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FARMÁCIA HOSPITALAR Curso: Farmácia 8º Semestre 2022 Disciplina: Farmácia Hospitalar Professora: Profa. Dr. Amanda Saraiva Nome: Joice Marcela da Silva Rosa RA: 31010004578 Itapira 2022 FARMÁCIA HOSPITALAR Itapira 2022 Sumário 1. Introdução ...................................................................................... 4 2. Estrutura organizacional Hospital ................................................... 4 2.1 Classificação dos Hospitais ............................................................................ 5 3. Recursos Humanos ........................................................................ 6 3.1 Comissões Multidisciplinares ......................................................................... 6 3.2 Informações sobre Medicamentos ................................................................. 8 4. Planejamento e acompanhamento de compras ............................. 9 4.1 Fornecedores ................................................................................................. 9 4.2 Programação de compras .............................................................................. 9 5. Características da área de Estocagem ......................................... 10 5.1 Boas práticas para estocagem de medicamentos ........................................ 10 5.2 Estoque de medicamentos termolábeis ....................................................... 10 5.3 Estoque de medicamentos imunobiológicos ................................................ 10 6. Conclusão e Resultado ................................................................ 12 7. Referencias .................................................................................. 13 1. Introdução A farmácia hospitalar se caracteriza como uma célula interna nos hospitais, cujo objetivo é garantir que medicamentos sejam usados de forma segura e consciente, atendendo às demandas de pacientes racionalmente (Equipe TOTVS, 2020). O setor de farmácia hospitalar é responsável por tarefas como produção, armazenamento, controle e distribuição de medicamentos pelas alas de um hospital, orientando o uso de remédios conforme sua eficiência e custo-benefício, de acordo com cada caso dos pacientes (Equipe TOTVS, 2020). O farmacêutico hospitalar tem a função de pesquisar e prescrever corretamente os medicamentos para os pacientes, sendo indispensável que a instituição crie sua própria dinâmica do processo, para que não ocorram erros. A maneira de fornecer medicamentos pode ser coletiva, individualizada ou unitária. No primeiro formato, a farmácia hospitalar direciona os medicamentos de acordo com os pedidos de toda a unidade, e, apesar de ser uma prática mais simples e demandar menos profissionais, é necessário redobrar a atenção, para que não haja descontrole. Segundo descrito no site farmaciahospitalar.com, 2020, na forma individualizada de distribuição de medicamentos, a farmácia já recebe as solicitações de medicamentos através de uma transcrição de prescrição médica feita pela enfermagem, ou mesmo através de um pedido médico, só que sem esquema posológico rígido. Por fim, no fornecimento de dose unitária, o controle de estoque farmacêutico é bastante rígido. Os remédios também são dispensados pela prescrição médica, no entanto, contêm identificação total do paciente, juntamente com suas necessidades especiais e cuidados personalizados, como a hora correta de cada dose e possíveis alergias (Equipe TOTVS, 2020). 2. Estrutura organizacional Hospital As organizações hospitalares são consideradas organizações complexas tanto com vistas a sua estrutura, quanto às relações sociais de trabalho (Gonçalves, 1998), independentemente de ser um hospital público, privado ou sem fins lucrativos, tem forte influência sobre seus membros e sociedade onde está inserido. Segundo Cherubin (1997), quanto à finalidade ou tipo de assistência, as instituições podem ser de ordem: • Geral: assiste pacientes de várias especialidades, tanto clínicas quanto cirúrgicas, podendo ser limitados a grupos etários (como os infantis ou geriátricos) ou grupos da comunidade (militar), ou ainda apresentar uma finalidade específica (hospital de ensino); • Especializada: assiste predominantemente pacientes com alguma patologia (doença) específica, entre eles estão os