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Módulo 3 - Análise da Implementação e Governança da Política Pública

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Avaliação Ex-Post de
Políticas Públicas
Análise da Implementação e Governança 
da Política Pública3
M
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ul
o
2Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2020
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente 
Diogo Godinho Ramos Costa
Diretor de Desenvolvimento Profissional
Paulo Marques
Coordenador-Geral de Produção de Web 
Carlos Eduardo dos Santos
Conteudista
José Luiz Pagnussat, 2021.
Curso desenvolvido no âmbito da Diretoria de Desenvolvimento Profissional – DDPRO. 
3Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1. Objetivos de Aprendizagem........................................................................................ 5
1.1. Objetivos da avaliação da implementação.................................................................... 5
1.2 Levantamento dos processos envolvidos na execução da política................................ 6
1.3 Passo a passo da avaliação de implementação............................................................. 7
1.4 Gestão de riscos de implementação da política............................................................ 8
1.5 Questões orientadoras para a análise de implementação da política........................... 10
2. Análise da Estrutura de Governança da Política Pública.............................................. 14
2.1. Conceitos e princípios da governança pública............................................................. 14
2.2. Modelo de avaliação de governança proposta no guia.................................................. 16
2.3. Passo a passo da avaliação da governança.................................................................... 18
2.3. Passo a passo da avaliação da governança.................................................................... 19
Sumário
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1. Análise da Implementação da Política Pública
Ao final desta unidade, você será capaz de identificar os procedimentos de análise da 
implementação da política pública.
A implementação de políticas públicas compreende os esforços de execução da ação 
governamental, incluída a alocação de recursos e o desenvolvimento dos processos organizacionais 
previstos para isso (CGU, 2015, apud BRASIL, 2018, p. 175). É o momento de realização das ações 
que resultam na entrega para os cidadãos dos produtos e serviços da política pública.
A avaliação da implementação analisa os processos, no sentido de buscar aperfeiçoá-los e garantir 
os resultados esperados para a política. “A abordagem proposta para definição da estratégia de 
avaliação guia-se pela técnica da gestão de riscos, com a finalidade de trazer para a avaliação os 
pontos mais relevantes que permitam o atingimento dos objetivos almejados para a política” 
(BRASIL, 2018, p. 175).
A avaliação da implementação procede à análise de riscos internos e externos da política pública, 
verifica como ocorre o gerenciamento dos riscos e se os bens ou serviços são entregues aos 
beneficiários elegíveis.
1.1. Objetivos da avaliação da implementação
A avaliação da implementação tem como objetivo avaliar se a política é executada conforme 
o seu desenho, identificando se os elos entre os insumos, os processos organizacionais e os
produtos estão condizentes com o esperado, ou se podem ser aprimorados (BRASIL, 2018, p.
175).
Em termos específicos os objetivos da avaliação da implementação são:
I) verificar a correspondência do executado com o que está pactuado,
ou seja, verificar se a execução está ocorrendo conforme o desenho; e
II) definir subprocessos que não estão regulamentados no nível
macro do desenho da política. Por vezes, ao final de uma avaliação de
implementação, pode-se concluir sobre inadequabilidade do desenho
M
ód
ul
o Análise da Implementação da Política Pública3
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
ante o contexto atual – limitação de recursos, avanços tecnológicos, 
dentre outros, forçando que o desenho e o planejamento da política 
em avaliação sejam rediscutidos (BRASIL, 2018, p. 175)
As políticas falham na implementação porque são lançadas sem uma clara definição de quem faz 
o quê, com que grau de autonomia, com que formas de monitoramento e controle. Além disso, os 
processos podem não estar estruturados de forma eficiente para a produção dos bens e serviços 
para atacar as causas do problema e os riscos internos e externos, que normalmente ocorrem na 
fase da implementação, não foram identificados ou não são gerenciados adequadamente. 
A avaliação é a única forma de provisão de conhecimento acerca da boa ou má implementação 
de uma política ou programa público, oferecendo aos gestores de política o conhecimento 
necessário para alterações ou mudanças de direção nos programas e projetos.
O conhecimento sobre a implementação permite o aprimoramento da política no seu desenho, 
nos seus processos, na sua governança, seus resultados e impactos.
