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FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO CASO CLÍNICO Uma menina de 12 anos de idade, com história médica pregressa (HMP) comum, apresenta febre, dor de garganta e um curso de linfadenopatia cervical sensível. Ela é diagnosticada com faringite estreptocócica do grupo A e é tratada com penicilina IM. Alguns minutos após a injeção, a paciente apresenta dispneia, taquicardia e hipotensão, e percebe-se que apresenta sibilo ao exame. Também se queixa de disfagia. Adrenalina (epinefrina) IM é administrada imediatamente para sua reação anafilática. 1. Que efeito terá a adrenalina em seu sistema respiratório? Broncodilatação. 2. Que adrenoceptor divide primariamente a resposta do sistema respiratório? Beta-2 adrenérgico. O SNA é dividido em: 1. Simpático Quando tem um potencial de ação no neurônio pré-ganglionar tem a liberação de acetilcolina, ela interage com receptor nicotínico, potencial de ação continua acontecendo, e é liberado no órgão-alvo noradrenalina que interage com receptor adrenérgico (alfa ou beta) gerando ação (ex: dilatação da pupila). 2. Parassimpático Quando tem um potencial de ação no neurônio pré-ganglionar tem a liberação de acetilcolina, ela age no receptor nicotínico (que está no gânglio do SNA), potencial de ação contínua acontecendo, mais acetilcolina é liberada mas já no órgão-alvo através do receptor muscarínico e gera ação (ex: contração da pupila). Os fármacos vão ser agonista ou antagonista do SNA. Ex: agonista do SNAS, pensando que ele não é seletivo, ele vai dilatar pupila, inibir a salivação, dilatar os brônquios, inibir processo digestivo, aumentar a glicemia etc. Ativação do simpático, informação flui, acetilcolina é liberada, age com receptor nicotínico, continua potencial de ação, noradrenalina é liberada, age no receptor adrenérgico e muscarínico. É uma exceção. FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO Acetilcolina é liberada, age com receptor nicotínico nos músculos esqueléticos, isso é importante para clínica. Simpático: fuga. Parassimpático: descanso. TRANSMISSÃO COLINÉRGICA .................................................................................... Colina entra dentro do neurônio e se liga ao grupo acetil (vem do ciclo de Krebs – metabolismo da glicose) formando acetilcolina. Acetilcolina fica armazenada na vesícula esperando o potencial de ação. Quando ela é liberada, age, e depois na fenda a ENZIMA ACETILCOLINESTERASE que degrada a acetilcolina. Acetilcolina é sintetizada, armazenada na fenda, quando precisa dela é liberada, se não precisa mais é degradada na fenda sináptica voltando a ser (acetil e colina). RECEPTORES MUSCARÍNICOS DA ACETILCOLINA Ä Acoplados a proteína G (metabotrópicos). M1, M3, M5: acoplado a eles tem uma proteína G estimulatoria. Agonista que interage com esses receptores (ex: acetilcolina), tem ativação da proteína G que leva a um aumento de IP3 e DAG (segundos mensageiros), fazendo com que aumente cálcio, estimula o SNC, aumenta a secreção gástrica, aumenta motilidade do TGI, contrai a musculatura lisa e estimula a formação do óxido nítrico que faz vasodilatação (por isso o SNAP diminui a PA). M2, M4: acoplado a eles uma proteína G inibitória. Gera inibição do potencial de ação, coração bate mais devagar. Célula cardíaca - Acetilcolina é agonista, foi liberado, interagiu com receptor M2 cardíaco, que é acoplado a proteina G inibitória, então inibe a produção do AMPc gerando menor entrada de sódio e cálcio fazendo com que ele bata mais devagar. Qualquer fármaco que se ligar a M2 e for agonista vai fazer o coração bater mais lento. RECEPTORES NICOTÍNICOS Ä Canais iônicos Ä Junção neuromuscular esquelética (JNM) Ä Gânglios autônomos Ä Medula suprarrenal Ä SNC FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO É um receptor ionotrópico, é o próprio canal iônico, é sempre estimulatório. Acetilcolina (agonista) se liga ao receptor, abre o canal iônico para entrada de sódio e ter potencial de ação (se for no musculo esquelético gera contração, se for nos gânglios tem uma continuidade do potencial). TRANSMISSÃO ADRENÉRGICA .................................................................................... Ä Catecolaminas – norepinefrina, adrenalina, dopamina (sistemas extrapiramidal, mesolímbica e mesocortical) Toda síntese ocorre dentro do neurônio. Entra tirosina dentro do neurônio adrenérgico, ela é então transformada em dopa, que é transformada depois dopamina, entra dentro de uma vesícula e se transforma em norepinefrina e fica armazenada. Em algumas ocasiões a norepinefrina se transforma em epinefrina. ESTIMULAÇÃO: Tendo um estímulo (potencial de ação) libera noradrenalina na fenda sináptica que interage com seus receptores (alfa, beta, depende de qual tecido/órgão está) e não é degradada na fenda sináptica, ela tem que ser RECAPTADA (volta para dentro do neurônio) e é degradada dentro do neurônio pela ENZIMA MA. IMPORTANTE: é sintetizada, liberada nas fendas sinapticas, pode interagir com seus receptores (age), é recaptada e é degradada ou volta a ficar armazenada. A estimulação da liberação da norepinefrina ocorre quando a acetilcolina interage com receptor nicotínico. Temos também a norepinefrina nos receptores beta-2, ele estimula a liberação de mais norepinefrina. OBS: A acetilcolina é degrada na fenda sináptica, a noradrenalina não, é recaptada antes para ser degradada. MAO – monoaminoxidase: enzima que degrada as catecolaminas. É um importante alvo dos antidepressivos porque ela consegue degradar tanto a serotonina quanto a norepinefrina e a dopamina. A norepinefrina entra para dentro do neurônio, pode ser degradada pela MAO ou pode também voltar para vesícula e ficar armazenada. Temos transportadores da norepinefrina: NET (está na membrana, para receptação) e VMAT (para entrar na vesícula). FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO INIBIÇÃO: Receptor alfa-2 (auto-receptor) faz feedback negativo: inibe o potencial de ação. Quando tiver muita noradrenalina é liberada esse receptor é ativado e inibe a liberação de mais noradrenalina. Receptor importante por ser alvo de fármacos. Além da noradrenalina, temos outras substâncias que são liberadas juntas, ATP (receptor P1) e NPY (receptor Y2), que podem ser liberados, interagir com seus receptores, eles também fazem parte do feedback negativo. Temos então a norepinefrina que vai inibir