psiquiátricos, câncer, HIV, transplante de órgãos entre outras especialidades. Continuando, Cherubin (1997) fala da classificação com relação a entidade mantenedora jurídica: • Público: administrado por entidade governamental municipal, estadual ou federal; ou • Particular: pertencente à pessoa jurídica de direito privado. Quanto ao porte, a instituição pode ser denominada da seguinte forma: Pequeno: tem capacidade menor ou igual a 50 leitos; Médio: possui de 51 a 150 leitos; Grande: oferece de 151 até 500 leitos; e Porte especial ou extra: dispõe de quantidade superior a 500 leitos. Quanto à disposição física, Cherubin (1997), classifica o hospital em 3 estruturas básicas: • Monobloco: oferece serviços concentrados em uma única edificação; Multibloco: serviços distribuídos em edificações de médio ou grande porte, interligados ou não; • Pavilhonar: dividem os serviços em prédios isolados de pequeno porte, interligados ou não; • Horizontal: estrutura predominantemente disposta na horizontal; ou Vertical: apresenta estrutura principalmente na dimensão vertical. 2.1 Classificação dos Hospitais No tocante a tempo de internação, existem três tipos de definições, abaixo está descrito cada uma delas. (Portal da Educação, 2022): • Hospital de internação integral: Também conhecido como hospital de base, este é o modelo tradicional de internação mais conhecido; o indivíduo dá a entrada no hospital, onde fica internado, ou seja, realiza todos seus procedimentos e recuperação sem sair do interior da instituição até ser liberado (receber a alta) pelo médico responsável, após essa liberação o paciente está autorizada a realizar sua saída; • Hospital de internação parcial: Denominado de hospital-dia (HD), está sendo amplamente utilizado devido a sua facilidade de acesso e de saída; muitos, inclusive, oferecem a mesma qualidade e diversidade de operações como um hospital com internações ditas convencionais, somente difere pela sua assistência essencialmente diurna. • Hospital de longa permanência: Entidade na qual a média de permanência excede 60 dias; particularmente se refere a hospitais psiquiátricos e de características semelhantes. Devido à diversidade de sua atuação têm sido classificados como muitos tipos. Schene, Lieshout & Mastboom (1988) os classificam de acordo com quatro finalidades distintas: (1) alternativa ao tratamento psiquiátrico; (2) continuação da internação realizada da maneira integral; (3) manutenção do procedimento ambulatorial; e (4) reabilitação e apoio a pacientes com patologias crônicas. 3. Recursos Humanos Conforme publicação do periódico Farmácia Hospitalar (2011, exemplar 15), a constante inovação tecnológica na área da saúde, a introdução de novos produtos farmacêuticos, bem como a influência da propaganda sobre a prescrição médica, torna a seleção de novas tecnologias um processo imprescindível nas instituições hospitalares. Assim, é indispensável ao gestor da saúde utilizar ferramentas que possam orientá-lo para a tomada de decisão dos medicamentos que farão parte do elenco 3.1 Comissões Multidisciplinares padronizado em sua instituição. Desta forma, a criação de uma Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) é uma excelente estratégia, adotada em diversospaíses desenvolvidos, estabelecendo-se como importante instrumento, para que o gestor possa tomar melhores decisões baseado em diretrizes estabelecidas. Segundo publicação do periódico Farmácia Hospitalar (2011, exemplar 15), compete à Comissão de Farmácia e Terapêutica as ações de assessoramento farmacoterapêutico, investigação científica e educação permanente. a) Assessoramento farmacoterapêutico • Seleção e padronização dos medicamentos; • Elaboração e atualização do Guia Farmacoterapêutico; • Definição de diretrizes para o uso racional dos medicamentos; • Elaboração de normas para prescrição, dispensação e uso de medicamentos; • Avaliação para incorporação de novas tecnologias; • Promoção e elaboração de Protocolos Clínicos de tratamento. b) Investigação científica • Promoção de estudos de utilização de medicamentos e de farmacoeconomia para analisar o perfil farmacoepidemiológico e de impacto econômico dos medicamentos nas instituições da saúde; • Atividades voltadas ao gerenciamento de riscos e farmacovigilância (queixas técnicas, reações adversas ao medicamento e erros de medicação). c) Ações