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Pré natal sanar residencia médica

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ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL
Capítulo 
2
DO QUE VOCÊ PRECISA SABER
 u A propedêutica laboratorial e ultrassonográfica em cada trimestre.
 u Quando referenciar o pré-natal de alto risco para assistência mais especializada.
 u Saber as indicações de profilaxia intraparto para Streptococcus agalactiae.
 u Recomendações vacinais.
 u Entender as queixas mais comuns que aparecem durante a gravidez
 u Reconhecer alguns agentes teratogênicos.
 u Conhecer as leis que protegem a gestante.
1. AVALIAÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL
A avaliação pré-concepcional se refere a um con-
junto de medidas para determinar o momento ideal 
para que a gestação ocorra, além da identificação 
de riscos que possam complicar a gestação, sejam 
relacionados a aspectos sociais, comportamentais, 
ambientais ou biomédicos. Engloba aconselha-
mento, educação em saúde e prevenção de des-
fechos desfavoráveis. 
Deve-se esclarecer à mulher as alterações que a 
gestação e a maternidade podem trazer à vida, 
incluindo tanto as modificações fisiológicas da 
gestação quanto aquelas nas áreas afetiva, psíquica, 
social, profissional e econômica.
É fundamental que seja feito antes da gestação, 
pois há situações em que a intervenção precoce é 
eficaz, como, por exemplo, o controle glicêmico, a 
suplementação de ácido fólico e a troca de medi-
cações em uso por outras permitidas na gestação, 
pois o 1o trimestre é de alto risco para teratogênese 
e muitas grávidas iniciam o pré-natal tardiamente, 
após essa fase.
Na consulta é feita uma anamnese detalhada com 
antecedentes pessoais, familiares, ginecológicos 
e obstétricos, os hábitos de vida e o interrogatório 
sobre os diversos aparelhos, além de exame clínico 
e ginecológico cuidadoso. Também será solicitada 
uma avaliação laboratorial das principais doen-
ças que podem afetar o curso da gravidez, como 
diabetes, tireoidopatias, infecções sexualmente 
transmissíveis, anemias, hemoglobinopatias e 
incompatibilidade sanguínea.
Deve-se investigar infertilidade, mau passado obs-
tétrico, doenças crônicas, uso e abuso de substân-
cias, idade avançada ou adolescência. A história 
familiar é importante para avaliar doenças genéticas 
e tromboembólicas. E não podemos esquecer de 
checar e atualizar o status vacinal da paciente.
Caso seja identificada alguma possível situação 
de risco durante a avaliação, é importante orien-
tar a gestante a respeito desses riscos e fazer as 
intervenções precocemente visando à proteção 
para que uma futura gravidez seja saudável para o 
binômio materno-fetal.
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Capítulo 2
52
 DIA A DIA MÉDICO
Muitas vezes nos deparamos com situações que são 
sabidamente de risco e somos obrigados a desencorajar 
uma gestação. Entretanto, a nossa função é de orientação. 
A decisão de arriscar ou não é da família. O importante 
é que ela tenha recebido todas as orientações possíveis 
para tomar essa decisão com sabedoria.
2. O PRÉ-NATAL
O pré-natal representa papel fundamental na pre-
venção e/ou detecção precoce de patologias mater-
nas e fetais, permitindo o desenvolvimento e o 
nascimento de uma criança saudável, reduzindo 
ao máximo os riscos para a mãe. Sendo assim, é 
um instrumento importante na redução da morbi-
mortalidade materna e infantil. 
Essa assistência é embasada na prevenção, na 
identificação precoce e no tratamento específico 
das gestantes com alta probabilidade de ter evolu-
ção complicada.
Alguns pontos são cruciais para que o pré-natal 
atinja seus objetivos, como início precoce, boa 
adesão, profissionais habilitados, estimativa fiel 
da idade gestacional, identificação de pacientes 
de risco para complicações, serviço de apoio para 
internações e avaliação constante do estado de 
saúde da mãe e do feto. 
Além disso, é também um momento de troca de 
experiências e conhecimentos necessários à promo-
ção e compreensão de toda essa nova realidade que 
garantem o bem-estar físico e emocional ao longo 
dos processos da gestação, parto e nascimento.
2.1. CONSULTAS
A Organização Mundial de Saúde orienta no mínimo 
seis consultas para que seja considerada uma boa 
assistência pré-natal, divididas da seguinte forma: 
1 consulta no 1º trimestre, 2 consultas no 2º tri-
mestre e 3 consultas no 3º trimestre.
Porém, sempre que possível, a periodicidade ideal 
seria de consultas mensais até 28 semanas, quin-
zenais até 36 semanas e a partir daí semanais, até 
o parto. Nesse caso, ainda é feita uma consulta de 
retorno 15 dias após a primeira para checagem de 
exames complementares solicitados no primeiro 
atendimento. Como você irá conferir na questão 1, 
essa periodicidade cai em provas.
Tabela 1. Periodicidade das consultas da pré-natal
Mínimo recomendado 
(6 consultas) Periodicidade ideal
1º trimestre: 1 consulta Até 28 semanas: consultas mensais
2º trimestre: 2 consultas 28 – 36 semanas: quinzenais
3º trimestre: 3 consultas 36 – parto: semanais
Fonte. Ministério da Saúde – Referencia 4
Gestantes de alto risco necessitam de retornos 
ainda mais frequentes, de acordo com a sua doença 
de base.
 DIA A DIA MÉDICO
Não existe ‘’alta’’ do pré-natal. Essa gestante deve ser 
acompanhada até o parto e ainda ter garantido o seu 
retorno puerperal para revisão. 
2.1.1. PRIMEIRA CONSULTA
Momento do contato inicial da gestante com o 
obstetra, em que serão estabelecidos vínculos de 
confiança e empatia. 
Na ocasião, é feita avaliação geral do estado mater-
no-fetal, estima-se a idade gestacional e são dadas 
orientações sobre as mudanças do organismo 
materno e da importância da atividade física, da 
alimentação balanceada e de cuidados com saúde 
bucal. Além disso, são pontuados assuntos como 
a periodicidade e a rotina das consultas, é feita a 
orientação sobre urgência e emergência, além de 
serem discutidas as responsabilidades e expecta-
tivas da gestante sobre a sua situação. 
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Cap. 2
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É também uma oportunidade de fazer a primeira 
abordagem sobre a importância do aleitamento 
materno, tipos de parto e tirar as dúvidas referentes 
ao período gestacional.
2.1.1.1. Anamnese 
A anamnese é completa, com informações sobre 
a história pessoal, social, econômica, passado de 
doenças crônicas e cirurgias, vacinação, gestações 
anteriores, dados psiquiátricos e/ou psicológicos, 
vícios, passado obstétrico e IST.
É necessário que se saiba a DUM (data do 1º dia 
da última menstruação) tanto para estimar a idade 
gestacional quanto para calcular a data provável do 
parto (DPP), correspondendo a 40 semanas, pela 
regra de Naegele.
Para realizar esse cálculo, nos meses de janeiro a 
março são somados à DUM sete dias e nove meses, 
e nos meses de abril a dezembro somam-se sete 
dias e subtraem-se três meses. Lembrando que 
o resultado dos dias só pode atingir até 30/31 e o 
resultado dos meses só pode atingir até 12, adicio-
na-se o excedente ao próximo mês ou ano.
Janeiro a março Acrescentar 7 dias e 9 meses à DUM
Abril a dezembro Acrescentar 7 dias e subtrair 3 meses à DUM
Outro ponto importante é saber usar a terminologia 
para descrever a paridade de uma paciente. O sufixo 
GESTA (G) é para identificar o número de gestações, 
independentemente do desfecho ou duração de cada 
uma delas, sendo nuligesta a que nunca engravidou, 
e primigesta e secundigesta as que estão na primeira 
e segunda gestação, respectivamente.
Já o sufixo PARA (P) é para informar a quantidade de 
partos de fetos com mais de 20 semanas e/ou com 
peso acima de 500 g. Sendo assim, primípara, secun-
dípara e multípara são termos usados para designar 
a mulher que pariu ou vai parir pela primeira vez, 
segunda e terceira vez (ou mais), respectivamente.
Para fins técnicos, as gestações que não evoluem além 
de 20 semanas são colocadas como abortamento, 
independentemente da causa da perda (ectópica, 
mola, gestação anembrionada, aborto).
Um exemplo: G3 P0 A2 – essa paciente encontra-
-se em sua terceira gestação e as outras duas não 
evoluíram além de 20 semanas.
 DIA A DIA MÉDICO
No caso de gestação gemelar, serão consideradosapenas 
uma gestação e um parto na terminologia.
Quando houver antecedente de abortamento, deve-se 
avaliar se a perda foi precoce ou tardia, espontânea ou 
provocada, e se houve necessidade de esvaziamento de 
cavidade endometrial.
2.1.1.2. Exame Físico 
O exame físico completo deve ser realizado na pri-
meira consulta da gestação, o que inclui inspeção 
geral da pele, verificação de mucosas, temperatura, 
peso, estatura, ausculta cardíaca e respiratória, palpa-
ção do tireoide, abdome e exame das extremidades.
O peso será aferido em todas as consultas, mas logo 
na primeira faz-se o cálculo do IMC para adequar o 
ganho de peso ideal na gestação. Para a gestante 
com peso adequado, espera-se um ganho ponderal 
em torno de 11,5 kg até 16 kg durante a gestação. 
