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OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9o ANO1 Texto para a questão 1. (Chris Browne. Hagar, o Horrível.) QUESTÃO 1 A respeito da tirinha, é correto afirmar que: a) Hagar obedeceu às ordens de Helga para que pudesse dar ordens também. b) Em todo caso, Hagar não aceitou a troca imposta por Helga, uma vez que demonstrou que não aceita ordens. c) Ainda que não quisesse cortar madeira, Hagar foi fazê-lo para que pudesse comer a comida preparada por Helga. d) Helga se negou a fazer bolinhos, mesmo que Hagar fosse cortar madeira para o fogo. e) Embora soubesse do potencial de Hagar, Helga não pensou em dar ordens ao marido. RESOLUÇÃO De acordo com a tirinha, mesmo não querendo ir cortar madeira, Hagar o fez para que pudesse degustar a comida preparada por Helga. Resposta: C HAGAR, VÁ CORTAR MADEIRA PARA O FOGO. O QUE LHE DÁ O DIREITO DE ME DAR ORDENS ASSIM? FRANGO ASSADO E BOLINHOS PARA O JANTAR. AI AI A VIDA É FEITA DE TROCAS. Colégio Nome: _____________________________________________________________________ N.º: __________ endereço: ______________________________________________________________ data: __________ Telefone:_________________ E-mail: _________________________________________________________ Disciplina: PoRTUGUÊs nota: PARA QUEM CURSA O 9.O ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM 2017 Prova: desafio OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9.o ANO2 Texto para as questões de 2 a 7. A VOZ DA CONSCIÊNCIA E OUTRAS VOZES Minha avó costumava dizer que a consciência é esta vozinha que, dentro de nós, nos diz o que deve ser feito. E depois acrescentava com um suspiro: — O problema é que há muito barulho no mundo. As pessoas agora têm dificuldade de ouvir a consciência. — Minha avó era, portanto, uma pessoa cética. O que ela não sabia é que o mundo evolui – e que existem maneiras sempre novas de transmitir às pessoas a mensagem que elas precisam ouvir. A história que segue é um exemplo... Desde o primeiro dia de aula ficou claro que o Edmundo estava a fim de criar confusão. Ele era novo na escola; o pai, gerente de uma grande empresa, havia sido transferido a pouco para a cidade. Seria de esperar, portanto, que Edmundo se aproximasse de nós, se apresentasse, procurasse fazer amizades. Não foi isso que aconteceu. Foi entrando, um rapaz alto, bonito, muito bem vestido, usando uns estranhos óculos escuros. Não cumprimentou ninguém; escolheu um lugar, no fundo da sala, sentou-se, sacou da mochila uma revista, abriu-a e ficou lendo. Nós o olhávamos, em silêncio. Finalmente, Jorge, que entre nós fazia o papel de relações públicas, aproximou-se dele: — Meu nome é Jorge. Já sabemos que você é novo aqui na escola, e na cidade. Você não gostaria de conhecer o resto da turma? Edmundo mirou-o um instante: — Depois – disse, seco. – Agora estou lendo. (Moacyr Scliar. A voz da consciência e outras vozes. In: Ruth Rocha (org.) Contos da escola. Objetiva: Rio de Janeiro, 2003, pp. 41-42, vol. 2.) QUESTÃO 2 Em “Desde o primeiro dia de aula ficou claro que o Edmundo estava a fim de criar confusão”, a palavra em destaque foi empregada com o mesmo significado com que foi empregada em: a) Os meninos passaram a noite em claro. b)O tempo ficou claro de repente. c) O claro do dia dá segurança às pessoas. d)O discurso não foi claro para mim. e)Mas é claro que vou à festa! RESOLUÇÃO Tanto na frase do enunciado como na alternativa d deste teste, a palavra claro foi empregada no sentido de facilmente inteligível. Resposta: D QUESTÃO 3 No texto, o autor indica que a sequência de ações praticadas por Edmundo no primeiro dia de aula foram a) entrar na sala de aula, não cumprimentar as pessoas, sentar-se