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1
N esse tratado que todo aluno do CRMedway recebe, fizemos um compilado de vários checklists para que você consiga saber exatamente o que revisar perto de suas provas e o provável 
modo como os temas serão cobrados. Nesta coleção, teremos adaptações 
de checklists que já caíram em outros anos e alguns checklists “extras” 
exclusivos para os nossos alunos. Alguns temas aparecem mais de uma vez, 
para que você tenha mais clareza sobre possíveis caminhos que uma estação 
de prova prática pode tomar. Resumindo, esse material está absolutamente 
completo com tudo que você precisa saber para estar preparado para as 
provas práticas - e por isso mesmo o batizamos de Bíblia! 
Quanto aos alunos do CRMedway Presencial, pode gerar aquela dúvida: 
os checklists do presencial já estão aqui? Vou saber o que vai cair antes de 
chegar no curso? De modo algum! Lá você terá mais de 30 checklists novos, 
mas claro… somente após passar pelo curso! Se tiver qualquer dúvida em 
qualquer momento, fique à vontade para nos contactar via plataforma do 
CRMedway que estaremos ágeis para te responder.
Introdução
Aproveite!
A tão esperada Bíblia de Checklists!
... tenho que te informar uma coisa. Ele faz parte de um curso todo estruturado 
para ensinar nossos alunos a pensar como a banca e entender a fundo os 
checklists, além de uma preparação completa para a prova multimídia: o 
CRMedway. A preparação para a prova prática vai além da Bíblia!
Por isso, te convido a participar de um minicurso gratuito que nós da 
Medway fizemos, voltado para essa etapa do seu processo seletivo. São 3 
aulas, 100% online e gratuitas, que vão te mostrar a prova prática como ela 
realmente é!
E se Você Caiu Nesse 
Material por Acaso...
Acessar Minicurso
https://www.medway.com.br/area-do-aluno
H oje, a Medway é um time formado por médicos recém-egressos ou ain da Residentes nas principais ins tituições do Brasil! USP, UNIFESP, UNICAMP e em todos os lugares que você sonha fazer 
a sua residência médica! Mas chegar até aqui não foi nada fácil.
Durante nossa preparação, fomos obrigados a desembolsar um altíssimo 
valor para a realização de um curso prático presencial (atualmente em torno 
de R$ 8.000,00 para quem é aluno já matriculado no cursinho) e, mesmo 
assim, quando nos deparamos com a prova prática, vimos um cenário 
diferente do que havíamos treinado.
Inconformados com tal situação, nós decidimos estruturar um curso prático 
que entregasse o REAL valor por trás da prova prática: o CRMedway.
Através de simulações de estações exatamente da forma como elas são cobradas 
nos concursos, conseguimos transmitir a essência da segunda fase e o resultado 
final foi de mais de 500 alunos inscritos e incontáveis aprovações nos principais 
processos seletivos do país.
Tudo isso a um preço justo, acessível, de forma 100% online e que permitiu 
com que todos os nossos alunos brigassem de “igual pra igual” com quem 
fez um curso prático presencial.
Você pode conferir o que falaram do CRMedway 2020 na próxima página:
Quem Somos
O que Nossos Alunos 
Estão Falando!
Conteúdos
Em vez de simplesmente ler essa Bíblia, faça como o João recomenda na nossa aula do curso do módulo zero, sobre como e quando estudar:
• Junte um grupo de amigos
• Divida os checklists igualmente entre vocês (de preferência os que 
não estavam no curso)
• Quem for o dono do checklist vai aplicar a estação com examinador 
nos outros alunos e dar a orientação ao ator da estação (se houver)
• E como falamos… após ter treinado com checklists e estações existentes, 
vá para o que mais importa e onde você mais vai aprender: crie suas 
próprias estações e checklists!
RECOMENDAÇÃO NÍVEL DE EVIDÊNCIA IA
Sumário
PALS........................................................................13
PALS 2.....................................................................17
PALS 3.....................................................................21
PALS 4.....................................................................25
PALS 5.....................................................................29
Febre Reumática.......................................................34
Convulsão Febril.......................................................39
Puericultura.............................................................44
Sarampo..................................................................48
Puericultura.............................................................52
Anafilaxia.................................................................57
Cetoacidose Diabética..............................................62
Neonatologia............................................................65
Síndrome Nefrótica..................................................69
Tuberculose na Infância.............................................73
TCE.........................................................................78
Pneumonia na Criança..............................................83
Pneumotórax Hipertensivo.......................................88
Neonatologia............................................................92
Aferição de Pressão Arterial......................................96
Icterícia Neonatal..................................................100
Puericultura............................................................104
Puericultura 2.........................................................110
Icterícia Fisiológica..................................................114
Asma......................................................................119
Artrite Séptica do Quadril.......................................124
Reanimação Neonatal..............................................128
GNPE.....................................................................133
Síndrome do Bebê Sacudido.....................................138
Doença de Kawasaki.................................................142
Otite Média Aguda..................................................146
Escabiose.................................................................151
Gastroenterite Aguda...............................................155
Neonatologia..........................................................160
Desidratação...........................................................164
Síndrome Metabólica...............................................168
Puericultura............................................................172
Celulite Orbitária....................................................177
Varicela...................................................................181
Anemia Falciforme..................................................186
Crupe Viral..............................................................192
Maus Tratos.............................................................197
Acidente Escorpiônico.............................................202
Reanimação Neonatal..............................................207
Puberdade Precoce...................................................212
Puericultura............................................................217
Depressão no Adolescente........................................222
Síndrome de Aspiração Meconial.............................227
Mononucleose Infecciosa.........................................231
Estado de Mal Convulsivo........................................235
12
Pediatria
Capítulo 1
Os checklists abaixo não são oficiais e representam 
uma forma didática de orientar o aluno, elaborada 
pela Medway com base nos relatos dos candidatos.
13
Tema: PALS
Caiu em: HIAE 2016 e 2020 / USP-SP 2019 / SMCSP 2019 / USP-RP 2016 
/ UFPR 2016 
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Pronto-socorro infantil. Na sala havia boneco compatível com a 
idade e materiais necessários para PCR, incluindo desfibrilador, todos em 
cima de uma maca
Início da Estação
Caso Clínico: 
Lactente de11 meses é trazido pela mãe ao pronto socorro infantil com 
relato de ter engasgado com pedaço de carne há cerca de 30 minutos.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Após as medidas realizadas, a criança evoluiu irresponsiva.
Tarefa 02: 
Prossiga com o atendimento.
PALS
14
Orientações 
à Atriz:
• Negava comorbidades. Outras informações, a mãe reforçava o que estava 
no caso clínico.
Orientações 
ao Examinador:
• Ao solicitar o exame físico, o examinador entregava o seguinte impresso:
Criança em regular estado geral, corada, hidratada, anictérica, acianótica, 
taquidispneica com estridor inspiratório, FR 50 irpm, salivação intensa, 
elevação torácica deficiente, incapaz de emitir sons.
• Independente das manobras realizadas a criança tornava-se irresponsiva, 
com progressão para parada cardiorrespiratória com o seguinte ritmo 
abaixo:
• Mencionar a chegada de um segundo socorrista após o primeiro ciclo de 
reanimação.
• A criança retornava para ritmo organizado com pulso.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
15
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se e definiu-se como médico?
Paramentou-se e realizou impressão inicial?
Solicitou exame físico do paciente?
Iniciou avaliação ABCDE começando pela via aérea?
Identificou obstrução por corpo estranho?
Não fez tentativa de varredura digital às cegas em via 
aérea?
Realizou manobra de 5 golpes nas costas e 5 compressões 
torácicas com técnica adequada?
Repetiu a manobra de desobstrução?
Chamou ajuda com carrinho de parada, solicitou 
monitorização e acesso venoso?
Identificou ausência de responsividade da criança e 
ausência de respiração?
Identificou ausência de pulso?
Orientou à mãe sobre necessidade de manobras de 
ressuscitação cardiopulmonar e solicitou que se afastasse?
Iniciou RCP e mencionou técnica para 1 socorrista (30 
compressões para 2 ventilações)
Checklist
16
Debriefing
A obstrução de via aérea superior na pediatria pode ser cobrada na sua prova 
por diferentes etiologias: edema de via aérea, corpo estranho ou infecção de 
via aérea superior. Independente disso, é preciso classificá-la como leve ou 
intensa, para conduzir da maneira correta. Na suspeita de obstrução de via 
aérea, os sinais de alarme para gravidade são incapacidade de falar ou tossir, 
emissão de ruído agudo (estridor) durante a inspiração ou absolutamente 
nenhum ruído e incapacidade de emitir sons. Fique alerta nesse tema 
recorrente nas estações práticas, principalmente pela consequente evolução 
para prova de fluxograma de parada cardiorrespiratória e PALS!
Escolheu o dispositivo Bolsa-Válvula-Máscara (BVM) 
adequado (bolsa de lactente, máscara que cobre nariz e 
boca, sem cobrir os olhos do paciente) e solicitou materiais 
adequados para IOT/suporte ventilatório?
Aplicou corretamente as ventilações (12 a 20 por minuto), 
utilizando técnica C-E e com oxigênio em alto fluxo 
conectado à BVM?
Iniciou e orientou a para RCP em 2 socorristas, 15:2, 
trocando a cada 5 ciclos ou 2 minutos?
Identificou o ritmo de AESP?
Citou hipóxia como principal causa?
Indicou necessidade de IOT?
Indicou o uso de adrenalina a cada 3-5 minutos, com dose 
de 0,01 mg/kg?
Identificou o retorno da circulação espontânea e indicou 
cuidados pós-parada?
17
Tema: PALS
Caiu em: HIAE 2016 E 2020 / SCMSP 2019 / UFPR 2016 / USP-SP 2019 / 
USP-RP 2016
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 8 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz (enfermeira)
Cenário: Atendimento em pronto-socorro com materiais para PCR 
disponíveis
Início da Estação
Caso Clínico: 
Você está de plantão na emergência pediátrica e recebe um lactente de 9 
meses com história de 1 dia com irritabilidade e choro. 
Ao exame físico: 
• Peso = 10kg; PA 60/40 mmHg; FC = 230 bpm; FR = 60 irpm;
• Descorada, fontanela anterior normotensa. 
• Sem demais alterações ao exame físico.
Tarefa 01: 
Solicita a enfermeira o que você quer fazer.
Tarefa 02: 
Qual sua hipótese diagnóstica e conduta?
PALS 2
18
Orientações 
à Atriz:
• A enfermeira realizaria as condutas conforme solicitado e responderia 
após cada tarefa realizada. Por exemplo, após implantação de acesso 
periférico responderia "acesso periférico realizado".
• Caso o candidato indicasse realização de adenosina, a enfermeira 
responderia que o medicamento não se encontrava disponível.
• Caso o candidato indicasse realização de cardioversão sincronizada, a 
enfermeira colocaria cardioversor a disposição do candidato, já com pás 
pediátricas adequadas para a idade.
Orientações 
ao Examinador:
• Quando solicitada avaliação de ECG era apresentado o seguinte ritmo:
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
19
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Atribui funções cordialmente?
Usa comunicação eficaz com enfermeira?
Orienta aplicação de monitor cardíaco e oximetria 
de pulso?
Orienta estabelecimento de acesso venoso periférico?
Orienta administração de oxigênio suplementar?
Solicita ECG em 12 derivações?
Tarefa 02
Identifica taquicardia supraventricular?
Identifica instabilidade? (hipotensão)
Indica cardioversão sincronizada?
Demonstra cardioversão sincronizada correta (coloca o 
dispositivo em modo sincronizado e pás sem se sobrepor)?
Indica cardioversão sincronizada a 0,5 até 1 J/kg para 
choque inicial?
Demonstra cardioversão sincronizada segura (carrega, 
isola e aplica corretamente)?
Indica reavaliação do paciente em resposta ao tratamento?
Indica realização de ECG em 12 derivações após 
cardioversão?
Checklist
20
Debriefing
A taquicardia supraventricular (TSV) é um ritmo rápido e regular, que 
muitas vezes, aparece de forma abrupta e pode ser episódico. Durante 
episódios de TSV, a função cardiopulmonar é influenciada pela idade 
da criança, duração da taquicardia, função ventricular de linha de base e 
frequência ventricular. Em bebês com função ventricular normal, a TSV 
pode ocorrer, mas não ser detectada por longos períodos (horas ou dias), 
até que o débito cardíaco seja significativamente afetado. No entanto, se a 
função miocárdica de linha de base estiver prejudicada (por exemplo em 
uma criança com cardiopatia congênita ou cardiomiopatia), a TSV poderá 
produzir sinais de choque em um período curto.
 
Em bebês, a TSV frequentemente é diagnosticada quando os sintomas 
da ICC se desenvolvem. São sinais e sintomas comuns de TSV em bebês: 
irritabilidade, inapetência, respiração rápida, sonolência incomum, vômito 
e pele cor pálida, marmoreada, cinza ou cianótica. São sinais e sintomas 
comum de TSV em crianças mais velhas: palpitações, falta de ar, dor ou 
desconforto torácico, sensação de desfalecimento e desmaio.
 
Para suspeitar de TSV na sua prova:
• Bebês com FC ≥ 220 bpm
• Crianças com FC ≥ 180 bpm
21
Tema: PALS
Caiu em: HIAE 2016 e 2020 / USP-SP 2019 / SMCSP 2019 / USP-RP 2016 
/ UFPR 2016 
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 7 minutos
Ator/examinador: 1 examinador
Cenário: Atendimento em pronto-socorro. Presença de um boneco 
compatível com criança de 4 anos
Início da Estação
Caso Clínico: 
Criança de 4 anos é levada ao pronto-socorro com história de tosse, febre 
e dificuldade respiratória há 48 horas. Durante o atendimento, evolui com 
inconsciência.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Orientações 
ao Examinador:
• Caso o candidato solicitasse a característica o pulso e respiração do 
paciente, o examinador indicaria: ausência de pulso e apneia.
PALS 3
22
• Caso o candidato solicitasse auxílio, o examinador referia que um 
assistente seria seu auxiliar.
• Caso o candidato solicitasse a monitorização do paciente, as pás do 
desfibrilador seriam entregues ao candidato e, ao verificar o ritmo, o 
traçado abaixo seria exibido:
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
https://br.depositphotos.com/stock-photos/eletrocardiógrafo.html
(imagem de traçado de TV sem pulso)
• No momento posterior, caso o candidato solicitasse novamente o ritmo, 
a imagem a seguir seria fornecida: (imagem de traçado de TV sem pulso)
• Novamente, no momento posterior, caso o candidato solicitasse o ritmo, 
a imagem a seguir seria fornecida: (imagemde traçado de TV sem pulso)
23
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Checa o pulso corretamente em até 10 segundos (carotídeo 
ou femoral)?
Avalia respiração?
Solicita auxílio de equipe?
Solicita carrinho de parada com DEA ou desfibrilador 
manual?
Inicia compressões torácicas com técnica correta? 
Indica frequência correta das compressões torácicas (100-
120)?
Indica relação 30 compressões : 2 ventilações com um 
socorrista?
Indica relação de compressão ventilação correta com a 
chegada de ajuda (15 compressões : 2 ventilações)?
Solicita monitorização cardíaca e acesso vascular?
Reconhece ritmo chocável e indica desfibrilação com 
carga correta (2J/kg)?
Retorna à RCP pelas compressões torácicas?
Realiza nova checagem de ritmo e indica nova desfibrilação 
na dose correta (4J/kg)?
Retorna à RCP e indica adrenalina na dose correta 
(0,01mg/kg)?
Checklist
24
Debriefing
A taquicardia ventricular é definida através da presença de taquicardia 
com complexo QRS alargado (>0,09 segundos). A maioria das crianças que 
desenvolve uma TV possui doença cardíaca de fundo, síndrome de QT 
longo ou miocardite. Pode haver antecedentes de familiares de morte súbita 
sem explicação em crianças ou adultos jovens, sugestivo de cardiomiopatia. 
Outras causas de TV em crianças compreendem distúrbios hidroeletrolíticos 
e toxicidade farmacológica.
A abordagem inicial é dada pela avaliação de pulso e respiração em 10 
segundos. Lembre-se que para crianças abaixo de 1 ano, a avaliação do pulso 
deve ser realizada no pulso braquial e em maiores de 1 ano, pode ser realizada 
em pulso carotídeo ou femoral. Diante de um quadro de ausência de pulsos 
e respiração, deve-se acionar rede de suporte para ajuda e iniciar manobras 
de reanimação cardiopulmonar. Lembre-se que na pediatria as compressões 
podem ser indicadas de maneiras diferentes quando há um ou dois socorristas. 
Na presença de um socorrista, a relação compressão:ventilação deve ser 30:2. 
Já na presença de dois socorristas, deve ser 15:2.
Após a chegada de monitorização e desfibrilador é possível identificar o 
ritmo de parada cardiorrespiratória. Lembre-se que os ritmos chocáveis são 
taquicardia ventricular sem pulso e fibrilação ventricular. Além disso, a dose 
inicial para desfibrilação deve ser 2J/kg, com máximo de 10J/kg.
Um ponto-chave na abordagem da PCR com ritmo chocável, e abordado pela 
banca em questão, é lembrar que não se deve checar pulso após as descargas 
elétricas no paciente, sendo indicado retorno imediato à massagem cardíaca 
após a desfibrilação.
Indica amiodarona ou lidocaína após 3a checagem de 
ritmo e indica desfibrilação?
Não realiza checagem de pulso após tentativas de 
desfibrilação?
25
Tema: PALS
Caiu em: HIAE 2016 e 2020 / USP-SP 2019 / SMCSP 2019 / USP-RP 2016 
/ UFPR 2016 
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador
Cenário: Atendimento em pronto-socorro. Presença de um boneco 
compatível com criança de 8 anos
Início da Estação
Caso Clínico: 
Paciente de 8 anos de idade internado na enfermaria, está irresponsivo ao 
chamado.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Orientações 
ao Examinador:
• Caso o candiato solicitasse auxílio da equipe ou material de parada 
cardiorrespiratória, o examinador mencionava presença de outro 
socorrista juntamente do candidato.
PALS 4
26
• Caso o candidatoo solicitasse verificação de ritmo, era fornecida o 
seguinte traçado eletrocardiográfico:
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
https://br.depositphotos.com/169161024/stock-photo-ventricular-fibrillation-deadly-heart-
rhythm.html (imagem de Fibrilação Ventricular)
• Caso o candidato indicasse a intubação orotraqueal o examinador 
questionaria qual tubo ele deseja utilizar para o procedimento.
• No momento posterior, caso o candidato solicitasse novamente o ritmo, 
a imagem a seguir seria fornecida: (imagem de traçado de FV).
• Novamente, no momento posterior, caso o candidato solicitasse o ritmo, 
a imagem a seguir seria fornecida: (imagem de traçado de FV).
27
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Checa pulso corretamente? (carotídeo ou femoral)?
Solicita auxílio de equipe?
Solicita carrinho de parada com DEA ou desfibrilador 
manual?
Solicita monitorização cardíaca e acesso venoso periférico?
Inicia RCP com compressões torácicas com técnica 
correta?
Solicita ajuda para ventilação e inidica relação de 
compressão:ventilação 15:2 com dois socrristas?
Indica verificação de ritmo cardíaco?
Indica ritmo de fibrilação ventricular?
Indica desfibrilação com carga correta (2J/kg)?
Retoma RCP logo após desfibrilação?
Indica necessidade de IOT?
Indica tamanho de cânula (4+idade / 4 sem cuff ou com 
cuff 0,5 a menos)?
Indica frequência de ventilação após IOT (10/min)?
Indica checagem de ritmo cardíaco?
Indica novamente desfibrilação?
Checklist
28
Debriefing
A fibrilação ventricular é definida pela atividade elétrica caótica, sem 
desfecho de débito cardíaco ou de presença de pulsos palpáveis. A FV 
pode ser precedida por um breve período de TV, com ou sem pulsos. A FV 
primária é incomum em crianças, podendo estar associada a malformações 
e traumas, como o impacto súbito no tórax de um objeto em movimento ou 
em uma colisão, provocando o "commotio cordis", levando a FV. Esta pode, 
ainda, deteriorar-se em ritmo de assistolia rapidamente. 
Para relembrar algumas das diferenças no manejo de parada 
cardiorrespiratória na criança, vamos relembrar a indicação do tamanho 
das pás pediátricas. Para crianças maiores de 10 kg ou com mais de 1 ano, 
indica-se as pás manuais grandes para adultos (8 a 13 cm). Já para crianças 
com menos de 10 kg ou com menos de 1 ano, indica-se as pás pediátricas 
(4,5 cm). O mais importante é a posição das pás de modo que elas não se 
encostem, com pelo menos 3 cm de distância entre elas. Caso não existam 
pás pediátricas disponíveis, pode-se aplicar em bebês as pás na posição 
anteroposterior.
Retoma RCP logo após desfibrilação?
Indica administração de adrenalina na dose correta? 
(0,01mg/kg)
Indica nova checagem de ritmo?
Indica novamente desfibrilação?
Retoma RCP logo após desfibrilação?
Indica amiodarona (5mg/kg)?
29
Tema: PALS
Caiu em: HIAE 2016 e 2020 / USP-SP 2019 / SMCSP 2019 / USP-RP 2016 
/ UFPR 2016
Grau de dificuldade: alto
Tempo da estação: 10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento em pronto-socorro. Presença de um manequim 
compatível com um lactente de 11 meses
Início da Estação
Caso Clínico: 
Criança de 11 meses internada na enfermaria por conta de uma bronquiolite. 
No exame físico, apresenta ECG = 3, FR = 4, pulso presente, PA = 62 x 43 
(hipotenso para a idade); SatO2 = 80%; MV+ com sibilos.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento do lactente.
Orientações 
ao Examinador:
• O examinador deve se manter sem reações a qualquer conflito entre o 
candidato e à atriz.
PALS 5
30
• Quando questionado, o examinador forneceria o dado de presença de 
pulso, com FC <60 bpm.
• Quando o candidato considerasse a IOT, o examinador deveria mencionar 
para considerar a tarefa realizada.
• Após 2 minutos de ventilação, caso o candidato indicasse presença de 
pulso ou respiração, o examinador forneceria que o paciente permanecia 
com FC <60 bpm.
• Quando questionado, o examinador forneceria o seguinte ritmo:
Orientações 
à Atriz:
• A atriz deveria fazer papel da enfermeira de plantão na enfermaria. 
Essa profissional acabara de entrar no hospital, devendo se portar de 
maneira inexperiente, dificultando a condução da estação. Por exemplo, 
se o candidato pedisse um tubo ou outros materiais para a enfermeira, 
ela tinha dificuldades em encontrá-los e de se localizar na cena. Os 
materiais demoravam a chegar na cena e a enfermeira se apresentava 
bastante nervosa. Caso o candidato pressionar a enfermeira ou tiver 
postura grosseira, a atriz deve reagir com choro, piorando a condução 
do caso.
• Além disso, alguns detalhes técnicos eram questionados pela enfermeira,como frequência de administração da adrenalina e o tamanho do tubo 
solicitado. 
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
31
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se e definiu-se como médico?
Paramentou-se, realizou impressão inicial e checou 
responsividade da forma adequada? (estímulo nos pés)
Checou pulso braquial por até 10 segundos e respiração 
simultaneamente?
Identificou insuficiência respiratória aguda OU parada 
respiratória?
Chamou ajuda com carrinho de parada, solicitou 
monitorização e acesso venoso?
Escolheu o dispositivo Bolsa-Válvula-Máscara (BVM) 
adequado (bolsa de lactente, máscara que cobre nariz e 
boca, sem cobrir os olhos do paciente) e solicitou materiais 
adequados para IOT/suporte ventilatório?
Aplicou corretamente as ventilações (12 a 20 por minuto), 
utilizando técnica C-E e com oxigênio em alto fluxo 
conectado à BVM?
Checou pulso após 2 min e diagnosticou parada 
cardiorrespiratória?
Iniciou e orientou a enfermeira para RCP em 2 socorristas, 
15:2, trocando a cada 5 ciclos ou 2 minutos?
Identificou o ritmo de AESP?
Citou os 5Hs e 5Ts?
Indicou o uso de adrenalina a cada 3-5 minutos?
Checklist
32
Identificou o retorno da circulação espontânea e indicou 
cuidados pós-parada?
Apresentou postura acolhedora em relação à inexperiência 
da enfermeira, mantendo relação profissional construtiva?
Instruiu adequadamente quando a enfermeira trouxe 
dúvidas ou dificuldade em algum procedimento/conduta?
Tentou acalmá-la ao perceber ansiedade da profissional 
durante a condução da estação?
Assumiu a posição de líder na condução da PCR, 
demonstrando relação respeitosa e ética com a equipe?
Verbalizou e direcionou claramente os comandos, checando 
entendimento/compreensão pela equipe (contato visual)?
Demonstrou segurança na condução da estação, apesar 
das informações escassas sobre o caso e da inexperiência 
da equipe?
Debriefing
A criança dessa estação apresentava critérios clínicos suficientes para 
diagnosticar insuficiência respiratória aguda com comprometimento 
neurológico, com pulso presente, sendo necessário iniciar as manobras 
de resgate ventilatório. Nesse caso, ainda havia indicação precisa para 
intubação orotraqueal, porém tal ação era postergada ao longo da estação 
pela dificuldade de interação com a equipe de suporte. De qualquer forma, 
estamos numa prova de fluxograma de insuficiência respiratória com 
bradicardia sintomática, sendo indicada a ventilação com bolsa-válvula-
máscara com suporte de oxigênio. Ainda assim, a criança permanecia 
com FC<60 bpm. Após a identificação e abordagem da insuficiência 
respiratória com pulso sem sucesso, o PALS indicia o reconhecimento de 
parada cardiorrespiratória e início imediato das medidas de reanimação 
cardiopulmonar. Nesse caso, era preciso iniciar massagem cardíaca para 
RCP de qualidade. Na pediatria, não podemos esquecer das diferenças com 
a reanimação do adulto: a primeira delas é a checagem de pulso, sendo nos 
33
menores de 1 ano, o pulso braquial e maiores de 1 ano, o pulso femoral ou 
carotídeo. A palpação deve ser feita sempre por pelo menos 10 segundos. 
Além disso, não devemos esquecer da diferença da relação de compressão 
ventilação na presença de mais de um socorrista. Sendo com 1 socorrista 
semelhante à reanimação cardiopulmonar dos adultos, com relação de 
30 compressões para 2 ventilações e com dois socorristas a relação 15 
compressões para 2 ventilaçòes. 
Por fim, devemos lembrar que, sendo a hipóxia a principal causa de PCR em 
crianças, o ritmo de parada para seguimento dos cuidados de reanimação 
será a Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP). Nesse sentido, é preciso reverter 
o quadro com a resolução da hipóxia com via aérea avançada definitiva 
(IOT) e de outras possíveis causas enquanto realiza todo o ciclo de RCP e 
aplicação de adrenalina na dose 0,01mg/kg (0,1ml/kg na concentração de 
1:10.000), podendo ser repetida a cada 3-5 minutos. Entre as outras possíveis 
causas, devemos sempre considerar os 6Hs e 5Ts:
Hipovolemia Tensão do tórax por pneumotórax
Hipóxia Tamponamento cardíaco
Hidrogênio (acidose) Tromboembolismo pulmonar
Hipoglicemia Trombose coronariana
Hipo/hipercalemia Toxinas (intoxicação)
Hipotermia
34
Febre Reumática
Tema: Febre Reumática
Caiu em: Check-list extra
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz (mãe)
Cenário: pronto socorro infantil
Início da Estação
Caso Clínico: 
Escolar, 9 anos, é levado ao pronto-socorro com relato de febre diária 
(máximo 39oC) há 15 dias associada a dor, rubor e edema no joelho e 
tornozelo esquerdos. Poucos dias antes, apresentou quadro semelhante no 
joelho direito, que melhorou espontaneamente. Vem apresentando cansaço 
aos esforços, com limitação nas atividades. Houve controle da febre e da 
dor quando administrado anti-inflamatório não esteroidal.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Tarefa 02: 
Indique os exames que devem ser solicitados.