Para a obesa, o ganho ponderal deve ser entre 5 kg 
e 9 kg. A paciente com sobrepeso deve apresentar 
ganho entre 7 kg e 11,5 kg, e a mulher com baixo 
peso, entre 12,5 kg e 18 kg. 
Existem evidências de que o ganho de peso materno 
na gravidez influencia o peso ao nascer. Sendo 
assim, a desnutrição materna está relacionada ao 
baixo peso ao nascer e ao parto prematuro, enquanto 
a obesidade pode gerar macrossomia fetal e maior 
chance de cesariana.
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Capítulo 2
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Tabela 2. Classificação e limites de Índice de 
Massa Corporal (IMC), segundo ganho de peso 
considerado normal durante a gravidez
Classificação IMC pré-gravídico
Ganho de 
peso (kg)
Baixo <19,8 12,5 a 18,0
Normal 19,8 a 26,0 11,5 a 16,0
Elevado >26,0 a 29,0 7,0 a 11,5
Obeso >29,0 ≤ 7,0
Fonte. FEBRASGO, 2014.
O exame de vulva e vagina inclui inspeção, exame 
especular com visualização do colo uterino e toque 
vaginal. Deve-se avaliar possíveis lesões sexual-
mente transmissíveis e secreções patológicas. No 
toque digital, avalia-se comprimento, consistência 
e dilatação do colo uterino. 
O exame das mamas é obrigatório, pois, além de 
procurar alterações patológicas, já antecipa possí-
veis fatores que dificultarão a amamentação. 
O exame obstétrico inclui medida da altura uterina 
e ausculta dos batimentos cardíacos fetais, além 
das manobras de Leopold. 
A altura de fundo uterino (AFU) auxilia no rastreamento 
das alterações do crescimento fetal, do volume de 
líquido amniótico e de gestação múltipla, quando a 
ultrassonografia não é de fácil acesso. A paciente 
precisa estar em decúbito dorsal, com as pernas 
estendidas e a bexiga vazia. A medida é realizada com 
fita métrica entre a sínfise púbica e o fundo uterino.
Figura 1. Medida do fundo uterino
Fonte. FEBRASGO, 2014
Figura 2. Altura do fundo do útero durante o envolver da gestação
IDADE GESTACIONAL ALTURA UTERINA
12 SEMANAS Sínfise púbica
16 SEMANAS Entre s sínfise púbica e a cicatriz umbilical
20 SEMANAS Cicatriz umbilical
20 - 32 SEMANAS Crescimento de 1cm/ semana
> 32 SEMANAS Crescimento de 0,5cm/semana
Fonte. REZENDE, 2011.
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Cap. 2
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1ª manobra. Avalia situação fetal 2ª manobra. Avalia posição fetal
3ª manobra. Avalia apresentação fetal 2ª manobra. Avalia insinuação fetal
Figura 3. Manobras de Leopold- Zweifel
Fonte. REZENDE, 2011
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Capítulo 2
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4 manobras 
de Leopold- 
Zweifel.
1. Situação: 
Lngitudinal,
transversa ou oblíqua
3. Apresentação Fetal:
Cefálica, pélvica 
ou cómica
2. Posição fetal: 
Diz respeito ao lado do 
dorso fetal em relação 
ao lado D ou E materno
4. Insinuação:
Mostra o quando o 
feto está preenchendo 
a pelve materna
 DIA A DIA MÉDICO
Ao aferir a AFU, o correto seria colocar o valor na curva 
para avaliar o percentil, mas saiba que entre a 20ª e a 34ª 
semana de gestação, a AFU pode ser correlacionada à idade 
gestacional. Uma diferença acima de 3 deve ser investigada.
Os batimentos cardíacos fetais são detectáveis com 
o sonar Doppler entre 9 e 12 semanas, ao passo que a 
ausculta com o estetoscópio de Pinard é possível a partir 
de 16 semanas.
2.1.1.3. Alto Risco
Caso haja critérios de indicação de pré-natal de alto 
risco, é importante frisar que o acompanhamento 
será realizado por obstetra em rede especializada 
e esclarecer as dúvidas, enfatizando a importância 
de adesão às consultas e terapêuticas indicadas.
Há critérios para se considerar uma gestação como 
alto risco, baseados nas comorbidades maternas, 
história social, antecedentes gestacionais, inter-
corrências maternas ou fetais durante a gestação:
Quadro 1. Critérios para encaminhamento ao alto risco.
Comorbidades maternas Antecedentes obstétricos Intercorrências maternas Intercorrências fetais
Hipertensão Cardiopatias, trom-
boses, endocrinopatias, DM, 
LES, entre outras.
Óbito fetal de causas desco-
nhecidas, eclâmpsia, aborta-
mento de repetição, aborta-
mentos tardios, infertilidade, 
entre outros.
Infecções, hipertensão, dia-
betes gestacional, anemias, 
exacerbações asmáticas, in-
suficiência istmocervical, entre 
outras.
Malformações, gemelaridade, 
CIUR, hidropsia, hidrocefalia, 
polidrâmnio, oligodrâmnio, en-
tre outras.
Fonte. Ministério da Saúde.
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Cap. 2
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Mulheres com DM, hipo ou hipertireoidismo, LES, 
DRC, obesidade, hipertensão arterial e cardiopa-
tias congênitas possuem risco elevado de óbito 
materno ou fetal.
Algumas situações não indicam alto risco, apenas 
uma maior observação, como as mulheres que 
tiveram intervalo curto entre partos, menor que 
dois anos, pois podem desenvolver complicações, 
visto que seu organismo ainda não está preparado, 
tendo suprimido as suas reservas nutricionais e 
orgânicas para uma nova gestação. Outro exemplo 
são mulheres com intervalo entre partos longo, 
maior que 10 anos, devido ao fato de o organismo 
comportar-se como o de uma nulípara. Algumas 
gestantes são vulneráveis, como as adolescen-
tes que sofrem mais com quadros de hiperêmese 
gravídica e prematuridade, enquanto as gestantes 
com idade avançada (> 35 anos) estão relacionadas 
a malformações cromossômicas e doença hiper-
tensiva grave. 
2.1.2. SEGUIMENTO DA GESTAÇÃO
Nas consultas seguintes, o exame clínico completo 
não precisa ser repetido nas gestantes de baixo 
risco, mas é rotineiro que peso materno, pressão 
arterial e altura uterina e ausculta dos batimentos 
cardíacos fetais sejam feitos em todas as consultas. 
Caso haja alguma queixa, o exame físico será dirigido, 
assim como o exame especular e o toque digital, que 
devem ser realizados sempre que houver queixa de 
perdas vaginais ou contrações, respectivamente.
Em toda consulta, deve-se questionar sobre movi-
mentação fetal e anotar adequadamente na cader-
neta da gestante os dados obtidos.
 DIA A DIA MÉDICO
Após o parto, ainda há a necessidade de avaliação da mulher 
e do recém-nascido na primeira semana e de consulta 
puerperal até o 42º dia pós-parto.
2.2. EXAMES LABORATORIAIS
Os exames laboratoriais são importantes para o 
rastreamento e prevenção de possíveis doenças. 
Cada serviço costuma ter seu próprio protocolo. 
Vocês encontrarão detalhes sobre as alterações 
deles nos respectivos capítulos.
Tabela 3. Exames subsidiários recomendados de acordo com o trimestre da gestação
Primeiro Trimestre Segundo Trimestre Terceiro Trimestre
Tipagem sanguínea (ABO/Rh) e Teste de 
Coombs indireto se indicado;
Hemograma completo;
Glicemia de jejum;
Urina I com urocultura/antibiograma;
Sorologias: rubéola, toxoplasmose, sífilis, 
citomegalovírus, hepatite B, hepatite C 
e HIV;
TSH;
Protoparasitológico de fezes (PPF);
Colpocitologia oncológica;
Ultrassonografia morfológica de 1º tri-
mestre com perfil
Bioquímico.
Hemograma completo;
Teste de tolerância oral à glicose (TTOG) 
de 75 g;
Sorologias: toxoplasmose e sífilis;
Ultrassonografia morfológica de 2º tri-
mestre com Dopplerfluxometria colorida 
das artérias uterinas maternas e avaliação 
do colo por via vaginal.
Hemograma completo;
Sorologias: sífilis, toxoplasmose, hepatite 
B e HIV;
Urina I com urocultura/antibiograma.
Cultura seletiva para estreptococo hemo-
lítico de introito vaginal e perianal;
Ultrassonografia obstétrica comDoppler-
fluxometria colorida;
Ecocardiografia fetal;
Cardiotocografia basal.
Fonte. FEBRASGO, 2014.
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Capítulo 2
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 DIA A DIA MÉDICO
Serviços credenciados à rede cegonha (programa do 
SUS que propõe a melhoria do atendimento às mulheres 
durante a gravidez, o parto e o puerpério) incluem eletro-
forese de hemoglobina para todas as gestantes.
A sorologia para citomegalovírus não é solicitada de rotina, 
pois, além de não haver tratamento, caso haja a infecção, 
o vírus pode reativar em pessoas imunocompetentes, 
sem motivo aparente.
2.2.1. TIPO SANGUÍNEO E PESQUISA DE 
ANTICORPOS IRREGULARES (COOMBS 
INDIRETO)
Fazem parte do rastreamento da doença hemolítica 
perinatal e são solicitados na primeira consulta. 
