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PRÉ NATAL DE BAIXO RISCO

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1 
 Jéssika – Ginecologia e Obstetrícia 
Fonte: Manual MS 
Considerações gerais: 
 O pré-natal deve ser iniciado assim que descoberta a 
gravidez, independentemente de ser o 1º ou o 9º 
mês. Uma simples consulta pode ajudar a salvar a 
vida da mãe e da criança. 
 A assistência pré-natal significa um 
acompanhamento ambulatorial, médico e de 
enfermagem, com a finalidade de observar a 
evolução da gravidez, diagnosticar e tratar doenças 
pré-existentes ou que surjam durante a gestação, 
comprometendo a saúde e a vida da mãe e da criança. 
 O pré-natal só acaba após o parto, na consulta de 
revisão. As consultas do pré-natal devem passar a 
ocorrer quinzenais no 8º mês, e, no 9º mês devem ser 
semanais, pois é no final da gravidez que surgem as 
maiores complicações. 
 Além das consultas da enfermagem, é essencial que a 
gestante seja atendida por um profissional médico 
que lhe examine, solicite e avalie os resultados dos 
exames. 
Objetivos para a mãe: 
 Identificar doenças e tratá-las (sífilis, anemias, doenças 
do coração, dos rins, do fígado, da pressão arterial, das 
glândulas, dos dentes, câncer e outras); 
 Garantir o bem estar da gestante; 
 Prevenir a ocorrência e/ou agravamento de doenças 
específicas da gestação (pressão alta com perda de 
albumina e inchaço, diabetes da gravidez); 
 Proporcionar uma boa adaptação do organismo da mãe 
às modificações da gestação; 
 Orientar hábitos de vida adequados à gestação, em 
relação à alimentação, fumo, álcool e drogas, etc; 
 Prover assistência psicológica, contribuindo para a 
solução de problemas e conflitos; 
 Instruir a gestante nos primeiros cuidados com o bebê, 
orientando-a quanto à importância da amamentação. 
Objetivos para o bebê: 
 Prevenir e detectar malformações fetais. 
 Identificar o crescimento restringido do feto, para 
poder garantir a perfeita estruturação do organismo 
fetal. 
 Evitar abortos, parto prematuro e a morte durante a 
gravidez e o parto. 
 Prevenir a sífilis e outras manifestações infecciosas 
(urinária, respiratória, etc). 
 Diagnosticar e assistir os casos de incompatibilidade 
sanguínea. 
 Tratar doenças do bebê quando ainda está dentro do útero. 
 Avaliar as condições de saúde do feto dentro do útero e 
decidir o melhor momento de interromper a gravidez 
quando necessário. 
Consulta realizada pelo casal antes de uma gravidez, ou seja, 
havendo o planejamento familiar anterior. Objetiva 
identificar fatores de risco ou doenças que possam alterar a 
evolução normal da gestação. É importante, pois diminui a 
morbidade e a mortalidade materna e infantil 
1. ATIVIDADES: 
a) Anamnese 
b) Exame físico 
c) Exame ginecológico completo 
d) Exames laboratoriais 
e) Orientações: 
 Nutricional  visando a promoção do estado 
nutricional materno e do recém-nascido 
 Risco do tabagismo, alcoolismo e uso de drogas 
 Uso de medicamentos  se necessário manter, 
substituir para aqueles com efeitos menores sobre 
o feto 
 Condições de trabalho  exposição ao fatores 
tóxicos e ambientais 
 Administração preventiva de ácido fólico no 
período pré-gestacional  prevenção de defeitos 
congênitos do tubo neural (5 mg, VO/dia durante 
60 a 90 dias antes da concepção) 
 