educativas • Desenvolvimento e apoio às ações de promoção do uso racional de medicamentos; • Colaboração e participação em atividades de educação permanente da equipe da saúde; • Elaboração e divulgação de instrumentos educativos, utilizando os meios de comunicação; • Incentivo e realização de campanhas para práticas seguras do uso do medicamento. Os medicamentos são uma das ferramentas terapêuticas mais utilizadas na prática em saúde, e são considerados bens de consumo essenciais para o desenvolvimento de países. Como consequência a falta de acesso a esses insumos configura uma causa frequente de retorno de pacientes aos serviços de saúde. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), os Centros de Informação sobre Medicamentos (CIMs) são unidades operacionais que fornecem informação técnica e científica sobre medicamentos de forma objetiva e oportuna (ORGANIZACION PANAMERICANA DE LA SALUD, 1995). D’Alessio, Busto e Girón Aguilar (1997) relataram que, em um serviço de Farmácia Hospitalar, o CIM/SIM tem como objetivos: • atender a consultas específicas das diversas especialidades clínicas do hospital; • participar de forma efetiva no Comitê de Farmácia e Terapêutica (CFT), mediante apoio científico e técnico na elaboração e na manutenção do formulário terapêutico; • apoiar estudos de utilização de medicamentos (incluindo o monitoramento de farmacoterapia e reações adversas); • dirigir e participar de investigações clínicas, de programas educativos para médicos, estudantes e público em geral; • colaborar com a função de docência; • promover a capacitação continuada dos profissionais de saúde; • colaborar com o avanço científico e o desenvolvimento da profissão farmacêutica. Então podemos afirmar que os CIM/ SIMs não constituem apenas uma fonte de consulta de dados ou local onde são encontrados documentos específicos. Mas sim um serviço que oferece soluções para problemas específicos e reais de um paciente. 3.2 Informações sobre Medicamentos 4. Planejamento e acompanhamento de compras Para PEREIRA 2016, a aquisição consiste em um conjunto de procedimentos pelos quais se efetiva a compra dos medicamentos estabelecidos na programação, com o objetivo de disponibilizá-los em quantidade, qualidade e menor custo, visando manter a regularidade e o funcionamento do sistema. Em algumas circunstâncias, a aquisição é realizada por mecanismos de doação, empréstimo ou permuta. Ter um cadastro de fornecedores qualificados tanto no setor público quanto na iniciativa privada constitui uma importante ferramenta para garantia de melhores aquisições. A elaboração do cadastro é um conjunto do antes, durante e depois (Pereira, 2016). A avaliação do fornecedor se dá após uma criteriosa pesquisa de campo, durante ato do recebimento do medicamento, na sua utilização e pós vendas. Critério de avaliação durante o recebimento do medicamento: • Condição ou estado de entrega / material danificado; • Divergência na Nota Fiscal; • Entrega sem laudo técnico; • Embalagem sem identificação; • Embalagem com material diferente da identificação; • Material em desacordo com o edital (no caso do setor público); • Destino de entrega incorreto; • Quantidade de material diferente da identificada na embalagem ou na Nota Fiscal; • Atraso (Cobrança Imediata / Notificação de Penalização); Segundo PEREIRA 2016, programar medicamentos consiste em estimar quantidades a serem adquiridas para atendimento a determinada demanda dos 4.1 Fornecedores 4.2 Programação de compras serviços, por período definido. A programação inadequada reflete diretamente sobre o abastecimento e o acesso ao medicamento. 5. Características da área de Estocagem Conforme Valery (1989, p6) “Estocar e administrar um almoxarifado de medicamentos não é como estocar alimento. Apesar da importância das duas atividades para a saúde humana, o alimento estragado, na maioria das vezes, é facilmente identificável. No caso dos medicamentos a realidade é outra: se eles têm o seu estado normal alterado, tornam-se inativos ou nocivos à saúde e, o que é pior, são de difícil reconhecimento”. Para Almeida (2021), uma das principais instruções do Ministério da Saúde para a garantia da qualidade dos medicamentos ocorre no início do processo: nenhum medicamento pode ser estocado antes de ser oficialmente recebido. Esse recebimento deve ser detalhado. O profissional deve examinar as embalagens e verificar informações como o prazo de validade, fazer a comparação com os documentos de solicitação e, só depois de garantir que está tudo certo, assinar o comprovante de recebimento. Continuando Almeida (2021) enfatiza que no caso dos medicamentos termolábeis, além de todos os quesitos acima, também é preciso se preocupar com as variações de temperatura. É preciso checar as recomendações de cada tipo de medicamento, mas, em geral, também é preciso manter uma temperatura constante de aproximadamente 20ºC. Para que isso seja garantido, é preciso fazer medições de temperatura constantemente. 