Buscar

Resumo Gnosia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FARMACOGNOSIA 
21.2 
 
VIA BIOSSINTÉTICA DO ÁCIDO CHIQUÍMICO 
O ácido chiquímico é formado na via do 
chiquimato a partir da condensação deeritrose-4-
fosfato + fosfoenolpiruvato, provenientes da via 
glicosídica. 
Esse ácido é caracterizado por ter um grupamento 
ácido, três hidroxilas e um ciclohexeno. 
 
Foi isolado pela primeira vez em 1885 da planta 
japonesa Badiana-do-Japão/anis-estrelado-
japonês ou falso-anis-estrelado. Essa planta é 
altamente toxica e é bem parecido 
estruturalmente com o anis verdadeiro. Tem 
atividade carminativa e propriedade edulcorante 
(especiaria). 
ORIGEM BIOSSINTÉTICA: ÁCIDO CHIQUÍMICO 
O ácido chiquímico funciona como ponto de 
partida para a biossíntese tanto de metabolismo 
primário quanto do metabolismo especial das 
plantas. 
 metabólitos primários: ácidos aminados 
(tirosina, fenilalanina e triptofano) 
 metabólitos secundários/especial: taninos, 
alcaloides aromáticos, arilpropanoides, 
fenólicos, cumarinas, lignoides e 
flavonoides (via mista – acetato/malonato 
e chiquimato). 
 
Essa substância é formada a partir de uma 
molécula de eitrose-4-fosfato que sofre uma 
condensação aldólica com fosfoenolpiruvato 
formando um açúcar com 7 átomos de carbono 
fosforilado. Após isso, ocorre reação 
intramolecular que resulta na perda de fosfato 
com a formação de uma dupla, que é importante 
para o fechamento do anel que acontece 
posteriormente. Com o fechamento de anel temos 
a formação do primeiro intermediário ácido: 
ácido 3-desidroquímico. 
O fato das OH está em posição orto diferencia 
dos fenólicos formados na via do 
acetado/malonato (posição meta). 
O intermediário formado pode sofrer redução 
formando ácido químico ou uma desidratação 
seguido de redução (O  OH) formando o ácido 
chiquímico. O intermediário entre o ácido 
chiquímico e o ácido 3-desidroquímico pode ainda 
formar 2 produtos. 
 
Condensações de várias unidades de ácido gálico 
formam taninos gálicos (pentagaloilglicose – 
ácidos gálicos ligados por ligação éster), 
encontrados na goiaba. 
 
 
 
 
ORIGEM BIOSSINTÉTICA: ÁCIDO CORÍSMICO 
Esse ácido é importante intermediário na via do 
ácido chiquímico. 
 
PO  bom grupo de saída; 
FORMAÇÃO DOS ÁCIDOS AMINADOS 
AROMÁTICOS 
Ácidos aminados aromáticos/aminoácidos: L-
fenilalanina e L-tirosina. 
 
Ácido prefênico: intermediário para formação dos 
aminoácidos por diferentes caminhos que 
depende do organismo onde as reações estão 
acontecendo. 
Ácidos aminados aromáticos/aminoácidos: 
triptofano. 
 
Além dos aminoácidos, podemos formar por essa 
via substâncias do tipo C6-C1 (derivados de ácido 
benzoico) como o ácido salicílico, ácido 2,3-
hidroxibenzoico e ácido p-aminobenzóico (PABA). 
A fenilalanina e a tirosina são os principais 
precursores biossintéticos de diferentes moléculas 
do tipo C6-C3, chamados ácidos cinâmicos (livres 
ou esterificado) e álcoois cinamílicos (se 
diferenciam pela presença de um álcool ou ácido 
na cadeia lateral). Dímeros desses ácidos e 
álcoois levará a formação de micromoléculas 
chamadas de lignoides (neolignanas e lignanas) e 
de macromoléculas chamadas lignina (polímero). 
 
Essa diversidade de fenilpropanoide se dá por 
processos de oxidação. 
DERIVADOS C6-C1 
 ÁCIDO VANÍLICO E VANILINA 
Encontrados em espécies da baunilha. 
 
 
Essas substâncias são formada por uma -
oxidação de cadeia lateral e se inicia a partir de 
uma substancia C6-C3 (fenilalanina e tirosina). 
 
