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METABOLISMO VEGETAL E EXTRATOS VEGETAIS Luzia Kalyne A M Leal Professor Associado III Farmacognosia - Farmácia Universidade Federal do Ceará N N COOCH3 NH3CO R HO COOCH3 O OCCH3 O H CH2CH3 OH CH2CH3 . H2SO4 5' 4' 3' 3 4H N PAPEL DO METABOLISMO VEGETAL NA PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS • FONTE DE ATIVOS: • Terapêutico • Cosmético • Alimentício • Tóxico METABOLISMO VEGETAL • Definição • Função: - Exigências da célula: Energia, poder redutor e biossíntese de macromoléculas MACROMOLÉCULAS CELULARES LIPÍDIOS CARBOIDRATOS PROTEÍNAS ÁC. NUCLÉICOS AÇUCARES ÁCIDOS GRAXOS AMINOÁCIDOS NUCLEOTÍDEOS CÉLULA Formação de componentes celulares, transformações químicas e hereditariedade METABOLISMO VEGETAL Metabolismo Primário - Macromoléculas essenciais a vida Metabolismo Secundário - Substâncias não necessariamente essencias a vida - Propriedade biológicas Rotas Metabólicas no Vegetal Primária X Secundária A linha divisória entre o metabolismo primário e secundário não é nítida METABÓLITOS SECUNDÁRIOS Funções e Importância: - Defesa - Proteção: raios UV - Atração de polinizadores - Diversidade química: potencial inovação - Interesse farmacêutico, alimentar e cosmético. PRODUÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS • Influência: Hereditariedade Ontogenia Ambiente AMBIENTE INFLUI NO METABOLISMO VEGETAL Gobbo-Neto e Lopes, 2007. Plantas medicinais: fatores de influência no conteúdo de metabólitos secundários. Quim Nova 30 (2): 374-381. Variação sazonal dos teores de alcalóides em Datura metel Alcalóides: escopolamina e atropina METAB. SECUNDÁRIOS - BIOSSÍNTESE Glicose Ác. chiquímico Acetil-CoA Ác. cítrico Mevalonato Ác. Graxos acetogeninasÁlcalóides Glic. Cianog. Antraquinonas Flavonóides Taninos cond. Ác. graxo Taninos hidrol. Fenilalanina/ tirosina triptofano Álcalóides Álcalóides Lignanas e Cumarinas Terpenóides e Esteróis Polissacarídeos Heterosídeos Condens. DERIVADOS DO ÁC. CHIQUÍMICO Triptofano Fenialanina/Tirosina Indol quinolina protoalcalóide isoquinolina benzil isoquinolina ác. gálico taninos ác. chiquímico ALCALÓIDES DA VINCA (Catharanthus roseus) N N COOCH3 N H3CO R HO COOCH3 O OCCH3 O H CH2CH3 OH CH2CH3 . H2SO4 parte catarantina parte vindolina 5' 4' 3' 3 4H R - CH3 Sulfato de vinblastina R - CHO Sulfato de vincristina N R – CH3 Sulfato de vincristina R – CHO Sulfato de vinblastina• Antineoplásico INDOL ● ALCALÓIDES DA VINCA ● Mecanismo de ação - Inibem a divisão celular - Inibem outras atividades celulares (ex.: quimiotaxia) Fármaco Indicação Sulf. de vinblastina linfoma linfocítico, linfoma histio- cítico, carcinoma testicular, câncer de mama Sulf. de vincristina leucemia linfocítica aguda, linfossar- coma, neuroblastoma e outros. Velban® Vincristina ® Eli Lilly processa ~8000Kg de flores de Vinca anualmente. METAB. SECUNDÁRIOS - BIOSSÍNTESE Glicose Ác. chiquímico Acetil-CoA Ác. cítrico Mevalonato Ác. Graxos acetogeninasÁlcalóides Glic. Cianog. Glucosilon. Antraquinonas Flavonóides Taninos cond. Ác. graxo Taninos hidrol. Fenilalanina/ tirosina triptofano Álcalóides Álcalóides Lignanas e Cumarinas Terpenóides e Esteróis Polissacarídeos Heterosídeos Condens. DERIVADOS DO ÁCIDO CHIQUÍMICO E DO ACETATO ● Antraquinonas ex.: babosa (Aloe vera) ● Flavonóides ex.: Ginkgo biloba ● Taninos ex.: Aroeira-do-sertão (M. urundeuva) Flavanona (incolor) Flavona (amarelo) Flavonol (amarelo) Isoflavona (incolor) OH FLAVONÓIDES Flavon-3-ol Flavonóis 5 7 3 (R) 3’ 4’ Quercetina OH OH H OH OH Campferol OH OH H - OH Isocampferídio OH OH CH3 - OH Derivados Flavônicos • Isocampferídio: 3-metilflavonol - Antiinflamatória - Antioxidante - Relaxante muscular Amburana cearensis A. C. Smith (cumaru) LEAL, 2006; LEAL et al., 2006 METAB. SECUNDÁRIOS - BIOSSÍNTESE Glicose Ác. chiquímico Acetil-CoA Ác. cítrico Mevalonato Ác. Graxos acetogeninasÁlcalóides Glic. Cianog. Glucosilon. Antraquinonas Flavonóides Taninos cond. Ác. graxo Taninos hidrol. Fenilalanina/ tirosina triptofano Álcalóides Álcalóides Lignanas e Cumarinas Terpenóides e Esteróis Polissacarídeos Heterosídeos Condens. Plantas Cianogênicas ● Manihot sp. 1Kg de mandioca (tubérculo/ext) – 