Tarefa 03: 
Escreva abaixo o diagnóstico.
35
Tarefa 04: 
Escreva abaixo quais são os critérios maiores presentes no caso para este 
diagnóstico.
Tarefa 05: 
Indique o tratamento.
Orientações 
à Atriz:
• A atriz (mãe), quando indagada, daria as seguintes informações 
pertinentes: (1) Nega quadro anterior; (2) Relata amigdalite há 1 mês 
tratada com sulfametoxazol-trimetoprim; (3) Não observou alterações 
no humor ou na movimentação da criança. 
Orientações 
ao Examinador:
Caso o candidato solicitasse o exame físico, receberia as informações a 
seguir:
• Exame físico:
• FC 110 bpm, FR 25 irpm, Sat: 96%, Tax: 38,5 C.
• Ativo e reativo, corado, hidratado, acianótico, anictérico.
• Presença de lesões cutâneas (mostradas na imagem).
• Exame neurológico sem alterações.
• ACV: RCR 2T, bulhas normofonéticas, com sopro sistólico 3+/6 em 
BEE.
• AR: MV presente sem RA.
• Abdome: sem alterações.
• MMII: edema 2+/4+ em joelho e tornozelos esquerdos com hiperemia 
e dor à manipulação.
36
Os resultados de exames complementares a seguir seriam fornecidos 
independentemente da solicitação.
• Exames:
• ECG: sinais de sobrecarga ventricular esquerda.
• Ecocardiograma: Valva mitral espessada com refluxo moderado e 
aumento de átrio e ventrículo esquerdos. 
• Radiografia de tórax: cardiomegalia e congestão pulmonar.
• VHS: 60 mm/ hora.
• ASO: 780 U.
• Cultura orofaringe: negativa para S. pyogenes.
• Havia uma folha de resposta para preencher a tarefa 03.
• Caso a resposta anterior estivesse correta, você receberia as próximas 
tarefas 4 e 5.
• Havia uma folha de resposta para preencher a tarefa 04.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
37
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se como médico?
Manteve postura empática e respeitosa?
Indaga sobre o quadro anterior semelhante?
Indaga sobre infecção orofaríngea recente?
Indaga sobre manifestações de coreia?
Solicita exame físico?
Tarefa 02
Solicita provas imunológicas (ASO)?
Solicita ECG?
Solicita ecocardiograma?
Tarefa 03
Indica diagnóstico de febre reumática?
Tarefa 04
Indica três critérios maiores: cardite, artrite, eritema 
marginado? Pontuação apenas se completo. 
Checklist
38
Tarefa 05
Indica internação hospitalar?
Indica tratamento com penicilina benzatina agora?
Indica tratamento com AAS e prednisona? (obrigatório 
indicar os dois)
Planeja o acompanhamento: indica a necessidade de 
profilaxia secundária com penicilina?
Debriefing
Com o caso clínico e exame físico ficava fácil ter a febre reumática como 
hipótese diagnóstica, só não poderia deixar de lembrar dos critérios 
diagnósticos para solicitar os exames complementares corretamente. 
Questão extra da equipe medway, com tema recorrente em bancas de 
pediatria e de clínica médica. Não deixe de rever os critérios de profilaxia 
da febre reumática para finalizar a revisão desse conteúdo!
39
Tema: Convulsão Febril
Caiu em: UFPR 2017 / UNESP 2016
Grau de dificuldade: alto
Tempo da estação: 10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz com boneco lactente
Cenário: Pronto socorro infantil. Caso clínico inicialna porta da sala antes 
de entrar. Todas as tarefas eram fornecidas em cards
Início da Estação
Caso Clínico: 
Luana, 8 meses, previamente hígida, chega ao pronto-socorro em 
convulsão tônico-clônica generalizada, trazida pela mãe que relata quadro 
iniciado há aproximadamente 5 minutos. É levada a sala de emergência, 
ofertado oxigênio em máscara não-reinalante, solicitado acesso venoso 
e monitorização. Durante monitorização, paciente evolui com resolução 
espontânea da crise, sonolenta após.
Sinais vitais:
FC 145 bpm, SatO2 100% com máscara não-reinalante, 98% em ar ambiente, 
FR 31 irpm, PA: 78 x 62 mmHg, Temperatura axilar 38,9ºC. Cardioscopia 
em ritmo sinusal com QRS estreito.
Após punção de acesso periférico, paciente melhora estado geral e 
sonolência, estando no momento chorosa e agitada.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Convulsão Febril
40
Tarefa 02: 
Qual a hipótese diagnóstica para a etiologia da crise convulsiva dessa 
paciente?
Tarefa 03: 
Como você classifica essa crise dentro da etiologia que você definiu?
Tarefa 04: 
Quais exames complementares você recomenda para a investigação da crise 
nesse paciente?
Tarefa 05: 
Após ser liberada do pronto-socorro, seis horas após, a mãe retorna, pois 
paciente apresentou nova crise durante febre, dessa vez menor (37,9oC) 
que cessou no caminho para o pronto socorro. No momento, a criança 
apresenta-se sonolenta há 15 minutos. Como você define a crise febril nesse 
momento? Quais suas condutas?
Orientações 
à Atriz:
• A mãe refere que paciente iniciou febre há 48 horas, associado a diarreia 
e vômitos, com aproximadamente 4 a 5 perdas por dia, mantendo boa 
aceitação de líquidos, diurese preservada, com pouca aceitação de 
dieta sólida. Nega uso de medicações, internações prévias, cirurgias ou 
antecedentes de convulsão.
• Após as especificações de conduta, caso o candidato perguntasse se 
existissem dúvidas, a mãe questionava alguns pontos:
• Se a crise poderia recorrer?
• Se a crise tem relação com o grau de febre?
• Se o filho tem risco de epilepsia?
41
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se e definiu-se como médico?
Questionou o tempo de início dos sintomas, duração, 
recorrência, coloração da pele e comportamento durante 
a crise?
Questionou tempo de início de febre?
Checklist
Orientações 
ao Examinador:
• Quando solicitado exame físico, entrega os seguintes dados impressos:
• Ao exame:
• BEG, chorosa, corada, hidratada, anictérica, acianótica, febril.
• Cardio: 2BRNF sem sopros audíveis
• Pulmonar: MV presente simétrico, sem ruídos adventícios, sem sinais 
de desconforto respiratório
• Abdome: Globoso, flácido, RHA+, aparentemente indolor a palpação, 
sem massas ou VCM
• Membros: Sem edemas, sem lesões, pulsos cheios e simétricos, 
perfusão periférica de 2 segundos.
• Otoscopia: Normal.
• Oroscopia: Normal
• Sem déficits neurológicos focais, sem rigidez nucal ou outros sinais 
meníngeos, pupilas fotorreagentes.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
42
Questionou sobre recorrência de crise convulsiva?
Questionou sobre déficits focais?
Questionou sobre outros sintomas associados (tosse, 
dispneia, diarreia ou vômitos)?
Investigou sobre o uso de algum medicamento prévio?
Investigou história prévia de convulsões?
Investigou história familiar prévia de epilepsia?
Questionou se a criança fez alguma dose de vacina nos 
últimos dias?
Solicitou exame físico?
Tarefa 02
Indicou diagnóstico de convulsão febril?
Tarefa 03
Classificou a crise como simples? (crise convulsiva 
generalizada, duração menor que 15 minutos e não recorre 
em 24 horas).
Tarefa 04
Não solicitou nenhum exame complementar no momento?
Tarefa 05
Define recorrência de crise febril?
Considera como crise complexa?
43
Debriefing
Tema de convulsão febril é clássico na pediatria, tanto na prova teórica 
quanto prova prática, sendo importante abordagem nas clássicas bancas de 
prova de atendimento, como a UNICAMP. A estação carece de bagagem 
teórica sobre o tema, aproveite essa oportunidade para revisar as definições 
de convulsão febril simples ou complexa. Esse era o ponto-chave dessa 
estação.
Indica necessidade de investigação com exames 
complementares? (considerar líquor e/ou tomografia 
computadorizada de crânio?)
Pergunta se a mãe tem dúvidas?
Esclarece que podem haver recorrências de crise febril?
Esclarece que não existe relação com grau máximo de 
febre e/ou com velocidade de ascensão de temperatura?
Esclarece que existe maior risco de evolução para epilepsia 
do que crianças sem crise febril?
44
Tema: Puericultura
Caiu em: CERMAM 2019 / EMESCAM 2018 / UNESP 2018 / UNICAMP 
2017 / USP-RP 2017 / UFPR 2015
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz (mãe)
Cenário: atendimento em Unidade Básica de Saúde
Início da Estação
Caso Clínico: 
Puérpera traz seu filho de 14 dias para consulta da Unidade Básica de Saúde 
e tem uma série de dúvidas. Trata-se de um recém-nascido a termo, com 
peso adequado para idade gestacional. Gestação e parto sem intercorrências. 
Encontra-se em aleitamento materno exclusivo.
Tarefa 01: 
Responda as dúvidas maternas.
Orientações 
à Atriz:
• A atriz irá realizar uma série de perguntas, que devem ser respondidas:
• Por enquanto ele está dormindo na minha cama. Eu quero colocar ele 
no berço, mas não sei onde deixar o bercinho. O que eu faço? 
• Ele tem que dormir em qual posição?
Puericultura
45
• Na próxima semana eu vou ter que ficar com a minha mãe no hospital, 
porque ela vai fazer uma cirurgia. Ele vai ficar em casa com meu 
marido. Posso dar o leite em pó para ele só este dia? Como eu faço se 
ele quiser dar o meu leite?
• Quais são as próximas vacinas que ele vai tomar e com qual idade?
• Ainda não tem nenhuma marquinha no lugar da BCG. Meu filho 
mais velho teve que tomar duas doses. Vamos esperar até quando 
para fazer a segunda dose?
• Eu trouxe o resultado do teste do pezinho. Você pode olhar e me 
dizer se está normal ou o que devo fazer?
• Resultado teste do pezinho:
• TSH = 6 mUI/dl (VR < 10 mUI/l)
• Hb FA
• Phe 1,7 mg/dl (VR< 2,5 mg/dl)
• IRT= 80 ng/ml (VR< 70 ng/ml)
• 17-OH- PROGESTERONA 4,2 ng/ml) (VR< 15 ng/ml)
• Biotinidase atividade normal
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identificação mútua, cumprimentada e acolhe?
Chama o paciente pelo nome e ouve atentamente as 
dúvidas, sem interrompê-lo?
Solicita caderneta de saúde da criança?
Checklist
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
46
Orienta riscos de síndrome de morte súbita do lactente? 
(como dormir na cama dos pais, tabagismo, objetos no 
berço)
Orienta que a criança deve dormir apenas na posição supina?
Orienta que deve ser oferecido leite materno ordenhado 
no período de ausência materna?
Orienta que as próximas vacinas serão feitas em 2 meses?
Orienta que será feita a vacina pentavalente? (considerar 
DTP + HiB + Hepatite B)
Orienta que será feita a vacina pneumocócica 10- valente? 
Orienta que será feita vacina contra rotavírus?
Orienta que será feita vacina contra poliomielite?
Orienta que não há indicações para revacinação com 
BCG?
Orienta que o rastreamento para fibrose cística está 
alterado?
Orienta que o teste deverá ser repetido?
Orienta que caso a alteração persista, o teste do suor deve 
ser realizado?
Marca retorno e faz encaminhamento para repetir teste 
do pezinho? 
Debriefing
Questão de puericultura com diversas orientações da neonatologia a serem 
relembradas. Questões como esta são recorrentes nas bancas de pediatria por 
serem de simples execução (demandam apenas da relação com ator/atriz) e 
pela extensa variação de subtemas inseridos. É possível abordar aleitamento 
47
materno, calendário vacinal, exames de rastreio da neonatologia, prevenção 
de acidentes, crescimento e desenvolvimento, entre tantos outros. Nessa 
questão, a condução do atendimento com cordialidade permitiria que a 
atriz prosseguisse com os temas a serem cobrados pela banca. O ponto-
chave é não perder muito tempo com excesso de orientações e permitir 
uma boa interaçãocom a atriz.
48
Tema: Sarampo
Caiu em: HSL 2019 / SCMSP 2019 / PUCCAMP 2019
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 8-10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz (mãe)
Cenário: atendimento em Unidade Básica de Saúde
Início da Estação
Caso Clínico: 
Lactente, 10 meses, morador de São Paulo, é levado a Unidade Básica de 
Saúde com história de febre alta, coriza, e tosse intensa. Situação vacinal 
atualizada para idade. Mantendo aceitação regular de líquidos e alimentos. 
Hoje foram notadas lesões cutâneas na região da cabeça.
Tarefa 01: 
Complete a anamnese com perguntas pertinentes ao caso.
Tarefa 02: 
Solicite dados adicionais do exame físico para sua completa avaliação 
diagnóstica.
Tarefa 03: 
Nomeie a alteração observada na figura da esquerda.
Sarampo
49
Tarefa 04: 
Indique sua principal hipótese diagnóstica e o tratamento.
Tarefa 05: 
Indique outras medidas pertinentes para este caso.
Orientações 
à Atriz:
• Quando questionada, a mãe relatava:
• Início dos sintomas há 3 dias;
• Contato com o tia que estava com tosse e febre na última semana, 
mas não sabe o diagnóstico. 
• Ao final da anamnese, a placa a seguir seria fornecida.
• Exame físico:
• Regular estado geral, febril, hiperemia conjuntival, FR 35 irpm; 
MVUA, sem RA, sem sinais de desconforto respiratório.
• As imagens a seguir seriam fornecidas ainda que não solicitadas. 
• Quando indagada, a atriz daria as seguintes informações:
• Meu filho de seis anos já tomou duas doses da vacina. Eu tenho 25 
anos e nunca tomei. Meu filho de 10 meses nunca tomou. 
• Criança não frequenta creche e permanece apenas em casa durante 
o dia.
50
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresenta-se como médico?
Indaga sobre o início dos sintomas e sinais?
Avalia história epidemiológica de contato com caso 
semelhante?
Tarefa 02
Solicita avaliação da cavidade oral?
Solicita avaliação das lesões cutâneas?
Tarefa 03
Nomeia as manchas de Koplik?
Tarefa 04
Indica o diagnóstico de um caso suspeito de sarampo?
Tarefa 05
Solicita coleta de sorologia?
Orienta o uso de vitamina A?
Prescreveu antitérmico se febre?
Checklist
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
51
Debriefing
Pessoal, sarampo foi tema quente em 2020, principalmente nas bancas de 
São Paulo. Quem deseja realizar as provas do estado precisa estar sempre 
atento às medidas epidemiológicas e atualizações. Nesse caso, o mais 
importante para o diagnóstico era a pesquisa ativa ao tipo de exantema 
morbiliforme e às patognomônicas manchas de Koplik. Não se esqueça 
também da importância da vacinação de bloqueio até o terceiro dia de 
contato ou da aplicação de imunoglobulina até sexto dia de contato em 
pacientes imunodeprimidos, gestantes ou menores de 6 meses.
Orientou mãe sobre possíveis complicações (pneumonia, 
encefalite, otite)?
Indica que será feita a notificação imediata?
Questiona contactantes no domicílio e na comunidade?
Explicou o risco de contágio para pessoas não vacinadas?
Recomenda que o irmão gêmeo receba uma dose da vacina 
tríplice viral e as demais doses do calendário normalmente?
52
Início da Estação
Caso Clínico: 
Caso clínico: Mãe leva seu filho de 4 meses à consulta agendada de 
puericultura em Unidade Básica de Saúde.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Orientações 
à Atriz:
• Ao ser questionada inicialmente, a mãe negava queixas e mencionava 
apenas ser uma consulta de rotina.
• Caso o candidato avaliasse a carteira vacinal, o candidato receberá um 
card com a seguinte descrição de vacinar aplicadas:
Puericultura
Tema: Puericultura
Caiu em: CERMAM 2019 / EMESCAM 2018 / UNESP 2018 / UNICAMP 
2017 / USP-RP 2017 / UFPR 2015
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz com boneco lactente
Cenário: Atendimento em Unidade Básica de Saúde
53
• BCG e Hepatite B ao nascimento
• Penta (DTP + HiB + Hepatite B), Poliomielite (VIP), Pneumocócica-10 
e Rotavírus aos 2 meses.
• Durante história alimentar, a mãe mencionava que achava que o filho 
sentia sede e queria saber se podia oferecer água.
• A mãe tinha dúvidas sobre quando seriam os próximos retornos da 
criança em consulta.
• Caso o candidato perguntasse, a mãe referia que não oferecia nenhum 
tipo de medicação profilática ao filho.
Orientações 
ao Examinador:
• Ao solicitar o exame físico, o examinador entregava card com exame físico 
geral e entregava apenas dados adicionais que o candidato solicitasse. 
Por exemplo, se solicitasse o perímetro cefálico, este era fornecido.
• Ao exame: 
• Criança ativa e reativa, corada, hidratada, anictérica, acianótica, 
eupneica, afebril. 
• MV presente bilateralmente sem RA. FR 30 irpm.
• BRNF em 2T, sem sopros. FC 120 bpm.
• Abdome sem alterações.
• PC: 40 cm
• Estatura: 60 cm
• Peso: 8 kg
• Caso o candidato solicitasse a caderneta da criança, eram fornecidas 
duas folhas: 01 com dados do nascimento e 01 com gráfico Peso x Idade 
em meses.
• Dados do nascimento: Peso 3,4 kg / Estatura 49 cm / PC 35 cm
54
• Gráfico Peso x Idade:
• Caso o candidato solicitasse avaliação da pega, as seguintes imagens 
eram fornecidas:
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
55
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se como médico?
Manteve diálogo cordial e empático?
Perguntou sobre alguma queixa da mãe referente ao 
paciente?
Questionou sobre dúvidas relacionadas à amamentação?
Solicitou caderneta de saúde da criança?
Solicitou exame físico?
Solicitou peso do paciente?
Solicitou perímetro cefálico?
Solicitou medida do comprimento?
Preencheu os gráficos e orientou a mãe do paciente?
Solicitou caderneta de vacinação?
Indicou que a criança apresenta atraso vacinal?
Indicou qual vacina está pendente? (certo apenas se 
mencionar Meningocócica-C)
Esclareceu dúvidas sobre história alimentar da criança?
Solicitou avaliação da pega na amamentação?
Checklist
56
Debriefing
Prova de atendimento, com tarefa única e na temática puericultura, você 
precisa estar atento aos ponto-chaves para garantir um bom desempenho. 
Vamos lembrar quais são eles?
• Queixas e dúvidas
• Amamentação e alimentação
• Crescimento e desenvolvimento
• Calendário vacinal
• Prevenção de acidentes
• Programação de puericultura
Relembrando esses ponto-chaves fica difícil esquecer algum tema para 
abordar na interação a atriz em qualquer prova de puericultura!
Corrigiu e orientou a forma correta de pega na 
amamentação?
Reforçou os benefícios da amamentação?
Contraindicou uso de água, papas e chás?
Contraindicou uso de tela?
Orientou prevenção de acidentes?
Orientou retornos da criança com 6, 9 e 12 meses e depois 
aos 18 e 24 meses?
Mencionou necessidade de vitamina A e vitamina D como 
profilaxia?
57
Início da Estação
Caso Clínico: 
Paciente de 2 anos, trazido ao serviço de emergência pela mãe devido a 
manchas vermelhas pelo corpo há cerca de 30 minutos. Mãe relata que 
foi acionada pela escola há aproximadamente 30 minutos pois o paciente 
iniciou manchas vermelhas pelo corpo, acompanhada de choro intenso. 
Não apresentou febre, vômitos ou outros sintomas. A caminho do hospital 
notou que o filho estava cansado. 
Na triagem: REG, choroso, FC 140 bpm, FR 50 irpm, PA: 80/50 mmHg. 
Temperatura axilar 36oC, Saturação 02: 93% em ar ambiente. Peso: 10 kg.
Anafilaxia
Tema: Anafilaxia
Caiu em: SCMSP 2018 / HIAE 2017 / HSL 2017
Grau de dificuldade: alto
Tempo da estação: 10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz com boneco lactente
Cenário: Pronto socorro infantil. Caso clínico inicial na porta da sala antes 
de entrar. Todas as tarefas eram fornecidas em cards
58
Tarefa 01: 
Qual a hipótese diagnóstica e onde você atenderia esse paciente?
Tarefa 02: 
Realize o atendimento.
• O examinador fornecia o exame físico caso fosse iniciada a avaliação 
ABCDE.
A: Via aérea pérvia (paciente chorando) 
B: FR 44 Sat 02: 93% em aa MV+ bilateralmente, sibilos bilaterais, TSD + 
C: FC 140 TEC = 2 segundos, pulsos cheios, PA 80/50 BRNF 2 t s/s 
D: ECG 15, ausência de sinais meníngeos 
E: placas urticariformes em troncoe membros inferiores.
Tarefa 03: 
Quais condutas terapêuticas a serem realizadas?
• Após realização de medidas terapêuticas paciente evoluiu com seguinte 
exame físico: 
A: Via aérea pérvia 
B: FR 25 Sat 02: 95% em aa MV+ bilateralmente sem RA 
C: FC 135 TEC = 2 segundos, pulsos cheios, PA 82/50 BRNF 2 t s/s 
D: ECG 15, ausência de sinais meníngeos 
E: placas urticariformes discretas em tronco e membros inferiores. 
Tarefa 04: 
Quanto tempo esse paciente deve ficar de observação?
• Caso questionado, a mãe nega comorbidades e uso de medicamentos 
contínuos. Nega sintomas na última semana. Vacinação em dia, nega 
ter recebido vacina nos últimos dias. Nega alergias, última refeição na 
escola há cerca de 2 horas, não sabia dizer o que havia ingerido.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
59
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se como médico?
Reconheceu choque anafilático?
Encaminhou criança para sala de emergência?
Tarefa 02
Solicitou monitorização, oxigenoterapia e acesso venoso 
periférico?
Avaliou via aérea?
Avaliou ventilação?
Avaliou circulação?
Avaliou nível de consciência?
Avaliou a exposição do paciente?
Tarefa 03
Posicionou o paciente em elevação de membros inferiores 
para prevenção de morte por colapso hemodinâmico 
(síndrome do ventrículo vazio)?
Indicou adrenalina?
Indicou dose correta? (0,01 mg/kg)
Indicou via de administração correta? (intramuscular)
Checklist
60
Descreveu local correto de aplicação? (região anterolateral 
da coxa)
Prescreveu expansão volêmica com cristalóide entre 10-
20ml/kg?
Indiciou repetir adrenalina após 5-15 minutos se ausência 
de resposta?
Tarefa 04
Orientou observação por pelo menos 6 horas e/ou 
internação do paciente?
Oriento afastamento de alérgenos?
Orientou possibilidade de uso de adrenalina em caneta 
em caso de novos episódios de anafilaxia?
Encaminhou paciente para imunologista?
Debriefing
Estamos diante de um caso clínico clássico das emergências pediátricas, 
ponto importante para estudo das provas práticas de pediatria e manejo 
de PALS, mas também muito frequente nas bancas de clínica médica. Não 
esqueça dos critérios diagnósticos de anafilaxia para conduzir essa estação: 
1. Doença de início agudo (minutos ou várias horas) com envolvimento de 
pele, tecido mucoso, ou ambos (urticária generalizada, prurido ou rubor 
facial, edema de lábios, língua ou úvula) e pelo menos um dos seguintes:
• Comprometimento respiratório (alto ou baixo - dispneia, sibilância, 
hipoxemia, broncoespasmo, estridor, redução do PFE)
• Queda da PA ou sintomas de disfunção terminal de órgãos (síncope, 
hipotonia, incontinência)
2. Dois ou mais dos seguintes sintomas que ocorrem rapidamente após 
61
exposição à provável alérgeno para determinado paciente (minutos ou 
várias horas)
• Envolvimento de pele-mucosa (urticária generalizada, prurido e rubor, 
edema de língua, lábio e úvula)
• Comprometimento respiratório (alto ou baixo - dispneia, sibilância, 
hipoxemia, broncoespasmo, estridor, redução do PFE)
• Queda da PA ou sintomas de disfunção terminal de órgãos (síncope, 
hipotonia, incontinência)
• Sintomas gastrintestinais persistentes (cólicas abdominais, vômitos)
3. Redução da PA após exposição a alérgeno conhecido para determinado 
paciente (minutos ou várias horas)
62
Início da Estação
Caso Clínico: 
Criança de 10 anos com diagnóstico diabetes mellitus tipo 1 desde os 8 anos 
de idade, é levada ao pronto-socorro infantil devido rebaixamento de nível 
de consciência há cerca de 40 minutos. Mãe relata início de dor abdominal, 
diarreia e vômitos há cerca de 01 dia. Ao exame: Regular estado geral, ECG 
13, FC 130 bpm, FR 30 irpm, PA 80x50 mmHg. Paciente encaminhada para 
sala de emergência.
Tarefa 01: 
Quais exames você solicita para esclarecer sua principal hipótese diagnóstica?
Tarefa 02: 
Separe os materiais e descreva o procedimento solicitado.
Cetoacidose Diabética
Tema: Cetoacidose Diabética
Caiu em: SCMSP 2019
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador com boneco lactente e materiais para 
procedimento em cima de uma maca
Cenário: Pronto socorro infantil
63
Tarefa 03: 
Indique o diagnóstico e a conduta.
• Conforme o candidato solicitasse o exame, o examinador entregava o 
resultado. 
• Glicemia capilar: 450 mg/dl
• Presença de corpos cetônicos em análise de urina
• Outros exames não eram disponíveis
• Caso o candidato solicitasse gasometria arterial, o examinador entregava 
a tarefa de número 02.
• Na mesa de procedimento havia diversos materiais como bisturi, agulha 
de punção de líquor, pinças cirúrgicas, além de medicações como 
dipirona, adrenalina e morfina.
• Ao final do procedimento o examinador fornecia uma análise com os 
seguintes dados:
• PH 7,2 / PO2: 106mmHg / PCO2: 22 mmHg / BIC: 13 mEq/L
• Caso o candidato solicitasse o valor de potássio era fornecido os seguintes 
valores 
• Na: 137 mmol/L
• K: 6 mmol/L
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Solicita glicemia?
Solicita pesquisa de corpos cetônicos na urina? (EAS ou 
urina tipo I ou urinálise ou EQU)
Solicita gasometria arterial?
Checklist
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
64
Tarefa 02
Separa material para o procedimento adequadamente? 
(seringa 3ml, luvas de procedimento, agulha, algodão e 
álcool)
Solicita heparinização da seringa?
Demonstra teste de Allen? 
Palpa pulso radial com os dedos indicador e médio?
Introduz agulha entre 30 a 45°?
Tarefa 03
Indicou o diagnóstico de cetoacidose diabética?
Indica etapa rápida de solução fisiológica (10-20 ml/kg)? 
Solicita dosagem de potássio sérico?
Indica início de insulina em infusão contínua (0,05-0,1 U/
kg/h) após primeira hora?
Indica aferição da glicemia horária?
Debriefing
Estação curta duração envolvendo procedimento também pode estar dentro 
da sua prova de pediatria. Nessa questão, a maior parte da pontuação estava 
na realização correta do procedimento. Perceba que em toda prova é preciso 
observar em qual situação você se encontra, sendo uma prova curta com 
materiais de procedimento disponíveis, certamente em algum momento 
a estação culminará na execução do procedimento. Nessas situações, evite 
prolongar sua anamnese e acabar ficando sem tempo para o ponto-chave 
da estação.
65
Início da Estação
Caso Clínico: 
Você é responsável pelo atendimento a um recém-nascido na sala de parto. 
Observe a foto a seguir. Considere que a avaliação está sendo feita no final 
do primeiro minuto de vida. Considere FC>100 bpm.
Tarefa 01: 
Indique a pontuação do escore de Apgar deste recém-nascido.
Tarefa 02: 
Indique os parâmetros avaliados para o cálculo desse escore.
