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PMSUS - Doenças Crônicas Não Transmissíveis - OFICINA 01 - part 2

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pmsus oficina 01 – pt 2
6- Entender os fatores de risco para neoplasias e o papel da atenção primária na prevenção e promoção (vacina);
7- Descrever as políticas públicas nacionais no enfrentamento câncer de mama e colo uterino;
8- Elucidar o papel do INCA no enfrentamento do câncer de mama e colo;
9- Destacar a importância das campanhas / estratégias contra o câncer de Mama e na atenção básica.
6- Entender os fatores de risco para neoplasias e o papel da atenção primária na prevenção e promoção (vacina);
Muitos fatores genéticos e ambientais aumentam o risco de desenvolvimento de câncer. Porém, nem todas as pessoas que são expostas aos carcinógenos ou que têm outros fatores de risco desenvolvem câncer. (Consulte também Considerações gerais sobre o câncer).
Histórico familiar
Algumas famílias têm um risco significativamente maior de desenvolver certos cânceres. Por vezes, esse risco maior deve-se a um único gene e, por vezes, a vários genes que interagem. Os fatores ambientais, comuns à família, podem alterar essa interação genética e provocar câncer.
Genes e cromossomos
Um cromossomo adicional ou anômalo pode aumentar o risco de câncer. Por exemplo, pessoas com o tipo mais comum da síndrome de Down, que têm três cópias do cromossomo 21, em vez das duas habituais, apresentam um risco 12 a 20 vezes maior de desenvolver leucemia aguda, mas, paradoxalmente, um risco menor de desenvolver carcinomas.
Acredita-se que as anormalidades (mutações) que afetam genes críticos, contribuam para o desenvolvimento do câncer. Estes genes produzem proteínas que regulam o crescimento e alteram a divisão celular, e outras propriedades celulares básicas.
As mutações genéticas que causam câncer podem resultar dos efeitos danosos de produtos químicos, luz do sol, medicamentos, vírus ou outros agentes ambientais. Em algumas famílias, esses genes anormais causadores de câncer são herdados.
As duas principais categorias desses genes envolvidos no câncer são os oncogenes e os genes supressores tumorais.
Os oncogenes são formas ampliadas e que sofreram mutação dos genes que, em seu estado normal, regulam o crescimento das células. Esses oncogenes incluem HER2, que causa câncer de mama e EGFR, que causa alguns cânceres de pulmão. Alguns oncogenes sinalizam inadequadamente às células para se multiplicarem de maneira descontrolada, levando a um câncer. A mutação de genes normais em oncogenes não é totalmente compreendida, mas existem muitos fatores que podem contribuir para tal, incluindo
Radiografias
Luz do sol
Toxinas no trabalho, no ar ou em produtos químicos (por exemplo, na fumaça do tabaco)
Agentes infecciosos (por exemplo, certos vírus)
Normalmente, os genes supressores tumorais impedem o desenvolvimento de cânceres através da codificação das proteínas que reparam DNA danificado e suprimem o crescimento de células cancerosas. O câncer é mais provável quando o dano do DNA prejudica a função do gene supressor do tumor, permitindo que as células afetadas se multipliquem continuamente. As mutações de gene supressor, herdado de um pai ou mãe, pode sustentar uma pequena porcentagem de casos de câncer de mama, geralmente ocorrendo com pouca idade e em vários membros da família.
Idade
Alguns tipos de câncer, como o tumor de Wilms, o retinoblastoma e o neuroblastoma afetam quase exclusivamente crianças. Esses cânceres resultam da mutação herdada do gene supressor ou que ocorre durante o desenvolvimento fetal. No entanto, a maioria dos outros cânceres são mais comuns em adultos, principalmente em pessoas mais idosas. Nos Estados Unidos, mais de 60% dos cânceres ocorrem em pessoas com mais de 65 anos. A maior incidência de câncer é provavelmente devido a uma combinação de exposição maior e mais prolongada a carcinógenos e ao enfraquecimento do sistema imunológico do corpo.
Fatores ambientais
Numerosos fatores ambientais aumentam o risco de desenvolver câncer.
Fumaça de tabaco contém carcinógenos que aumentam bastante o risco de desenvolvimento de câncer do pulmão, boca, garganta, esôfago, rins e bexiga.
Poluentes do ar ou da água, como o amianto, resíduos industriais, ou a fumaça do cigarro, podem aumentar o risco de câncer. Sabe-se com certeza que várias substâncias químicas causam câncer e suspeita-se o mesmo de muitas outras. Por exemplo, a exposição ao amianto pode causar câncer de pulmão e mesotelioma (câncer da pleura). A exposição a pesticidas está associada a um risco mais alto de alguns tipos de câncer (por exemplo, leucemia e linfoma não Hodgkin). O tempo decorrido entre a exposição às substâncias químicas e o desenvolvimento do câncer pode ser de muitos anos.
A exposição à radiação é um fator de risco para o desenvolvimento de câncer. A exposição prolongada à radiação ultravioleta, sobretudo a do sol, provoca câncer da pele. Radiações ionizantes são especialmente carcinogênicas. As radiografias (incluindo a tomografia computadorizada [TC]) utilizam radiações ionizantes, e pessoas submetidas a muitos exames com altas doses de raios-X têm um risco maior de câncer.
A exposição ao gás radioativo radônio, emitido pela terra, aumenta o risco de desenvolvimento de câncer do pulmão. Geralmente, o radônio se dispersa rapidamente para a atmosfera e não causa danos. No entanto, se um edifício foi construído sobre um solo com elevado teor de radônio, este pode acumular-se dentro do edifício, produzindo por vezes níveis no ar suficientemente altos, capazes de causar problemas. O radônio é respirado para dentro dos pulmões, onde pode, por fim, causar câncer do pulmão. Em pessoas expostas que também fumam, o risco de câncer de pulmão aumenta ainda mais.
Muitas outras substâncias foram investigadas como possíveis causas do câncer, mas mais estudos são necessários para identificar esses produtos químicos que aumentam o risco de câncer.
Geografia
O risco de câncer varia de acordo com o lugar onde se vive, embora as razões para as diferenças geográficas sejam complexas e mal-entendidas. Essa variação geográfica no risco de câncer é provavelmente multifatorial: uma combinação de genética, dieta e ambiente.