a liberação de mais norepinefrina através dos receptores alfa-2, o neuropeptideo (NPY) através dos receptores Y2 e o ATP através de receptores P1 – os 3 são capazes de inibir a liberação dessa substância. Regulação/feedback com alfa-2 sendo negativo, inibindo, e o beta-2 sendo positivo, estimulando. O término da ação da norepinefrina é quando ela é recaptada, podendo ser armazenada ou degradada (MAO ou COMT). Catecol-O-metiltransferase (COMT): também é capaz de degradar/metaboliza a norepinefrina, mas não é alvo de fármaco como a MAO. RECEPTORES ADRENÉRGICOS Ä Receptor alfa-1 Quando um agonista (norepinefrina ou epinefrina) se liga no receptor alfa-1 ativando a proteína G (pois os receptores adrenérgicos são acoplados a proteína G) que leva a produção do IP3 (trifosfato de inositol) e do DAG (diacil glicerol) gerando efeito excitatório. Aumento do IP3 gera liberação de cálcio. Ä Receptor alfa-2 É inibitório, faz um feedback negativo, tem acoplado a ele uma proteína G inibitória. FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO Agonista interage com receptor alfa-2 gerando ativação de uma proteína G inibitória que vai inibir a produção do AMPc gerando uma diminuição de cálcio, aumento da saída depotássio, deixando mais negativo – isso leva ao feedback negativo, vai diminuir a liberação de norepinefrina. Existem subtipos desses receptores que estão em localizações diferentes, como alfa-1-A que está no coração, no fígado, nos vasos sanguíneos principalmente (faz vasoconstrição dos músculos lisos vasculares); alfa-1-B está nos rins, no baço, nos pulmões (promove o crescimento e estruturação do coração). Alfa-2-A estão nas plaquetas, neurônios, gânglios, pâncreas, mais no SNC. O alfa-2-B está no fígado, nos vasos. O alfa-2-C também está mais no SNC. Ä Receptor beta-1 Ä Receptor beta-2 Ä Receptor beta-3 Agonista se liga ao receptor beta (1, 2 ou 3), ativa a proteína G (estimulatória) levando ao aumento do AMPc. O beta-1 está mais no coração, rins, nos músculos esqueléticos. O beta-1 está no coração, pulmões. Beta-2 principalmente no tecido adiposo. Receptores α1: vasoconstrição, relaxamento músculo liso gastrintestinal, secreção salivar e gliconeogênese. Receptores α2: inibição da liberação de transmissores, contração do músculo liso vascular. Receptores β1: aumento da frequência e força cardíaca. Receptores β2: broncodilatação, vasodilatação, relaxamento musculatura visceral. Receptores β 3: Lipólise. Quando ativa o SN simpático tem quebra de gordura e diluição do apetite para gerar energia (fuga). Quando ativa SN simpático com fármaco tem-se perca de peso por isso que muitos fármacos que são usados para o tratamento da obesidade ativa o SNAS como a sibutramina. Agonista endógeno (norepinefrina) se liga ao receptor alfa-1 que está acoplado a uma proteína G estimulatória que vai estimular a enzima Fosfolipase C que vai produzir o IP3 e o DAG. O IP3 tem a função de liberar o cálcio que está armazenado, deixando o cálcio livre na célula, ativando proteínas cinase que são dependentes de cálcio. Se esse cálcio estiver nos vasos, por exemplo, gera vasoconstrição. FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO Receptores beta e alfa-2 participam da via AMPc mas um estimula e o outro inibe. Agonista se liga ao receptor beta que vai estimular a proteína G (estimulatória) levando a ativação da enzima adenilato ciclase que leva a síntese de AMPc que vai ter seus efeitos. Se tiver no coração, por exemplo, aumenta a força e frequência cardíaca; se tiver no pulmão gera broncodilação (tudo depende do local). Agonista se liga ao receptor alfa-2 que ativa a proteína G INIBITÓRIA que vai inibir a adenilato ciclase então não tem síntese de AMPc. Ex: coração. Agonista (adrenalina ou noradrenalina) interage com receptor beta-1 que está na célula cardíaca, vai estimular a proteína G que vai estimular a enzima adenilato ciclase levando a síntese do AMPc que vai estimular a PKA (proteína cinase dependente de AMPC) que vai abrir o canal de sódio (entrada de sódio) ajudando a entrada também do cálcio (porque os canais de cálcio são dependentes de voltagem – sódio entra deixando positivo para o cálcio entrar) e também evita a saída de potássio gerando aumento da frequência e força de contração. Refratariedade às catecolaminas, principalmente quando está estimulando muito com fármaco (o organismo vai se adaptando e parando de fazer efeito): › Diminuição da capacidade de responder a essas substâncias; › Limita a eficácia terapêutica e duração de ação; › Fosforilação do receptor; › Desacoplamento da proteína G; › Diminuição do número de receptores. Isso ocorre porque o receptor começa a ser fosforilado ou a proteína G está desacoplada ou vai diminuindo o número de receptores, diminuindo consequentemente o efeito do fármaco. A sibutramina por exemplo aumenta muito a norepinefrina no organismo que tenta se adaptar para diminuir a eficácia terapêutica, isso é ruim. AGONISTAS E ANTAGONISTAS DE RECEPTORES MUSCARÍNICOS Receptor muscarínico = sistema nervoso periférico parassimpático. Os fármacos ou vão ser agonista ou antagonista. Quem liga a esses receptores é a ACETILCOLINA, ela é o AGONISTA muscarínico endógeno que temos. Temos também o Alcalóide muscarina que é um agonista natural, não é endógeno, não é sintética, tem o mesmo efeito da acetilcolina. Como ANTAGONISTA muscarínico temos a ATROPINA. EFEITOS FARMACOLÓGICOS DA ACETILCOLINA (ACH): › Vasodilatação (não é diretamente, é via liberação de oxido nítrico) FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO › Diminuição da frequência cardíaca › Diminuição da velocidade de condução no nodo atrioventricular › Diminuição da força de contração cardíaca Baixas doses intravenosas gera queda da pressão arterial (vasodilatação generalizada mediada pelo NO) – toda vez que tiver vasodilatação tem-se uma taquicardia reflexa. Doses maiores geram efeitos no coração levando a uma bradicardia. Faz broncoconstrição (diminuição da pressão arterial) – em doses maiores pode diminuir a força a frequência cardíaca. Além disso, a acetilcolina aumenta secreções traqueobrônquicas (no pulmão). No músculo detrusor gera contração (aumenta o peristaltismo uretral). E por fim, aumenta a motilidade e as secreções do TGI (aumenta contração). Se der um agonista da acetilcolina gera um mesmo efeito da acetilcolina (tudo ao contrário do que a adrenalina faria). Se der um antagonista não deixa a acetilcolina agir. Clinicamente vemos o oposto que ela faz. IMPORTANTE: Clinicamente daria um antagonista muscarínico para tratar hipertensão, asma ou DPOC. Antagonista muscarínico tem efeito do SN simpático porque antagonista não gera ação, só não deixa ter a ação (não deixa a acetilcolina agir, deixando a adrenalina agir mais). Se der agonista muscarínico tem efeito do SN parassimpático. A asma é tratada por exemplo dando um antagonista muscarínico porque faz com que a acetilcolina pare de fazer a broncoconstrição. AGONISTAS MUSCARÍNICOS 1. Ésteres da colina, incluindo acetilcolina 2. Alcalóides colinomiméticos naturais * Fármacos extraídos da natureza, não são sintetizados. * Pilocarpina, Muscarina, Arecolina. ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E ELIMINAÇÃO: Pilocarpina e arecolina: › Aminas terciárias; › Facilmente absorvidas por via oral e atravessam a barreira hematoencefálica; › Acidificação da urina (acelera a eliminação porque são bases, se acidificar vai ionizar, vai ter carga e vai ser eliminada mais facilmente). Muscarina e ésteres da colina: › Aminas quaternárias; › Pouco absorvidos por via oral; › Baixa capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica; › Baixa meia vida (rápida eliminação pelos rins). A ligação no receptor ocorre por um encaixe. Os agonistas têm que ter uma estrutura química semelhante. Algumas tem uma carga positiva e outras não. Isso quer dizer que aqueles que tem carga positiva tem dificuldade de atravessar membranas (fármacos que não atravessam a barreira hematoencefálica, não tem ação no SNC). Ex: metacolina não tem ação no SNC, a pilocarpina pode ter. Tem relação com absorção se for dar por via oral por exemplo. USOS TERAPÊUTICOS DOS AGONISTAS MUSCARÍNICOS › Distúrbios da bexiga › Xerostomia › Hiper-reatividade brônquica › Tratamento de glaucoma FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO › Mióticos › Alzheimer (agonista M1) Acetilcolina é responsável pela cognição. No Alzheimer diminui a quantidade de acetilcolina, e isso leva a perda de cognição. Para uma melhora nos sintomas utiliza-se um agonista muscarínico 1 para fazer o que a acetilcolina faz no SNC. Se der um agonista da acetilcolina para uma pessoa com dificuldades na contração do músculo da bexiga melhora essa contração. Existem alguns problemas que levam a pessoa a diminuir a saliva, as lagrimas, e o sistema parassimpático aumenta isso (por isso usa agonista musc. para tratar a xerostomia). Glaucoma o tratamento é feito via tópicaporque fazem a miose, a contração da pupila. Se quiser um diagnostico da hiper- reatividade brônquica pode com todos os cuidados dar o agonista musc. para verificar se o paciente vai ter uma broncoconstrição muito acentuada. EXEMPLOS DE FÁRMACOS USADOS: Ä Acetilcolina Raro uso sistêmico. Via tópica em solução a 1% para fazer a miose, usado por exemplo durante uma cirurgia oftálmica. Ä Betanecol Tem uma afinidade com o TGI e urinário então é muito utilizado para fazer a contração do TGI e da bexiga, usado para tratar pacientes com retenção urinaria e esvaziamento inadequado da bexiga. Estimula peristaltismo, aumenta a motilidade (efeitos adversos: pode gerar cólica, diarreia, náusea, vômitos). Ä Carbacol Mais utilizado por via tópica, muito importante para o tratamento do glaucoma e induz miose durante cirurgia. Ä Pilocarpina É absorvida via oral, utilizada para tratamento de xerostomia porque aumenta produção de saliva, de lagrimas. Usado por exemplo em pacientes que fazem radioterapia ou por ter uma doença autoimune que faça a pessoa diminuir essas secreções (Síndrome Sjogren). Efeito adverso: sudorese porque aumentando as secreções aumenta o suor. Usado também para tratamento do glaucoma ou para produzir miose. Ä Cevimelina Mesmos usos da pilocarpina, o que difere é o efeito adverso, gera menor sudorese, por isso é mais utilizada. CONTRAINDICAÇÕES: › Asma crônica › DPOC › Obstrução urinaria ou do TGI › Doença cardiovascular acompanhada de bradicardia Não pode dar um agonista muscarínico para quem tem asma porque ele vai levar a uma broncoconstrição. Além da broncoconstrição, em DPOC o agonista musc. também aumenta a secreção, piorando o quadro (aumento das secreções traquiobrônquicas). No caso de obstrução urinaria ou do TGI não pode dar algo que relaxe muito nem que contraia muito, por isso a contraindicação, nesse caso gera muita contração. Paciente com bradicardia (batimento cardíaco baixo, pressão baixa) não pode dar agonista musc. pois diminui mais os batimentos e piora a hipotensão. FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO Existem situações que a contraindicação é absoluta, em outras não, depende do custo-beneficio. EFEITOS ADVERSOS: › Diarreia › Cólicas intestinais › Náuseas/vômitos › Aperto a bexiga › Dificuldade de acomodação visual › Hipotensão TOXICOLOGIA: Intoxicação pela ingestão de plantas contendo pilocarpina, muscarina ou arecolina. Os agonistas muscarínico são encontrados na natureza, por exemplo em alguns cogumelos. Se for consumido o excesso de agonista musc. em 30-60min gera salivação, lacrimejamento, distúrbios visuais (pela contração da pupila), cólicas abdominais, diarreia, broncoespasmo (porque faz broncoconstrição), hipotensão e choque. IMPORTANTE: Tratamento feito com administração de ATROPINA em doses altas (1-2mg IM a cada 30min) que é um antagonista muscarínico, porque se ele for competitivo vai “empurrar” o agonista que estiver ligado no receptor (ocupa seu lugar e não deixa o agonista agir) - lei da ação das massas, quem estiver em maior quantidade se liga ao receptor, por isso a atropina é dada em altas doses. ANTAGONISTA DE RECEPTORES MUSCARÍNICOS Ä Bloqueiam a ligação da acetilcolina. Ä Faz um antagonismo competitivo. EFEITOS DA ATROPINA EM RELAÇÃO AS DOSES UTILIZADAS: 0,5mg – discreta redução da FC, algum ressecamento da boca, inibição da sudorese. A acetilcolina produz lagrima, saliva e suor, se der um antagonista diminui a produção dos mesmos. 1mg - ressecamento marcante da boca, sede, aceleração da FC (começa a alteração no coração), algumas vezes procedida por desaceleração, leve dilatação das pupilas (agonista muscarínico contrai, o antagonista dilata). 2mg – FC alta, palpitações, ressecamento acentuado da boca, dilatação das pupilas, alguma turvação da visão de perto. 5mg – acentuação de todos os sinais e sintomas descritos anteriormente + dificuldade de falar, agitação e fadiga, cefaleia, pele seca e quente, dificuldade em urinar, redução do peristaltismo intestinal. 