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APG S12P2- Osteoporose

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APG-5ºPeríodo| Ilana Maria Maia S. 
O tecido ósseo é um tipo de tecido conjuntivo 
altamente especializado, dinâmico, formado por células 
(osteoblastos, osteócitos e osteoclastos) e matriz 
extracelular calcificada pela deposição de cálcio e 
fosfato na forma de cristais de hidroxiapatita 
([Ca3(PO4)2]Ca(OH)2). 
Osteoclastos e osteoblastos são as células responsáveis 
pela reabsorção e formação óssea respectivamente. 
É continuamente remodelado para garantia da 
integridade, autorreparação e adaptações às forças 
submetidas. 
 Remodelação óssea: 
 é um processo fisiológico que em resposta a sinais 
físicos e hormonais, inicia-se com o recrutamento de 
células precursoras de osteoclastos na superfície óssea 
a ser reabsorvida onde se fundem e transformam-se em 
osteoclastos multinucleados. 
Essa ativação dos osteoclastos vai ser intermediada por 
fatores e citocinas liberadas pelos osteoblastos e o 
contato célula a célula. 
 Fator estimulante de colônia de monócitos (M-
CSF): atua na proliferação de progenitores de 
osteoclastos, enquanto o ligante do receptor 
ativador do fator nuclear – KB (RANK-L) 
controla diretamente a diferenciação dessas 
células pela ativação com o receptor ativador 
do fator nuclear – KB (RANK). 
 A ligação com RANK-L/RANK tanto na superfície de 
precursores de osteoclastos, quanto em osteoclastos 
maduros promove a reabsorção óssea por meio da 
inibição da apoptose, diferenciação e proliferação 
osteoclástica. 
A osteoprotegerina (OPG), também secretada pelos 
osteoblastos, tem efeito antagônico, liga-se ao RANK-L 
inibindo sua ligação com o RANK. Desta forma, o 
equilíbrio entre RANK-L/OPG, é essencial para a 
manutenção da densidade mineral óssea normal. Os 
osteoclastos ativados dão início a degradação do osso 
por meio da secreção de enzimas ácidas e hidrolíticas. 
 A superfície reabsorvida é preparada por monócitos e 
macrófagos para adesão e início da formação óssea 
pelos osteoblastos. Ocorre uma complexa cascata de 
eventos envolvendo a proliferação e a maturação de 
células mesenquimais precursoras de osteoblastos que 
sintetizam proteínas da matriz óssea, principalmente 
colágeno, preenchem a cavidade reabsorvida com 
osteóide lamelar novo, e com a mineralização da matriz 
tem-se a formação do osso novo. 
 Os osteoblastos envolvidos pela própria matriz 
extracelular sintetizada se diferenciam em osteócitos. 
Essas células constituem 90% das células ósseas adultas 
e encontram-se dispersas por toda matriz óssea em um 
estágio final de diferenciação. Os osteócitos estão 
ligados entre si por meio de processos dendríticos, o 
que permite a comunicação com a superfície óssea e o 
osso medular, dessa forma, em resposta a tensão 
mecânica, essas células têm o potencial de recrutar 
precursores de osteoclastos e células mesenquimais 
enviando sinais para reabsorção e formação óssea. 
Remodelação é regulada: por fatores locais e sistêmicos, 
incluindo forças elétricas, mecânicas, hormônios 
(paratormônio – PTH, hormônios da tireoide, vitamina 
D, estrógeno, andrógenos, cortisol, calcitonina, 
hormônio do crescimento). Interferências no 
mecanismo do remodelamento ósseo, que possam 
alterar o equilíbrio entre a reabsorção e formação, 
sendo favorecida e reabsorção óssea e implicam no 
desenvolvimento de doenças osteolíticas, sendo a mais 
comum a osteoporose. 
É uma doença esquelética sistêmica e progressiva 
caracterizada pela diminuição da massa óssea e 
deterioração da microarquitetura óssea, que torna o 
osso frágil e, por consequência, aumenta o risco de 
fraturas. 
Causa grande morbimortalidade, uma vez que as 
fraturas ocasionadas pela fragilidade óssea não causam 
diretamente a morte, mas a perda significativa do bem 
estar, qualidade de vida e dificuldade nas atividades 
cotidianas dos indivíduos acometidos. 
 
 APG-5ºPeríodo| Ilana Maria Maia S. 
 