f) Prevenção: 
 Rubéola e Hepatite B  caso negativo, providenciar 
imunização prévia à gestação 
 Toxoplasmose 
 HIV  realização do teste anti-HIV. Se negativo, 
orientar quanto aos cuidados preventivos. Se 
positivo, esclarecer os tratamentos para diminuir as 
chances de transmissão vertical para o feto. O 
controle pré-concepcional do casal, promove a 
recuperação dos níveis de linfócitos T CDD4+ e reduz 
a carga viral de HIV circulante para níveis 
indetectáveis 
 Sífilis  se positivo, tratar mulher e seu parceiro 
g) Também é importante realizar a avaliação pré-
concepcional do parceiro, incluindo a triagem para 
sífilis e HIV 
 2 
 Jéssika – Ginecologia e Obstetrícia 
Fonte: Manual MS 
Toda mulher da área de abrangência da unidade de saúde e 
com história de atraso menstrual de mais de 15 dias deverá 
ser orientada pela equipe de saúde a realizar o Teste 
Imunológico de Gravidez (TIG) – alto custo -, que será 
solicitado pelo médico ou enfermeiro. 
Por isso, a solicitação do ßHCG que pode ser detectado no 
sangue periférico da mulher grávida entre 8 a 11 dias após a 
concepção. 
O diagnóstico da gravidez pode ser efetuado em 90% das 
pacientes por intermédio dos sinais clínicos, dos sintomas e 
do exame físico em gestações mais avançadas. 
1. Sinais de presunção de gravidez: 
 
 Atraso menstrual 
 Manifestações clínicas (náuseas, vômitos, tonturas, 
salivação excessiva, mudança de apetite, aumento 
da frequência urinária e sonolência); 
 Modificações anatômicas (aumento do volume das 
mamas, hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos 
de Montgomery, saída de colostro pelo mamilo, 
coloração violácea vulvar, cianose vaginal e 
cervical, aumento do volume abdominal). 
 
2. Sinais de probabilidade: 
 
 Amolecimento da cérvice uterina, com posterior 
aumento do seu volume; 
 Paredes vaginais aumentadas, com aumento da 
vascularização (pode-se observar pulsação da 
artéria vaginal nos fundos de sacos laterais); 
 Positividade da fração beta do HCG no soro 
materno a partir do oitavo ou nono dia após a 
fertilização. 
 
3. Sinais de certeza: 
 
 Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF), que 
são detectados pelo sonar a partir de 12 semanas e 
pelo Pinard a partir de 20 semanas; 
 Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 
semanas); 
 Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser 
observado por via transvaginal com apenas 4 a 5 
semanas gestacionais e a atividade cardíaca é a 
primeira manifestação do embrião com 6 semanas 
gestacionais. 
Após a confirmação da gravidez em consulta médica ou de 
enfermagem, dá início ao acompanhamento da gestante 
com seu cadastramento SISPRENATAL. 
A gestante deve receber informação quanto: 
 Sequência de consultas 
 Visitas domiciliares 
 Calendário de vacinas 
 Solicitação dos exames de rotina 
 Reuniões educativas 
 3 
 Jéssika – Ginecologia e Obstetrícia 
Fonte: Manual MS 
 
OBS: os fatores associados as condições de vida são critérios 
que permitem a realização o pré-natal pela equipe de 
atenção básica. 
1. Fatores de risco que podem indicar 
encaminhamento ao pré-natal de alto risco 
O pré-natal de alto risco abrange cerca de 10% das gestações 
 
 Cardiopatas 
 Pneumopatias graves  incluindo asma brônquica 
 Nefropatias graves  IRC e em casos de 
transplantados 
 Endocrinopatias  especialmente DM, 
hipotireoidismo e hipertireoidismo 
 Doenças hematológicas  doença falciforme e 
talassemia 
 HAS crônica e/ou caso de paciente que utiliza anti-
hipertensivo 
 Doenças neurológicas  epilepsia 
 Doenças psiquiátricas que necessitam de 
acompanhamento  psicoses, depressão grave 
 Doenças autoimunes  lúpus eritematoso 
 Portadores de doenças infecciosas  hepatites, 
toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária e 
outras ISTs 
 Dependência de drogas ilícitas 
 Anemia grave 
 Desnutrição materna severa 
 Obesidade mórbida 
 