Neonatologia
Tema: Neonatologia
Caiu em: USP-SP 2020 e 2017 / USP-RP 2019
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e boneco compatível com recém-nascido
Cenário: Alojamento conjunto do recém-nascido, oxímetro neonatal
66
Tarefa 03: 
Neste momento, o recém-nascido encontra-se com 30 horas de vida. Realize 
o teste do coraçãozinho.
Tarefa 04: 
Indique sua conduta neste momento.
Tarefa 05: 
Indique sua conduta após as medidas anteriores. 
Orientações 
ao Examinador:
• No momento do teste do coraçãozinho, ao realizar o exame corretamente, 
o examinador fornecia o seguinte resultado juntamente com a tarefa 04: 
Resultado: Sat02 MSD 97% e Sat02 MID 93%. 
• Caso o candidato solicitasse novo exame em 1h, a prova iria prosseguir 
com a próxima placa:
• O teste foi repetido após uma hora, com o seguinte resultado:
• Sat02 MSD 96%
• Sat02 MID 93%
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
67
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Indica escore de Apgar de 9?
Indicou que perdeu um ponto por cianose de extremidades?
Tarefa 02
Parâmetro avaliado: frequência cardíaca?
Parâmetro avaliado: respiração?
Parâmetro avaliado: cor?
Parâmetro avaliado: irritabilidade reflexa?
Parâmetro avaliado: tônus?
Tarefa 03
Coloca sensor para oximetria no membro superior direito?
Coloca sensor para oximetria em qualquer membro 
inferior?
Tarefa 04
Orienta realização de repetiçãodo teste após 1 hora?
Tarefa 05
Orienta realização de ecocardiograma em até 24 horas? 
(não considerando se indicado antes da repetição do teste).
Checklist
68
Debriefing
Lembre-se que o teste do coraçãozinho possui grande funcionalidade na 
avaliação de grandes cardiopatias congênitas dependentes de canal arterial 
e, por isso, sua indicação de realização se faz após 24 horas de vida. Nesse 
momento, começa o amadurecimento do fechamento do canal arterial, 
podendo-se detectar precocemente cardiopatias comprometedoras à vida. 
Faz parte do cotidiano do pediatra saber realizar esse teste de rastreio 
neonatal e o tema é recorrente nas grandes bancas do país. Não deixe de 
revisar outros testes de triagem neonatal.
69
Início da Estação
Caso Clínico: 
Menino, pré escolar, 5 anos, é trazido à consulta com história de edema 
matutino observado há alguns dias nos membros inferiores e região 
peripalpebral. Mãe refere ter observado urina espumosa no período. Na 
HPP consta quadro de infecção respiratória alguns dias antes do início do 
edema. 
Exame físico:
Bom estado geral. Corado. Hidratado. Discreto edema bipalpebral. Pulsos 
universalmente palpáveis com boa perfusão. Edema ++/4+ nos membros 
inferiores, com cacifo. MVUA, sem RA, FR=25 irpm. RCR, BNF, sem 
sopros. Abdome depressível, sem sinais de ascite. Estrutura 109 cm; PA= 
100x60 mmHg; peso 20kg.
EAS: Hematúria: ausente; proteinúria: 4+/4+; ausência de leucócitos, nitrito 
negativo.
Síndrome Nefrótica
Tema: Síndrome Nefrótica
Caiu em: UFG 2019 / UNICAMP 2016
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz com boneco lactente
Cenário: Pronto socorro
70
Tarefa 01: 
Com base na tabela anexa, interprete os níveis de pressão arterial e informe 
a mãe se a pressão aferida encontra-se normal ou alterada.
Tarefa 02: 
Enuncie a principal hipótese diagnóstica.
• Após enunciar sua hipótese, independente se correta ou não, o candidato 
recebe a placa a seguir e um bloco de receituário em branco.
71
Tarefa 03: 
Preencha o receituário com as medidas farmacológicas e não farmacológicas 
e faça as orientações pertinentes para o acompanhante.
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Indica que a criança está normotensa?
Tarefa 02
Indica diagnóstico de síndrome nefrótica?
Tarefa 03
Orienta a restrição de sódio?
Orienta hábitos saudáveis: atividade física ou evitar 
repouso ou evitar sedentarismo?
Prescreve anti-helmíntico?
Prescreve diurético?
Prescreve corticóide (2 mg/kg/dia)?
Explicou a receita para a mãe?
Indica retorno breve para reavaliação do quadro?
Orientou a mãe sobre a evolução da doença e a ocorrência 
de novas descompensações?
Checklist
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
72
Debriefing
Prova direta e focada no tratamento, com oportunização de avaliar a 
aferição de pressão arterial na pediatria. Não se esqueça que os valores 
devem sempre serem padronizados com outras crianças de mesmo sexo, 
idade e estatura, sendo necessária avaliação através de percentil. Não deixe 
de revisar esse tema recorrente em provas práticas na pediatria, em clínica 
médica e nas grandes bancas com questões discursivas como da USP-SP.
73
Tema: Tuberculose na Infância
Caiu em: check-list extra
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz (mãe)
Cenário: Atendimento em Unidade Básica de Saúde
Início da Estação
Caso Clínico: 
Pré-escolar, 4 anos, é levado à consulta em Unidade Básica de Saúde para 
avaliação de quadro de tosse e febre que já vem durando cerca de dois 
meses. As anotações da caderneta de saúde mostram perda ponderal no 
período e, hoje, o peso da criança está abaixo do percentil 3.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Tarefa 02: 
Solicite dois exames necessários para a avaliação do caso.
Tarefa 03: 
Indique seu diagnóstico e explique como será feito o tratamento.
Tuberculose 
na Infância
74
Tarefa 04: 
Indique outras medidas pertinentes.
Orientações 
à Atriz:
• A atriz, quando indagada, daria as seguintes informações pertinentes: 
• Lactente previamente hígido; 
• Relata que criança fez tratamento com amoxicilina por 10 dias há 
cerca de 3 semanas, sem qualquer melhora; 
• Não realizou nenhum exame até o momento; 
• Refere contato domiciliar com adulto com tuberculose, que já está 
em tratamento; 
• Relata febre baixa, máximo de 38,5OC.
• Nenhuma particularidade relacionada ao aspecto da expectoração.
• Durante a explicação de outras medidas pertinentes, a atriz questiona se 
não há necessidade de qualquer exame adicional.
Orientações 
ao Examinador:
• Ainda que não solicitado, o exame físico seria fornecido ao candidato:
• Criança irritada, emagrecida. Ausência de adenomegalias. Corado, 
hidratado. Afebril ao toque. RCR, sem sopros. MVUA, sem RA. 
FR=40 irpm. Abdome sem alterações.
• Quando solicitados, os exames eram fornecidos. Independente de estarem 
corretos, a placa com as tarefas 3 e 4 eram fornecidas ao candidato.
• Prova tuberculínica: 11 mm
75
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
• Radiografia de tórax:
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona sobre início dos sintomas?
Questiona característica de tosse?
Questiona sobre intensidade de febre?
Questiona sobre quadros prévios e tratamentos já 
realizados para o quadro atual?
Questiona sobre contato com paciente com tuberculose?
Questiona sobre comorbidades prévias?
Checklist
https://images.app.goo.gl/y5nnynv6eUNGnREB7
76
Tarefa 02
Solicita radiografia de tórax?
Solicita prova tuberculínica?
Tarefa 03
Indica o diagnóstico de tuberculose pulmonar?
Indica tratamento com esquema Rifampicina (R), 
Isoniazida (H) e Pirazinamida(Z)?
Indica tempo de duração do tratamento corretamente? (2 
meses RHZ e 4 meses RH)?
Tarefa 04
Indica necessidade de avaliação de contactantes familiares?
Indica notificação epidemiológica do caso?
Indica retorno para reavaliação?
Debriefing
Estamos diante de uma prova de atendimento em UBS de uma criança com 
tosse, febre e emagrecimento, com história de contato com tuberculose e 
ausência de linfonodomegalia. Nesse caso, é preciso elucidar o diagnóstico 
de uma das doenças infecto-contagiosas mais comuns do nosso país: 
tuberculose! Atenção para alguns detalhes na pediatria: as crianças não são 
consideradas bacilíferas e o isolamento do Mycobacterium tuberculosis 
em meio de cultura é incomum, sendo, então, utilizada uma escala de 
pontuação para diagnóstico da criança. Avalia-se o quadro clínico, a história 
de contato, o peso, a prova tuberculínica e a radiografia de tórax conforme 
a tabela abaixo: 
77
Crianças menores de 10 anos devem fazer o tratamento com três fármacos: 
Rifampicina, Isoniazida e Pirazinamida. O Etambutol não deve ser utilizado 
pela dificuldade de identificação precoce de neurite óptica nessa faixa 
etária. No adolescente, o tratamento é igual ao dos adultos, com esquema 
de quatro fármacos. O tratamento dura 6 meses independente da idade do 
paciente.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil.pdf
78
Tema: TCE
Caiu em: USP-SP 2018
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz (mãe)
Cenário: Pronto-socorro infantil
Início da Estação
Caso Clínico: 
Criança, 3 anos, é levada ao pronto-socorro após ter sofrido queda da própria 
altura quando corria em um parquinho. Mãe assustou-se por perceber que 
a criança havia batido com a cabeça no chão.
Tarefa 01: 
Complete a anamnese com informações pertinentes ao caso.
Tarefa 02: 
Baseado nos dados obtidos e no exame clínico acima, indique a classificação 
deste trauma crânio encefálico. Cite o parâmetro que determina essa 
classificação. Aponte a conduta indicada para o momento.
Tarefa 03: 
Foi optado pela equipe médica do pronto-socorro pela realização de 
tomografia computadorizada de crânio, com as imagens abaixo. Indique o 
diagnóstico radiológico.
TCE
79
Tarefa 04: 
Indique qual a conduta para o casoneste momento.
Orientações 
à Atriz:
• Quando questionada, a atriz relatava as seguintes informações:
• O evento ocorreu há 30 minutos; Houve perda de consciência; A 
perda de consciência durou 1 minuto; Criança não teve convulsão; 
Houve alteração de comportamento e a criança está muito agitada; 
Não teve vômitos; Não teve cefaleia; Não tem nenhuma outra doença.
Orientações 
ao Examinador:
• Era fornecido o seguinte exame físico após fim de anamnese:
Criança com abertura ocular espontânea, fala palavras apropriadamente, 
obedecendo aos comandos verbais. Mostra-se bastante agitada e irritada
• Durante a Tarefa 02 o examinador entrega uma folha conforme abaixo 
para preenchimento pelo candidato:
• Classificação: 
• Parâmetro: 
• Conduta: 
• Durante a Tarefa 03, o examinador entregaria a seguinte imagem e uma 
folha conforme abaixo para preenchimento pelo candidato:
• Diagnóstico radiológico: 
80
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona há quanto tempo ocorreu o evento?
Questiona se houve perda de consciência?
Questiona qual foi a duração da perda de consciência?
Investiga a ocorrência de convulsão ou de movimentos 
anômalos?
Questiona sobre alteração de comportamento ou déficit 
focal ou perda de memória ou alteração de sensibilidade? 
(considerar pelo menos um)
Questiona se houve vômitos?
Questiona se há cefaleia?
Checklist
81
Questiona comorbidades?
Tarefa 02
Classifica TCE como leve?
Indica classificação com base na escala de coma de 
Glasgow?
Indica realização de TC de crânio?
Tarefa 03
Indica que TC de crânio encontra-se normal?
Tarefa 04
Indica conduta de observação clínica? 
Debriefing
Existem várias formas de classificar o TCE: Gravidade, mecanismo de 
trauma, mecanismo fisiopatológico de lesão, prognóstico, entre outras. 
Para determinar as condutas iniciais, usualmente usamos a classificação de 
gravidade para definir conduta. O escore mais utilizado para determinação 
de gravidade é a escala de coma de Glasgow (ECG), que faz avaliação 
objetiva de 3 aspectos clínicos: abertura ocular, melhor resposta verbal e 
melhor resposta motora. A classificação de gravidade é conforme abaixo:
• ECG de 15 a 13 = TCE leve
• ECG de 12 a 9 =TCE moderado
• ECG de 8 ou menor = TCE grave
O estudo multicêntrico PECARN, realizado nos EUA em 2009, analisou 
mais de 40.000 casos de TCE em pediatria nos departamentos de emergência 
82
de 24 instituições e gerou um protocolo de triagem distintos para pacientes 
menores e maiores de 2 anos conforme abaixo:
PECARN, Pediatric Emergency Care Applied Research Network. Identification of children at very 
low risk of clinically-important brain injuries after head trauma: a prospective cohort study. Lancet, 
2009.
83
Tema: Pneumonia na Criança
Caiu em: USP-RP 2018 / CERMAM 2018 / HSL 2017 / HIAE 2015
Grau de dificuldade: alto
Tempo da estação: 10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz (mãe)
Cenário: Pronto-socorro infantil. Na sala havia um tubo orotraqueal 
simulando uma criança intubada com placas sinalizando monitores
Início da Estação
Caso Clínico: 
Pré-escolar, 4 anos, é levado ao pronto-atendimento com relato de febre 
e tosse iniciadas há 48 horas, com piora do desconforto respiratório na 
manhã de hoje.
Tarefa 01:
Realize o atendimento.
Tarefa 02:
Indique sua hipótese diagnóstica e defina a conduta neste momento.
Tarefa 03:
Pré-escolar encontra-se recebendo oxigenoterapia com máscara não 
Pneumonia 
na Criança
84
reinalante e está evoluindo com importante rebaixamento de nível de 
consciência e fadiga respiratória. Encontra-se hipotenso, com tempo de 
enchimento capilar prolongado. Indique sua conduta neste momento.
Tarefa 04:
Neste momento, a criança encontra-se em ventilação mecânica. Normotensa. 
Perfusão adequada. Já foi iniciada antibioticoterapia. Indique a conduta 
adicional necessária para a avaliação.
Tarefa 05:
Indique o procedimento necessário nesse momento.
Orientações 
à Atriz:
• A atriz, quando questionada, daria as seguintes informações:
• Refere coriza e obstrução nasal no primeiro dia do quadro; Nega 
comorbidades; Refere aceitação de alimentos.
Orientações 
ao Examinador:
• Caso solicitado, era fornecido o seguinte exame físico:
• Regular estado geral, corado hidratado.
• RCR em 2T, sem sopros. FC 110 bpm. Pulsos universalmente palpáveis, 
com boa perfusão periférica. PA 90x60 mmHg.
• MV diminuídos na base do HTD, roncos difusos. Tiragem subcostal. 
Batimento de aleta nasal. FR 53 irpm. Saturação O2 91% em ar 
ambiente. Ausência de estridor.
• Restante do exame: nada digno de nota.
85
• Caso fossem solicitados, seriam fornecidos os seguintes exames:
• Radiografia de tórax com derrame pleural à direita.
• Hemograma Hb 11,5 g/dl; Ht 38%; Leucócitos 17.500cél/mm3 (6% 
bastões; 43% neutrófilos); Plaquetas 330.000/mm3.
• Após a entrega dos exames ao candidato, a atriz iria manifestar 
preocupação, indicando piora do quadro clínico da criança, e a placa a 
seguir seria fornecida.
• Independente da conduta indicada na Tarefa 03, a tarefa seguinte seria 
questionada.
• Durante a Tarefa 04, caso fosse indicada toracocentese, era relatado pelo 
examinador saída de líquido de aspecto purulento.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona sobre início do quadro?
Questiona a presença de comorbidades?
Indica avaliação de presença de estridor?
Indica avaliação de frequência respiratória?
Indica avaliação de sinais de desconforto respiratório 
(tiragem de fúrcula, diafragmática, intercostal e batimento 
de aleta nasal)? 
Questiona uso de medicamentos?
Checklist
86
Tarefa 02
Indica diagnóstico de pneumonia?
Solicita monitorização e acesso vascular periférico?
Indica oxigenoterapia?
Indica início de antibioticoterapia parenteral?
Solicita radiografia de tórax?
Tarefa 03
Indica intubação orotraqueal?
Indica solução cristalóide intravenosa?
Indica dose correta (10-20ml/kg)?
Tarefa 04
Indica toracocentese diagnóstica?
Tarefa 05
Indica necessidade de drenagem torácica?
Debriefing
Essa estação apresenta grau de dificuldade alto não pelo conteúdo teórico 
em si, mas principalmente pelo fato de cobrar a habilidade do candidato de 
se adaptar a diferentes cenários na mesma prova. Era preciso reconhecer os 
sinais de gravidade para conduzir o caso. Vamos lembrar quais são os sinais 
de gravidade mais importantes do desconforto respiratório agudo?
87
• Hipoxemia SatO2 <90-92%
• TEC lentificado > 2s
• Crianças com FR > 50 irpm e menores de um ano com FR > 70 irpm
• Sinais de desidratação
• Apneia ou importante dificuldade respiratória com sinais de tiragem 
intercostal, diafragmática, de fúrcula ou batimento de aleta nasal.
No caso em questão, ao exame físico, a criança apresentava taquipneia 
com sinais de gravidade: tiragem subcostal e queda de saturação. Havia, 
então, indicação para internação e realização de radiografia de tórax, que 
apresentava derrame pleural à direita. Enquanto o candidato avaliava 
o resultado dos exames, a estação mudaria de conformação, com a atriz 
indicando piora do paciente e a entrega da tarefa de número 03. Nesse 
momento, com a presença do rebaixamento de nível de consciência e 
seguindo avaliação ABCDE, é preciso preservar a via aérea do paciente 
indicado a intubação orotraqueal e expansão volêmica. O ponto-chave da 
questão era não esquecer do exame que você estava analisando antes da 
instabilidade do paciente: a radiografia de tórax com uma complicação que 
poderia justificar o quadro clínico atual. Nesse caso, era preciso indicar a 
análisedo líquido pleural. O aspecto turvo do líquido é uma indicação de 
drenagem torácica, fechando essa estação difícil com chave de ouro!
88
Tema: Pneumotórax Hipertensivo
Caiu em: UNIFESP 2019
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 7 minutos
Ator/examinador: 1 examinador 
Cenário: Centro de terapia intensiva, materiais para procedimento 
disponíveis em mesa na sala
Início da Estação
Caso Clínico: 
Escolar, seis anos, encontra-se internado em UTI pediátrica por quadro 
de asma grave, que evoluiu com necessidade de intubação orotraqueal e 
ventilação mecânica. Vinha mantendo-se estável, quando apresenta súbita 
deterioração, com importante queda de saturação.
Tarefa 01: 
Cite as principais causas para o quadro que devem ser avaliadas neste 
momento.
Tarefa 02: 
Exame físico: Paciente com TOT com cuff tamanho 5, posição 16. Aparelho 
respiratório: Expansão torácica diminuída à esquerda, MV abolidos no 
hemitórax esquerdo, com hipertimpanismo à percussão ipsilateral. TEC 
Pneumotórax 
Hipertensivo
89
lentificado. PA 74x62mmHg. Presença de turgência jugular. Indique seu 
diagnóstico e conduta neste momento.
Tarefa 03: 
Realize o procedimento médico.
Orientações 
ao Examinador:
• Independente das respostas na tarefa 1, a prova iria continuar com as 
informações e a tarefa seguinte.
• Caso a Tarefa 02 fosse concluída apropriadamente, a prova prosseguia 
com a tarefa a seguir.
• O material estaria disponível ao lado do manequim para realização do 
procedimento. (manequim de tórax com seringa, jelco e agulha)
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Cita deslocamento da cânula?
Cita obstrução da cânula?
Cita pneumotórax?
Cita falha do equipamento?
Checklist
90
Tarefa 02
Indica o diagnóstico de pneumotórax hipertensivo?
Indica toracocentese de alívio? (não aceitar se indicar 
radiografia de tórax previamente)
Tarefa 03
Indica o material adequado e os cuidados de antissepsia? 
(cita seringa e jelco, não seleciona agulha)
Indica o local de punção: 2º EIC, linha hemiclavicular no 
hemitórax esquerdo?
Informou incisão correta na borda superior da costela 
inferior?
Introduz e verifica o posicionamento correto (através de 
palpação de arcos costais)?
Indicou drenagem torácica?
Descreveu a localização anatômica correta? (5º EIC, na 
linha axilar média)
Debriefing
Não tem como abordar procedimento em prova de pediatria? Essa estação 
vem para mostrar que existem diversas formas de se abordar especificidades 
pediátricas práticas. Uma delas é manutenção da indicação de toracocentese 
de alívio no 2o EIC na linha hemiclavicular do tórax acometido. A 
recomendação do ATLS 10a Edição com toracocentese de alívio e drenagem 
torácica no 5o EIC é válida apenas para adultos!
Além disso, não esqueçam de sempre avaliar o mnemônico DOPE em um 
paciente com intubação orotraqueal e súbita deterioração de estado clínico. 
91
Você se lembra quais são os fatores a serem analisados?
• Deslocamento da cânula;
• Obstrução da cânula;
• Pneumotórax;
• Falha do equipamento.
92
Tema: Neonatologia
Caiu em: USP-RP 2020 / USP-SP 2017
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 7 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz (enfermeira)
Cenário: Avaliação de caso de recém-nascido, solicitada por enfermeira em 
alojamento conjunto. Presença de boneco lactente e aparelho de oximetria 
de pulso em sala
Início da Estação
Caso Clínico: 
Você foi chamado no alojamento conjunto para avaliar um RN de 48h de 
vida e o enfermeiro irá lhe explicar o que fazer. 
Tarefa 01: 
Conduza o caso.
Orientações 
à Atriz:
• A atriz se apresentava como enfermeira, dizia estar com a avaliação 
clínica e laboratorial do paciente e questiona se haveria condições de 
alta.
Neonatologia
93
• Se questionado sobre icterícia, alterações em diurese, evacuação e 
aleitamento ou outras pendências para alta, a enfermeira negava.
• Quando questionada sobre testes de triagem neonatal, especificamente 
sobre o teste do coraçãozinho, a enfermeira dizia que o RN não havia 
realizado esse exame de triagem.
• Quando o candidato solicitasse para realizar o teste do coraçãozinho, a 
enfermeira questionava como seria a realização do procedimento.
• Caso o candidato explicasse corretamente a enfermeira realizaria o teste 
de triagem. O candidato também poderia demonstrar a realização do 
teste.
• Caso o candidato solicitasse ecocardiograma, o enfermeiro respondia 
que o exame ainda iria demorar para ser realizado.
Orientações 
ao Examinador:
• Era entregue o seguinte resultado após a realização do primeiro teste do 
coraçãozinho: MSD 92% e MMII 96%. 
• Após a identificação da alteração pelo candidato, era entregue o resultado 
do exame repetido após 1 hora: MSD 92% e MMII 96%
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
94
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Perguntou sobre os testes de triagem neonatal: orelhinha, 
olhinho, coraçãozinho e linguinha? (considerar pelo 
menos 3 respostas corretas)
Informa a necessidade de realização do teste do 
coraçãozinho pré-alta?
Solicitou oxímetro de pulso?
Executou corretamente ou orientou corretamente a 
execução à enfermeira? (oximetria no MSD e em um dos 
MMII)
Concluiu que os valores de saturação estão anormais?
Indicou repetir teste em 1 hora?
Concluiu novamente que os valores de saturação estão 
anormais?
Cancelou alta hospitalar?
Solicitou internação para monitorização em UTI ou USI?
Informou necessidade de realização de ecocardiograma?
Orientou adequadamente a enfermeira sobre os 
procedimentos a serem tomados?
Checklist
95
Debriefing
Mais uma estação de pediatria em que pode ser abordado algum 
procedimento. O importante do teste do coraçãozinho é lembrar de 
avaliar a saturação em MSD (pré-ductal) e em um dos membros inferiores. 
A diferença igual ou maior que 3% entre as avaliações ou uma saturação 
abaixo de 95% indica alteração. Nesse situação, um teste alterado indica 
a repetição em 1 hora. Caso o resultado se confirme, um ecocardiograma 
deverá ser realizado dentro das 24 horas seguintes.
Lembre-se que o teste do coraçãozinho possui benefício na avaliação de 
cardiopatias congênitas críticas dependentes de canal arterial e, por isso, 
sua indicação de realização se faz entre 24 e 48 horas de vida, antes da 
alta hospitalar. Nesse momento, começa o amadurecimento do fechamento 
do canal arterial, podendo-se detectar precocemente cardiopatias 
comprometedoras à vida. 
96
Tema: Aferição de Pressão Arterial
Caiu em: USP-RP 2019 / USP-SP 2020
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 7 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz (mãe)
Cenário: Pronto-socorro infantil. Na sala havia boneco compativel com 
idade de escolar, fita métrica, diferentes manguitos para aferição de pressão 
arterial, além de gráficos de percentil de PA e Estatura
Início da Estação
Caso Clínico: 
Uma criança de 6 anos é levada pela mãe para ser atendida no pronto 
atendimento em que você trabalha. Ao exame físico, a criança apresenta 
edema bipalpebral.
Tarefa 01: 
Realize a aferição de pressão arterial.
Tarefa 02: 
Interprete o resultado para a mãe.
Tarefa 03: 
Indique a conduta para o caso.
Aferição de 
Pressão Arterial
97
Orientações 
à Atriz:
• A atriz era concordante com condutas orientadas pelo médico e negava 
qualquer queixa questionada.
Orientações 
ao Examinador:
• Era apresentado o seguinte gráfico para avaliação de pressão arterial:
98
• Era apresentado o seguinte resultado de aferição de pressão arterial:
• PA 114x76 mmHg
• Estatura percentil 50%
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Usa a fita métrica?
Mede comprimento do braço corretamente (medida entre 
acrômio e olécrano)?
Mede circunferência de braço no ponto médio do seu 
comprimento?
Escolhe o manguito de tamanho adequado (altura de 40% 
da circunferência do braço e comprimento de 80 a 100% 
da circunferência do braço)?
Posiciona o manguito de forma adequada?
Palpa pulso radial?
Localiza e coloca o estetoscópio sobre a artéria braquial?
Tarefa 02
Utiliza gráficos depercentil de PA e estatura para 
classificar pressão arterial?
Conclui que a pressão arterial está elevada?
Checklist
99
Tarefa 03
Explica adequadamente o achado clínico e seu significado?
Orienta a necessidade de exames laboratoriais para 
investigação (por exemplo urina tipo 1, proteinúria)?
Finaliza adequadamente a consulta, programa reavaliação 
logo após ter resultado do exame?
Debriefing
A técnica para aferição de pressão arterial deve ser realizada com o paciente 
em repouso de cerca de 3 a 5 minutos, em posição sentada ou deitada com 
MSD na altura do precórdio. O estetoscópio deve ser posicionado no pulso 
braquial e deve-se realizar a palpação do pulso radial para verificar níveis 
corretos de insuflação do manguito para aferição.
 
Na pediatria, deve-se medir as proporções entre manguito e braço do 
paciente para utilizar o dispositivo correto. A medida central para avaliar 
essa proporção é a circunferência do braço, obtida através da localização 
do ponto médio do comprimento do braço entre os pontos anatômicos 
acrômio (ombro) e olécrano (cotovelo). A bolsa do manguito (parte de 
insufla) deve conter em sua altura 40% da circunferência do braço e em seu 
comprimento, 80-100%.
Além disso, deve-se ter conhecimento do percentil de Estatura/idade e sexo 
da criança para avaliar os níveis pressóricos no gráfico de PA esperada para 
a criança. Os níveis de PA podem ser definidos como:
• PA normal: < P90
• PA elevada: ≥ P90 até P95 ou > 120x80 mmHg
• Hipertensão estágio 1: ≥ P95 até < P95 + 12 mmHg ou PA entre 130 x 80 
a 139 x 89 mmHg
• Hipertensão estágio 2: superior ao estágio 1.
100
Tema: Icterícia Neonatal
Caiu em: UNICAMP 2019
Grau de dificuldade: alto
Tempo da estação: 10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz (mãe)
Cenário: Atendimento em Unidade Básica de Saúde
Início da Estação
Caso Clínico: 
RN com 15 dias de vida, nascido de parto vaginal com 40 semanas, peso de 
nascimento 3.450g, AIG, com pré-natal com 8 consultas, sem intercorrências 
gestacionais, é levado pela mãe à Unidade Básica de Saúde para atendimento 
devido icterícia.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Tarefa 02: 
Qual sua principal hipótese diagnóstica? Solicite um exame laboratorial 
que auxilia em seu diagnóstico.