10 ou mais mg – acentuação de todos os sinais e sintomas + pulso rápido e fraco, íris praticamente fechada, turvamento visual acentuado, pele ruborizada, quente, seca e escarlate, ataxia, agitação e excitação, alucinações e delírios, coma – alterações cognitivas pois acetilcolina está associada a cognição. Então o antagonista muscarínico em doses altas e tóxicas gera alterações no SNC. Quadro clínico de dose alta de atropina: paciente vermelho como uma beterraba, seco como um osso, cego como um morcego (pela dilatação da pupila), quente como uma pedemeira (perde a capacidade de diminuir a temperatura corporal) e maluco como um chapeleiro (falta de acetilcolina no SNC). FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO Exemplos de antagonistas muscarínicos: › Atropina * › Escopolamina (buscopan) * › Homatropina › Pirenzepina › Ipratrópico * › Tiotrópico * › Tolterodina Escopolamina trata cólica intestinal porque diminui o peristaltismo. O ipratrópico e tiotrópico são usados no tratamento da asma e DPOC porque não gera broncoconstrição e sim broncodilatação, fazendo o paciente respirar melhor. Ativação do receptor muscarínico gera emese, náusea. Se der um antagonista muscarínico melhora esses sintomas. Então a escopolamina, apesar de os principais usos dela ser para cólicas intestinais por diminuir a contração, ela também auxilia no enjoo principalmente enjoo de movimento (cinetose). EFEITOS FARMACOLÓGICOS DOS ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS: Ä Coração O antagonista musc. no coração em doses mais altas promove uma taquicardia (bloqueia receptores M2). Em doses baixas ou médias diminui a frequência cardíaca, mas não tem tanta ação. Em crianças e idosos gera pouca alteração. Nesses casos é melhor entrar com o sistema simpático, a noradrenalina ou adrenalina por exemplo. Ä Circulação Neutraliza a vasodilatação periférica e a acentuada queda de pressão arterial causada pelos agonistas. Neutraliza porque é um antagonista, apenas não deixa o agonista (acetilcolina) exercer sua ação (evita a vasodilatação). Ä Sistema respiratório Inibe a broncoconstrição (que a acetilcolina iria produzir) causada pela histamina, bradicinina e eicosanoides. Ele não PRODUZ a broncodilatação, apenas não deixa quem estava produzindo a broncoconstrição agir. Ä Olhos Dilatam a pupila, atrapalha a visão, aumenta a pressão intraocular (quem tem glaucoma piora). Agonista muscarínico trata o glaucoma, antagonista muscarínico piora o glaucoma. Ä TGI Antiespasmódicos e tratamento de úlceras. Ex: escopolamina, diminui a contração e secreções de HCl. Ä Secreções Diminui a produção de saliva. Ä Motilidade Redução do tônus e diminuição do peristaltismo. Ä Glândulas sudoríparas Inibem a atividade das glândulas de suor, pelo torna-se seca e quente. Ä SNC Atropina em doses tóxicas gera excitação, alucinações. A escopolamina pode gerar uma depressão do SNC (dar sono) e euforia. IPRATRÓPICO E TIOTRÓPICO: Fármacos importantes para o tratamento da asma pois promovem a broncodilatação por não deixar ocorrer a broncoconstrição. Efeito adverso: boca seca. Diminui secreções, então é importante para o tratamento da DPOC. FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO A diferença entre um e outro é o tempo de ação, o ipratrópico dura em torno de 4-6h e o tiotrópico em torno de 24h. USO TERAPÊUTICO GERAL DOS FÁRMACOS: › Inibir efeitos do parassimpático no trato respiratório, urinário, gastrointestinal, olhos e coração. › No SNC – doença de Parkinson (diminuir o tremor), controle dos efeitos extrapiramidais no tratamento de antipsicóticos (ex: esquizofrenia). EFEITOS ADVERSOS: › Xerostalmia › Constipação › Visão turva› Prejuízos cognitivos CONTRAINDICAÇÃO: › Obstrução do TGI › Glaucoma › Hiperplasia prostática benigna AGENTES ANTICOLINESTERÁSICOS São fármacos que inibem a enzima acetilcolinesterase (que degrada a acetilcolina), consequentemente gera o acúmulo dela no organismo tendo uma estimulação excessiva dos receptores colinérgicos em todo o SN parassimpático. Fisostigmina foi o primeiro fármaco desenvolvido como agente anticolinesterásico (protótico), ele é extraído da natureza e é um inibidor enzimático. Acetilcolinesterase se liga na acetilcolina e gera a quebra dela. Esses fármacos se ligam no centro ativo e não deixam a acetilcolina se ligar (inibição enzimática). Eles são divididos em: 1. Reversíveis * Inibidores não covalentes (edrofônio), inibidores de carbamatos (fisiostigmina, neostigmina) * Usado para tratamentos. * O edrofônio se liga e se desliga da enzima rapidamente então não é muito utilizado clinicamente. Inibidor não covalente, tem ação no SNP, eliminação renal rápida. * Tacrina e donepezila tem maior afinidade pela enzima do que o edrofônio, hidrofóbicos, ação mais longa, inibidores não covalentes. * Mais utilizados: tisostigmina, neostigmina, rivastigmina (ação no SNC), demecário (2 moléculas de neostigmina, maior duração da ação). 2. Irreversíveis * Organofosforados: inseticidas (diflos, ecotiofato, paration) e gases bélicos (sarin, soman, tabun, VX). * Não é usado para tratamento. * Ex: paciente intoxicado por inseticida, por exemplo, quem trabalha em lavouras. Intoxicação por excesso de acetilcolina porque a pessoa vai ter tomado um agente anticolinesterásico. PRINCIPAIS EFEITOS ANTICOLINESTERÁSICOS: › Miose e contração do músculo ciliar (bloqueio reflexo acomodação) › Diminui FC e força, vasodilatação = diminui PA › Broncoconstrição, aumento das secreções › Contração da musculatura lisa visceral (intestino, bexiga), aumento do peristaltismo, aumento de secreções › No SNC – excitação inicial; convulsão; depressão = inconsciência › Na junção neuromuscular – fasciculações (contrações); aumento da tensão de tremor = paralisia = parada respiratória FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO › Gânglios – estimulação dos receptores nicotínicos = bloqueio (despolarização da membrana) Os efeitos são semelhantes aos agonistas muscarínicos, pois não é um agonista, eles aumentam a acetilcolina, por isso vemos os efeitos dela no organismo. FARMACOCINÉTICA: Fisostigmina: absorvida no TGI, tecido subcutâneo e mucosas, hidrolisado por esteares plasmáticas. Neostigmina e pirrodostigmina: pouco absorvidas no TGI, hidrolisado por esteares plasmáticas. Organofosforados: absorção na pele, mucosas, pulmão e