Processo semelhante a síntese se ácidos graxos, 
mas de forma inversa. 
 FENILPROPENOS – ALIL E 
PROPENILFENÓIS 
Propenilfenol e é formado a partir do álcool 
cinamílico pela perda de um OH na forma de 
álcool gerando um carbocátion primário que será 
estabilizado pela entrada de um hidreto. Para o 
alil é o mesmo, só que é uma forma de 
ressonância. 
 
Os alilfenois são encontrados em plantas 
aromática (voláteis) como cravo da índia, anis 
estrelado e erva doce. Enquanto o propenilfenol é 
encontrado na canela. 
Cynara scolymus L. – Marcadores Químicos 
Tem como marcador químico um derivado 
fenilpropanoide. 
 
Obs.: Colerética por estimular o fígado na 
produção da bile. A ação colagoga por estimular 
a contração da vesícula biliar, para promover o 
fluxo da bile para o intestino. A bile aumenta a 
solubilidade do colesterol e da gordura, 
facilitando sua digestão pelo organismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BÁLSAMOS 
É um fenólico simples. 
Na antiguidade tem registro na bíblia, utilizado 
na mumificação de faraós e tem registro como 
bom conservante. 
Em relação a estrutura química, a base dos 
bálsamo são os ácidos balsâmicos (C6-C1) e 
cinâmico (C6-C3) e seus ésteres. 
 
O termo bálsamo é frequentemente utilizado de 
forma errada para classificar óleorresinas, porém, 
os bálsamos tem essas substâncias acimas e as 
óleorresinas não. 
Os bálsamos são geradas em canais ou bolsas 
esquizogênicas (quando os balsamos sãos 
produzidos e liberados nas cavidades, eles 
começam a inchar e promovem afastamento e 
compressão das células ao redor para comporta-
lo) e esquizolisogênicas (além do que foi dito 
anteriormente, também promove a lise das células 
para comportar mais bálsamo). 
São geralmente pré-formados na planta, mas 
aumentam a produção por um processo de lesão 
ou injúria. Alguns produtos não são formados 
antes de haver uma injúria, ou seja, são produtos 
exclusivamente patológicos (ex. Benjoim e 
Bálsamo-de-Tolu). 
BÁLSAMO-DO-PERU 
- Myroxylon balsamum var. pereirae Harms. 
(Fabaceae); 
- Sinonímia: M. pereirae Klotzsch; 
- Árvore nativa na América Central (El 
Salvador, Honduras, Nicarágua, Sul do 
México e Guatemala); 
- Os mais faziam uso p/ asma, catarro, 
reumatismo e feridas externas; 
- Seu nome é devido à primeira exportação 
para a Espanha ser proveniente do porto de 
Calhao, no Peru; 
- Foi descrito por Monardes em 1576; 
- O bálsamo é obtido a partir do tronco 
escarificado à quente (resina patológica); 
- Contém altíssimos teores de ésteres balsâmicos 
(líquidos), 45% a 75%; 
 principalmente benzoato de benzila e 
cinamato de benzila. 
 
 
- Características organolépticas: 
 líquido viscoso, límpido, castanho-escuro a 
castanho-avermelhado. 
 não se solidifica em exposição ao ar, nem 
por tempo prolongado ou por 
aquecimento e não produz filamentos. 
 quando examinado em camada fina 
apresenta cor castanho-amarelada. 
 odor característico, aromático, que lembra 
a baunilha. 
 sabor amargo e acre. 
 solúvel em álcool, acetona e clorofórmio. 
 
Constituintes Químicos 
- Rico em ésteres balsâmicos, 56-66%, sendo 
3/5 de benzoato de benzila e 2/5 de 
cinamato de benzila; 
- Tem ainda o peru-resinol, C18H20O5, que na 
forma livre e esterificado com ácido cinâmico 
e ácido benzóico, 28% da composição. 
Responsável por dar uma característica 
levemente resinosa; 
- Presença de cinamato de cinamila (estiracina); 
 a quantidade dos ácidos cinâmico e 
benzoico livres é pequena; 
 marcador químico; 
- Além de apresentar cumarina, vanilina e 
álcoois sesquiterpênicos; 
 
 
Propriedades Biológicas e Usos 
- Externamente: parasiticida, desinfectante, 
cicatrizante e anti-inflamatório; 
- Cremes para casos de varizes e hemorroidas; 
- Internamente: 
 antisséptico das vias urinárias e 
pulmonares; expectorante, para bronquite 
e asma; 
- No sistema imune estudos in vitro demonstram 
aumento na fagocitose; 
- Usado para aromatizar alimentos (ex. 
chocolates e bebidas), por conta do 
 
 
sucedâneo da baunilha, bem como na 
perfumaria e produtos de limpeza; 
- Efeitos tóxicos: É irritante das mucosas quando 
administrada por via oral. 
 