Pressman e Wildavsky (1984, apud QUEIROZ, 2016, p. 20) relacionam a implementação, 
a aprendizagem organizacional e a avaliação das políticas públicas. Para esses autores, a 
aprendizagem organizacional constituiria a chave tanto para a implementação quanto para a 
análise de programas e de políticas públicas, sendo a implementação a finalidade que conteria 
ambas, já que “nós avaliamos para aprender e nós aprendemos para implementar” (PRESSMAN; 
WILDAVSKY, 1984, apud QUEIROZ, 2016, p. 20).
1.2 Levantamento dos processos envolvidos na execução da 
política
O guia ex post no capítulo 6, sobre avaliação de implementação, destaca que “a avaliação de 
implementação contempla o levantamento e a descrição dos diferentes processos envolvidos 
na execução da política pública, necessários para a transformação dos insumos nos produtos a 
serem entregues para a sociedade” (BRASIL, 2018, p. 175). 
A avaliação de implementação é essencialmente uma avaliação de processos. Inclui a análise 
tanto dos diversos processos que produzem os bens e serviços que se destinam ao público alvo, 
como também, processos relacionados a atividades específicas, como por exemplo (BRASIL, 
2018, p. 175):
• processo de seleção dos beneficiados (no caso de políticas com critérios de 
elegibilidade);
• processo de verificação periódica sobre se os beneficiados ainda são elegíveis, ou 
seja, se está mantida a regra de elegibilidade depois do período do processo de 
seleção;
• processo de compra e contratação de produtos e de serviços, entre outros.
7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
A avaliação da implementação verifica a eficiência na utilização dos recursos financeiros, 
humanos, materiais, como instalações e equipamentos, e os recursos organizacionais utilizados 
na execução da política pública. Verifica se os processos (ações) combinam adequadamente os 
recursos disponíveis para produzir os bens e serviços, e se estão direcionados para atacar as 
causas do problema público.
1.3 Passo a passo da avaliação de implementação
O capítulo 6 do Guia de Avaliação Ex-Post (pp. 175-213) apresenta o passo a passo da Avaliação 
da Implementação da Política Pública.
Primeiro Passo
Definição do objetivo da avaliação
Inclui as etapas de identificação e avaliação dos riscos da política e estruturação das questões de 
avaliação (questões e subquestões).
Segundo passo
Definição de critérios de performance
Descrevem o estado desejado (o que deve ser) para a política pública avaliada (GAO, 2011, apud 
BRASIL 2018, p. 163). 
São referenciais e padrões nacionais ou internacionais utilizados para avaliar se a política atende 
às expectativas definidas. Por exemplo, o atendimento das normas técnicas para o produto ou 
serviço.
Terceiro passo
Definição de escopo e avaliação da necessidade de amostragem
Na delimitação do escopo, deve-se levar em consideraçãoos recursos disponíveis, o que inclui o 
tempo, a expertise e os dados necessários para concluir a avaliação. De forma esquemática, ante 
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
os recursos de que o avaliador dispõe e o objetivo definido para avaliação, o escopo compreende 
a definição das seguintes questões: O quê? Quem? Onde? E quando?
O quê?
Se refere às dimensões e as etapas da política pública relacionadas ao objetivo da avaliação.
Quem? 
Os agentes envolvidos nos processos avaliados. 
Onde?
O espaço geográfico da avaliação
Quando?
O período coberto na avaliação.
Quarto passo
Definição de técnicas e de instrumentos de avaliação
Inclui definir as técnicas e os instrumentos de coleta de dados necessários para obter evidências 
que suportarão as conclusões da avaliação
Quinto passo
Execução (da avaliação
É a fase na qual os avaliadores aplicam técnicas e instrumentos para a obtenção de evidências 
para a emissão de opinião, de modo a responder às questões avaliativas.
Sexto passo
Recomendações
São feitas a partir d o resultado fi nal da avaliação e se referem às possíveis ne cessidades de 
ajustes no processo de implementação da política pública avaliada.
1.4 Gestão de riscos de implementação da política 
Verificar se há gestão de riscos na execução da política e se essa gestão observa a Instrução 
Normativa Conjunta MP/CGU nº 1/2016, além de outras instruções normativas da CGU que 
explicitam riscos e controles que devem ser observados na implementação das políticas públicas.
