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INTRADERMOTERAPIA_-PREENCHIMENTO-FACIAL_-TOXINA-BOTULINICA_-CARBOXITERAPIA_-MICROAGULHAMENTO-E-CRIOLIPOLISE

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1 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 5 
2 INTRADERMOTERAPIA ..................................................................... 6 
2.1 Indicação ....................................................................................... 8 
2.2 Contraindicações .......................................................................... 9 
2.3 Profissional indicado para executar a intradermoterapia ............ 10 
2.4 Como é feita a aplicação intradérmica ........................................ 11 
2.5 Antes e depois da aplicação ....................................................... 11 
2.6 Tratamento .................................................................................. 13 
2.7 Benefícios do tratamento ............................................................ 15 
2.8 Cuidados que devem ser tomados antes, durante e depois das 
aplicações...... .................................................................................................... 16 
3 PREENCHIMENTO FACIAL .............................................................. 16 
3.1 Como funciona ............................................................................ 18 
4 TOPOGRAFIA FACIAL DAS ÁREAS DE INJEÇÃO DE 
PREENCHEDORES E SEUS RISCOS ................................................................. 19 
4.1 Divisão da face ............................................................................ 20 
4.2 Estruturas Anatômicas da Face .................................................. 30 
4.3 Procedimentos Injetáveis de Harmonização Facial ..................... 34 
4.4 Riscos Inerentes aos Procedimentos Injetáveis de Harmonização 
Facial.............. ................................................................................................... 36 
5 TOXINA BOTULÍNICA ....................................................................... 38 
5.1 Indicações ................................................................................... 40 
5.2 Como age a toxina botulínica ...................................................... 43 
 
3 
 
5.3 Tratamento .................................................................................. 43 
5.4 Modo de Aplicação ...................................................................... 44 
5.5 Efeito colateral ............................................................................ 45 
5.6 Cuidados e contraindicações ...................................................... 46 
6 CARBOXITERAPIA ........................................................................... 47 
6.1 Como é feita a carboxiterapia ..................................................... 48 
6.2 Indicações ................................................................................... 48 
6.3 Benefícios ................................................................................... 50 
6.4 Profissionais que podem aplicar a carboxiterapia ....................... 51 
6.5 Cuidados e contraindicações ...................................................... 51 
7 MICROAGULHAMENTO ................................................................... 51 
7.1 Como funciona ............................................................................ 52 
7.2 Tratamento .................................................................................. 53 
7.3 Finalização .................................................................................. 55 
7.4 Sobre as agulhas ........................................................................ 55 
7.5 Indicação ..................................................................................... 56 
7.6 Contraindicações ........................................................................ 57 
8 RADIOFREQUÊNCIA ........................................................................ 59 
9 INTRADERMOTERAPIA CAPILAR ................................................... 60 
9.1 A intradermoterapia capilar ......................................................... 61 
10 CRIOLIPÓLISE .............................................................................. 62 
10.1 Pré-tratamento ............................................................................ 63 
10.2 Tratamento ................................................................................. 63 
10.3 O Pós-tratamento ........................................................................ 67 
 
4 
 
10.4 Indicação .................................................................................... 67 
10.5 Cuidados e contraindicações ...................................................... 68 
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................... 70 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão 
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as 
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão 
respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2 INTRADERMOTERAPIA 
 
Fonte: dracleuniceaure.com.br 
A intradermoterapia é um procedimento originado na França em 1952 pela 
primeira vez realizado pelo Dr. Michel Pistor, médico ruralista do povoado De Bray 
Lu a 60 quilômetros da Capital Francesa (COSTA, 2019). 
Dr. Pistor, tratando um paciente com procaína, por via endovenosa, um 
anestésico local, disponível na época para o tratamento de asma brônquica 
pulmonar, ouviu do cliente o seguinte relato: 
– “Eu não melhorei da asma Doutor, porém, escutei o relógio de carrilhão 
bater à noite inteira, o que não acontecia há muito”. Pistor então teve a ideia de 
injetar a procaína próxima do pavilhão auricular em pequenas quantidades e na 
derme, aproximadamente a 4mm de profundidade (COSTA, 2019). 
Desta ideia inicial de Pistor passou-se a tratar várias patologias perto do 
pavilhão auricular como eczemas, inflamações em geral e distúrbio de articulação 
têmporo-mandibular (COSTA, 2019). 
 
7 
 
É claro que o tratamento não foi instituído para surdez, mas foi o ponto de 
partida para desenvolver a ideia na França e posteriormente em todo o mundo 
(COSTA, 2019). 
A intradermoterapia ou mesoterapia consiste na administração de 
substâncias ou enzimas abaixo da pele, em diferentes níveis, dependendo do local 
e da alteração a ser alcançada. O tratamento da lipodistrofia engloba gordura 
localizada e celulite, pois as substâncias melhorarão a perfusão local, promovendo 
quebra de gordura e proporcionando redução de medidas e melhora no quadro 
celulítico (GONÇALVES, 2020). 
É uma técnica que consiste na aplicação de medicamentos sobre a pele 
ou no subcutâneo. O processo tem origem francesa e possui o intuito de 
promover uma alta concentração do fármaco diretamente no local 
acometido, de forma a reduzir os efeitos colaterais. Com isto há uma 
absorção efetiva na região afetada, evitando a distribuição que ocorreria 
quando da administração oral (SILVA, 2020). 
Para o tratamento muitos medicamentos podem ser utilizados, dependendodo organismo da pessoa e do resultado esperado. A intradermoterapia vem sendo 
bastante usada no combate à gordura localizada e à celulite. Para tanto, um fármaco 
é aplicado na área específica (SILVA, 2020). 
A intradermoterapia é realizada com o uso de agulhas bem curtas, as quais 
irão depositar o medicamento em questão. São necessárias ao menos 10 sessões 
para que os resultados fiquem aparentes. Cada sessão dura em média 15 minutos. 
Pode-se fazer de 1 a 3 sessões por semana, com avaliações de 07 em 07 sessões 
(SILVA, 2020). 
É preciso ter cuidado na hora de escolher o local e o profissional que irá 
realizar o procedimento. Algumas complicações estão envolvidas e é necessário o 
conhecimento do corpo humano e de farmacologia para que se evitem maiores 
transtornos (SILVA, 2020). 
 
8 
 
2.1 Indicação 
 
Fonte: anacarolinasumam.com.br 
A técnica é indicada para tratamentos de celulite, gordura localizada, estrias, 
flacidez e desvitalização da pele da face, em homens e mulheres. Este é o 
tratamento mais recomendado pela Sociedade Brasileira de Biomedicina Estética 
(SBBME) para a perda de gorduras localizadas (SOUZA, 2019). 
A técnica é indicada para homens e mulheres que desejam reduzir medidas, 
eliminar gorduras localizadas, diminuir a flacidez e reduzir as celulites. A 
intradermoterapia já vem sendo aplicada há um tempo e consiste na aplicação de 
fármacos em específicos sobre áreas bem delimitadas, de forma a promover uma 
melhor absorção e resultados mais rápidos (SOUZA, 2019). 
Os medicamentos são introduzidos no tecido subcutâneo e agem nas células 
de gordura. Locais como o queixo, o abdômen, os culotes e os flancos são os mais 
submetidos à prática. Gestantes, pessoas com problemas no coração ou sensíveis 
aos fármacos utilizados não devem praticar a intradermoterapia (SOUZA, 2019). 
 
9 
 
Apesar de seguro, este método ainda deixa os indivíduos vulneráveis a certas 
complicações. Para evitar transtornos é bom conversar com quem já fez em busca 
de indicações. É preciso um profissional capacitado e um lugar bem equipado para 
que o procedimento corra de acordo com o esperado (SOUZA, 2019). 
Quando um fármaco entra em nosso organismo pela via oral, ele passa por 
todo o sistema digestório, é filtrado pelo fígado, liga-se a algumas proteínas e a 
porção restante circula pelo sistema vascular atingindo todos os órgãos. Assim, 
após todas essas etapas, apenas uma pequena parte do fármaco vai para o alvo. 
Portanto, da dose inicial, apenas uma fração chega até o local que está a disfunção 
estética (SOUZA, 2019). 
A dose de um medicamento usado através das vias habituais é calculada 
baseada nessa parcela que age no ponto e o restante causa efeitos colaterais. O 
princípio básico da intradermoterapia é a aplicação mínima de medicamentos, 
próxima ao local onde vão agir (SOUZA, 2019). 
Quando o fármaco é aplicado no local, estará presente no ponto alvo em altas 
doses e quando é absorvida e distribuída estará diluída e com seu efeito muito 
diminuído para afetar os outros órgãos. Portanto, uma quantidade mínima de 
medicação aplicada através da intradermoterapia atinge apenas o local alvo e 
proporciona forte ação seletiva (SOUZA, 2019). 
2.2 Contraindicações 
O tratamento é contraindicado em casos de doenças de pele no local em que 
o produto será aplicado, para gestantes, lactantes, cardíacos, pacientes com 
doenças crônicas e também nos casos de alergia às substâncias que são utilizadas 
no processo. Por isso a consulta com o Biomédico Esteta é de grande valor na 
seleção do paciente e indicação do tratamento estético (COSTA, 2021). 
 
10 
 
2.3 Profissional indicado para executar a intradermoterapia 
O profissional indicado para realizar o procedimento é o biomédico esteta, 
que é capacitado e habilitado pelo seu conselho de classe. Considerando do ponto 
de vista técnico-legal, a intradermoterapia é uma técnica perfurocortante, 
escarificante e injetável com o uso de agulhas. De acordo com Resolução CFBM nº 
241, de 29 de Maio de 2014, a aplicação de intradermoterapia é ato biomédico e o 
tratamento deve ser prescrito por biomédico esteta devidamente especializado e 
habilitado pelo Conselho (COSTA, 2021). 
Também em acordo com a Lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013, este 
procedimento estético não é uma atividade privativa do médico e nem considerada 
como invasiva (COSTA, 2021). 
 