O coombs indireto é repetido mensalmente para as 
gestantes RhD-negativo com parceiro RhD-positivo. 
Alguns protocolos indicam sua pesquisa para todas, 
inclusive para pacientes RhD-positivo, mas, nesse 
caso, se vier negativo, a pesquisa está encerrada 
e não será necessário repeti-la.
2.2.2. HEMOGRAMA
 BASES DA MEDICINA
Algumas alterações nos valores de referência são decor-
rentes da adaptação circulatória observada na gestante 
e constituem alterações do volume e da constituição do 
sangue. O volume sanguíneo materno aumenta, atingindo 
valores 30 a 50% maiores, causando hemodiluição, o que 
leva à anemia dilucional, fisiológica da gestação.
O hemograma fornece dados importantes sobre os 
elementos do sangue, lembrando que os valores de 
referência são diferentes da população em geral.
 X Anemia: hemoglobina < 11 g/dL e hematócrito < 32%
 X Leucocitose: > 14.000/mm3
 X Plaquetopenia: < 100.000/mm3
2.2.3. SOROLOGIAS
a) rubéola
A Organização Pan-Americana da Saúde declarou 
a eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola 
congênita nas Américas, em abril de 2015, onde não 
há mais evidência da transmissão endêmica dessas 
doenças por cinco anos consecutivos. Portanto, o 
Ministério da Saúde recomenda que não seja rea-
lizado o exame sorológico com pesquisa de IgM 
para rubéola, na rotina de pré-natal para gestantes 
assintomáticas. Solicita-se apenas a sorologia IgG e, 
caso negativo, orienta-se a vacinação no puerpério.
b) toxoplasmose
A investigação é pela detecção dos anticorpos IgG 
e IgM, e a repetição será baseada de acordo com 
o resultado encontrado. Lembrando que gestantes 
suscetíveis precisam repetir a sorologia mensal-
mente ou bimensalmente, a depender do protocolo 
do serviço, até 36 semanas. Em gestantes imunes e 
imunocompetentes, a pesquisa está encerrada. Mais 
detalhes no capítulo específico de toxoplasmose.
c) hepatites B e C
Solicitadas na primeira consulta e repetidas se a 
gestante apresentar fatores de risco para hepatite 
ou suspeita de exposição.
d) sífilis
O Ministério da Saúde preconiza o rastreamento 
pelo VDRL e, se positivo, indica a realização do 
FTA-ABs para confirmação.
e) vírus da imunodeficiência humana (HIV)
O rastreamento é realizado pelo método Elisa, que 
detecta anticorpos para HIV 1 e 2.
2.2.4. GLICEMIA EM JEJUM
Deve ser solicitado no 1o e no 3o trimestre.
 X < 92 mg/dL: normal e, nesse caso, fazer teste de 
tolerância à glicose oral de 75 g entre 24 e 28 se-
manas para todas as gestantes (o período corre-
to para a solicitação desse exame é importante, 
como você pode conferir nas questões 1 e 5).
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Cap. 2
59
 X 92 a 125 mg/dL definem o diagnóstico de diabe-
tes mellitus gestacional.
 X ≥ 126 mg/dL será considerado overt diabetes, 
ou seja, diabetes prévio à gravidez, porém não 
diagnosticado.
Esse tema será abordado com mais detalhes no 
Capítulo de Diabetes gestacional.
2.2.5. HORMÔNIO TIREOESTIMULANTE 
(TSH) 
 BASES DA MEDICINA
A regulação da tireoide está alterada na gravidez em 
razão de três modificações: redução dos níveis séricos 
de iodo pelo aumento da taxa de filtração glomerular 
e pelo consumo periférico, aumento da produção e da 
glicosilação da globulina transportadora de hormônios 
tireoidianos com consequente aumento das frações liga-
das dos hormônios e estimulação direta dos receptores 
de TSH pelo hCG.
Por isso, o TSH é solicitado para rastreamento de 
tireoidopatias. Entretanto, não está presente em 
todos os protocolos.
2.2.6. URINA TIPO I COM UROCULTURA
Que seja, de preferência, a urina da manhã.
Avalia as características gerais, a presença de ele-
mentos anormais e a microscopia do sedimento. 
A gestante tem indicação de tratar bacteriúria 
assintomática.
 DIA A DIA MÉDICO
Para gestantes que apresentarem duas cistites ou uma 
pielonefrite, é indicada a profilaxia antibiótica até o final 
da gestação com nitrofurantoína ou amoxicilina. A uro-
cultura deve ser repetida mensalmente. 
2.2.7. PROTOPARASITOLÓGICO DE FEZES 
(TRÊS AMOSTRAS)
É importante principalmente para casos de ane-
mias, que podem ter como única causa parasi-
toses intestinais.
2.2.8. COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA 
(PAPANICOLAOU)
Pode e deve ser feito caso esteja em atraso.
2.2.9. ESTREPTOCOCOS DO GRUPO B 
 BASES DA MEDICINA
O Streptococcus agalactiae, único representante do 
estreptocococos do grupo B, faz parte da flora gastroin-
testinal e está presente na vagina ou no ânus de 10 a 30% 
das gestantes. Pode ser transmitido verticalmente, com 
altas taxas de complicações no recém-nascido, sendo 
responsável por mais da metade dos casos de sepse 
neonatal grave em recém-nascidos a termo.
O rastreio para deve ser feito para todas as gestan-
tes com idade gestacional entre 35 e 37 semanas 
(no máximo 5 semanas antes do parto) através da 
cultura de swab do introito vaginal e perianal.
Entretanto, pacientes que já tiveram filho anterior 
com sepse neonatal por estreptococo do grupo B 
ou que apresentaram urocultura na gestação atual 
positiva para estreptococo do grupo B estão dis-
pensadas da coleta, pois, nesses casos, a profilaxia 
intraparto é imperativa.
Nas gestantes que não realizaram a coleta, ou 
seja, se o resultado da pesquisa de estreptococo 
for desconhecido, deverão receber a profilaxia 
caso apresentem: febre intraparto (≥ 38oC) e/ou 
trabalho de parto prematuro (< 37 semanas) e/ou 
bolsa rota há mais de 18h.
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Capítulo 2
60
Quadro 2. Indicações de profilaxia intraparto
Swab vaginal/
perianal positivo 
Filho anterior 
acometido Febre intraparto
Urocultura 
positiva na 
gestação atual
Prematuridade
Bolsa rota 
prolongada
Fonte. Zugaib
As gestantes que fazem cesárea eletiva, ou seja, fora 
de trabalho de parto e com bolsa íntegra, não têm 
necessidade de fazer a profilaxia mesmo se apre-
sentarem os critérios já citados. Confira a questão 6.
A antibioticoterapia de escolha é penicilina G cris-
talina, dose de ataque 5 milhões de UI, EV, dose 
de manutenção 2,5 milhões UI, EV, 4/4h até o nas-
cimento, ou ampicilina 2 gramas EV seguida de 
manutenção 1 grama 4/4 horas.
Tabela 4. Posologia da profilaxia intraparto
Antibiótico 
de escolha Ataque Manutenção
Penicilina G 
Cristalina 5 milhões UI, EV
2,5 milhões UI, 
EV, 4/4 horas
Ampicilina 2 gramas, EV 1 grama, EV, 4/4 horas
Fonte. Zugaib
Pacientes alérgicas a penicilina podem receber 
cefazolina 2 gramas de ataque seguida de 1 grama 
de manutenção a cada 8 horas, ou eritromicina 
500 mg 6/6h ou clindamicina 900 mg 8/8h. Even-
tualmente, 1 grama de vancomicina 12/12 horas 
até o parto.
2.3. ULTRASSONOGRAFIAS
 BASES DA MEDICINA
Não há estudos que comprovem redução na morbimor-
talidade com realização de exames ultrassonográficos 
de rotina durante a gestação. Portanto, a não solicitação 
deles não constitui uma omissão ou reduz a qualidade do 
pré-natal, não constituindo um exame obrigatório a ser 
realizado, segundo o Ministério da Saúde.
Entretanto, consideramos sim que seja uma ferra-
menta indispensável, que não traz prejuízo à saúde 
da gestante e do feto e é muito útil para lidar com 
preocupações como restrição do crescimento fetal, 
investigação do bem-estar fetal e na avaliação de 
complicações clínicas, então, sempre que disponível, 
ele pode e deve sersolicitado.
Alguns locais utilizam quatro USG, e são elas a USG 
obstétrica, de preferência com até 10 semanas de 
idade gestacional, USG morfológica de primeiro 
trimestre, USG morfológica no segundo trimestre e 
USG obstétrico após 34 semanas. Isso pode variar 
de instituição e de disponibilidade e acesso no SUS.
A USG inicial, quando realizada no 1º trimestre, 
é extremamente confiável para datar a gravidez, 
calculando a IG com maior precisão (estimada pelo 
comprimento da cabeça-nádega – CCN). Além 
disso, é importante para avaliar se a gestação é 
tópica, a corionicidade da gestação múltipla e a 
viabilidade dessa gestação. 
A USG morfológica de 1º trimestre deve ser rea-
lizada entre a 11ª e a 14ª semana, quando o feto 
apresenta CCN de 45 a 84 mm. É uma ferramenta 
para triagem de cromossomopatias, com avaliação 
do osso nasal, translucência nucal e presença do 
ducto venoso. Também faz a predição de pré-e-
clâmpsia quando, ao doppler, apresenta índice de 
pulsatilidade de artérias uterinas ≥ P95.