 
BÁLSAMO-DE-TOLU 
- Myroxylon balsamum (L.) Harms. (Fabaceae); 
- Distribuição: Colômbia e Venezuela. Cultivada 
nas Antilhas e em Cuba. No Brasil pode ser 
encontrado no Acre; 
- Descrito em 1574 por Monardes e incluído na 
BP em 1820; 
- Contém 25-35% de ácidos balsâmicos, livresou combinados, expressos em ácido cinâmico; 
- Características organolépticas: 
 massa macia, semissólida, acastanhada a 
castanho-avermelhada; 
 em repouso, torna-se dura, friável e 
escura, cujos fragmentos finos apresentam 
cor amarelo-acastanhada; 
 odor semelhante ao da baunilha 
(aromático/balsâmico); 
 sabor um pouco acre; 
 solúvel em álcool, acetona e clorofórmio; 
Constituintes Químicos 
- 70 a 80 % é uma resina formada por: 
 álcool resinoso conhecido por tolu-
resinotanol (C17H18O5); 
 ácidos aromáticos livres: ~20-25% (12-15 
% cinâmico e 8% benzóico); 
 ácidos aromáticos combinados: 5% 
(ésteres cinâmicos e benzóicos); 
 alguns triterpenos ácidos também têm sido 
descritos na fração resinosa; 
 a essência (7,5% v/p) é composta 
principalmente de benzoato de benzila e 
cinamato de benzila; 
Obs.: essa porção resinosa é que faz ela ficar 
sólida. 
- Além de outros ésteres, estirenos, eugenol, 
vanilina, ácido ferúlico, 1,2-difeniletano e 
ainda mono e sesquiterpenos oxidados ou não 
(ex. beta-cariofileno). 
Propriedades Biológicas e Usos 
- Muito comum em xaropes para tosse feitos 
com tinturas. 
 expectorante e sedativo da tosse  
bronquite e laringite; 
 antisséptico das vias respiratórias e 
urinárias; 
 atualmente esses xaropes são compostos e 
não podem tem o bálsamo-de-tolu em uma 
associação sem comprovação de 
segurança, logo, ele ta sendo aceito como 
excepiente; 
- Externamente utilizado como desinfetante 
(feridas, úlceras e sarna); 
- Em loções e condicionadores de cabelo, 
anticaspa, desodorizantes, sabonetes, cremes, 
loções, sprays; 
- Como aromatizante alimentar; 
 
 
CABREÚVA/ÓLEO-VERMELHO 
- Myroxylon peruiferum L.f. (Fabaceae); 
- Presente no Brasil, mas ta ameaçado de 
extinção; 
- Bálsamo de coloração vermelha; 
- Usado pra fazer cachaça; 
BENJOIM 
- Styrax spp. (Styracaceae); 
- Benjoins → produtos balsâmicos oriundos de 
Estiracáceas arbóreas; 
- Somente duas são comercializadas; 
 
 
 
- Obtidos por incisões profundas no tronco da 
árvore; 
Constituintes Químicos 
Benjoim do Sião: 
 predomina o ácido benzóico (23% livre e 
13% combinado); 
 ácido cinâmico (0 a 3%, em parte 
combinado); 
 álcool coniferílico e seu éster benzoico, 
isovanilina e outros voláteis; 
 
Obs.: benzoato de coniferila forma uma 
inflorescência muito forte que o outro benjoim. 
Benjoim de Sumatra: 
 26 a 35% de ácidos aromáticos totais, 
livres e combinados  predomina o ácido 
cinâmico; 
 ~ 9% de ácido benzóico no estado livre; 
 Estiracina (1%); 
Ambos possuem ácidos triterpenoídicos (via do 
acetato/mevalonato – Farmacognosia II) que tem 
o peso molecular muito alto, eles esterificam com 
ácido benzóico (Sião) e ácido cinâmico (Sumatra), 
dando o aspecto resinoso/sólido. 
 