Por exemplo, o risco de câncer de cólon e de câncer de mama é baixo no Japão, mas nos japoneses que emigraram para os Estados Unidos o risco aumenta até se igualar, finalmente, ao do restante da população norte-americana. Por outro lado, a população japonesa apresenta percentagens de câncer do estômago extremamente elevadas. Quando essas pessoas emigram e passam a ter uma dieta ocidental, o risco diminui para o valor da população que os acolhe, ainda que esta diminuição possa não ser evidente até a geração seguinte.
Dieta
As substâncias consumidas na dieta podem aumentar o risco do desenvolvimento de câncer. Por exemplo, uma dieta com alto teor de gorduras insaturadas, e a obesidade em si, foram relacionadas a um maior risco de câncer de cólon, mama e, possivelmente, câncer de próstata. Pessoas que consomem bebidas alcoólicas em excesso têm um risco mais elevado de sofrer de câncer de cabeça e pescoço e câncer de esôfago. Uma dieta rica em alimentos defumados e em conserva ou em carnes de churrasco aumenta o risco do desenvolvimento de câncer no estômago. As pessoas que estão acima do peso ou são obesas têm um risco mais alto de câncer da mama, do revestimento do útero (endométrio), do cólon, dos rins e do esôfago.
Medicamentos e tratamentos médicos
Certos medicamentos e tratamentos médicos podem aumentar o risco de desenvolvimento de câncer. Por exemplo, estrogênios em contraceptivos orais podem aumentar ligeiramente o risco de câncer de mama, mas esse risco diminui ao longo do tempo. Os hormônios estrogênio e progestina que podem ser dados a mulheres durante a menopausa (terapia de reposição hormonal) também aumentam o risco de câncer de mama.
Dietilestilbestrol (DES) aumenta o risco de câncer de mama em mulheres que tomaram o medicamento e em filhas dessas mulheres que foram expostas antes do nascimento. DES também aumenta o risco de câncer de endométrio em mulheres que tomaram o medicamento, além do risco de câncer cervical e vaginalem filhas de mulheres que tomaram o medicamento. Tamoxifeno, um fármaco usado para tratar de câncer de mama, aumenta o risco de câncer do endométrio.
O uso prolongado de testosterona, danazol ou outros hormônios masculinos (androgênios) pode aumentar ligeiramente o risco de câncer do fígado.
O tratamento de câncer com certos fármacos quimioterápicos (agentes alquilantes) e com terapia de radiação, pode aumentar o risco que as pessoas desenvolvam um segundo câncer anos depois.
TABELA
Alguns carcinógenos	
Infecções
Sabe-se de vários vírus que provocam câncer em humanos e existe suspeita de que muitos outros também causem câncer. O papilomavírus humano (HPV, que causa úlceras genitais) é uma importante causa de câncer do colo do útero nas mulheres e de câncer peniano e câncer de ânus nos homens. O HPV também causa alguns cânceres na garganta. O vírus da hepatite B ou vírus da hepatite C pode causar câncer do fígado. Alguns retrovírus humanos, como HIV, causam linfomas e outros cânceres do sangue. Alguns vírus causam tipos de câncer em certos países, mas não em outros. Por exemplo, o vírus de Epstein-Barr causa o linfoma de Burkitt (um tipo de câncer) na África e câncer do nariz e faringe na Ásia.
Algumas bactérias também podem causar câncer. Helicobacter pylori, que causa úlcera de estômago, pode aumentar o risco de câncer de estômago e linfomas.
Alguns parasitas podem causar câncer. Infecção pelo Schistosoma haematobium pode causar inflamação crônica e formação de cicatrizes da bexiga, que pode levar ao câncer. Outro tipo de parasita, Clonorchis sinensis, pode ser vinculado ao câncer de pâncreas e câncer de dutos biliares.
Distúrbios inflamatórios
As doenças inflamatórias aumentam frequentemente o risco de câncer. Entre essas doenças inclui-se a colite ulcerativa e a doença de Crohn (que pode resultar em câncer de cólon e cânceres do duto biliar).
fatores de risco do cancer de mama especifico:
O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários (Adami et al., 2008).
Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos de idade, têm maior risco de desenvolver câncer de mama. O acúmulo de exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas com o envelhecimento aumentam, de modo geral, esse risco (Silva e Silva, 2005; WHO, 2018). 
Os fatores endócrinos/história reprodutiva estão relacionados principalmente ao estímulo estrogênico, seja endógeno ou exógeno, com aumento do risco quanto maior for a exposição. Esses fatores incluem: história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos), menopausa tardia (após os 55 anos), primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade, uso de contraceptivos orais (estrogênio-progesterona) e terapia de reposição hormonal pós-menopausa (estrogênio-progesterona) (Silva e Silva, 2005; WHO, 2018; Iarc, 2021).
Os fatores comportamentais/ambientais bem estabelecidos incluem a ingesta de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade, inatividade física e exposição à radiação ionizante (Inumaru et al., 2011; Anothaisintawee et al., 2013; WHO, 2018; WCRF/AICR, 2018; INCA, 2020, IARC, 2021a e b). O tabagismo, fator estudado ao longo dos anos com resultados contraditórios, é atualmente classificado pela International Agency for Research on Cancer (IARC) como agente carcinogênico com limitada evidência para câncer de mama em humanos (Iarc, 2021). São evidências sugestivas, mas não conclusivas, de que ele possivelmente aumenta o risco desse tipo de câncer (Jemal et al., 2019; Drope et al., 2018).
A exposição a determinadas substâncias e ambientes, como agrotóxicos, benzeno, campos eletromagnéticos de baixa frequência, campos magnéticos, compostos orgânicos voláteis (componentes químicos presentes em diversos tipos de materiais sintéticos ou naturais, caracterizados por sua alta pressão de vapor sob condições normais, fazendo com que se transformem em gás ao entrar em contato com a atmosfera, hormônios e dioxinas (poluentes orgânicos altamente tóxicos ao ambiente e que demoram muitos anos para serem eliminados, oriundos de subprodutos de processos industriais e de combustão) pode também estar associada ao desenvolvimento do câncer de mama. Os profissionais que apresentam risco aumentado de desenvolvimento da doença são os cabeleireiros, operadores de rádio e telefone, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, comissários de bordo e trabalhadores noturnos. As atividades econômicas que mais se relacionam ao desenvolvimento da doença são as da indústria da borracha e plástico, química e refinaria de petróleo.