Devem ser realizadas no mínimo 6 consultas de pré-natal, 
intercaladas entre medico e enfermeiro. 
 Até 28ª semana – mensalmente; 
 Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente; 
 Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente. 
OBS: O acompanhamento da mulher no ciclo grávido-
puerperal deve ser iniciado o mais precocemente possível e 
só se encerra após o 42º dia de puerpério, período em que a 
consulta de puerpério deverá ter sido realizada. 
1. Na primeira consulta: 
a) Anamnese completa  aspectos epidemiológicos, 
antecedentes familiares, pessoais, ginecológicos e 
obstétricos e situação da gravidez atual 
b) Exame físico completo 
c) Exame ginecológico e obstétrico 
d) Solicitar sempre: 
 Hemograma  hematócrito, hematimetria, 
hemoglobina,leucócitos e plaquetas (leucocitose e 
plaquetopenia fisiológica) 
 Grupo sanguíneo e fator Rh  Se a gestante for Rh 
negativo e o parceiro for positivo é imprescindível a 
pesquisa de anticorpos antieritrocitários irregulares 
maternos (PAI) para que possível sensibilização 
anterior da gestante seja aquilatada. Risco de 
eritroblastose fetal 
 Sorologia para sífilis (VDRL)  repetir próximo a 30˚ 
semana 
 Glicemia em jejum  repetir próximo a 30˚ semana 
 Exame sumário de urina (tipo I)  repetir próximo 
a 30˚ semana 
 Sorologia anti-HIV 
 Sorologia para hepatite B 
 Sorologia para toxoplasmose  IgM para todas as 
gestantes e IgG quando houver disponibilidade 
para realização 
 
e) Solicitar se necessário: 
 Protoparasitológico  em mulheres de baixa renda 
principalmente 
 Colpocitologia oncótica (Papanicolau)  se a 
mulher não tiver realizado nos últimos 3 anos ou se 
indicação 
 Bacterioscopia da secreção vaginal  em mulheres 
com antecedente de prematuridade 
 Sorologia para rubéola 
 Urocultura para diagnóstico de bacteriúria 
assintomática 
 Ultra-sonografia obstétrica 
 4 
 Jéssika – Ginecologia e Obstetrícia 
Fonte: Manual MS 
OBS: a realização da ultra-sonografia de rotina durante a 
gestação está mais relacionada com a melhor determinação 
da IG, detecção precoce de gestações múltiplas e 
malformações fetais clinicamente não suspeitas. Por isso, 
pode sim ser solicitado como exame de rotina caso haja 
disponibilidade no local. Porém, sua não realização não 
constitui omissão, nem diminui a qualidade do pré-natal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. TIPAGEM SANGUÍNEA/FATOR Rh: 
 Fator Rh +: escrever no cartão o resultado e 
informar a gestante sobre seu tipo sanguíneo 
 Fator Rh – e parceiro com Rh + e/ou desconhecido: 
solicitar teste de Coombs indireto. Se o resultado 
for negativo, repeti-lo em torno da 30˚ semana. 
Quando for positivo, encaminhar a gestante para 
pré-natal de alto risco 
2. SOROLOGIA PARA SÍFILIS (VDRL): 
 5 
 Jéssika – Ginecologia e Obstetrícia 
Fonte: Manual MS 
 VDRL -: escrever no cartão e informar a gestante o 
resultado. Repetir o exame na 30˚ semana. 
 VDRL +: socilitar teste confirmatório. Se for não 
reagente, dispensar sífilis. Se reagente, deve-se 
instruir tratamento. 
 
3. URINA TIPO I: 
 Proteínas  traços sem sinais clínicos (repetir em 
15 dias). Positivo com HAS (pré-eclâmpsia leve) 
 Bactérias sem sinais clínicas de ITU  solicitar 
urocultura com antibiograma. Se positivo, realizar 
tratamento 
 Hemáceas se associadas a bacteriuria  se 
hematúria isolada, excluir sangramento genital 
 Cilindros  referir ao pré-natal de alto risco 
 A presença de ITU durante a gestação aumenta o 
risco de trabalho de parto e parto prematuros, 
amniorrexe prematura e sepse neonatal. 
 