Tarefa 03: 
Qual sua conduta?
Icterícia Neonatal
101
Orientações 
à Atriz:
• Durante o atendimento, caso questionado, a mãe relata icterícia com 
início no 8o dia de vida, porém que persistia até então, com início 
primeiro na face e nos olhos e com progressão para raiz de coxas.
• A mãe nega intercorrências gestacionais ou após o nascimento.
• Quando questionado, a mãe referia tipagem sanguínea O+ e RN também 
O+.
• A mãe também negaria, se questionado, qualquer tipo de queixa na 
amamentação e descreveria técnica correta.
• Caso questionado, a mãe relataria presença de urina que mancha a fralda 
(colúria) e fezes esbranquiçadas (acolia) há vários dias.
• A mãe nega qualquer uso de medicamentos, águas ou chás.
Orientações 
ao Examinador:
• Caso solicitado, era entregue para o candidato o seguinte exame físico:
• RN BEG, ativo e reativo, corado, hidratado, ictérico zona III de 
Kramer, acianótico, eupneico, afebril, com boa perfusão capilar 
periférica.
• AR: MVUA sem RA. FR 40 irpm.
• AVC: RCR em 2T, BNF, sem sopros.
• Abdome: Globoso, peristáltico, timpânico, sem reação dolorosa à 
palpação. Fígado palpável a 4 cm de RCD.
• MMII: sem edema, pulsos amplos e simétricos.
• Genitália masculina típica.
• Caso o candidato solicitasse Bilirrubina total e frações era entregue o 
seguinte resultado: 
102
• Bilirrubina direta: 13,72 mg/dL; bilirrubina indireta: 3,39 mg/dL; 
• Outros exames eram indisponíveis no momento.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona sobre o início da icterícia?
Questiona sobre a gestação?
Questiona sobre intercorrências ao nascimento?
Questiona a tipagem sanguínea materna?
Questiona história alimentar (aleitamento)?
Questiona sobre sinais de colestase (colúria, acolia?)
Questiona sobre sinais e sintomas gerais? (Vômitos, 
letargia, perda de peso?)
Questiona sobre uso de medicamentos?
Indica realização de exame físico?
Classifica icterícia como patológica?
Checklist
103
Tarefa 02
Indica provável diagnóstico de atresia de vias biliares?
Solicita bilirrubina total e frações?
Tarefa 03
Indica encaminhamento para especialista?
Indica necessidade de cirurgia de Kasai ou 
portoenterostomia?
Indica necessidade de realização de cirurgia no máximo 
até 6 a 8 semanas de vida?
Indica necessidade de transplante hepático?
Debriefing
Estação considerada de alto grau de dificuldade pelo detalhamento cobrado 
na anamnese e valor de pontuação atribuído para essa tarefa. Chegar até o 
diagnóstico de Atresia de Vias Biliares não foi difícil diante de um quadro 
de icterícia persistente com sinais de colestase. Entretanto, se o candidato 
pulasse etapas da anamnese de avaliação de icterícia neonatal, ele perderia 
grande parte da pontuação total. Fica ligado em estações longas com prova 
de atendimento, certamente são bancas com clássico hábito de explorar o 
atendimento e anamnese!
Vamos lembrar quando suspeitar de icterícia neonatal não fisiológica:
• Início precoce? Antes de 24 horas de vida?
• Níveis de bilirrubina estão elevados? (geralmente > 12mg/dl)
• Houve aumento de níveis de bilirrubina > 5mg/dl/dia?
• A icterícia alcança a zona III de Kramer?
• Há sinais de colestase?
• O quadro é persistente? (Nesse caso, lembre-se do diagnóstico diferencial 
com icterícia do leite materno!)
104
Tema: Puericultura
Caiu em: CERMAM 2019 / EMESCAM 2018 / UNESP 2018 / UNICAMP 
2017 / USP-RP 2017 / UFPR 2015
Grau de dificuldade: alto
Tempo da estação: 10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz (mãe)
Cenário: Atendimento em Unidade Básica de Saúde
Início da Estação
Caso Clínico: 
Você é o médico de uma Unidade Básica de Saúde e irá atender pela primeira 
vez um lactente de 6 meses de idade trazido em consulta pela sua mãe.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento. 
Tarefa 02:
Dê os informes e orientações para a mãe.
Orientações 
à Atriz:
• Durante o atendimento inicial se questionadas intercorrências na 
gestação, a atriz negava. Além disso, negava alterações de exames 
Puericultura
105
laboratoriais e sorológicos durante gestação e negava intercorrências 
no momento do parto. Todas essas respostas eram fornecidas apenas se 
questionadas.
• Durante anamnese da criança, quando questionado sobre o histórico 
alimentar, a mãe refere que ele está só no peito. Nega dificuldade para 
amamentar.
• Caso questionado, a mãe nega que criança está tomando qualquer tipo 
de medicação ou suplemento.
• Em relação aos questionamentos sobre os marcos do desenvolvimento 
esperados para a idade de 6 meses, a atriz só confirmava os dados se o 
candidato perguntasse ativamente (criança sorri, emite sons em resposta 
à fala, segura brinquedos e os leva à boca, eleva a cabeça apoiando-se nos 
antebraços, rola).
Orientações 
ao Examinador:
• Ao questionar se a mãe havia trazido a caderneta da criança, o examinador 
entrega as curvas de crescimento da OMS e uma folha com o histórico 
vacinal, disponíveis a seguir:
106
Considere as marcações como vacinas aplicadas conforme o Programa Nacional de Imunizações.
• Ao solicitar o exame físico, o examinador entregava uma folha com 
toda descrição do exame físico conforme abaixo: 
• PC: 43cm / Peso: 8,200kg / Altura: 68cm / IMC 17,73 kg/m2
• BEG, normocorado, hidratado, anictérico, acianótico, afebril ao toque, 
eupneico, fácies atípica. Sem linfonodomegalias.
• ACV: RCR 2T, BNF, sem sopros. FC: 136 bpm.
• AR: MV presente e simétrico, sem ruídos adventícios. Sem sinais de 
esforço respiratório. FR: 40 irpm
• Abdome: normotenso, distendido, RHA presentes e normoativos, 
timpânico, indolor a palpação, sem visceromegalias, sem massas 
palpáveis.
• EXT: aquecidas, bem perfundidas, sem edema, pulsos palpáveis e 
simétricos.• Genitália: típica masculina, testículos tópicos, presença de fimose 
fisiológica. Ânus pérvio.
• Oroscopia: mucosa normocorada, sem hiperemia ou placas exsudativas.
• Neuro: ativa e reativa, tônus preservado, postura adequada, reflexos 
primitivos presentes e simétricos.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
107
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona sobre intercorrências gestacionais?
Solicita caderneta de saúde da criança?
Questiona queixas atuais?
Questiona história alimentar (aleitamento)?
Questiona se criança rola ou sustenta corpo de bruços em 
antebraços?
Questiona se criança segura e troca brinquedos entre as 
duas mãos?
Questiona se criança sorri e prefere companhia dos pais?
Questiona se criança emite sons ao estímulo?
Tarefa 02
Indica que desenvolvimento se encontra adequado para a 
idade?
Indica que crescimento está dentro de curva de 
normalidade, adequado para a idade?
Indica atraso vacinal?
Indica que criança deverá realizar segunda dose de vacinas 
pentavalente, antipoliomielite, antipneumocócica-10 e 
rotavírus?
Checklist
108
Indica que deverá realizar primeira dose de 
antimeningocócica-C?
Reforça retorno ao calendário vacinal?
Indica introdução alimentar de forma lenta e gradual, 
até 3 vezes ao dia com alimentos complementares (frutas, 
legumes, cereais, tubérculos, carnes e ovos)? 
Reforça manutenção de aleitamento materno?
Indica administração de sulfato ferroso profilático por via 
oral?
Indica retorno em consulta de 9 meses ou se novas queixas?
Debriefing
Estação de puericultura de criança de 6 meses, idade em que deve-se 
realizar diversas orientações relacionadas à introdução alimentar e em que 
importantes marcos do desenvolvimento neuropsicomotor se desenvolvem. 
Sem dúvida uma estação com grau de dificuldade alto devido número de 
informações e orientações a serem realizadas para binômio mãe bebê. 
Lembre-se de seguir sempre o passo a passo da consulta pediátrica em prova 
de atendimento para não perder nenhuma pontuação. Você lembra como 
conduzir uma estação de puericultura à risca? Vamos lá!
• Identificação
• Anamnese gestacional
• Anamnese pré-natal e parto
• Anamnese da criança:
• Queixas e dúvidas
• Amamentação e alimentação
• Introdução alimentar ao 6 meses
• Introdução de profilaxia com sulfato ferroso
• Crescimento e desenvolvimento
109
• Avaliar peso, estatura, IMC com gráficos da OMS
• Avaliar: Motor / Adaptativo / Social / Linguagem
• Calendário vacinal
• Lembrar da contraindicação de vacina contra rotavírus para 
primeira dose se > 3 meses e 15 dias e para segunda dose se > 7 
meses e 29 dias
• Prevenção de acidentes
• Reforçar cuidados com berço, prevenção de morte súbita do 
lactente, acidentes domésticos com fogo e altura, além de prevenção 
de acidentes de trânsito com recomendação de cadeiras adequadas.
• Programação de puericultura
• 7 consultas no primeiro ano de vida: 1a com 7 dias de vida / demais 
aos 1 - 2 - 4 - 6 - 9 -12 meses.
110
Tema: Puericultura
Caiu em: CERMAM 2019 / EMESCAM 2018 / UNESP 2018 / UNICAMP 
2017 / USP-RP 2017 / UFPR 2015
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz (mãe)
Cenário: Atendimento em UBS com boneco compatível com lactente, 
estadiômetro e fita métrica em cima de maca de atendimento médico
Início da Estação
Caso Clínico:
Um paciente de 9 meses vem a consulta de rotina acompanhado de sua mãe.
Tarefa 01: 
Faça o atendimento e esclareça as dúvidas da mãe.
Orientações 
à Atriz:
• Quando questionadas queixas, a mãe negava.
• Ao pedir o cartão de vacina e caderneta da criança, a mãe dizia que 
havia esquecido, mas relatava que a vacinação da criança estava em dia.
Puericultura 2
111
• Atriz questionava de quanto em quanto tempo deveriam ocorrer às 
consultas.
• O paciente estava em amamentação não exclusiva e a mãe falava que 
achava seu leite fraco. Apresentava dúvidas sobre a alimentação, o tipo 
de alimentação e a progressão dos alimentos.
Orientações 
ao Examinador:
• Caso o candidato indicasse realização do exame físico, o examinador 
entregava o seguinte:
• Exame físico: 
• Peso: 8.5 kg
• Geral: BEG, ativo e reativo, normocorado, afebril ao toque, hidratado, 
sem edemas, ausência de linfonodomegalias palpáveis.
• Respiratório: SatO2: 99% em ar ambiente, FR 35 irpm, ausculta com 
murmúrio presente difusamente sem ruídos adventícios.
• Cardiovascular: pulsos presentes com boa amplitude, FC: 95 bpm, 
ausculta: bulhas cardíacas normofonéticas, com ritmo regular em 2 
tempos, sem sopros.
• Abdome: levemente globoso, RHA+, ausência de visceromegalias e 
tumorações palpáveis.
• Extremidades: sem edemas, EC <2s.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
112
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresenta-se como médico e acolhe paciente?
Questiona sobre queixas referentes ao paciente?
Solicita caderneta de saúde da criança?
Questiona presença de comorbidades?
Questiona sobre hábitos alimentares da criança?
Indica realização de exame físico?
Indica necessidade de avaliar dados antropométricos (PC 
e estatura)?
Solicitou ajuda de outra pessoa para realizar aferição da 
estatura?
Realiza aferição de estatura com estadiômetro, com a 
parte fixa na porção cefálica?
Realiza medida do perímetro cefálico corretamente 
(protuberância occipital a glabela)?
Explica para a mãe sobre o intervalo correto entre as 
consultas (próxima com 12 meses e depois semestral entre 
18 e 24 meses)?
Orienta progressão de alimentar (alimentos de todos 
os grupos, amassados com progressão para sólidos e 
alimentação da família após um ano de idade)?
Não recomenda o uso de leite de vaca?
Explica benefícios do aleitamento materno, orientando 
manter até pelo menos 2 anos de idade?
Orientou sobre prevenção de acidentes?
113
Debriefing
Estação de puericultura, curta duração, em que era solicitada tarefa única 
para realizar o atendimento. Sem dúvida otimizar o tempo nessa estação é 
crucial para uma pontuação satisfatória. Era preciso, também, estar atento 
ao exame físico fornecido sem aferições e perímetro cefálico e estatura e 
analisar o cenário de prova: havia estadiômetro, fita métrica e boneco na 
sala! Certamente a banca estaria avaliando sua capacidade de realizar as 
aferições dessas medidas! Treinamento de prova prática é para não cair 
nessas pegadinhas na sua prova. Aproveite essa estação para reforçar sua 
atenção no conjunto da prova que você está realizando, beleza? 
Para relembrarmos detalhes sobre as aferições antropométricas:
• O peso sempre deve ser realizado com recém-nascido completamente 
despido, inclusive sem fralda. Para crianças até 2 anos (ou até 16 kg), 
usamos a balança pediátrica e aferimos o peso com a criança deitada.
• A estatura deve ser medida através do comprimento até os 2 anos de 
idade, e após, através da altura. Para realizar a medida do comprimento 
de uma criança com o estadiômetro, é necessária a ajuda da mãe ou de 
outra pessoa para fixar e pressionar os joelhos da criança à maca. A parte 
fixa do antropômetro é voltada para a cabeça, e a móvel para os pés.
• O perímetro cefálico deve ser medido com fita métrica e possui como 
marcos anatômicos a glabela da criança e a proeminência occipital.
114
Tema: Icterícia Fisiológica
Caiu em: check-list extra
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento Unidade Básica de Saúde
Início da Estação
Caso Clínico:
Puérpera leva seu filho no quinto dia de vida para a consulta no posto de 
saúde. Trata-se de um recém-nascido a termo, com peso de nascimento 
de 3.000g. Mostra-se bastante preocupada por ter observado que o recém-
nascido encontra-se com a face amarelada.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Tarefa 02: 
Classifique o seguinte achado no exame físico.
Tarefa 03: 
Indique sua hipótese diagnóstica e oriente à paciente.
Icterícia Fisiológica
115
Orientações 
à Atriz:
• Quando indagada, daria as seguintes informações pertinentes: 
• Início daicterícia há 48 horas; 
• Tipagem sanguínea materna AB+; 
• Ausência de colúria e acolia; 
• Pré-natal sem intercorrências; 
• Aleitamento materno exclusivo em regime de livre demanda.
• Durante as orientações, a atriz questiona se não seria adequado o início 
de fórmula infantil.
Orientações 
ao Examinador:
• A placa a seguir, com dados do exame físico, seria fornecida ao 
candidato juntamente com imagem de recém nascido com a solicitação 
de classificação da icterícia.
Placa 1: Recém-nascido ativo e reativo. Peso 2.800g. Corado. Mucosas 
hidratadas. Fontanela anterior normotensa. Icterícia 1+/4+ na face. 
Exame do aparelho respiratório e do aparelho cardiovascular: NDN. 
Abdome globoso, depressível, sem massas ou visceromegalias. Genitália 
masculina com testículos tópicos. Membros sem alterações. Reflexos 
primitivos presentes e simétricos.
Placa 2: Classifique seguinte achado do exame físico:
116
(Imagem de RN com icterícia em face - Zona I de Kramer)
Imagem acima foi recorte feito por mim a partir da seguinte 
imagem: https://images.app.goo.gl/mHN2vt8tx4ehSV488
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona sobre o início da icterícia?
Questiona sobre a gestação?
Questiona a tipagem sanguínea materna?
Questiona sobre sinais de colestase (colúria, acolia?)
Questiona história alimentar (aleitamento)?
Indica realização de exame físico?
Checklist
117
Tarefa 02
Caracteriza icterícia zona I de Kramer (em face)?
Tarefa 03
Indica o diagnóstico de icterícia fisiológica?
Tranquiliza a mãe sobre diagnóstico?
Orienta aleitamento materno exclusivo?
Orienta sinais de gravidade para retorno? (persistência de 
icterícia, irritabilidade, alterações no aleitamento, etc.)
Debriefing
Estação com baixo grau de dificuldade e focada na anamnese da neonatologia. 
Vamos relembrar quando suspeitar de icterícia não fisiológica? 
• Início precoce? Antes de 24 horas de vida?
• Níveis de bilirrubina estão elevados? (geralmente > 12mg/dl)
• Houve aumento de níveis de bilirrubina > 5mg/dl/dia?
• A icterícia alcança a zona III de Kramer?
• Há sinais de colestase (colúria, acolia, aumento de BD)?
• O quadro é persistente? (Nesse caso, lembre-se do diagnóstico diferencial 
com icterícia do leite materno!)
Se alguma dessas respostas for sim, estamos diante de um quadro de 
icterícia patológica, com necessidade de tratamento e investigação. O 
tratamento base é a fototerapia, que deve ser indicada conforme níveis 
de bilirrubina associados a idade gestacional, fatores de risco e horas de 
vida do recém-nascido. Essa indicação é realizada através da avaliação em 
gráfico com níveis adequados para realização de fototerapia no bebê. Para 
sua prova, sem aprofundar em muitos detalhes, o básico é saber indicar 
118
fototerapia quando a icterícia é precoce (antes de 24 horas de vida) e se 
BT>17mg/dl. Lembre-se também que, apesar de pouco usada na atualidade, 
a exsanguineotransfusão é um recurso a ser utilizado em icterícias graves!
Já a investigação inicial da icterícia patológica deve ser realizada conforme 
achados na anamnese, sempre buscando excluir incompatibilidade ABO ou 
Rh, esferocitose, deficiência de G6PD, sinais de colestase, hipotireoidismo. 
Os exames iniciais necessários são:
• Bilirrubina total e frações indireta e direta;
• Hemoglobina e hematócrito com morfologia de hemácias, reticulócitos 
e esferócitos;
• Tipo sanguíneo mãe e RN para sistemas ABO e Rh (antígeno D);
• Coombs direto no sangue de cordão ou do RN;
• Pesquisa de anticorpos anti-D (Coombs indireto) se mãe Rh (D ou Du) 
negativo;
• Dosagem sanguínea quantitativa de glicose-6-fosfato desidrogenase 
(G6PD);
• Dosagem sanguínea de hormônio tireoidiano e TSH (exame do pezinho);
119
Tema: Asma
Caiu em: UNICAMP 2020 / UFES 2019 / SCMSP 2016 / UNIFESP 2015
Grau de dificuldade: alto
Tempo da estação: 10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento Unidade Básica de Saúde
Início da Estação
Caso Clínico:
Criança de 8 anos vem à consulta de rotina na UBS trazido pela mãe, com 
queixa de episódios de falta de ar. 
Tarefa 01: 
Realize o atendimento. 
Tarefa 02: 
Solicite 2 exames.
Tarefa 03: 
Indique a conduta para o caso.
Asma
120
Orientações 
à Atriz:
• Quando questionada, a atriz relata que a criança tem crises de falta de ar 
desde mais nova e que o quadro tem piorado nos últimos anos.
• Ao questionar sobre histórico de internações devido o quadro, a mãe 
relatava que o mesmo havia internado há cerca de 3 meses e que na alta 
foi dado uma receita (neste momento a atriz entregava uma receita ao 
candidato - Na receita havia a prescrição de Montelucaste e corticoide 
inalatório).
• Caso questionada, a mãe negava sintomas no momento.
• Caso fosse questionado, a mãe queixava-se de sintomas diurnos cerca de 2 
vezes por semana e sintomas sempre quando criança exposta a atividades 
físicas. Negava qualquer outra questão sobre sintomas noturnos ou uso 
de broncodilatador no último mês.
• Quando questionada sobre controle ambiental, a mãe relatava possuir 
gato em casa.
• Ao questionar antecedentes familiares, a mãe relatava que o pai da 
criança já teve bronquite.
Orientações 
ao Examinador:
• Ao solicitar o exame físico, a examinadora entregava imediatamente a 
folha com toda descrição do exame físico: 
• Geral: BEG, corado, hidratado, altura 1,28 m (p50) e peso 26 kg (p50).
• ACV: RCR em 2T, BNF sem sopros. FC: 85 BPM, PA: 80x65 mmHg.
• AR: MV+ bilateralmente, sem ruídos adventícios. Sao2: 99% em ar 
ambiente, FR: 18 irpm.
• Abdome: plano, peristáltico, indolor a palpação profunda e superficial, 
ausência de tumorações e visceromegalias palpáveis.
• Extremidades: sem edemas, panturrilhas livres, EC < 2 segundos.
121
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questionou época de início do quadro?
Questionou limitação de atividades diárias?
Questionou uso de broncodilatadores de curta duração?
Questionou presença de despertares noturnos?
Questionou a presença de sintomas diurnos?
Questionou exacerbações recentes / idas ao pronto 
socorro?
Questionou internações prévias?
Questionou uso de medicações?
Questionou alergias?
Questionou história familiar de atopia?
Questionou sobre controle ambiental?
Pediu autorização e realizou exame físico após lavagem 
adequada das mãos?
Checklist
• Após o candidato realizar a tarefa 02, o examinador não fornece 
resultados dos exames e apresenta a tarefa 03 ao candidato.
122
Tarefa 02
Solicitou 2 dos seguintes exames: Espirometria com prova 
broncodilatadora, radiografia de tórax, teste alérgico 
cutâneo, dosagem de IgE total e específicas.
Classificou a asma corretamente como parcialmente 
controlada? (sintomas diurnos e limitação de atividade)
Tarefa 03
Orientou a mãe sobre medidas de controle ambiental?
Prescreveu broncodilatador de curta duração para crises?
Orientou manter corticoide inalatório em dose baixa 
contínuo?
Ensinou ou questionou sobre técnica correta de uso da 
broncodilatador?
Orientou necessidade de vacinação anual para Influenza?
Marcou retorno para acompanhamento do quadro?
Debriefing
Conseguiu relembrar o seguimento ambulatorial da asma nessa estação? 
Em uma prova longa e com várias pontuações em anamnese, é importante 
manter a sequência do atendimento na ponta da língua!
Pra começar, em toda consulta ambulatorial de seguimento de paciente 
com asma é preciso Acessar - as queixas, os sintomas, o controle -, Ajustar 
- o tratamento, com modificação de acordo com risco do paciente, rever 
estratégias não farmacológicas e técnica de administração de medicação - e, 
por fim, Avaliar a resposta - exacerbações, função pulmonar, satisfação do 
paciente e da família.
123
A avaliação do controle para pacientes com 6 anos ou mais é feita através de 
4 perguntas, com respostas avaliadas de acordo com sintomas nas últimas 
4 semanas:
• Sintomas diurnos > 2 vezes por semana?
• Algum despertarnoturno pela asma?
• Uso de medicação de alívio > 2 vezes por semana?
• Alguma limitação de atividade por asma?
Se a resposta for não para todas as perguntas, o paciente encontra-se num 
estágio classificado como Asma Controlada. Já se o paciente apresenta 1 ou 
2 respostas positivas, classifica-se como Asma Parcialmente Controlada e 
se 3 ou 4 respostas positivas, como Asma Não Controlada.
Para finalizar e gabaritar essa estação, era preciso relembrar os steps de 
tratamento de asma! Nos pacientes acima de 6 anos, como o caso em 
questão, trata-se de um paciente com asma parcialmente controlada, e sem 
uso de medicações de primeira linha, podendo ser indicado o Step 2 para 
controle e reavaliação após 4 semanas de tratamento. O Step 2 para crianças 
maiores ou iguais a 6 anos corresponde ao uso de corticoide inalatório em 
baixa dose contínuo associado ao broncodilatador de curta duração nas 
crises. Para ficar claro, o uso de montelucaste, antagonista do receptor de 
leucotrieno, pode ser recomendado, porém não é o tratamento de primeira 
escolha para controle da asma.
124
Tema: Artrite Séptica do Quadril
Caiu em: HIAE 2017
Tempo da estação: 8 minutos
Ator/examinador: 1 examinador 
Cenário: Pronto-socorro infantil. Sala com manequim de pano, compatível 
com paciente pré-escolar
Início da Estação
Caso Clínico: 
João, 3 anos, é levado ao pronto-socorro com queixa de febre alta há dois 
dias, queixa de dor no joelho esquerdo e claudicação. Mãe nega qualquer 
quadro viral ou infeccioso recente. No exame físico: criança em regular 
estado geral; temperatura axilar 39oC; joelho esquerdo sem sinais de flogose.
Tarefa 01: 
Faça o exame físico específico à queixa.
Tarefa 02: 
Indique o exame que deverá ser solicitado neste momento.
Tarefa 03: 
Indique sua hipótese e a conduta para a confirmação diagnóstica.
Artrite Séptica 
do Quadril
125
Tarefa 04: 
Indique as duas principais intervenções terapêuticas.
Orientações 
ao Examinador:
• Ao realizar a avaliação da articulação do quadril ou outras avaliações, as 
seguintes informações seriam fornecidas ao candidato:
• Mantém membro inferior esquerdo com flexão, abdução e rotação 
externa do quadril;
• Dor à movimentação ativa e passiva do quadril esquerdo;
• Incapacidade de sustentar o peso sobre o membro esquerdo;
• Foi realizada radiografia da articulação do quadril, que não evidenciou 
alterações.
• Caso fosse feita a solicitação de ultrassom de quadril, o examinador 
forneceria a imagem abaixo. Demais exames não estariam disponíveis.
• USG Quadril apresentando derrame articular (imagem):
• Caso o candidato solicitasse a punção articular e análise do líquido 
articular, seria fornecido o seguinte resultado:
• Líquido sinovial: leucócitos 60.000 células/mm3, com predomínio 
de polimorfonucleares. Bacterioscopia com coloração de Gram com 
presença de cocos Gram-positivos.
(http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=3236&idioma=Portugues) 
126
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Indica avaliação da articulação do quadril?
Indica inspeção ou avaliação estática da articulação?
Indica avaliação de movimentação ativa e passiva? 
(considerar apenas se indicadas as duas avaliações)
Tarefa 02
Solicita ultrassonografia do quadril?
Tarefa 03
Indica o provável diagnóstico de artrite séptica de quadril?
Tarefa 04
Indica internação hospitalar?
Indica antibioticoterapia parenteral ou intravenosa?
Cita necessidade de cobertura para staphylococcus aureus?
Indica necessidade de drenagem cirúrgica?
Checklist
• Caso fosse feita a indicação de antibioticoterapia, o examinador 
questionaria qual o agente etiológico que deveria ser coberto.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
127
Debriefing
Estações práticas com enfoque no exame físico são recorrentes nas provas 
de residência, desde a pesquisa de sinais de irritação peritoneal até o exame 
osteoarticular, como o abordado nessa estação! Não deixe passar o básico 
da avaliação articular para não perder nenhum ponto no check-list!
 
A claudicação e a dor na articulação coxo-femoral são queixas frequentes 
que levam as crianças e adolescentes em busca de atendimento de urgência 
em ortopedia pediátrica. Esses sintomas são comuns a uma diversidade de 
doenças com amplo espectro de gravidade e tratamentos distintos. Nem 
sempre é fácil realizar o diagnóstico diferencial entre as principais afecções 
envolvidas na dor articular, mas podemos definir através da história, exame 
físico e exames de imagem! Vamos lembrar dos principais diagnósticos 
diferenciais de dor em articulação coxo-femoral na pediatria?
• Doença de Legg-Calvé-Perthes (necrose avascular de cabeça femoral): 
Radiografia de quadril com colapso de epífise femoral e aumento de 
espaço articular.
• Epifisiólise (deslizamento da epífise da cabeça femoral): Radiografia 
com linha de Klein.
• Sinovite Transitória do Quadril: Após infecção respiratória viral. 