 
Fonte: sanebody.com.br 
 
 
 
11 
 
2.4 Como é feita a aplicação intradérmica 
A aplicação é feita usando-se agulhas bem fininhas e curtas, que introduzem 
pequenas quantidades do medicamento no tecido subcutâneo e dérmico, 
dependendo da finalidade do tratamento, para que eles atuem nas células de 
gordura quando utilizados para a redução de gorduras e celulite, e nas células 
dérmicas quando a finalidade é o tratamento a flacidez e estrias. As micro injeções 
perfuram a pele em uma profundidade de 0,5 milímetros a 4 milímetros levando a 
solução chamada de mescla, que consiste em um conjunto de aminoácidos, 
vitaminas, anestésicos, medicações lipolíticas, substâncias eutróficas, substratos 
nutrientes e extrato de enzimas e plantas. Todos que possuem autorização de uso 
pela ANVISA. Com finalidades diversas no tratamento estético (COSTA, 2021). 
Os medicamentos introduzidos aumentam a permeabilidade celular e 
promovem a vasodilatação, que favorece a chegada do material. 
O procedimento gera desconforto mínimo. Mas, para aqueles sensíveis a 
agulhas, anestesia local tópica é obtida através do uso de creme anestésico 
(COSTA, 2021). 
2.5 Antes e depois da aplicação 
Para que os resultados fiquem evidentes é preciso ao menos de 10 sessões 
de intradermoterapia. Estas costumam ser agendadas já no primeiro dia, sendo que 
se pode fazer de 1 a 3 sessões por semana (COSTA, 2021). 
Durante o procedimento pode haver uma leve sensação de dor, por isto, caso 
seja possível, a pessoa deve ir ao local acompanhada de alguém. Os medicamentos 
são introduzidos com picadas sobre a pele e, dependendo do fármaco e da agulha 
utilizada, pode doer mais ou menos. Fenômenos locais são capazes dar origem a 
alergias. Para evitar esta complicação é indicado que se faça uma investigação de 
antecedentes alérgicos antes do início do tratamento (COSTA, 2021). 
 
12 
 
De uma forma geral, a intradermoterapia não expõe a pessoa a muitos riscos, 
no entanto, complicações sempre devem ser consideradas quando se trabalha com 
o corpo humano. Buscar por um profissional qualificado e por lugares com boas 
indicações são medidas que podem evitar danos futuros (COSTA, 2021). 
 
Antes da aplicação: 
 
• Deixe a pele bem limpa e livre de cremes. 
• Não faça sauna antes da sessão. O vapor é um vasodilatador e as 
chances de ocorrer sangramentos e manchas roxas na hora da injeção aumentam. 
• O uso de anticoagulantes como ácido acetilsalicílico (Aspirina) nos 
dias anteriores ao tratamento deixa o sangue mais fluido e, consequentemente, há 
mais possibilidades de ficar com manchas roxas (COSTA, 2021). 
 
Depois das sessões (até 72 horas) 
 
• Use roupas leves, como calças de ginástica; 
• Evite calça jeans; 
• Use roupas limpas; 
• Evite situações que possa contaminar o local das picadas; 
• Não use qualquer tipo de creme, pois podem desencadear uma reação 
inflamatória; 
• Tome banho com sabonete neutro e enxágue bem; 
• Evite depilar-se; 
• Não realize técnicas como massagens ou outras técnicas na área 
tratada após a aplicação; 
• No caso de aparecimento de hematomas, evite o sol (COSTA, 2021). 
 
 
 
 
13 
 
2.6 Tratamento 
 
 
Fonte: magrasssorocaba.blogspot.com.br 
A intradermoterapia propõe a introdução de medicamentos na derme, 
camada profunda da pele, através de agulha apropriada de quatro ou seis 
milímetros de comprimento. Os medicamentos devem ser administrados em 
pequenas quantidades em cada ponto de aplicação, no máximo 0,2 mililitros, e 
espalhados em todoleito a ser tratado com vários pontos neste mesmo leito 
(COSTA, 2021). Ao aplicar um medicamento perto do local afetado pela patologia o 
leito sanguíneo não deve ser atingido, portanto não se espalhe por todo organismo, 
a ação deste tratamento será muito mais efetiva que pelas vias tradicionais. Quando 
se da um medicamento pela via oral, este medicamento passa pelo tubo intestinal, 
atingindo a circulação venosa, passando pelo coração para daí atingir o tecido a ser 
tratado. 
Imagine que isto faz com que uma grande quantidade de medicação seja 
administrada para uma pequena quantidade atingir o tecido a ser tratado (COSTA, 
2021). 
 
14 
 
Na intradermoterapia é necessária uma quantidade muito menor de 
medicamento, para tratamento de tendinites usamos até vinte vezes menos de anti- 
inflamatório por semana, evitando os efeitos colaterais esperados destes 
medicamentos como gastrites, entre outros (COSTA, 2021). 
Os resultados começam a aparecer após pelo menos 5 sessões, e isto é 
totalmente dependente das substâncias usadas, que deve ser devidamente 
selecionada para cada caso e para cada paciente, pelo profissional, que deve ser 
muito bem capacitado e treinado em seus conhecimentos, e duram em média 15 
minutos cada uma (COSTA, 2021) 
As sessões devem ser realizadas uma vez por semana para tratamentos de 
celulite, estrias e gordura localizada e até duas vezes por semana para revitalização 
facial e flacidez de pele, e avaliações a cada 5 sessões (COSTA, 2021). 
A intradermoterapia é uma terapêutica considerada segura mesmo em caso 
de gestantes, diabéticos, crianças, idosos e mesmo concomitantemente a outros 
medicamentos, porém, não é usual, pois podem ocorrer alguns efeitos secundários 
tais como alergia a um dos componentes da solução injetada, eritema no local da 
injeção, dor no local da puntura, infecção no local quando não se respeita a assepsia 
prévia ou por má técnica, cicatrizes, necrose cutânea (COSTA, 2021). 
O princípio do tratamento baseia-se em conceitos muito conhecidos pela 
medicina clássica, que são três: 
 
1. Estimulação neuro-sensorial da puntura; 
2. Estimulação imunológica local da pequena irritação local provocada; 
3. Efeito farmacológico do medicamento. 
 
Pode ser utilizado contra os seguintes itens: 
 
• Celulite 
• Gordura Localizada 
• Queda de Cabelo 
 
15 
 
• Estrias (COSTA, 2021) 
2.7 Benefícios do tratamento 
 
 
Fonte: tratamentocapilar.net.br 
Alguns de seus benefícios são: 
 
• A existência de poucos efeitos colaterais, devido a ação do 
medicamento ser localizada, e não haver uma ação sistêmica. 
• É uma ótima opção para o verão, pois é um tratamento que apresenta 
efeito mais rápido, devido à aplicação direta do medicamento no local a ser tratado; 
• Promove a perda de 3 a 10 centímetros de gordura a cada sessão; 
• Ajuda a eliminar a flacidez, as estrias e as celulites; 
• Promove melhora da hidratação da pele e suavização das rugas em 
poucas sessões; 
 
16 
 
• E se feito por um biomédico estético, não possui riscos à saúde 
(COSTA, 2021). 
2.8 Cuidados que devem ser tomados antes, durante e depois das 
aplicações. 
É recomendado que o paciente esteja com a pele limpa, livre de vestígios de 
produtos usados na pele, como hidratantes e maquiagens. O uso de substâncias 
anticoagulantes também deve ser interrompido dias antes à aplicação, um exemplo 
dessas substâncias é o ácido acetilsalicílico. Durante e após o tratamento, o 
paciente deve optar por roupas de tecidos mais leves e suaves (como o algodão), 
que não vão entrar em atrito com o local que está sendo tratado. Deve-se evitar 
principalmente usar jeans. Se surgirem hematomas, o uso de gelo ajuda a minimizá-
los e nesse caso também é recomendável não expor a área ao sol. 
O paciente também não deve submeter outros tratamentos estéticos à área 
que está sendo tratada pela intradermoterapia sem o conhecimento e 
consentimento do biomédico esteta responsável (COSTA, 2021). 
3 PREENCHIMENTO FACIAL 
O preenchimento facial é uma técnica imprescindível para o 
rejuvenescimento. De forma muito rápida, um sulco, uma depressão no rosto ou um 
lábio pode ser melhorado através dessa técnica (OLIVIERA, 2020). 
Um dos melhores e o mais seguro produto para o preenchimento facial é, 
sem dúvida, o ácido hialurônico, que é uma substância produzida naturalmente 
pelo nosso organismo e está presente principalmente na pele. Tem como função 
reter água, conferindo hidratação e volume. Gradualmente, com o passar do tempo 
e o processo natural de envelhecimento, o ácido hialurônico se degrada e o 
organismo diminui sua capacidade de produção. O resultado é a perda de volume, 
de contorno e o aparecimento de rugas (OLIVIERA, 2020). 
 
17 
 
As principais marcas de ácido hialurônico liberadas no Brasil são produzidas 
em laboratórios, de uma forma sintética, mas são semelhantes ao componente 
natural da pele, assim não causam alergias ou rejeições (OLIVIERA, 2020). 
A durabilidade do preenchimento varia de pessoa para pessoa e também 
conforme a técnica e o local aplicado, podendo durar de 09 a 18 meses, quando 
utilizado o Ácido Hialurônico. Na sequência serão apresentadas outras substâncias 
(OLIVIERA, 2020). 
 
 
Fonte: danirigo.com.br 
O preenchimento consiste em um procedimento onde se aplica materiais 
específico sob a pele, em rugas e depressões, diminuindo a sua profundidade, com 
o objetivo de restaurar o contorno e volume do rosto, melhorando do aspecto da 
região tratada (AVELAR, 2021). 
 
18 
 
O preenchimento, através de técnicas específicas é utilizado para correções 
de contorno do corpo, do rosto, do nariz, sendo que alguns chamam essa técnica 
de Bioplastia (AVELAR, 2021). 
3.1 Como funciona 
Ao injetarmos o material sob a pele ele “empurra” a pele acima dele para fora, 
suavizando as rugas e sulcos nessa região. Após a aplicação ocorrem algumas 
reações que dependem do tipo de material utilizado (AVELAR, 2021). 
 