O risco de câncer de mama devido à radiação ionizante é proporcional à dose e à frequência (Adami et al., 2008). Doses altas ou moderadas de radiação ionizante (como as que ocorrem nas mulheres expostas a tratamento de radioterapia no tórax em idade jovem) ou mesmo doses baixas e frequentes (como as que ocorrem em mulheres expostas a dezenas de exames de mamografia) aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de mama.
Os fatores genéticos/hereditários foram relacionados à presença de mutações em determinados genes. Essas mutações são mais comumente encontradas nos genes BRCA1 e BRCA2, mas também são frequentes em outros genes como: PALB2, CHEK2, BARD1, ATM, RAD51C, RAD51D e TP53 (Breast Cancer Association Consortium, 2021; Garber et al., 1991). Mulheres que possuem vários casos de câncer de mama e/ou pelo menos um caso de câncer de ovário em parentes consanguíneos, sobretudo em idade jovem, ou câncer de mama em homem também em parente consanguíneo, podem ter predisposição hereditária e são consideradas de risco elevado para a doença. O câncer de mama de caráter hereditário corresponde, por sua vez, a apenas 5% a 10% do total de casos (Adami et al., 2008). Conheça outras informações sobre o câncer familial (abre em outra janela).
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Papel da atenção primária na prevenção:
O principal pilar do sistema brasileiro é a Atenção Primária à Saúde (APS), que é o primeiro nível de atendimento do paciente, envolvendo ações com foco principalmente na prevenção de doenças, orientação, diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo dos casos.
Ao investir na prevenção e no monitoramento de doenças em seus estágios iniciais, é possível evitar que a população busque atendimento apenas em casos graves, diminuindo a demanda dos hospitais e das unidades de pronto-atendimento.
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Vacina HPV: 
A vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e é usada na prevenção do câncer de colo do útero.
Em 2017, integram o público-alvo meninas de 9 a 14 anos e meninos de 12 e 13 anos. A faixa-etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos os meninos com 9 anos até 13 anos. O esquema vacinal é de duas doses, com seis meses de intervalo entre elas.
A vacina também é ofertada para pessoas de 9 a 26 anos de idade vivendo com HIV. Esta população foi incorporada como prioritária, considerando que as complicações decorrentes do HPV ocorrem com mais frequência em pacientes portadores de HIV e da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Nesse caso, é necessário apresentar prescrição médica, e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses).
A imunização tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. A definição da faixa-etária para a vacinação visa a proteger as crianças antes do início da vida sexual e, portanto, antes do contato com o vírus.
7- Descrever as políticas públicas nacionais no enfrentamento câncer de mama e colo uterino;
CA DE MAMA:	
Outubro rosa:
A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a reduçãoda mortalidade. O INCA — que participa do movimento desde 2010 — promove eventos técnicos, debates e apresentações. Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure.
A data, celebrada anualmente, tem o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.
Desde 2020, com a pandemia COVID-19, os grupos que atuam em câncer de mama tiveram que repensar suas campanhas do Outubro Rosa e aumentar sua presença virtual. Por meio de intervenções, campanhas e mensagens inovadoras, eles mostraram que a promoção da saúde pública pode assumir várias formas e gerar um forte impacto no acesso à saúde. Qual a melhor forma de adaptar uma campanha? Por que a parceria com outros grupos pode aumentar o alcance das mensagens compartilhadas? Como avaliar o impacto de uma campanha virtual?
Para tentar responder essas questões, em 21/9/2021, a Union for International Cancer Control (UICC) compartilhou estudos de caso de diferentes grupos e regiões para inspirar ideias e compartilhar lições aprendidas nas campanhas de 2020 para aproveitar ao máximo a campanha do Mês de Conscientização do Câncer de Mama deste ano.
No Brasil, em 2018, a Lei nº 13.733 instituiu o Mês de conscientização sobre o câncer de mama – outubro rosa, período em que devem ser desenvolvidas as seguintes atividades, entre outras:
I – iluminação de prédios públicos com luzes de cor rosa;
II – promoção de palestras, eventos e atividades educativas;
III – veiculação de campanhas de mídia e disponibilização à população de informações em banners , em folders e em outros materiais ilustrativos e exemplificativos sobre a prevenção ao câncer, que contemplem a generalidade do tema.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA), participa do movimento desde 2010 e promove eventos técnicos, debates e apresentações sobre o assunto, assim como produz materiais e outros recursos educativos para disseminar informações sobre fatores protetores e detecção precoce do câncer de mama.
Este ano, o INCA adotou o slogan: Eu cuido da minha saúde todos os dias. E você?
O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores taxas nos países desenvolvidos.
Para o Brasil, a estimativa foi de 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.
Esse tipo de câncer também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2019, de 14,23/100 mil. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região das axilas.
Rastreamento com mamografia:
Intervenções sanitárias foram implantadas em todo o mundo durante o final do século XIX e meados do século XX, a fim de detectar precocemente e diminuir mortes por câncer de mama. Ainda que, até o final dos anos 1990 e início dos anos 2000, não houvesse queda nas taxas de mortalidade por câncer de mama, havia uma grande expectativa de que os avanços tecnológicos, principalmente após o final da Segunda Guerra Mundial, pudessem impactar na redução da mortalidade desse câncer (LERNER, 2001).
A descoberta da mamografia como um exame de detecção precoce do câncer de mama em meados do século XX e a implantação dos programas organizados de rastreamento do câncer de mama por meio dessa tecnologia propiciaram a disseminação da utilização da mamografia de rastreamento como uma intervenção essencial para a redução da mortalidade por câncer de mama.
O rastreamento do câncer de mama pela mamografia tem sido objeto de muita controvérsia e debate, apesar de ser uma das intervenções sanitárias mais estudadas em toda a história. Desde a descoberta dos raios X, no final do século XIX, e as primeiras tentativas de identificar o câncer de mama por meio de um exame radiológico, nas primeiras décadas do século XX, até as inovações tecnológicas entre os anos 1930 e 1960, diferentes métodos e técnicas para o diagnóstico radiológico do câncer de mama foram introduzidos e aprimorados até que surgissem os primeiros mamógrafos comercialmente viáveis nas décadas de 1960 e 1970 (LERNER, 2001; VAN STEEN; VAN TIGGELEN, 2007). 