0,8g HCN - matar 3 homens (aguda) HCN inibe a respiração celular H3C H3C H3C C O - Glic CN C CH3 O + HCN + Glicose enzimas METAB. SECUNDÁRIOS - BIOSSÍNTESE Glicose Ác. chiquímico Acetil-CoA Ác. cítrico Mevalonato Ác. Graxos acetogeninasÁlcalóides Glic. Cianog. Glucosilon. Antraquinonas Flavonóides Taninos cond. Ác. graxo Taninos hidrol. Fenilalanina/ tirosina triptofano Álcalóides Álcalóides Lignanas e Cumarinas Terpenóides e Esteróis Polissacarídeos Heterosídeos Condens. DERIVADOS DO ACETATO ● Via mevalonato Óleos essenciais Saponinas Heterosídeos cardiotônicos Digitalis purpurea L. R=H digitoxina ; R=OH digoxina o o HO O CH3 O CH3 O OH O O OH O O CH3 OH CH3 H CH3 DIGITOXINA R Heterosídeos cardiotônicos DIGITALINE NATIVELLE®: cardiotônico e antiarrítmico Heterosídeos • Forma livre (aglicona) • Combinada: aglicona + açucar (Heterosídeo) Quercetina Rutina Rutinose • Medicamento: Venoruton® Flavonoide Heterosídeo Flavônico Princípios Ativos Vegetais • Diversidade química Rutinose o o HO O CH3 O CH3 O OH O O OH O O CH3 OH CH3 H CH3 DIGITOXINA marcadores no Controle de Qualidade de extratos vegetais Princípios Ativos Vegetais Rutinose Marcadores Químicos? Produção e Controle de Extratos Vegetais Extratos vegetais – Definição: Extratos são preparações de consistência líquida, semissólida ou sólida, obtidas a partir de drogas vegetais, utilizando-se métodos extrativos e solventes apropriados. Um extrato é essencialmente definido pela qualidade da droga vegetal, pelo processo de produção e suas especificações. O material utilizado na preparação de extratos pode sofrer tratamentos preliminares, tais como, inativação de enzimas, moagem ou desengorduramento. Após a extração, materiais indesejáveis podem ser eliminados. Farmacopeia Brasileira (FB), 6ª Ed., 2019 - RDC Nº 298, DE 12 DE AGOSTO DE 2019 A FB é quem estabelece os requisitos mínimos de qualidade para fármacos, insumos, drogas vegetais*, medicamentos etc. *http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/259143/Plantas+m edicinais+Pronto.pdf/1b7220eb-a371-4ad4-932c-365732a9c1b8 • Objetivos: - extrair ativos - diminuir volume - concentrar substâncias - viabilizar posologias - aumentar o prazo de validade EXTRATO VEGETAL Metabólitos Vegetais Matéria-prima Extratos Estudo fitoquímico Fitoterápicos Planta fresca ou Droga vegetal Isolar e determinar a estrutura química das substâncias (metabólitos vegetais) Extrato vegetal como fonte de fármacos e/ou medicamentos padronização Droga vegetal Moagem (granulometria) Extração Produção e Controle de Extratos para fins terapêuticos Ativo (s)? Solubilidade do ativo? Solvente extrator? Matéria-prima: solvente? Método Extrativo? Método? * Padronização: método analítico/marcadore(s) Planta fresca * * ** Rutinose Na produção Extratos vegetais devem ser observados tanto os ASPECTOS AMBIENTAIS quanto LABORATORIAIS Parte da planta? Idade/fase de desenvolvimento da planta? Época da colheita? Risco/possível de variação sazonal!!!! O que orienta essas determinações???? Rutinose Aspectos laboratoriais na produção de Extratos vegetais • Métodos extrativos: - Maceração - Decocção - Infusão - Soxhlet - Turbólise - Coobação/hidrodestilação - outros Rutinose Fatores laboratoriais que influenciam a qualidade dos Extratos vegetais • Técnica de extração • Granulometria • Solvente • Droga vegetal : solvente • outrosCQ da matéria- prima in natura ao Produto Derivado Planta Produto Padronizado Rutinose Extratos vegetais como matéria-prima na produção de um fitoterápico: O que é um produto padronizado? Rutinose Considerações finais Rutinose Aula prática: Extratos vegetais Rutinose Plantas medicinais: - Amburana cearensis - Foeniculum vulgare - Etapas: Aula prática: Extratos vegetais Rutinose 1. Plantas medicinais: - casca do caule Amburana cearensis - fruto de Foeniculum vulgare 2. Etapas: 2.1. Autenticidade 2.2.Avaliação da pureza 2.3. Granulometria 2.4. Extração - Selecionar o método: Ativo? Solvente? Droga vegetal:Solvente? Demais condições de extração 2.5. Caracterizar o Extrato…. Caracterização da matéria-prima vegetal: granulometria Qual objetivo? Considerações finais
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