Preenchedores: São substâncias que promovem o preenchimento, aumento 
de volume no local aplicado (AVELAR, 2021). 
PMMA (polimetilmetacrilato, metacril ®): ao ser aplicado, ocorre uma 
reação micro inflamatório que envolve as partículas do polímero e promove a 
formação de um tecido que o envolve e o mantém no local (AVELAR, 2021). O 
PMMA é muito utilizado na Bioplastia. 
Preenchimento com ácido hialurônico: é uma substância presente 
naturalmente em nossa pele, mas que diminui, junto com as fibras de colágeno, ao 
envelhecer, levando à formação de rugas, sulcos e depressão da pele. O 
preenchedor utiliza um ácido hialurônico sintético, idêntico ao da pele, que irá 
substituir essa perda de volume e melhorando o aspecto e luminosidade da pele 
(AVELAR, 2021). 
As marcas mais comuns de ácido hialurônico são: Restylane®, Juvederm®, 
Teosyal® (GUSMÃO, 2021). 
O ácido hialurônico pode ser utilizado para o preenchimento de rugas, linhas 
de expressão, lábios, sulco-nasogeniano, “bigode-chinês”, rosto, preenchimento de 
grandes lábios (GUSMÃO, 2021). 
Indutores da formação de colágeno / Estimulação do colágeno: essas 
substâncias são injetadas na pele e estimulam o próprio organismo a formar novas 
 
19 
 
fibras de colágeno, promovendo uma grande melhora da flacidez da pele e também 
promovendo o preenchimento de rugas e sulcos do rosto (GUSMÃO, 2021). 
Como as fibras formadas, serão novamente degradadas com o tempo, essa 
é uma técnica temporária. 
Preenchimento com gordura própria (gordura autóloga, auto-enxertia, 
lipoenxertia): nesse método é colhida gordura da própria pessoa através de 
lipoaspiração e injetado no local desejado (GUSMÃO, 2021). 
Também podemos utilizar o preenchimento de gordura para rugas, linhas de 
expressão, para o rosto e também em preenchimento de glúteos (GUSMÃO, 2021). 
Antes do procedimento o paciente deve ser orientado sobre a técnica 
utilizada, sobre as queixas que possui e suas expectativas. Receberáorientação 
sobre o material utilizado (PMMA, ácido hialurônico, radiesse, sculptra, etc.) 
(GUSMÃO, 2021). 
Para iniciar, aplicamos primeiramente um anestésico tópico, para diminuir a 
sensibilidade à penetração da agulha que, dessa forma costuma ser um processo 
rápido e indolor (GUSMÃO, 2021). 
O material do preenchimento é injetado utilizando-se microcrânulas em 
diferentes camadas da pele, o ácido hialurônico (Restylane, Teosial, Juvederm) é 
injetado na derme superficial, mais superficial. O radiesse e o sculptra, são injetados 
um pouco mais abaixo. E por fim no processo de Bioplastia o PMMA é injetado, nas 
camadas mais profundas da pele (GUSMÃO, 2021). 
4 TOPOGRAFIA FACIAL DAS ÁREAS DE INJEÇÃO DE PREENCHEDORES E 
SEUS RISCOS 
A classificação por zonas de risco da face, utilizada costumeiramente para o 
estudo da cirurgia dermatológica, pode servir de referência e auxiliar a prática do 
preenchimento cutâneo facial na nova abordagem terapêutica do rejuvenescimento. 
O conhecimento genérico de anatomia, porém, pode ser insuficiente e gerar dúvidas 
 
20 
 
durante a realização dessa técnica, principalmente no que se refere às áreas de 
injeção, bem como à profundidade dessas injeções (TAMURA, 2013). 
A injeção de preenchedores em camadas superficiais da pele, exceto na 
região da glabela, apresenta risco mínimo; entretanto, atualmente as técnicas 
evoluíram, e na maioria das vezes os procedimentos são realizados na hipoderme 
e até mesmo em plano supraperiostal (TAMURA, 2013). 
A pele é o maior órgão do corpo humano e também o mais visível. Por isso, 
sua aparência tem grande influência na vaidade e autoestima dos indivíduos, 
interferindo no psicológico e até em sua qualidade de vida. Padrões e gostos se 
modificam em diferentes épocas e culturas, mas desde o começo dos tempos o 
homem busca o que lhe é agradável esteticamente. E atualmente, com o avanço da 
tecnologia e comunicação, identifica-se a tendência da supervalorização da 
aparência e do potencial financeiro (SCHMIDT, 2021). 
O aumento dos procedimentos estéticos não-cirúrgicos se deu pela 
disponibilidade de materiais para preenchimento e também pela maior oferta de 
profissionais habilitados a realizar tais serviços. Um profissional bem preparado e 
munido de um minucioso conhecimento da anatomia facial é capaz de fazer 
modificações sutis em seu paciente para chegar ao resultado desejado9 . Porém, 
não se pode ignorar o fato de que por mais seguros que cuidados estéticos não-
cirúrgicos possam parecer, qualquer procedimento pode causar eventos adversos 
ao paciente (SCHMIDT, 2021). 
4.1 Divisão da face 
 Diferentemente do que já foi descrito na literatura, a face foi dividida em 22 
regiões, para adequação das áreas em que são realizados preenchimentos: frontal 
(1), temporal (2), glabelar (3), supercílio (4), pálpebra superior (5), pálpebra inferior 
(6), nasociliar (7), sulco nasojugal (8), sulco palpebral lateral (9), nasal (10), malar 
(11), zigomática (12), fossa canina (13), sulco nasolabial (14), lábio superior (15), 
lábio inferior (16), bochecha (17), pré-auricular (18), sulco lábiomentual (19), 
 
21 
 
mentual (20), região mandibular posterior (21) (borda anterior do masseter até o 
ângulo da mandíbula) e região mandibular anterior (22) (entre o sulco melolabial e 
a borda anterior do masseter). (TAMURA, 2013). 
 
 
 
 FIGURA 1: Descrição abaixo: 
Região frontal (1) 
 
 Essa área foi delimitada excluindo-se a glabela; foi traçada uma linha 
imaginária acima do supercílio, que se inicia nas regiões médio pupilares e se 
estende bilateralmente até a linha de implantação dos cabelos. Devemos levar em 
consideração que nessa área, pele, subcutâneo, músculo e aponeurose juntos 
resultam numa espessura relativamente fina situada sobre estruturas ósseas; 
qualquer preenchedor injetado nessa região pode resultar em nódulos ou formações 
lineares visíveis. Lembrar que no nível da borda do couro cabeludo, inicia-se a 
aponeurose do músculo frontal ou gálea (TAMURA, 2013). 
 
 
22 
 
 Região temporal (2) 
 
A região temporal tem como limite medial a linha médio-pupilar em sua 
porção cranial; a linha de implantação dos cabelos na porção lateral; uma linha 
acima das sobrancelhas que se prolonga e contorna a borda orbitária lateral; e 
finalmente se fecha com o arco zigomático como referência do limite inferior. Essa 
região apresenta riscos devidos à presença da artéria temporal superficial, além do 
nervo e das veias. A injeção de preenchedores na derme dessa área apresentaria 
risco baixo, porém, a injeção de substâncias no subcutâneo pode levar não somente 
à lesão de veias, com formação de hematoma ou equimoses, como à lesão neural 
caso o procedimento seja realizado de forma intempestiva. A estrutura que gera 
mais atenção é a artéria temporal; sua canalização e a injeção intravascular de 
preenchedores poderá levar à necrose tecidual e à embolização do produto, 
podendo causar até a amaurose, tal como ocorre com vários outros ramos arteriais 
da região superior da face, pela presença de anastomoses entre artérias superficiais 
e profundas. Em geral os preenchimentos nessa área podem ser na derme, no 
subcutâneo ou supraperiostais. Quando a opção é preencher o subcutâneo deve-
se atentar para a demarcação da árvore venosa visível, assim como das artérias. 
Quando a injeção é supraperiostal, os riscos de canalização vascular são menores, 
especialmente na fossa temporal (TAMURA, 2013). 
 
Regiões glabelar e do supercílio (3 e 4) 
 
Os limites da região glabelar são: inferiormente a área superior do dorso 
nasal e a porção medial do supercílio, e superiormente a linha que une segmentos 
de 1,5cm das linhas médio pupilares, na direção cranial. Já a região do supercílio 
corresponde à região com pelos, acompanhando a sobrancelha até sua porção 
lateral, onde há possibilidade de preenchimento. Devemos considerar a artéria 
supraorbital que surge através do forame supraorbital e que se origina da artéria 
carótida interna, e também a artéria supratroclear, ramo da artéria facial. Atualmente 
 
23 
 
não se aconselham mais injeções de produtos para preenchimento de rugas ou 
cicatrizes na região da glabela, devido à possibilidade de embolia arterial com 
conseqüente amaurose. 
 Nessa região, assim como na temporal localizam-se artérias que podem 
estar anastomosadas e com fluxo sanguíneo direcionado a artérias terminais como 
a oftálmica e a retiniana. A embolização desses vasos poderá levar à amaurose 
imediata e irreversível, até bilateral. Além do cuidado para não canalizar as artérias, 
devemos estar atentos para evitar injeções profundas na área dos forames 
supraorbital e supratroclear, prevenindo isquemia das estruturas que de lá 
emergem. Além do tratamento da sobrancelha nas porções média e lateral, pode-
se eventualmente injetar preenchedores na porção medial (região nasociliar) para 
o tratamento do epicanto, lembrando que essa área não é isenta de riscos 
(TAMURA, 2013). 
 
Pálpebra superior (5) 
 
 A discussão dessa área se faz porque atualmente têm sido injetados 
preenchedores em toda a sua porção superior, abaixo da sobrancelha para a 
correção do olhar “cadavérico”; a tentativa é corrigir a deficiência da bolsa de 
gordura dessa região e/ou a perda de sustentação que caracteriza um olhar “fundo”. 
A artéria palpebral superior em continuidade com a angular irriga essa área. Existe 
pouco tecido de sustentação local, bem como presença de pele e do músculo 
orbicularis oculi e, abaixo, as bolsas de gordura e a glândula lacrimal, com a 
possibilidade de acidente vascular (TAMURA, 2013). 
 