9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Saiba mais
A Instrução Normativa Conjunta MP/CGU nº 1/2016 determina aos órgãos e 
entidades do Poder Executivo federal a adoção de medidas para a sistematização 
de práticas relacionadas à gestão de riscos, aos controles internos e à governança.
Riscos (IN conjunta MP/CGU n°01/ 2016)
Risco: possibilidade de ocorrência de um evento que venha a ter impacto no 
cumprimento dos objetivos. O risco é medido em termos de impactos e de 
probabilidade.
Gerenciamento de riscos: processos cuja finalidade consiste em identificar, 
avaliar, administrar e controlar potenciais eventos ou situações, para fornecer 
razoável certeza quanto ao alcance dos objetivos da organização.
Mensuração de risco: significa estimar a importância de um risco e calcular a 
probabilidade e o impacto de sua ocorrência.
Política de gestão de riscos: declaração das intenções e diretrizes gerais de uma 
organização relacionadas à gestão de riscos.
Risco inerente: risco a que uma organização está exposta sem considerar 
quaisquer ações gerenciais que possam reduzir a probabilidade de sua ocorrência 
ou seu impacto.
A análise da gestão de riscos ao longo da execução da política pública, deve avaliar a identificação 
dos riscos, sua probabilidade e impacto, as estratégias de mitigação, gerenciamento e controle. 
O guia PMBOK de gerenciamento de projetos destaca que:
“O gerenciamento dos riscos do projeto inclui os processos de 
planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas e 
controle de riscos de um projeto. Os objetivos do gerenciamento 
dos riscos do projeto são aumentar a probabilidade e o impacto dos 
eventos positivos e reduzir a probabilidade e o impacto dos eventos 
negativos no projeto” (PMI, 2013. p. 309)
Entre as técnicas de identificação de riscos se destaca a matriz SWOT, com a análise do ambiente 
interno: forças e fraquezas; e análise do ambiente externo; ameaças e oportunidades; o 
brainstorming (lista dos riscos realizada pela equipe do projeto e especialistas); a técnica Delphi 
(com especialistas); entrevistas (com participantes experientes do projeto); Diagrama de Causa 
e Efeito, entre outras.
São relevantes para definir quais riscos e controles, tanto fatores de risco internos ao programa 
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
ou à instituição quanto externos, contextuais.
A natureza do programa e dos produtos a serem entregues por ele influi diretamente sobre os 
tipos de riscos a serem considerados, devendo levar em conta o impacto destes sobre os custos 
e cronograma da política.
1.5 Questões orientadoras para a análise de implementação 
da política. 
As questões orientadoras para a análise da implementação da política pública, propostas para a 
avaliação executiva, no Guia de Avaliação Ex Post de Políticas Públicas, são as apresentadas no 
quadro a seguir (BRASIL, 2018, p. 62):
Questões orientadoras para a análise da implementação da política
• Os bens ou serviços são efetivamente entregues aos beneficiários? Como isso tem 
sido acompanhado pela gestão da política?
• Quais são os instrumentos normativos e os procedimentos usados para a compra 
dos insumos utilizados na execução da política? Há transparência sobre esses 
procedimentos?
• Existem mecanismos de supervisão da execução da política para garantir o alcance 
de sua finalidade?
• Se a política possuir restrição de acesso, há mecanismos de controle da elegibilidade 
dos beneficiários? Esses mecanismos são efetivos?
• Na divulgação da política, as informações são efetivamente direcionadas ao público-
alvo? Como?
• Há gestão de riscos na execução da política? Se sim, essa gestão observa a Instrução 
Normativa Conjunta MP/CGU no 1/2016?
Essas são as questões que deverão ser respondidas na análise de implementação, na avaliação 
executiva da política pública.
 Saiba mais 
Para aprofundamento do tema, você pode ler o capítulo 6 do Guia de Avaliação 
Ex Post, que apresenta os principais elementos da avaliação de implementação 
da política pública e os casos da Avaliação da Lei de Informática e da Avaliação 
do Programa de Aquisição de Alimentos.