4. HEMATIMETRIA – DOSAGEM DE Hb E Ht: 
 Hb maior ou igual a 11 g/dl  ausência de anemia 
 Hb < 11 g/dl e > 8 g/dl  anemia leve a moderada. 
Solicitar exame parasitológico de fezes e tratar 
parasitoses se presente. Utilizar sulfato ferroso 
 Hb < 8 g/dl  anemia grave. Referida 
imediatamente ao pré-natal de alto risco 
 A anemia está associada a um aumento do risco de 
recém-nascidos com baixo peso ao nascer, 
mortalidade perinatal, além de trabalho de parto 
pré-termo. 
 
5. GLICEMIA DE JEJUM: 
 Utilizado como teste de rastreamento para DM 
gestacional (DMG) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. TESTE ANTI-HIV: 
 Negativo  indica que a gestante não está 
infectada ou que está infectada, porém é tão 
recente que não houve tempo para seu organismo 
produzir anticorpos em quantidades detectáveis 
(janela imunológica). Por isso, deve-se solicitar um 
novo exame em 30 a 90 dias 
 Indeterminado  pode significar falso positivo ou 
verdadeiro positivo de infecção recente, cujo 
anticorpos anti-HIV circulantes ainda não estão tão 
detectáveis. Teste deverá ser repetido em 30 dias 
 Positivo  tratamento para diminuir o risco de 
transmissão para o feto 
7. IgM PARA TOXOPLASMOSE 
8. SOROLOGIA PARA HEPATITE B 
 
 
 Anamnese sucinta  aspectos de bem estar 
materno e fetal 
 Perguntas sobre alimentação, hábito intestinal e 
urinário, movimentação fetal e interrogatório sobre 
 6 
 Jéssika – Ginecologia e Obstetrícia 
Fonte: Manual MS 
a presença de corrimentos ou outras perdas 
vaginais 
 Exame obstétrico sistemático: pressão arterial, pele 
e mucosas, exame das mamas, palpação obstétrica, 
medida da altura uterina, ausculta dos batimentos 
cardiofetais, pesquisa de edema de membros 
inferiores; reavaliar riscos 
 
 
Objetivo  estimar o tempo da gravidez/idade do feto. 
Depende da data da última menstruação (DUM) 
 
I. Quando a data da última menstruação (DUM) é 
conhecida e certa: 
 
 Uso do calendário: some o número de dias do 
intervalo entre a DUM e a data da consulta, 
dividindo o total por sete (resultado em semanas); 
 Uso de disco (gestograma): coloque a seta sobre o 
dia e o mês correspondentes ao primeiro dia e mês 
do último ciclo menstrual e observe o número de 
semanas indicado no dia e mês da consulta atual. 
 
II. Quando a data da última menstruação é 
desconhecida, mas se conhece o período do mês 
em que ela ocorreu: 
 
 Se o período foi no início, meio ou fim do mês, 
considere como data da última menstruação os dias 
5, 15 e 25, respectivamente. Proceda, então, à 
utilização de um dos métodos descritos 
 
III. Quando a data e o período da última menstruação 
são desconhecidos: 
 
 Pela medida da altura do fundo do útero e pelo 
toque vaginal, além da informação sobre a data de 
início dos movimentos fetais, que habitualmente 
ocorrem entre 18 e 20 semanas: 
 
 
OBS: se não for possível determinar a IG clinicamente, deve-
se solicitar uma ultra-sonografia obstétrica. 
Cálculo da Data Provável do Parto (DPP): 
Leva-se em consideração a duração média da gestação 
normal (280 dias ou 40 semanas, a partir da DUM), mediante 
a utilização de calendário. 
Como realizar o cálculo? somar sete dias ao primeiro dia da 
última menstruação e subtrair três meses ao mês em que 
ocorreu a última menstruação (ou adicionar nove meses, se 
corresponder aos meses de janeiro a março). 
 