Pálpebra inferior, sulco nasojugal (goteira lacrimal) e região nasociliar 
(6, 7 e 8) 
 
 Há indicação para a correção dessa região quando há resultado estético 
negativo após a retirada de bolsas de gordura em cirurgias palpebrais, perda de24 
 
sustentação de toda a borda orbitária da pálpebra inferior ou pela exacerbação do 
sulco palpebromalar medial, inferior e/ou lateral por características familiares. Há 
íntima relação da área palpebral inferior com o sulco nasojugal (porção medial que 
acompanha a borda orbitária inferior medial) e com a região nasociliar. É importante 
atentar para a anatomia dessas regiões e considerá-las em conjunto. Sob estas 
últimas áreas localizam-se parte da artéria angular, a artéria palpebral inferior e a 
artéria infraorbitária que se junta à dorsal do nariz, podendo ocorrer necrose tecidual 
ou embolia. Os planos de menor risco para o preenchimento dessa área seriam o 
muscular e o supraperiostal, pois os vasos se encontram abaixo da derme e acima 
do músculo orbicularis oculi. O procedimento deve ser realizado com delicadeza e 
precisão, tanto com cânulas como com agulhas (TAMURA, 2013). 
 
Sulco palpebral lateral (9) 
 
Localiza-se na porção lateral da pálpebra inferior, sobre a borda orbitária 
lateral inferior. Nessa região deve-se atentar para a veia zigomático-palpebral que 
se encontra sob a pele (muitas vezes visível quando a pele é translúcida), cruzando 
quase perpendicularmente a borda infraorbital entre a sua região média e o terço 
lateral. Sua identificação prévia evitaria transtornos como equimoses e hematomas 
(TAMURA, 2013). 
 
Região nasal (10) 
 
Ao submeter o paciente à escultura nasal, alguns detalhes devem ser levados 
em consideração: - A artéria nasal dorsal encontra-se no tecido subcutâneo num 
plano abaixo da pele e acima do músculo dorsal nasal, podendo ter ramos que se 
anastomosam com as artérias infraorbitária e angular. - Pacientes que tenham sido 
submetidas à rinoplastia com concomitante cirurgia na região septal poderão ter a 
irrigação sanguínea comprometida. 
 
25 
 
As cirurgias plásticas reconstrutivas ou estéticas podem alterar sobremaneira 
a vascularização da ponta nasal, das narinas, da columela, da fossa canina, e 
eventualmente uma embolização poderia repercutir até nas artérias angulares. A 
manipulação das artérias etmoidais durante os procedimentos cirúrgicos aumenta 
o risco de acidentes vasculares oclusivos. Os ramos da columela e o nasal lateral 
irrigam a asa, o dorso e o ápice (ponta) nasais. As veias nasais laterais estão a dois 
ou 3mm do sulco alar e, como a artéria da columela, surgem profundamente na 
base nasal terminando na ponta, no plexo subdérmico. Os preenchimentos dessa 
região, especialmente os utilizados para afinar, alongar e diminuir a narina com o 
objetivo de ocidentalização do nariz negroide, requerem injeções laterais e mais 
profundas, bem como volumes maiores, condições essas que aumentam o risco 
(TAMURA, 2013). 
 
Região malar (11) 
 
Trata-se de área triangular infrapalpebral, limitada medialmente pela região 
nasal até a porção inferior do sulco nasolabial e, a partir desse ponto, por uma linha 
imaginária até o arco zigomático. A análise dessa área deve considerar os detalhes 
anatômicos descritos para a região nasociliar e sulco nasojugal lacrimal, desde que 
muitas vezes a sua correção associa, no mesmo momento, o tratamento destas 
outras regiões (TAMURA, 2013). 
A região malar é nutrida por ramos da artéria angular (facial/carótida externa) 
e por outra que emerge pelo forame infraorbitário (ramo da artéria carótida interna), 
juntamente com a veia e o sistema neural sensitivo do nervo infraorbitário. Quando 
se opta pela injeção retrógrada, os planos e localização do produto podem ser bem 
controlados. Já a injeção em bolus, quando realizada intempestivamente e 
sobretudo visando à reconstituição de volume na região supraperiostal pode levar 
à obstrução do forame infraorbitário, prejudicando a vascularização e podendo 
ocorrer até necrose neural. Nessa região, há uma camada espessa de tecido 
subcutâneo, bem como um compartimento de gordura. O plano médio do 
 
26 
 
subcutâneo, limite entre sua parte mais frouxa e a mais densa, característico dessa 
região, torna a injeção de preenchedores segura, pois as estruturas neurais 
importantes se encontram em planos mais profundos e os vasos principais se 
encontram margeando a linha lateral da região nasal (TAMURA, 2013). 
 
Região zigomática (12) 
 
Pela própria nomenclatura, a região zigomática se encontra lateral à malar, 
abaixo da temporal e anterior à préauricular. Sua principal estrutura é o nervo 
zigomático-facial (ramo do trigêmio) que emerge do forame que se localiza no osso 
zigomático, na zona lateral média. As considerações são as mesmas sobre a 
injeção de preenchedores com consequente obstrução do forame. Há um complexo 
arterial importante em planos mais profundos. Encontramos também a veia 
zigomático palpebral na maioria das vezes visível com a distensão da pele 
(TAMURA, 2013). 
 
Fossa canina (13) e sulco nasolabial (14) 
 
Com a técnica atual da reparação volumétrica da região malar, a região da 
fossa canina, bem como o sulco nasolabial estão sendo preenchidos com menos 
frequência e menor volume, diminuindo os riscos. Porém há diversos relatos de 
necrose nessa região incluindo a asa nasal, dorso nasal e parte da região paranasal. 
As duas principais causas dessa complicação são embolização ou compressão da 
artéria devidas à grande quantidade de produto injetado e, possivelmente, técnica 
intempestiva. Há sempre que considerar variações anatômicas muito comuns 
quando se analisa a anatomia da face. Os vasos principais são as artérias angulares 
e parte da artéria labial superior, que também podem ser comprometidas, 
dependendo da altura da injeção do preenchedor no sulco nasolabial (TAMURA, 
2013). 
 
 
27 
 
Lábio superior e inferior (15 e 16) 
 
As artérias que irrigam os lábios são as labiais superiores e inferiores (ramos 
da artéria facial) que se anastomosam com as do lado oposto formando um círculo 
arterial ao redor da rima da boca. A posição das artérias é desfavorável às técnicas 
atuais de valorização do volume e do formato convexo dos lábios. O contorno labial, 
quando realizado num plano superficial, na pele, na mucosa ou em sua junção traz 
poucas complicações (TAMURA, 2013). 
As artérias labiais são curvas, onduladas e, portanto, é possível transfixá-las. 
Elas se encontram na visão anteroposterior, posteriores ao músculo orbicularis oris 
e relativamente superficiais na projeção do limite entre a mucosa úmida e seca dos 
lábios. Esta é a região de escolha de muitos profissionais para injetar o preenchedor 
com o objetivo de obter projeção anterior e volume dos lábios. Os hematomas são 
frequentes porque não há um tecido firme de contenção do sangramento arterial; 
portanto, a compressão do vaso transfixado durante o procedimento deve ser firme 
e prolongada (três minutos ou mais). Compressas geladas são úteis (TAMURA, 
2013). 
 
Região da bochecha (17) 
 
Corresponde à região livre, “solta”, sem fixação; localizase até 1cm 
lateralmente ao ângulo da boca, é inferior à região zigomática, anterior à pré-
auricular, superior à pré-mandibular (“buldogue”, “pré jowl”), e lateral à região malar. 
Nessa região distribuem-se os ramos arteriais oriundos da artéria facial que se 
dirigem para os lábios, contornando a região nasal (artéria angular) e incluindo parte 
do ducto parotídeo. A perda de volume é comum nos indivíduos que praticam 
esporte de forma intensa e frequente, pode ser constitucional, causada por drogas 
ou por doenças consumptivas; frequentemente é a única área que necessita de 
correção (TAMURA, 2013). 
 
 
28 
 
Região pré-auricular (18) 
 
Trata-se da área posterolateral ao limite da bochecha, incluindo 2cm 
anteriormente ao tragus até o mesmo. O limite superior é a região zigomática, e o 
inferior a zona do ângulo da mandíbula a 1,5cm da borda mandibular posterior. 
Nessa região, em ponto próximo ao tragus, emerge o nervo facial que vai inervar as 
diversas estruturas/regiõesda face; há ramos vasculares profundos oriundos da 
artéria carótida interna, mas a estrutura de maior importância é a glândula parótida, 
que se encontra abaixo do tecido subcutâneo. Portanto, o preenchimento dessa 
região é feito somente na pele e no tecido subcutâneo. Entre essa região e a 
bochecha a mais ou menos um terço anteriormente ao ângulo da mandíbula (entre 
a mandíbula anterior e posterior), encontra-se o trajeto da artéria facial, que já está 
se ramificando e distribuindo seus ramos para a região perioral e alguns para a área 
pré-tragal (TAMURA, 2013). 
 
Sulco labiomentual (19) 
 
 O sulco labiomentual compreende uma porção em faixa que abrange área 
entre o ângulo lateral da boca até 1cm lateralmente a ele, seguindo-se caudalmente 
até a borda mandibular. Além dos ramos arteriais que irrigam os lábios superior e 
inferior, essa região apresenta uma trama vascular venosa superficial importante, 
com vasos calibrosos e que muitas vezes podem ser visualizados ao se distender 
a pele de pacientes com pele fina e do tipo I ou II. Frequentemente há equimoses 
e, não raramente, hematomas, pois a porção é livre e não há compartimentos ou 
limites para contenção do sangramento. Nesse local, ao ser transfixados vasos, 
deve ser feita compressão firme por alguns minutos (TAMURA, 2013). 
 
 
 
 
 
29 
 
Região mentual (20) 
 
A região mentual não apresenta estruturas de risco, porém o forame mentual 
pode sofrer injeção inadvertida de produto com comprometimento das estruturas 
que por lá passam, e cuja referência se faz grosseiramente pela linha mediopupilar 
que se destina à localização dos principais forames sensitivos da face. Na região 
do sulco labiomentual encontra-se o ramo arterial do lábio inferior, que cruza a 
região e o sistema venoso, que por estar próximo ao sistema de drenagem se torna 
mais calibroso, sendo frequente a presença de hematomas ou equimoses 
(TAMURA, 2013). 
 
