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TA 2 – Tributário II 1-Acerca de crédito tributário (B) As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos ou as garantias ou os privilégios a eles atribuídos, ou que excluem a sua exigibilidade, podem afetar o seu lançamento, mas não, a obrigação que lhe deu origem. 2- Um contribuinte foi autuado por ter praticado infração tributária. Assim, contra ele foi lavrado auto de infração cobrando o tributo sonegado e estipulando as penalidades. Após a defesa administrativa, ele conseguiu diminuir o valor referente à multa aplicada. Na situação hipotética acima descrita, (A) o crédito tributário foi alterado, ficando intacta a obrigação tributária 3-Considere: I. A modalidade de lançamento a ser aplicada pelo fisco por ocasião da constituição do crédito tributário é a que impõe o menor ônus ao contribuinte, inclusive quanto às opções fiscais relativas a regimes de apuração, créditos presumidos ou outorgados e demais benefícios fiscais que o contribuinte porventura não tenha aproveitado. IV. O lançamento de ofício é o formalizado quando a autoridade fazendária identifica diferenças no crédito tributário constituído espontaneamente pelo contribuinte. Está correto 4-Dentre as alternativas abaixo, aponte aquela que estiver correta: A -o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária e, também, rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada; 5-Segundo jurisprudência pacífica do STJ, quando compete ao contribuinte o pagamento antecipado do tributo e este não o faz, mas cumpre com obrigação tributária acessória de entrega de declaração reconhecendo o débito fiscal, (E) haverá constituição do crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do Fisco. 6-Dispõe o art. 144, do CTN que “o lançamento reporta se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada”. Esta regra legal encontra fundamento de validade no princípio constitucional da: (A) irretroatividade da lei tributária. 7-Um contribuinte, tendo de prestar declarações à autoridade administrativa tributária, o fez desobedecendo ao prazo e à forma previstos na legislação vigente. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta acerca da modalidade de lançamento desse ato do referido contribuinte E- A hipótese levantada é a de lançamento direto ou de ofício 8-O fisco, ao exercer o seu poder de polícia, encontrou empresa que sonegava tributos, o que propiciou a lavratura de auto de infração contra a empresa e a cobrança dos tributos devidos e das penalidades relativas aos fatos constatados, sendo o auto entregue imediatamente na empresa. Com relação a essa situação, assinale a opção correta. B- A circunstância descrita constituiu o crédito tributário. 09- Com base no Direito Tributário, julgue o item que segue: Se, na importação de produtos eletrônicos originados da Coréia, determinada pessoa jurídica brasileira pagou US$ 10.000,00, o preço pago pelos produtos deverá ser convertido em moeda nacional ao câmbio do dia do lançamento, para fins de apuração do valor do imposto de importação devido. ERRADO – JUSTIFICATIVA - LEI Nº 5172/1966 (DISPÕE SOBRE O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E INSTITUI NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO APLICÁVEIS À UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS) Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação. 10 – De acordo com a jurisprudência do STJ, na sucessão empresarial, a sucessora não é responsável pelos tributos e multas (moratórias ou punitivas) devidos pela sucedida. ERRADA – JUSTIFICATIVA - Súmula 554/STJ - Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não apenas os tributos divididos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão. 11 – Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. CERTO – JUSTIFICATIVA - Trata-se de redirecionamento, o STJ tem o entendimento de que a empresa deixa de funcionar em seu domicilio fiscal sem comunicar os órgãos competentes é o caso de extinção irregular da pessoa jurídica o que por si só permite colocar o sócio da empresa no polo passivo da execução fiscal sem alterar a CDA. Cabe a fazenda pública fundamentar a inclusão do sócio do polo passivo da execução fiscal. 12 - O descumprimento da obrigação tributária principal, ou seja, o não pagamento do tributo, caso não haja dolo ou fraude, não caracteriza infração legal, de modo que a mora é da empresa, e o gestor não passa a ser pessoalmente responsabilizado CERTO - JUSTIFICATIVA - É imprescindível para a responsabilização pessoal a atuação dolosa do gerente ou diretor, devendo ser cabalmente comprovada. A infração a que se refere o art. 135 é subjetiva (e não objetiva), e dolosa, e é sabido que o dolo não se presume. O art. 135 verifica-se por meio de responsabilidade pessoal, a qual não depende de insolvência do contribuinte, sendo esta observada por substituição, em que o responsável age com excesso de poder ou infração à lei, contrato ou estatuto social. 13 -O benefício da denúncia espontânea se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação, quando, embora declarados, sejam pagos a após esgotamento do prazo de vencimento. ERRADO - JUSTIFICATIVA - Súmula 360 do STJ. O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo. Segundo Eduardo Sabbag: A explicação é simples: é pressuposto essencial da denúncia espontânea o total desconhecimento do Fisco quanto à existência do tributo denunciado. Nesse passo, ao se apresentar uma declaração ao Fisco, formaliza-se, para o STJ, a existência do crédito tributário, permitindo-se até que se inscreva o valor não pago em dívida ativa. 