Buscar

PROCESSO CONSTITUCIONAL

Prévia do material em texto

DEMOCRACIA
Conceito: é um sistema de fundamento estatal, que reconhece a necessidade de limitação do poder estatal. Qualquer coisa que existe no Estado tem limite.
		OPOSTO DE DEMOCRACIA SÃO OS REGIMES TOTALITARIO.
Qual o limite do poder do Estado na democracia?
Resposta: Os limites do Estado, estão na vontade do povo. 
· O fundamento da democracia é a liberdade;
· Qualificação do ideal democrático a partir do século XVIII, “O Estado democrático de direito”. Que trouxe uma qualificadora para o direito. 
· Em uma democracia o justo está no direito e não na maioria.
VONTADE DO POVO
LIBERDADE DE FALA
NORMA JURÍDICAS
	
Visa-se, dentro dessa nova realidade, não mais apenas atrelar o constitucionalismo à ideia de limitação do poder político, mas, acima de tudo, busca-se a eficácia da Constituição, deixando o texto de ter um caráter meramente retórico e passando a ser mais efetivo, sobretudo diante da expectativa de concretização dos direitos fundamentais. (LENZA, 2022, PAG.184).
Se as normas jurídicas são elementos de determinação da vontade do povo, como elas sçao elaboradas?
O papel dos sistemas de justiça em um regime democrático é reequilibrar as desigualdades, não pode existir um sistema de justiça que aumente as desigualdades. 
Os atos do Estado não podem ter fim em se mesmo. O destinatário do Estado passa a ser o povo.
O Estado de funcionar com um objetivo que é proteger o povo. Significa proteger o povo. 
Democracia Regime em que o povo é a finalidade Estatal;
Controle Os limites entre a ação do Estado e do povo;	
Descobrir os limites que o poder Estatal e suas relações com o 	“bem” do povo numa democracia?
Resposta: A criação de um sistema de qualificação democrático, com a criação de uma democracia representativa, com o povo elegendo representante, e esses representantes vão proteger o bem, fazendo com isso a representação do povo. 
A representação do que é bom e do que é certo, correto são as normas jurídicas. 
Democracia Representativa 
Representantes do povo
Que elegem as pessoas que fazem á 
Representação do “bem” do povo
Com as normas jurídicas 
Observação: Democracia deliberativa, é uma proposta teórica de compreensão da democracia.
Habermas
	Para ele a democracia é deliberativa nada na democracia se avança sem a deliberação. Conhece assim o interesse do povo com o debate:
	Liberdade de falar – Expressão;
Debate 	 Plural – todas as pessoas;
		 Aberto;
		 Público – O Estado também pratica.
	Para Habermas esse sistema de debate [e um agir comunicativo, que exige racionalidade e fundamentação.
Sistema de Justiça na Democracia 
	Em uma democracia o sistema de justiça existe para garantir a aplicação do poder estatal, permitindo o seu controle, ou seja, o sistema de justiça é uma salva guarda para impedir os avanços abusivos do Estado. Portanto o sistema de justiça é montado em cima da separação dos poderes.
	A quem compete dar a palavra final numa democracia?
Resposta: Para Carl Schmidt á palavra final é do líder do Heich. Para Hans Kelsen á palavra final numa democracia não pode ser dada por uma única pessoa, senão quebraria as permissões básicas de democracia. Portanto, para Kelsen a palavra final deveria ser tomada pelo poder judiciári, de cúpula, e que tenha compromisso com a constituição. Ele criou a ideia do tribunal constitucional, no Brasil a ideia foi o STF. 
Teoria pura do Direito: 
· Dentro dessa Teoria Pura do Direito, o autor definiu o objeto da ciência do direito como sendo (i) as normas jurídicas e (ii) o conteúdo dessas normas, ou seja, a conduta humana regulada por estas. Assim, o Direito visto como um sistema de normas em vigor traduzir-se-ia na teoria estática do Direito. Acaso o estudo se focasse para a conduta humana, haveria a teoria dinâmica do Direito.
· Importante ressaltar que a Teoria Pura do Direito não visa uma análise dogmática de um sistema pré-definido ou de uma jurisprudência de uma Corte. Seu objetivo é tão somente o estudo da estrutura lógica e formal dos conceitos jurídicos abstratos e globais porque, ao seu ver, a ordem jurídica globalmente considerada constitui o princípio da efetividade.
Como o judiciário funciona dentro de um sistema de justiça, dentro de uma democracia?.
Resposta: o poder judiciário é instrumento de controle do poder. Só que em uma democracia o judiciário para controlar esse poder precisa de um fundamento. 
	O judiciário consagra o Estado democrático de direito, ele torna real e efetivo um modelo de Estado que tenha limites e se preocupa com o povo de acordo com as leis.
	O judiciário exerce esse papel por meio dor seus órgãos, promovendo as alterações do sistema.
Observação: á no direito constitucional atual, fortes debates a respeito dos limites da atividade interpretativa;
	O acesso ao judiciário depende da implementação de princípios de acesso á justiça. Numa democracia o acesso a justiça depende de provocação, e a falta de conhecimento cívico impedem essa movimentação.
Na organização do judiciário a quem compete fazer prevalecer a constituição?
Resposta: em primeira linha todos os órgãos, ou seja, em quelquer juízo ou tribunal, chamando isso de controle difuso. Porém existe a chamada jurisdição constitucional, que é uma parcela da jurisdição encarregada de fazer prevalecer a norma constitucional. 
Jurisdição constitucional 