Essas substancias resinosas ajudam a fixar o óleo 
essencial, aroma e substancias voláteis. 
Propriedades biológicas e usos 
- Internamente: expectorante e antisséptico 
para as vias respiratórias e urinárias, na 
bronquite crônica e uretrites, etc. 
- Externamente: adstringente, cicatrizante e 
antisséptico; despigmentante; 
- A tintura é um excelente conservante natural, 
daí o uso em cosmético; 
- Usado como incenso e fixador na indústria de 
perfumes; 
- Podem gerar dermatites de contato em 
pessoas sensíveis; 
 
ESTORAQUE LÍQUIDO 
- (Storax); 
- Liquidambar spp. (Altingiceae); 
 
- Produzido por estruturas secretoras de origem 
secundária formadas internamente no caule 
jovem, após incisões feitas na planta; 
- Acumula entre a casca e a parte interna do 
caule, sendo extraído da parte externa da 
casca, dias após a incisão; 
- Alta concentração de: 
 estireno (30-70%) 
 ácido cinâmico livre (17-23%), 
 ácido cinâmico combinado na forma de 
ésteres (24-25%), 
 hidrocarbonetos, benzenóides, mono- e 
sesquiterpenos, álcool, substâncias 
carbonílicas, ácidos carboxílicos, incluindo 
ácido benzóico, muitos ésteres e algum 
esqueleto fenólico; 
- A fração volátil – 0,6 a 08% (v/p); 
- Utilizado nos cosméticos e aromaterapia; 
 
 
 
 
 
 
FARMACOGNOSIA 
21.2 
 
CUMARINAS: ASPECTOS GERAIS
O nome cumarina é derivado do nome da planta 
“cumaru” [Dipteryx odorata (Aubl.) Willd.], 
Fabaceae (Leguminosae). As sementes seca dessas 
espécie contem alta concentração de cumarina. 
Essa substância foi isolada pela primeira vez em 
1820 por Vogel. Também encontramos cumarinas 
nos citrus e canela falsa e verdade (menor 
concentração). 
As cumarinas constituem uma classe de metabólitos 
secundários, amplamente distribuídos no reino 
vegetal, podendo também ser encontrados em 
fungos e bactérias. 
São formadas pela via do ácido chiquímico e tem 
os fenilpropanoide como precursores. 
Seis anéis são biciclícos e podem ser mono, di ou 
tri substituído. Em relação a numeração da sua 
estrutura, na posição 7 terá sempre um OH (grupo 
substituinte cromóforos) e a contagem comosa do 
heteroátomos oxigênio. 
Elas se caracterizam como lactonas do ácido o-
hidróxi-cinâmico (1,2-benzopirona), sendo o 
representando mais simples da cumarina. 
 
Em relação a sua classificação, temos a substância 
cumarina que é o mais simples e tem a classe 
cumarina/cumarinas, podendo ser simples, 
substituídas, furanocumarinas (anel C5 com 
heteroátomos oxigênio) e piranocumarinas (anel 
C6 com heteroátomos oxigênio). Essas ultimas 
ainda podem ser lineares ou angulares. 
 
 
O esqueleto da cumarina pode estar ligado a um 
açúcar através de uma o-glicosilação  cumarina 
glicosíladas. Eles podem também ser encontradas 
na forma de agliconas (mono, di ou tri substituída). 
 
 
OCORRÊNCIA BIOLÓGICA 
Estão distribuídas predominantemente em 
angiospermas, nas famílias: Apiaceae, Rutaceae 
(principalmente em citrus), Asteraceae, Fabaceae, 
Oleaceae, Moraceae e Thymeleaceae. 
Elas podem ser encontradas em todas as partes 
de uma planta, frequentemente como misturas. 
A deficiência de ferro no solo onde a planta está 
crescendo pode induzir a produção da biossíntese 
de cumarinas na espécie em questão. Esse 
metabólito é tóxico e irá promover uma seleção 
da microbiota da planta. Além disso, a presença 
de cumarina atuará como agente de mobilização 
do ferro, porque são excelentes quelantes de 
ferro e ele vai ser disponível para os 
microrganismo da microbiota. 
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS 
- Substância cristalina incolor, com um odor doce 
e agradável, muito característico (como a 
baunilha); 
- Geralmente coloridas; 
- Tem um peso molecular de cerca 146.15 
g/mol; 
- Ponto de fusão entre os 68 e 70°C e um ponto 
de ebulição de 303°C; 
- Estes cristais quando dissolvidos em 
clorofórmio e expostos à luz ultravioleta, 
absorvem num comprimento de onda de 272 
nm gerando um verde florescente 
característico para cromatografia em camada 
delgada de drogas vegetais que possuem 
cumarinas; 
 a florescência sobre luz UV é influenciada 
pela natureza e posição dos grupos 
substituintes cromóforos; 
 a luz visualizada por de ver, azul ou 
amarela; 
 