14 - Conforme a jurisprudência do STJ, a entrega de declaração (obrigação acessória) pelo contribuinte não é ao hábil para constituir o crédito tributário, caracterizando confissão de dívida. ERRADO - JUSTIFICATIVA - De acordo coma súmula 436 do STJ, a entrega da Declaração pelo contribuinte reconhecendo o débito fiscal, constitui o Crédito Tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do Fisco. 15 - É constitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo, que tem o condão de suspender a exigibilidade do crédito tributário. ERRADO - JUSTIFICATIVA - Súmula vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. Muito embora, diferentemente do processo civil, a garantia do juízo seja requisito de admissibilidade para oposição de embargos à execução. Destaca-se tal modalidade, uma vez que é a única do rol taxativo do art. 151 do CTN (art. 141 do CTN) que suspende a incidência de juros e multa: a correção do valor se dará na conta judicial. 16- A jurisprudência do STJ é no sentido de que, para suspender a exigibilidade do crédito tributário, basta que o depósito em dinheiro seja feito, mesmo que parcialmente. ERRADA - JUSTIFICATIVA - A suspensão da exigibilidade do crédito tributário, só é admissível mediante depósito integral em dinheiro na forma prevista nos arts. 151, II do CTN e 9 par. 4. da lei 6.830/80. Só o depósito integral do débito em dinheiro. 17 - É possível que sujeito passivo de obrigação principal figure como responsável, ainda que a obrigação não decorra de disposição expressa em lei. ERRADA - JUSTIFICATIVA - Art. 124. São solidariamente obrigadas: I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constituao fato gerador da obrigação principal; II - as pessoas expressamente designadas por lei. Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem. 18 - De acordo com a sistemática do CTN, a lei pode atribuir expressamente a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, ainda que não vinculada ao fato gerador da obrigação ERRADA - JUSTIFICATIVA - Art. 128 do CTN expressamente que a lei pode atribuir a responsabilidade pelo crédito a terceira pessoa, desde que vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação. 19 -De acordo com o estabelecido no CTN, obrigação e responsabilidade tributária são equivalentes, não se podendo atribuir responsabilidade tributária a terceira pessoa que não o contribuinte. ERRADA - JUSTIFICATIVA - A responsabilidade tributária pode ser atribuída tanto ao contribuinte quanto ao responsável tributário, não ficando a obrigação de pagar o débito tributário restrito apenas à figura do contribuinte. Sendo assim, desde que a lei preveja a responsabilidade do terceiro e de que este tenha vinculação com o fato gerador da respectiva obrigação, é possível que a obrigação tributária seja imputada, de maneira principal ou subsidiária, ao terceiro. É o que dispõe o art. 128 do CTN: Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. 20 - ‘Contribuinte’ é aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que constitui fato gerador. CERTO - JUSTIFICATIVA - Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: I - Contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; 21 - Sabendo-se que a fonte pagadora é responsável pela retenção do imposto de renda, não pode ser imputada ao contribuinte a obrigação pelo pagamento do tributo, caso o imposto não tenha sido recolhido. ERRADA - JUSTIFICATIVA - o empregado caso o empregador não pague terá responsabilidade subsidiária. De acordo com decisão recente do STJ, determina-se que se a fonte pagadora não recolher o imposto, o contribuinte não estará isento da responsabilidade subsidiária pelo pagamento. 22 - A lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ou não ao fato gerador da respectiva obrigação, desde que se exclua totalmente a responsabilidade do contribuinte. ERRADA - JUSTIFICATIVA - a Terceira pessoa precisa estar vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação. Art. 128, CTN. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. 23 - O responsável ou sujeito passivo indireto é todo aquele obrigado ao pagamento do tributo ou penalidade pecuniária, mesmo sem revestir-se da condição de contribuinte ERRADA - JUSTIFICATIVA - Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: II - Responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. A afirmativa supracitada nos informa que o responsável é aquele obrigado ao pagamento do tributo ou penalidade pecuniária, mesmo sem revestir-se da condição de contribuinte, ou seja, contribuinte ou não. Isso está errado, pois se é contribuinte, não é responsável. 24 – O cônjuge meeiro é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da adjudicação ou da partilha, limitada a responsabilidade ao montante do quinhão, legado ou meação. CERTA - JUSTIFICATIVA - Regra do art. 131 do CTN: R1 -> Até a data da abertura da sucessão = Responsabilidade do espólio; R2 -> Até a data da partilha ou adjudicação = Sucessor a qualquer título ou cônjuge meeiro. Portando, assertiva correta. Lembrando que, conforme art. 134, IV o inventariante pode vir a responder solidariamente pelos tributos devidos pelo espólio na hipótese deste ser impossibilitado de cumprir a obrigação principal.
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