5.1 Boas práticas para estocagem de medicamentos 5.2 Estoque de medicamentos termolábeis 5.3 Estoque de medicamentos imunobiológicos Esses produtos pedem um cuidado ainda maior. Por isso, a liberação para entrega desse tipo de medicamento costuma ser prioritário. Além disso, a exposição a qualquer tipo de luz não é recomendada. É importante lembrar que alguns oncológicos e anestésicos também precisam de atenção especial, já que pequenas alterações durante a armazenagem podem modificar seus efeitos nos pacientes (ALMEIDA, 2021). 6. Conclusão e Resultado Concluo esse trabalho com bastante aprendizado com relação a Farmácia Hospitalar, uma vez que quando se extende a pesquisa, encontra-se um vasto campo a ser explorado. Levando nós alunos a realmente acreditar que o exercício da profissão como farmaceutico hospitalar dentro dos hospitais torna-se mais uma grande oportunidade após a conclusão do curso. 7. Referencias GONÇALVES, J. E. L. Estrutura organizacional do hospital moderno. RAE-Revista de Administração de Empresas, [S. l.], v. 38, n. 1, p. 80–90, 1998. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rae/article/view/37820. Acesso em: 17 de setembro de 2022. CHERUBIN, N. A.; SANTOS, N. A. Administração hospitalar: Fundamentos. São Paulo: Cedas, 1997. SCHENE AH, Lieshout PAHV, MASTBOOM JCM. Different types of partial hospitalization programs: results of a nationwide survey in the Netherlands. Acta Psychiatr Scand 1988. CIPRIANO, SONIA LUCENA. MOREIRA, RICARDO PARANHOSPIRES. CUNHA, GEORGE WHASHINGTON BEZERRA DA. SFORSIN, ANDRÉA CÁSSIA PEREIRA. PINTO, VANUSA BARBOSA. Comissão de Farmácia e Terapêutica. Conselho Federal de Farmácia, 2011. https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/134/encarte_farmAcia_hospitalar_pb 81.pdf. Acesso em 18 de setembro de 2022. 6. NOVA MANOSALVA, Mónica Alexandra; LOPEZ GUTIERREZ, José Julián; CANAS, Martin. Drug information centers: An overview to the concept. Rev. colomb. cienc. quim. farm., Bogotá, v. 45, n. 2, p. 243-255, May 2016 . Available from http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034741820160002000 05&lng=en&nrm=iso. Acesso em 18 de setembro de 2022. TOTVS, Equipe. Farmácia Hospitalar: O que é e como funciona?. TOTVS, 2020. Disponível em https://www.totvs.com/blog/instituicoes-de-saude/farmacia-hospitalar/. Acesso em: 18 de setembro de 2022. https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/134/encarte_farmAcia_hospitalar_pb81.pdf https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/134/encarte_farmAcia_hospitalar_pb81.pdf http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003474182016000200005&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003474182016000200005&lng=en&nrm=iso https://www.totvs.com/blog/instituicoes-de-saude/farmacia-hospitalar/ Dispensação. Farmácia Hospitalar, 2020. Disponível em: http://www.farmaciahospitalar.com/?p=874. Acesso em: 18, setembro de 2022. VALERY, Pedro Paulo Trigo. Boas práticas para estocagem de medicamentos. Brasília: Central de Medicamentos, 1989. ALMEIDA, LUCAS. Boas práticas no controle de estoque de medicamentos. Nexto, 2021. Disponível em https://nexxto.com/boas-praticas-estoque-medicamentos/. Acesso em: 18 de setembro de 2022. PEREIRA, Rebeca Mancini. Uso Racional de Medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da Assistência Farmacêutica. Organização Pan-Americana da Saúde, 2016. Disponível em: https://www.paho.org/bra/dmdocuments/Fasciculo%2010.pdf. Acesso em 20 de setembro de 2022. http://www.farmaciahospitalar.com/?p=874 https://nexxto.com/boas-praticas-estoque-medicamentos/ https://www.paho.org/bra/dmdocuments/Fasciculo%2010.pdf
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