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CONVULSÕES NA INFÂNCIA REVISÃO OSCE

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Maria Clara Cavalcante 
CONVULSÕES NA INFÂNCIA – REVISÃO OSCE 
EPLEPSIA 
Alteração temporária e reversível do funcionamento do 
cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou 
distúrbios metabólicos 
Crises focais – limitadas ao hemisfério cerebral ou rede 
neural 
Crises generalizadas – envolve os dois hemisférios 
É definida por uma destas três situações: 
• Duas crises não provocada com intervalo >24h 
entre elas 
• Uma crise não provocada e probabilidade de nova 
• Diagnóstico de síndrome epilética 
EME iminente – quando as crises não cessam ou se 
repetem sem melhora do nível de consciência por >5 min 
EME estabelecido - >30min 
CRISE FEBRIL 
Convulsões febris são o distúrbio neurológico mais comum 
em bebês e crianças pequenas. 
EPIDEMIOLOGIA: são mais altas no sexo masculino do que 
no feminino 
ETIOLOGIA ESTRUTURAL: podem ser adquiridas como o 
acidente vascular cerebral (AVC), traumatismo e infecção 
ETIOLOGIA METABÓLICA: resultado direto de um distúrbio 
metabólico conhecido ou presumido 
ETIOLOGIA INFECCIOSA: neurocisticercose, tuberculose, 
VIH, malária cerebral, toxoplasmose cerebral e infeções 
congénitas como a do vírus Zika e citomegalovírus. 
ETIOLOGIA IMUNILÓGICA: evidência de inflamação do 
sistema nervoso central imunologicamente mediada 
ETIOLOGIA DESCONHECIDA: causa da ainda não foi 
determinada 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DAS CONVULSÕES 
• Esteriotipadas – uma é igual a outra 
• Aleatórias - qualquer hora do dia ou da noite 
Raramente são precipitadas por eventos ambientais, 
psicológicos - indivíduos têm tipos diferentes de convulsões 
QUESTIONAMENTOS IMPORTANTES NA ANAMNESE: 
• Trata-se do primeiro episódio? 
• As convulsões foram noturnas e, em caso 
afirmativo, a que horas da noite elas ocorreram? 
• A criança estava tomando algum medicamento ? 
• Os olhos e a boca estão fechados? 
• Qual foi a resposta do paciente a comandos 
verbais, contenção ou estimulação dolorosa? 
• Qual foi a duração do evento? Maioria é de curta 
duração 
• A criança se recuperou imediatamente, ou houve 
confusão ou sonolência? 
INVESTIGAÇÃO: Deve ser individualizada 
• Triagem metabólica 
• Avaliação toxicológica 
• Exames de neuroimagem (TC, RM) 
• Eletroencefalografia (EEG) 
• Exame de líquor (na suspeita de infecções do SNC) 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: Síncope, vertigem, amnésia 
TRATAMENTO: Individualizado 
Abordagem na emergência: ABC + Oxigênio 100% com 
máscara (colocar saturometro) + HGT (testes de glicose) + 
de 5 minutos: Diazepam EV ou midazolam IM/EV 
Status epilético: Se a crise persistir após três usos de 
Diazepam: 
• Fenitoína (efeitos colaterais: hipotensão grave, 
arritmias, agranulocitose e Sd. de Stevens-
Johnson) 
• Fenobarbital (efeitos: sedação, hipotensão e 
depressão respiratória necessitando de intubação) 
• Neonatal: 1ª escolha é Fenobarbital 
O que fazer para evitar crises? Uso correto das 
medicações, rotina de sono adequada, visitas regulares ao 
médico 
Quando pensar em maus tratos? 
Suspeitar de trauma - A fontanela está abaulada, há 
equimoses ao longo da coluna vertebral e na nuca, e 
apresenta hemotímpano. 
A TC é de vital importância; é provável que a convulsão 
tenha sido causada por uma HIC aguda, associada a maus-
tratos. 
Embora ela esteja febril e dentro da faixa de idade própria 
da convulsão febril, a história e os achados físicos são mais 
consistentes com um diagnóstico diferente de convulsão 
febril.

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