• Artrite séptica: USG com derrame articular.
Diante de um exame físico com alteração clara de articulação coxo-femoral 
e radiografia sem alterações, o ultrassom torna-se o exame de eleição 
na pesquisa de edema e derrame articular. O ultrassom é exame de fácil 
execução, não invasivo, e habitualmente disponível na prática clínica 
pediátrica. É indicado para o diagnóstico das artrites sépticas, com alta 
sensibilidade para identificação de derrame articular. 
Encontrada a presença de líquido articular, é preciso especificar seu 
padrão celular. Sendo este sugestivo de infecção bacteriana, na faixa 
etária pediátrica, o principal agente etiológico é o staphylococcus aureus. 
A drenagem articular associada ao tratamento com antibioticoterapia 
intravenosa tornam-se as condutas de eleição na artrite séptica. Certo?
128
Tema: Reanimação Neonatal
Caiu em: UNESP 2019 / UFPR 2018 / UNIFESP 2018 / HSL 2018 / 
SCMSP 2016
Tempo da estação: 8 minutos
Ator/examinador: 1 examinador 
Cenário: Sala de parto com berço aquecido, boneco compatível com recém-
nascido e materiais de reanimação cardio-pulmonar
Início da Estação
Caso Clínico:
Você é médico pediatra na sala de parto do centro obstétrico e receberá 
o recém-nascido de Mariana, 28 anos, primigesta, com pré-natal sem 
intercorrências e parto por via vaginal. O obstetra acaba de retirar o recém-
nascido e aguarda seu comando para clampeamento do cordão.
Tarefa 01: 
Dê continuidade à assistência ao recém-nascido em sala de parto.
Tarefa 02: 
No alojamento conjunto, você encontra o seguinte achado ao realizar o 
teste do olhinho. Qual o diagnóstico e conduta?
Reanimação Neonatal
129
Orientações 
ao Examinador:
• Caso o candidato questionasse, o examinador responderia que o recém-
nascido é a termo, com 38 semanas, não está chorando e apresenta tônus 
fraco.
• Caso o candidato mencionasse, o examinador orientaria para considerar 
o berço como aquecido.
• Conforme o candidato indicasse aspiração de vias aéreas se necessário, o 
examinador responderia "considere feito".
• Ao indicar avaliação de frequência respiratória e respiração, o examinador 
mencionaria FC = 80 bpm.
• Caso o candidato mencionasse VPP com técnica correta e indicasse 
a reavaliação de FC e respiração após 30 segundos, o examinador 
mencionaria FC > 100 bpm.
• Para a tarefa 02, o examinador forneceria a seguinte imagem:
(imagem com ROV alterado - leucocoria)
(https://pediatriaufcspa.wixsite.com/pediatria/teste-do-olhinho-alterado)
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
130
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Questiona se o RN é termo, prematuro ou pós-termo?
Questiona se RN está respirando ou chorando?
Questiona se o RN apresenta bom tônus?
Indica clampeamento precoce de cordão umbilical? 
Posiciona-se na cabeceira de berço aquecido?
Aquece o RN sob fonte de calor?
Posiciona cabeça de RN?
Menciona, se necessário, aspirar primeiramente a boca e 
depois narinas? 
Seca e estimula RN?
Solicita oximetria em membro superior direito?
Solicita monitorização cardíaca?
Inicia VPP com bolsa-válvula-máscara?
Inicia VPP com ofertade O2 a 21% (ar ambiente)?
Realiza VPP com técnica correta (C e E adequada)?
Indica frequência adequada de ventilação (40-60/min)?
Checklist
131
Reavaliou FC e respiração novamente?
Tarefa 02
Indica diagnóstico de leucocoria?
Indica encaminhamento para oftalmologista?
Debriefing
Pessoal, em toda prova de fluxograma é preciso mencionar para o examinador 
cada passo que você dá! Desde o que até a descrição de como a atividade será 
realizada. Se vai indicar Ventilação com pressão positiva, é preciso indicar 
com qual fração de oxigênio e descrever a técnica correta de ventilação. 
Não deixe de conquistar seus pontos no check-list porque está realizando 
tudo corretamente. É preciso garantir pro examinador que você sabe o que 
está fazendo, beleza?
Partindo desse conhecimento de prova prática, devemos conduzir o 
fluxograma de reanimação neonatal corretamente. Na sala de parto, 
depois de checar todo material, a primeira decisão é definir o momento de 
clampeamento do cordão umbilical. Para isso, é preciso responder a três 
perguntas: 
• Bebê a termo?
• Respirando ou chorando?
• Tônus adequado?
Se as respostas para TODAS forem sim: o clampeamento de cordão deve ser 
entre 1 a 3 minutos e o recém-nascido deve ser conduzido à mãe. Se uma das 
respostas forem não, o recém-nascido deve receber a assistência neonatal: 
Aquecer; Posicionar; Aspirar se necessário; Secar. Tudo isso em 30 segundos! 
Na sequência, deve-se avaliar a frequência cardíaca e o padrão respiratório 
do RN. Se FC<100 bpm ou apneia ou respiração irregular, devemos iniciar 
a ventilação com pressão positiva (VPP) por 30 segundos. Caso o RN seja 
132
a termo, devemos iniciar com FiO2 a 21% e, se for prematuro, a 30%! Tudo 
isso deve ser realizado em 1 minuto: o minuto de ouro!
• Observações para você não comer bola na prova:
• Se for aspirar, primeiro deve ser a boca e depois narinas;
• Não secar RN com menos de 34 semanas;
• FC deve ser avaliada no precórdio por 6 segundos.
133
Tema: GNPE
Caiu em: check-list extra
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz (mãe)
Cenário: Atendimento Unidade Básica de Saúde
Início da Estação
Caso Clínico:
Mãe leva filho de 8 anos em consulta, apresentando há 5 dias oligúria 
progressiva Relata estar preocupada, pois hoje o filho não teve diurese 
nenhuma vez.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Tarefa 02: 
Escreva o diagnóstico da lesão de pele abaixo?
Tarefa 03: 
Escreva o principal agente etiológico do quadro atual do paciente?
Tarefa 04: 
Indique sua hipótese diagnóstica e oriente o tratamento.
GNPE
134
Orientações 
à Atriz:
• Quando indagada, daria as seguintes informações pertinentes: 
• Início de redução de diurese progressivamente há cerca de duas 
semanas.
• Nega febre, prurido ou outros sintomas.
• Criança previamente hígida;
• Relata uso de antibiótico por causa de umas lesões de pele há cerca 
de 3 semanas, mas não terminou o tratamento porque achou que não 
estava adiantando.
• Caso o candidato solicitasse para ver as lesões ou pedisse para a mãe 
descrevê-las, a mãe diria que tem só algumas manchas na pele agora 
e que teria fotos das lesões antigas no celular. A atriz entregaria a 
seguinte imagem com a tarefa 02: 
• Caso o candidato questionasse se a mãe possuía dúvidas, a mãe perguntava 
quais seriam os sinais de alarme que deveria ficar atenta.
(imagem de impetigo: crosta melicérica em triângulo nasal e em membros superiores/inferiores)
(http://nantuconsultoria.com.br/impetigo-doenca-tipica-verao/)
135
Orientações 
ao Examinador:
• Orientações ao examinador:
• Independente da resposta do candidato na tarefa 02, o examinador 
forneceria a tarefa de número 03.
• Juntamente com as tarefas de número 02 e 03 seria entregue uma folha-
resposta para o candidato preencher:
• Tarefa 02: 
• Tarefa 03: 
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona sobre a queixa principal?
Questiona sobre duração dos sintomas?
Questiona sobre uso de medicações?
Questiona presença de febre?
Questiona sobre prurido?
Questiona sobre antecedentes patológicos?
Checklist
136
Tarefa 02
Escreveu impetigo ou infecção bacteriana de pele?
Tarefa 03
Escreveu agente etiológico Streptococcus pyogenes?
Tarefa 04
Indicou hipótese diagnóstica de síndrome nefrítica ou de 
glomerulite aguda pós-estreptocócica?
Indicou restrição hidrossalina, diurético, furosemida, 
controles de pressão arterial, peso e diurese? (considerar 
pelo menos 3)
Indicou tratamento com antibiótico para profilaxia?
Questiona a presença de dúvidas?
Orientou mãe sobre sinais de alarme (cefaleia, dispneia, 
anúria)?
Debriefing
Um paciente com quadro de edema e oligúria após infecção de pele deve 
despertar em você o diagnóstico de síndrome nefrítica ou glomerulopatia 
pós-estreptocócica. Nesse caso, é importante lembrar que o diagnóstico é 
realizado quando existir um período de incubação de doença estreptocócica 
compatível com início de quadro renal. Lembre que o período de incubação 
da faringite é por volta de 1-3 semanas e da piodermite, 2-6 semanas. Além 
disso, podemos confirmar a doença estreptocócica através da detecção 
de Anti-estreptolisina O (ASLO) nas faringites e Anti-DNAse B nas 
piodermites. Por fim, podemos ainda observar uma queda transitória do 
complemento C3, com duração de no máximo 8 semanas. 
137
O quadro clínico clássico é o início do quadro com oligúria, 
hipocomplementenemia (queda de C3), hematúria microscópica e 
proteinúria menor que 1g/dia.
O tratamento é direcionado para redução do risco de complicações, 
com restrição hidrossalina, podendo caso a caso iniciar diuréticos e 
vasodilatadores. O uso de antibiótico é recomendado para evitar transmissão 
de cepa nefrogênica e não atua especificamente na evolução natural da 
síndrome nefrítica. 
A GNPE, em grande maioria dos casos, possui evolução benigna. Entretanto, 
é preciso saber indicar os riscos para o paciente e para a família. Entre eles, 
existe o risco de evolução de encefalopatia hipertensiva, edema agudo de 
pulmão e insuficiência renal aguda.
138
Tema: Síndrome do Bebê Sacudido
Caiu em: UNIFESP 2020 / HIAE 2018 
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento em pronto-socorro. Presença de um boneco 
compatível com lactente de 10 meses
Início da Estação
Caso Clínico: 
Lactente de 10 meses é levado ao pronto-socorro com história de sonolência 
excessiva notada pela mãe quando chegou do trabalho.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Tarefa 02: 
Indique sua hipótese diagnóstica e conduta ao caso.
Síndrome do 
Bebê Sacudido
139
Orientações 
à Atriz:
• Quando questionada, a atriz apresentava-se bastante preocupada e 
relatava que trouxe a criança ao médico porque quando chegou em casa 
percebeu que ela estava muito quieta e não estava acordando direito. 
Refere que a vizinha ajuda a cuidar do paciente durante o dia, mas quem 
estava tomando conta hoje era o filho da vizinha porque ela teve que sair. 
• Caso questionada, a atriz nega febre ou outros sintomas prévios, além 
de relatar que ao sair de casa pela manhã, a criança estava bem. Nega 
qualquer comorbidade.
Orientações 
ao Examinador:
• O exame físico a seguir seria fornecido apenas caso o candidato solicitasse:
Ao exame: Lactente sonolento, fontanela anterior normotensa. Escala 
de coma de Glasgow = 13.
(Fundo de olho: imagem com hemorragia retiniana)
(https://medicinacriticapediatrica.wordpress.com/tag/
hemorragia-retiniana-por-nino-sacudido/)
• Caso o candidato solicitasse qualquer outro exame, este não estaria 
disponível.
140
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona sobre queixada mãe?
Questiona manifestações clínicas associadas? (por exemplo 
febre, vômitos, tremores)
Questiona presença de comorbidades?
Solicita exame físico?
Indica realização de fundoscopia?
Tarefa 02
Indica diagnóstico de síndrome do bebê sacudido?
Indica internação hospitalar?
Solicita tomografia computadorizada de crânio?
Solicita realização de inventário esquelético?
Indica notificação do caso para o Conselho tutelar ou 
Vara da infância?
Indica notificação do caso para à Vigilância epidemiológica 
ou SINAN?
Checklist
141
Debriefing
Questão que inicialmente nos apresenta um quadro clínico inespecífico de 
alteração do estado geral da criança, com alteração de nível de consciência, 
associada a uma história social duvidosa quanto aos cuidados do lactente. 
Diante da dúvida, na pediatria, sempre devemos pensar nas situações de maus-
tratos, entre elas a síndrome do bebê sacudido.
 
Quando um bebê é sacudido com força, seu cérebro sofre trauma decorrente 
das forças de aceleração, desaceleração e rotação, movimentando de forma 
brusca a massa encefálica do bebê. O choque com a calota craniana, promove 
diversos tipos de lesões teciduais e vasculares, ou por contusão, rompimento, 
ou cisalhamento, levando a hematomas, edema e sangramento.
No exame físico, a presença de alteração do nível de consciência, decorrente de 
lesão cerebral, associada à presença de hemorragia retiniana na fundoscopia, 
são ponto-chaves para o diagnóstico da síndrome do bebê sacudido e início da 
investigação de maus-tratos na pediatria.
 
Lembre-se que todos os exames devem ser direcionados com a suspeita e podem 
ser ampliados conforme o caso, sendo a avaliação de exames de imagem de 
crânio, a fundoscopia, hemograma com plaquetas, coagulograma os principais 
exames a serem solicitados. A avaliação radiológica deverá sempre ser realizada 
em crianças com idade inferior a 2 anos e naquelas que não se comunicam, 
mesmo não havendo evidências de trauma ósseo ao exame físico.
 
Por fim, para definirmos a internação da criança, devemos considerar 
motivos clínicos para internação do paciente mediante gravidade das lesões, 
mas também devemos analisar o contexto social e risco ao qual o paciente é 
exposto. Lembre-se que estamos diante de um paciente vulnerável.
Lembre-se que deve ser realizada notificação tanto para medidas 
epidemiológicas (SINAN) quanto para suporte social (conselho tutelar ou 
vara da infância)
142
Tema: Doença de Kawasaki
Caiu em: check-list extra 
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento em pronto-socorro. Presença de um boneco 
compatível com lactente de 18 meses
Início da Estação
Caso Clínico: 
Lactente, 18 meses, é atendida em emergência com relato materno de febre 
alta (39 a 39,5oC) e presença de exantema corporal mais intenso na região 
inguinal. Mãe observou, ainda, que os lábios da criança estão rachados.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento e solicite exame físico direcionado.
Tarefa 02: 
Indique sua hipótese diagnóstica e conduta ao caso.
Doença de Kawasaki
143
Orientações 
à Atriz:
• Quando questionada, a atriz relatava que o quadro febril tinha início há 
8 dias e que, no terceiro dia, a criança recebeu penicilina benzatina em 
outro serviço hospitalar por provável infecção de garganta. A atriz nega 
contato com casos semelhantes ou sintomas respiratórios associados.
• Após a tarefa 02, a atriz indaga sobre as complicações da doença.
Orientações 
ao Examinador:
• Caso o candidato solicite o exame físico, o examinador questionaria 
"o que você deseja avaliar?" e conforme o candidato indicasse, eram 
fornecidas as seguintes informações:
• Temperatura axilar 40oC;
• Adenomegalia cervical, linfonodo de 2 cm, sem sinais de supuração;
• Imagem de língua em framboesa com ressecamento de mucosa labial;
• Imagem de hiperemia conjuntival;
• Imagem de rash cutâneo difuso;
(https://www.assignmentpoint.com/science/medical/kawasaki-disease.html) 
144
• Caso o candidato solicitasse qualquer outro exame, este não estaria 
disponível.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona tempo de duração da febre?
Questiona outros sintomas associados?
Questiona sobre contato com casos semelhantes?
Questiona sobre uso de medicamentos durante quadro 
atual?
Indica avaliação de olhos?
Indica avaliação de cavidade oral?
Indica avaliação de adenomegalia?
Indica avaliação de pele?
Indica avaliação de extremidades?
Tarefa 02
Indica diagnóstico de doença de Kawasaki?
Orienta internação hospitalar?
Checklist
145
Solicita realização de ecocardiograma?
Indica imunoglobulina intravenosa 2g/kg?
Indica ácido acetilsalicílico 80-100 mg/kg/dia?
Orienta sobre risco de aneurisma coronariano?
Debriefing
Vamos relembrar quais são os critérios diagnósticos para doença de 
Kawasaki? 
• Febre alta por mais de 5 dias;
• Adenomegalia cervical unilateral;
• Alterações em mucosa oral;
• Alterações oculares;
• Alterações de extremidades;
Lembre-se que a febre por mais de 5 dias é critério obrigatório associado a 
pelo menos 3 dos outros 4 achados clínicos.
Em relação ao tratamento, devemos indicar imunoglobulina intravenosa 
na dose 2mg/kg e ácido acetilsalicílico de manutenção na dose 80-100mg/
kg/dia. As doses são costumam ser cobradas nesse assunto, então se atente 
a esse detalhe!
146
Tema: Otite Média Aguda
Caiu em: check-list extra 
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento em pronto-socorro. Presença de um boneco 
compatível com lactente de 18 meses
Início da Estação
Caso Clínico: 
Lactente de 1 ano e 6 meses, é levado ao ambulatório de pediatria com 
história de coriza e obstrução nasal há 3 dias. Desde a manhã de hoje vem 
apresentando febre de até 38,5oC e chorando um pouco mais do que o 
habitual. A mãe acredita que criança está com dor.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Tarefa 02: 
Solicite dados do exame físico fundamentais para a avaliação da queixa 
atual.
Tarefa 03: 
Indique sua principal hipótese diagnóstica e o tratamento.
Otite Média Aguda
147
Orientações 
à Atriz:
• Quando questionada, a atriz nega vômitos, perda de consciência ou 
abalos. Relata que a criança tem se alimentado normalmente, não 
frequenta creche e nega uso de antimicrobianos recentemente. 
• Caso questionada sobre dor refere que, por vezes, a criança leva a mão 
na orelha, porém a impressão é de que a dor não é tão intensa.
• Quando solicitada a caderneta de saúde da criança, a atriz relata que 
não trouxe, porém que as vacinações se encontram em dia.
Orientações 
ao Examinador:
• Caso o candidato solicite o exame físico, o examinador forneceria a 
seguinte placa:
Ao exame:
• Criança ativa e reativa, corada, hidratada, anictérica, acianótica. FC 
110 bpm / Sat O2 96% / Tax 40oC.
• AR: MV presente, com roncos difusos;
• ACV: RCR em 2T, BNF, sem sopros;
• Abdome: Flácido, peristáltico, timpânico, indolor, fígado palpável 
em RCD, sem massas;
• Extremidades: aquecidas, perfusão adequada;
• Neuro: ausência de sinais meníngeos.
• Caso o candidato solicitasse, os seguintes achados do exame físico seriam 
complementados:
• FR = 35 irpm
• Otoscopia à direita e à esquerda conforme a imagem abaixo:
148
Imagem de MT abaulada 
(http://www.cochlea.eu/po/surdez/surdites-de-transmission)
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona sinais gerais de alerta? (como vômitos 
persistentes, abalos, convulsões, consegue se alimentar 
normalmente)
Questiona sobre intensidade de otalgia?
Questiona sobre uso recente de antimicrobiano?
Indica realização de exame físico?
Tarefa 02
Indica avaliação de frequência respiratória?
Checklist
149
Indica avaliação de otoscopia?
Tarefa 03
Indica membrana timpânica abaulada?
Indica diagnóstico de otite média aguda?
Menciona OMA bilateral?
Indica tratamento com amoxicilina50mg/kg/dia?
Indica uso de analgésico?
Indica retorno se ausência de melhora em 48 a 72 horas?
Debriefing
Diante de um quadro clínico de obstrução nasal, é preciso verificar sinais 
de alarme precocemente. Entre eles, a presença de estridor, sinais de esforço 
respiratório e taquipneia. O quadro respiratório de via aérea alta pode estar 
associado a importantes doenças na faixa pediátrica, por exemplo, podendo 
ser fator desencadeante de bronquiolite e crise de asma. Entretanto, na 
faixa etária pediátrica, não podemos deixar de associar aos quadros de via 
aérea alta a evolução clínica para quadro de otite média aguda (OMA). 
Lembre-se que as crianças possuem fatores anatômicos importantes que 
predispõe essa evolução clínica, como a retificação e encurtamento da tuba 
auditiva.
Os sintomas de OMA podem ser inespecíficos, como irritabilidade e 
localização da dor. Já os sinais devem ser avaliados pela realização otoscopia, 
sendo o abaulamento de membrana timpânica o principal fator preditor de 
OMA.
A maioria das etiologias de OMA são virais, com resolução com uso de 
analgésicos. Entretanto, alguns fatores podem indicar a presença de quadro 
150
de etiologia bacteriana ou com maior evolução de gravidade, sendo indicado 
o uso de amoxicilina 45mg/kg/dia como primeira escolha. Vamos lembrar 
as indicações?
• Se criança < 6 meses;
• Se criança entre 6 meses e 2 anos com:
• OMA bilateral ou
• Presença de otorreia ou
• Sintomas graves:
• Dor moderada a grave;
• Otalgia há > 48 horas
• Febre ≥ 39oC;
151
Tema: Escabiose
Caiu em: check-list extra 
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 ator
Cenário: Atendimento em Unidade Básica de Saúde
Início da Estação
Caso Clínico: 
Lactente, 9 meses, é levado a consulta não agendada para avaliação de lesões 
de cutâneas notadas há alguns dias. Pai informa que a criança parece estar 
irritada e incomodada desde o surgimento das lesões, principalmente no 
período noturno.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Tarefa 02: 
Indique sua hipótese diagnóstica e conduta ao caso.
Escabiose
152
Orientações 
ao Ator:
• Quando questionado, o ator relata que as lesões surgiram há 5 dias, sem 
outros sintomas associados. Refere que na casa moram apenas o pai, a 
mãe e a criança, e que ele (o pai) tem apresentado prurido na região 
genital e na região axilar há alguns dias. Relata que a mãe encontra-se 
assintomática.
Orientações 
ao Examinador:
• Caso o candidato solicite o exame físico, o examinador fornece a seguinte 
placa:
• Exame físico sem alterações, exceto pelas lesões na imagem abaixo:
(imagem de lesão de escabiose - pápulas hiperemiadas com tunelização)
(https://www.portalped.com.br/sem-categoria/epidemiologia-tempo-de-afastamento-
e-precaucao-para-as-principais-doencas-infectocontagiosas/attachment/escabiose/) 
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
• Caso o candidato indicasse avaliação de mãos e pés, o examinador 
referia que havia grande número de lesões nas extremidades com aspecto 
semelhante.
153
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona sobre início das lesões?
Questiona sobre outras manifestações associadas?
Questiona contato com casos semelhantes?
Questiona sobre contatos domiciliares?
Indica realização de exame físico?
Tarefa 02
Indica lesões em pápulas hiperemiadas?
Indica lesão em tunelização?
Indica avaliação de mãos e pés?
Indica diagnóstico de escabiose?
Indica tratamento de lactente com permetrina?
Orienta o tratamento dos demais membros da família?
Checklist
154
Debriefing
Estação com tema clássico de atendimento em unidade básica de saúde, 
que se torna de grau moderado por ter como pontuação no check-list a 
descrição dermatológica da lesão.
A escabiose é uma doença parasitária da pele, causada pelo ácaro Sarcoptes 
scabiei, e se localiza na epiderme. Os ácaros cavam túneis na pele, dando o 
aspecto de tunelização na lesão. As lesões podem variar conforme a faixa 
etária e grau de imunidade do paciente. O principal sintoma da escabiose 
nos adultos é o prurido, principalmente à noite. Entretanto, na faixa etária 
pediátrica, esse sintoma pode se apresentar apenas como irritabilidade e 
choro excessivo, sendo o exame físico e descrição das lesões dermatológicas 
os grandes aliados no diagnóstico e indicação do tratamento correto.
Em neonatos e crianças menores, a permetrina é aplicada na cabeça e no 
pescoço, evitando-se as regiões periorbital e perioral. Atenção especial é 
recomendada em áreas intertriginosas, unhas das mãos, artelhos e umbigo. 
155
Tema: Gastroenterite Aguda
Caiu em: check-list extra 
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento em pronto-socorro. Presença de um boneco 
compatível com lactente de 10 meses
Início da Estação
Caso Clínico: 
Cadu, 10 meses, é levado ao pronto-socorro pela mãe, apresentando história 
de vômitos e evacuações semilíquidas e volumosas. Mãe refere início dos 
sintomas há 3 dias, com febre baixa apenas no primeiro dia do quadro.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Tarefa 02: 
Você solicitaria algum exame para complementar sua avaliação? Se sim, 
qual?
Gastroenterite 
Aguda
156
Tarefa 03: 
Indique a classificação do estado de hidratação desta criança e indique o 
plano terapêutico apropriado.
Tarefa 04: 
Realize a prescrição.
Orientações 
à Atriz:
• Quando questionado, a atriz relata que não há sangue nas fezes e que 
o lactente consegue amamentar e alimentar sem dificuldade. Relata, 
ainda, apenas um episódio de vômito nas últimas 7 horas. 
Orientações 
ao Examinador:
• Caso o candidato solicite o exame físico, o examinador fornece a seguinte 
placa:
Ao exame: Criança ativa e reativa, BEG, aceitando água normalmente, 
sinal da prega desaparece imediatamente, olhos normais. Peso = 9kg, a 
mesma aferição foi realizada em consulta de rotina há uma semana.
• A tarefa 04 só seria fornecida caso o candidato indicasse o plano 
terapêutico correto. O examinador entrega um receituário a ser 
preenchido juntamente com a tarefa 04.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
157
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona sobre a presença de sangue nas fezes?
Questiona a presença de muco ou pus nas fezes?
Questiona sobre frequência de vômitos?
Questiona sobre aleitamento e alimentação?
Tarefa 02
Indica que não há necessidade de exames complementares?
Tarefa 03
Indica que a criança está hidratada?
Indica tratamento com plano A? 
Tarefa 04
Orienta manter dieta habitual?
Orienta uso de soro caseiro ou SRO após evacuações?
Orienta ingesta de pelo menos 50-100ml de SRO/soro 
caseiro após cada perda?
Orienta uso de zinco por 10 dias? (considerar também se 
10 a 14 dias)
Checklist
158
Debriefing
Vamos relembrar como classificar o grau de desidratação para direcionar o 
tratamento da gastroenterite aguda?
Orienta ondansetrona se náuseas ou vômitos?
Contraindica outras medicações?
Contraindica ingesta de refrigerantes ou adoçar bebidas?
Orienta sinais de alarme para retorno (piora na diarreia, 
vômitos repetidos, muita sede, recusa de alimentos, sangue 
nas fezes, redução de diurese)? Considerar correto pelo 
menos 3 sinais.
Explica a prescrição para a mãe?
Etapas A B C
Observe
Estado geral Bem, alerta
Irritado, 
intranquilo
Comatoso, 
hipotônico*
Olhos Normais Fundos
Muito fundos e 
secos
Lágrimas Presentes Ausentes Ausentes
Sede
Bebe normal, 
sem sede
Sedento, 
bebe rápido e 
avidamente
Bebe mal ou 
não é capaz de 
beber*
159
Explore
Sinal da prega
Desaparece 
rapidamente
Desaparece 
lentamente
Desaparece 
muito 
lentamente 
(mais de 2 
segundos)
Pulso Cheio Rápido, fraco
Muito fraco ou 
ausente*
Decida
SEM SINAIS DE 
DESIDRATAÇÃO
Se apresentar 
dois ou mais 
sinais: COM 
DESIDRATAÇÃO
Se apresentar 
dois ou 
mais sinais, 
incluindo pelo 
menos um dos 
destacados com 
asterisco (*): 
DESIDRATAÇÃO 
GRAVE
Trate
USE O PLANO A
USEO PLANO B 
(pese o paciente)
USE O PLANO C 
(pese o paciente)
160
Tema: Neonatologia
Caiu em: check-list extra 
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador
Cenário: Atendimento em Alojamento Conjunto com um boneco 
correspondente a um recém-nascido. Sala com estadiômetro e fita métrica
Início da Estação
Caso Clínico: 
Você é médico neonatologista e recepciona um recém-nascido de 12 horas de 
vida no alojamento conjunto. RN termo, parto vaginal sem intercorrências. 