A USG morfológica de 2º trimestre deve ser feita 
entre a 20ª e a 24ª semana para avaliar todos os 
sistemas do feto, podendo perceber até 75% de pos-
síveis malformações. O estudo do fluxo das artérias 
uterinas permite identificar mulheres com risco de 
desenvolver pré-eclâmpsia, assim como permite 
identificar fetos com maior risco de crescimento 
restrito. Neste momento, é possível também medir 
o colo da paciente (cervicometria) como forma de 
estimar o risco de parto prematuro.
A USG no 3º trimestre (obstétrico) deve ser reali-
zada após 34 semanas, com objetivo de avaliar o 
crescimento fetal, a quantidade de líquido amnió-
tico e a placenta. Quando associada ao doppler, é 
possível avaliar adaptação placentária e indícios 
de sofrimento fetal.
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Cap. 2
61
Fluxograma 1.
Avalia: presença do osso
nasal, translucência nucal e 
ducto venoso.
USG
1º TRIMESTRE:
2º TRIMESTRE: 3º TRIMESTRE:
Realizada entre 11ª e 14ª 
semana, podendo realizar 
triagem de cromossomopatias.
Avalia: fluxo das artérias
uterinas materna (risco 
aumentado para pré-eclâmpsia
e CIUR), cervicometria (risco
de parto prematuro se colo
<25mm).
Realizada entre 20ª e 24ª 
semana, pois deste modo já e 
possível avaliar malformações. 
Avalia: crescimento fetal, 
quantidade de líquido 
amniótico e a placenta.
Realizada entre 34 semanas.
 DIA A DIA MÉDICO
Caso você tenha que optar por apenas um exame de 
imagem durante toda a gestação, escolha o morfológico 
do 2º trimestre (entre 20 e 24 semanas), que pode avaliar 
adequadamente a anatomia fetal e estimar a idade ges-
tacional de maneira confiável.
2.4. SUPLEMENTAÇAO 
2.4.1. FERRO
 BASES DA MEDICINA
As necessidades de ferro durante o ciclo gravídico-puer-
peral AUMENTAM EM FUNÇÃO DO consumo pela unidade 
fetoplacentária, DA utilização para produção de hemoglo-
bina e de mioglobina (para aumento da massa eritrocitária, 
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Capítulo 2
62
e da musculatura uterina), ALÉM da depleção por perdas 
sanguíneas no parto e depois, pelo aleitamento.
Portanto, para evitar a anemia ferropriva, é recomen-
dada a suplementação universal de ferro durante 
a gravidez, pois essa medida reduz em 70% o risco 
de anemia na gestação e no puerpério. 
O Ministério da Saúde recomenda a ingesta de 30 
a 60mg/dia de ferro elementar (150 a 300 mg de 
sulfato ferroso), de 20 semanas de gestação até 12 
semanas de puerpério. 
 DIA A DIA MÉDICO
Para gravar e não confundir: a dose de sulfato ferroso é 5 
vezes a dose de ferro elementar do comprimido. Por exem-
plo, 1 comprimido de 150 mg SF tem 30 mg Fe elementar.
2.4.2. ÁCIDO FÓLICO 
 BASES DA MEDICINA
Esta vitamina contribui para o fechamento do tubo neural 
que acontece na 6ª semana de gestação, sendo fundamen-
tal para a diminuição de até 75% de condições graves, como 
espinha bífida, meningomielocele, acrania, anencefalia, 
meningocele, encefalocele. 
Nas populações de baixo risco para tal patologia, 
recomenda-se o uso de 400 mcg/dia de 3 meses 
antes da gestação até 14 semanas. Já para gestantes 
com fator de risco como obesidade, uso de anti-
convulsivantes, insulinoterapia, história prévia ou 
familiar de defeitos de tubo neural, recomenda-se 
a dose de 4 mg/dia. Fixe esse conhecimento com 
as questões 2 e 3.
 DIA A DIA MÉDICO
Para gestantes que necessitam de dose alta, para facilitar 
a tomada diária, prescreve-se o comprimido de ácido fólico 
com a apresentação disponível no mercado, de 5 mg/dia.
2.4.3. CÁLCIO
É preciso estimular a ingestão de cálcio pois sua 
necessidade aumenta durante o período gestacional.
Suplementar em média de 1 a 1,5 g/dia, se gemela-
ridade, doenças intestinais disabsortivas, intervalo 
entre partos curto, ingesta láctea pobre, risco de 
complicação hipertensiva.
2.4.4. VITAMINA A
Os polivitamínicos com concentrações de vitamina 
A acima de 5.000 UI devem ser evitados, pois doses 
acima de 10.000 UI são teratogênicas. A alimentação 
supre a demanda necessária.
Pode parecer irrelevante, mas é assunto que cai 
em prova, como você pode conferir na questão 4.
Sony
Realce
Sony
Realce
Sony
Realce
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Cap. 2
63
Fluxograma 2. 
SUPLEMENTAÇÃO DE 
OLIGOELEMENTOS
CÁLCIO
Se deficiência: 1,5g/dia.
FERRO
ÁCIDO FÓLICO
40mg de ferro elementar, 
1h antes do almoço, até 
3 meses pós-parto/pós-
aborto
Baixo risco Alto risco
5mg/dia0,4-0,8mg/dia de ácido 
fólico 1 mês antes da 
gravidez até a 12ª semana 
de gestação. 
2.5. VACINAS
 BASES DA MEDICINA
A atualização do calendário vacinal é solicitada e algumas 
vacinas como as de sarampo, caxumba, rubéola, poliomie-
lite, febre amarela e varicela são contraindicadas no período 
gestacional por se tratar de substâncias com microrganis-
mos vivos ou atenuados, podendo ser teratogênicas. Há 
ainda o risco, mesmo que baixo, de a gestante desenvolver 
a doença, pois ela encontra-se com a imunidade alterada 
por conta de alteração da quimiotaxia de leucócitos.
O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacio-
nal de Imunizações (PNI), oferta quatro vacinas para 
gestantes: dTpa (difteria, tétano e coqueluche); dT 
(difteria e tétano); hepatite B; e influenza, esta última 
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Capítulo 2
64
ofertada durante campanhas anuais. Fixe essa infor-
mação com a questão 8.
2.5.1. OBRIGATÓRIAS
2.5.1.1. Influenza
Recomendada para todas as gestantes nas campa-
nhas anuais, objetivando diminuir o risco de SARS.
2.5.1.2. Hepatite B
Recomendada para as não vacinadas ou vacinação 
não comprovada. É iniciada o mais precocemente 
possível e respeitando o intervalo de 30 dias entre 
a primeira e a segunda dose e de 180 dias entre a 
primeira e a terceira dose.
2.5.1.3. Difteria e Tétano
Objetiva a profilaxia do tétano neonatal e é recomen-
dada para aquelas com esquema vacinal incompleto. 
As suas doses devem ter intervalo de 60 dias ou, pelo 
menos, 30 dias entre elas.
2.5.1.4. Difteria, Tétano e Coqueluche (DTPA) 
– Acelular
Recomendada a todas as gestantes da 20ª a 36ª 
semana de gestação, o mais precocemente possível. 
Está recomendada em todas as gestações com o 
objetivo de diminuir a incidência e mortalidade por 
coqueluche nos recém-nascidos, pois, além de prote-
ger a gestante e evitar que ela transmita a Bordetella 
pertussis ao recém-nascido, permite a transferência 
de anticorpos ao feto, protegendo-o nos primeiros 
meses de vida até que possa ser imunizado. Treine 
na questão 7.
Fluxograma 3.
01 dose de DTPa na 20ª 
semana de gestação
Esquema de 
vacinação 
da dT/DTPa
Paciente com esquema 
de dT completo e/ou 
receberam DTPa na 
gestação anterior 
Paciente que foi 
vacinada com 
01 dose de dT
Pacientes com 
apenas 2 doses 
de dT na vida
Paciente que nunca foi 
vacinada contra difteria/ 
tétano/coqueluche 
01 dose de dT antes da 20ª semana 
de gestação seguida de 01 dose 
de DTPa 60 dias depois (esta 
preferencialmente após as 20 
semanas de gestação)
Faz-se 02 doses de dT 
com intervalo de 60 dias 
entre ambas e 01 dosede DTPa após as 20ª 
semana de gestação
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Cap. 2
65
2.5.2. SITUAÇÕES ESPECIAIS
2.5.2.1. Febre Amarela
Apesar de ser contraindicada como rotina, em casos 
de área endêmica, na avaliação do risco-benefício, 
opta-se por vacinar.
2.5.2.2. Raiva
Recomendado vacinar em caso de exposição ao vírus.
 DIA A DIA MÉDICO
Caso sua paciente não tenha cartão de vacinas, pois é 
muito comum que eles sejam perdidos, você pode solicitar 
o Anti-HBs para checar imunidade prévia à hepatite B. 
Caso esteja positivo, mesmo sem comprovação vacinal 
em cartão, você pode dispensá-la das três vacinas do 
esquema de hepatite B. 
As vacinas inativadas para pneumococo e meningococo 
não têm suas indicações alteradas pela gestação. A vacina 
do pneumococo é dada em dose única para mulheres 
com cardiopatia, asplenia, doença metabólica renal, 
pneumopatas, tabagistas e imunodeprimidas, e a vacina 
para o meningococo, também aplicada em dose única e 
recomendada nos surtos epidêmicos.