Região mandibular posterior (21) 
 
 Separamos a região mandibular posterior cuja área é a que se situa entre a 
borda anterior do masseter e o ângulo da mandíbula. Próximo à borda anterior do 
masseter, no osso mandibular, encontramos uma depressão em que a artéria facial 
se localiza. Essa depressão é criada pela própria artéria durante os anos da vida 
pulsando sobre o osso. Portanto, em geral, os preenchedores, sendo injetados na 
pele ou no tecido subcutâneo, não costumam traumatizá-la, mas procedimentos 
agressivos, realizados sem conhecimento anatômico, poderão resultar em lesão 
arterial séria (TAMURA, 2013). 
 
Região mandibular anterior (22) 
 
Essa região se localiza a 1cm posteriormente ao sulco melolabial (pois 
separamos a região lábiomentual para fins didáticos) e a borda anterior do 
masseter, representando na verdade a região denominada “pré jowl” ou “buldogue” 
deixando livre 1cm da área labiomentual em que podem ser aplicados 
preenchedores para a melhoria do contorno facial. Não apresenta estruturas de alto 
risco, e, em geral, não se preenche essa área porque pode haver piora da flacidez 
 
30 
 
local, podendo o peso do produto trazer um mau resultado quando o objetivo é obter 
um contorno facial para o rejuvenescimento (TAMURA, 2013). 
 
Só o conhecimento pormenorizado da anatomia facial permite que o 
profissional realize seus procedimentos com segurança. A correlação feita em áreas 
distintas pode ser útil para que o médico inicie sua prática com preenchedores. 
Devemos, no entanto, lembrar que não se sugere uma nova divisão anatômica, mas 
apenas uma separação das regiões faciais que são habitualmente tratadas por 
preenchedores para analisá-las individualmente (TAMURA, 2013). 
4.2 Estruturas Anatômicas da Face 
A face humana é uma estrutura bastante complexa, composta por tecidos e 
órgãos que se entrelaçam em diferentes regiões e profundidades, na qual um 
estudo minucioso coadjuva no aprimoramento das técnicas utilizadas nos 
procedimentos injetáveis de estética facial. Para fins de harmonização facial, 
inicialmente devemos realizar uma avaliação da anatomia superficial da face, 
levando em consideração o fato de que a proporcionalidade é a característica mais 
relevante quando se trata de harmonia, e também, a naturalidade e suavidade de 
seus contornos (TAMURA, 2013). 
 É possível dividir a estrutura dos tecidos moles faciais em cinco camadas 
distintas, unidas entre si pelos ligamentos retentores faciais: superficial (1), 
subcutânea (2), músculo-aponeurótica (3), tecido conjuntivo frouxo ou areolar 
(espaços alternados de tecidos moles e retenção de ligamentos) (4) e fáscia 
profunda (5). 
A pele é a camada que faz o limite do organismo com o meio externo, 
formada pela epiderme e pela derme. A primeira, mais superficial, é constituída pelo 
tecido epitelial e a segunda, mais espessa é formada pelos tecidos conjuntivos. 
Existe uma tela subcutânea que une a derme aos órgãos e tecidos, que apesar de 
chamada de hipoderme, não faz parte da pele. Para a finalidade deste estudo, foi 
 
31 
 
considerada a pele localizada em toda a região facial e a superfície externa dos 
lábios, abrangendo tecido epitelial, tecido conjuntivo e conjuntivo adiposo. A 
epiderme é a camada mais externa da pele e reveste toda a superfície do corpo 
(TAMURA, 2013). É composta por quatro ou cinco camadas distintas dependendo 
de sua localização: córnea, é a camada mais superficial da pele, é uma fina camada 
composta de 25 a 30 camadas de células mortas queratinizadas que servem de 
barreira impermeabilizando a pele; granulosa, contendo três a cinco camadas de 
células em fase de morte celular (apoptose); espinhosa, composta por camadas de 
oito a dez células organizadas que vão se achatando à medida que se aproximam 
da camada granulosa (a epiderme não é vascularizada, mas a partir desta camada, 
as células são nutridas por capilares que se encontram na derme); e basal, a 
camada mais profunda, composta por uma única célula epitelial em formato de cubo 
ou coluna. Nesta camada encontramos células de pigmentação (melanócitos), de 
defesa (Langherhans) e sensitivas (Merkel). Nos lábios, a epiderme possui cinco 
camadas, com a presença do estrato lúcido entre as camadas granulosa e córnea. 
Trata-se de uma fina camada, rica em queratina e composta por três a cinco células 
mortas, achatadas e translúcidas. Aderme é mais profunda e mais espessa e é 
composta portecido conjuntivo e apresenta vasos sanguíneos, nervos, terminações 
nervosas, vasos linfáticos e anexos cutâneos. É a derme que dá sustentação e 
fornece os nutrientes à epiderme (TAMURA, 2013). 
Ela se divide em duas regiões: uma superficial chamada de papilar, formada 
por tecido conjuntivo propriamente dito do tipo frouxo e outra profunda ou reticular, 
composta pelo tecido conjuntivo propriamente dito do tipo denso não modelado. É 
um tecido pouco distensível e bastante resistente à penetração de agulha . Em um 
estudo anatômico realizado em cadáveres foi avaliada a espessura da pele em 39 
regiões diferentes do rosto humano e verificou-se que existe variações na 
profundidade da epiderme e da derme ao longo da face. Neste estudo utilizou-se 
um sistema métricodeespessura relativa(RT) definida por cálculos a partir do local 
anatômico mais fino. E a partir dele, todos os outros locais foram comparados 
proporcionalmente para chegar um múltiplo deste valor (TAMURA, 2013). 
 
32 
 
 Atentar para estas variações de espessura nas regiões da face é 
imprescindível para definir as diferentes profundidades de agulha durantes os 
procedimentos. Existe uma técnica muito utilizada que indica a introdução de 
agulhas em diferentes ângulos para compensar essas variações de espessura. 
Porém esta técnica deve ser respeitada milimetricamente. A última camada da pele 
não faz parte dela propriamente. É a tela subcutânea ou hipoderme, formada por 
tecido conjuntivo frouxo, adipócitos entrelaçados com vasos sanguíneose fibras 
colágenas que reforçam a sua estrutura. Os adipócitos presentes na camada 
adiposa subcutânea são os responsáveis pelo armazenamento de triglicerídeos e 
estão associados ao armazenamento energético e homeostasia do organismo. 
Também têm a função de proteção física, isolante térmico e auxilia na 
movimentação dos músculos faciais. Essa gordura superficial fica distribuída em 
septos que se estendem entre os músculos e o tecido conjuntivo da pele e são 
chamados de falsos ligamentos de retenção. Nessa região encontramos também 
uma camada adiposa mais profunda, os verdadeiros ligamentos de retenção9 . São 
eles que criam o volume facial e estão inseridos nos ossos da face. Os ossos da 
face têm grande importância no contorno do rosto, uma vez que influenciam 
diretamente na definição e volume dos tecidos moles (TAMURA, 2013). 
 Os ossos que se encontram nas regiões nasal, malar (zigomático e maxila 
superior) e mentual sustentam os enxertos profundos e preenchimentos da face . A 
face é composta por tecido muscular estriado esquelético. São músculos bastante 
superficiais que têm origem em ossos do crânio ou na fáscia e inserções na pele. 
Ao se contraírem não movimentam nenhuma articulação. Seus pontos de fixação e 
localização promovem a movimentação da pele, emtornodosolhos,boca e narinas, 
por isso são chamados de músculos da mímica ou expressão facial. No quadro 1, 
são apresentados os músculos da mímica facial, sua origem, inserção e movimento 
que provoca (TAMURA, 2013). 
 
 
 
 
33 
 
Quadro 1. Músculos da mímica facial 
Músculo Origem Inserção Movimento que 
provoca 
Músculo frontal Aponeurose 
epicrânica 
Pele da sobrancelha e 
aponeurose 
epicrânica 
Enruga a testa e 
movimenta o couro 
cabeludo 
Músculo corrugador 
do supercílio 
Fáscia acima da 
sobrancelha 
 Raiz do nariz Retrai a sobrancelha 
sentido linha média 
Músculo prócero Dorso do osso nasal Pele, na região da 
glabela 
Movimenta os 
supercílios e a fronte 
Músculo orbicular Ossos mediais da 
órbita 
Tecido da pálpebra Fecha os olhos e 
comprime o saco 
lacrimal 
Músculo nasal Maxila e 
cartilagem 
nasal 
Aponeurose do nariz Alarga e comprime as 
narinas e abaixa as 
cartilagens nasais 
Músculo levantador 
do lábio superior 
Parte superior da 
maxila e osso 
zigomático 
Orbicular da boca e 
pele acima do lábio 
Levanta o lábio 
superior e expoe os 
dentes superiores 
Músculo levantador 
da asa do nariz e do 
lábio superior 
Maxila Asa do nariz e no 
lábio superior 
Eleva e everte o lábio 
superior e dilata as 
narinas 
Músculo zigomático 
maior 
Zigomático Pele, no ângulo boca 
e orbicular da boca 
Eleva e everte o 
ângulo da boca 
Músculo zigomático 
menor 
Zigomático Lábio superior Eleva o lábio superior, 
expondo os dentes 
superiores 
Músculo levantador 
do ângulo da boca 
Maxila Orbicular da boca Levanta o lábio 
superior 
Músculo risório Fáscia da 
bochecha 
Orbicular da boca, no 
canto da boca 
Puxa o ângulo da 
boca lateralmente 
Músculo bucinador Maxila e mandíbula Orbicular da boca Comprime a 
bochecha 
Músculo abaixador 
do septo nasal 
Acima do dente 
incisivo medial 
Cartilagem do septo 
nasal 
Movimenta a asa do 
nariz 
Músculo orbicular da 
boca 
Fáscia contornando 
os lábios 
Mucosa dos lábios Fecha e enruga os 
lábios 
Músculo depressor do 
ângulo da boca 
Mandíbula Orbicular da boca e 
pele do lábio inferior 
Abaixa o canto da 
boca 
Músculo depressor do 
lábio inferior 
Músculo mentual Canto inferior do 
orbicular da boca 
Abaixa o lábio inferior 
Músculo mentual Mandíbula Orbicular da boca Eleva, everte e protrai 
o lábio inferior; enruga 
a pele do queixo 
Músculo platisma Fáscia do pescoço e 
tórax 
Margem inferior da 
mandíbula 
Abaixa a mandíbula e 
lábio inferior 
 