Além disso, você pode rever o conteúdo resumido da Unidade no vídeo 
do professor José Luiz Pagnussat, disponível em: https://cdn.evg.gov.br/
cursos/561_EVG/videos/modulo03video01.mp4.
https://cdn.evg.gov.br/cursos/561_EVG/videos/modulo03video01.mp4
https://cdn.evg.gov.br/cursos/561_EVG/videos/modulo03video01.mp4
11Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Referências
BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Capítulo 3: avaliação executiva (pp. 53-102). 
In: BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Avaliação de políticas públicas: guia 
prático de análise ex post, volume 2. Brascia da República, 2018. Disponível em: https://www.
gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/guiaexpost.pdf/view. Acesso em: 17 jul. 
2021.ília: Casa Civil da Presidência
BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Capítulo 6 - Avaliação de Implementação 
(pp. 175-186). In: BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al.. Avaliação de políticas 
públicas: guia prático de análise ex post, volume 2. Brasília: Casa Civil da Presidência da República, 
2018. Disponível em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/
guiaexpost.pdf/view. Acesso em: 17 jul. 2021.
BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Apêndice A: avaliação da lei de informática 
(pp. 187-196). In: BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Avaliação de políticas 
públicas: guia prático de análise ex post, volume 2. Brasília: Casa Civil da Presidência da República, 
2018. Disponível em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/
guiaexpost.pdf/view, Acesso em: 17 jul. 2021.
BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Apêndice B: Avaliação do Programa de 
Aquisições de Alimentos (pp. 197-213). In: BRASIL (Casa Civil da Presidência da República et al. 
Avaliação de políticas públicas: guia prático de análise ex post, volume 2. Brasília: Casa Civil da 
Presidência da República, 2018. Disponível em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-
conteudo/downloads/guiaexpost.pdf/view. Acesso em: 17 jul. 2021.
 
Bibliografia Complementar:
BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Avaliação de políticas públicas: guia prático 
de análise ex post, volume 2. Brasília:Casa Civil da Presidência da República, 2018. Disponível 
em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/guiaexpost.pdf/view. 
Acesso em: 17 jul. 2021.
BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Avaliação de políticas públicas: guia prático 
de análise ex ante, volume 1. Brasília: Casa Civil da Presidência da República, 2018. Disponível 
em: https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/180319_avaliacao_de_
politicas_publicas.pdf. Acesso em: 17 jul. 2021.
BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Diretrizes gerais e guia orientativo para 
https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/guiaexpost.pdf/view
https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/guiaexpost.pdf/view
https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/guiaexpost.pdf/view
https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/guiaexpost.pdf/view
https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/guiaexpost.pdf/view
https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/guiaexpost.pdf/view
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https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/180319_avaliacao_de_politicas_publicas.pdf
https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/180319_avaliacao_de_politicas_publicas.pdf
12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
elaboração de Análise de Impacto Regulatório – AIR. Brasília: Presidência da República, 2018. 
Disponível em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/diretrizes-
gerais-e-guia-orientativo_final_27-09-2018.pdf/@@download/file/diretrizes-gerais-e-guia-
orientativo_final_27-09.pdf. Acesso em: 17 jul. 2021.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Planejamento e 
Investimentos Estratégicos - SPI. Indicadores - Orientações Básicas Aplicadas à Gestão Pública. 
Brasília: MP, 2012. Disponível em: http://www.gespublica.gov.br/sites/default/files/documentos/
indicadores_orientacoes_basicas_aplicadas_a_gestao_publica.pdf. Acesso em: 17 jul. 2021.
BRASIL/MP. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Secretaria de Planejamento 
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Edição. Brasília: MP, 2018. Disponível em: https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/
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CASSIOLATO, Martha; FERREIRA Helder; e GONZALEZ, Roberto. Como Elaborar Modelo Lógico 
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HELMING, S.; GÖBEL, M. ZOOP - Planejamento de Projetos Orientado por Objetivos – Um 
Guia de Orientação para o Planejamento de Projetos Novos e em Andamento. GTZ - Deutsche 
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JANNUZZI, Paulo de Martino. Monitoramento e avaliação de programas sociais: uma introdução 
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https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/diretrizes-gerais-e-guia-orientativo_final_27-09-2018.pdf/@@download/file/diretrizes-gerais-e-guia-orientativo_final_27-09.pdf
https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/diretrizes-gerais-e-guia-orientativo_final_27-09-2018.pdf/@@download/file/diretrizes-gerais-e-guia-orientativo_final_27-09.pdf
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http://www.gespublica.gov.br/sites/default/files/documentos/indicadores_orientacoes_basicas_aplicadas_a_gestao_publica.pdf
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https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/planejamento-e-orcamento/plano-plurianual-ppa/arquivos/ppas-anteriores/ppa-2016-2019/guia_indicadores_ppa.pdf
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1369.pdf
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1369.pdf
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=5134
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=5134
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=605
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=605
13Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
aos conceitos técnicos. Campinas: Editora Alínea, 2016.
