 33 http://www.grucargo.com.br/media/44013/Simulador-de-Armazenagem-Vig%C3%AAncia-13082020.xlsx Analisando custos logísticos – Capatazia 34 ▰ Atividade de movimentação de mercadorias nas instalações dentro do porto, compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes para a conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento portuário. (Lei nº 12.815/2013) ▰ Diretamente ligada ao Modo de Transporte, observar a infraestrutura no momento da contratação do frete. ▰ Depositários/Gestores podem ser privados ou públicos (Infraero); ▰ Tarifas– Valor de Mercado, que dependem, basicamente, do peso, cubagem, apresentação, maquinário, etc. ▰ Atenção: Segundo o art. 77 do RA, os gastos relativos à carga, à descarga e ao manuseio, associados ao transporte da mercadoria importada, até a chegada ao local de despacho, integram o valor aduaneiro para fins de cálculo dos impostos. 23 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Conhecimento de Carga O conhecimento de carga, também conhecido como conhecimento de transporte emitido pelo transportador, define a contratação da operação de transporte internacional, comprova o recebimento da mercadoria na origem e a obrigação de entregá‑la no lugar de destino, constitui prova de posse ou propriedade da mercadoria e é um documen‑ to que ampara a mercadoria e descreve a operação de transporte. O conhecimento de carga recebe denominações específicas em função da via de transporte: CRT (Rodoviário), TIF (Ferroviário), BL (Marítimo) ou AWB (Aéreo). A consignação no conhecimento de carga prova a propriedade da mercadoria e pode ser: – nominativa – quando conste do conhecimento original o nome por extenso do destinatário da merca‑ doria; – à ordem do embarcador – quando a propriedade consigna‑se ao remetente; ou – ao portador – o proprietário será qualquer pessoa que apresente o conhecimento. O conhecimento de carga classifica‑se, conforme o emissor e o consignatário, em: – único – se emitido pelo próprio transportador (agência de navegação, companhia aérea, armador), quando o consignatário não for um agente desconsolidador; – genérico ou master – se emitido pelo próprio transportador (agência de navegação, companhia aérea, armador), quando o consignatário for um desconsolidador; ou – agregado, house ou filhote – quando for emitido por um agente consolidador de cargas e o consigna‑ tário não for um desconsolidador. – sub‑master ou co‑loader – quando for emitido por um agente consolidador de cargas e o consignatário for outro agente desconsolidador de cargas. A cada conhecimento de carga deve corresponder uma única DI, salvo exceções estabelecidas nos art. 67 e 68 da IN SRF nº 680/2006, art. 555 do Regulamento Aduaneiro. A DI deve ser registrada em nome do consignatário do conhecimento, ressalvados os casos de nacionalização em determinados regimes aduaneiros especiais (caso da admissão temporária e entreposto aduaneiro, por exemplo). Os conhecimentosdo tipo “filhote” e “único” são os que podem amparar o despacho aduaneiro de importação. Os conhecimentos genérico e submaster não podem amparar DI, mas podem amparar o regime aduaneiro especial de trânsito aduaneiro. O endosso de conhecimento na via aquaviária deve ser efetuado pelo consignatário no Sistema de Controle da Arrecadação do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (Mercante). Os requisitos formais e intrínsecos, a transmissibilidade e outros aspectos atinentes aos conhecimentos de carga devem regular‑se pelos dispositivos da legislação comercial e civil, sem prejuízo da aplicação das normas tributárias quanto aos respectivos efeitos fiscais (art. 556 do Regulamento Aduaneiro). Para efeitos fiscais, qualquer correção no conhecimento de carga deve ser feita por carta de correção (e ressalva no próprio documento) dirigida pelo emitente do conhecimento à autoridade aduaneira do local de descarga, a qual, se aceita, implica correção do manifesto (art. 556 do Regulamento Aduaneiro). No caso de divergência entre o manifesto e o conhecimento, prevalecerá este, podendo a correção daquele ser feita de ofício (art. 47 do Regulamento Aduaneiro). É obrigatória a assinatura do emitente nas averbações, nas ressalvas, nas emendas ou nas entrelinhas lançadas nos conhecimentos e manifestos (art. 50 do Regulamento Aduaneiro). Não será