 
 
- É solúvel em solventes orgânicos como o 
etanol, clorofórmio, éter dietílico, e 
parcialmente solúvel em água quente e pouco 
ou nada solúvel em água à temperatura 
ambiente. 
ATIVIDADE BIOLÓGICA 
- Possuem importância econômica nas indústrias 
de fitoterápicos (xaropes/expectorante), 
fitomedicamentos, cosméticos e desinfetantes. 
 as diferentes aplicações da cumarina 
dependem do padrão de substituição no 
anel cumarínico. 
 nos cosméticos está presentes nos perfumes 
com nota de fundo, servindo como fixador 
do perfume; 
- As cumarinas foram amplamente usadas como 
aromatizantes em alimentos industrializados. 
Porém, seu uso foi descontinuado devido a 
evidências de toxidez hepática. 
- As furanocumarinas (psoraleno) são utilizadas 
para o tratamento de enfermidades cutâneas 
(psoríase, micoses, urticária, eczemas, etc.). O 
uso tópico ou oral é acompanhado por uma 
exposição controlada à radiação ultravioleta 
como forma deinduzir a repigmentação da 
pele. 
- Dicumarol e a varfarina são potentes 
anticoagulantes e antitrombóticos. 
 necessário tenha OH na posição 4 no anel 
cumarínico (derivados da 4-
hidroxicumarina); 
DROGAS VEGETAIS 
 ÂMIO 
- Ammi visnaga (L.) Lam., Apiaceae; 
- Farmacógeno (droga usada): frutos; 
- Uso: tradicionalmente para problemas renais. 
 toxicidade hepática e reações 
pseudoalérgicas 
- Constituintes químicos: 
 furanocumarinas: quelina, visnagina, quelol 
e quelinol. 
 piranocumarinas angulares: visnadina, 
samidina e diidrosamidina. 
 
 ANGÉLICA 
- Angelica archangelica L., Apiaceae; 
- Farmacógeno: raízes e rizomas; 
- Usada: estimulante do apetite, carminativo, 
sensação de plenitude (usado como 
complicações digestivas); 
- Composição química: 
 óleos voláteis (0,3 a 0,6%) → 
monoterpenos; 
 cumarinas simples; 
 furanocumarinas lineares e angulares; 
- Propriedade farmacológica: vasodilatador 
coronariano. 
 
 
 CITROS 
- Citrus aurantium L. e C. medica L., Rutaceae; 
- Farmacógeno: frutos imaturos; 
- Uso: problemas estomacais; 
- Composição química: 
 flavonoides → rutina (insuficiência venosa 
e flavorizantes). 
 cumarinas → furanocumarinas. 
 terpenoides. 
 
 GUACO 
- Mikania glomerata e M. laevigata, Asteraceae; 
- Farmacógeno: folhas; 
- Constituintes químicos: 
 Cumarina simples (,2-benzopirona). 
 ácidos fenólicos. 
- Uso: expectorante; 
- No fitoterápico temos a droga vegetal e não 
a substância pura isolada (serve como 
marcador taxonômico); 
- Interação medicamentosa: guaco X varfarina; 
 
 
 