Sorologias maternas não reagentes.
Tarefa 01: 
Realize e descreva o exame físico inicial do recém-nascido.
Orientações 
ao Examinador:
• As tarefas só serão pontuadas caso o candidato verbalize a descrição do 
exame físico.
Neonatologia
161
• Quando o candidato realizasse o exame físico da genitália, a seguinte 
imagem seria fornecida:
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/868
(imagem de genitália ambígua)
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Posiciona recém-nascido adequadamente? 
Expõe todo corpo do recém-nascido (retirando qualquer 
campo coberto)?
Indica palpação de crânio e de fontanelas?
Indica inspeção de lesões provenientes de trajeto de parto?
Indica inspeção de nariz e perviedade de vias aéreas?
Indica inspeção e avaliação de palato?
Indica inspeção e avaliação de implantação de orelhas?
Checklist
162
Indica inspeção e palpação de clavículas?
Indica palpação pulsos axilares?
Indica inspeção e ausculta de tórax?
Indica ausculta de sistema cardiovascular?
Indica inspeção, palpação e ausculta abdominal?
Indica palpação de pulsos femorais?
Indica inspeção de genitália?
Indica presença de genitália ambígua?
Não define sexo para o recém-nascido?
Indica inspeção e palpação de coluna?
Indica avaliação de fosseta sacral?
Indica pesquisa de reflexos primitivos (pelo menos dois: 
preensão palmar, moro, reflexo plantar, reflexo de marcha, 
reflexo tônico-cervical)?
Realiza aferição da estatura com estadiômetro, com a 
parte fixa na porção cefálica
Realiza medida do perímetro cefálico corretamente 
(protuberância occipital a glabela)
163
Debriefing
Dentre as várias situações que podem configurar uma emergência pediátrica 
no recém-nascido, as ambiguidades genitais surgem com uma importância 
enorme tanto do ponto de vista imediato, já que algumas etiologias 
(hiperplasia adrenal congênita, síndromes malformativas) colocam a vida 
da criança em risco, como a longo prazo, em que uma situação de definição 
de sexo mal resolvida acarretará prejuízos irreparáveis ao bem-estar 
psicossocial do paciente. Esse diagnóstico muitas vezes passa despercebido 
e essa estação nos auxilia a valorizar a realização de um exame físico 
minucioso no recém-nascido. Quando existe dúvida na ambiguidade da 
genitália, podemos usar os seguintes critérios diagnósticos:
• Numa genitália de aspecto masculino: 
1. Gônadas não palpáveis; 
2. Tamanho peniano esticado abaixo de -2,5 DP da média de tamanho 
peniano normal para a idade; 
3. Gônadas pequenas, ou seja, maior diâmetro inferior a 8mm; 
4. Presença de massa inguinal que poderá corresponder a útero e trompas 
rudimentares; 
5. Hipospádia.
• Numa genitália de aspecto feminino: 
1. Diâmetro clitoriano superior a 6mm; 
2. Gônada palpável em bolsa labioescrotal; 
3. Fusão labial posterior; 
4. Massa inguinal que possa corresponder a testículos.
164
Tema: Desidratação
Caiu em: check-list extra 
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 8 minutos
Ator/examinador: 1 examinador
Cenário: Atendimento em pronto-socorro
Início da Estação
Caso Clínico: 
Criança de 8 anos, 28 kg, chega ao consultório no colo do pai, em bom 
estado geral e chorosa, com lágrimas que escorrem pelo rosto. A mãe, 
desesperada, relata que a filha apresenta diarreia sem muco, pus ou sangue, 
além de vômitos, há 8 horas, sem melhora. Pai nega febre.
 
Tarefa 01: 
Classifique a criança quanto ao estado de hidratação.
Tarefa 02: 
Qual a sua conduta?
Tarefa 03: 
A paciente retorna após 24 horas, com melhora de vômitos com uso de 
ondansetrona, porém ainda com presença de diarreia aquosa de grande 
quantidade. Está em regular estado geral, irritada, olhos fundos, com 
Desidratação
165
bastante sede, pulso forte e rápido. Classifique a criança quanto ao estado 
de hidratação.
Tarefa 04: 
Qual a sua conduta neste momento?
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Indica ausência de sinais de desidratação?
Tarefa 02
Indica tratamento domiciliar?
Orienta manter dieta habitual?
Orienta uso de soro caseiro ou SRO após evacuações?
Orienta ingesta de pelo menos 100-200ml de SRO/soro 
caseiro após cada perda?
Orienta uso de zinco por 10 dias? (considerar também se 
10 a 14 dias)
Orienta ondansetrona se náuseas ou vômitos?
Contraindica outras medicações?
Orienta sinais de alarme para retorno (piora na diarreia, 
vômitos repetidos, muita sede, recusa de alimentos, sangue 
nas fezes, redução de diurese)? Considerar correto pelo 
menos 3 sinais.
Checklist
166
Tarefa 03
Indica sinais de desidratação presentes ou desidratação 
em algum grau?
Tarefa 04
Indica Terapia de Reidratação Oral em Unidade de Saúde?
Indica 50-100ml/kg com SRO?
Indica reavaliação preoce?
Indica observação em Unidade de Saúde por pelo menos 
4 a 6 horas?
Debriefing
Vamos relembrar os planos de tratamento diante de um quadro de 
desidratação?
PLANO A:
1) Tratamento domiciliar;
2) Oferecer mais líquidos que o habitual para prevenir desidratação; 
a) Líquidos caseiros ou SRO após cada evacuação diarreica na dose 
de 50-100ml para menores de 1 ano, 100-200ml para 1 a 10 anos e a 
quantidade que o paciente aceitar para maiores de 10 anos.
b) Não utilizar refrigerantes e não adoçar o chá ou suco.
3) Se o paciente não melhorar em dois dias ou se apresentar qualquer 
sinal de perigo, deve retornar imediatamente para serviço de saúde. Os 
sinais de perigo são:
a) Piora na diarreia, vômitos repetidos, muita sede, recusa de 
alimentos, sangue nas fezes, diminuição de diurese.
4) Orientar acompanhante para reconhecer sinais de desidratação.
5) Administrar zinco uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias:
167
a) Até 6 meses: 10mg/dia.
b) Maiores de 6 meses: 20mg/dia.
PLANO B:
1) Tratamento por via oral em Unidade de Saúde;
2) Administrar solução de reidratação oral continuamente, até 
desaparecerem sinais de desidratação; Pode ser indicado receber entre 
50-100ml/kg para ser administrado no período de 4-6 horas.
3) Durante a reidratação, reavaliar o paciente e estado de hidratação.
a) Se desaparecerem sinais: retornar para plano A.
b) Se continuar desidratado, indicar sonda nasogástrica.
c) Se o paciente evoluir para desidratação grave, seguir para plano C.
PLANO C:
1) Tratamento por via endovenosa em Unidade de Saúde;
168
Tema: Síndrome Metabólica
Caiu em: check-list extra 
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento em Unidade Básica de Saúde
Início da Estação
Caso Clínico: 
Mãe traz Marcelo de 13 anos para consulta. Paciente está em acompanhamento 
de quadro de obesidade e vem hoje em retorno para checar exames. 
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Tarefa 02: 
Quais os critérios para definição de síndrome metabólica na infância/
adolescência?
Tarefa 03: 
Dê o diagnóstico para a mãe e indique a conduta.
Síndrome Metabólica
169
Orientações 
à Atriz:
• Mãe se apresenta bastante preocupada com peso do filho e insiste para 
o candidato avaliar o resultado dos exames.
Orientações 
ao Examinador:
• Caso o candidato mencionasse o exame físico, o examinador fornceria 
os seguintes dados:
• PA 118x66 mmHg
• Circunferência abdominal ≥ p90
• IMC = 31,32 kg/m2 (Escore z > +3)
• O examinador entrega o seguinte resultado de exames para o candidato:
• Triglicerídeos 183 mg/dl
• Glicemia 100 mgdl
• Colesterol total 177 mg/dl
• HDL 39 mg/dl
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Checklist
170Questiona queixa da mãe?
Apresenta postura empática com preocupação de mãe?
Indica realização de exame físico?
Indica avaliação de resultado de exames?
Tarefa 02
Indica cintura abdominal ≥ p90 + pelo menos 2 dos 
seguintes: TGL ≥ 150 ou HDL < 40 ou
PAS ≥ 130 mmHg / PAD ≥ 85 mmHg ou
Glicemia jejum ≥ 100mg/dl ou DM2
Tarefa 03
Indica diagnóstico de obesidade grave?
Indica diagnóstico de síndrome metabólica?
Indica redução gradual de peso com planejamento 
nutricional e exercício físico?
Indica retorno precoce para reavaliação?
171
Debriefing
Vamos recapitular as definições de estado nutricional e de síndrome 
metabólica? 
• Síndrome metabólica (definição para 10 a 16 anos):
• Circunferência abdominal ≥ p 90 e pelo menos 2:
• TGL ≥ 150 ou 
• HDL < 40 ou
• PAS ≥ 130 mmHg ou PAD ≥ 85 mmHg ou 
• Glicemia jejum ≥ 100mg/dl ou DM2
• Estado nutricional:
Z-score P/E ou IMC/(0-5 anos) IMC/(5-19 anos)
EZ> +3 Obesidade Obesidade grave
EZ> +2 Sobrepeso Obesidade
EZ> +1 Risco de sobrepeso Sobrepeso
+1 <EZ< -1 Eutrófico Eutrófico
EZ< -2 Magreza Magreza
EZ< -3 Magreza acentuada Magreza acentuada
172
Tema: Puericultura
Caiu em: CERMAM 2019 / EMESCAM 2018 / UNESP 2018 / UNICAMP 
2017 / USP-RP 2017 / UFPR 2015
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 8 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento em Unidade Básica de Saúde
Início da Estação
Caso Clínico: 
Você é o médico de uma Unidade Básica de Saúde e irá atender pela primeira 
vez um lactente de 4 meses de idade trazido em consulta pela sua mãe.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Orientações 
à Atriz:
• Se o candidato questionar, era fornecido o seguinte histórico gestacional: 
G1P1A0
• Quanto aos dados do pré-natal, se solicitados, a atriz relatava que 
Puericultura
173
realizou adequadamente. Se questionadas intercorrências na gestação, a 
atriz negava. Além disso, negava intercorrências no momento do parto. 
Todas essas respostas eram fornecidas apenas se questionadas.
• Durante anamnese da criança, quando questionado sobre o histórico 
alimentar, a mãe refere que ele está só no peito. Nega dificuldade para 
amamentar, mas diz que estava pensando em começar a dar leite de vaca 
porque iria voltar a trabalhar.
Orientações 
ao Examinador:
• Ao questionar se a mãe havia trazido a caderneta da criança, o examinador 
entrega uma folha com o histórico vacinal, disponível nas próximas 
páginas.
• Caso o candidato solicitasse o exame físico, o examinador informaria 
peso e comprimento ideais.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
174
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona sobre a história gestacional?
Questiona dados do pré-natal?
Questiona sobre intercorrências na gestação?
Questiona intercorrências no parto?
Questiona intercorrências no período neonatal?
Solicita caderneta de saúde da criança?
Informa que a vacinação está em atraso?
Indica vacinação de Pentavalente?
Indica vacinação de Pneumocócica-10?
Indica vacinação de Anti Poliomielite (VIP)?
Indica vacinação de Meningocócica-C?
Contra-indica a vacinação de contra rotavírus?
Questiona sobre história alimentar?
Checklist
175
Demonstra conhecimento sobre as vantagens do 
aleitamento materno exclusivo? (proteção imunológica, 
menor tempo de esvaziamento gástrico, maior vínculo 
mãe-bebê, etc)
Orienta ordenha de leite materno para fornecer no 
período do trabalho?
Orienta formas corretas de armazenamento do leite 
materno? (12 horas na geladeira ou 15 dias no congelador)
Questiona dúvidas da mãe e verifica se mãe compreendeu 
as orientações?
Debriefing
É muito fácil se perder no tempo durante uma estação prática de puericultura, 
por isso, a grande dica é você considerar primeiro a duração da sua prova! 
Sendo uma estação longa, de atendimento, o ideal é seguir os pontos-chave 
do atendimento de puericultura. Vamos relembrar quais são eles?
• Identificação
• Anamnese gestacional
• Anamnese pré-natal e parto
• Anamnese da criança:
• Queixas e dúvidas
• Amamentação e alimentação
• Crescimento e desenvolvimento
• Calendário vacinal
• Prevenção de acidentes
• Programação de puericultura
Já a prova de curta duração, se atente aos pontos mais recorrentes em prova 
para não deixar passar: amamentação, introdução alimentar e calendário 
vacinal!
Em relação à vacinação dessa estação, o ponto principal é relembrar quais 
176
as contra-indicações da vacina de rotavírus. Essa vacina não deve, de forma 
alguma, ser aplicada fora dos seguintes prazos estabelecidos: primeira dose 
até os 3 meses e 15 dias e a segunda dose somente se a primeira dose foi 
realizada e com limite máximo aos 7 meses e 29 dias! Vamos relembrar o 
calendário vacinal com as atualizações do PNI 2020?
Idade Vacinas
Ao nascimento BCG e Hepatite B.
2 meses
Pentavalente (DTP + HiB + Hepatite B), 
Pneumocócica-10, Poliomielite (VIP) e Rotavírus. 
3 meses Meningocócica-C.
4 meses
Igual aos dois meses.
• Segunda dose de Rotavírus: recomendada apenas 
até os 7 meses e 29 dias e se a primeira dose foi 
realizada até os 3 meses e 15 dias de vida.
5 meses 2ª dose de Meningocócica-C.
6 meses
Pentavalente (DTP + HiB + Hepatite B) e Poliomielite 
(VIP).
9 meses Febre Amarela
12 meses
Tríplice viral (Sarampo, Rubéola e Caxumba), 
Meningocócica-C, Pneumocócica-10.
15 meses
Hepatite A, DTP, Poliomielite (VOP), Tetraviral 
(SCR + Varicela).
4 anos DTP, Poliomielite (VOP), Varicela e Febre amarela.
Adolescente
HPV (meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 
14 anos) e Meningocócica-ACWY (entre 11 e 12 anos).
177
Tema: Celulite Orbitária
Caiu em: UFES 2020
Grau de dificuldade: alto
Tempo da estação: 8 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento em pronto-socorro
Início da Estação
Caso Clínico: 
Criança de 8 anos com história de febre arrastada e que passou a apresentar 
há 01 dia edema palpebral, vermelhidão e secreção purulenta em olho 
esquerdo. 
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Tarefa 02: 
Qual a principal hipótese diagnóstica?
Tarefa 03: 
Qual a principal causa da complicação que o paciente apresenta?
Tarefa 04: 
Qual sua conduta para o caso?
Celulite Orbitária
178
Orientações 
à Atriz:
• Quando questionada, a mãe informava que a criança iniciou quadro há 
5 dias, no início apresentando coriza nasal, nariz entupido, sem cefaleia. 
• Relata presença de febre de 39OC há 3 dias.
• Diz que procurou médico há 2 dias e já estava fazendo uso de amoxicilina-
clavulanato, porém relata persistência de febre e início de quadro ocular.
• Mãe relata, quando indagada, que filho se queixa de dor à movimentação 
ocular, que tem saído secreção amarelada de olho, além de achar que está 
inchado e muito vermelho. Relata que achou o olho "mais pra frente". 
Nega fotofobia.
• Durante todo atendimento a mãe se apresenta bastante preocupada e 
ansiosa, com medo do filho perder a visão.
Orientações 
ao Examinador:
• Caso o candidato solicite realização do exame físico, o examinador 
fornece a seguinte imagem:
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
https://eshoje.com.br/celulite-orbitaria-em-criancas-e-
emergencia-medica-veja-como-prevenir/
(foto de olho hiperemiado, edema conjuntival à esquerda)
179
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona início do quadro?
Questiona sintomas de obstrução nasal e/ou cefaleia?
Questiona duração de febre?
Questiona dor à movimentação ocular?
Questiona presença de secreção purulenta?
Questiona presença de edema conjuntival?
Questiona presença de proptose?
Questiona presença de fotofobia?
Questiona uso de medicamentos?
Indica realização de exame físico?
Tarefa 02
Indica diagnóstico de celulite orbitária?
Tarefa 03
Indica sinusite bacteriana como principal causa de 
complicação que o paciente apresenta?
Checklist
180
Tarefa 04
Indica internação hospitalar?
Indica antibioticoterapia endovenosa com penicilina ou 
outro antibiótico de mesmo espectro?
Indica analgesia e antitérmico?
Acolhe e conforta queixasda mãe?
Debriefing
Estação com grau de dificuldade alto por apresentar anamnese específica 
com grande pontuação no check-list. Além disso, pode ser comum confundir 
o quadro ocular com celulite periorbitária ou quadro de conjuntivite. Para 
não deixar essa estação passar, vamos relembrar que diante de um quadro 
ocular, precisamos realizar a anamnese direcionada afastando sinais e 
sintomas de maior gravidade, combinado?
A hiperemia é sinal pouco específico, presente frequentemente em 
conjuntivite, celulite periorbitária e orbitária. Já a presença de dor à 
movimentação ocular, proptose e edema conjuntival (quemose) são 
altamente sugestivos de acometimento ocular pós-septal, que é justamente 
o que define a celulite orbitária. Não devemos confundir esse quadro 
que é grave e necessidade de tratamento intra-hospitalar com a celulite 
periorbitária. Esta apresenta acometimento pré-septal, ou seja, de partes 
moles e pele, em que o globo ocular é preservado!
Para você dominar esse assunto, é importante lembrar que a causa de 
celulite orbitária mais comum na infância é a sinusite etmoidal!
181
Tema: Varicela
Caiu em: UFG 2020
Grau de dificuldade: alto
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento em pronto-socorro
Início da Estação
Caso Clínico: 
Mãe leva seu filho de 2 anos ao pronto-socorro, com queixa de estar 
apresentando rash vesicular pruriginoso de distribuição centrípeta, com 
lesões em diferentes fases de evolução associado à febre baixa não aferida, 
iniciado há 3 dias. 
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Tarefa 02: 
Qual sua hipótese diagnóstica?
Tarefa 03: 
Dê as orientações pertinentes para a mãe.
Varicela
182
Orientações 
à Atriz:
• Quando indagada, mãe relata início do quadro há 3 dias, com lesões 
vesiculares em tronco e que depois apareceram outras crostosas. Relata 
prurido intenso, atrapalhar criança a dormir.
• Caso questionado, mãe relata que começou por conta própria AAS e 
prednisolona após ler na internet que seriam eficazes para reduzir a 
febre.
• Caso o candidato orientasse afastamento da escola, a mãe questionava 
quando ele poderia retornar.
• A atriz questionava quanto à vacinação para o irmão de 4 anos e a irmã 
caçula de 6 meses.
Orientações 
ao Examinador:
• Caso o candidato solicitasse a realização do exame físico, o examinador 
forneceria a seguinte imagem:
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
https://www.clinicabiblica.com/es/pacientes/noticias/1552-la-varicela-es-una-infeccion-viral
(foto de criança com lesões papulares, crostosas e vesiculares
183
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona sobre início do quadro?
Questiona uso de medicamentos?
Indica realização de exame físico?
Tarefa 02
Indica o diagnóstico de varicela?
Tarefa 03
Orienta que se trata de uma doença contagiosa?
Orienta suspensão de AAS e prednisolona?
Indica precaução de contato (escola e contactantes 
familiares)?
Orienta retorno para a escola quando lesões estiverem 
secas ou crostosas?
Recomenda vacinação contra a varicela para a irmão até o 
5o dia do contato?
Não recomenda vacinação contra a varicela para a irmã 
caçula de 6 meses?
Orientou sobre a importância da vacinação de uma forma 
geral?
Checklist
184
Debriefing
A varicela ou catapora é uma doença altamente contagiosa, geralmente 
benigna, que se caracteriza por um exantema papulovesicular de distribuição 
centrípeta (cabeça e tronco) e com polimorfismo das lesões (mácula, pápula, 
vesícula e crosta). Em recém-nascidos e crianças com comprometimento 
imunológico, o quadro pode ser mais grave e potencialmente fatal, em 
virtude do comprometimento visceral da doença. Já em adolescentes e 
adultos, assim como nos imunodeprimidos, a varicela pode evoluir com 
complicações, principalmente respiratórias.
Na imagem fornecida pelo examinador, observamos que o exantema 
é caracteristicamente centrípeto, com menor acometimento das 
extremidades. As lesões iniciais são máculas eritematosas que evoluem em 
8 a 48 horas, progredindo para vesículas e crostas. O prurido é um sintoma 
característico e pode ser intenso e desconfortável, impedindo o repouso do 
paciente.
A varicela possui evolução clinica de menor gravidade em crianças 
saudáveis, possuindo um alto índice de complicações em grupos de risco, 
como neoplasias, imunocomprometidos, gestantes e recém-nascidos. 
Dessa forma o uso de corticosteróides no quadro de varicela deve ser 
contraindicado. Além disso, o uso de ácido acetilsalicílico em quadros 
de varicela também deve ser contraindicado. O AAS predispõe ao risco 
de desenvolver síndrome de Reye, que é uma encefalopatia aguda não 
inflamatória associada à degeneração gordurosa hepática.
A vacina contra varicela é recomendada para toda pessoa suscetível com 
mais de 12 meses de idade e que não apresente contraindicações para seu 
uso. Pode ser administrada em pessoas imunocompetentes suscetíveis 
em até 5 dias (preferencialmente 3 dias) após contato com um caso de 
varicela ou outro tipo de exposição ao VVZ, com grande probabilidade 
de prevenção ou diminuição da gravidade da doença. São consideradas 
suscetíveis as pessoas sem referência de ter tido a doença (diagnóstico 
clínico ou informação verbal) ou que não foram vacinadas.
185
Se uma situação epidemiológica (surto, epidemia, exposição intra-domiciliar 
ou em creche) justificar a utilização em crianças com menos de 12 meses, 
a primeira dose da vacina pode ser administrada a partir de 9 meses de 
idade, mas essa dose não é considerada imunogênica, pela possibilidade de 
interferência de anticorpos maternos. Uma segunda dose da vacina deve 
ser administrada 3 meses após a primeira dose. Esse intervalo não deve ser 
inferior a 4 semanas em nenhuma circunstância.
186
Tema: Anemia Falciforme
Caiu em: check-list extra
Grau de dificuldade: alto
Tempo da estação: 8 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento em pronto-socorro 
Início da Estação
Caso Clínico: 
Miguel, 12 anos, portador de doença falciforme, fenótipo SS. Vem trazido 
pela mãe que refere que paciente iniciou quadro de coriza e tosse há 3 dias, 
hoje de madrugada iniciou quadro de dor intensa em membro inferior 
direito, em joelho, com irradiação para quadril, com piora a deambulação, 
fazendo uso de dipirona de 6 em 6 horas, com pouca melhora. Nega febre, 
desconforto respiratório ou outros sintomas, refere uso adequado das 
medicações.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Tarefa 02: 
Qual quadro clínico é representado pela imagem abaixo?
Anemia Falciforme
187
Tarefa 03: 
Qual a hipótese diagnóstica mais provável para a dor do paciente?
Tarefa 04: 
Existe necessidade de investigação complementar para esse paciente? Se 
sim, quais exames você gostaria de solicitar?
Tarefa 05: 
Qual sua conduta terapêutica para o quadro atual?
Orientações 
à Atriz:
• Quando indagada, mãe relata que paciente sempre tem crises de dor com 
procura de pronto-socorro. A última vez foi há 5 meses com necessidade 
de internação hospitalar. 
• Relata que quadro começou desde quando paciente tinha 6 meses, 
quando apresentou as mãos muito inchadas. Mãe conta que foi muito 
assustador, porque ele chorava muito. Diz que tem foto de como as mãos 
ficaram e mostra para o candidato a imagem abaixo.
http://www.mppe.mp.br/mppe/files/GT-Racismo/39-Informativo_GT-Racismo_n_39.pdf
(imagem de dactilite)
• Mãe relata que paciente está em uso de Hidroxiureia desde os 2 anos.
188
Orientações 
ao Examinador:
• Caso o candidato solicitasse o exame físico, o examinador forneceria a 
seguinte descrição:
Ao exame: REG, descorado ++/4+, hidratado, anictérico, acianótico, 
afebril, SatO2 95%, FC: 132; FR: 29; PA: 98x71
Cardiovascular: 2BRNF, sem sopros.
Pulmonar: MV+, simétrico, sem RA, sem sinais de desconforto 
respiratório.
Abdome: Globoso, flácido, RHA+ sem massas ou dor à palpação 
abdominal.
Membros: sem edemas, pulsos presentes e simétricos, com limitação a 
mobilização passiva e ativa de joelhoe articulação coxo-femoral a direita.
Otoscopia e oroscopia: sem alterações.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona sobre frequência de crises álgicas?
Questiona sobre última procura de pronto-socorro?
Questiona sobre passado de crises álgicas?
Checklist
189
Questiona uso de medicamentos para doença falciforme?
Tarefa 02
Menciona quadro de dactilite / crise vaso-oclusiva?
Tarefa 03
Menciona crise álgica ou crise vaso-oclusiva?
Tarefa 04
Indica necessidade de solicitar exames adicionais?
Solicita Hemograma, PCR, hemocultura?
Solicita tipagem sanguínea?
Solicita ureia, creatinina e Urina tipo 1 (EAS)?
Solicita radiografia de tórax?
Tarefa 05
Indica internação hospitalar?
Indica analgesia com opióide (morfina)?
Indica analgesia com analgésico comum de horário?
Indica hidratação venosa com cristalóide conforme 
tolerância?
190
Debriefing
A crise vaso-oclusiva é a principal manifestação da doença falciforme, 
sendo mais frequente e grave no paciente SS ou Sb0. Usualmente começa a 
aumentar de intensidade e frequência aos 6 meses de idade, quando os níveis 
de hemoglobina fetal se reduzem e o nível de hemoglobina S aumentam. É 
a principal causa de hospitalização e atendimento de urgência na doença 
falciforme.
A manifestação inicial das crises vaso-oclusivas pode aparecer como 
dactilite, usualmente em crianças até 6 meses de idade, que consiste em dor, 
edema e hiperemia em dedos. O uso de hidroxiureia é recomendado para 
crianças com quadro vaso-oclusivo de repetição. A hidroxiureia diminui a 
produção de HbS e aumenta a produção de HbF, reduzindo o percentual 
dessa primeira a níveis menores e, assim, reduzindo a falcização.
Usualmente, o diagnóstico de crise vaso-oclusiva é clínico, não dependendo 
de exames complementares para estabelecer o diagnóstico ou iniciar 
o tratamento adequado. Os exames complementares estão indicados 
para investigar causas precipitantes, sendo as infecções as mais comuns. 
O hemograma também pode ser de grande auxílio na investigação 
complementar para determinar o nível de Hb, que pode estar reduzido 
nos fenômenos vaso-oclusivos, além de fazer parte da investigação 
infecciosa, junto com o PCR. O exame sumário de urina (urina tipo 1) e 
função renal também estão indicados, pois alterações de função renal ou 
sinais de proteinúria em qualquer nível contra-indicam o uso de AINEs 
no tratamento do quadro álgico. Exames de imagem usualmente não são 
necessários num primeiro momento dos quadro de dor em membros, 
porém devem ser considerados se o paciente apresentar febre ou indícios de 
infecção em exames complementares, para a investigação de osteomielite. A 
radiografia de tórax pode ser solicitada para descartar a dúvida diagnóstica 
com síndrome torácica aguda.
Esse paciente deve ser tratado com prioridade no serviço de urgência, 
191
devido ao grande desconforto provocado por dor intensa, sendo que 
existem evidências de que o tempo para o início do tratamento influencia 
na resposta às medidas terapêuticas, pois o quadro álgico e o estresse 
persistentes levam a um aumento da falcização.