PFEIFFER, Peter. O Quadro Lógico: um método para planejar e gerenciar mudanças. In:
PAGNUSSAT, José Luiz e GIACOMONI, James. Coletânea de Planejamento e Orçamento. Brasília: 
ENAP, 2006 (disponível em: repositório.enap.gov.br).
PMI. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®). 5ª edição. PMI 
(Project Management Institute). Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos 
(Guia PMBOK®). 5ª edição. PMI: Pennsylvania, USA. 2013. Disponível em: http://www.teraits.
com/pitagoras/marcio/gp/PMBOK_5aEdicao.pdf. Acesso em: 17 jul. 2021.
SECCHI, Leonardo. Políticas públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. 2ª edição, 
São Paulo: Cengage Learning, 2014.
QUEIROZ, Lucia de Fatima Nascimento de. Avaliação de políticas no setor público: 
o que explica a decisão de avaliar (ou não) resultados em políticas públicas de 
fomento à ciência, tecnologia e inovação em saúde? (Tese de Doutorado, orientador 
Ricardo Correa Gomes). Brasília: UnB, 2016. Disponível em: https://repositorio.unb.br/
bitstream/10482/19872/1/2016_L%c3%baciadeFatimaNascimentodeQueiroz.pdf. Acesso em: 
17 jul. 2021.
http://www.teraits.com/pitagoras/marcio/gp/PMBOK_5aEdicao.pdf.
http://www.teraits.com/pitagoras/marcio/gp/PMBOK_5aEdicao.pdf.
https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/19872/1/2016_L%c3%baciadeFatimaNascimentodeQueiroz.pdf
https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/19872/1/2016_L%c3%baciadeFatimaNascimentodeQueiroz.pdf
14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
2. Análise da Estrutura de Governança da Política Pública
Ao final desta unidade, você será capaz de identificar os procedimentos de análise da 
estrutura de governança da política pública.
Segundo o TCU (2014, p 32) a “governança em políticas públicas se refere aos arranjos institucionais 
que condicionam a forma pela qual as políticas são formuladas, implementadas e avaliadas, em 
benefício da sociedade”. Os arranjos podem ser formais ou informais e envolvem, entre outros 
aspectos, “estruturas, processos, mecanismos, princípios, regras, normas que influenciam a 
governança em política pública” (p. 32).Parte significativa das definições sobre a gestão e a governança devem vir previamente 
institucionalizadas, ou seja, inscritas nos próprios normativos dos programas. As políticas são 
compostas por ações que envolvem procedimentos e interações. Tudo isso precisa ser definido, 
orientado, treinado e especificado antes – por meio dos normativos, dos planos e manuais 
– durante – treinamentos, capacitações e ajustes –, e depois – revisões e avaliações. Leis, 
decretos, portarias e instruções normativas estabelecem os órgãos responsáveis pelas decisões, 
os parceiros na gestão, os fundos de financiamento a serem provisionados, os mecanismos de 
controle e participação social, as rotinas de monitoramento, os mecanismos de transparência, 
etc.
Na prática a governança da política pública envolve a definição clara dos papeis e responsabilidades 
na coordenação da política, os mecanismos de liderança, estratégia e controle da gestão: a 
coordenação organizacional e intersetorial; a coordenação intergovernamental; a articulação 
com atores e espaços não governamentais; a capacidade de internalizar e processar as demandas 
da sociedade e sua articulação com os processos de tomada de decisão; o gerenciamento dos 
conflitos e a capacidade de resolver controvérsias, etc.