A osteoporose é classificada em primária e secundária; 
Osteoporose Primária: 
 Subdividida em tipo 1 e tipo 2; 
Osteoporose tipo 1 ou pós-menopausa: está 
diretamente ligada com a deficiência de estrógeno, 
atinge predominantemente o osso trabecular e é 
associada a fraturas nas vértebras e radio distal. 
Osteoporose tipo 2 ou senil: relacionada ao 
envelhecimento e aparece pela deficiência de cálcio, 
aumento da atividade do paratormônio e diminuição da 
formação óssea. 
Osteoporose secundária ou induzida: 
É dependente de múltiplas ações locais e sistêmicas que 
resultam na diminuição da formação e aumento da 
reabsorção óssea. É decorrente de processos 
inflamatórios como artrite reumatóide, desordens 
renais e por uso de drogas como corticóides, álcool e 
heparina 
 Envelhecimento Mais prevalente 
 Doenças metabólicas; 
 Distúrbios hormonais: Hiperparatireoidismo; 
 Medicamentoso: coricoterapia crônica; 
 Doenças do colágeno; 
 Envelhecimento Mais prevalente, 
principalmente em mulheres devido a 
menopausa. 
 Alimentação moderna (altos índices de 
alimentos processados); 
 Sedentarismo da vida moderna. 
Tem se 2 mecanismos principais e alguns fatores que 
influenciam o aparecimento dessa patologia. Embora não seja completamente entendido esse processo de reabso rção óssecausada pela deficiência de esteroides, estima-se um envolvimento do AUMENTO DA DE 
Processo natural de envelhecimento: 
Caracterizado por uma série de alterações bioquímicas 
que podem ser as responsáveis pelo declínio mecânico 
deste tecido, aumentando a incidência de fraturas em 
idosos 
Privação estrogênica: 
Causa predominante da perda óssea inicialmente 
acelerada e depois mais lenta em mulheres na pós-
menopausa, e também como um contribuinte 
significativo para a perda óssea observada nos homens 
a partir dos 30 anos; 
A deficiência desse hormônio resulta em aumento da 
remodelação óssea e em desequilíbrio onde a 
reabsorção sobrepõe a formação. 
 O estrógeno inibe a fusão e diferenciação de 
precursores de osteoclastos devido a sua ação sobre os 
monócitos, promovendo a redução plasmática de 
interleucina 1 (IL-1) e o Fator de Necrose Tumoral alpha 
(TNF-α). As duas citocinas citadas estimulam a secreção 
de outras citocinas como a Interleucina 6 (IL-6) e M-CSF 
que regulam a ativação dessas células [20,21]. Nos 
osteoblastos, o estrógeno age via receptor α18 
induzindo a síntese de colágeno e promovendo a 
liberação de fatores como o TGF-β que atua sobre os 
osteoclastos, inibe a reabsorção óssea e estimula a 
apoptose dessas células. 
Fatores associados: 
A patogênese da perda óssea é senescência 
relacionada com várias alterações no organismo e está 
relacionada com alguns fatores: 
 Deficiência relativa de cálcio consequência da 
DIMINUIÇÃO NA CAPACIDADE DE ABSORÇÃO 
desse mineral pelo intestino e da MAIOR 
EXCREÇÃO URINÁRIA, corroboram para que 
haja uma maior ingestão oral de Ca, senão 
predomina um equilíbrio negativo! Associada 
a essa ingesta de cálcio, há uma deficiência 
de vitamina D, que está relacionada com a 
absorção do mineral → lembrar que já existe 
uma deficiência de absorção de cálcio 
intrínseca aos mecanismos de senescência 
intestinal, então a deficiência de vit D soma a 
esse processo. 
 Predisposição genética; 
 Insuficiência do pico de massa óssea; 
 Imobilização; 
 Falência gonadal; 
 Ingestão inadequada de cálcio e vitamina D; 
 Além de hábitos de vida e outros fatores 
ambientais (tabagismo, alcoolismo, uso de 
medicações, em especial os glicocorticoides etc.). 
 Esteroides sexuais: estrogênio e testosterona. 
 APG-5ºPeríodo| Ilana Maria Maia S. 
Os pacientes normalmente são assintomáticos, a menos 
que tenhamsofrido alguma fratura. 
As fraturas não vertebrais são tipicamente sintomáticas, 
mas cerca de dois terços das fraturas por compressão 
vertebral são assintomáticas (embora os pacientes 
possam ter dor lombar crônica subjacente devido a 
outras causas como osteoartrite); 
Fratura por compressão vertebral: é sintomática começa 
com dor aguda que normalmente não se irradia, é 
agravada pelo suporte de peso, pode ser acompanhada 
de sensibilidade no ponto espinhal e tipicamente 
começa a diminuir em 1 semana. A dor residual pode 
durar meses ou ser constante, caso em que deve-se 
suspeitar de fraturas adicionais ou doenças subjacentes 
da medula espinal. 
Múltiplas fraturas de compressão torácica: causam, 
eventualmente, cifose dorsal, com lordose cervical 
exagerada (“corcunda”). O estresse anormal em 
músculos e ligamentos da coluna pode causar dor 
crônica, persistente e limitante, particularmente na 
região lombar. Os pacientes podem ter dispneia devido 
à diminuição do volume intratorácico e/ou saciedade 
precoce decorrente da compressão da cavidade 
abdominal à medida que a caixa torácica se aproxima 
da pelve. 
Densidometria Óssea: 
Marcadores ósseos: Os marcadores bioquímicos da 
remodelação óssea têm sido empregados para 
melhorar a sensibilidade e especificidade do 
diagnóstico da osteoporose, uma vez que a 
densitometria óssea é uma medida pontual e estática e 
não reflete as alterações dinâmicas que o tecido ósseo 
esta sofrendo no momento do exame 
 Fosfatase Alcalina Total; 
 Pró peptídeo do colágeno tipo 1; 
 Calciúria; 
Exames de Imagem: RX, TC e RM. 
Recomenda-se o uso de cálcio em todos os pacientes 
que não apresentem ingestão adequada do mesmo. 
Nos casos de uso crônico de glicocorticoide ou não 
ganho de massa óssea ou a presença de escore Z menor 
que menos 2 DP: indica a associação de cálcio com 
vitamina D. 
Quando houver fratura ou não resposta ou intolerância 
ao cálcio associado à vitamina D: está indicado o 
bisfosfonato (alendronato- 35 mg/semana para crianças 
com até 30 KG e 70 mg/semana para aquelas com peso 
superior) por no máximo um ano, com reavaliação da 
densitometria óssea no final desse período.

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