no fundo da sala, abrir uma revista e começar a ler. b) entrar na sala de aula, cumprimentar as pessoas, sentar-se no fundo da sala, abrir uma revista e começar a ler. c) criar confusão, usar óculos escuros estranhos, olhar os colegas em silêncio, ler. d) criar confusão, escolher um lugar na sala de aula, abrir uma revista e começar a ler. e) criar confusão, entrar na sala de aula, abrir uma revista e começar a ler. RESOLUÇÃO De acordo com o texto, a ordem das ações praticadas pelo próprio Edmundo foi: entrar na sala de aula, não cumprimentar as pessoas, sentar-se no fundo da sala, abrir uma revista e começar a ler. Resposta: A QUESTÃO 4 No trecho “Foi entrando, um rapaz alto, bonito, muito bem vestido, usando uns estranhos óculos escuros”, as vírgulas foram empregadas para a) separar frases. b) separar explicações. c) intercalar termos. d) isolar palavras. e) introduzir enumeração. RESOLUÇÃO As vírgulas foram usadas para enumerar as características do rapaz que estava entrando na sala aula. Resposta: E QUESTÃO 5 Observe os trechos a seguir I. “O que ela não sabia é que o mundo evolui...” II. “Não cumprimentou ninguém...” Os verbos em destaque exprimem, respectivamente, fato a) I. concluído; II. inacabado no momento em que é narrado. b) I. inacabado no momento em que é narrado; II. concluído. c) I. passado anterior a outro também passado; II. concluído. d) I. incerto, duvidoso; II. supostamente concluído no passado. e) I. supostamente concluído no passado; II. incerto, duvidoso. OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9o ANO3 RESOLUÇÃO Os verbos em destaque, no pretérito imperfeito e no pretérito perfeito do indicativo, exprimem, respectivamente, um fato em realização, inacabado no momento em que é narrado, e um fato concluído. Resposta: B QUESTÃO 6 Em todas as alternativas, a palavra em destaque exerce a mesma função sintática, exceto em a) “O problema é que há muito barulho no mundo”. b) “O que ela não sabia é que o mundo evolui...”. c) “A história que segue é um exemplo...”. d) “... ficou claro que o Edmundo estava a fim de criar confusão”. e) “Já sabemos que você é novo aqui na escola...”. RESOLUÇÃO Nas alternativas a, b, d e e, a palavra que exerce a função de conjunção integrante, pois introduz orações subordinadas substantivas. Na alternativa c, a palavra que exerce a função de pronome relativo, pois se relaciona com um termo antecedente. Resposta: C QUESTÃO 7 Em “Nós o olhávamos, em silêncio”, a mesma regra que justifica a acentuação da palavra em destaque justifica a acentuação de a) consciência. b) avó. c) cética. d) óculos. e) públicas. RESOLUÇÃO As palavras silêncio e consciência são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo crescente. Resposta: A OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9.o ANO4 Texto para as questões de 8 a 13. DIETA DE HOMEM Nas carteiras da escola me ensinaram, segundo o sábio Claude Bernard, que o caráter absoluto da vitalidade é a nutrição; pois, onde ela existe, há vida; onde se interrompe, há morte. Mas não me disseram que, entre os animais humanos, o lado que pende para a morte, por falta de nutrição, é mais numeroso que o lado erguido para a vida. Me ensinaram que os alimentos fornecem ao homem os elementos constituintes da própria substância humana; o homem é o alimento que ele come. Mas não me disseram que existem homens aos quais faltam os elementos que constituem o homem. Homens incompletos, homens mutilados em sua substância, homens deduzidos de certas propriedades humanas fundamentais; homens vivendo o processo de morte. Me ensinaram, no delicado modo condicional, que, sem o concurso de certos alimentos minerais e orgânicos, depressa a vida sobre a terra se extinguiria. Mas