 
 
34 
 
A face é altamente vascularizada e inervada. A irrigação se dá basicamente 
pela artéria carótida externa no terço médio e nas regiões temporal e parietal. Nas 
regiões anterior e dos olhos podemos encontrar ramos da artéria carótida interna. 
A artéria dorsal do nariz divide os sistemas arteriais através das artérias oftálmica e 
facial. A artéria facial é o ramo lateral da artéria carótida externa que chega à face. 
Em seu trajeto ascendente, a artéria facial se ramifica em artérias labiais superior e 
inferior, na altura dos lábios e artéria angular, na lateral do nariz. Na altura dos olhos, 
ela realiza uma anastomose com a artéria dorsal do nariz (ramificação da artéria 
supratroclear, advinda de ramificações da carótida interna). A artéria supratroclear 
segue um trajeto medial à fronte. Ainda na fronte, acima dos olhos temos a artéria 
supraorbital. Abaixo dos olhos encontramos a artéria infraorbital. A região do mento 
é irrigada pela artéria mentual (TAMURA, 2013). 
Os principais nervos que encontramos na face são o trigêmeo e o nervo 
facial. Estes nervos possuem sua própria trajetória e se subdividem na face dando 
origem a vários outros nervos. O nervo trigêmeo é um nervo sensitivo, mas também 
fornece estímulo motor para os músculos da mastigação. Se divide em três ramos: 
oftálmico, maxilar e mandibular. O nervo oftálmico origina os nervos frontal, lacrimal 
e nasociliar. O nervo frontal origina os nervos supraorbital e supratroclear. O nervo 
maxilar se ramifica originando o nervo infraorbital e o nervo zigomático (que se 
divide em zigomaticofacial e zigomaticotemporal). O nervo mandibular dá origem ao 
nervo auriculotemporal, alveolar e mentual. O nervo facial é essencialmente motor 
e é o responsável pela inervação dos músculos da mímica facial. Este nervo se 
distribui por toda face após sua passagem pelo forame estilomastóideo. Divide-se 
em ramos temporais, zigomáticos, bucais, mandibulares marginais e cervicais 
(TAMURA, 2013). 
4.3 Procedimentos Injetáveis de Harmonização Facial 
 
 
35 
 
Para este estudo, foram selecionados os dois procedimentos de estética 
facial minimamente invasivos mais procurados no Brasil atualmente segundo os 
estudos realizados: toxina botulínica e preenchimento facial com ácido hialurônico. 
A Toxina Botulínica (TXB) é uma neurotoxina usada na estética para atenuar rugas 
e suavizar linhas de expressão facial, sendo geralmente aplicada nas regiões de 
testa, glabela, região dos olhos e nariz (TAMURA, 2013). 
 A neurotoxina mais utilizada atualmente é o tipo A (TXB-A) dentre as quais, 
3 tipos principais são encontradas no mercado: Toxina Onabotulínica A, Toxina 
Abobotulínica A e Toxina Incobotulínica A, todas com mecanismo de ação 
semelhante, impossibilitando a liberação do neurotransmissor acetilcolina, que 
promove a contração muscular. O efeito paralisante da toxina pode ser percebido 
entre 24 e 48h e não é permanente, pois o corpo inicia um rebrotamento neural 
entre 2 e 6 meses após a aplicação e a função motora começa a reaparecer em 
torno de 3 a 4 meses com seu retorno total até 6 meses após tratamento. O 
preenchimento facial é um procedimento estético realizado com materiais 
biocompatíveis e semipermanentes. O sucesso da técnica se deve à previsibilidade 
de resultado, segurança e efeito imediato. Indicado para preenchimento dérmico de 
linhas e dobras e também para volumização de lábios, queixo e bochechas 
(TAMURA, 2013). 
Dentre os preenchedores disponíveis, o mais utilizado é o Ácido Hialurônico 
(AH), um preenchedor não permanente com ação de 6 a 24 meses após aplicação 
que não necessita de realização de teste cutâneo prévio para sua aplicação. 
Écomercializado em forma de gel e pode ser armazenado a temperatura ambiente 
(TAMURA, 2013). 
O AH retém água e preenche os espaços intercelulares disponíveis na derme 
promovendo aumento volumétrico no local aplicado pois é uma molécula altamente 
higroscópica, que pode reter cerca de 1000 vezes o seu tamanho em moléculas de 
água. Sua degradação é isovolêmica, ou seja, ele é absorvido aos poucos pelo 
organismo sem perder seu efeito estruturale mantém as propriedades de 
biocompatibilidade. Em função destas características, o AH é muito utilizado na 
 
36 
 
correção de rugas, linhas e sulcos, preenchimento de lábios, queixo, bochechas e 
harmonização de assimetrias e proporções na face (TAMURA, 2013). 
4.4 Riscos Inerentes aos Procedimentos Injetáveis de Harmonização Facial 
São considerados Eventos Adversos quaisquer incidentes que venham 
acarretar algum tipo de dano ao paciente e estão normalmente associados ao tipo 
de produto utilizado e à forma de aplicação. 
No caso da TXB-A, pode-se observar o excesso de relaxamento do músculo 
alvo ou da musculatura adjacente, normalmente causadas por falha na 
reconstituição da toxina, excesso de produto e/ou falhas na técnica de aplicação. 
Alguns casos descritos na literatura são assimetrias, ptose papebral, formação de 
bolsas na região dos olhos por diminuição da metabolização hídrica da região, 
encurtamento ou limitação do sorriso, paresia e/ou parestesia dos labios, disfagia. 
Todos estes eventos são causados por efeito da toxina em músculos adjacentes ao 
musculo-alvo. Nossas expressões são resultado da combinação da ação de 
diversos músculos. Ao relaxar um único músculo, podemos interferir em variadas 
expressões faciais do paciente, o que torna fundamental para o profissional que 
realiza tal procedimento, um forte conhecimento anatômico e aguçado senso 
estético. 
Nos procedimentos de preenchimento facial, as áreas mais acometidas por 
EA são glabela, sulco nasogeniano e sulco nasolabial. Os EAs mais severos 
relatados são isquemia por compressão vascular e embolia causada pelo depósito 
do produto de forma intravascular, que podem levar a graves complicações . Os 
nervos encontram-se, em sua maior parte, superficializados na face, o que os torna 
bastante vulneráveis a lesões durante procedimentos estéticos. Estas lesões 
podem levar a alterações na motricidade e sensibilidade da região enervada. Apesar 
dos nervos serem estruturas altamente especializadas, eles possuem muito pouca 
capacidade de regeneração . 
 
37 
 
 Necrose é a morte tecidual resultante de uma isquemia, que pode ocorrer 
por injeção intravascular do material, provocando embolia vascular ou pela 
compressão do vaso pelo produto aplicado, impedindo o fluxo sanguíneo. As áreas 
de maior risco são a glabela e a região nasal, devido a suas características 
anatômicas. Além da necrose, a interrupção do suprimento sanguíneo pode 
acarretar outros problemas, como é o caso da compressão dos vasos que 
alimentam o globo ocular, que levam a uma cegueira irreversível. Assim como no 
tratamento com TXB-A, para a realização de preenchimento facial, também se faz 
necessário o domínio de vários fatores importantes, como conhecimento do tipo e 
comportamento do material preenchedor, definição de local, técnica e volume a ser 
aplicado, uso de agulha ou microcânula, além de domínio e ciência sobre a melhor 
técnica para cada procedimento (técnica linear, em leque, crosshatching, 
multipuntura, bolus, torre, entre outras). Tão importante quanto todos estes 
quesitos, é o conhecimento da anatomia e fisiologia da região a ser trabalhada, pois 
as formas mais graves de Eas normalmente são relacionadas com a falta de preparo 
do profissional, uso incorreto de técnicas de aplicação, escolha inadequada do 
produto e, principalmente, o desconhecimento anatômico muscular e de vasos e 
nervos da face. 
Os procedimentos injetáveis de estética avançada são uma ótima opção no 
propósito de harmonização facial, diminuindo a necessidade de cirurgias para 
obtenção de um resultado estético desejado. Porém, apesar de minimizados os 
riscos quando comparado às cirurgias plásticas, estes procedimentos não estão 
livres da possibilidade de ocorrência de eventos adversos. Pode-se perceber, a 
partir da exposição da anatomia facial e do conhecimento dos riscos envolvidos nos 
procedimentos, que a face é uma estrutura complexa que requer um estudo 
detalhado por parte do profissional que se propõe a trabalhar com os procedimentos 
estudados, e mostra-se de fundamental importância um profundo conhecimento 
anatômico na tentativa de minimização de erros previsíveis durante a realização de 
procedimentos injetáveis de estética avançada com propósito de harmonização 
facial. 
 