Em meados do século XX, nos Estados Unidos, como em muitos outros países desenvolvidos, a mortalidade por câncer de mama era alta, e intervenções, como o autoexame das mamas (AEM) pelas mulheres e o exame clínico das mamas (ECM) por profissionais de saúde, eram sistematicamente utilizadas para detectar tumores pequenos e de melhor prognóstico. Como a mamografia mostrou-se útil na identificação de tumores assintomáticos e impalpáveis, aos poucos, a de rastreamento foi ampliando seu papel na prática clínica. Nesse momento, a mamografia passou a ser considerada, pelos profissionais de saúde, como uma intervenção fundamental na detecção precoce do câncer de mama. 
Ainda que na década de 1960, nos Estados Unidos, a mamografia tenha provocado um grande entusiasmo, era preciso confirmar seu valor na detecção precoce do câncer de mama. Na mesma época, métodos estatísticos sofisticados foram introduzidos para avaliar intervenções médicas diagnósticas ou terapêuticas. A ênfase do papel da mamografia na detecção precoce do câncer de mama e a importância de obter evidências consistentes motivou a realização de ensaios clínicos randomizados no intuito de analisar a eficácia da mamografia na detecção precoce desse câncer.
Entre 1963 e 1993, 14 ensaios clínicos – com diferentes níveis de qualidade – foram iniciados em seis países (Suécia, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Escócia e Singapura) para avaliar a eficácia do rastreamento mamográfico. Alguns desses ensaios clínicos indicaram a existência de eficácia do rastreamento mamográfico na redução da mortalidade por câncer de mama e consolidaram a mamografia como o método de eleição para o rastreamento do câncer de mama em países de alta e média rendas. Nos últimos 30 anos, diversos países publicaram diretrizes clínicas indicando o rastreamento mamográfico, 
especialmente na faixa etária de 50 a 69 anos, e muitos programas de rastreamento organizado foram implementados, principalmente na Europa 
No entanto, nos últimos anos, cresceu o debate no meio acadêmico a respeito da validade dos resultados de eficácia e do balanço entre os possíveis benefícios (redução da mortalidade) e danos (sobre diagnóstico, sobre tratamento, exames falso-positivos e falso-negativos e exposição à radiação ionizante) associados ao rastreamento mamográfico 
A seguir, são apresentados os resultados da revisão sistemática realizada sobre a eficácia do rastreamento mamográfico, seus malefícios, as evidências sobre os impactos da definição de população-alvo e da periodicidade do rastreamento
Histórico de ações: 
O controle do câncer de mama no Brasil teve um marco histórico, em meados dos anos 80, ao ser incluído no Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, que postulava o cuidado mais amplo do que a atenção ao ciclo gravídico-puerperal (Brasil, 1984). 
Em 1986, o Programa de Oncologia (Pro-Onco), do Instituto Nacional de Câncer/Ministério da Saúde, foi criado como estrutura técnico-administrativada extinta Campanha Nacional de Combate ao Câncer. Em 1990, o programa tornou-se Coordenação de Programas de Controle de Câncer e suas linhas básicas de trabalho eram a informação e a educação sobre os cânceres mais incidentes, dentre os quais o câncer de mama (Abreu, 1997).
No final dos anos 90, com o Programa Viva Mulher (abre em nova janela), foram iniciadas ações voltadas à formulação de diretrizes e à estruturação da rede assistencial para a detecção precoce do câncer de mama. O Documento de Consenso, em 2004, propôs as diretrizes técnicas para o controle do câncer de mama no Brasil (Brasil, 1994). 
Em 2005, com o lançamento da Política Nacional de Atenção Oncológica (PNAO), o controle dos cânceres do colo do útero e de mama foi destacado como componente fundamental dos planos estaduais e municipais de saúde (INCA, 2005). Nesse mesmo ano, foi elaborado o Plano de Ação para o Controle dos Cânceres de Colo do Útero e de Mama 2005-2007, que propôs seis diretrizes estratégicas: aumento de cobertura da população-alvo, garantia da qualidade, fortalecimento do sistema de informação, desenvolvimento de capacitações, estratégia de mobilização social e desenvolvimento de pesquisas. 
A importância da detecção precoce dessas neoplasias foi reafirmada no Pacto pela Saúde, em 2006, com a inclusão de indicadores na pactuação de metas com estados e municípios para a melhoria do desempenho das ações prioritárias da agenda sanitária nacional (Brasil, 2006).
Em abril de 2009, o INCA promoveu o Encontro Internacional sobre Rastreamento do Câncer de Mama (abre em nova janela), no Rio de Janeiro, que reuniu representantes do Ministério e das secretarias estaduais de saúde, do movimento organizado de mulheres e de instituições ligadas ao controle do câncer, com objetivo de conhecer a experiência de programas bem-sucedidos da Europa, Canadá e Chile (INCA, 2009). O Encontro resultou no resumo executivo com recomendações para implantação de programa organizado de rastreamento do câncer de mama.
A implantação do Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISMAMA), em junho de 2009, e o estímulo ao aumento da oferta de mamografias pelo Ministério da Saúde (Mais Saúde 2008-2011) impulsionaram a organização das ações de controle. Nos anos de 2010/2011, o INCA lançou o folder Recomendações para a redução da mortalidade do câncer de mama no Brasil (2010-2011) (abre em nova janela), atualizado em anos posteriores, com quatorze recomendações relacionadas a vários componentes da linha de cuidado dessa neoplasia. 
A priorização do controle do câncer de mama foi reafirmada em março de 2011, com o plano nacional de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer pela Presidência da República. O plano previu investimentos técnico e financeiro para intensificar as ações de controle nos estados e municípios. No âmbito da detecção precoce, as perspectivas apontadas foram: garantia de confirmação diagnóstica das lesões palpáveis e das identificadas no rastreamento; implantação da gestão da qualidade da mamografia; ampliação da oferta de mamografia de rastreamento na população alvo; comunicação e mobilização social; e fortalecimento da gestão do programa. Foi também apontada a necessidade de continuar as ações de ampliação do acesso ao tratamento do câncer com qualidade, conforme objetivos da PNAO. As propostas do Plano foram incorporadas ao Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022 (Brasil, 2011) (abre em nova janela).