exigida a apresentação do conhecimento de carga (inciso I, § 2º,do art. 18 da IN SRF nº 680/2006): – no despacho para consumo de mercadoria desnacionalizada ou estrangeira que, após ter sido subme‑ tida a despacho aduaneiro de exportação, permaneça no País, em caráter definitivo ou temporário, nos termos da legislação específica; – nos despachos para consumo de mercadoria de origem estrangeira que venha a ser transferida para outro regime aduaneiro especial ou despachada para consumo, independentemente do despacho a que foi submetida por ocasião do seu ingresso no País; ou 24 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação – na hipótese de a mercadoria ingressar no País: – por seus próprios meios; – transportada em mãos; – em condição ou finalidade para a qual a legislação não obrigue sua emissão; ou – em outras hipóteses estabelecidas em ato da Coana. – nos despachos de mercadoria transportada ao país no modal aquaviário, acobertada por Conhecimen‑ to Eletrônico (CE). Considera‑se ocorrido o embarque da mercadoria para efeitos fiscais na data de emissão do conhecimento de carga (art. 708 do Regulamento Aduaneiro). O conhecimento de carga deve identificar a unidade de carga em que a mercadoria por ele amparada esteja contida (§ 2º do art. 42 do Regulamento Aduaneiro). No caso de registro antecipado da DI, o conhecimento de carga original deverá ser entregue antes do desemba‑ raço aduaneiro (§ 2º do art. 19 IN SRF nº 680/2006). Os requisitos formais e intrínsecos, a transmissibilidade e outros aspectos atinentes aos conhecimentos de carga devem regular‑se pelos dispositivos da legislação comercial e civil, sem prejuízo da aplicação das normas tributárias quanto aos respectivos efeitos fiscais (art. 556 do Regulamento Aduaneiro). Uma vez que o conhecimento de carga caracteriza‑se como um título de crédito, seu endosso implica na transfe‑ rência de todos os direitos que lhe são inerentes.(arts. 754, 893 e 894 da Lei nº 10.406/2002 – Código Civil). Desse modo, o endosso do conhecimento de carga não invalida a fatura comercial e o certificado de origem, emitidos em nome do adquirente original, podendo o endossatário apresentar estes documentos para instrução da declaração de importação e para solicitar tratamento tributário preferencial estabelecido em acordo internacional firmado pelo Brasil. Alguns conhecimentos de carga informam, no campo destinado à identificação do consignatário (“Consignee”), que não são negociáveis a menos que constem daquele campo os termos “À Ordem” (“To Order”) ou “À Ordem de” (“To Order Of”). Nesse caso, deve prevalecer a definição estabelecida em tal contrato particular, de modo que a ausên‑ cia dos termos indicados, no ato da emissão deste tipo de conhecimento, impossibilita o seu eventual endosso. O endosso de conhecimento da carga aquaviária deve ser informado pelo consignatário no Siscomex Carga (art. 29 da IN 800/2007). Existem questionamentos sobre a possibilidade de endosso no conhecimento de transporte aéreo. O que ocorre é que o conhecimento de transporte aéreo (Air Waybill – AWB) deve ser emitido para um consignatário determinado, que virá a ser o proprietário legal da mercadoria no seu destino, e, como tal, poderá dispor da mesma como lhe con‑ vier, obedecendo, naturalmente, à legislação vigente. O que não pode ocorrer é o AWB ser consignado simplesmente “À ordem”. A título de esclarecimento, o Art. IX do Protocolo de Haia (Decreto nº 56.463/1965), acrescentou ao artigo 15 da Convenção de Varsóvia (Decreto nº 20.704/1931) a seguinte alínea: “3. Nada na presente Convenção impede a ex‑ pedição de um conhecimento aéreo negociável”. Esta alteração esclareceu as dúvidas na época. Já na Convenção apro‑ vada pelo Decreto nº 5.910/2006, não consta esta alínea “3”, abrindo novamente margem a interpretações diversas. No entanto, tanto o Código Civil quanto o Regulamento Aduaneiro dão respaldo à aceitação do endosso de AWB. Existe, inclusive, um tipo de operação bastante comum, que é o AWB consignado a banco comercial, que o en‑ dossa para o importador. O endosso está previsto ainda no § 4º do art. 18 da IN 680/2006, com a ressalva de que a transferência da titu‑ laridade de mercadoria de procedência estrangeira por endosso no conhecimento de carga, somente será admitida mediante a comprovação documental da respectiva transação comercial. Fonte: Receita Federal 25 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação CUSTOS – 3º passo: Analisando os custos tributários 35 3 Analisando custos tributários ▰ Reavalie os cálculos dos tributos: ▻ Bases e fórmulas. ▰ Reavalie o cadastro de produtos (NCM/ TEC); ▰ Reavalie os benefícios fiscais (acordos tarifários, exceções, regimes especiais, isenções, diferimentos, etc.) ▰ Avalie as teses judiciais tributárias. 