38 
 
5 TOXINA BOTULÍNICA 
A toxina botulínica é uma neurotoxina produzida pela mesma bactéria que 
causa intoxicação alimentar, o Clostridium botulinum. Embora seja uma substância 
altamente tóxica que afeta o sistema nervoso causando paralisia e morte, a toxina 
botulínica é usada há muitos anos por especialidades médicas como Oftalmologia 
e Neurologia para tratar doença como o estrabismo, espasticidade, distonia 
cervical, distonias focais e blefarospasmos. Essa toxina também tem sido muito 
eficaz em tratamentos estéticos para a correção de rugas dinâmicas ("pés de 
galinha", rugas da testa ou entre as sobrancelhas) (MARTINEZ, 2018). 
O Clostridium botulinum é uma bactéria anaeróbica (prolifera em ambientes 
pobres em oxigênio), gram-positiva, formadora de esporos, que possui formato de 
bastão. São organismos comumente encontrados em solos e sedimentos marinhos, 
como também se desenvolvem em enlatados ou nos alimentos mal conservados 
causando envenenamento. Sua toxina é tão poderosa que cerca de um micrograma 
é letal para os seres humanos (MARTINEZ, 2018). 
A toxina botulínica age bloqueando a produção ou a liberação 
de acetilcolina nas sinapses e junções neuromusculares. Especificamente, para 
fazer com que os músculos se contraiam, os nervos libertam a acetilcolina. Esta se 
liga aos receptores nas células do músculo e faz as células musculares contraírem. 
A toxina botulínica age então, impedindo a liberação da acetilcolina e, 
consequentemente, impede a contração das células musculares (MARTINEZ, 
2018). 
A fim de afetar a liberação de acetilcolina, a toxina botulínica é injetada no 
músculo. Por isso esta toxina é muito utilizada no campo da estética, pois as rugas 
dinâmicas são devidas à contração muscular. Logo, injetando a toxina, esta irá 
paralisar os músculos que formam as rugas (MARTINEZ, 2018). 
O tratamento envolve a injeção de quantidades muito pequenas de toxina 
botulínica diretamente nos músculos faciais para relaxá-los, utilizando-se de uma 
 
39 
 
pequena agulha. Os efeitos colaterais das injeções incluem reações alérgicas, 
erupções cutâneas, coceira, dor de cabeça, dor de garganta, dificuldade para 
engolir, dificuldade em respirar, náuseas e fraqueza. Pacientes também se queixam 
de dor e sensibilidade no local da injeção (MARTINEZ, 2018). 
Os efeitos da toxina botulínica começam a ser percebidos dentre alguns dias 
após a injeção. Eles atingem seu pico geralmente dentro de duas semanas, e então 
desaparecem gradualmente nos próximos 2 a 3 meses. Quando os efeitos da toxina 
desaparecem após alguns meses, a reinjeção é necessária para o prosseguimento 
de relaxamento muscular (MARTINEZ, 2018). 
 
 
 Fonte: www.brasilao.com 
É importante ressaltar que injeções de toxina botulínica não devem ser 
utilizadas durante a gravidez ou durante o aleitamento. Também é desaconselhável 
 
40 
 
para pessoas com certas condições neurológicas como a doença neuromotora 
ou miastenia grave (MARTINEZ, 2018). 
O BOTOX® é a marca mais conhecida de comercialização da toxina 
botulínica e foi a primeira a ser liberada para o uso estético. Foi aprovada no Brasil 
somente em 2002 para o uso cosmético e tem sido utilizada desde então por vários 
centros estéticos (MARTINEZ, 2018). 
Essa substância vem sendo pesquisada e estudada por várias décadas. Os 
estudos foram iniciados em razão desta (toxina botulínica) ser uma substância que 
pode ser encontrada em determinados alimentos e levar ao botulismo. O primeiro 
uso desta sustância de forma terapêutica foi feito poroftalmologistas, para o 
tratamento de espasmos involuntários da musculatura das pálpebras. O estudo 
desta toxina no tratamento de rugas iniciou-se há cerca de 10 anos (GIACOMAZZI, 
2019). 
5.1 Indicações 
É usada no tratamento de vários distúrbios médicos. 
Na dermatologia e na Cirurgia dermatológica é usada para corrigir rugas de 
expressão, assimetrias faciais e casos de sudorese excessiva (hiperidrose) nas 
mãos, pés, axilas, face e região inguinal. Muitas vezes é aplicada também para 
melhorar o resultado estético de uma cirurgia, mantendo a área operada em 
repouso enquanto ocorre a recuperação completa (MENDONÇA, 2019). 
Por inibir as contrações musculares, a toxina botulínica está indicada para 
eliminar ou amenizar temporariamente as rugas em torno dos olhos, os "pés de 
galinha" e as rugas entre as sobrancelhas. Está indicado para as chamadas rugas 
dinâmicas ou rugas de expressão que são aquelas que surgem com a 
movimentação dos músculos da face (sorriso, preocupação, ansiedade...) (SOUZA, 
2020). 
Dentre as indicações da toxina botulínica tipo A aprovadas 
pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estão distonias; desordens 
 
41 
 
autônomas caracterizadas por hipersecreção; uso cosmético; hiperatividade 
muscular involuntária; desordens dolorosas musculoesqueléticas; dor de cabeça 
(SOUZA, 2020). 
Como em estrabismo, blefaroespasmo, espasmo hemifacial, distonias, 
espasticidade e bruxismo. Além das indicações terapêuticas, o medicamento é 
amplamente conhecido no tratamento de linhas faciais hipercinéticas e para o 
tratamento da hiperidrose palmar, plantar e axilar (SOUZA, 2020). 
A toxina botulínica é também utilizada para tratamento em crianças com 
problemas musculares. Esta toxina permite, que depois de aplicada na zona em 
causa (ex: pernas), a criança tenha mais flexibilidade muscular (SOUZA, 2020). 
Aplicada diretamente nos músculos comprometidos, a toxina provoca um 
relaxamento e bloqueia a atividade motora involuntária, o que reduz a dor e aumenta 
a amplitude de movimento dos pacientes. O relaxamento e a melhora na 
movimentação são fundamentais em todas as etapas do tratamento – permitem que 
o fisioterapeuta maneje os membros afetados, por exemplo. O tratamento com a 
toxina pode reduzir o uso de medicação antiespástica e, inclusive, retardar ou evitar 
intervenções cirúrgicas (SOUZA, 2020). 
A toxina botulínica tem sido utilizada para tratamento de rugas de expressão, 
sorriso deprimido, e também para tratamento de hiperidrose palmar e ou axilar 
(SOUZA, 2020). 
O efeito começa após 24 horas da aplicação e é bem notável após 3 dias. Se 
necessário alguma complementação, esta deverá ser realizada 20 dias após a 
aplicação (SOUZA, 2020). 
Em 2007, os tratamentos estéticos não cirúrgicos lideraram o ranking 
do ASAPS (Sociedade Americana de Cirurgia Plástica e Estética) com 9.621.999 
procedimentos realizados. Entre os que se destacam como os mais populares e os 
mais procurados são a aplicação com Toxina Botulínica Tipo A (2.775.176) e o 
preenchimento com ácido hialurônico (1.448.716) (SOUZA, 2020). 
Os dados confirmam a tendência de que os pacientes buscam tratamentos 
mais simples, práticos e não invasivos. Ao todo, em 2007, os tratamentos não 
 
42 
 
cirúrgicos atingiram 82% dos procedimentos estéticos, contra os 18% restante, que 
foram cirúrgicos. Desde 1997, estes dados representam um incremento de 754% 
para os procedimentos não cirúrgicos contra 114% para os cirúrgicos (COSTA, 
2019). 
 
 
Fonte: draugustocesar.com 
As mulheres representam o público que mais procura o procedimento, mas 
a preferência dos homens também cresce de forma interessante (91% mulheres e 
9% homens). A faixa de idade em que se concentrou o maior número de tratamentos 
compreende pessoas entre 35 e 50 anos (46% do total), seguido pelas pessoas 
entre 19 e 34 anos (21% do total), mais de 65 (6% do total) e por último, menos de 
18 anos (menos de 2% do total) (COSTA, 2019). 
Quanto maior for a concentração, maior o efeito e a duração. 
 
 
 
43 
 
5.2 Como age a toxina botulínica 
A toxina relaxa o músculo onde é aplicada ou promove a redução ou parada 
na produção de suor nos locais onde for injetada. Desta maneira elimina ou suaviza 
asrugas de expressão localizadas nas laterais dos olhos (pés de galinha), entre as 
sobrancelhas, na testa, pescoço, ao redor da boca e na área do decote. Quando 
aplicada nas axilas ou nas palmas, permite que pacientes portadores de hiperidrose 
levem uma vida normal sem os inconvenientes e constrangimentos causados pela 
sudorese excessiva e sem a necessidade de afastamento de suas atividades 
diárias. Pode aplicar a toxina para minimizar assimetrias da face causadas por 
paralisias, retirada de tumores ou hipertrofias musculares como a do músculo 
masseter (JORNAL SUDOESTE DO ESTADO, 2020). 
5.3 Tratamento 
Em consultório ou ambulatório médico. Na maioria dos casos não é 
necessária anestesia, apenas o uso prévio de cremes anestésicos para tornar mais 
confortável o procedimento (GIACOMAZZI, 2020). 
O tratamento envolve injeções de pequenas quantidades de toxina botulínica 
nas áreas afetadas, é bem tolerado e demora poucos minutos, sem necessidade de 
afastamento ou período de recuperação prolongado (GIACOMAZZI, 2020). 
A toxina botulínica inicia o efeito em 3 a 7 dias após o tratamento. A melhora 
geralmente dura de 3 a 6 meses, antes do término gradual do efeito e da volta da 
ação muscular ou da sudorese. Antecipa-se que o paciente médio necessitará de 
reaplicações em intervalos variados (GIACOMAZZI, 2020). 
A aplicação é feita através do uso de agulhas finas na área a ser corrigida. 
Deve ser feita por um profissional médico treinado e experiente, no consultório e 
sem a necessidade de anestesia (SOUZA, 2020). 
O paciente sente apenas a dor da picada da agulha sendo esta perfeitamente 
suportável. 
 
44 
 
Com o paciente assentado ou recostado são feitas três aplicações entre as 
sobrancelhas e três na parte externa de cada olho (no local correspondente aos 
"pés de galinha") (SOUZA, 2020). 
O efeito do botox inicia-se 48 a 72 horas após a aplicação e tem efeito 
máximo em 1 semana. A duração é em média de 4 a 6 meses podendo aumentar 
com sucessivas aplicações. A aplicação poderá ser repetida após o término do 
efeito (SOUZA, 2020). 
5.4 Modo de Aplicação 
 
Fonte: www.drjorgepinto.com.br 
Sua administração é feita através de injeção intramuscular. Após a injeção, 
a toxina botulínica produz atrofia das fibras musculares pelo período de quatro 
semanas (NOGUEIRA, 2021). 
Depois de quatro meses, ou mais, o processo normaliza e a placa da junção 
neuromuscular volta a atividade (NOGUEIRA, 2021). 
 