2.1. Conceitos e princípios da governança pública
O conceito de governança adotado no guia foi o definido no Decreto nº 9.203/2017, que dispõe 
sobre a política de governança no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e 
fundacional. Conforme o Decreto (artigo 2º), governança pública é o “conjunto de mecanismos 
de liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, 
com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade” 
(BRASIL, 2018, p. 215).
Para o Banco Mundial, “é o processo por meio do qual atores estatais e não estatais interagem 
para formular e implementar políticas dentro de um conjunto pré-definido de regras formais e 
informais que moldam e são moldadas pelo poder” (World Bank, 2017, p. 3)
“A governança das políticas públicas é balizada por princípios e mecanismos que se entrelaçam 
formando uma complexa estrutura, composta por normativos, regulamentos, instituições e, 
15Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
principalmente, indivíduos, que são os gestores ou executores das políticas públicas” (BRASIL, 
2018, p. 215).
Os princípios de governança pública propostos para a estrutura de governança da política 
são os definidos no artigo 3º do Decreto nº 9.203/2017 (capacidade de resposta, integridade, 
confiabilidade, melhoria regulatória, prestação de contas e responsabilidade, e transparência), 
além dos mecanismos previstos no artigo 5º (liderança, estratégia e controle) (BRASIL, 2018, p. 
63).
O avaliador deve observar se o mecanismo de liderança “é capaz de assegurar a existência 
das condições mínimas para o exercício da governança”; se a estratégia “conduz à geração e à 
entrega dos produtos, resultados e impactos previstos”; e se o mecanismo de controle “é capaz 
de mitigar os possíveis riscos da execução dos processos da política”. (BRASIL, 2018, p. 63). O 
artigo 5º do Decreto nº 9.203/2017 detalha os mecanismos para o exercício da governança 
pública, conforme segue:
Art. 5º. São mecanismos para o exercício da governança pública:
I - liderança, que compreende conjunto de práticas de natureza humana 
ou comportamental exercida nos principais cargos das organizações, 
para assegurar a existência das condições mínimas para o exercício 
da boa governança (integridade; competência; responsabilidade; e 
motivação).
II - estratégia, que compreende a definição de diretrizes, objetivos, 
planos e ações, além de critérios de priorização e alinhamento entre 
organizações e partes interessadas, para que os serviços e produtos 
de responsabilidade da organização alcancem o resultado pretendido; 
e
III - controle, que compreende processos estruturados para mitigar 
os possíveis riscos com vistas ao alcance dos objetivos institucionais 
e para garantir a execução ordenada, ética, econômica, eficiente e 
eficaz das atividades da organização, com preservação da legalidade e 
da economicidade no dispêndio de recursos públicos.
O Guia da política de governança pública da Casa Civil da Presidência da República detalha os 
princípios e diretrizes de governança (BRASIL, 2018d, p. 37-53).
A capacidade de resposta se refere “à competência de uma instituição pública de atender 
de forma eficiente e eficaz às necessidades dos cidadãos, inclusive antevendo interesses e 
antecipando aspirações” (p. 40).
A integridade “representa a busca pela prevenção da corrupção e pelo fortalecimento dos 
padrões morais de conduta (p. 42).
16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
A confiabilidade “representa a capacidade das instituições de minimizar as incertezas para os 
cidadãos nos ambientes econômico, social e político” (OCDE, 2017c, p. 24, apud BRASIL 2018d, 
p. 44).
A melhoria regulatória “representa o desenvolvimento e a avaliação de políticas e de atos 
normativos em um processo transparente, baseado em evidências e orientado pela visão de 
cidadãos e partes diretamente interessadas” (p. 47).
A prestação de contas e responsabilidade (accountability) “representa a vinculação necessária, 
notadamente na administração de recursos públicos, entre decisões, condutas e competências e 
seus respectivos responsáveis”. (p. 51).
A transparência “representa o compromisso da administração pública com a divulgação das suas 
atividades, prestando informações confiáveis, relevantes e tempestivas à sociedade” (p. 53).
O TCU (2014, p. 10) sintetiza que “a governança pública pode ser analisada sob quatro perspectivas 
de observação: (1) Estado e sociedade; (2) entes federativos, esferas de poder e políticas públicas; 
(3) órgãos e entidades; e (4) atividades intraorganizacionais”.
Figura 9 - Perspectivas de observação da governança no setor público.