Sempre que possível, prefira vacinas combinadas e consi-
dere aplicações simultâneas na mesma visita. Além disso, 
qualquer dose não administrada na idade recomendada 
deve ser aplicada na visita subsequente. Lembrar que 
eventos adversos signicativos devem ser noticados às 
autoridades competentes. 
2.6. PRINCIPAIS QUEIXAS
Durante o período da gestação, devido às alterações 
fisiológicas, haverá muitas manifestações clínicas.
2.6.1. NÁUSEAS E VÔMITOS
 BASES DA MEDICINA
Queixas comuns no 1o trimestre, presentes em até 75% 
das gestantes. A provável etiologia seria a elevação 
súbita dos níveis de gonadotrofina coriônica humana 
(hCG) e estrógeno. 
O tratamento é paliativo, com antieméticos por via 
oral, geralmente sem alívio completo na maioria das 
vezes. Algumas recomendações:
 X refeições pequenas e fracionadas.
 X evitar alimentos com odores fortes, comidas 
gordurosas.
 X não consumir líquidos durante as refeições.
 X preferir alimentos gelados.
 X ao acordar, alimentar-se de alimentos sólidos. 
O agravamento pode provocar desidratação, distúrbio 
hidroeletrolítico e cetose, a conhecida hiperêmese 
gravídica (Mais detalhes no Capítulo 1).
Tabela 5. Doses de antieméticos categoria B.
Metoclopramida 10 
mg Plasil®, Plabel® 1 comprimido, via oral, 8/8 horas.
Dimenidrato 100 
mg Dramin® 1 comprimido, via oral, 6/6 horas.
Meclizina 25 mg, 
50 mg Meclin®
1 comprimido 25 mg a cada 
6 horas OU 1 comprimido de 
50 mg a cada 12 horas.
Ondansetrona 4 
mg, 8 mg Vonau®, 
Nautex®, Jofix®
1 comprimido de 4 mg, sublingual, a 
cada 6 horas. OU 1 comprimido de 
8 mg, sublingual, a cada 12 horas.
Fonte: A autora
 DIA A DIA MÉDICO
Estudos recentes associaram efeitos teratogênicos à 
administração de ondansetrona no 1º trimestre. Essa 
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Capítulo 2
66
droga continua sendo categoria B, mas não deve ser 
utilizada como 1ª escolha.
2.6.2. PIROSE 
 BASES DA MEDICINA
Um dos sintomas mais comuns na gestação ocorre pelo 
refluxo de conteúdo gástrico na porção baixa do esôfago, 
resultado da compressão uterina sobre o estômago e do 
relaxamento do esfíncter inferior esofágico. 
Em geral, sintomas leves melhoram com as seguin-
tes medidas:
 X fracionamento das refeições.
 X evitar a posição plana ao deitar-se.
 X evitar a ingestão de alimentos gordurosos e con-
tendo cafeína (relaxa o esfíncter esofágico inferior).
 X antiácidos, como hidróxido de alumínio ou mag-
nésio, isolados ou em combinação. 
Tabela 6. Sintomáticos para pirose
Associação 80 mg de hidróxido de alumínio + 80 mg de hidróxido 
de magnésio + 6 mg de simeticona Nome comercial Mylanta plus® #10 mL, via oral, até 6/6 horas, máximo 40 mL/dia.
Sucralfato (Comprimido mastigável 1 g OU Flaconetes com 5 ou 
10 mL de solução oral (200 mg/mL)) Nome comercial: Sucrafilm®
#2 comprimidos mastigáveis, via oral, de 1g uma hora antes das 
principais refeições ou ao deitar-se. OU #1 flaconete de 2g via 
oral uma hora antes das principais refeições ou ao deitar-se. 
Fonte: A autora
2.6.3. TONTURAS E DESMAIOS
Orienta-se que a gestante que não levante ou mude 
bruscamente de posição, pois isso pode levar à 
lipotimia, evitar jejum prolongado, assim como 
ambientes abafados. Em caso de mal-estar, pode 
deitar-se em decúbito lateral esquerdo, respirar 
profundamente, buscando a melhora do quadro.
2.6.4. DORES ABDOMINAIS 
Podem ser cólicas, flatulências, constipação intes-
tinal, abdome agudo, além de síndrome HELLP. 
2.6.5. HEMORROIDAS
Deve-se orientar alimentação saudável com fibras, 
água e, se necessário, prescrever supositórios. Não 
realizar higiene com papel, pois lesiona a região. Pode 
usar anti-inflamatórios e anestésicos tópicos e com-
pressas mornas para aliviar os sintomas e correção 
da obstipação intestinal. Raramente, há necessidade 
de abordagem cirúrgica da trombose hemorroidária.
2.6.6. CORRIMENTOS VAGINAIS
Na maioria das vezes, é causado por um aumento 
de fluxo fisiológico e, caso haja indícios de infecção 
vaginal, devem ser tratados. É importante fazer o 
exame ginecológico para afastar infecções.
 X Candidíase: o tratamento é com cremes vaginais 
à base de nistatina, miconazol e clotrimazol, que 
são eficazes. 
 X Vaginose: tratar com metronidazol.
 X Tricomoníase: tratar com metronidazol. 
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Cap. 2
67
Tabela 7. Tratamento para vulvovaginites
Candidíase
• Miconazol 2%, via vaginal, ao deitar-se, 7 noites. OU
• Clotrimazol 100 mg/g, via vaginal, ao deitar-se, 7 noites. OU
• Nistatina 25.000 UI/g, via vaginal, ao deitar-se, 14 noites.
Vaginose Bacteriana
Metronidazol:
• 500 mg, via oral, 12/12 horas, 07 dias. OU
• Gel vaginal a 0,75%, por 7 noites.
Tricomoníase
Metronidazol:
• 2 gramas, via oral, dose única. OU
• 250 mg, via oral, 8/8 horas, 7 dias. OU
• 400 mg, via oral, 12/12 horas, 7 dias. 
Fonte: A autora
 DIA A DIA MÉDICO
Tratar o parceiro nos casos de vaginose bacteriana (pro-
tocolo atual) e tricomoníase, assim como nos casos de 
candidíase recorrente (nesse caso, usar 1 comprimido 
de fluconazol em dose única).
2.6.7. INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
Devido ao aumento do tamanho uterino progressivo, 
a gestante pode se queixar de perda urinária. 
Sem tratamento específico.
2.6.8. DISPNEIA
 BASES DA MEDICINA
Pode ser decorrente da ação da progesterona no centro 
respiratório ou pela percepção da hiperventilação fisio-
lógica. Também pode ser causada por ansiedade e pelo 
aumento progressivo do volume uterino.
Pode ser auxiliada com exercícios de relaxamento 
e decúbito lateral esquerdo.
2.6.9. MASTALGIA
As mamas podem doer e liberar secreções, mas 
sempre devem ser examinadas. 
Está recomendado o uso de sutiã com boa sustentação.
2.6.10. LOMBALGIAS 
Queixa referida por pelo menos 70% das gestantes 
e mais evidenciada em obesas. Algumas recomen-
dações para amenizar a queixa:
 X correção de postura.
 X uso de travesseiros no dorso ao sentar-se.
 X usar sapatos com saltos baixos.
 X aplicar calor local. 
 X analgésicos simples (exemplo: paracetamol 500 
mg, via oral, 6/6 horas).
 X Em alguns casos, está indicada fisioterapia.
 DIA A DIA MÉDICO
Lembrar-se de afastar causas orgânicas, como, por exem-
plo, hérnias de disco.
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Capítulo 2
68
2.6.11. CEFALEIA
Mais comum no 1o trimestre e pode ser decorrente 
de sinusites, miopia e enxaquecas. Outras causas 
mais graves são hipertensão arterial crônica mal 
controlada e pré-eclâmpsia. Geralmente melhora 
espontaneamente na 2a metade da gestação.
Na maioria das vezes, melhora espontaneamente, 
mas pode ser amenizada por analgésicos comuns 
ou aqueles com cafeína por curtos períodos.
Tabela 8. Sintomáticos para cefaleia
Paracetamol 500 mg 1 comprimido, via oral, 6/6 horas.
Paracetamol 500 mg 
+ cafeína 6 mg Nome 
comercial: Tylenol DC®
2 comprimidos, via oral, 
6/6 horas. (não exceder 
8 comprimidos/dia).
Fonte: Autora.
2.6.12. VARIZES 
 BASES DA MEDICINA
Decorrentes do aumento da compressão das veias cava 
inferior, femorais e pélvicas pelo útero. 
Associadas à predisposiçãogenética, posição 
supina prolongada, gestação e idade avançada. 
Podem piorar no período gestacional, mas o trata-
mento cirúrgico não está recomendado, a não ser 
em casos graves. Algumas sugestões para alívio:
 X repouso
 X elevação de membros inferiores. 
 X meias elásticas de compressão.
2.6.13. MANCHAS NO ROSTO (CLOASMA) 
São fisiológicas e algumas vezes desaparecem 
progressivamente após o parto.
Deve-se sugerir o uso de filtro solar.
2.6.14. EDEMA 
Comum na gestação, principalmente o postural, 
que piora no decorrer do dia. Se súbito ou anasarca, 
deve ser investigado, além de ser importante afastar 
risco de trombose.