36 Custos Tributários Direitos na importação: Imposto de Importação Imp. Prod. Industrializado ICMS Pis/Pasep – Importação Cofins – Importação AFRMM Taxa Siscomex Defesa Comercial Direitos na exportação (I.E) 26 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Analisando custos tributários – Valoração Aduaneira ▰ Acordo Valoração Aduaneira – Art. 7º do GATT (OMC) ▻ Valorar o bem de acordo com o preço real ou mais próximo do real ▻ Dec. Leg. n° 30/94, Dec. nº 1.355/94 e IN SRF nº 318 e 327/03 37 6º Método: Valor Obtido por Critérios Razoáveis 5º Método: Valor Computado 4º Método: Valor de Revenda (Dedutivo) 3º Método: Valor de Transação de Mercadorias Similares 2º Método: Valor de Transação de Mercadorias Idênticas 1º Método: Valor de Transação (Ajustado) Integram o valor aduaneiro, independentemente do método utilizado: I - o custo de transporte da mercadoria importada até o porto ou o aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira alfandegado onde devam ser cumpridas as formalidades de entrada no território aduaneiro; II - os gastos relativos à carga, à descarga e ao manuseio, associados ao transporte da mercadoria importada, até a chegada aos locais referidos no item I; e III - o custo do seguro da mercadoria durante as operações referidas nos itens I e II. VA = Mercadoria + Frete (Capatazia) + Seguro “CIF” Analisando custos tributários – Valoração Aduaneira 38 ▰ Quando a declaração de importação se referir a mercadorias classificadas em mais de um código da NCM: I. o custo do transporte de cada mercadoria será obtido mediante a divisão do valor total do transporte proporcionalmente aos pesos líquidos das mercadorias; II.o custo do seguro de cada mercadoria será obtido mediante a divisão do valor total do seguro proporcionalmente aos valores das mercadorias, carregadas, no local de embarque; e ▰ Embora não exista previsão legal nesse sentido, o custo da capatazia/THC de cada mercadoria será obtido mediante a divisão do valor total da capatazia proporcionalmente aos pesos líquidos das mercadorias. ▰ Impossibilidade da inclusão da Capatazia na base de cálculo do Imposto de Importação. ▻ O §3º do art. 4º da IN SRF n° 327/2003, acabou por contrariar tanto os artigos 1º, 5º, 6º e 8º do Acordo sobre a Implementação do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT 1994 (Acordo de Valoração Aduaneira) quanto o art. 77, I e II, do Regulamento Aduaneiro de 2009, ao prever a inclusão no valor aduaneiro dos gastos relativos à descarga no território nacional, ampliando ilegalmente a base de cálculo dos tributos incidentes sobre o valor aduaneiro, uma vez que permitiu que os gastos relativos à carga e à descarga das mercadorias ocorridas após a chegada no porto alfandegado fossem considerados na determinação do montante devido. 27 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação EXERCÍCIO 02 - Rateios 39 Ø Realize o rateio do Frete, Seguro e Capatazia dos produtos e encontre a base de cálculo: Ø Valor do total do Frete: US$ 3,025.00, Seguro: R$ 1.648,00, e Capatazia: R$ 686,41. Produtos Valor Unitário USD Qtd. Peso Líq. kg Taxa Fiscal (R$) Valor total USD Valor Total (R$) Rateio Frete Rateio Seguro Rateio Capatazia Valor Aduaneiro 9503.00.10 - Patinete 50.00 1000 5.000 5,40 50,000.00 270.000,00 15.706,73 1.361,98 660,01 287.728,72 9004.10.00 – Óculos de sol 10.50 1000 200 5,40 10,500.00 56.700,00 628,27 286,02 26,40 57.640,69 Valor Aduaneiro Toda mercadoria submetida a despacho de importação está sujeita ao controle do correspondente valor adua‑ neiro, que consiste na verificação da conformidade do valor aduaneiro declarado pelo importador com as regras estabelecidas no Acordo de Valoração Aduaneira. Reproduziremos abaixo a introdução ao Acordo de Valoração Adua‑ neira e recomendamos uma leitura do mesmo em sua integra. ACORDO SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DO ARTIGO VII DO ACORDO GERAL SOBRE TARIFAS E COMÉRCIO 1994 INTRODUÇÃO GERAL 1. A base primeira para a valoração aduaneira, em conformidade com este Acordo, é o “valor de transação”, tal como definido no Artigo 1. O Artigo 1 deve ser considerado em conjunto com o Artigo 8, que estabelece, inter alia, ajustes ao preço efetivamente pago ou a pagar nos casos em que determinados elementos, considerados como fazendo parte do valor para fins aduaneiros, corram a cargo do comprador, mas não estejam incluídos no preço efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias importadas. O Artigo 8 prevê também a inclusão, no valor de transação de certas prestações do comprador a favor do vendedor, sob a forma de bens ou serviços e não sob a forma de dinheiro. Os Arti‑ gos 2 a 7 estabelecem métodos para determinar o valor aduaneiro, quando este não puder ser determinado de acordo com as disposições do Artigo 1. 2. Quando o valor aduaneiro não puder ser determinado de acordo com as disposições do Artigo 1, deveria nor‑ malmente haver um processo de consultas entre a administração aduaneira e o importador, com o objetivo de estabele‑ cer uma base de valoração de acordo com o disposto nos Artigos 2 ou 3. Pode ocorrer, por exemplo, que o importador possua informações sobre o valor aduaneiro de mercadorias idênticas ou similares importadas, e que a administração aduaneira não disponha destas informações, de forma imediata, no local de importação. Também é possível que a administração aduaneira disponha de informações sobre o valor aduaneiro de mercadorias idênticas ou similares im‑ portadas, e que o importador não tenha acesso imediato a essas informações. Consultas entre as duas partes permitirão trocar informações, atendidas as limitações impostas pelo sigilo comercial, para determinar uma base adequada de valoração para fins aduaneiros. 28 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação 3. Os Artigos 5 e 6 proporcionam duas bases para determinar o valor aduaneiro, quando este não puder ser de‑ terminado com base no valor de transação das mercadorias importadas ou de mercadorias idênticas ou similares im‑ portadas. Pelo disposto no parágrafo 1 do Artigo 5, o valor aduaneiro é determinado com base no preço pelo qual as mercadorias são vendidas, no mesmo estado em que são importadas, a um comprador não vinculado ao vendedor, no país de importação. O importador também tem o direito, se o requerer, de que as mercadorias que são objeto de trans‑ formação depois da importação, sejam valoradas com base no disposto no Artigo 5. Conforme as disposições do Artigo 6, o valor aduaneiro é determinado com base no valor computado. Ambos os métodos apresentam certas dificuldades, e por isso o importador tem o direito, com base nas disposições do Artigo 4, de escolher a ordem de aplicação dos dois métodos. 4. O Artigo 7 estabelece como determinar o valor aduaneiro, nos casos em que este não puder ser determinado de acordo com o disposto em algum dos artigos anteriores. Lançadas essas diretrizes básicas, em esforço de simplificação, vejamos o que o Acordo estabelece para cada método. Primeiro Método: O valor aduaneiro de mercadorias importadas será o valor de transação, isto é, o preço efe‑ tivamente pago ou a pagar pelas mercadorias, em uma venda para exportação para o país de importação, ajustado conforme as disposições legais, desde que: (a) não haja restrições à cessão ou à utilização das mercadorias pelo comprador, ressalvadas as que: (I) sejam impostas ou exigidas por lei ou pela administração pública do país de importação; (II) limitem a área geográfica na qual as mercadorias podem ser revendidas; ou (III) não afetem substancialmente o valor das mercadorias; (b) a venda ou o preço não estejam sujeitos a alguma condição ou contra‑prestação para a qual não se possa determinar um valor em relação às mercadorias objeto de valoração; (c) nenhuma parcela do resultado de qualquer revenda, cessão ou utilização subsequente das mercado‑ rias pelo comprador beneficie direta ou indiretamente o vendedor, a menos que um ajuste adequado possa ser feito, de conformidade com as disposições do Artigo 8; e (d) não haja vinculação entre o comprador e o vendedor ou se houver, que o valor de transação seja acei‑ tável para fins