Fonte: TCU (2014, p. 10).
2.2. Modelo de avaliação de governança proposta no guia
O Guia de Análise Ex Ante (2018, p. 125) esclarece que os modelos de governança definem 
quem comanda, quem coordena, quem acompanha (supervisiona) e quem gera a política”. O 
Guia detalha ainda que “a governança de uma política define as competências e as atribuições 
de sua execução e a responsabilidade por seus ajustes. Um modelo estabelece quem pode o quê 
(competências) e quem faz o quê (atribuições)”.
A avaliação da governança da política pública deve examinar a estrutura de governança da 
política, checando “se a política possui mecanismos de liderança, estratégia e controle que 
17Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
permitam avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas públicas 
e à prestação de serviços de interesse da sociedade”. Verificar se estão “claramente definidos e 
compreendidos os papéis e as responsabilidades na coordenação daquela determinada política” 
(BRASIL, 2018, p. 63).
Nesse sentido, deve-se “estudar como se dá a institucionalização da política, verificando os 
seus aspectos formais ou informais, como a definição das normatizações, dos padrões e dos 
procedimentos que possibilitem a sua execução alinhada com os seus objetivos e resultados” 
(BRASIL, 2018, p. 64).
O guia resume o referencial para avaliação de governança em políticas públicas, do Tribunal de 
Contas da União (TCU), que define que as boas práticas são (TCU, 2014, p. 44-45, apud BRASIL, 
2018, p. 44):
• institucionalização formal da política pública por meio de norma legal (lei, decreto, 
resolução etc.) apropriada, emitida por órgão dotado de legitimidade e competência 
para fazê-lo, e na qual normatize-se a atuação dos diversos órgãos, instituições e 
esferas de governo envolvidos; 
• definição clara e formal das competências das principais partes interessadas 
envolvidas na política pública (matriz de responsabilidades), de formaque seja 
possível a identificação dos objetivos, papéis, responsabilidades, recursos e 
obrigações de todos os envolvidos, incluindo-se abordagem para tratar resolução 
de conflitos, identificar e dividir riscos e oportunidades e estabelecer formas de 
revisão, avaliação e monitoramento; 
• institucionalização formal dos processos decisórios referentes à política pública; 
• existência de marco regulatório que não prejudique o desempenho da política 
pública pelo excesso de formalismo e de detalhamento.
A figura a seguir resume os componentes do Modelo para Avaliação de Governança em Políticas 
Públicas do TCU (TCU, 2014, p. 41).
Figura 10 - Componentes do Modelo do TCU para Avaliação de Governança em Políticas Públicas
Fonte: TCU (2014, p. 41).
18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
A boa governança em políticas públicas dependerá justamente da caracterização do ambiente de 
ação que envolve o ciclo de políticas públicas e do modo pelo qual, e em benefício de quem, esse 
ciclo é operacionalizado.
2.3. Passo a passo da avaliação da governança
O capítulo 7 do Guia de Avaliação Ex Post (pp. 215-225) define apenas três passos para a avaliação 
da governança da política pública. A definição dos passos decorreu da escolha das premissas 
dos métodos multicritérios de apoio à decisão. Essa metodologia permite mensurar toda a 
complexidade e a subjetividade inerentes a avaliação de governança da política pública, “devido 
às suas características e à sua capacidade de absorver um vasto rol de aspectos importantes 
inerentes à governança” (BRASIL, 2018, p. 216).
Figura 11 – Os três passos para a avaliação da governança da política pública
Primeiro passo - estruturação da governança
Inclui três elementos: a identificação do objetivo; a definição dos elementos de avaliação e dos 
pontos de vista dos decisores da política; e a definição dos descritores.
A identificação do objetivo deve deixar claro que é avaliar a estrutura de governança, ou seja, 
“avaliar a definição, a clareza e a adequação da estrutura de papéis e responsabilidades de 
coordenação” da política.
A definição dos elementos de avaliação e dos pontos de vista dos decisores da política, que se 
refere a alguns conceitos dos métodos de multicritérios referentes a informações primárias para 
a avaliação e os aspectos considerados como fundamentais pelos decisores, para avaliar as ações.
A definição dos descritores se refere a um “conjunto de níveis de impacto que servem como base 
para descrever as performances plausíveis das ações potenciais” com base nos pontos de vistas 
fundamentais dos decisores.