Avaliação do estado nutricional e do ganho de peso 
gestacional: 
Consiste na tomada da medida do peso e da altura e o 
cálculo da semana gestacional, o que permite a classificação 
do índice de massa corporal (IMC) por semana gestacional. 
 7 
 Jéssika – Ginecologia e Obstetrícia 
Fonte: Manual MS 
 
 
1. Conduta conforme diagnostico nutricional 
 
a) Baixo peso (BP): investigue a história alimentar, a 
hiperêmese gravídica, as infecções, as parasitoses, 
as anemias e as doenças debilitantes. Dê a 
orientação nutricional, visando à promoção do peso 
adequado e de hábitos alimentares saudáveis. 
Remarque a consulta em intervalo menor do que o 
fixado no calendário habitual 
b) Adequado (A): siga o calendário habitual. Explique à 
gestante que seu peso está adequado para a idade 
gestacional. 
c) Sobrepeso e obesidade (S e O): investigue a 
obesidade pré-gestacional, casos de edema, 
polidrâmnio, macrossomia e gravidez múltipla. Dê 
orientação nutricional à gestante, visando à 
promoção do peso adequado e de hábitos 
alimentares saudáveis. Remarque a consulta em 
intervalo menor do que o fixado no calendário 
habitual. 
Objetivo  detectar precocemente estados hipertensivos 
1. Conceitua-se HAS na gestação quando: 
a) Há níveis iguais ou maiores que 140 mmHg de 
pressão sistólica e iguais ou maiores que 90 mmHg 
de pressão diastólica 
b) Aumento de 30 mmHg ou mais na pressão sistólica 
e/ou de 15 mmHg ou mais na pressão diastólica  
sinal de alerta 
c) Presença de pressão diastólica maior ou igual a 110 
mmHg em 1 única aferição 
2. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) na gestação 
é classificada nas seguintes categorias principais: 
 
 Pré-eclâmpsia: caracterizada pelo aparecimentode 
HAS e proteinúria (> 300 mg/24h) após a 20ª 
semana de gestação em mulheres previamente 
normotensas; 
 Eclâmpsia: corresponde à pré-eclâmpsia 
complicada por convulsões que não podem ser 
atribuídas a outras causas; 
 Pré-eclâmpsia superposta à HAS crônica: definida 
pela elevação aguda da PA, à qual se agregam 
proteinúria, trombocitopenia ou anormalidades da 
função hepática, em gestantes portadoras de HAS 
 8 
 Jéssika – Ginecologia e Obstetrícia 
Fonte: Manual MS 
crônica com idade gestacional superior a 20 
semanas; 
 Hipertensão arterial sistêmica crônica: é definida 
por hipertensão registrada antes da gestação, no 
período que precede à 20ª semana de gravidez ou 
além de doze semanas após o parto; 
 Hipertensão gestacional: caracterizada por HAS 
detectada após a 20ª semana, sem proteinúria, 
podendo ser definida como “transitória” (quando 
ocorre normalização após o parto) ou “crônica” 
(quando persistir a hipertensão). 
Objetivo  identificar o crescimento fetal, diagnosticar 
desvios de normalidade a partir da relação entre a AU e IG e 
identificar a situação e apresentação fetal 
1. PALPAÇÃO OBSTÉTRICA: 
I. Deve ser realizada antes da medida da AU 
II. Delimita-se o fundo uterino e o contorno da 
superfície uterina 
III. Procura-se identificar os pólos cefálico e pélvico e o 
dorso fetal, facilmente identificados a partir do 3˚ 
trimestre 
IV. Também pode-se estimar a quantidade de líquido 
amniótico 
Técnica para palpação abdominal (Manobra de Leopold): 
Consiste em um método palpatório do abdome materno em 
4 passos 
I. Delimite o fundo do útero com a borda cubital de 
ambas as mãos e reconheça a parte fetal que o 
ocupa; 
II. Deslize as mãos do fundo uterino até o polo inferior 
do útero, procurando sentir o dorso e as pequenas 
partes do feto; 
III. Explore a mobilidade do polo, que se apresenta no 
estreito superior pélvico; 
IV. Determine a situação fetal, colocando as mãos 
sobre as fossas ilíacas, deslizando-as em direção à 
escava pélvica e abarcando o polo fetal, que se 
apresenta. As situações que podem ser 
encontradas são: longitudinal (apresentação 
cefálica e pélvica), transversa (apresentação 
córmica) e oblíquas. 
 