aduaneiros, com exceções. Segundo Método: Se o valor aduaneiro das mercadorias importadas não puder ser determinado segundo as disposições do primeiro método, será ele o valor de transação de mercadorias idênticas vendidas para exportação para o mesmo país de importação e exportadas ao mesmo tempo que as mercadorias objeto de valoração, ou em tempo aproximado. Na aplicação deste artigo será utilizado, para estabelecer o valor aduaneiro, o valor de transação de mercadorias idênticas, numa venda no mesmo nível comercial e substancialmente na mesma quantidade das mercadorias objeto de valoração. Inexistindo tal venda, será utilizado o valor de transação de mercadorias idênticas vendidas em um nível comercial diferente e/ou em quantidade diferente, ajustado para se levar em conta diferenças atribuíveis aos níveis comerciais e/ou às quantidades diferentes, desde que tais ajustes possam ser efetuados com base em evidência com‑ provada que claramente demonstre que os ajustes são razoáveis e exatos, quer conduzam a um aumento quer a uma diminuição no valor. Se, na aplicação deste artigo, for encontrado mais de um valor de transação de mercadorias idênticas, o mais baixo deles será o utilizado na determinação do valor aduaneiro das mercadorias importadas. Terceiro Método: Neste caso, o valor aduaneiro será ele o valor de transação de mercadorias similares vendidas para exportação para o mesmo país de importação e exportadasao mesmo tempo que as mercadorias objeto de valo‑ ração, ou em tempo aproximado. Na aplicação deste Artigo, será utilizado, para estabelecer o valor aduaneiro, o valor de transação de mercado‑ rias similares, numa venda no mesmo nível comercial e substancialmente na mesma quantidade que as mercadorias objeto de valoração. Inexistindo tal venda, será utilizado o valor de transação de mercadorias similares vendidas em um nível comercial diferente e/ou em quantidade diferente, ajustado para se levar em conta diferenças atribuíveis aos 29 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação níveis comerciais e/ou às quantidades, desde que tais ajustes possam ser efetuados com base em evidência comprova‑ da que claramente demonstre que os ajustes são razoáveis e exatos, quer estes conduzam a um aumento quer a uma diminuição no valor. Também será considerado o valor mais baixo quando for encontrado mais de um. Quarto Método: Segundo este método, o valor aduaneiro basear‑se‑á no preço unitário pelo qual as mercadorias importadas ou as mercadorias idênticas ou similares importadas, são vendidas desta forma na maior quantidade total, ao tempo da importação ou aproximadamente ao tempo da importação das mercadorias objeto de valoração, a pessoas não vinculadas àquelas de quem compram tais mercadorias, sujeito tal preço às seguintes deduções: (I) as comissões usualmente pagas ou acordadas em serem pagas, ou os acréscimos usualmente efetua‑ dos a título de lucros e despesas gerais relativos a vendas em tal país de mercadorias importadas da mesma classe ou espécie; (II) os custos usuais de transporte e seguro, bem como os custos associados, incorridos no país de impor‑ tação; (III) quando adequado, os custos e encargos referidos no parágrafo 2 do Artigo 8 do Acordo; e (IV) os direitos aduaneiros e outros tributos nacionais pagáveis no país de importação em razão da impor‑ tação ou venda das mercadorias. Vale ressaltar que, o valor a ser considerado, deve ser o da data mais próxima posterior à importação das merca‑ dorias objeto de valoração, mas antes de completados noventa dias após tal importação. Quinto Método: O valor aduaneiro das mercadorias importadas, determinado segundo as disposições deste artigo, basear‑se‑á num valor computado. O valor computado será igual à soma de: (a) o custo ou o valor dos materiais e da fabricação ou processamento, empregados na produção das mer‑ cadorias importadas; (b) um montante para lucros e despesas gerais, igual àquele usualmente encontrado em vendas de mer‑ cadorias da mesma classe ou espécie que as mercadorias objeto de valoração, vendas estas para expor‑ tação, efetuados por produtores no país de exportação, para o país de importação; (c) o custo ou o valor de todas as demais despesas necessárias para aplicar a opção de valoração escolhida pela Parte, de acordo com o parágrafo 2 do Artigo 