Segundo passo - execução da avaliação
Com o modelo multicritério pronto, passa-se para a execução da avaliação, que inclui a avaliação 
dos descritores pelos participantes, a articulação das suas preferências e aplicação do modelo, se 
19Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
possível com ampla participação, para eliminar vieses de seleção.
Terceira passo - recomendações
Com base nos resultados obtidos na aplicação do modelo, no sentido de direcionar os esforços 
de melhoria para aqueles elementos que obtiveram pior desempenho, buscando, por sua vez, 
intensificar os impactos daqueles bem avaliados.
2.3. Passo a passo da avaliação da governança
As questões orientadoras para a análise da governança da política pública, propostas para a 
avaliação executiva, no Guia de Avaliação Ex Post de Políticas Públicas, são as apresentadas no 
quadro a seguir (BRASIL, 2018, p. 63):
Questões orientadoras para a análise da governança da política pública
• Os princípios previstos no artigo 3º do Decreto nº 9.203/2017 são observados na 
governança da política pública?
• A estrutura de governança contribui para a atuação dos atores envolvidos com a 
política pública por meio da definição clara de suas competências e responsabilidades, 
e da articulação das instituições e dos processos, com vistas a gerar, preservar e 
entregar valor público?
• A liderança exercida pelos gestores da política é capaz de assegurar a existência das 
condições mínimas para o exercício da boa governança?
• A estrutura de governança permite participação social em algumas das etapas da 
sua execução?
Essas são as questões que deverão ser respondidas na análise de governança, na avaliação 
executiva da política pública.
 Saiba mais 
Para aprofundamento do tema, você pode ler o capítulo 7 do Guia de Avaliação 
Ex Post, que apresenta os principais elementos da avaliação de governança da 
política pública e o caso da avaliação do Programa Bolsa Família.
20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Referências
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102). In: BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Avaliação de políticas públicas: 
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2018. Disponível em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/
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BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Capítulo 7: avaliação de governança da 
política pública (pp. 215-232). In: BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Avaliação 
de políticas públicas: guia prático de análise ex post, volume 2. Brasília: Casa Civil da Presidência 
da República, 2018. Disponível em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/
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239). In: BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Avaliação de políticas públicas: 
guia prático de análise ex post, volume 2. Brasília: Casa Civil da Presidência da República, 
2018. Disponível em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/
guiaexpost.pdf/view. Acesso em: 19 de jul. 2021.
Bibliografia Complementar:
BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Avaliação de políticas públicas: guia prático 
de análise ex post, volume 2. Brasília: Casa Civil da Presidência da República, 2018. Disponível 
em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/guiaexpost.pdf/view. 
Acesso em: 19 de jul. 2021.
BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Avaliação de políticas públicas: guia prático 
de análise ex ante, volume 1. Brasília: Casa Civil da Presidência da República, 2018b. Disponível 
em: https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/180319_avaliacao_de_
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BRASIL. Casa Civil da Presidência da República et al. Diretrizes gerais e guia orientativo para 
elaboração de Análise de Impacto Regulatório – AIR. Brasília: Presidência da República, 2018c. 
Disponível em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/diretrizes-
gerais-e-guia-orientativo_final_27-09-2018.pdf/@@download/file/diretrizes-gerais-e-guia-
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BRASIL. Casa Civil da Presidência da República. Guia da política de governança pública. Brasília: 
Casa Civil da Presidência da República, 2018d. 86 p. Disponível em: https://www.gov.br/casacivil/
pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/guia-da-politica-de-governanca-publica. Acesso em: 19 
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	1. Objetivos de Aprendizagem
	1.1. Objetivos da avaliação da implementação
	1.2 Levantamento dos processos envolvidos na execução da política
	1.3 Passo a passo da avaliação de implementação
	1.4 Gestão de riscos de implementação da política 
	1.5 Questões orientadoras para a análise de implementação da política. 
	2. Análise da Estrutura de Governança da Política Pública
	2.1. Conceitos e princípios da governança pública
	2.2. Modelo de avaliação de governança proposta no guia
	2.3. Passo a passo da avaliação da governança
	2.3. Passo a passo da avaliação da governança

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