2.6.15. OBSTIPAÇÃO
 BASES DA MEDICINA
Sua etiopatogênia pode estar associada ao efeito inibidor 
da progesterona sobre a musculatura colônica. 
Queixa muito comum e piora à medida que a ges-
tação evolui. O manejo inclui:
 X alimentação e hidratação adequados.
 X formadores de bolo fecal e, se necessário, 
probióticos. 
 DIA A DIA MÉDICO
O óleo mineral reduz a absorção de vitaminas lipossolú-
veis, devendo ser evitado.
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Cap. 2
69
Tabela 9. 
Náuseas e vômitos
Gengibre, camomila, vitamina B6 e/ou acupunctura são recomendados para aliviar as náuseas 
no início da gravidez, com base nas preferências da mulher e nas opções disponíveis.
Azia
Recomenda-se aconselhamento sobre dieta e estilo de vida para evitar e aliviar a azia na gravi-
dez. Podem ser oferecidos preparados antiácidos às mulheres com sintomas incómodos que 
não possam ser aliviados pela mudança de estilo de vida.
Câimbra nas pernas
Pode usar-se magnésio, cálcio ou opções de tratamento não farmacológico para alivio das 
câimbras nas pernas na gravidez, com base nas preferências da mulher e nas opções disponíveis.
Dores lombares 
e pélvicas
Recomenda-se exercício regular durante toda a gravidez, para evitar as dores lombares e pél-
vicas. Existem várias opções de tratamento que podem ser usadas, como a fisioterapia, cintas 
de suporte e acupunctura, com base nas preferências da mulher e nas opções disponíveis.
Obstipação
A sêmola de trigo ou outras podem ser usadas para aliviar a obstipação durante a gravidez, 
se não houver resposta à modificação da dieta, com base nas preferências da mulher e nas 
opções disponíveis.
Veias varicosas e edema
Opções não farmacêuticas, como meias de descanso, elevação das pernas e imersão em água 
podem ser usadas para o tratamento das veias varicosas e edemas na gravidez, com base nas 
preferências da mulher e nas opções disponíveis.
Fonte. OMS, 2016
2.7. TERATOGENICIDADE
Diversas são as causas da teratogênese e incluem 
fatores genéticos e ambientais que afetam o embrião 
durante o seu desenvolvimento, como drogas, agen-
tes químicos, radiação, hipertermia, infecções, meta-
bolismo materno anormal ou fatores mecânicos. 
Esses fatores apresentam diferentes processos 
patológicos que resultam no desenvolvimento anor-
mal do produto conceptual.
A teratogenia deve ser avaliada quanto ao período 
exposto, à dose ou à magnitude da exposição e 
do genótipo do embrião. Exposições no período 
embrionário são mais graves por se tratar de uma 
fase de divisão e diferenciação celular e morfo-
gênese. Em fases fetais, há problemas de ordem 
funcional neurológica.
2.7.1. AGENTES
 X ÁLCOOL: filhos de mães alcoólatras podem apre-
sentar síndrome alcoólica fetal, caracterizada por 
graus variáveis de retardo mental, microcefalia, 
alterações faciais, CIUR, cardiopatias, hiperativi-
dade, déficit de atenção, alterações cognitivas, 
entre outros acometimentos. Além disso, há risco 
de se tornar antissocial e abusar de substâncias 
na adolescência e fase adulta.
Na mãe, o álcool irá causar reações sistêmicas, com 
alteração da pressão arterial, cortisol, vasopressina, 
reatividade vascular, fluxo sanguíneo e placentário, 
além de poder levar à hipóxia e acidose.
 X TABAGISMO: associado à gestação ectópica, 
abortamento espontâneo, baixo peso ao nascer, 
prematuridade, placenta prévia, rotura prematura 
de membranas, gastrosquise, hidrocefalia, micro-
cefalia, anomalias de membros, fenda palatina e 
labial, doenças respiratórias na infância, adoles-
cência e vida adulta, dermatite atópica, cefaleia 
crônica. A NICOTINA dos adesivos atravessa a 
barreira placentária.
 X COCAÍNA: associada ao abortamento, CIUR, des-
colamento prematuro de placenta, prematuridade, 
microcefalia, anomalias cardíacas e gastrointesti-
nais, alterações cognitivas, baixo QI e problemas 
comportamentais. Na mãe, podem ocorrer arrit-
mias cardíacas, crises hipertensivas, convulsões.
 X CAFEÍNA: estimulante do SNC, não está asso-
ciada a malformações ou danos ao feto. Porém, 
doses acima de 454 mg de cafeína podem causar 
síndrome de abstinência no RN, caracterizada 
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Capítulo 2
70
por taquicardia, tremores finos, taquipneia. Po-
de ser usada em doses regulares na gestação e 
na lactação.
 X ANTICONVULSIVANTES: podem causar efeitos 
teratogênicos, sendo mais comuns problemas 
cardíacos e alterações faciais, porém podem 
ocorrer CIUR, microcefalia, anoftalmia, pé torto 
congênito, fenda palatina, malformações genitu-
rinárias. Atuam principalmente nas membranas 
celulares, no ciclo do folato e no metabolismo 
da vitamina K. Os mais utilizados são carbama-
zepina e lamotrigina.
 X ANTICOAGULANTES: a varfarina no primeiro tri-
mestre pode levar a alterações faciais, calcifica-
ção anormal de cartilagens e ossos. Além disso, 
se for em dose alta, pode levar ao abortamento. 
Nos outros trimestres, pode levar a inúmeros da-
nos neurológicos funcionais e cognitivos. Deve 
ser evitada na gestação.
 X VITAMINA A: o retinol, vitamina A pré-fabricada, 
está associada a malformações em doses altas.
 X ANDRÓGENOS: a exposição à testosterona, me-
droxiprogesterona, noretindrona e/ou danazol 
durante o primeiro trimestre irá causar hipertrofia 
de clitóris, agenesia de vagina. São contraindica-
dos na gestação e lactação.
 X ESTRÓGENOS: na sua grande maioria, não cau-
sam danos embrionários.
 X PROGESTÁGENOS: noretindrona, norgestrel e 
levonorgestrel são contraindicados na gestação 
e lactação, categoria X. Podem levar à masculi-
nização da genitália feminina, genitália ambígua, 
malformações cardíacas e de membros.
 X CICLOFOSFAMIDA: antineoplásico que causa 
alterações no DNA de células sobreviventes, po-
dendo levar a alterações de mãos e pés, fenda 
palatina, ânus imperfurado, CIUR, microcefalia. 
Categoria D.
 X METOTREXATO: antagonista do ácido fólico. 
Diante dessa frase, acredito que a essa altura do 
campeonato nem precise descrever as malfor-
mações relacionadas (CIUR, alterações de ossi-
ficação do osso craniano, micrognatia, retardo 
mental, anomalia de membros e alterações no 
tubo neural).
 X DOXICICLINA: tetraciclina que atravessa a barrei-
ra placentária e se deposita nos dentes e ossos, 
causando no feto descoloração dos dentes e di-
minuição de ossos longos. Categoria D.
 X SULFAS: devem ser evitadas ao final da gesta-
ção, pois podem ser tóxicas ao feto se utilizadas 
próximo ao parto. O TRIMETOPRIM pode causar 
malformações cardiovasculares, de tubo neural 
e do sistema urinário.
 X FLUCONAZOL: pode levar a anomalias de crânio, 
alterações faciais, de ossos, cardíacas. Categoria 
C. O ITRACONAZOL não foi estudado claramente.
 X METILDOPA: droga categoria B, sem resultados 
negativos em fetos. HIDRALAZINA é segura, po-
rém categoria C.
 X HIDROCLOROTIAZIDA: em doses baixas, em pa-
cientes com hipertensão crônica, não é danoso 
ao feto. Porém, deve-se evitar o uso de diurético 
na gestação.
 X AMIODARONA: pode causar hipotireoidismo fe-
tal, deve-se pensar em risco e benefício do uso. 
Categoria D.
 X PROPILTIOURACILA: antitireoidiano de escolha 
no primeiro trimestre para tratar tireotoxicose. Já 
nos segundo e terceiro trimestres, o medicamento 
de escolha é o metimazol. A LEVOTIROXINA é ca-
tegoria A, de escolha para tratar hipotireoidismo.
 X PARACETAMOL: seguro na gestação.
 X AAS: pode levar a fechamento precoce do ductoarterial no feto quando usado em doses altas no 
terceiro trimestre. Foi relatada também relação 
com gastrosquise e atresia de delgado em do-
ses altas. Pode provocar hemorragia materna. 
Categoria B.
 X IBUPROFENO, CETOPROFENO, NAPROXENO: 
não são teratogênicos, porém, no terceiro tri-
mestre, podem levar a fechamento precoce do 
ducto arterial. 
 X MORFINA, CODEÍNA, OXICODONA: os bebês 
podem nascer com síndrome de abstinência e 
apresentar irritabilidade, depressão respiratória, 
tremores, convulsões, disfunção gastrointestinal. 
São categoria B.
 X ANESTÉSICOS: todos atravessam a barreira pla-
centária, os seguros (já estudados) são óxido 
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Cap. 2
71
nitroso, etomidato, sevoflurano e tiopental são 
categoria C.
 X OMEPRAZOL, PROMETAZINA, RANITIDINA: não 
há evidências de danos ao feto. A ONDASETRONA 
e a METOCLOPRAMIDA são drogas categoria B.