 
 
 
2. MEDIDA DA AU 
a) Realiza-se com uso de fita métrica, delimitando a 
borda superior da sínfise púbica e o fundo uterino 
Constatar a cada consulta a presença, o ritmo, a frequência 
e a normalidade dos batimentos cardíacos fetais (BCF). Deve 
ser realizada com sonar, após 12 semanas de gestação, ou 
com Pinard, após 20 semanas. 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiewLO93eXcAhVGTZAKHdzSCZwQjRx6BAgBEAU&url=https://medicina10blog.wordpress.com/2016/10/26/manobras-de-leopold/&psig=AOvVaw3FN2SdhHA3237AqCdVuaqz&ust=1534102001311186
 9 
 Jéssika – Ginecologia e Obstetrícia 
Fonte: Manual MS 
Registro dos movimentos fetais: 
Evoluem com a gravidez. No início são débeis e poucos 
frequentes, podendo ser confundidos até com peristaltismo 
materno. Gradativamente os movimentos tornam-se 
rítmicos, fortes e contínuos 
Esses movimentos podem sofrer alterações com fatores 
endógenos (fator Rh, insuficiência placentária, 
malformações congênitas) como exógenos (nicotina, álcool, 
medicamentos sedativos)  solicitar e instruir a mãe a 
realizar o Método de registro diário de movimentos fetais 
(RDMF) que determina  Se, em uma hora, o bebê não se 
mexer seis vezes, pare de contar os movimentos. Repita o 
registro. Se persistir a diminuição, procure a unidade de 
saúde. 
Verificação da presença de edema 
 