Todo quadro álgico necessita de tratamento medicamentoso, sendo que 
os quadros leves podem ser tratados com analgésicos comuns e AINEs (se 
não houver contraindicação dos últimos). Quadros moderados ou graves 
indicam internação hospitalar e tratamento com opioides, sendo o mais 
utilizado a própria morfina, na dose inicial de 0,05 a 0,1 mg/kg/dose de 4/4 
horas, sendo que as doses podem ser aumentadas a depender da resposta 
clínica do paciente.
Os quadro álgicos normalmente são muito intensos, sendo que a dor não 
deve ser subestimada e o tratamento com opióides, quando indicado, não 
deve ser postergado. Existem evidências também que o uso de analgésico 
comum de horário, associado aos opióides, têm efeito sinérgico e estão 
relacionados a um melhor controle da dor, estando indicados numa 
abordagem inicial.
192
Tema: Crupe Viral
Caiu em: check-list extra
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 8 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento em pronto-socorro
Início da Estação
Caso Clínico: 
Larissa, 7 anos, é trazida pela mãe ao pronto-socorro em que você trabalha 
com queixa de tosse e rouquidão. 
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Tarefa 02: 
Qual sua hipótese diagnóstica?
Tarefa 03: 
Como você classificaria o quadro clínico atual de acordo com sua hipótese 
diagnóstica?
Tarefa 04: 
Qual sua conduta terapêutica?
Crupe Viral
193
Tarefa 05: 
Caso fosse solicitado exame de imagem como na figura abaixo, qual achado 
radiológico você esperaria encontrar?
Orientações 
à Atriz:
• Quando questionada, mãe refere início do quadro com tosse seca e febre 
não aferida há 3 dias, porém que percebeu piora nas últimas 12 horas 
com "tosse de cachorro e um barulho estranho quando respira". Mãe 
relata que ofereceu um chá de limão para a filha, mas que não melhorou. 
• Quando questionada, mãe nega presença de calafrios ou sudorese. Nega 
uso de medicações para a febre.
• Caso questionado, mãe nega comorbidades.
Orientações 
ao Examinador:
• Caso o candidato solicitasse o exame físico, eram fornecidos os seguintes 
dados:
REG, lúcida e orientada, corada, hidratada, anictérica, acianótica, 
eupneica, SatO2 em ar ambiente: 96%.
Oroscopia: hiperemia de orofaringe. Ausência de adenopatias.
Respiratório: expansibilidade normal, leve tiragem intercostal, estridor 
em repouso, timpanismo a percussão, MV+. FR: 25 irpm
Cardiovascular: RCR em 2T, BNF, ausência de sopros. FC: 90bpm
Abdome: globoso, flácido, indolor à palpação, ausência de VMG.
Extremidades: bem perfundidas, sem edema, pulsos amplos.
194
• Durante a Tarefa 05 o examinador forneceria a seguinte imagem 
radiológica para o candidato:
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0a/
Wikipedia_article_in_VisualEditor_2018-02-12.png
(radiografia com sinal da torre - crupe viral)
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico e acolhe paciente?
Questiona tempo de início do quadro?
Questiona característica da tosse? (pelo menos dois itens: 
início, duração, intensidade, secretiva ou seca, fatores de 
alívio e exacerbação) 
Questiona sobre febre? (pelo menos dois itens: tempo de 
instalação, se verificada em termômetro, se associado a 
calafrios, sudorese, ou se uso de medicações)
Checklist
195
Questiona presença de comorbidades?
Indica realização de exame físico?
Tarefa 02
Indica diagnóstico de laringite viral ou crupe viral?
Não solicita exames complementares?
Tarefa 03
Classifica quadro como laringite viral moderada? (estridor 
em repouso sem alteração de nível de consciência)
Tarefa 04
Indica uso de corticóide oral?
Orienta necessidade de observação por 4-6 horas?
Orienta à família a necessidade de minimizar eventos 
estressores para criança (manter em colo dos pais, por 
exemplo)?
Tarefa 05
Indica sinal da torre ou edema de mucosa com restrição 
de luz traqueal?
Debriefing
O diagnóstico da laringite viral (ou crupe viral) é clínico, baseado na 
presença dos seguintes sintomas: tosse estridulosa, acompanhada ou 
não de rouquidão, estridor inspiratório, dispnéia, salivação e guinchos 
inspiratórios.
196
A crupe viral pode ser classificada em leve, moderada ou grave. Sendo a 
classificação baseada em sinais e sintomas a seguir:
• Leve: tosse estridulosa, SEM estridor inspiratório em repouso, sem ou 
leve tiragem intercostal/supraesternal;
• Moderada: estridor em repouso, pouca ou nenhuma agitação;
• Grave: estridores expiratórios ou pouco audíveis, agitação ou letargia 
associado a confusão mental, rebaixamento de nível de consciência e 
cianose.
O tratamento da laringite é realizado com corticosteroides, sendo a 
dexametasona a droga de escolha. A via de escolha deve ser a menos 
invasiva possível. A budesonida inalatória é uma opção se a criança estiver 
com vômitos, recusando a dexametasona oral. A inalação com adrenalinaé um recurso emergencial para pacientes com laringite grave. Seu efeito é 
imediato e tem duração máxima de duas horas. Nesse sentido, é preciso 
observar o paciente pelo risco de efeito rebote da medicação. O oxigênio 
deve ser fornecido apenas para pacientes hipoxêmicos (SatO2 < 92%).
A internação do paciente com crupe leve/moderada deve ser indicada no 
contexto de refratariedade ao tratamento em urgência, mantendo estridor 
em repouso ou mantendo tiragens de fúrcula e intercostal.
197
Tema: Maus Tratos
Caiu em: UNIFESP 2020 / HIAE 2018
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento em pronto-socorro com um manequim compatível 
com criança de 4 anos
Início da Estação
Caso Clínico: 
Menina, 4 anos de idade, vem trazida ao pronto-atendimento por sua tia, 
com queixa de dor e inchaço na coxa direita há 1 dia. A mãe da menina 
disse à tia que a criança brigou com o irmão de 3 anos e foi atingida por um 
cabo de vassoura. A tia não presenciou o ocorrido, mas como a menina está 
chorosa e não quer sair da cama, decidiu trazê-la para ser examinada. 
Tarefa 01: 
Faça o exame físico direcionado à queixa e descreva os seus achados. 
Tarefa 02: 
Elabore a hipótese diagnóstica e justifique. 
Maus Tratos
198
Tarefa 03: 
Solicite exames para investigação diagnóstica e interprete os resultados. 
Tarefa 04: 
Cite as condutas indicadas para essa paciente e informe a acompanhante.
Orientações 
à Atriz:
• Durante a anamnese, a tia se omitia em todos os questionamentos com 
"não sei" ou "não estava presente".
Orientações 
ao Examinador:
• Caso o candidato ao examinar o paciente realizasse a exposição completa 
do paciente, eram observadas no manequim diversas lesões contusas 
em variados estágios de evolução. A principal estava na coxa, porém 
também havia lesões no tórax e dorso.
• Caso o candidato solicitasse exames para investigação, era entregue a 
seguinte radiografia da coxa com fratura em espiral do fêmur associada 
a calo ósseo.
https://images.app.goo.gl/H3q6VipfuQUs2ZCS7
199
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Tirou as roupas da paciente?
Examinou o dorso da paciente?
Descreveu hematomas/equimoses em vários estágios de 
evolução?
Descreveu hematomas/equimoses em locais atípicos?
Tarefa 02
Fez diagnóstico de abuso físico / violência física / maus 
tratos?
Justificou a hipótese pela história?
Justificou a hipótese pelas características das lesões?
Tarefa 03
Solicitou radiografia?
Solicitou hemograma?
Solicitou coagulograma?
Interpretou corretamente a radiografia?
Checklist
200
Tarefa 04
Indicou internação?
Informou a tia sobre a necessidade da internação?
Justificou para a tia o motivo da internação?
Informou a tia que o caso será notificado ao Conselho 
Tutelar / Vara da infância?
Mencionou a necessidade de notificar o caso à Vigilância 
Epidemiológica?
Debriefing
De acordo com a Academia Americana de Pediatria (AAP), a identificação 
da violência física pode ser dificultada pelos seguintes fatores: é incomum 
haver testemunhas; os perpetradores dificilmente admitem suas ações; 
as vítimas frequentemente são pré-verbais ou estão muito machucadas 
ou assustadas para revelar o abuso; e as lesões podem ser inespecíficas. 
Por isso, é importante obter na anamnese informações sobre o ambiente 
em que a criança vive e estar atento ao histórico discrepante, como a 
incompatibilidade de informações relatadas e achados no exame físico. 
Alguns indicadores de violência na criança podem ser encontrados abaixo:
• Introspecção, timidez e passividade exageradas;
• Incompatibilidade entre dados do histórico e achados clínicos;
• Omissão total ou parcial do histórico de trauma;
• Informantes que mudam o histórico a cada vez que fornecem dados;
• Demora inexplicável na procura de recursos médicos na presença de 
trauma evidente;
• Crianças maiores que não querem relatar o que aconteceu, com medo de 
represálias;
• Histórico de outras violências na família;
201
Além disso, deve-se atentar para a inspeção e exposição do paciente. A pele 
costuma ser a região acometida com maior frequência, podendo aparecer 
hematomas, escoriações e queimaduras. Deve-se prestar atenção especial 
quando houver hematomas no dorso, nas nádegas, na região genital e no 
dorso das mãos, já que esses são locais menos frequentes de lesões acidentais. 
Também se deve considerar suspeita de maus tratos quando as lesões se 
encontram em fases distintas de evolução, sugerindo traumas repetitivos. 
Em relação aos exames de investigação, deve ser solicitado hemograma com 
plaquetas e coagulograma para avaliar distúrbios hemorrágicos e possíveis 
complicações e radiografia de corpo inteiro para menores de 2 anos e de 
áreas suspeitas para maiores de 2 anos. A tomografia de crânio e fundo 
de olho devem ser solicitadas quando há suspeita de síndrome do bebê 
sacudido, na busca de de hemorragias.
Lembre-se que são necessários dois tipos de notificação nos casos de maus 
tratos: uma para vigilância epidemiológica e outra para o conselho tutelar!
202
Tema: Acidente Escorpiônico
Caiu em: USP-RP 2020 / USP SP 2020
Grau de dificuldade: alto
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador
Cenário: Atendimento em pronto-socorro
Início da Estação
Caso Clínico: 
Lactente de 8 meses chega no colo da mãe ao pronto-socorro, após ser 
encontrado no berço pela mãe sem reação, há 30 minutos.
Exame físico:
Ectoscopia: mau estado geral, sonolento, hipotônico, sudoreico, cianose de 
extremidades. 
Neurológico: Pupilas midriáticas, fotorreagentes.
ACV: RCR 2T BNF sem sopros; presença de TJP; FC = 170 bpm; PA = 110 
x 84mmHg; TEC = 4s.
AR: MV+ com estertores crepitantes bilateralmente; SatO2 = 98%; FR: 52 
irpm.
Abdome: Flácido, peristáltico, sem massas ou visceromegalias.
Membros: Sem edemas, panturrilhas livres.
Acidente Escorpiônico
203
Exames laboratoriais disponíveis: 
• HGT = 358
• Leucograma = 20.100 sem desvio à esquerda
• Potássio = 2,3
• Gasometria e outros exames indisponíveis
 
Tarefa 01: 
Converse com a mãe sobre a gravidade do caso e os passos subsequentes.
Orientações 
à Atriz:
• Ao questionada sobre lesões de pele ou possibilidade de ingestão de 
alguma medicação, a atriz deveria dizer que não. 
• A atriz deve responder somente a perguntas específicas. Caso o candidato 
questionar se a mãe viu algum bicho na casa a atriz deve responder que 
não. Porém, se o candidato perguntar especificamente se a mãe viu um 
escorpião, a atriz deve responder "SIM". 
Orientações 
ao Examinador:
• Demais exames eram indisponíveis.
• Caso o candidato pergunte sobre alterações de genitália ou teste do 
pezinho ou alterações neonatais, o examinador responderia como tudo 
dentro da normalidade.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
204
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se e definiu-se como médico?
Questionou sobre ingestão acidental e/ou proposital de 
medicamentos.
Questionou sobre comorbidades.
Questionou sobre vômitos.
Questionou sobre engasgos.
Questionou especificamente sobre escorpião.
Questionou e/ou buscou lesões na pele.
Foi cordial e ofereceu medidas de conforto para a mãe.
Informou sobre gravidade do caso, mencionando 
possibilidade de óbito.
Indicou acidente escorpiônico como principal hipótese 
diagnóstica.
Classificou acidente como grave.
Indicou internação.
Prescreveu soro antiescorpiônico ou antiaracnídico.
Prescreveu analgesia.
Checklist
205
Debriefing
Entre os acidentes por animais peçonhentos, podemos caracterizar o 
escorpionismo como o mais comum em áreas com expansão urbana (estima-
se em 3 casos/100.000 habitantes, com cerca de 8.000 acidentes/ano). Cerca 
de 50% dos casos ocorrem em São Paulo e Minas Gerais. E, por isso, o tema 
é recorrente em provas práticas e teóricas de grandes bancas do interior de 
São Paulo, como USP-RP, UNICAMP, UNESP e FAMERP.
Os acidentes por aranha e escorpião possuem apresentações clínicas 
semelhantes, devido mesmo mecanismo de ação celularcom ativação de 
canais de sódio, produzindo despolarização das terminações nervosas 
pós-ganglionares, com liberação de catecolaminas e acetilcolina. Estes 
mediadores determinam o aparecimento de manifestações orgânicas 
decorrentes dos efeitos simpáticos ou parassimpáticos. Já o acidente 
ofídico (cobras) diferencia-se por ter apresentação em áreas rurais, com 
predominância de sinais parassimpáticos, nefrotoxicidade, neurotoxicidade 
e, eventualmente, distúrbios de coagulação.
O desbalanço entre os sistemas nervosos simpático e parassimpático é 
o responsável pelas formas graves do escorpionismo que se manifestam 
inicialmente com sudorese profusa, agitação psicomotora, hipertensão e 
taquicardia. Podem se seguir alternadamente com manifestações de excitação 
vagal ou colinérgica, nos quais sonolência, náuseas e vômitos constituem 
sinais premonitórios de evolução para gravidade e conseqüente indicação 
de soroterapia. Em caso de crianças, principalmente se a picada for por 
T. serrulatus, a presença de náuseas e vômitos requer o encaminhamento 
imediato a um serviço de saúde, para que a soroterapia seja instituída o 
mais rapidamente possível, dada a rápida progressão do envenenamento.
Com base nas manifestações clínicas, os acidentes podem ser inicialmente 
classificados como:
206
Classificação Manifestações clínicas Soroterapia
Leve Dor e parestesias locais Não indicada
Moderado
Dor local intensa associada a uma ou 
mais manifestações, como náuseas, 
vômitos, sudorese e sialorreia 
discretos, agitação, taquipneia e 
taquicardia
2 a 3 EV
Grave
Além das citadas na forma moderada, 
presença de uma ou mais das seguintes 
manifestações: vômitos profusos 
e incoercíveis, sudorese profusa, 
sialorreia intensa, prostração, 
convulsão, coma, bradicardia, 
insuficiência cardíaca, edema 
pulmonar agudo e choque
4 a 6 EV
207
Tema: Reanimação Neonatal
Caiu em: UNESP 2019 / UFPR 2018 / UNIFESP 2018 / HSL 2018 / 
SCMSP 2016
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 10 minutos
Ator/examinador: 1 examinador
Cenário: Atendimento em sala de parto com um boneco compatível 
com recém nascido e dois berços na sala (um aquecido e outro sem fonte 
de calor)
Início da Estação
Caso Clínico: 
Você é o pediatra de plantão e foi chamado para realizar assistência em um 
parto vaginal de mãe com pré-natal adequado.
Tarefa 01:
Solicite as informações que você gostaria de saber para iniciar o atendimento 
e prossiga com a assistência ao parto.
Orientações 
ao Examinador:
• Caso questionado, o examinador responderia que a gestação é de termo 
Reanimação Neonatal
208
(maior que 37 semanas), que o bebê está com respiração irregular e tônus 
fraco.
• Caso questionado frequência cardíaca e padrão respiratório após 
os passos iniciais, o examinador forneceria o dado de FC<100 bpm e 
respiração irregular.
• Caso o candidato mencionasse monitorização, o examinador consideraria 
monitorizado.
• Caso questionado frequência cardíaca e padrão respiratório novamente, 
independente da medida efetuada pelo candidato diante de dados 
anteriores, o examinador forneceria o dado de FC<100 bpm e respiração 
irregular.
• Independente das medidas efetuadas pelo candidato, caso ele solicite 
novamente FC e padrão respiratório, o examinador forneceria 
FC<60bpm.
• Caso o candidato mencionasse reanimação cardiopulmonar da maneira 
correta e indicasse adrenalina endovenosa ou via traqueal, o examinador 
consideraria que o paciente retornou à FC>100bpm e padrão respiratório 
regular.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Questionou se o RN é termo, prematuro ou pós-termo?
Questionou se RN está respirando ou chorando?
Questionou se o RN apresenta bom tônus?
Indicou clampeamento precoce de cordão umbilical? 
Checklist
209
Posicionou-se na cabeceira de berço?
Escolheu incubadora com fonte de calor?
Posicionou cabeça de RN?
Mencionou, se necessário, aspirar primeiramente a boca e 
depois narinas? 
Secou e estimulou RN?
Avaliou FC e respiração?
Solicitou oximetria em membro superior direito e 
monitorização cardíaca?
Iniciou VPP com bolsa-válvula-máscara no primeiro 
minuto de vida?
Iniciou VPP com oferta de O2 a 21% (ar ambiente)?
Realizou VPP com técnica correta (C e E adequada)?
Indicou frequência adequada de ventilação (40-60/min) 
ou "aperta/solta/solta"?
Reavaliou FC e respiração novamente?
Indicou checar técnica de ventilação adequada?
Realizou segundo ciclo de VPP com técnica correta?
Reavaliou FC e respiração novamente?
Indicou intubação orotraqueal?
Indicou massagem cardíaca na frequência 3 compressões 
para 1 ventilação?
Indicou oxigênio suplementar a 100%?
210
Considerou cateterismo venoso?
Reavaliou FC e respiração novamente?
Indicou adrenalina EV ou via traqueal?
Debriefing
Pessoal, em toda prova de fluxograma é preciso mencionar para o 
examinador cada passo que você dá! Desde o que até a descrição de como 
a atividade será realizada. Se vai indicar Ventilação com pressão positiva, é 
preciso indicar com qual fração de oxigênio e descrever a técnica correta de 
ventilação. Não deixe de conquistar seus pontos no check-list porque está 
realizando tudo corretamente. É preciso garantir para o examinador que 
você sabe o que está fazendo, beleza?
Partindo desse conhecimento de prova prática, devemos conduzir o 
fluxograma de reanimação neonatal corretamente. Na sala de parto, 
depois de checar todo material, a primeira decisão é definir o momento de 
clampeamento do cordão umbilical. Para isso, é preciso responder a três 
perguntas: 
• Bebê a termo?
• Respirando ou chorando?
• Tônus adequado?
Se as respostas para TODAS forem sim: o clampeamento de cordão deve 
ser entre 1 a 3 minutos e o recém-nascido deve ser conduzido à mãe. Se uma 
das respostas for não, o recém-nascido deve receber a assistência neonatal: 
Aquecer; Posicionar; Aspirar se necessário; Secar. Tudo isso em 30 segundos! 
Na sequência, deve-se avaliar a frequência cardíaca com estetoscópio no 
precórdio e o padrão respiratório do RN (não é frequência). Se FC<100 bpm 
ou apneia ou respiração irregular, devemos iniciar a ventilação com pressão 
211
positiva (VPP) por 30 segundos. Caso o RN seja a termo, devemos iniciar 
com FiO2 a 21% e, se for prematuro, a 30%! Tudo isso deve ser realizado em 
1 minuto: o minuto de ouro!
Caso o RN persista com FC <100 bpm ou padrão respiratório irregular, 
devemos checar a técnica de ventilação e realizar VPP por mais 30 segundos! 
Caso apresente FC <60 bpm, deve-se iniciar manobras de ressuscitação 
cardiopulmonar com realização de IOT e relação de 3 compressões torácicas 
para 1 ventilação. A adrenalina na PCR neonatal deve ser realizada 
preferencialmente pela via intravenosa, porém existe a possibilidade de 
realizar UMA dose via endotraqueal, através do tubo de IOT, até que seja 
estabelecida a cateterização no RN.
Observações para você não comer bola na prova:
• Se for aspirar, primeiro deve ser a boca e depois narinas;
• Não secar RN com menos de 34 semanas;
• FC deve ser avaliada no precórdio por 6 segundos.
212
Tema: Puberdade Precoce
Caiu em: USP-RP 2018
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento em Unidade Básica de Saúde
Início da Estação
Caso Clínico: 
Mãe traz sua filha de 7 anos em consulta em Unidade Básica de Saúde com 
dúvidas sobre o desenvolvimento e crescimento.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Tarefa 02: 
Classifique o estágio puberal da paciente.
Tarefa 03: 
Qual a principal hipótese e quais exames você solicitaria para iniciar a 
investigação?
Puberdade Precoce
213
Orientações 
à Atriz:
• Durante o atendimento, a mãe diz que está preocupada com a filha que 
está com apenas 7 anos e já começou a apresentar crescimento de mamas.
• A mãe negava outras comorbidades ou quaisquer outros sintomas.
Orientações 
ao Examinador:
• Quando solicitado exame físico, o examinador forneceria a seguinte 
imagem:
(imagem de telarca precoce)
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1646343914000625(imagem genitália com pilificação fina)
http://repocursos.unasus.ufma.br/atencaobasica_20152/modulo_9/und1/13.html
214
• Após fornecimento das imagens, o examinador forneceria a tarefa de 
número 02.
• Quando solicitado parâmetros de crescimento e estatura, o examinador 
forneceria os seguintes dados: 
• Velocidade de crescimento 8 cm/ano.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se e definiu-se como médico?
Questiona a presença de comorbidades?
Questiona a presença de outros sintomas?
Indica realização de exame físico?
Indica aumento de broto mamário e mama?
Indica ausência de pilificação?
Solicita caderneta da criança / estatura do paciente / 
velocidade de crescimento?
Indica pico de crescimento / estirão?
Tarefa 02
Classifica o estágio puberal corretamente (M3 e P2)?
Checklist
215
Tarefa 03
Indica Puberdade Precoce?
Indica provável puberdade precoce central ou verdadeira 
(mais comum)?
Indica realização de Radiografia para idade óssea?
Indica realização de FSH e LH?
Orienta e acolhe mãe de maneira adequada e empática?
Debriefing
Estação direta e sem rodeios, para prosseguir o candidato deveria dominar 
o assunto de puberdade precoce! Vamos revisar os principais pontos dessa 
estação?
Para começarmos, vamos relembrar da classificação de Tanner para a 
avaliação puberal. Em pacientes do sexo feminino, definimos através do 
crescimento da mama e estágio de pilificação da genitália, conforme a 
seguir:
Mama Pilificação
M1: padrão infantil, pré-puberal. P1: padrão infantil, pré-puberal.
M2: Telarca - presença de broto 
mamário subareolar e é o marcador 
do início do desenvolvimento puberal 
feminino. Esse início deve acontecer 
entre 8 a 13 anos, sendo fora dessa 
faixa etária considerado puberdade 
precoce ou atraso puberal.
P2: Pubarca com pelo fino, mais 
escuro e na região de grandes lábios. 
Geralmente ocorre de 6 a 12 meses 
após a telarca.
216
M3: Aumento de mama e aréola. 
Associa-se ao pico de crescimento 
(estirão) - crescimento de 8-9 cm/ano
P3: Pêlos em sínfise púbica, mais 
grosso e encaracolado.
M4: Mama com duplo contorno e 
aumento de volume.
P4: Pêlos com mesma distribuição, 
porém em maior quantidade.
M5: Mama madura P5: Pêlos avançam para área de raiz 
de coxas.
A apresentação mais comum de puberdade precoce no sexo feminino 
é a de etiologia Central ou Verdadeira. É dependente do estímulo de 
GnRH, aumento de FSH e LH e apresenta-se, principalmente, quando o 
desenvolvimento puberal se correlaciona com a fase de estirão e não está 
associada a outros sintomas. Os exames iniciais para seguimento devem 
ser a realização de idade óssea e dosagem de FSH e LH. A ressonância 
magnética de região de sela túrcica pode ser realizada na investigação de 
meninos com puberdade central ou meninas menores de 6 anos ou com 
alterações neurológicas associadas. Já o USG pélvico também pode ser 
realizado na dúvida diagnóstica e pesquisa de tumores gonadais.
217
Tema: Puericultura
Caiu em: CERMAM 2019 / EMESCAM 2018 / UNESP 2018 / UNICAMP 
2017 / USP-RP 2017 / UFPR 2015
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 8 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento em Unidade Básica de Saúde
Início da Estação
Caso Clínico: 
Mãe traz filho de 14 meses para consulta em pronto-socorro com queixa 
de coriza nasal e tosse há 2 dias. Durante o atendimento, você solicita a 
carteira de vacinação e verifica o seguinte:
Puericultura
Hepatite B BCG Polio VIP Rotavírus
Penta
(DTP+Hib 
+Hep B)
Pneumo 10 Meningo C
Febre 
Amarela
Tríplice 
viral SCR
Hepatite 
A Influenza HPV
Realizado Realizado Realizado Realizado Realizado Realizado Realizado
Realizado Realizado Realizado Realizado Tetra viral
Realizado Realizado Realizado Realizado
218
Tarefa 01: 
Avalie e identifique se a Carteira de Vacinação do lactente está completa.
Tarefa 02: 
Identifique o que está incompleto e questione à mãe os motivos de não ter 
realizado as vacinações.
Tarefa 03: 
Responda às dúvidas da mãe.
Tarefa 04: 
Complete a carteirinha, anotando as idades em que as vacinas em atraso 
deveriam ter sido realizadas.
Orientações 
à Atriz:
• Quando indagada, a mãe refere que não realizou a tríplice viral por medo 
de causar autismo, além de ter receio da vacina causar outras reações em 
seu filho.
• A mãe relata que não realizou a vacinação contra gripe porque uma 
colega teve gripe após a vacina e porque não considera a gripe uma 
doença grave. Diz não ter motivo para ter vacina para uma doença tão 
leve.
• Por fim, a mãe questiona se era importante ter realizado a vacinação 
contra rotavírus e questiona se ainda pode realizá-la.
219
Orientações 
ao Examinador:
• Durante a tarefa de número 4 o examinador fornecer a seguinte tabela 
para o candidato completar:
Hepatite B BCG Polio VIP Rotavírus
Penta
(DTP+Hib 
+Hep B)
Pneumo 10 Meningo C
Febre 
Amarela
Tríplice 
viral SCR
Hepatite 
A Influenza HPV
Realizado Realizado Realizado Realizado Realizado Realizado Realizado
Realizado Realizado Realizado Realizado Tetra viral
Realizado Realizado Realizado Realizado
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Identifica-se como médico?
Indicou que a caderneta de vacinação está incompleta?
Tarefa 02
Indicou falta da vacina contra rotavírus?
Checklist
220
Indicou falta da vacina contra tríplice viral?
Indicou falta da vacina contra influenza?
Tarefa 03
Orientou sobre a vacina tríplice viral? (menciona 
prevenção de sarampo, caxumba e rubéola)
Indicou ausência de associação com autismo?
Orientou sobre vacina contra influenza?
Indicou que não causa gripe e reforça importância?
Indicou importância da vacina contra rotavírus (prevenção 
de diarreia grave)?
Contraindica a vacinação contra rotavírus neste momento?
Tarefa 04
Escreveu em cartão dose de vacina contra rotavírus aos 2 
e 4 meses?
Escreveu em cartão dose de vacina tríplice viral aos 12 
meses?
Escreveu em cartão duas doses de vacina contra influenza 
a partir dos 6 meses?