 X METFORMINA: categoria B, sem resultados ne-
gativos em fetos.
 X ESPIRAMICINA: categoria C.
 X ALBENDAZOL, MEBENDAZOL, PAMOATO DE 
PIRANTEL: categoria C. PRAZIQUANTEL, PIPE-
RAZINA (categoria B).
 X DIAZEPAM, CLONAZEPAM, MIDAZOLAM: cate-
goria D, podem causar alterações faciais, fenda 
labiopalatinas e, se usadas em altas doses no ter-
ceiro trimestre, podem causar hipotonia, letargia 
e síndrome de abstinência (tremores, irritabilida-
de, hipertonicidade, diarreia, sucção vigorosa).
 X SERTRALINA, FLUOXETINA, AMITRIPTILINA, 
IMIPRAMINA: categoria C.
 X LÍTIO: pode causar malformações cardíacas, 
polidrâmnio, espinha bífida, cianose, hipotonia, 
bradicardia fetal, convulsões. Categoria D.
 X AZATIOPRINA: imunomodulador que pode causar 
CIUR, pancitopenia, porém não causa malforma-
ções. Categoria D. A CICLOSPORINA é categoria 
C. Os CORTICOIDES são categoria B.
 X RIFAMPICINA, ISONIAZIDA, ETAMBUTOL: dro-
gas não teratogênicas para tratar TB.
 X RADIAÇÃO IONIZANTE: a depender da dose, 
período gestacional e resposta do embrião ou 
feto, pode causar abortamento, microcefalia, 
fenda palatina, catarata, malformações de ossos 
e genitais, CIUR, alterações cognitivas e funcio-
nais do SNC.
Algumas medicações da categoria X, para você não 
esquecer: varfarina, isotretinoína, ácido valproico, 
antagonistas do ácido fólico (metotrexato, pirimeta-
mina ou trimetoprima), lítio, ouro, dietilestilbestrol, 
talidomida, vacinas de vírus vivos (inclusive vírus 
atenuados), antineoplásicos. Confira a questão 9.
 DIA A DIA MÉDICO
Lembre-se: ácido valproico, hipoglicemiantes orais, IECA 
e metotrexato são fármacos que devem ser substituídos 
assim que se planeje ou se constate gestação.
IECAS (captopril, enalapril), assim como os BRA (losartana 
e valsartana), podem causar hipotensão e hipoperfusão 
fetal, oligodrâmnio, hipoplasia pulmonar, CIUR, altera-
ções cardíacas e do SNC. Devem ser substituídos pela 
metildopa na dose mínima para efeito de 750 mg, três 
tomadas ao dia de 250 mg.
A maioria dos medicamentos utilizados para tratamento 
de asma NÃO são teratogênicos.
3. LEGISLAÇÃO E GESTAÇÃO
A gestante tem alguns direitos que devem ser res-
peitados, como prioridade em atendimento médico, 
em instituições públicas e privadas e assentos 
preferenciais em transportes coletivos. Tem tam-
bém direito a atestado médico para mudança de 
função, caso a atual seja prejudicial ao binômio 
materno-fetal.
Nenhum hospital ou maternidade pode deixar de 
realizar parto, e é direito a presença de um acom-
panhante na sala de parto.
Existe estabilidade empregatícia do período em 
que ela descobrir a gravidez até o quinto mês após 
o parto. 
A licença-maternidade dura 120 dias ou 180 dias, 
caso ampliada, e a qualquer momento entre 36 
semanas (28 dias antes da DPP) até o dia do parto. 
Nos abortos espontâneos ou previstos em lei, tem 
direito a até duas semanas de atestado.
Ao retornar ao trabalho, a lactante se beneficia do 
artigo 396 da CLT, que garante dois intervalos de 
meia hora para o aleitamento materno até que o 
bebê complete 6 meses.
Em casos de adoção, os pais podem solicitar a 
licença-maternidade e o salário-maternidade.
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Capítulo 2
72
 DIA A DIA MÉDICO
A gestante tem direito à declaração de comparecimento, 
como qualquer outro paciente. Além disso, há possibili-
dade de ser dispensada durante o horário de serviço para 
as consultas médicas e para realização de exames do 
pré-natal. Caso esteja amamentando, pode pausar seu 
trabalho e amamentar seu filho, até o 6º mês de vida, por 
período de 30 minutos.
REFERÊNCIAS
1. Zugaib M, Francisco RPV. Zugaib obstetrícia. 4. ed. Barueri: Manole; 
2020.
2. Montenegro CAB, Rezende Filho J. Rezende. Obstetrícia Funda-
mental. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2011. 
3. Peixoto S. Manual de assistência pré-natal. 2. ed. São Paulo: 
FEBRASGO, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia 
e Obstetrícia: 2014. 
4. Ministério da Saúde (BR). Atenção ao pré-natal de baixo risco 
(Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção 
Básica, n° 32). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 
Departamento de Atenção Básica. Brasília: Editora do Ministério 
da Saúde; 2012. 
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Cap. 2
73
QUESTÕES COMENTADAS
Questão 1
(FUNDAÇÃO DE BENEFICÊNCIA HOSPITAL DE CIRURGIA) Segundo 
o Caderno de Atenção Básica nº 32 do Ministério 
da Saúde, na atenção ao pré-natal de baixo risco, 
é CORRETO afirmar:
	⮦ Solicitar teste oral de tolerância à glicose entre 
22 a 24 semanas de gestação.
	⮧ As consultas pré-natais devem ter intervalo de 
30 dias até 28 semanas de gestação.
	⮨ A glicemia de jejum não precisa ser solicitada 
na primeira consulta pré-natal.
	⮩ A gestante receberá alta do pré-natal de baixo 
risco ao chegar no termo.
 dificuldade: 
Alternativa A: INCORRETA. Entre 24 e 28 semanas! 
Alternativa B: CORRETA. Após as 28 semanas, encurta-
mos o intervalo entre as consultas conforme o parto 
se aproxima, sendo a cada 15 dias até 36 semanas 
e semanais a partir de então.
Alternativa C: INCORRETA. Precisa ser solicitada na 
primeira consulta e no terceiro trimestre! 
Alternativa D: INCORRETA. A gestante não é liberada do 
pré-natal até que o nascimento aconteça e inclusive, 
ela terá que fazer consulta de puerpério. 
Questão 2
(SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO DE VOLTA REDON-
DA) A suplementação com ácido fólico no período 
periconcepcional:
	⮦ Reduz em cerca de 20% o risco de defeitos do 
tubo neural (DTN).
	⮧ Está associada à redução de malformações 
cardíacas.
	⮨ Diminui a incidência de fenda palatina em até 
70% dos recém-nascidos.
	⮩ Reduz o risco de anencefalia.
 dificuldade: 
Resolução: O ácido fólico é uma vitamina do 
complexo B fundamental para a síntese de ácidos 
nucleicos, sendo muito importante para o desenvol-
vimento normal de células nervosas. Dessa forma, 
a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Minis-
tério da Saúde do Brasil (MS) recomendam a dose 
de 400 µg (0,4 mg), diariamente, por pelo menos 30 
dias antes da concepção até o primeiro trimestre de 
gestação para prevenir os defeitos do tubo neural, 
como	espinha	bífida,	encefalocele	e	anencefalia.	Há	
evidências	suficientes	de	que	a	suplementação	de	
ácido fólico no início da gestação reduz em até 75% 
o risco de anomalias relacionadas ao defeito de fe-
chamento do tubo neural.
 ✔ resposta: ⮩
Questão 3
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UEL) Assinale a alternativa que 
apresenta, corretamente, a dose diária de ácido fó-
lico, pré-concepcional, preconizada em mulher com 
antecedente de feto com defeito do tubo neural.
	⮦ 7,0 mg
	⮧ 4,0 mg
	⮨ 2,0 mg
	⮩ 0,4 mg
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Capítulo 2
74
 dificuldade:  
Resolução: Atenção para não fazer confusão! A 
dosagem	profilática	habitual	é	de	0,4	mg,	porém,	em	
paciente com antecedente de defeito de fechamento 
do	tubo	neural,	a	profilaxia	é	com	dose	10	vezes	maior	
do que a habitual, sendo então 4,0 mg! Além da his-
tória pessoal aquelas com história familiar para DTN 
ou paciente usuárias de anticonvulsivantes, usuárias 
de insulina, também farão dose máxima.
 ✔ resposta:⮧
Questão 4
(HOSPITAL SANTA TERESA) ML, 18 anos, primeira gesta-
ção, ao procurar serviço de atendimento primário 
é orientada para tomar ácido fólico. Ela afirma que 
consome, regularmente, vitaminas na forma de su-
plemento. Qual vitamina abaixo não pode ser dada 
em grandes quantidades por ser teratogênica, por-
tanto, devendo ser evitada em doses altas?
	⮦ Vitamina A.
	⮧ Vitamina B12.
	⮨ Vitamina C.