8. Nenhum Membro poderá exigir ou obrigar qualquer pessoa não residente em seu próprio território a exibir para exame ou a permitir acesso a qualquer conta ou registro contábil, para a determinação de um valor computado. Todavia, as informações fornecidas pelo produtor das mercadorias com o objetivo de determinar o valor aduaneiro de acordo com as disposições deste artigo, poderão ser verificadas em outro país, pelas autoridades do país de importação, com a anuência do produtor e desde que tais autoridades notifiquem com suficiente antecedência o governo do país em questão e que este não se oponha à investigação. Sexto Método: Se o valor aduaneiro das mercadorias importadas não puder ser determinado com base no dis‑ posto nos Artigos 1 a 6, inclusive, tal valor será determinado usando‑se critérios razoáveis, condizentes com os princí‑ pios e disposições gerais deste Acordo e com o Artigo VII do GATT 1994, e com base em dados disponíveis no país de importação. O valor aduaneiro definido segundo as disposições deste Artigo, não será baseado: (a) no preço de venda, no país de importação, de mercadorias produzidas neste; (b) num sistema que preveja a adoção para fins aduaneiros do mais alto entre dois valores alternativos; (c) no preço das mercadorias no mercado interno do país de exportação; (d) no custo de produção diferente dos valores computados que tenham sido determinados para merca‑ dorias idênticas ou similares, de acordo com as disposições do Artigo 6; (e) no preço das mercadorias vendidas para exportação para um país diferente do país de importação; (f) em valores aduaneiros mínimos; ou (g) em valores arbitrários ou fictícios. 30 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Caso o solicite, o importador será informado, por escrito, sobre o valor aduaneiro determinado segundo as dis‑ posições deste artigo, e sobre o método utilizado para determinar tal valor. Integram o valor aduaneiro, independentemente do método de valoração utilizado: I – o custo de transporte da mercadoria importada até o porto ou o aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira alfandegado onde devam ser cumpridas as formalidades de entrada no território aduaneiro; II – os gastos relativos à carga, à descarga e ao manuseio, associados ao transporte da mercadoria importada, até a chegada aos locais referidos no inciso I; e III – o custo do seguro da mercadoria durante as operações referidas nos incisos I e II. Quando a declaração de importação se referir a mercadorias classificadas em mais de um código da Nomencla‑ tura Comum do Mercosul: I – o custo do transporte de cada mercadoria será obtido mediante a divisão do valor total do transporte propor‑ cionalmente aos pesos líquidos das mercadorias; e II – o custo do seguro de cada mercadoria será obtido mediante a divisão do valor total do seguro proporcional‑ mente aos valores das mercadorias, carregadas, no local de embarque. Não integram o valor aduaneiro, segundo o método do valor de transação, desde que estejam destacados do preço efetivamente pago ou a pagar pela mercadoria importada, na respectiva documentação comprobatória: I – os encargos relativos à construção, à instalação, à montagem, à manutenção ou à assistência técnica, relacio‑ nados com a mercadoria importada, executados após a importação; e II – os custos de transporte e seguro, bem assim os gastos associados ao transporte, incorridos no território adua‑ neiro, a partir dos portos ou os aeroportos alfandegados de descarga ou os pontos de fronteira alfandegados. Análise do cadastro de produtos – Classificação Fiscal ▰ Nomenclatura: Relação de produtos, ordenados sistematicamente, segundo regras de classificação e especificação, vinculados a códigos numéricos e a descrições padronizadas. Ex.: NCM, NBM, NC, ITC, HTSUS, etc. https://portalunico.siscomex.gov.br/classif/#/sumario?perfil=publico ▰ Classificação: É o processo de determinação do código representativo da mercadoria, segundo regras de classificação e a especificação da mercadoria. ▰ Quem pode classificar? ▰ Por que e para que classificar mercadorias? Para: facilitar o comércio, identificar as alíquotas dos tributos, os incentivos fiscais, os acordos internacionais, o tratamento administrativo, as medidas de defesa comercial, as estatísticas de comércio