Obs.: Segundo a ANVISA, o Guaco pode ser comercializado 
sob as formas de tintura e extrato. O xarope de Guaco é 
um medicamento fitoterápico comercializado na forma de 
extrato fluido que possui uso terapêutico já bastante 
conhecido, conhecimento este que se baseia no uso 
tradicional e em comprovações científicas. 
 TREVO-DE-CHEIRO 
- Meliotos officinalis Lam., Fabaceae; 
- Farmacógeno: Folhas e flores (Farm. Francesa 
X); 
- Uso: tradicionalmente no tratamento de 
desordens provocadas por insuficiência venosa 
crônica; 
- Constituintes químicos: glicosídeos do ácido 2-
hidroxicinâmico que se hidrolisam facilmente e, 
por lactonização levam a formação da 
cumarina. Sob certas condições, por exemplo 
acúmulo de mofo nas folhagens contendo o 
trevo, a cumarina será convertida no 
dicumarol. Este interfere no mecanismo de 
coagulação sanguínea, levando a processos 
hemorrágicos; 
- O dicumarol é um potente anticoagulante de 
uso oral, que foi descoberto durante a 
investigação de uma doença hemorrágica em 
gados alimentados com trevo-de-cheiro 
amarelo fermentado; 
 
 
 CHAMBÁ, ANADOR 
- Justicia pectoralis Jacq., Acanthaceae; 
- Farmacógeno: Folhas e flores; 
- Utilizada tradicionalmente no tratamento de 
doenças do trato respiratório, como a asma, 
tosse e bronquite; 
- Constituintes químicos: flavonoides, cumarina e 
umbeliferona de 16,2 e 0,81 mg/g da droga 
vegetal, respectivamente; 
- Interações medicamentosas: Não deve ser 
usada conjuntamente com anticoagulantes ou 
em pacientes com transtornos circulatórios. 
 
 
 CUMARU 
- Dypterix odorata (Aubl.) Willd., Fabaceae); 
- Comum no Nordeste brasileiro; 
- Usos: 
 produção de móveis de luxo; 
 sementes → colares e braceletes; 
 aromatização de alimentos e bebidas; 
 perfumes e cosméticos (principal uso); 
 produtos de higiene pessoal e limpeza; 
- Rico em cumarina simples; 
 
- Pesquisadores da UFPA vem sugerindo um 
tratamento com extrato de cumaru para 
diminuir as perdas cognitivas das pessoas 
afetadas pelo Mal de Alzheimer. 
- Propriedades neurogênicas → induz as 
células-tronco a formar novos neurônios. 
 
 MAMA-CADELA 
- Brosimum gaudichaudii Trécul, Moraceae; 
- Farmacógeno: O extrato das raízes e da 
casca do caule é indicado no tratamento do 
vitiligo e de outras doenças dermatológicas; 
- Principais constituintes: furanocumarinas 
(bergapteno e psoraleno) extraídas de suas 
raízes; 
- Até o momento, sua exploração vem sendo 
feita de modo extrativista e predatória. Não 
existe sistema de produção estabelecido para 
o seu cultivo. A coleta das raízes é trabalhosa, 
devido a sua distribuição desuniforme e, além 
disso, apresentam elevado teor de impurezas; 
- Seus frutos carnosos são comestíveis e 
apreciados pelas crianças, que mascam sua 
polpa amarela, semelhante à goma de 
mascar; 
- Essa espécie é endêmica do Cerrado 
brasileiro e está incluída na relação de 
plantas para o futuro da região Centro-Oeste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIOSSÍNTESE DE CUMARINAS
São formadas pela via do ácido chiquímico e tem 
os fenilpropanoide como precursores. 
 
A primeira etapa chave na formação do ácido 
cinâmico é a ação da enzima PAL (fenilalanina 
amônio liase), que permite a saída de amônio e 
formação da dupla que faz parte da cadeia 
lateral desse ácido. 
O ácido cinâmico sofre ativação pela S-CoA, 
ativando o grupo carboxílico terminal, formando o 
4-cumaroil-S-CoA ou ácido p-cumárico ou 
p-hidroxinâmico que a partir dessa estrutura 
temos a formação direta das cumarinas. 
 
TIPOS DE CUMARINAS 
 C ou O-preniladas 
C-preniladas: quando há inserção da unidade 
isoprênica diretamente em um átomo de carbono. 
O-preniladas: quando há inserção da unidade 
isoprênica ligada a um átomo de oxigênio. 
Prenilação: quando há adição de uma unidade 
isoprênica a uma estrutura fenólica (com a 
cumarina), resultando em um fenolprenilado. 
 