Em maio de 2013, a PNAO foi atualizada pela Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) (abre em nova janela). Nesse mesmo ano, foi instituído o Sistema de Informação de Câncer (Siscan) (abre em nova janela), uma versão em plataforma web que integra os Sistemas de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) e do Câncer de Mama (SISMAMA).
Para dinamizar a organização da atenção secundária, em 2014 foi publicada a Portaria n°189 (abre em nova janela), que estabeleceu incentivos financeiros de custeio e de investimento para a implantação de Serviços de Referência para Diagnóstico do Câncer de Mama (SDM). Essa Portaria definiu critérios para habilitação das unidades, além do rol mínimo de exames necessários para o diagnóstico.
Em 2015, foram lançadas as novas Diretrizes Nacionais para a Detecção Precoce do Câncer de Mama (abre em nova janela) no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS (INCA, 2015). A atualização seguiu um processo rigoroso de revisão das evidências científicas e teve a parceria de algumas instituições de ciência e tecnologia do Brasil. As Diretrizes são fundamentais para a organização da linha de cuidado do câncer de mama, assim como para apoiar os profissionais de saúde em suas práticas clínicas e as pacientes nas suas escolhas frente a diferentes intervenções sanitárias.
Com o objetivo de subsidiar a organização da rede para a detecção precoce do câncer de mama e a integralidade da atenção, foram lançados, em 2021, os Parâmetros Técnicos para o Rastreamento do Câncer de Mama no Brasil (abre em outra janela). A atualização dos parâmetros foi feita com base em dados do Siscan para estimar a oferta de procedimentos na rede assistencial do SUS. Ainda em 2021, foi atualizado o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022 (abre em outra janela), que fez um balanço dos resultados e projetou novas metas para a nova década (Brasil, 2021).
CA DE COLO DE ÚTERO:
Em 1984 foi lançado o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, que propunha o cuidado para além da tradicional atenção ao ciclo gravídico-puerperal. Em suas bases programáticas, é destacada a prevenção dos cânceres do colo do útero e da mama (BRASIL, 1984).
O Programa de Oncologia do Instituto Nacional de Câncer/Ministério da Saúde (Pro-Onco) foi criado em 1986 como estrutura técnico-administrativa da hoje extinta Campanha Nacional de Combate ao Câncer. Com a Lei Orgânica da Saúde, em 1991, o Pro-Onco foi transferido para o INCA, tornando-se Coordenação de Programas de Controle de Câncer. Suas linhas básicas de trabalho eram a informação e a educação, com foco nos quatro tipos de câncer mais incidentes, entre eles o do colo do útero e o de mama (ABREU, 1997)
Em setembro de 1995, o Ministério da Saúde reconheceu a necessidade de um programa de âmbito nacional, visando ao controle do câncer do colo do útero. Uma equipe de técnicos do Ministério da Saúde, em parceria com organismos nacionais e internacionais, elaborou um estudo piloto que, mais tarde, subsidiaria o Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero.
O projeto-piloto, denominado Viva Mulher (abre em nova janela), foi implantado entre janeiro de 1997 e junho de 1998 em seis localidades (Curitiba, Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Belém e estado de Sergipe) e atendeu 124.440 mulheres, priorizando mulheres entre 35 e 49 anos que nunca haviam feito o exame preventivo ou que estavam sem fazê-lo há mais de três anos.
Em 21 de junho de 1998, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Combate ao Câncer de Colo do Útero através da Portaria GM/MS nº 3040/98. A primeira fase de intensificação ocorreu de agosto a setembro de 1998, com a adoção de estratégias para estruturação da rede assistencial, estabelecimento de um sistema de informações para o monitoramento das ações (SISCOLO) e dos mecanismos para mobilização e captação de mulheres, assim como definição das competências nos três níveis de governo. Nesta fase, mais de três milhões de mulheres foram mobilizadas para fazer o exame citopatológico.
A coordenação do programa foi oficialmente transferida para o INCA por meio da Portaria nº 788/99, de 23 de junho de 1999. Neste mesmo ano foi instituído o Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero – SISCOLO - para monitoramento e gerenciamento das ações (Portaria nº 408, de 30/08/1999).De 1999 a 2001 as ações pela oferta de serviços foram ampliadas, resultando na realização de oito milhões de exames citopatológicos por ano. Em 2002, o fortalecimento e a qualificação da rede de atenção básica e a ampliação de centros de referência possibilitou a realização de uma segunda fase de intensificação. A exemplo do projeto piloto e da primeira fase de intesificação foi dada  prioridade para a faixa etária entre 35 e 49 anos. Nesta fase, foram examinadas mais de 3,8 milhões de mulheres.
Em 2005, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Atenção Oncológica, que estabeleceu o controle dos cânceres do colo do útero e da mama como componente fundamental a ser previsto nos planos estaduais e municipais de saúde (Portaria GM 2439/2005)3. Neste mesmo ano, o Plano de Ação para o Controle dos Cânceres de Colo e de Mama – 2005-2007 propôs seis diretrizes estratégicas: aumento de cobertura da população-alvo, garantia da qualidade, fortalecimento do sistema de informação, desenvolvimento de capacitações, estratégia de mobilização social e desenvolvimento de pesquisas. A importância da detecção precoce dessas neoplasias foi destacada no Pacto pela Saúde em 2006 (BRASIL, 2006), por meio da inclusão de indicadores e metas a serem atingidos nos estados e municípios visando à melhoria do desempenho das ações prioritárias da agenda sanitária nacional.
Em 2010 o Ministério da Saúde, considerando a persistência da relevância epidemiológica do câncer de colo do útero no Brasil e sua magnitude social, instituiu por meio da Portaria nº 310/2010 (BRASIL, 2010), um Grupo de Trabalho com a finalidade de avaliar o Programa Nacional de Controle de Câncer de Colo do Útero. Coordenado pelo INCA, o grupo debatou os avanços e desafios em seis áreas: gestão; acesso e cobertura do rastreamento; qualidade do exame citopatológico; acesso e qualidade do tratamento; indicadores de impacto do programa do câncer do colo e novas tecnologias de controle. As conclusões e recomendações foram  reunidas no Plano de ação para redução da incidência e mortalidade por câncer do colo do útero: sumário executivo (INCA, 2010b), publicado pelo INCA em 2010.