internacional, valoração dos bens, etc. 40 31 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação Gestão do cadastro de produtos – Classificação Fiscal 41 ▰ Classificação fiscal - pontos de identificações para melhorias: ▻ Documentação Técnica com informações detalhada dos produtos; ▻ Organização destes documentos e histórico; ▻ Estabelecer fluxo entre profissionais, deptos ou empresas envolvidas; ▻ Definir Comitê para os casos polêmicos e acompanhamento do despacho; ▻ Formular consulta oficial para os produtos relevantes; e ▻ Roteiro de inclusão, revisão, alterações, PDM, impactos administrativos, tributários e aduaneiros relativos ao CATÁLOGO DE PRODUTOS. n IPI - PIS - COFINS- ICMS Análise dos custos tributários 42 NCM 9503.00.10 NBM 9503.0010 Naladi/SH 9503.00.10 n Imposto de Importação (I.I.) n Acordos no âmbito ALADI TEC 9503.00.10 I.I. = 30 % TIPI 9503.00.10 IPI = 10 % - Pis/Pasep = 2,1 % - Cofins = 9,65 % - ICMS/SP = 18% Naladi/SH 9503.00.10 Preferências Percentuais: Mercosul (Arg., Par, Uru e Ven) = 100% Chile, Bolívia, Equador, Peru, Colômbia = 100% Egito = 40% e Israel = 100% n Patinete não elétrico “Ex-tarifário” = 0% 32 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação REGRAS GERAIS PARA INTERPRETAÇÃO DO SISTEMA HARMONIZADO A CLASSIFICAÇÃO DAS MERCADORIAS NA NOMENCLATURA REGE‑SE PELAS SEGUINTES REGRAS: REGRA 1 OS TÍTULOS DAS SEÇÕES, CAPÍTULOS E SUBCAPÍTULOS TÊM APENAS VALOR INDICATIVO. PARA OS EFEITOS LEGAIS, A CLASSIFICAÇÃO É DETERMINADA PELOS TEXTOS DAS POSIÇÕES E DAS NOTAS DE SEÇÃO E DE CAPÍTULO E, DESDE QUE NÃO SEJAM CONTRÁRIAS AOS TEXTOS DAS REFERIDAS POSIÇÕES E NOTAS, PELAS REGRAS SEGUINTES. NOTA EXPLICATIVA I) A Nomenclatura apresenta, sob uma forma sistemática, as mercadorias que são objeto de comércio interna‑ cional. Essas mercadorias são agrupadas em Seções, Capítulos e Subcapítulos que receberam títulos os mais concisos possíveis, indicando a categoria ou o tipo dos produtos que se encontram ali classificados. Em muitos casos, porém, foi materialmente impossível, em virtude da diversidade e da quantidade de mercadorias, englobá‑las ou enumerá‑las completamente nos títulos daqueles agrupamentos. II) A Regra 1 começa, portanto, por determinar que os títulos “têm apenas valor indicativo”. Desse fato não resulta nenhuma consequência jurídica quanto à classificação. III) A segunda parte da Regra prevê que se determina a classificação: a) de acordo com os textos das posições e das Notas de Seção ou de Capítulo, e b) quando for o caso, desde que não sejam contrárias aos textos das referidas posições e Notas, de acordo com as disposições das Regras 2, 3, 4 e 5. IV) A disposição III) a) é suficientemente clara, e numerosas mercadorias podem classificar‑se na Nomenclatura sem que seja necessário recorrer às outras Regras Gerais Interpretativas (por exemplo, os cavalos vivos (posição 01.01), as preparações e artigos farmacêuticos especificados pela Nota 4 do Capítulo 30 (posição 30.06)). V) Na disposição III) b) a frase “desde que não sejam contrárias aos textos das referidas posições e Notas”, destina‑se a precisar, sem deixar dúvidas, que os dizeres das posições e das Notas de Seção ou de Capítulo prevalecem, para a determinação da classificação, sobre qualquer outra consideração. Por exemplo, no Capítulo 31, as Notas esta‑ belecem que certas posições só englobam determinadas mercadorias. Consequentemente, o alcance dessas posições não pode ser ampliado para englobar mercadorias que, de outra forma, aí se incluiriam por aplicação da Regra 2 b). REGRA 2 a) QUALQUER REFERÊNCIA A UM ARTIGO EM DETERMINADA POSIÇÃO ABRANGE ESSE ARTIGO MESMO INCOMPLETO OU INACABADO, DESDE QUE APRESENTE, NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRA, AS CARACTE‑ RÍSTICAS ESSENCIAIS DO ARTIGO COMPLETO OU ACABADO. ABRANGE IGUALMENTE O ARTIGO COMPLE‑ TO OU ACABADO, OU COMO TAL CONSIDERADO NOS TERMOS DAS DISPOSIÇÕES PRECEDENTES, MESMO QUE SE APRESENTE DESMONTADO OU POR MONTAR. b) QUALQUER REFERÊNCIA A UMA MATÉRIA EM DETERMINADA POSIÇÃO DIZ RESPEITO A ESSA MATÉ‑ RIA, QUER EM ESTADO PURO, QUER MISTURADA OU ASSOCIADA A OUTRAS MATÉRIAS. DA MESMO FORMA, QUALQUER REFERÊNCIA A OBRAS DE UMA MATÉRIA DETERMI– NADA ABRANGE AS OBRAS CONSTITUÍDAS INTEIRA OU PARCIALMENTE DESSA MATÉRIA. A CLASSIFICAÇÃO DESTES PRODUTOS MISTURADOS OU ARTIGOS COMPOSTOS