	⮩ Vitamina D.
 dificuldade:  
Resolução: A vitamina A é um composto li-
possolúvel que participa de uma série de funções 
biológicas, sendo essencial à preservação e ao fun-
cionamento normal dos tecidos, assim como ao 
crescimento e desenvolvimento. A ação teratogêni-
ca dessa vitamina já vem sendo demonstrada em 
várias espécies de animais e também há evidências 
desse efeito durante as primeiras semanas de ges-
tação em humanos quando em excesso. Elevadas 
concentrações de certos metabólitos do ácido reti-
noico sobre o funcionamento dos genes em períodos 
críticos da organogênese e da embriogênese seriam 
os responsáveis pela ação teratogênica atribuída à 
vitamina A. O tipo do defeito, no entanto, depende da 
dose de vitamina A e do estágio gestacional em que 
a vitamina A é administrada.
 ✔ resposta: ⮦
Questão 5
(INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS 
GERAIS) Ao examinar o cartão pré-natal de uma pa-
ciente de risco habitual, já próxima à data do parto, 
qual dos elementos abaixo não é indicativo de um 
acompanhamento gestacional adequado?
	⮦ Registro do grupo sanguíneo e fator Rh.
	⮧ Resultado do teste oral de tolerância à glicose 
na 13ª semana de gestação.
	⮨ Registro de urocultura negativa após tratamento 
de episódio de infecção do trato urinário.
	⮩ Anotação das alterações de medida do fundo 
uterino.
 dificuldade:  
Resolução: O TOTG é adequadamente solicita-
do entre a 24 e 28 semanas de gestação, no período 
mais diabetogênico da gestação.
As demais estão corretas pois o registro da grupo 
sanguíneo e do fator Rh é fundamental para que 
sejam	feitas	medidas	de	profilaxia	de	aloimuniza-
ção nas mães Rh negativas. Após tratamento de 
infecção	urinΩária	é	preciso	realizar	o	controle	de	
cura sempre! A mensuração e anotação do fundo 
uterino será feita em todas as consultas a partir do 
momento em que o útero deixar de ser intrapélvico 
e tornar-se palpável.
 ✔ resposta: ⮧
Questão 6
(HOSPITAL INFANTIL SABARÁ) Uma paciente de 37 anos 
de idade estava em sua terceira gestação, após 
duas cesarianas anteriores por apresentação pél-
vica, com 39 semanas, quando foi internada para a 
realização de cesariana fora de trabalho de parto e 
com bolsa íntegra. Negava antecedentes mórbidos 
nas gestações anteriores e na atual. Ao analisar 
os exames da gestante, a enfermeira do centro de 
parto notou cultura positiva para Streptococcus 
agalactie em swab vaginal. Preocupada, ela ligou 
para o médico, orientando‐o a prescrever ampici-
lina. Com base nesse caso hipotético, assinale a 
alternativa correta.
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Cap. 2
75
	⮦ A enfermeira tem razão sobre a indicação de 
antibioticoprofilaxia para infecção neonatal por 
estreptococo e sobre a medicação, já que há 
cultura positiva.
	⮧ A enfermeira tem razão sobre a indicação de 
antibioticoprofilaxia para infecção neonatal por 
estreptococo, mas não sobre a medicação, que 
deveria ser penicilina cristalina.
	⮨ A enfermeira tem razão sobre a indicação de 
antibioticoprofilaxia para infecção neonatal por 
estreptococo, mas pode estar errada sobre a me-
dicação, uma vez que não avaliou o antibiograma.
	⮩ A enfermeira está equivocada quanto à indicação 
de antibioticoprofilaxia para infecção neonatal por 
estreptococo, já que se trata de cesariana eletiva.
 dificuldade: 
Resolução: A	profilaxia	para	estreptococo	visa	
proteger o RN durante sua passagem pelo canal de 
parto colonizado, mas em uma cesárea eletiva, fora 
de trabalho de parto, com bolsa íntegra, não há este 
contato	e	está	dispensada	a	profilaxia	mesmo	se	
houver swab positivo.
 ✔ resposta: ⮩
Questão 7
(COMISSÃO ESTADUAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA DO AMAZONAS) 
Adriana, 29 anos, G2 A0 P1, IG= 17s, vem para con-
sulta de pré-natal na UBS, trazendo seu cartão de 
vacina, onde se observam três doses de vacina anti-
tetânica aplicadas na gestação anterior há sete anos. 
Em relação à profilaxia do tétano neonatal, deve-se:
	⮦ Reiniciar o esquema vacinal com três doses, de-
vido ao tempo desde a última vacina.
	⮧ Orientar que a mesma está imunizada, não sen-
do necessária dose de reforço.
	⮨ Aplicar reforço após o parto, a fim de proteger 
a próxima gestação.
	⮩ Orientar a necessidade de dose de dTpa a partir 
da 20ª semana de gestação, o mais precoce-
mente possível.
 dificuldade: 
Resolução: Não caia na pegadinha! A vacina-
ção para dTPa da gestante não funciona como para 
o restante da população (aquelas regrinhas de último 
reforço há 5 anos etc.) TODA gestação implica va-
cinação dTPa entre 20 e 28 semanas, independen-
temente do status vacinal, devido à necessidade de 
proteção contra coqueluche.
 ✔ resposta: ⮩
Questão 8
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC) Assinale a alternativa 
que contém vacinas seguras e indicadas rotineira-
mente durante a gestação.
	⮦ Difteria e HPV
	⮧ Sarampo e gripe
	⮨ Hepatite B e varicela
	⮩ Febre amarela e tétano
	⮪ Influenza e coqueluche
 dificuldade: 
 Y Dica do autor: Gestante não deve tomar ne-
nhuma vacina que contenha patógeno vivo atenuado!!!
Alternativa A: INCORRETA. A vacina de HPV é relativa-
mente recente e ainda não há estudos comprovando 
sua segurança durante a gestação.
Alternativa B: INCORRETA. A tríplice viral contém vírus 
vivos atenuados!
Alternativa C: INCORRETA. Vacina para varicela con-
tém vírus vivos atenuados!
Alternativa D: INCORRETA. A vacina de febre amarela 
não é indicada rotineiramente, somente em casos 
de exceção em que o risco-benefício seja favorável.
Alternativa E: CORRETA. As vacinas indicadas na ges-
tação são hepatite B (caso não tenha três doses), 
influenza	e	dTPa	(muito	mais	pelo	componente	Per-
tussis que pelos demais).
Questão 9
(HOSPITAL SÃO DOMINGOS) Em relação à terapêutica me-
dicamentosa na gestação, qual dentre as abaixo 
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Capítulo 2
76
contém alternativa em que todas as drogas são 
contraindicadas (classe X ou D):
	⮦ Omeprazol, dipirona e metotrexato.
	⮧ Talidomida, Metotrexato e Carbonato de Lítio.
	⮨ Talidomida, Metotrexato e Ondansentrona.
	⮩ Talidomida, Sinvastatina e Ondansentrona.
 dificuldade: 
Resolução: Utilizamos com certa frequência 
ondansetrona durante a gestação (categoria B) e 
omeprazol pode ser utilizado com moderação. Po-
rém, talidomida causa focomelia, o metotrexato é 
utilizado	para	eliminar	gestação	ectópica	e	os	filhos	
de usuárias de lítio na gestação tem entre 4% e 12% 
de risco de anomalias congênitas.
 ✔ resposta: ⮧
Questão 10
(HOSPITAL SAN JULIAN) Em relação às avaliações eco-
gráficas na gestação, é correto afirmar:
	⮦ [A] Recomenda-se como rotina uma ecografia 
obstétrica mensal mesmo para gestantes de 
baixo risco.
	⮧ [B] É possível realizar sexagem fetal ecográfica 
com segurança entre 9 e 12 semanas de ges-
tação.
	⮨ [C] A ecografia obstétrica permite o diagnóstico 
de todas as malformações fetais.
	⮩ [D] A ultrassonografia Doppler não tem boa sen-
sibilidade no diagnóstico de quadros de má per-
fusão placentária.
	⮪ [E] A ecografia fetal entre 11 e 14 semanas tem 
como principal objetivo o rastreamento de aneu-
ploidias fetais.
 dificuldade: 
Alternativa A: INCORRETA. Em gestações de baixo 
risco, solicitamos um US de 1º trimestre, morfológi-
cos de 1º (entre 11 e 14 semanas) e 2º (20 - 24 se-
manas) trimestres, e US de 3º trimestre. Nem todos 
os serviços usam o mesmo protocolo, o Ministério 
da Saúde por exemplo, recomenda 1 por trimestre, 
quando indicado.
Alternativa B: INCORRETA. Nessa idade gestacional, 
o aspecto da genitália ao ultrassom ainda não en-
contra-se	bem	definido.	Só	após	a	16a	semana,	a	
genitália externa encontra-se diferenciada.
Alternativa C: INCORRETA.Ela permite a visualização 
de até 70% das malformações fetais.
Alternativa D: INCORRETA. Tem excelente sensibilida-
de,	sendo	a	inclusive	a	suspeita	de	insufiência	pla-
centária, uma indicação de realização do Doppler.
Alternativa E: CORRETA. Através de marcadores ul-
trassonográficos	como	a	translucência	nucal,	o	osso	
nasal e o ducto venoso.
Fixe seus conhecimentos!
77
FIXE SEU CONHECIMENTO COM RESUMOS
Use esse espaço para fazer resumos e fixar seu conhecimento!
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Fixe seus conhecimentos!
78
FIXE SEU CONHECIMENTO COM FLUXOGRAMAS
Use esse espaço para construir fluxogramas e fixar seu conhecimento!
FIXE SEU CONHECIMENTO COM MAPAS MENTAIS
Use esse espaço para construir mapas mentais e fixar seu conhecimento!

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