TGI, hidrolisado por esteares plasmáticas e hepáticas. USOS TERAPÊUTICOS: › Atonia do músculo liso do TGI e da bexiga › Glaucoma (fisiostigmina) › Miastena gravis (diminui receptores JNM, fraqueza muscular, falência da transmissão NM – melhora esses sintomas) - neoestigmina › Reversão da paralisia dos fármacos bloqueadores neuromusculares competitivos › Anestesia (usados em cirurgia para o paciente ficar imóvel, intubado) - neoestigmina › Doença de Alzheimer (donepezila, rivastigmina, galantamina) TOXICOLOGIA: › Intoxicação acidental › Homicidas › Suicídio Paciente intoxicado por inibidor da acetilcolinesterase. CLÍNICA: › Excesso de acetilcolina!!! › Bradicardia intensa › Dificuldades respiratórias (broncoconstrição) › Salivação › Incontinência urinaria e intestinal › Hipotensão › Sudorese › Miose › Cólicas › Excitação, convulsão, fasciculações e parada respiratória PROCEDIMENTOS: › Ventilação artificial › Procedimento farmacológico – antagonista muscarínico (atropina porque é um antagonista muscarínico, dado em pacientes intoxicados com muita acetilcolina) › Reforço adrenérgico (ex: adrenalina em uma parada cardíaca) › Recuperação da enzima com pralidoxima (ajuda a recuperar a enzima acetilcolinesterase) › Anticonvulsivante FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO FÁRMACOS QUE ATUAM NA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR E NOS GÂNGLIOS AUTÔNOMOS ................................................................. Os receptores nicotínicos estão nos gânglios e nas JNM. Então, fármacos que atuam nas JNM vão atuar nesses receptores. Os receptores nicotínicos na JNM geram movimento e nos gânglios, podendo ter efeito indiretamente nesse local através de um efeito adverso, eles atuam no SNA simpático e no parassimpático. RECEPTOR NICOTÍNICO DA ACETILCOLINA: É inotrópico, quando a acetilcolina se liga, abre o canal, entra sódio e gera o potencial de ação. Pensando na musculatura, o sódio entra, ocorre a despolarização gerando a contração muscular. Fármacos que são agentes bloqueadores neuromusculares são usados cuja intenção de deixar o paciente imóvel, por exemplo, em uma cirurgia, pacientes que precisam usar respirador, muito usados em UTI. Temos 2 grandes classificações desses agentes: 1. AGENTES BLOQUEADORES DESPOLARIZANTES Ä Suxametônio/Succinilcolina Ä Decametônio FARMACOCINÉTICA: ¬ Possui ação rápida e de curta duração. ¬ Não atravessam a barreira hematoencefálica. MECANISMO DE AÇÃO: Quando a succinilcolina se liga no receptor nicotínico na JNM, abre o canal de sódio (porque ela é um agente despolarizante), faz em primeiro momento igual a acetilcolina faz. Sódio entra e ocorre a despolarização. Neste momento, quando aplicar no paciente gera a contração/fasciculações. Mas a succinilcolina não é degradada igual a acetilcolina, ela fica um tempo no organismo, gerando uma paralisia flácida. Acetilcolina liga-se no receptor nicotínico, ocorre uma despolarização gerando contração muscular. Depois é degradada pela enzima acetilcolinesterase e tem-se uma repolarização, podendo vir outra acetilcolina, interagir e gerar contração novamente. É um processo normal de contração muscular. Quando for aplicado o fármaco despolarizante ele vai ligar no receptor nicotínico, levar a contração só que ela não é degradada – despolarização fica mais persistente, demora mais para repolarizar impedindo uma nova contração. Tem-se então uma contração seguida de uma paralisia muscular. Isso dura em torno de 10min para succinilcolina. EFEITOS ADVERSOS: ¬ Bradicardia ¬ Aumento da pressão intra-ocular ¬ Hipertemia maligna (congênita rara) – espasmo muscular e aumento súbito da temperatura corporal ¬ Paralisia prolongada – hepatopatias; inibidores da acetilcolinesterase ¬ Liberação de K (arritmias) – queimados, traumatismo A hipertemia maligana se não tratada leva o paciente a óbito. É um efeito adverso inesperado pois é congênita. FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO Paralisia prolongada pode ocorrer em pacientes com problemas hepáticos porque vai alterar o metabolismo desse fármaco, e são as enzimas hepáticas que metabolizam. Se o paciente tiver alguma deficiência dessas enzimas a paralisia se prolonga. Se prolonga também se der um inibidor da enzima acetilcolinesterase (inibem a degradação da acetilcolina). São importantes para reverter os bloqueadores neuromusculares antagonistas nicotínicos. Nesse caso tem-se muita acetilcolina não degradada, e se aplicar esse inibidor vai ter ação parecida com a acetilcolina, prolongando. Em queimaduras e traumatismo podem levar a uma arritmia por aumento da liberação de potássio. 2. ANTAGONISTAS NICOTÍNICOS Ä Mivacúrio Ä Atracurônio Ä Vecurônio Ä Rocurônio Ä D-tubocurarina Ä Pancurônio FARMACOCINÉTICA: ¬ Via intravenosa ¬ Diferem na velocidade de início e duração da ação ¬ Não atravessa a barreira hematoencefálica ¬ Não são absorvidos no TGI. MECANISMO DE AÇÃO: São fármacos que se ligam no receptor nicotínico e bloqueiamele, isto é, a acetilcolina não consegue interagir. São antagonistas competitivos. Não gera contração, paciente não tem reflexo, pulmão não consegue ter contração então usa-se um respirador, utilizados em UTIs. Efeito curarizante: foi aplicado no paciente um bloqueador neuromuscular. EFEITOS ADVERSOS: D-tubocurarina: ¬ Bloqueio ganglionar, gera diminuição da pressão arterial levando a uma taquicardia reflexa. ¬ Estimula liberação de histamina – paciente pode ter hipotensão, broncoconstrição, secreção brônquica, salivação excessiva. Pancurônio: ¬ Bloqueio ganglionar – diminuição da pressão arterial – taquicardia reflexa. Galamina: ¬ Bloqueio muscarínico – gera taquicardia. USO CLÍNICO: ¬ Bloqueadores neuromusculares ¬ Relaxantes musculares Substâncias capazes de causar relaxamento: usadas para grandes cirurgias abdominais, para manter o paciente imóvel durante procedimentos cirúrgicos, co-adjuvantes em anestesiologia, unidade de terapia intensiva, situações de espasticidade. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: ¬ Inibidores da colinesterase * ¬ Anestésicos gerais (halotato) ¬ Bloqueadores de canais de cálcio – leva a taquicardia Importante: Os inibidores da colinesterase com os agentes despolarizantes prolongam a paralisia e com o antagonista nicotínico reverte sua ação (tira o efeito). FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO AGONISTAS ADRENÉRGICOS CATECOLAMINAS E FÁRMACOS SIMPATOMIMÉTICOS Eles mimetizam o sistema simpático, são agonistas adrenérgicos. Classificação: › Ação direta › Ação indireta › Ação mista Ação direta: agonistas adrenérgicos se ligam ao receptor e fazem o que a noradrenalina faz. Ação indireta: aumentar a quantidade de noradrenalina no organismo. Quem age no receptor é a noradrenalina. Ação mista: como a efedrina, é capaz de se ligar nos receptores e liberar a noradrenalina. Ä EPINEFRINA * Agonista natural. * Estimula igualmente receptores alfa e beta, não é seletiva. * Não é absorvida pela via oral, é administrada intramuscular ou inalada se o paciente estiver com uma broncoconstrição muito grande. * Inativado pela enzima MAO e COMT. * Uso clínico: para restaurar o batimento cardíaco (paciente em parada cardíaca), e reações de hipersensibilidade (anafilaxia). COMO CONSEQUÊNCIA DISSO GERA: ¬ Aumento da pressão arterial porque ela faz vasoconstrição e além disso ela aumenta a força e frequência cardíaca. ¬ Efeitos respiratórios – faz uma broncodilatação. Paciente com bronconstrição grande por uma crise anafilática por exemplo, usa- se epinefrina para broncodilatar. ¬ Efeitos vasculares – faz uma diminuição do fluxo sanguíneo cutâneo e renal porque quando estimula o simpático temos aumento do fluxo sanguíneo para o coração e músculos. EFEITOS ADVERSOS: ¬ Inquietação ¬ Cefaleia ¬ Tremor ¬ Palpitações ¬ Arritmias cardíacas e hemorragia cerebral Não é indicado para uso concomitante com beta-bloqueadores pois pode levar a hipertensão e hemorragia grave. Ä NOREPINEFRINA * Equipotente no estímulo a beta-1 – consegue estimular igual a epinefrina. * Pouca ação sobre o beta-2 – paciente com broncoconstrição não é recomendado aplicar. * Potente agonista alfa, mas inferior a epinefrina. * Não é absorvida pela via oral. * Inativada pela MAO e COMT. * Uso clínico: vasoconstrição em cuidados intensivos. Paciente com uma septicemia, não consegue manter pressão arterial, está com hipotensão é indicado a norepinefrina para elevar essa PA. FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO TOXIDADE E EFEITOS ADVERSOS: ¬ Semelhante a epinefrina. ¬ Aumento da pressão arterial ¬ Diminuição o fluxo sanguíneo para os rins e fígado Paciente com insuficiência renal necessitando de norepinefrina para aumentar sua pressão: pode aumentar seu problema renal pois pode diminuir a quantidade sanguínea que chega nos rins. Ä DOPAMINA * Neurotransmissor proeminente do SNC. * Entra como uma catecolamina do SN simpático. * Não atravessa facilmente a barreira hematoencefálica. Baixas doses: * Age nos seus receptores dopaminérgicos D1 nos leitos vasculares renal, mesentérico e coronariano. * Os receptores D1 ativam a enzima adenilato ciclase nas células musculares lisas vasculares levando ao aumento dos níveis de AMPc, gerando vasodilatação. * A grande vantagem é que ela aumenta o fluxo sanguíneo renal e a velocidade glomerular – natriurese. Doses médias: * Agente inotrópico positivo, interage com o receptor beta-1-adrenérgico (ativação). * Receptor beta-1 – adrenalina – aumenta força e frequência cardíaca. Doses altas: * Interage com receptor alfa-1-adrenérgico vasculares promovendo uma vasoconstrição. USOS TERAPÊUTICOS: - Tratamento do choque, particularmente nos estados de choque causados por baixo débito cardíaco e acompanhados de comprometimento da função renal, resultando em oligúria. - Insuficiência cardíaca congestiva - Insuficiência renal crônica – porque a dopamina, diferente da noradrenalina, não atrapalha o fluxo sanguíneo renal e sim melhora. AGONISTAS BETA-ADRENÉRGICOS São fármacos que são desenvolvidos para interagir com receptor beta exclusivamente. Usados para: › Tratamento de asma (faz broncodilatação) › Tratamento da DPOC › Estimular a FC e força de contração cardíaca › Trabalho de parto prematuro AGONISTAS BETA-ADRENÉRGICOS NÃO- SELETIVOS Ä ISOPROTERENOL * Baixa afinidade pelos receptores alfa. * Catecolamina sintética que estimula (agonista) predominantemente os receptores adrenérgicos beta 1 e 2 (beta não-seletivo). * Utilizado no tratamento do bloqueio átrio-ventricular ou parada cardíaca, pois provoca a estimulação cardíaca através dos receptores beta-1. * Embora produza rápida broncodilatação (através dos receptores beta-2) que deve ser por via inalatória, pouco tem sido usado no tratamento da asma, devido aos efeitos adversos semelhantes aos da adrenalina. * Se tentar tratar a asma com ele, consequentemente paciente terá uma taquicardia, se ele tiver um problema cardíaco pode propiciar problemas sérios. FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO * Usa-se ele se quer um estímulo cardíaco!!! * A forma injetável é usada no tratamento do choque. * Tem ação curta porque é rapidamente metabolizado pela COMT. AGONISTAS BETA-2-ADRENÉRGICO DE AÇÃO DIRETA E SELETIVA › Desenvolvidos para tratar asma e DPOC (broncodilatação) › Seletividade não é absoluta – é mais seletivo para o pulmão, isto é, age menos no coração. › Administrado por inalação. Ä METAPROTERENOL * Resistente à ação da COMT. * Menos seletivo que o salbutamol e terbutalina. * Administração oral e inalatória. * Oral: início de efeito mais lento durando até 4h. * Inalatória: início rápido, tem menos efeitos adversos por isso é mais usada. Ä TERBUTALINA * Administração inalatória, oral e parenteral. * Inalatória: imediata persistindo por até 6h (3-6h). * Oral: início do efeito lento (1-2h). * Parenteral: imediato (emergência de mal asmático) - pacientes que está com muita broncoconstrição, como em uma crise asmática. Ä SALBUTAMOL * Um dos mais utilizados por asmáticos por ter menor efeito cardíaco. * Administração inalatória e oral. * Inalatória: broncodilatação significativa em 15min podendo persistir por 3-4h. * Oral: início do efeito lento, alívio sintomático do broncoespasmo, tem potencial de retardar o trabalho de parto prematuro. Outros exemplos de fármacos beta-2 seletivos: ¬ Isoetarina ¬ Pributerol ¬ Bitolterol (pró-fármaco) ¬ Fenoterol ¬ Formoterol (ação longa – 12h) ¬ Procaterol ¬ Salmeterol (ação longa -12h), é mais seletivo que o salbutamol Muitas vezes associa-se um agonista beta-2 com um antagonista muscarínico para melhorar ainda mais a asma. O antagonista muscaríniconão da tanta taquicardia como o agonista beta-2, mas fazendo essa associação inibe a acetilcolina de fazer a broncoconstrição (antagonista) e ainda aumenta a broncodilatação (agonista), tendo efeito sinérgico muito importante para esse tratamento. EFEITOS