EFETUA‑SE CON– FORME OS PRINCÍPIOS ENUNCIADOS NA REGRA 3. NOTA EXPLICATIVA REGRA 2 a) (Artigos incompletos ou inacabados) I) A primeira parte da Regra 2 a) amplia o alcance das posições que mencionam um artigo determinado, de ma‑ neira a englobar não apenas o artigo completo mas também o artigo incompleto ou inacabado, desde que apresente, no estado em que se encontra, as características essenciais do artigo completo ou acabado. II) As disposições desta Regra aplicam‑se aos esboços de artigos, exceto no caso em que estes são expressamente especificados em determinada posição. Consideram‑se “esboços” os artigos não utilizáveis no estado em que se apre‑ 33 Da ni el P ol yd or o Ro sa Análise e Elaboração de Custos na Importação sentam e que tenham aproximadamente a forma ou o perfil da peça ou do objeto acabado, não podendo ser utilizados, salvo em casos excepcionais, para outros fins que não sejam os de fabricação dessa peça ou desse objeto (por exemplo, os esboços de garrafas de plástico, que são produtos intermediários de forma tubular, fechados em uma extremidade e com a outra aberta e munida de uma rosca sobre a qual irá adaptar‑se uma tampa roscada, devendo a parte abaixo da rosca ser transformada, posteriormente, para se obter a dimensão e forma desejadas). Os produtos semimanufaturados que ainda não apresentam a forma essencial dos artigos acabados (como é, geralmente, o caso das barras, discos, tubos, etc.) não são considerados esboços. III) Tendo em vista o alcance das posições das Seções I a VI, a presente parte da Regra não se aplica, normal‑ mente, aos produtos dessas Seções. IV) Vários casos de aplicação desta Regra são indicados nas Considerações Gerais de Seções ou de Capítulos (Seção XVI, Capítulos 61, 62, 86, 87 e 90, por exemplo). REGRA 2 a) (Artigos apresentados desmontados ou por montar) V) A segunda parte da Regra 2 a) classifica na mesma posição do artigo montado o artigo completo ou acabado que se apresente desmontado ou por montar; apresentam‑se desta forma principalmente por necessidade ou por con‑ veniência de embalagem, manipulação ou de transporte. VI) Esta Regra de classificação aplica‑se, também, ao artigo incompleto ou inacabado apresentado desmontado ou por montar, desde que seja considerado como completo ou acabado em virtude das disposições da primeira parte desta Regra. VII) Deve considerar‑se como artigo apresentado no estado desmontado ou por montar, para a aplicação da presente Regra, o artigo cujos diferentes elementos destinam‑se a ser montados, quer por meios de parafusos, cavilhas, porcas, etc., quer por rebitagem ou soldagem, por exemplo, desde que se trate de simples operações de montagem. Para este efeito, não se deve ter em conta a complexidade do método da montagem. Todavia, os diferentes elementos não podem receber qualquer trabalho adicional para complementar a sua condição de produto acabado. Os elementos por montar de um artigo, em número superior ao necessário para montagem de um artigo com‑ pleto, seguem seu regime próprio. VIII) Casos de aplicação desta Regra são indicados nas Considerações Gerais de Seções ou de Capítulos (Se‑ ção XVI, Capítulos 44, 86, 87 e 89, por exemplo). IX) Tendo em vista o alcance das posições das Seções I a VI, a presente parte desta Regra não se aplica, normal‑ mente, aos produtos dessas Seções. REGRA 2 b) (Produtos misturados e artigos compostos) X) A Regra 2 b) diz respeito às matérias misturadas ou associadas a outras matérias, e às obras constituídas por duas ou mais matérias. As posições às quais ela se refere são as que mencionam uma matéria determinada, por exem‑ plo, a posição 05.03, crina, e as que se referem às obras de uma matéria determinada, por exemplo, a posição 45.03, artefatos de cortiça. Deve notar‑se que esta Regra só se aplica quando não contrariar os dizeres das posições e das Notas de Seção ou de Capítulo (por exemplo, posição 15.03 – … óleo de banha de porco… sem mistura). Os produtos misturados que constituam preparações mencionadas como tais, numa Nota de Seção ou de Capí‑ tulo ou nos dizeres de uma posição, devem classificar‑se por aplicação da Regra 1. XI) O efeito desta Regra é ampliar o alcance das posições que mencionam uma matéria determinada, de modo a permitir a
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