É realizado com a finalidade de se detectar anormalidades 
nas mamas e/ou avaliar sintomas referidos pelas gestantes 
para, assim, identificar possíveis lesões malignas palpáveis 
num estágio precoce de evolução. 
Boa oportunidade para orientar a gestante quanto ao uso de 
sutiã, banho de sol por 15 min nos mamilos diariamente, não 
uso de pomada ou cremes nos seios.. 
1. O preparo das mamas para a amamentação 
Vantagens para a mulher: 
 Favorece a involução uterina e reduz o risco de 
hemorragia 
 Contribui para o retorno ao peso normal; 
 Contribui para o aumento do intervalo entre 
gestações. 
Para o bebe: 
 É um alimento completo; não necessita de nenhum 
acréscimo até os seis meses de idade; 
 Facilita a eliminação de mecônio e diminui a 
incidência de icterícia; 
 Protege contra infecções; 
 Aumenta o vínculo afetivo; 
 Diminui as chances de desenvolvimento de alergias. 
Manejo da amamentação: 
 Posição e pega 
 Ferro e folato: a suplementação rotineira de ferro e 
folato parece prevenir a instalação de baixos níveis 
de hemoglobina no parto e no puerpério. O 
Programa Nacional de Suplementação de Ferro, do 
Ministério da Saúde, recomenda a suplementação 
de 40mg/dia de ferro elementar (200mg de sulfato 
ferroso). 
Orienta-se que a ingestão seja realizada uma hora 
antes das refeições. 
A suplementação de ferro deve ser mantida no 
pósparto e no pós-aborto por 3 meses; 
 Folato peri-concepcional: tem forte efeito protetor 
contra defeitos abertos do tubo neural. Deve ser 
usado rotineiramente pelo menos dois meses antes 
e nos dois primeiros meses da gestação. 
Mulheres que tiveram fetos ou neonatos com 
defeitos abertos do tubo neural têm que usar folato 
continuamente se ainda desejam engravidar. 
 Piridoxina (vitamina B6): não há evidências para 
indicá-la como suplemento na gravidez, embora os 
resultados de um trabalho sugiram que seu uso 
pode ter efeito protetor em relação ao esmalte 
dentário 
 Cálcio: seu uso parece ser benéfico em mulheres 
que apresentam alto risco de desenvolver 
hipertensão na gestação e naquelas que têm baixa 
ingestão de cálcio. 
 Zinco: não existem evidências suficientes para 
avaliar os efeitos do seu uso na gravidez. Os 
possíveis efeitos benéficos sobre a prevenção do 
trabalho de parto prematuro necessitam de novas 
avaliações 
 Proteínas: a suplementação balanceada parece 
melhorar o crescimento fetal e reduzir os riscos de 
morte fetal e neonatal. 
 Vitamina A: é nutriente que atua no sistema 
imunológico, auxiliando no combate às infecções, à 
 10 
 Jéssika – Ginecologia e Obstetrícia 
Fonte: Manual MS 
diarreia e ao sarampo. Ajuda também no 
crescimento e desenvolvimento, além de ser muito 
importante para o bom funcionamento da visão. A 
falta de vitamina A pode resultar em cegueira. 
Dados de pesquisas importantes têm 
correlacionado a adequação das reservas corporais 
maternas de vitamina A com a redução da 
mortalidade desse contingente populacional. 
Portanto, nas regiões citadas, toda puérpera no 
pós-parto imediato, ainda na maternidade, deve 
receber uma megadose de 200.000 UI de vitamina 
A (1 cápsula VO), garantindo-se, assim, reposição 
dos níveis de retinol da mãe e níveis adequados de 
vitamina A no leite materno até que o bebê atinja 
os 6 meses de idade, diminuindo-se o risco de 
deficiência dessa vitamina entre as crianças 
amamentadas. As mulheres não devem receber 
suplementação de vitamina A em outros locais (na 
rede básica de saúde, por exemplo) ou em outros 
períodos de sua vida reprodutiva, para que seja 
evitado o risco de teratogenicidade para o feto, 
caso haja nova gravidez em curso. 
1) Vacina dupla do tipo adulto – dT (difteria e tétano) 
A vacina dT é indicada para a proteção da gestante contra o 
tétano acidental e a prevenção do tétano neonatal. 
As letras maiúsculas nas abreviações denotam doses não 
diluídas dos toxóides da difteria (D), do tétano (T) e da 
coqueluche (P, do inglês pertussis). As letras minúsculas d e 
p denotam doses reduzidas dos toxoides da difteria e da 
coqueluche, usadas nas formulações para adolescentes e 
adultos. 
A letra a nas vacinas DTPa e dTpa significam acelular  o 
componente da vacina contra a coqueluche contém apenas 
uma pequena quantidade da bactéria causadora da 
coqueluche.Existem 4 tipos de vacina: 
 DTPa : administrada a crianças com menos de 7 anos 
de idade 
 DT: administrada a crianças com menos de 7 anos de 
idade 
 dTPa : administrada a crianças mais velhas e a adultos 
 dT: administrada a crianças mais velhas e adultos 
 
Não vacinadas: 
 