	O direito serve para conter o poder, e para conter os nosso próprios juízos morais. O objetivo é trazer à compreensão a ideia da jurisdição constitucional, apontando seu significado dentro do constitucionalismo e sua importância para a reelaboração do direito contemporâneo. Tal projeção se reveste de atributo especial, quando se tem como certo que a história da Constituição seria bastante diferente, sem a jurisdição constitucional. Isto nos remete para as raízes do constitucionalismo, plantadas solidamente no século XVIII, com as primeiras constituições, a americana e a francesa.
	A jurisdição constitucional objetiva efetivar a ordem jurídica e impor, através do Poder Judiciário, o cumprimento das normas que, por exigência do direito vigente, devem regular as mais diversas situações jurídicas(MARQUES, 1966, p. 216).
	No exercício da função jurisdicional, o Estado se materializa juridicamente, sob os mesmos fundamentos que o legitima a exercer, no quadro de uma ordem jurídica instituída, as funções legislativa e executiva (GONÇALVES, 1992, p. 50).
	A jurisdição constitucional, portanto, prende-se à “função de declarar o direito aplicável aos fatos, bem como é causa final e específica da atividade do judiciário” (BARACHO, 1984, p. 75). Nessa função, a jurisdição constitucional é a própria reinvenção da Constituição, à medida que decifra e reprime os excessos do sistema político no código jurídico, através de sanções (SAMPAIO, 2002, p. 888-889).
A jurisdição constitucional “consiste na atuação da lei mediante a substituição da atividade de órgãos públicos à atividade de outros, seja no afirmar a existência de uma vontade das leis, seja em torná-la posteriormente efetiva” (CHIOVENDA, 1964, p. 3).
A jurisdição é uma manifestação típica da atividade judiciária, derivada do ato jurisdicional e confirmadora da força do direito na solução de conflitos. Por seus órgãos, a função judiciária constitui uma atividade criadora do direito. A decisão política convertida em lei é, na visão interna do sistema jurídico, assimilada ou expelida pela decisão judicial, embora as motivações da sentença estejam, explícitas ou não, sob a influência política que as engendrou.
À jurisdição compete, mediante processo, conferir eficácia forçada às relações jurídicas espontaneamente ineficazes, impondo uma sanção jurídica em razão do dever jurídico descumprido, como forma de atendimento ao direito que foi lesado ou ameaçado. Ao juiz prolator da jurisdição exige-se um comportamento atuante e não mais uma posição inerte, de mero aplicador da lei.
Observação: Os direitos fundamentais são elementos de limitação da atuação do Estado. A constituição foi feita pararegrar o funcionamento do poder estatal. E é para isso que todas as normas existem, ou seja os direitos fundamentais surgem para alimentar a atuação do Estado e das lutas políticas.
	Se os direitos fundamentais são importantes com a conquista das lutas politicas as tensões politicas são muito importantes para a sobrevivência do próprio direito. A figura do Estado está para consagrar Direito, e por conseguinte tutelá-los. 
	 Os direitos que não são consagrados pela via majoritária, o judiciário entra em cena para defender esses direitos fundamentais. Que são consagradas a partir do principio da dignidade da pessoa humana.
	Backlash, expressão que se traduz como um forte sentimento de um grupo de pessoas em reação a eventos sociais ou políticos. No entanto, a própria legitimidade democrática da Constituição e da jurisdição constitucional depende, em alguma medida, de sua responsividade à opinião popular. se a Suprema Corte é o último player nas sucessivas rodadas de interpretação da Constituição pelos diversos integrantes de uma sociedade aberta de intérpretes (cf. HÄBERLE), é certo que tem o privilégio de, observando os movimentos realizados pelos demais, poder ponderar as diversas razões antes expostas para, ao final, proferir sua decisão. 
ADI – PISO DA ENFERMAGEM
Plausabilidade do direito e o perigo da demora. 
Á espera: 46. O requerente e parte das entidades que solicitaram ingresso no feito na qualidade de amici curiae apontam uma série de efeitos práticos adversos que decorreriam da aplicação dos pisos salariais nacionais definidos na Lei nº 14.434/2022. Dois deles merecem destaque, por sua gravidade e pela verossimilhança de sua ocorrência: (i) o risco de demissões em massa de profissionais da enfermagem, notadamente no setor privado; e (ii) o prejuízo à manutenção da oferta de leitos e demais serviços hospitalares, inclusive no SUS.
Argumento: 47. Pesquisa realizada pela autora da ação, juntamente com a CMB, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a Federação Brasileira de Hospitais (FMH) e a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), entrevistou 2.511 instituições hospitalares privadas [8], entre 19 e 23 de agosto, para questionar as medidas a serem adotadas para o cumprimento dos novos pisos salariais. Como resultado, 77% delas responderam que precisarão reduzir o corpo de enfermagem; 65% terão que reduzir pessoal em outras áreas e 51% disseram que reduzirão o número de leitos. A partir das informações coletadas, estimasse que 80 mil profissionais de enfermagem serão demitidos e 20 mil leitos serão fechados em todo país, como decorrência do impacto financeiro dos novos pisos salariais.

Continue navegando