A priorização do controle do câncer do colo do útero foi reafirmada em março de 2011, com o lançamento do Plano nacional de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer pela presidente da república Dilma Roussef. Em junho desse mesmo ano, o Ministério da Saúde por meio da Portaria nº 1.473/2011 (BRASIL, 2011a) instituiu os Comitês Gestores, Grupos Executivos, Grupos Transversais e os Comitês de Mobilização Social e de Especialistas organizados por meio de Redes Temáticas de Atenção à Saúde, entre elas, a Rede de Prevenção e Qualificação do Diagnóstico e Tratamento do Câncer do Colo do Útero e Mama. As propostas do Plano foram incorporadas no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022 (abre em nova janela) (BRASIL, 2011b)
Também em 2011, foi publicada a atualização das Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero (INCA,2016a) pelo INCA, fruto de um trabalho em conjunto com representantes do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz); e do Instituto de Ginecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IG/UFRJ), além da Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia (ABPTGIC) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Em 2013 a Portaria nº 874/2013 (BRASIL, 2013a) institui a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) (abre em nova janela). Nesse mesmo ano  a Portaria nº 3.394/2013 instituiu o Sistema de Informação de Câncer (SISCAN) (BRASIL, 2013b) uma versão em plataforma web que integra os Sistemas de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) e do Câncer de Mama (SISMAMA).
Por meio da Portaria nº 3.388/2013 o Ministério da Saúde redefiniu a Qualificação Nacional em Citopatologia na prevenção do câncer do colo do útero (QualiCito), no âmbito da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas.  A QualiCito consiste na definição de padrões de qualidade e na avaliação da qualidade do exame citopatológico do colo do útero por meio do acompanhamento, pelos gestores do SUS, do desempenho dos laboratórios públicos e privados prestadores de serviços para o SUS (BRASIL, 2013c).
Em 2014, a Portaria n° 189/2014 (abre em nova janela)  instituiu o Serviço de Referência para Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer do Colo do Útero (SRC), o Serviço de Referência para Diagnóstico do Câncer de Mama (SDM) e os respectivos incentivos financeiros de custeio e de investimento para a sua implantação. Esta Portaria estabeleceu os critérios para a habilitação das unidades, além do rol mínimo de exames necessários para o diagnóstico desses dois tipos de câncer (BRASIL, 2014). 
Ainda em 2014, o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), iniciou a campanha de vacinação de meninas entre 11 e 13 anos contra o vírus HPV. A vacina é a quadrivalente, que oferece proteção contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. A vacina trará importante contribuição nas ações de prevenção deste câncer. Neste contexto, o Guia Prático sobre HPV – Perguntas e Respostas foi lançado pelo PNI (abre em nova janela), com colaboração do INCA, buscando esclarecer as principais dúvidas sobre o tema (BRASIL, 2013d).
Em 2016, foi publicada a 2ª edição revista, ampliada e atualizada das Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero9 (abre em nova janela) e também a 2ª edição revista e ampliada do Manual de Gestão da Qualidade para Laboratório de Citopatologia (abre em nova janela) (INCA, 2016b).
Em 2020, o Ministério da Saúde públicou a Portaria GM/MS nº 3.712, de 22 de dezembro de 2020 (abre em nova janela) que instituiu, em caráter excepcional, incentivo financeiro federal de custeio para o fortalecimento do acesso às ações integradas para rastreamento, detecção precoce e controle do Câncer no Sistema Único de Saúde. Em caráter excepcional e temporário, o incentivo financeiro federal de custeio teve como objetivo  fortalecer o acesso às ações de prevenção, detecção precoce e controle de câncer durante a pandemia de Covid-19, no Sistema Único de Saúde, por meio da reorganização da rede de atenção e seus fluxos assistenciais. Ação em caráter excepcional, destinada ao fortalecimento e continuidade das ações de detecção precoce, por meio de rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de colo de útero, com ampliação da cobertura da população alvo, a partir das recomendações estabelecidas pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2020). 
Com o objetivo de subsidiar a organização da rede para a detecção precoce do câncer do colo do útero e a integralidade da atenção no SUS, foram lançados, em 2019, os Parâmetros Técnicos para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero (abre em outra janela). A atualização dos parâmetros foi feita com base em dados do Siscan para estimar a oferta de procedimentos na rede assistencial do SUS (INCA, 2021).
Em 2021, o Ministério da Saúde publicou o novo Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 2021-2030.  O ponto de partida para elaboração deste novo Plano foi a realização de um balanço do Plano de DCNT 2011-2022 para identificar avanços e desafios em relação às metas propostas em 2011 e no direcionamento da sua implementação no País. Dentre as metas estabelecidas está a redução da mortalidade prematura (30 a 69 anos) por câncer de colo do útero em 20%, no Brasil, até 2030.  Como ação estratégica para o alcance da meta está a implementação de linhas de cuidado e demais estratégias que induzam a organização do processo de trabalho na APS para a detecção precoce do câncer de colo de úteroe o aperfeiçoamento do rastreamento evoluindo do modelo oportunístico para o modelo organizado (BRASIL, 2021a). 
Ainda em 2021, o Ministério da Saúde publicou a Portaria N°84 que institui a Câmara Técnica Assessora para o enfrentamento do Câncer de Colo do Útero no âmbito da Atenção Primária à Saúde com o objetivo de promover discussões, avaliar e propor medidas, por meio do intercâmbio de conhecimentos e experiências, visando ao aperfeiçoamento de ações estratégicas e ao auxílio técnico científico para a tomada de decisões sobre questões direta ou indiretamente relacionadas ao Câncer de Colo do Útero (BRASIL, 2021b.
Papanicolau:
O exame citopatológico é o método de rastreamento do câncer do colo do útero, indicado para a população alvo de 25 a 64 anos, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos normais (INCA, 2016; 2021). Essas recomendações visam garantir o balanço favorável entre riscos e benefícios do rastreamento.