ADVERSOS: ¬ Tremor ¬ Taquicardia ¬ Inquietação, ansiedade (pela ativação do simpático) ¬ Aumento da glicemia AGONISTAS BETA-3 ADRENÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA E SELETIVA Ä MIRABEGRON * Tratamento da incontinência de urgência. * Facilita o enchimento e armazenamento da bexiga. * Efeitos adversos: hipertensão, nasofaringite, cefaleia (por ser ativador do simpático). FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO AGONISTAS ALFA-1 ADRENÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA E SELETIVA › Ativação de receptores alfa- adrenérgicos no músculo liso vascular gerando aumento da resistência periférica vascular, levando a elevação ou manutenção da PA. › Usados em hipotensão ortostática ou choque. Ä FENILEFRINA * Atinge receptores beta quando em concentrações muito elevadas. * Provoca acentuada vasoconstrição arterial em infusão venosa (altas doses, pois a seletividade absoluta não existe). * Pode ser utilizada como descongestionante nasal. Ela não tira a secreção, mas produz em efeito rápido uma vasoconstrição fazendo com que a respiração melhore (porque tira o edema do local). * Pode também ter efeito midriático (dilata pupila). AGONISTAS ALFA-2 ADRENÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA E SELETIVA › Usados para tratamento de hipertensão (reduzem a liberação de noradrenalina dos nervos simpáticos pós-ganglionares) e glaucoma FÁRMACOS: Ä Clonidina (protótipo) Ä Apraclonidina (para glaucoma) Ä Brimonidina (para glaucoma) Ä Guanfacina (mais seletivo que a clonidina) Ä Guanabenzo Outros agonistas simpatomiméticos: Ä ANFETAMINA * Estimulante do SNC – estimula a liberação da dopamina, norepinefrina e da serotonina. * Agonista indireto. * Estimula receptores alfa e beta na periferia. * Eficaz por via oral. * Porém: eleva a pressão arterial (bradicardia reflexa), analgesia (tira dor), anorexia, dependência, tolerância, insônia. * Esses 3 neurotransmissores levam a falta de apetite e da saciedade, levando a perda de peso. Ä METANFETAMINA * Estimulante do SNC - estimula a liberação da dopamina, norepinefrina e da serotonina (como a anfetamina). * Agonista indireto. * Além disso, ela inibe transportadores de monoaminas neurais e vesiculares. * Inibe a MAO. * Pode levar a dependência, tolerância, insônia. Ä DEXMETILFENIDATO/METILFENIDATO * Venvanse. * Estimulante leve do SNC – estimula liberação de dopamina, norepinefrina e serotonina, é um agonista indireto. * Pode levar a dependência, tolerância, insônia. * Usado em transtornos de déficit de atenção e hiperatividade. Ä EFEDRINA * É capaz de ser agonista direto ou indireto. FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO * Interage com receptores alfa e beta adrenérgicos intensificando a liberação de noradrenalina. * Eficaz por via oral. * Estimula a frequência e débito cardíaco, eleva a PA, broncodilatação, estimulação do SNC (faz o que o SN simpático faz porque ela é agonista e por aumentar a liberação de NE). De aplicação nasal – modificações da efedrina: Ä Fenilefedrina Ä Pseudoefedrina Ä Fenilpropanolamina USOS TERAPÊUTICOS GERAIS DOS FÁRMACOS SIMPATOMIMÉTICOS: ¬ Choque ¬ Hipotensão ¬ Hipertensão (só se for agonista alfa-2 – clonidina) › Reações alérgicas (epinefrina) › Arritmias cardíacas › Efeitos vasculares locais (constrição da mucosa para melhorar a visualização e diminuir a hemorragia – cirurgias no nariz, garganta, laringe) › Descongestionante nasal (agonista receptores alfa) › Asma (agonista beta adrenérgicos) › Narcolepsia › Redução da massa corpórea › Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade RESUMINDO Beta: - Se agir no beta-1 (coração) é para aumentar o batimento. - Se agir no beta-2 é para tratar a asma. - Se agir em beta-3 é para tratar incontinência urinaria. Alfa: - Se agir em alfa-1 é para fazer vasoconstrição. - Se agir em alfa-2 diminui a liberação da noradrenalina. ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS Fármacos que de ligam no receptor adrenérgico e bloqueiam ele. Tipos: Alfa: podem ser não seletivos – não tem muito uso - e seletivos. Alfa-1 são seletivos, muito utilizados na clínica. Alfa- 2 não são tão usados. Beta: podem ser não seletivos ou seletivos. Chamados de betabloqueadores, usados para tratamento de hipertensão, angina, arritmias, insuficiência cardíaca etc. são divididos em 3 gerações. ANTAGONISTAS ALFA-ADRENÉRGICOS Receptores: Alfa-1: contração dos músculos lisos arterial, venoso e visceral. Seletivos, muito utilizados na clínica. Alfa-2: supressão/diminuição da descarga simpática (diminui a liberação de NE), aumento do tônus vagal, promoção da aglutinação das plaquetas (faz o feedback negativo). Fazem então a inibição da liberação da noradrenalina e consequentemente regula efeitos metabólicos (inibe a lipólise). Então, o fármaco antagonista deles vão inibir essas ações (não deixa a NE agir), quem age é o parassimpático. FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO Fármaco antagonista de alfa-2 inibe a liberação de NE, se der um fármaco antagonista alfa-2, vai aumentar essa liberação, aumentando a FC. Por isso na clínica eles não são muito utilizados. Fármaco antagonista de alfa-1: inibe vasoconstrição produzida pelas catecolaminas (NE) levando a redução da PA. Quando tenho uma dilatação (porque não vai ter a vasoconstrição), tem-se um reflexo dos barorreceptores que levam ao aumento da FC – mas isso é no início do tratamento, com o tempo vai diminuindo. Outra coisa que o antagonista faz é a retenção urinária. * Paciente com hipertensão, que precisa de uma vasodilatação, não é geralmente usado fármacos não seletivos, não queremos que aumente sua FC pois isso pode levar a uma isquemia, angina etc. Mas existe exceções, como em pacientes com tumor na adrenal. ANTAGONISTAS ALFA-1 ADRENÉRGICOS SELETIVOS Prazosina e outros fármacos correlatados (semelhantes em estrutura química, mecanismos de ação, de efeitos adversos). Ä PRAZOSINA Levam a diminuição da resistência vascular porque ela vai impedir a vasoconstrição. Pouco efeito no coração (taquicardia), isso justifica seu grande uso atualmente. Além disso ela consegue diminuir o LDL e aumentar o HDL (efeito positivo na regulação do colesterol). Biodisponibilidade 50-70% via oral. Ela se liga 95% em proteínas plasmáticas. Importante para evitar uma hipotensão, tontura ao levantar-se (porque o fármaco está fazendo a vasodilatação), principalmente no início do