Debriefing
Pensou que iria ficar livre de saber o calendário vacinal para sua prova 
prática? Fica ligado nesse conteúdo porque ele pode estar presente na sua 
prova teórica, prática e até mesmo multimídia, beleza? Essa estação ajudará 
você a revisar o calendário vacinal e a constatar a importância de dominar 
esse assunto para sua prova!
221
Nessa estação em questão, era preciso avaliar a situação vacinal da criança 
e considerá-la incompleta. Não foram realizadas a vacina contra tríplice 
viral (SCR), rotavírus e influenza. Por isso, era preciso reforçar o ajuste das 
vacinas em atraso com algumas ressalvas. Deve-se lembrar que a criança em 
questão apresenta contraindicação para realização da vacina de rotavírus! 
A primeira dose da vacina deve ser realizada apenas até os 3 meses e 15 dias 
e a segunda até 7 meses e 29 dias, sendo que a primeira dose deve ter sido 
feita! Como a criança já não tinha a primeira dose e já estava fora da faixa 
etária indicada, era preciso contraindicar a vacina de rotavírus.
Em relação a vacina de influenza, também era preciso destacar algumas 
observações para ganhar a pontuação. Primeiramente, é preciso relembrar 
que a vacina contra influenza é realizada através de campanha, geralmente 
entre os meses de abril e maio. Dessa forma, era preciso verificar se na 
época da campanha a criança já tinha a idade indicada para realizar essa 
vacinação (ter mais do que 6 meses, lembra?). Feito o diagnóstico de atraso 
vacinal para vacina de influenza, deve-se orientar a família de mais um 
detalhe! É preciso lembrar que, quando feita pela primeira vez, devem ser 
realizadas duas doses da vacina contra influenza com intervalo de 30 dias! 
Após isso, nos anos seguintes, a criança pode receber apenas uma dose 
única a cada campanha.
222
Tema: Depressão no Adolescente
Caiu em: USP-RP 2018 / HIAE 2019
Grau de dificuldade: moderado
Tempo da estação: 8 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 ator
Cenário: Atendimento em Unidade Básica de SaúdeInício da Estação
Caso Clínico: 
Você é médico em uma Unidade Básica de Saúde e está em sua primeira 
semana de trabalho no local. Você realizará o atendimento de um paciente 
de 15 anos que acabou de se mudar para São Paulo, para sua área de 
atendimento. Hoje é a primeira vez que você irá atendê-lo. Ele veio sozinho, 
desacompanhado dos pais.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento e dê as condutas.
Depressão no 
Adolescente
223
Orientações 
ao Ator:
• Quando questionado, o ator se demonstraria desanimado, sem interesse 
em ir para a escola. Diz que é "zoado" pelo jeito que ele fala, devido 
sotaque do interior. Além disso, justifica as brincadeiras pelo fato de 
ser "muito magro". Relata que sintomas apareceram há cerca de 6 meses, 
quando mudou-se de cidade.
• O ator diz ter dificuldades escolares, em aprender, devido às brincadeiras 
dos colegas. Dizia estar muito triste, pensando em abandonar a escola.
• Caso questionado sobre rede de apoio, o ator dizia que era católico e que 
frequentava a igreja. Dizia não conversar com os pais sobre o assunto, 
apenas com uma tia.
• Caso questionado, o ator mencionava anedonia, choro fácil, insônia e 
perda ponderal "perdeu peso nos últimos 3 meses e não queria sair de 
casa".
• Caso questionado, o ator demonstrava ideações suicidas, sem tentativas 
ou planejamento.
• O ator deve negar sintomas maníacos ou psicóticos. Nega uso de droga 
lícitas ou ilícitas. Nega comorbidades pessoais. Relata que a mãe faz uso 
de antidepressivo, mas não sabe o motivo.
• O ator deve mencionar frase de desmotivação e desacreditação na vida: 
"Seria melhor se eu não existisse, não é Doutor?".
• O ator deve verbalizar que não deseja que o médico conte aos pais o 
assunto em questão, principalmente ao pai que é militar e muito bravo.
• Caso questionado sobre agressão física, o ator deve negar. Nega situações 
de violência familiar. Mas reforça que não deseja que o médico conte o 
assunto para os pais.
224
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se e identificou-se como médico?
Questionou a queixa principal e tempo de evolução?
Questionou se paciente sente prazer nas atividades que 
antes gostava?
Questionou se paciente se sente triste na maior parte do 
tempo?
Questionou sobre alterações no padrão do sono?
Questionou sobre alterações no apetite ou no peso?
Questionou se paciente se sente culpado ou inútil?
Questionou se paciente apresentou alterações de memória 
ou dificuldade de concentração?
Questionou se paciente pensou em morte?
Questionou ativamente se paciente pensou em suicídio?
Checklist
Orientações 
ao Examinador:
• O examinador não interfere na interação do ator e candidato.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
225
Questionou ativamente se paciente planejou ou tentou se 
matar?
Questionou presença de episódios de mania (felicidade 
extrema, hiperssexualização)?
Questionou presença de sintomas psicóticos prévios 
(acreditar em verdade irrefutável, ouvir vozes)?
Questionou uso de drogas lícitas e ilícitas?
Questionou sobre antecedentes familiares de doenças 
psiquiátricas?
Questionou sobre comorbidades ou uso de medicações?
Questionou sobre relacionamentos e rede de apoio?
Não indicou necessidade da presença do pais para 
prosseguir o atendimento?
Garantiu sigilo sobre o assunto para o adolescente?
Indica gravidade do caso e oferece auxílio para abordar 
assunto com os pais ou tia?
Indicou diagnóstico de transtorno depressivo?
Apresentou postura empática e acolhedora?
Ofereceu acompanhamento psicológico?
Ofereceu apoio de equipe de saúde da área do paciente 
(multidisciplinar)?
Prescreveu antidepressivo inibidor de recaptação de 
serotonina?
Agendou retorno precoce?
226
Debriefing
Essa estação demandou um conhecimento sobre os direitos da criança e 
do adolescente! Entre 12 e 18 anos, os adolescentes já têm sua privacidade 
garantida, principalmente se com mais de 14 anos e 11 meses, considerados 
maduros quanto ao entendimento e cumprimento das orientações recebidas. 
Entre os 12 e 14 anos e 11 meses, o atendimento pode ser efetuado, devendo, 
se necessário, comunicar os responsáveis. Nesse caso, o paciente apresentava 
sintomas depressivos graves, porém sem risco iminente de suícidio ou de 
risco à vida. Deve-se conduzir o atendimento conforme o direito da criança 
e do adolescente, acercando-se de meios para acionamento de rede de 
apoio. É importante verbalizar a gravidade e compartilhar com o paciente 
os riscos iminentes, tendo uma postura empática e acolhedora, a fim de 
reforçar a necessidade do paciente dividir esse problema com familiares ou 
rede de apoio. 
Além disso, era preciso lembrar os critérios diagnósticos pelo DSM-V para 
chegar à conclusão de que se trata de um transtorno depressivo grave.
Critérios Diagnósticos – Transtorno Depressivo Maior (DSM-V): 
• Apresentar cinco dos sintomas abaixo, sendo que, obrigatoriamente, o 
sintoma 1 OU 2 deve(m) estar presente(s):
1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias;
2. Interesse ou prazer marcadamente diminuídos em relação a todas ou 
quase todas as atividades, quase todos os dias;
3. Perda ou ganho de peso significativo;
4. Insônia ou sono excessivo quase todos os dias;
5. Agitação ou lentidão psicomotora quase todos os dias;
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias;
7. Sentir-se sem valor ou com culpa excessiva, quase todos os dias;
8. Habilidade reduzida de pensar ou se concentrar, quase todos os dias;
9. Pensamentos recorrentes sobre morte, pensamentos suicidas sem um 
plano, tentativa de suicídio ou plano para cometer suicídio.
227
Tema: Síndrome de Aspiração Meconial
Caiu em: check-list extra
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador
Cenário: Atendimento em UTI neonatal
Início da Estação
Caso Clínico: 
Você é médico residente da UTI neonatal e é chamado pelo interno do 
hospital para discutir o caso clínico de um recém-nascido com desconforto 
respiratório. O paciente é um recém-nascido do sexo masculino de 41 
semanas e 5 dias, nascido de parto cesáreo por sofrimento fetal agudo e 
asfixia, presença de intenso líquido meconial ao nascimento. No momento, 
encontra-se em UTI neonatal com grave desconforto respiratório iniciado 
nas primeiras horas de vida.
Tarefa 01: 
Descreva os achados radiológicos associados ao quadro clínico, presentes 
na imagem abaixo:
Síndrome de 
Aspiração Meconial
228
(imagem de síndrome de aspiração meconial - acervo pessoal)
Tarefa 02: 
Cite dois fatores de risco associados ao quadro clínico do paciente.
Tarefa 03: 
Qual sua hipótese diagnóstica para o desconforto respiratório do paciente?
Orientações 
ao Examinador:
• Nenhuma informação adicional seria fornecida ao candidato.
• Todas as tarefas deveriam ser escritas em cartão resposta conforme 
exemplo a seguir:
Tarefa 01: 
Tarefa 02: 
Tarefa 03: 
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
229
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Descreveu infiltrado pulmonar grosseiro?
Descreveu volume pulmonar aumentado / hiperinsuflação?
Tarefa 02
Citou sofrimento fetal agudo ou asfixia?
Citou pelo menos um dos seguintes fatores de risco: 
sexo masculino, termo, pós-termo, líquido aminiótico 
meconial?
Tarefa 03
Indicou diagnóstico de síndrome de aspiração meconial?
Checklist
Debriefing
Estação sobre desconforto respiratório do recém-nascido com abordagem 
direta aos principais pontos-chave do diagnóstico. Para realizar o diagnóstico 
dos distúrbios respiratórios do recém-nascido é preciso associar a história 
materna e fatores de risco os quais o bebê apresenta, além de associar a 
evolução clínica com a imagem radiológica.
No caso do paciente em questão, este apresentou uma história de parto 
associado a líquido meconial, sofrimentofetal agudo e asfixia. Dentro do 
útero é possível que o feto elimine mecônio sem apresentar necessariamente 
a aspiração desse conteúdo com repercussões clínicas. Entretanto, se estado 
230
de hipóxia/asfixia persistente, o recém-nascido apresenta como reflexo o 
aumento da motilidade intestinal, abertura do esfínceter anal e liberação 
intra-uterina de intesa quantidade de conteúdo meconial. Somando-se a 
isso, ocorre a aspiração de conteúdo meconial para vias aéreas altas que, 
na tentativa de inspiração ao nascimento, é translocado para as vias aéreas 
inferiores. Tal fato leva a um infiltrado pulmonar de conteúdo meconial, 
podendo levar a obstrução total ou parcial de vias aéreas inferiores. A 
imagem radiológica característica é um infiltrado pulmonar grosseiro 
associado a hiperinsuflação pulmonar devido quadro obstrutivo. Pode-se 
ainda estar associada a imagem de atelectasia, decorrente de obstrução 
total de bronquíolos pulmonares, ou imagem de pneumotórax devido 
maior ocorrência de barotrauma pulmonar.
A síndrome de aspiração meconial geralmente leva à sintomas nas primeiras 
horas de vida e está associada a gravidade no recém-nascido, geralmente 
necessitando de suporte ventilatório e cuidado de UTI neonatal.
231
Tema: Mononucleose Infecciosa
Caiu em: check-list extra
Grau de dificuldade: baixo
Tempo da estação: 5 minutos
Ator/examinador: 1 examinador e 1 atriz
Cenário: Atendimento em pronto-socorro
Início da Estação
Caso Clínico: 
Mãe traz seu filho, José Eduardo de 8 anos, ao pronto-socorro com queixa 
de dor de garganta há um dia. Mãe refere ausência de sintomas antes da dor 
de garganta, mas diz que há 10 horas apresentou febre não aferida.
Tarefa 01: 
Realize o atendimento.
Orientações 
à Atriz:
• A atriz queixa-se de que o filho apresentou dor de garganta há cerca 
de 1 dia, com dificuldade para engolir. Relata presença de febre alta, 
Mononucleose 
Infecciosa
232
(imagem de faringite com placas de pus)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Faringite_estreptocócica
• Ao solicitar teste rápido para pesquisa de s. pyogenes, o examinador 
fornece a seguinte informação: resultado positivo.
• Caso o candidato solicitasse cultura de orofaringe, o examinador 
mencionaria que exame se encontra indisponível.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
com sudorese, iniciada há cerca de 10 horas. Nega sintomas de tosse 
ou coriza associados. Nega comorbidades ou uso de medicações. Nega 
contactantes sintomáticos.
• Após diagnóstico, a atriz questiona ao candidato se o que o filho tem é 
grave.
Orientações 
ao Examinador:
• Ao solicitar o exame físico, o examinador fornece os seguintes dados e a 
imagem abaixo:
BEG, acianótico, anictérico, eupneico, fácies de dor.
Presença de adenopatia cervical anterior dolorosa única.
AR: MV presentes bilateralmente, sem RA. FR: 25 irpm 
ACV: RCR em 2T, BNF, ausência de sopros. FC: 90bpm
Abd: globoso, flácido, indolor a palpação, ausência de VMG.
Ext: bem perfundidas, sem edema.
Oroscopia:
233
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Apresentou-se e identificou-se como médico?
Questionou queixa principal e duração dos sintomas?
Questionou presença de tosse ou coriza nasal?
Questionou contactantes com sintomas semelhantes?
Questionou uso de medicações?
Questionou comorbidades?
Indicou realização de exame físico?
Indicou realização de swab de orofaringe ou teste rápido 
para pesquisa de streptococcus pyogenes?
Indicou Penicilina Benzatina IM?
Orientou uso de analgésicos?
Orientou mãe sobre risco de febre reumática caso não 
ocorra tratamento correto? 
Checklist
Debriefing
Dentre as bactérias que provocam faringite ou amigdalites, o Streptococcus 
pyogenes (Estreptococo do grupo A) é o que merece mais destaque, não só 
por ser a forma mais comum de faringoamigdalite bacteriana, mas também 
porque é a forma de infecção de garganta que mais causa complicações. 
234
O S. pyogenes é responsável por cerca de 30% dos casos de faringite nas 
crianças e 10% nos adultos.
O grande problema das faringites estreptocócicas não costuma ser a 
inflamação da garganta em si, mas sim o risco de complicações. As crianças 
são as principais vítimas dessas complicações, sendo elas o grupo que mais 
necessita de tratamento com antibióticos para prevenção.
Algumas complicações são graves, inclusive com risco de morte, como é 
o caso da síndrome do choque tóxico por Estreptococo. Outras, podem 
causar lesões de órgãos, como os rins no caso da glomerulonefrite pós-
estreptocócica, ou o coração na febre reumática. Há também situações 
mais simples, como a escarlatina, que é uma erupção de pele que costuma 
ser benigna e de fácil tratamento.
Entre as possíveis complicações da faringoamigdalite estreptocócica, 
podemos destacar:
• Febre reumática.
• Glomerulonefrite pós-estreptocócica
235
Tema: Estado de mal convulsivo
Caiu em: check-list extra
Grau de dificuldade: alto
Tempo da estação: 8 minutos
Ator/examinador: 1 examinador
Cenário: Atendimento em pronto-socorro
Início da Estação
Caso Clínico: 
João Lucas, 6 anos, antecedente de Encefalopatia crônica não progressiva 
secundária a anóxia neonatal, em uso de Topiramato e Carbamazepina, 
além de dieta cetogênica para epilepsia de difícil controle.
Chega ao pronto-socorro em quadro convulsivo, com crise parcial complexa 
caracterizada por movimentos clônicos em membro superior direito e 
membro inferior direito. Mãe refere que paciente tem entrado e saído de 
crise nos últimos 40 minutos, não recuperando o nível de consciência entre 
as crises.
Paciente vinha apresentando quadro de febre, com aumento de secreção na 
traqueostomia, com aspecto purulento, medicado hoje há aproximadamente 
4 horas. Recebeu todas as medicações em horários habituais, última dieta 
hoje há aproximadamente 4 horas via gastrostomia.
Estado de 
Mal Convulsivo
236
Tarefa 01: 
Neste momento, paciente se encontra em sala de emergência. Realize o 
atendimento.
Tarefa 02: 
Qual a medida terapêutica inicial para controle da crise de paciente? Se a 
crise não for abortada nessa primeira medida, qual o próximo passo?
Tarefa 03: 
Quais os exames complementares devem ser coletados nesse momento?
Tarefa 04: 
Após as medidas iniciais adotadas por você, o paciente mantém quadro 
convulsivo. Qual seu próximo passo?
Tarefa 05: 
Após medidas adotadas, paciente evolui com parada dos sinais clínicos de 
crise, porém mantém sonolência e não recupera estado neurológico basal, 
qual o próximo passo para investigação?
Orientações 
ao Examinador:
• Caso o candidato indique checar responsividade do paciente, o 
examinador deveria informar que o paciente está irresponsivo, porém 
com pulso e respirando.
• Caso o paciente indique realização de avaliação ABCDE ou exame físico 
as seguintes informações seriam fornecidas:
A: vias aéreas pérvias
B: MV+ simétrico com roncos disseminados, TSD presente, TQT sem 
alterações locais, com secreção amarelada abundante. FR 37 irpm, Sat 
O2 99% com O2 em alto fluxo.
237
C: BRNF em 2T, sem sopros, sem sinais de hepatomegalia ou congestão. 
FC 168 bpm, descorado 1+/4, PA 109x76, pulsos e perfusão periféricos 
normais.
D: REG, apresentando movimentos clônicos em MSD e MID, com 
olhar fixo, pupilas isocóricas, midriáticas pouco responsivas a estímulo 
luminoso.
E: sem escoriações em pele, afebril.
• Após a avaliação inicial, o examinador forneceria as tarefas seguintes 
independente se as respostas forem corretas ou equivocadas.
• Caso o candidato solicitasse os exames indicados, o examinador 
forneceria o dado de normalidade.
TÉRMINO DA ESTAÇÃO
Itens avaliados Sim Não
Tarefa 01
Indicou monitorização cardíaca, acesso venoso periférico 
e oferta de oxigênio suplementar?
Checou responsividade do paciente?
Indicou avaliação ABCDE?
Tarefa 02
Indicou que paciente se encontra em estado de mal 
convulsivo (recorrência de crise em mais de 30 minutos)?
Indicou benzodiazepínico EV? (considerar midazolam EV 
ou IM ou diazepam EV)
Indicou repetir benzodiazepínico se crise persistir?
Checklist
238
Tarefa 03
Indicoudosagem de eletrólitos, função renal e hepática 
(considerar se mencionar pelo menos 2)?
Indicou realização de glicemia?
Tarefa 04
Indicou ataque com fenitoína ou fenobarbital ou ácido 
valpróico?
Tarefa 05
Indica realização de eletroencefalograma de urgência?
Debriefing
O estado de mal convulsivo corresponde a crise epiléptica contínua ou que 
se torna reentrante, sem recuperação de nível basal de consciência entre 
episódios por 30 minutos ou mais. Crises epilépticas com duração maior 
que 5 minutos tem indicação de tratamento imediato, pois tem grandes 
chances de evoluir para estado de mal. A primeira linha de tratamento 
abortivo para crise epiléptica prolongada é o benzodiazepínico, sendo o 
midazolam a primeira opção terapêutica, visto que pode ser usado IV ou 
IM. O Diazepam é outra opção, porém só deve se feito por via venosa. Se a 
crise persistir por 5 minutos após a primeira dose, uma segunda dose pode 
ser administrada.
Devem ser descartados distúrbios hidroeletrolíticos que possam desencadear 
crises epilépticas: dosagem de sódio, potássio, cálcio e magnésio estão 
indicados, além de função renal e hepática. Distúrbios metabólicos também 
devem ser descartados, sendo indicado glicemia capilar e dosagem de glicose 
sérica. As medicações anticonvulsivantes devem ter seu nível sérico dosado 
a medida da disponibilidade.
239
Na vigência de convulsão refratária a benzodiazepínicos, usualmente, é 
preferido o uso da fenitoína ao fenobarbital, visto que o segundo apresenta 
maior depressão cardiovascular e pode trazer mais efeitos colaterais. 
Contudo, em algumas situações clínicas especiais pode ser optado pelo 
fenobarbital, por exemplo em pacientes que já fazem uso de barbitúrico. 
Estudos mostram que não existe inferioridade do valproato e do 
Levetiracetam quando comparados a Fenitoína, porém sua disponibilidade 
é limitada nos serviços brasileiros.
Em todo paciente em estado de mal epilético está indicado o EEG na urgência, 
pois o paciente pode apresentar atividade epileptiforme não convulsiva, 
com as mesmas consequências de lesões neurológicas das convulsões clínicas 
persistentes. Se paciente mantiver atividade elétrica epileptiforme nesse 
momento, está indicado o uso de medicação EV contínua para controle da 
crise. A droga mais usada no nosso meio é o Midazolam em infusão contínua, 
porém o fenobarbital e o propofol também podem ser usados em situações 
especiais. Essas drogas, em infusão contínua, apresentam maior chance de 
depressão cardiorrespiratória e necessitam de intubação orotraqueal para 
proteção de via aérea e muitas vezes os pacientes necessitam de drogas 
vasoativas para manter a perfusão periférica, sendo assim, esses pacientes 
têm indicação de cuidados de terapia intensiva.
240
Nossa Missão
T odos os nossos esforços na Medway são voltados para uma única missão: melhorar a assistência em saúde no Brasil. Através de um ensino sólido em Medicina 
de Emergência e uma excelente preparação para as provas de 
Residência Médica, acreditamos que tornamos nossos alunos médicos ainda 
melhores do que eram antes!
Então, em 2018, criamos o CRMedway, o maior curso online preparatório para as 
provas práticas do Brasil. Como o projeto deu muito certo e mais de 500 alunos 
ficaram satisfeitos, em 2019 fizemos a primeira edição do CRMedway Presencial. 
Foram mais de 2000 alunos conosco enfrentando o duro ano preparatório para 
as provas de residência, e os resultados não podiam ser melhores!
241
Porém, nossa missão não pode parar aí. Sabemos que o caminho para uma 
aprovação em São Paulo é ainda mais árduo, tanto pela alta concorrência quanto 
pelo diferente formato de cobrança (mais imagens e assuntos não abordados 
tradicionalmente em Cirurgia, por exemplo). Por isso, em 2020, trabalhamos 
incansavelmente para oferecer também um preparo excepcional para as 
principais provas teóricas do estado de São Paulo!
Convido você a conhecer um pouco mais sobre o nosso Intensivo São Paulo!
Com o Intensivo São Paulo, você:
• Terá aulas direcionadas para cada assunto mais cobrado dentro de cada grande 
área, para cada instituição! Ou seja, são 40 aulas destrinchando o que cada banca 
específica gosta de cobrar. Saiba exatamente o que cai (e o que não cai) na prova 
que você quer prestar!
• Estudará da melhor maneira para alavancar seu desempenho: através de questões 
comentadas pelo nosso time de professores, formados recentemente nas melhores 
instituições de São Paulo, e com a visão de dentro da instituição! Vamos te dar uma 
ideia do que cada serviço gosta de cobrar e quais os pontos fortes daquela área!
• Participará de “calls” exclusivas com nosso time de professores semanais, além de 
realizar simulados específicos para cada instituição, com questões originais no 
padrão de cada banca!
• Receberá Guias Estatísticos de cada processo seletivo, para priorizar os assuntos 
que mais caíram nos últimos 5 anos e que você não pode deixar de dominar.
• Perderá o medo de qualquer questão com imagem radiológica, depois de assistir 
nosso Curso de Imagens, incluído no Intensivo São Paulo.
• Transformará as questões de cirurgia, sabidamente o “calcanhar de Aquiles” da 
maioria dos candidatos, no seu maior diferencial na hora da prova, pois montamos 
um curso extra da área para você parar de vacilar nessas questões!
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N osso curso é focado na prova prática como ela realmente é. Através de uma revisão cuidadosa de mais de 500 estações dos últimos anos, desenvolvemos uma metodologia de ensino toda 
baseada em checklists, para você conquistar o máximo de pontos na sua 
segunda fase no fim do ano. Sem enrolação. Sem “oba oba”. Aqui, trazemos a 
essência da prova prática pra você gabaritar qualquer checklist em estações 
de habilidades ou imagens e a parte de componente de audiovisual dentro 
das provas de multimídia. 
E em 2020, nós vamos entregar um curso ainda mais completo e com mais 
novidades, tanto para quem se inscrever no CRMedway Online, quanto 
para quem vier ao CRMedway Presencial!
Com o CRMedway você estará preparado para os dois componentes 
principais de uma prova prática: 
1. Prova de Habilidades 
• Você aprenderá a organizar e estruturar o raciocínio clínico diante de 
qualquer estação prática.
• Dominará, de uma vez por todas, o medo e a ansiedade que aflige todos o 
s candidatos .
• Receberá mais de 300 checklists baseados em estações anteriores, para 
treinar exaustivamente! 
• Terá acesso às estações mais frequentes e de que forma elas são cobradas.
• Assistirá a lives das principais instituições do país com comentários das 
estações cobradas nos anos anteriores .
243
2. Prova de MULTIMÍDIA
• Com ele, você terá acesso a um curso de imagens completo, pra te ensinar 
não apenas as imagens mais frequentes mas como fazer a descrição de 
cada uma delas, dos principais exames diagnósticos: Rx, TC, RNM, USG 
e outros exames frequentes!
• Você também vai dominar as imagens não radiológicas de cada uma das 5 
grandes áreas (Clínica Médica, Cirurgia Geral, Pediatria, GO e Medicina 
Preventiva)!
• Por fim, com + de 100 provas multimídia e diversas delas sendo realizadas 
ao vivo, você também terá um treinamento profundo do componente 
audiovisual e dos diversos formatos de cobrança possíveis dentro de uma 
prova multimídia! 
• Tudo isso com nosso com um time de professores aprovados e todas as 
instituições que você sempre sonhou!
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C urso completo que tem um único objetivo. Alavancar os seus estudos e a sua performance para que você alcance um desempenho superior a 80% nas provas ao final do ano, independente do nível 
em que você se encontre hoje. 
É um curso intensivo, totalmente online, em que apresentamos os principais 
conceitos que diferenciam aqueles que são aprovados em todas (ou quase 
todas) as instituições que prestam prova daqueles que não são aprovados em 
nenhuma. Trabalhamos a fundo conceitos essenciaiscomo Planejamento, 
Organização, Motivação, Constância, Priorização, Mindset, dentre muitos 
outros! Se quiser conferir de perto todo esse conteúdo, clique no botão: 
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que alguns dos nossos alunos estão falando: 
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S ob o lema “A Emergência como ela Realmente é”, agregamos toda nossa experiência na sala de emergência mais complexa do Brasil e toda a didática “Medway” para ensinar tudo aquilo 
que gostaríamos de ter aprendido antes de enfrentarmos nossos temidos 
plantões de PS. Esteja preparado para qualquer “perrengue” que poderá 
aparecer na sua emergência, seja ela do melhor hospital da cidade, seja no 
postinho!
Baseado no método de simulações realísticas, você verá o atendimento 
das principais patologias dentro do departamento de emergência e saberá 
exatamente o que fazer quando se deparar com os pacientes graves no seu 
plantão!
Além de todo o treinamento de pronto-socorro e emergência, o PSMedway 
Avançado engloba também um curso completo de intubação orotraqueal 
e outro de eletrocardiograma, para você dominar TODO e QUALQUER 
plantão que caia na sua mão! Chega de depender de alguém para laudar o 
ECG, ou de ter medo de intubar!
Se ainda tem dúvidas se essa é a melhor solução pra você, veja o que alguns dos 
nossos alunos da primeira turma estão falando: 
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Ficou com Alguma Dúvida?
N ós respondemos 100% das pessoas que entram em contato com a gente. Seja pra pedir uma orientação quanto a melhor forma de se preparar para a residência médica, prova prática ou para o 
primeiro plantão no PS, nós estamos com você.
Então não guarde suas dúvidas! Teremos o maior prazer em te responder.
Basta enviar um email para alexandre.remor@medway.com.br que nós 
 mesmos te responderemos! 
Grande abraço e sucesso na sua jornada!
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