A oferta de exames preventivos para mulheres de 25 a 64 anos vem aumentando desde 2016. Essa faixa etária é a recomendada para o rastreio, a cada três anos, conforme as atuais Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer do Colo do Útero no Brasil. Em 2015, 78,9% dos exames preventivos realizados no país foram na população-alvo e, em 2020, esse percentual chegou a 81,8% (Figura 2). As evidências científicas apontam que o rastreamento nessa faixa etária é capaz de reduzir a incidência e a mortalidade por câncer do colo do útero. Sendo assim, as ações de controle devem buscar a ampliação da cobertura na faixa etária alvo (INCA, 2016).
A disponibilização de preservativos na ubs também ajuda no combate ao câncer de colo de útero, pois evita o HPV
8. Elucidar o papel do INCA no enfrentamento do câncer de mama e colo;
Em 21 de junho de 1998, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Combate ao Câncer de Colo do Útero através da Portaria GM/MS nº 3040/98. A primeira fase de intensificação ocorreu de agosto a setembro de 1998, com a adoção de estratégias para estruturação da rede assistencial, estabelecimento de um sistema de informações para o monitoramento das ações (SISCOLO) e dos mecanismos para mobilização e captação de mulheres, assim como definição das competências nos três níveis de governo. Nesta fase, mais de três milhões de mulheres foram mobilizadas para fazer o exame citopatológico.
A coordenação do programa foi oficialmente transferida para o INCA por meio da Portaria nº 788/99, de 23 de junho de 1999. Neste mesmo ano foi instituído o Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero – SISCOLO - para monitoramento e gerenciamento das ações (Portaria nº 408, de 30/08/1999).
De 1999 a 2001 as ações pela oferta de serviços foram ampliadas, resultando na realização de oito milhões de exames citopatológicos por ano. Em 2002, o fortalecimento e a qualificação da rede de atenção básica e a ampliação de centros de referência possibilitou a realização de uma segunda fase de intensificação. A exemplo do projeto piloto e da primeira fase de intesificação foi dada prioridade para a faixa etária entre 35 e 49 anos. Nesta fase, foram examinadas mais de 3,8 milhões de mulheres.
Em 2005, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Atenção Oncológica, que estabeleceu o controle dos cânceres do colo do útero e da mama como componente fundamental a ser previsto nos planos estaduais e municipais de saúde (Portaria GM 2439/2005)3. Neste mesmo ano, o Plano de Ação para o Controle dos Cânceres de Colo e de Mama – 2005-2007 propôs seis diretrizes estratégicas: aumento de cobertura da população-alvo, garantia da qualidade, fortalecimento do sistema de informação, desenvolvimento de capacitações, estratégia de mobilização social e desenvolvimento de pesquisas. A importância da detecção precoce dessas neoplasias foi destacada no Pacto pela Saúde em 2006 (BRASIL, 2006), por meio da inclusão de indicadores e metas a serem atingidos nos estados e municípios visando à melhoria do desempenho das ações prioritárias da agenda sanitária nacional.
Em 2010 o Ministério da Saúde, considerando a persistência da relevância epidemiológica do câncer de colo do útero no Brasil e sua magnitude social, instituiu por meio da Portaria nº 310/2010 (BRASIL, 2010), um Grupo de Trabalho com a finalidade de avaliar o Programa Nacional de Controle de Câncer de Colo do Útero. Coordenado pelo INCA, o grupo debatou os avanços e desafios em seis áreas: gestão; acesso e cobertura do rastreamento; qualidade do exame citopatológico; acesso e qualidade do tratamento; indicadores de impacto do programa do câncer do colo e novas tecnologias de controle. As conclusões e recomendações foram reunidas no Plano de ação para redução da incidência e mortalidade por câncer do colo do útero: sumário executivo (INCA, 2010b), publicado pelo INCA em 2010.
A priorização do controle do câncer do colo do útero foi reafirmada em março de 2011, com o lançamento do Plano nacional de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer pela presidente da república Dilma Roussef. Em junho desse mesmo ano, o Ministério da Saúde por meio da Portaria nº 1.473/2011 (BRASIL, 2011a) instituiu os Comitês Gestores, Grupos Executivos, Grupos Transversais e os Comitês de Mobilização Social e de Especialistas organizados por meio de Redes Temáticas de Atenção à Saúde, entre elas, a Rede de Prevenção e Qualificação do Diagnóstico e Tratamento do Câncer do Colo do Útero e Mama. As propostas do Plano foram incorporadas no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022 (abre em nova janela) (BRASIL, 2011b)
Também em 2011, foi publicada a atualização das Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero (INCA,2016a) pelo INCA, fruto de um trabalho em conjunto com representantes do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz); e do Instituto de Ginecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IG/UFRJ), além da Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia (ABPTGIC) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Em 2013 a Portaria nº 874/2013 (BRASIL, 2013a) institui a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) (abre em nova janela). Nesse mesmo ano a Portaria nº 3.394/2013 instituiu o Sistema de Informação de Câncer (SISCAN) (BRASIL, 2013b) uma versão em plataforma web que integra os Sistemas de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) e do Câncer de Mama (SISMAMA).
Por meio da Portaria nº 3.388/2013 o Ministério da Saúde redefiniu a Qualificação Nacional em Citopatologia na prevenção do câncer do colo do útero (QualiCito), no âmbito da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas. A QualiCito consiste na definição de padrões de qualidade e na avaliação da qualidade do exame citopatológico do colo do útero por meio do acompanhamento, pelos gestores do SUS, do desempenho dos laboratórios públicos e privados prestadores de serviços para o SUS (BRASIL, 2013c).
Em 2014, a Portaria n° 189/2014 (abre em nova janela) instituiu o Serviço de Referência para Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer do Colo do Útero (SRC), o Serviço de Referência para Diagnóstico do Câncer de Mama (SDM) e os respectivos incentivos financeiros de custeio e de investimento para a sua implantação. Esta Portaria estabeleceu os critérios para a habilitação das unidades, além do rol mínimo de exames necessários para o diagnóstico desses dois tipos de câncer (BRASIL, 2014). 