 
 FURANOCUMARINAS – LINEAR OU 
ANGULAR 
Furanocumarinas: quando temos um anel furano 
ligado a cumarina. A fusão com o furano acontece 
no C6 nas lineares e no C8 nas angulares e isso 
acontece porque a fusão é proveniente de uma 
prenilação e dependendo da onde ela ocorra 
temos esses dois tipos de estruturas. 
Furanocumarinas linear: quando o anel furano é 
fundido de forma que a estrutura fique linear. 
Furanocumarinas angular: quando o anel furano é 
fundido de forma que gera uma angulação. 
 
 
 
 
 PIRANOCUMARINAS: LINEARES OU 
ANGULARES 
Piranocumarinas: mesmo coisa do furano, mas o 
que irá mudar é que ao invés de um anel de 5 
carbonos teremos um anel de 6 carbonos, o 
pirano. 
 
 CUMARINAS DIMÉRICAS 
Duas unidades de cumarina. Dicumarol é 
importante para a síntese da varfarina. 
 
 
CICLIZAÇÃO E FORMAÇÃO DO NÚCLEO 
CUMARÍNICO 
 
Como podemos ver, se inicia pelo ácido cinâmico 
que pode seguir por duas vias diferentes, mas 
independente da via escolhida é importante que 
para ocorre a ciclização do esqueleto cumarínico 
a hidroxilação em orto é fundamental, pois, é com 
a participação dessa OH que temos o anel 
lactônico formado. 
 Via 1 OH na posição orto  cumarina 
simples; 
 Via 2 OH na posição para  classe 
cumarina/cumarina substituída; 
Ao final as OH são conservados, como podemos 
ver. 
Para a segunda via, o diferente é que terá um 
OH a mais e também pode ocorrer reações 
subsequentes como oxidações, metilações ou 
glicosilação. 
O primeiro passo para a ciclização é a 
isomerização da dupla de trans para cis e a 
formação do anel s dá pela formação do éster 
(lactonização). 
Há uma etapa chave antes de lactonização do 
OH com COOH que é a glicosilação pela ação 
da enzima glicosidase, que é muito importante e 
forma de defesa da planta contra estresses 
externos (elicitação). 
 
 
A ciclização e formação da cumarina também 
pode ocorrer por ação enzimática, pela 
dioxigenase dependente de 2-oxoglutarato. 
 
 
BIOSSÍNTESE DE FURANO E 
PIRANOCUMARINAS 
Umbeliferona possui OH no C7 que é fundamental 
para formação dos anéis furano e pirano. Após a 
formação da umbeliferona ocorre a prenilação, 
que é a incorporação da unidade isoprênica 
(dimetilalildifosfato, DMAPP) no sistema biciclícos 
da cumarina, e pode acontecer no C6 ou C8, que 
 
 
formas estruturas linear e angular, 
respectivamente. 
 
 
 
Uma etapa chave é a etapa de hipoxidação da 
dupla da unidade isoprênica,que acontece 
através da monooxigenase via epóxido 
dependendo de citocromo P450. Mediana 
também por oxigênio molecular e fator NADH. 
 
 
A DMAPP possui um bom grupo de saída em sua 
estrutura, o OPP. 
A OH do C7 serve para ativar o C6 e C8. 
O anel epóxido apresenta grande instabilidade e 
ele pode se abrir facilmente, principalmente em 
ambientes ácidos como o meio vegetal. Abaixo 
temos como ocorre a formação dos anéis furano e 
pirano via epóxido. 
 
 
Podemos concluir que o que irá determinar se 
teremos furanocumarinas ou piranocumarinas é o 
carbono do epóxido que irá sofrer o ataque 
nucleofílico. 
O psoraleno são furanocumarinas lineares com 
grande importância na indústria farmacêutica pois 
ele faz parte de um importante grupo de 
fármacos utilizados em doenças de pele. Esse anel 
pode sofrer novas etapas de oxidação, levando a 
formação de bergaptol e bergapteno. Se ele 
sofrer novas reações ele forma outras coisas como 
podemos ver. 
Obs.: os carbonos da cadeia lateral são liberados 
na forma de cetonas para a formação do 
psoraleno. Mediana pelo psoraleno sintase. 
 
 
 
Em relação as enzimas envolvidas nesse processo 
todo, até a formação da furano ou 
piranocumarina elas fazem parte do P450, mas 
após isso, as enzimas podem ou não fazer parte 
desse citocromo. 
As furanocumarinas na sua forma linear consegue 
se ligar a timina e citosina atraves de ciclo 
adições em posições especificas formando 
ligações cruzadas.

Outros materiais