tratamento, recomenda-se dar doses baixas e ir aumentando lentamente e pedir para tomar antes de dormir, isso diminui efeitos no coração e essa tontura que o paciente pode sentir, para não ter queda, acidente principalmente em idosos. Ä TETRAZOSINA E DOXAZOSINA Diminuição da resistência vascular. Biodisponibilidade >90% via oral. Além de serem antagonistas alfa-1, eles possuem outro mecanismo que é levar a apoptose em células musculares lisas da próstata, é muito utilizado para tratar hiperplasia prostática benigna. Paciente vai diminuir o aumento da próstata diminuindo a incontinência urinária, mas o paciente vai ter uma vasodilatação, porque esse fármaco também é antagonista alfa-1, ele vai ter queda da PA (efeito adverso). Ideal paciente tomar antes de dormir, em doses baixas e depois ir aumentando também. Idoso que já faz tratamento para PA, está controlada, e é diagnosticado com hiperplasia prostática benigna: estar consciente que as vezes terá que alterar a dose do fármaco que ele toma para hipertensão, pois o fármaco adicional a terapêutica vai diminuir sua PA – é um conjunto.Ä ALFUZOSINA E TANSULOSINA Pouco efeito na resistência vascular. Biodisponibilidade 64% via oral. Também muito utilizado para tratamento de hiperplasia prostática benigna porque leva também a apoptose. EFEITOS ADVERSOS DESSES FÁRMACOS EM GERAL: › Hipotensão postural e síncope (principalmente no início do tratamento) › Cefaleia › Tontura FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO USOS TERAPÊUTICOS: › Hipertensão (não é de 1° escolha devido a taquicardia reflexa) › Insuficiência cardíaca congestiva (não são de 1° escolha, mas a medida que faz a vasodilatação tem-se a taquicardia) › Hiperplasia de próstata benigna – relaxamento do músculo liso da próstata e uretra (principal uso) ANTAGONISTAS ALFA-2 ADRENÉRGICOS SELETIVOS Ativação em alfa-2: diminuição do simpático através da inibição da liberação de NE levando a redução da PA. Bloqueio de alfa-2 (dar um antagonista): aumento da liberação de NE. Não tem muito uso. ANTAGONISTAS BETA-ADRENÉRGICOS › Muito utilizados na cardiologia, são os betabloqueadores. › Afinidade pelos receptores beta 1 e 2. › Atividade simpatomimética intrínseca. › Bloqueio dos receptores alfa. › Diferença de solubilidade em lipídeos. › Variáveis farmacocinéticas entre si (solubilidade por exemplo, que eleva as propriedades farmacocinéticas diferentes, como um fármaco lipossolúvel, que é distribuído melhor nos tecidos, melhor absorvido, demora mais para ser eliminado etc). Divididos em gerações: 1° geração: primeiros a serem desenvolvidos, a chegarem no mercado, são não-seletivos, agem tanto em beta-1 quanto em beta-2. 2° geração: são mais seletivos para o coração (beta-1), não age tanto em beta-2 (pulmão). 3° geração: possuem mecanismos adicionais de diminuir a PA, não são somente betabloqueadores, ainda conseguem agir em outros receptores, tornando-os mais eficazes como fármacos anti-hipertensivos. Temos os não seletivos e os seletivos para o receptor beta-1 do coração. E também são divididos em relação a sua especificidade e afinidade em beta-1 e beta-2. Se o fármaco bloquear beta-2 no pulmão vai induzir a broncoconstrição, pois ele faz broncodilatação, se antagonizar isso, gera o efeito contrário. Se tiver asma ou DPOC, piora se tomar um bloqueador de beta-2, então o fato de ser seletivo para beta-1 é importante em casos em que o paciente em algum problema pulmonar. Ä PROPRANOLOL Fármaco betabloqueador NÃO SELETIVO de 1° geração, foi muito usado para tratamento de hipertensão, enxaqueca. Ele age em beta-1 diminuindo o batimento cardíaco e consequentemente a PA, usado em pacientes com taquicardia; e em beta- 2, bloqueando o receptor no pulmão levando a broncoconstrição, isto é, piora o quadro em paciente com asma e DPOC. Ä ATENOLOL Betabloqueador SELETIVO para o coração (beta-1), é uma grande vantagem, é de 2° geração. Ä CARVEDILOL Betabloqueador de 3° geração, ele é NÃO SELETIVO, mas possui efeitos adicionais - eficazes principalmente para o tratamento da hipertensão, porque além de agir no coração tem outros efeitos. É um dos fármacos mais utilizados, mas por ser não seletivo, paciente pode ainda sentir piora se tiver problemas respiratórios (desvantagem). FARMACOLOGIA MÉDICA I PROFA. CRISTIANE TEIXEIRA NATÁLIA SILVÉRIO Antagonista alfa-1 diminui PA mas aumenta a FC, mas a vasodilatação que o carvedilol faz não leva a taquicardia, pois está também no coração bloqueando a entrada de cálcio, e tem atividade antioxidante. Aterosclerose: conjunto de reações de oxidações ocorrendo que contribuem para disfunção do endotélio vascular, para formação das placas e problemas cardiovasculares. Fármaco antioxidante freia esse processo. Ä NEBIVOLOL Betabloqueador de 3° geração SELETIVO, tem mecanismos adicionais, mas age menos no pulmão. Além de ir ao coração, bloquear o receptor alfa, leva também estimula a liberação de óxido nítrico, que é um importante vasodilatador que temos. Ä CELIPROLOL Agonista do receptor beta-2 (no coração faz a dilatação) fazendo com que melhore a circulação. Ä TILISOLOL Betabloqueador de 3° geração, com mecanismo adicional: abre os canais de potássio, deixando a célula negativa, dificultando potencial de ação e levando a uma vasodilatação. SISTEMA CARDIOVASCULAR: ¬ Diminuição da FC e contratilidade do miocárdio ¬ Diminuição da PA em hipertensos (através da diminuição de NE dos neurônios simpáticos) SISTEMA PULMONAR: ¬ Broncoconstrição (bloqueio do beta-2 no pulmão) ¬ DPOC (fatal) ¬ Contraindicado em pacientes asmáticos, ter cautela EFEITOS METABÓLICOS: ¬ Retardam a recuperação da hipoglicemia no Diabetes Melittus tipo I, raramente no tipo II. ¬ Não seletivos: diminuem o HDL e aumentam LDL e os triglicerídeos. ¬ Beta-1 seletivos: diminuem LDL e triglicerídeos. Receptor beta leva a um aumento da glicemia porque ele estimula processos de lipólise. Quando dar um antagonista beta não seletivo ele vai ter dificuldade de recuperar essa glicemia por esse mesmo efeito. Paciente com diabetes, toma insulina, vai ter dificuldade de levar a quebra, produzir glicose novamente. Isso não acontece com os fármacos de 3° geração. EFEITOS ADVERSOS E PRECAUÇÃO: ¬ Bradicardia ¬ Contraindicado em asma e DPOC USOS TERAPÊUTICOS: ¬ Doenças cardiovasculares – hipertensão, angina ¬ Glaucoma ¬ Hipertireoidismo (propanolol – diminui a síntese de tri- iodotironina)
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