Vacinadas: 
 Gestante sem nenhuma dose registrada: inicie o 
esquema vacinal o mais precocemente possível 
com 3 doses, com intervalo de 60 dias ou, no 
mínimo, 30 dias. 
 Gestante com esquema vacinal incompleto (1 ou 2 
doses): em qualquer período gestacional, deve-se 
completar o esquema de três doses o mais 
precocemente possível, com intervalo de 60 dias 
ou, no mínimo, 30 dias entre elas. 
 Gestante com menos de 3 doses registradas: 
complete as 3 doses o mais precocemente possível, 
com intervalo de 60 dias ou, no mínimo, 30 dias. 
 Gestante com esquema vacinal completo (3 doses 
ou mais) e última dose há menos de cinco anos: não 
é necessário vaciná-la. 
 Gestante com esquema completo (3 doses ou mais) 
e última dose administrada há mais de cinco anos e 
menos de 10 anos: deve-se administrar uma dose 
de reforço tão logo seja possível, 
independentemente do período gestacional. 
 Gestante com esquema vacinal completo (3 doses 
ou mais), sendo a última dose há mais de 10 anos: 
aplique uma dose de reforço. 
2) Vacina contra influenza (fragmentada) 
A vacina contra a influenza é recomendada a todas as 
gestantes em qualquer período gestacional. O esquema 
consta de uma dose no período da campanha. 
3) Vacinação contra hepatite B (recombinante) 
O PNI reforça a importância de que a gestante receba a 
vacina contra a hepatite B após o primeiro trimestre de 
gestação, independentemente da faixa etária. 
O esquema desta vacina deve ser seguido conforme os 
calendários de vacinação do adolescente e do adulto. A 
seguir, destaca-se a recomendação de acordo com a 
situação apresentada: 
 Gestantes com esquema incompleto (1 ou 2 doses 
de 3 doses): deve-se completar o esquema. Três 
doses com intervalo de 30 dias entre a primeira e a 
segunda e de 180 dias entre a primeira e a terceira. 
Na impossibilidade de se realizar a sorologia anti-
HBs, deve-se avaliar o estado vacinal da gestante e 
vaciná-la, se for o caso. 
 Gestantes com esquema completo: não se deve 
vaciná-las. 
4) Casos especiais: 
I. Vacina contra raiva humana: Em situações de 
pós-exposição, a vacina contra raiva humana 
não é contraindicada durante a gestação. Na 
pré-exposição, a gestante também pode ser 
 11 
 Jéssika – Ginecologia e Obstetrícia 
Fonte: Manual MS 
vacinada. Entretanto, devido ao risco da 
ocorrência de eventos adversos, é preferível 
que ela receba a vacina somente se não puder 
evitar as situações de possível exposição ao 
vírus rábico. 
II. Vacina contra febre amarela (atenuada): Na 
rotina do serviço de vacinação, a gestante não 
deve receber a vacina contra febre amarela. 
Entretanto, em situações de surto, se a 
gestante reside ou vai se deslocar para área 
com recomendação de vacinação para febre 
amarela, ela deve ser vacinada se o risco de 
adoecer for maior do que o risco de receber a 
vacina. 
III. É importante ressaltar que as lactantes que 
amamentam crianças menores de seis meses 
de idade também não devem ser vacinadas. 
IV. Sarampo, da rubéola, da caxumba e da febre 
amarela (vacinas virais vivas): não são 
recomendadas em situações normais. 
Contudo, quando for alto o risco de ocorrer a 
infecção natural pelos agentes dessas doenças 
(viagens a áreas endêmicas ou vigência de 
surtos ou epidemias), deve-se avaliar cada 
situação, sendo válido optar-se pela vacinação 
quando o benefício for considerado maior do 
que o possível risco. Vacinas contra 
poliomielite e tuberculose podem ser 
utilizadas em caso de extrema necessidade. 
V. Após a vacinação com tríplice viral, 
recomenda-se evitar a gravidez durante um 
mês (30 dias), apenas por precaução. 
 
Instruções quanto ao tipo de parto: 
No que diz respeito aos exames e aos procedimentos, 
sugerimos ser solicitados os seguintes: 
1) Tipagem sanguínea e Fator RH (no caso da mulher ter RH 
negativo); 
2) Pesquisa de antígeno de superfície do vírus da Hepatite 
B (HBsAg); 
3) Teste treponêmico e/ou não treponêmico para detecção 
de Sífilis por meio de tecnologia convencional ou rápida; 
4) Pesquisa de Anticorpos anti-HIV; 
5) Pesquisa de anticorpos do vírus da Hepatite C (anti-HCV); 
6) Hemograma; 
7) Lipidograma: dosagem de colesterol HDL, dosagem de 
colesterol LDL, dosagem de colesterol total, dosagem de 
triglicerídeos; 
8) Dosagem de Glicose; 
9) Eletroforese da hemoglobina (para detecção da doença 
falciforme); 
10) Aferição de Pressão Arterial; 
11) Verificação de Peso e cálculo de IMC (índice de Massa 
Corporal). 
Lembrando que esses procedimentos e exames devem ser 
solicitados respeitando os protocolos estabelecidos pelo 
Ministério da Saúde. Caso seja detectada alguma alteração 
em algum desses exames, o pai/parceiro deve ser 
referenciado para o tratamento dentro da rede SUS. O 
mesmo procedimento deve ser adotado caso o profissional 
verifique a necessidade de outros exames.

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