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Fisiologia muscular - resumo

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Os músculos esqueléticos constituem a maior parte da 
musculatura corporal e equivalem a cerca de 40% do peso 
corporal total. Eles são responsáveis pelo posicionamento e o 
movimento do esqueleto, como seu próprio nome sugere. 
Em geral, os músculos esqueléticos estão ligados aos ossos 
pelos tendões, estruturas constituídas por colágeno (tecido 
conjuntivo fibroso). A origem de um músculo é a sua 
extremidade fixada mais perto do tronco ou do osso fixo. 
A inserção é a porção mais distal ou mais móvel do músculo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um músculo esquelético é um conjunto de células 
musculares, ou fibras musculares, assim como um nervo é um 
conjunto de axônios. 
Cada fibra muscular esquelética está envolvida por tecido 
conectivo, chamado de endomísio. O tecido conectivo também 
envolve grupos de fibras musculares adjacentes, as quais 
formam conjuntos, chamados de fascículos, que são envoltos 
pelo perimísio (tecido conjuntivo mais frouxo e menos fibroso). 
Fibras colágenas e elásticas, nervos e vasos sanguíneos 
dispõem-se entre os fascículos. Por fim, todo o músculo 
esquelético é envolvido pelo epimísio, um tecido conjuntivo 
denso não modelado. 
A membrana plasmática de uma fibra muscular é chamada 
de sarcolema, e o citoplasma é chamado de sarcoplasma. As 
principais estruturas intracelulares dos músculos estriados são 
as miofibrilas, que são feixes extremamente organizados de 
proteínas contráteis e elásticas envolvidas no processo de 
contração. 
O retículo sarcoplasmático é um retículo endoplasmático 
modificado que envolve cada miofibrila e é formado por túbulos 
longitudinais com porções terminais alargadas, chamadas de 
cisternas terminais. O retículo sarcoplasmático concentra e 
sequestra Ca2+ com o auxílio de uma Ca2+-ATPase presente na 
membrana do RS. A liberação de cálcio do RS produz um sinal 
de cálcio que desempenha um papel-chave na contração de 
todos os tipos de músculo. 
As cisternas terminais são adjacentes e intimamente 
associadas a uma rede ramificada de túbulos transversos, 
também chamados de túbulos T, que são uma extensão do 
sarcolema. 
Cada miofibrila é composta por diversos tipos de proteínas 
organizadas em estruturas contráteis repetidas, chamadas de 
sarcômeros. As proteínas das miofibrilas incluem a proteína 
motora miosina, que forma os filamentos grossos; os 
microfilamentos de actina, que formam os filamentos finos; as 
proteínas reguladoras tropomiosina e troponina; e duas 
proteínas acessórias gigantes, a titina e a nebulina. 
 
 
 
A contração muscular é um processo extraordinário que 
permite a geração de força para mover ou resistir a uma carga. 
Em fisiologia muscular, a força produzida pela contração 
muscular é chamada de tensão muscular. A contração, a 
geração de tensão pelo músculo, é um processo ativo que 
necessita de energia fornecida pelo ATP. O relaxamento é a 
liberação da tensão que foi produzida durante a contração. 
Quando o músculo contrai, os filamentos grossos e finos 
deslizam uns sobre os outros. Apesar do encurtamento do 
sarcômero, o comprimento da banda A permanece constante. 
Essas modificações são consistentes com o deslizamento dos 
filamentos finos de actina sobre os filamentos grossos de 
miosina, à medida que os filamentos finos se movem em direção 
à linha M, no centro do sarcômero. 
O processo de contração acontece porque há uma onda de 
despolarização que chega ao sarcolema, ela é transmitida pelos 
túbulos T, resultando na abertura dos canais de cálcio no 
retículo sarcoplasmático a partir das cisternas terminais, 
resultando na liberação de cálcio no sarcoplasma, nas 
proximidades das miofibrilas. 
Os corpos celulares dos nervos motores estão no encéfalo e 
os seus axônios mielínicos passam pelo tecido conjuntivo do 
músculo, onde começam a se ramificar e perdem a sua bainha 
de mielina (não perdem as células de Schwann). O terminal de 
cada axônio se torna dilatado e se transforma em uma placa 
motora. A junção neuromuscular, corresponde à junção entre 
um axônio e uma fibra muscular. 
Os eventos que ocorrem na junção neuromuscular (sinapse 
entre o neurônio motor e as fibras musculares) convertem um 
sinal químico (a acetilcolina liberada pelo neurônio motor 
somático) em um sinal elétrico na fibra muscular. 
A acetilcolina despolariza a membrana sarcolêmica e, 
quando esta despolarização atinge um certo limiar, forma-se 
uma onda de despolarização, que se propaga pela fibra 
muscular, provocando a contração muscular.

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