não me disseram que, depressa, por toda parte, a vida se extingue, no duro modo indicativo. Me ensinaram que o oxigênio é o primeiro elemento indispensável. Mas não me disseram que só o oxigênio é um bem comum de toda humanidade, salvo em minas e galerias, onde é escasso. Me ensinaram que o carbono, o oxigênio, o azoto, o fósforo e outros minerais são decisivos à vitalidade da célula. Mas não me disseram que aqueles elementos não se encontram no ar que respiramos. E ainda que se encontrarem na terra, acaso digerida por uma criança, seu poder de assimilação é nenhum. Me ensinaram que há alimentos orgânicos ternários e quaternários. Mas não me disseram que dois terços de nossos irmãosmorrem de fome. Me ensinaram que os alimentos ternários, constituídos pelas gorduras e pelos hidratos de carbono são importantíssimos. Mas não me disseram que em cem, dez homens estão, a qualquer hora, às portas da inanição. Me ensinaram que o ovo, o leite e a carne são alimentos extraordinários. Mas não me disseram que em certas regiões do mundo, há homens que consomem ovos, leite e carne em quantidades muito acima das exigências da máquina humana. Me ensinaram que a sensação de fome é acompanhada de contrações gástricas, uma espécie de cãibra no estômago. Mas me disseram isso de maneira impessoal, como se fosse apenas a dedução teórica de um acidente possível. Me ensinaram que as vitaminas são substâncias influentes no crescimento e na saúde, quando elas faltam, comparecem o escorbuto, o beribéri e outras doenças. Mas não me disseram nem onde, nem quantos padecem de avitaminoses. Nas carteiras das escolas me ensinaram muitas coisas. Mas não me disseram coisas essenciais à condição de homem. O homem não fazia parte do programa. (Paulo Mendes Campos. O anjo bêbado. Rio de Janeiro: Sabiá, 1969.) OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9o ANO5 QUESTÃO 8 Sem prejuízo de sentido, as palavras em destaque nas frases a seguir podem ser substituídas pelas sugeridas entre parênteses, exceto em: a) “... que o caráter absoluto da vitalidade é a nutrição...” (soberano). b) “... os alimentos fornecem ao homem os elementos constituintes...” (propiciam). c) “... salvo em minas e galerias, onde é escasso” (insuficiente). d) “... dez homens estão, a qualquer hora, às portas da inanição” (fraqueza). e) “...não me disseram nem onde, nem quantos padecem de avitaminoses” (resistem). RESOLUÇÃO A única substituição que não pode ser feita é aquela indicada na alternativa e – padecer significa sofrer, amargar, e não resistir, como informa a alternativa. Resposta: E QUESTÃO 9 De acordo com o texto, a escola ensinou ao autor que, segundo Claude Bernard, a) a nutrição é indispensável à vida. b) há alimentos que podem matar. c) não há muita gente morrendo de fome. d) pode-se viver sem uma boa alimentação. e) pessoas desnutridas podem ter problemas de caráter. RESOLUÇÃO No primeiro parágrafo, o trecho “o caráter absoluto da vitalidade é a nutrição; pois, onde ela existe, há vida; onde se interrompe, há morte” reproduz concepção atribuída a Claude Bernard, que relaciona nutrição a vida e sua ausência a morte. Resposta: A QUESTÃO 10 O uso do pronome oblíquo para iniciar frases como “Me ensinaram que os alimentos fornecem ao homem...” e “Me ensinaram que o oxigênio...” indica que o texto foi escrito levando-se em conta a) a linguagem culta. b) a linguagem erudita. c) a norma-padrão. d) a linguagem coloquial. e) a linguagem formal. RESOLUÇÃO O uso do pronome oblíquo no início de frases indica que o autor quis reproduzir a maneira com que a maioria dos brasileiros falam – trata-se de uma construção comum quando se pretende exemplificar o uso da linguagem coloquial. Resposta: D OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9.o ANO6 QUESTÃO 11 No trecho “Me ensinaram, no delicado modo condicional...”, o autor quer dizer que, na escola, fala-se sobre o que a) está acontecendo. b) pode acontecer. c) nunca vai acontecer. d) já aconteceu. e) vai acontecer no futuro. RESOLUÇÃO A expressão no delicado modo condicional revela que, na escola, apresentaram-se pos - si bilidades, relações condicionais entre dois eventos (se x, então y), como a extinção da vida na terra e a não ingestão de certos alimentos minerais e orgânicos. Ou seja, ensi - na ram por meio de frases condicionais que, sem certos alimentos, a pessoa mor re ria, em vez de ensinarem, no “duro modo indicativo”, que quem não come certas subs tân - cias alimentícias morre, que muita gente morre por carência alimentar. Resposta: B QUESTÃO 12 No trecho “... a vida se extingue, no duro modo indicativo”, ao usar a expressão destacada, o autor quer dizer que: a) a realidade fornece indicadores do que deve ser ensinado na escola. b) na realidade, ocorrem fatos que a escola apresenta como distanciados do presente. c) não há possibilidade de acontecer, na realidade, o que se afirma na escola. d) na escola, costumam alarmar os alunos sem razão justificável. e) na escola, dão informações e conselhos que não se aplicam à realidade. RESOLUÇÃO O modo verbal indicativo expressa o fato que ocorre, ocorreu ou irá ocorrer. No texto, a expressão metafórica duro modo indicativo aponta para o tempo presente observado em suas desigualdades sociais: “por toda parte, a vida se extingue”. A escola, no en - tan to, de acordo com o narrador, prefere desenvolver o tema morte do ponto de vista cien tífico e apoiada no “delicado modo condicional”, apresentando a interrupção da vi - da como um evento distanciado da realidade imediata. Resposta: B QUESTÃO 13 Da leitura do texto depreende-se que, na escola a que se refere o autor, ensinava-se de maneira a) parcial, pois com base na realidade socioeconômica. b) equivocada, somente considerando-se a realidade social e econômica. c) cautelosa, para não despertar comportamentos de rebeldia social. d) completa, com base em dados científicos. e) incompleta, em razão de o conteúdo ser apresentado desvinculado da realidade social e econômica. OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9o ANO7 RESOLUÇÃO Uma vez que a escola referida pelo autor apresentava o fato real como hipotético, ela permanecia no domínio dos conceitos, sem aproximá-los da realidade, o que significa que ela ensinava de maneira incompleta, desvinculando o conteúdo do contexto social e econômico. Resposta: E Nas questões 14 e 15, assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases a seguir. QUESTÃO 14 Assim que você ____________ os livros em ordem e eu _________ que está tudo certo, libero você para as férias. a) por – vier. b) pôr – vir. c) pôr – ver. d) puser – vir. e) puser – ver. RESOLUÇÃO As lacunas devem ser completadas com os verbos pôr e ver no futuro do subjuntivo: puser e vir. Resposta: D QUESTÃO 15 Nós estamos _________ apressadas, pois o pessoal ___________ outro compromisso logo após a reunião __________ . a) meio – terá – conosco. b)meio – terão – conosco. c) meias – terá – com nós. d)meia – terão – com nós. e)meia – terá – conosco. RESOLUÇÃO A palavra meio, empregada na frase como advérbio, é invariável; o sujeito o pessoal requer verbo na terceira pessoa do singular; com exceção dos casos em que preposição e pronome são seguidos de adjunto (“com nós mesmos”), a combinação da preposição com com o pronome nós resulta na forma conosco, junção de com e nosco, sendo esta última partícula uma combinação de nós e com. Resposta: A OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9.o ANO8