Ainda em 2014, o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), iniciou a campanha de vacinação de meninas entre 11 e 13 anos contra o vírus HPV. A vacina é a quadrivalente, que oferece proteção contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. A vacina trará importante contribuiçãonas ações de prevenção deste câncer. Neste contexto, o Guia Prático sobre HPV – Perguntas e Respostas foi lançado pelo PNI (abre em nova janela), com colaboração do INCA, buscando esclarecer as principais dúvidas sobre o tema (BRASIL, 2013d).
Em 2016, foi publicada a 2ª edição revista, ampliada e atualizada das Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero9 (abre em nova janela) e também a 2ª edição revista e ampliada do Manual de Gestão da Qualidade para Laboratório de Citopatologia (abre em nova janela) (INCA, 2016b).
Em 2020, o Ministério da Saúde públicou a Portaria GM/MS nº 3.712, de 22 de dezembro de 2020 (abre em nova janela) que instituiu, em caráter excepcional, incentivo financeiro federal de custeio para o fortalecimento do acesso às ações integradas para rastreamento, detecção precoce e controle do Câncer no Sistema Único de Saúde. Em caráter excepcional e temporário, o incentivo financeiro federal de custeio teve como objetivo fortalecer o acesso às ações de prevenção, detecção precoce e controle de câncer durante a pandemia de Covid-19, no Sistema Único de Saúde, por meio da reorganização da rede de atenção e seus fluxos assistenciais. Ação em caráter excepcional, destinada ao fortalecimento e continuidade das ações de detecção precoce, por meio de rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de colo de útero, com ampliação da cobertura da população alvo, a partir das recomendações estabelecidas pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2020). 
Com o objetivo de subsidiar a organização da rede para a detecção precoce do câncer do colo do útero e a integralidade da atenção no SUS, foram lançados, em 2019, os Parâmetros Técnicos para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero (abre em outra janela). A atualização dos parâmetros foi feita com base em dados do Siscan para estimar a oferta de procedimentos na rede assistencial do SUS (INCA, 2021).
Em 2021, o Ministério da Saúde publicou o novo Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 2021-2030. O ponto de partida para elaboração deste novo Plano foi a realização de um balanço do Plano de DCNT 2011-2022 para identificar avanços e desafios em relação às metas propostas em 2011 e no direcionamento da sua implementação no País. Dentre as metas estabelecidas está a redução da mortalidade prematura (30 a 69 anos) por câncer de colo do útero em 20%, no Brasil, até 2030. Como ação estratégica para o alcance da meta está a implementação de linhas de cuidado e demais estratégias que induzam a organização do processo de trabalho na APS para a detecção precoce do câncer de colo de útero e o aperfeiçoamento do rastreamento evoluindo do modelo oportunístico para o modelo organizado (BRASIL, 2021a). 
Ainda em 2021, o Ministério da Saúde publicou a Portaria N°84 que institui a Câmara Técnica Assessora para o enfrentamento do Câncer de Colo do Útero no âmbito da Atenção Primária à Saúde com o objetivo de promover discussões, avaliar e propor medidas, por meio do intercâmbio de conhecimentos e experiências, visando ao aperfeiçoamento de ações estratégicas e ao auxílio técnico científico para a tomada de decisões sobre questões direta ou indiretamente relacionadas ao Câncer de Colo do Útero (BRASIL, 2021b.
9- Destacar a importância das campanhas / estratégias contra o câncer de Mama e na atenção básica.
Para o controle do câncer de mama, destaca-se em particular a importância de ações intersetoriais que promovam acesso à informação e ampliem oportunidades para controle do peso corporal e a prática regular de atividade física. 
O amplo acesso da população a informações claras, consistentes e culturalmente apropriadas deve ser uma iniciativa dos serviços de saúde em todos os níveis, especialmente na Atenção Básica. 
A prevenção primária do câncer de mama está relacionada ao controle dos fatores de risco reconhecidos. Embora os fatores hereditários e muitos daqueles relacionados ao ciclo reprodutivo da mulher não sejam passíveis de mudança, evidências demonstram uma diminuição do risco relativo para câncer de mama de cerca de 4,3% a cada 12 meses de aleitamento materno, adicionais à redução de risco relacionada à maior paridade (COLLABORATIVE..., 2002). Fatores relacionados ao estilo de vida como obesidade pós-menopausa, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e terapia de reposição hormonal, podem ser controlados e contribuir para diminuir a incidência do câncer de mama, o que historicamente tem sido pouco valorizado. Com base em amplo resumo sobre evidências científicas da relação entre alimentação, atividade física e prevenção de câncer, estima-se que é possível prevenir 28% dos casos de câncer de mama por meio da alimentação, nutrição, atividade física e gordura corporal adequada (INCA, 2011b). 
Nos Estados Unidos, no início da década de 2000, a diminuição drástica da prescrição de reposição hormonal em mulheres na pós-menopausa provocou redução significativa da incidência do câncer de mama nesta população (RAVDIN et al., 2007). A terapia de reposição hormonal, quando indicada na pós-menopausa, deve ter seu risco benefício avaliado e deve ser feita sob rigoroso acompanhamento médico, pois aumenta o risco de câncer de mama (SHAH et al., 2005). 
Com relação à quimioprofilaxia para o câncer de mama, duas drogas têm sido mais estudadas: o tamoxifeno e o raloxifeno. As evidências existentes permitem recomendar contra o uso da quimioprofilaxia do câncer de mama em mulheres assintomáticas com risco baixo ou intermediário (NELSON et al., 2009). Não há consenso de que a quimioprofilaxia deva ser recomendada para mulheres assintomáticas, mesmo em grupos com risco elevado para o desenvolvimento do câncer de mama (INCA, 2004). As drogas disponíveis para quimioprofilaxia, estão também relacionadas ao aumento do risco de eventos tromboembólicos, câncer de endométrio ou acidente vascular encefálico (NELSON et al., 2009).
A mastectomia profilática também tem sido pesquisada como forma de prevenção primária do câncer de mama em mulheres com risco muito elevado de câncer de mama. Todavia as evidências sobre diminuição de incidência e mortalidade por câncer de mama por meio de mastectomia bilateral profilática são bastante limitadas. As evidências existentes são insuficientes para determinar se há aumento da sobrevida em mulheres com realização da mastectomia contralateral profilática em mulheres com história de câncer de mama (LOSTUMBO, 2010).

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