45 
 
Este processo de volta de atividade da placa neuromuscular ocorre por 
formação de novas placas (NOGUEIRA, 2021). 
Num período de quatro a seis meses inicia a total regeneração da placa 
neuromuscular e a restauração dos movimentos musculares (NOGUEIRA, 2021). 
Logo a seguir à injeção da toxina botulínica pode ocorrer uma alteração 
histopatológica que pode durar até três anos (NOGUEIRA, 2021). 
A duração varia de indivíduo para indivíduo. Para alguns pesquisadores, os 
efeitos terapêuticos da toxina botulínica, após vários tratamentos, duram mais; para 
outros, a durabilidade diminui a cada vez que se repete a aplicação de toxina 
(NOGUEIRA, 2021). 
A resistência à toxina botulínica ocorre por aplicações repetidas com 
dosagens altas. É melhor utilizar a mesma marca de toxina, pois os graus de pureza 
são diferentes (NOGUEIRA, 2021). 
Não é necessário fazer anestesia para a sua aplicação. Pessoas sensíveis 
podem usar pomada anestésica uma hora e meio antes da aplicação. 
Após a injeção da toxina botulínica o paciente pode sentir uma ardência no 
local. Podem surgir hematomas no local aplicado que desaparecem quatro dias 
depois (NOGUEIRA, 2021). 
Trêsdias após a injeção da toxina botulínica já pode se notar sua ação, que 
vai aumentando, gradativamente, até o período de quatro meses, 
aproximadamente. A pele fica mais lisa, sem rugas, e a pessoa apresenta uma 
aparência mais suave. 
5.5 Efeito colateral 
Os efeitos colaterais são mínimos e geralmente relacionados ao local da 
injeção. Dores ou uma leve contusão, mesmo sendo incomuns, podem ocorrer ao 
redor do local da injeção. Maquiagem pode ser usada após o tratamento. Uma dor 
de cabeça temporária não é incomum após a aplicação na área da testa, 
especialmente após o primeiro tratamento (SOUZA, 2020). 
 
46 
 
Em raras situações, o paciente pode desenvolver fraqueza temporária dos 
músculos vizinhos e um abaixamento da sobrancelha ou da pálpebra. Todos estes 
possíveis efeitos são leves e temporários e na maioria dos casos não limitam 
significativamente as atividades rotineiras (SOUZA, 2020). 
A toxina botulínica é a substância causadora do botulismo, portanto seu uso 
para fins terapêuticos foi, por muitos anos, prorrogado devido ao medo de que essa 
forma de utilização também pudesse desencadear a doença. Depois de muito 
estudo percebeu-se que se essa substância fosse utilizada em pequenas 
quantidades não haveria chance de desenvolvimento do botulismo, mas sim a 
possibilidade de correção de alterações relacionadas à contração muscular em 
determinados locais do corpo (SOUZA, 2020). 
5.6 Cuidados e contraindicações 
Após a aplicação o paciente deve permanecer, no mínimo quatro horas, sem 
manipular os locais das aplicações. Deve evitar massagens e, principalmente, não 
deitar durante as quatro primeiras horas. Os efeitos são melhores se o paciente 
movimentar insistentemente os músculos trabalhados, franzindo ou enrugando a 
testa, as sobrancelhas ou os olhos, também por um período de 4 horas (SOUZA, 
2020). 
 
Contraindicações 
 
 Coagulopatias (doenças que afetam a coagulação do sangue); 
 Quininas (parar 2 semanas antes da aplicação); 
 AAS (analgésico à base de ácido acetilsalicílico tipo melhoral e 
outros); 
 Miastenia Grave (fraqueza); 
 Gravidez; 
 
47 
 
 Amamentação; 
 Em tratamentos com antibióticos do grupo dos aminoglicosídeos; 
 Apresentando infecção, ou reação inflamatória, no local da aplicação 
(COSTA, 2020). 
6 CARBOXITERAPIA 
 
Fonte: www.bioesteticars.com 
A carboxiterapia é um tratamento estético realizado através da infusão de 
gás carbônico em diferentes camadas da pele. O método é usado desde 1777 para 
 
48 
 
tratamentos da pele e, desde as primeiras observações científicas, mostrou eficácia 
em regeneração dos tecidos e melhora da circulação sanguínea (REDAÇÃO, 2013). 
6.1 Como é feita a carboxiterapia 
A carboxiterapia é feita com o uso de um aparelho acoplado a um cilindro de 
gás carbônico medicinal. Este equipamento regula a vazão do gás (que pode atingir, 
no máximo, 80ml de gás por minuto) para uma seringa com agulha de calibre 
mínimo. A profundidade da aplicação da agulha varia em cada caso. Para 
tratamento de celulite a agulha é inserida entre a pele e a gordura, já no tratamento 
da estria, o gás carbônico é aplicado dentro da cicatriz (REDAÇÃO, 2013). 
O gás carbônico atua dilatando os vasos sanguíneos e estimulando a 
formação de novos vasos sanguíneos, promovendo melhor irrigação de sangue nos 
tecidos e, consequentemente, melhor oxigenação da região tratada. O gás 
carbônico atua também no rompimento de fibroses do tecido subcutâneo. Alguns 
estudos mostram o favorecimento de formação de colágeno e elastina e efeito 
lipolítico (quebra das células de gordura) decorrente da carboxiterapia (REDAÇÃO, 
2013). 
6.2 Indicações 
Recomenda-se, principalmente, o uso da carboxiterapia para o tratamento 
da celulite. O desenvolvimento da celulite passa por três fatores: edema, gordura e 
fibrose - a carboxiterapia é o único tratamento que atua nesses três níveis. O edema 
é resolvido pela dilatação dos vasos e otimização da circulação, a fibrose é rompida 
pela injeção de gás, e a gordura mais facilmente queimada pelo aumento do 
metabolismo que ocorre no local. É o tratamento mais completo em comparação 
com outros, como endermologia e drenagem linfática, por exemplo (LANDIM; 
COLANERI, 2020). 
 
49 
 
No caso da estria, o gás carbônico atua distendendo o tecido desta cicatriz - 
a elevação visível durante o tratamento. O descolamento preenche essa região de 
gás carbônico e estimula a formação de colágeno no local. Os benefícios são muito 
mais visíveis para estrias novas, avermelhadas. Estrias brancas são mais antigas e 
fibras elásticas que já estão totalmente rompidas não se regenerarão. Da mesma 
maneira a carboxiterapia atua no tratamento de cicatrizes e no tratamento de 
fibroses decorrentes de cirurgias plásticas, como a lipoaspiração, por exemplo. O 
ácido carbônico rompe a fibrose e ameniza irregularidades (LANDIM; COLANERI, 
2020). 
No caso das olheiras, a carboxiterapia estimula a melhora da circulação e 
formação de novos vasos sanguíneos que amenizam a aparência escurecida. Para 
a flacidez da pele, o benefício está na formação de colágeno e elastina (LANDIM; 
COLANERI, 2020). 
Os resultados da carboxiterapia no tratamento da gordura localizada são 
mais discretos. Além de melhorar a circulação e a queima de gordura no local, a 
carboxiterapia, segundo estudos publicados no ano de 2001 no periódico Aesthetic 
Plastic Surgery, promove a quebra das células de gordura a partir da estimulação 
de seus receptores beta adrenérgicos (LANDIM; COLANERI, 2020). 
A carboxiterapia está especialmente indicada para: 
• Celulite: reduz o inchaço local e queima a gordura da celulite devido 
ao aumento da circulação no local. 
• Estrias: alonga os tecidos do local e preenche a região com gás, 
estimulando a produção de colágeno. 
• Gordura localizada e flacidez: melhora a circulação sanguínea no 
local da injeção, facilitando a queima de gorduras (LANDIM; COLANERI, 2020). 
Além disso, a carboxiterapia também pode ser utilizada como terapia 
complementar à lipoaspiração, podendo ser feita em todas as regiões do corpo, 
inclusive nos seios (LANDIM; COLANERI; 2020). 
 
 
50 
 
6.3 Benefícios 
A Carboxiterapia vem sendo muito bem recomendada por médicos e 
especialistas da área. Ela atua em diversas áreas do corpo: 
 
 Remoção de olheiras; 
 Remoção de celulite; 
 Remoção de gorduras localizadas, reduzindo medidas; 
 Remoção de estrias; 
 Combate a flacidez; 
 Remoção de varizes; 
 Rejuvenescimento facial e corporal; (OLIVEIRA, 2020). 
 
 
 Fonte: pocosdecaldas.portaldacidade.com 
 
51 
 
A Carboxiterapia também é indica no pré e pós a Lipoescultura, pois ajuda a 
evitar fibroses. E também é recomendada em tratamentos de microangioplastia, 
arterioplastia, reumatologia e diversos tipos de cicatrizações (OLIVEIRA, 2020). 
6.4 Profissionais que podem aplicar a carboxiterapia 
Por se tratar de um procedimento invasivo - que perfura a pele através da 
injeção - a carboxiterapia só pode ser realizada por médicos. A sugestão é que a 
carboxiterapia seja feita por profissionais especializados em estética, como o 
dermatologista e o cirurgião plástico (OLIVEIRA, 2020). 
6.5 Cuidados e contraindicações 
A carboxiterapia está contraindicada em casos de infecção ativa na região a 
ser tratada e doença pulmonar que cause retenção de gás carbônico, como a 
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). 
Não são necessários cuidados especiais antes ou depois do tratamento 
(OLIVEIRA, 2020). 
7 MICROAGULHAMENTO 
O microagulhamento ou a indução percutânea de colágeno (IPCA) tem 
atraído muito a atenção das pessoas que apostam em tratamentos clínicos ou 
estéticos para cuidar da beleza da pele, pois pode tratar diversos aspectos da pele, 
especialmente facial (DOMENICO, 2020). 
O microagulhamento (indução percutânea de colágeno) é uma técnica que 
utiliza um aparelho manual,

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