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Exposição ao Calor 1 Exposição ao Calor O calor é um agente presente em vários ambientes de trabalho: · em empresas como siderúrgicas, forjarias; · em atividades desenvolvidas a “céu aberto”, como na construção civil. O ser humano exposto a altas temperaturas tem seu rendimento físico e mental diminuído. 2 Profissionais Expostos ao Calor Ocupações expostas ao calor: · Padeiros. · Cozinheiros. · Fundidores de metais. · Fabricantes de vidros. · Mineiros. Também em pessoas que realizam atividade física em ambientes quentes e úmidos. Exemplos: operários da construção civil, atletas, militares. 3 Altas temperaturas podem provocar: Desidratação. Insolação. Fadiga física. Câimbras. Intermação Problemas cardiocirculatórios. 4 Efeitos à Saúde Em ambientes aquecidos, o organismo tende a aumentar sua temperatura. Para evitar hipertermia (aumento da temperatura) ocorrem alguns mecanismos de defesa: · Vasodilatação periférica: para permitir meios de troca de calor entre o organismo e o ambiente. · Ativação de glândulas sudoríparas: aumento do suor (sudorese). 5 Efeitos à Saúde Caso a vasodilatação e sudorese não mantenham a temperatura do corpo em torno de 37 ºC, haverá outras consequências para o organismo Desidratação Reduz o volume de sangue, causando exaustão do calor. Exaustão do calor Pode causar a queda de pressão arterial. Cãimbras Com o suor há perda de água e sais minerais; esta redução pode causar câimbras. 6 Insolação e Intermação Insolação Estado patológico devido a exposição direta e excessiva ao calor tendo como fonte a radiação solar. Intermação Estado patológico devido basicamente, a exposição por fontes artificiais. A ação do calor sobre o indivíduo ocorre em ambiente aquecido, fechado ou pouco arejado durante um trabalho muscular intenso. 7 8 Intermação ou Hipertermia É a ocorrência mais grave na exposição ocupacional ao calor. Decorre da falha do mecanismo do organismo que regula a temperatura interna. A transpiração cessa e o organismo perde a capacidade de liberar o excesso de calor. A temperatura corporal aumenta para 41°C ou mais. 9 Principais Agentes Causadores Umidade Quanto maior a umidade relativa do ar, mais difícil será a evaporação cutânea. Consequentemente, o corpo acumula maior quantidade de calor. Ventilação Sem circulação constante do ar, o resfriamento torna-se difícil, provocando o aumento da temperatura corporal. Exemplos: fornos, fundições, caldeiras, padarias. 10 Principais Agentes Causadores Condições físicas O excesso de trabalho aumenta a produção de calor pelo organismo, enquanto a fadiga muscular acumula substâncias tóxicas nos tecidos. Alimentação excessiva Em razão do processo de digestão ocorre um aumento da temperatura corporal. Vestuário Roupas escuras e lã favorecem o acúmulo de calor, com consequente elevação da temperatura corporal. 11 Aumento da Temperatura O homem é homeotérmico: mantém a temperatura ao redor de 37°C. Mas, com o trabalho muscular há um aumento da temperatura do corpo e o suor tem a função de refrigerá-lo. 12 Aumento da Temperatura Nosso corpo tem milhões de Glândulas sudoríparas: a maior parte nas axilas, palma das mãos, planta dos pés e fronte. A água, no suor evapora e ajuda a manter a temperatura do corpo. Mas, quando a umidade relativa do ar está alta, essa evaporação fica dificultada. Assim, casos de Intermação ocorrem mais, em dias com temperatura e umidade relativa do ar muito altas. 13 Sinais e Sintomas Cefaléia. Vômitos. Insuficiência respiratória. Desidratação. Pele quente, avermelhada, seca e/ou com cianose. A frequência cardíaca aumenta e rapidamente pode chegar a 160/180 batimentos por minuto. Frequência normal: 60 a 100 bpm. Respiração Fraca. Náuseas e tontura. 14 Sinais e Sintomas Insuficiência respiratória. Desorientação e confusão mental. Perda da consciência ou convulsões. A temperatura corpórea (que deve ser medida no reto), sobe rapidamente para 40°C a 41 °C. Provocando uma sensação de “estar queimando”. Temperatura de 41°C é muito grave: somente um grau mais elevado pode ser mortal. A Internação instala-se rapidamente e nem sempre dá sinais de alerta ou os sintomas são identificados de imediato 15 Consequências Se a Intermação não é tratada logo, pode levar a insuficiência renal, pulmonar, cardíaca, complicações musculares e hemorragias. A lesão permanente de órgãos internos pode ocorrer rapidamente e até causar a morte. Os idosos, alcoolótras e pessoas com doença debilitante tendem a apresentar um prognóstico pior. 16 Cuidados para Minimizar Efeitos do Calor Em ambientes com radiação solar ou confinados sem ventilação deve-se descansar alguns minutos em locais mais ventilados e frescos. Evitar bebida alcóolica nas noites que antecedem um trabalho em locais quentes. O álcool aumenta a necessidade de ingestão de água. Ingerir pitadas de sal, sem excesso. Evitar alimentação excessiva: a temperatura corporal aumenta durante a digestão. 17 Cuidados para Minimizar Efeitos do Calor Levar a vítima para um local arejado e fresco. Deitá-la com o tronco ligeiramente elevado. Afrouxar as roupas. Aplicar compressas úmidas e frias sobre a cabeça. Avaliar nível de: consciência, pulso e respiração. Encaminhá-la ao hospital com urgência. Observações: após uma intermação grave, o repouso durante alguns dias é aconselhável e a temperatura corporal poderá oscilar durante semanas. 18 NR 15 Anexo Nº3 Limites de Tolerância para exposição ao Calor 19 Limites de Tolerância para Exposição ao Calor 1. A exposição ao calor deve ser avaliada através do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo – IBUTG, definido pelas equações: Ambientes internos ou externos sem carga solar: · IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg Ambientes externos com carga solar: · IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg Definições: · tbn = temperatura de bulbo úmido natural. · tg = temperatura de globo. · tbs = temperatura de bulbo seco. 20 Limites de Tolerância para Exposição ao Calor 2. Aparelhos que devem ser usados nesta avaliação: · Termômetro de bulbo úmido natural. · Termômetro de globo. · Termômetro de mercúrio comum. 3. As medições devem ser efetuadas no mesmo local onde permanece o trabalhador, na altura da região do corpo mais atingida. Limites de tolerância para exposição ao calor em regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço. 21 Regime de Trabalho Intermitente – Quadro Nº 1 22 Trabalho intermitente descanso no próprio local Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais. A determinação do tipo de atividade: · Leve; · Moderada; ou · Pesada. É feita consultando-se o Quadro N.º 3 (no final deste trabalho). 23 Trabalho intermitente descanso em outro local Em regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro local (local de descanso). 1. Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve. 2. Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro Nº 2. 24 Quadro Nº 2 25 M é a taxa de metabolismo - média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte fórmula: Sendo: · Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho. · Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho. · Md - taxa de metabolismo no local de descanso. · Td - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso. 26 IBUTG é o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo - média ponderada para uma hora, determinada pela fórmula: Sendo: · IBUTGt - valor do IBUTG no local de trabalho. · IBUTGd - valor do IBUTG no local de descanso. · Tt e Td - como anteriormente definidos. · Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, em que: Tt + Td = 60 minutos corridos. 27 Limites de Tolerância para Exposição ao Calor Trabalho intermitentedescanso em outro local 3. As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se o Quadro nº 3. 4. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais. 28 Quadro Nº 3 Taxas de Metabolismo por Atividade 29 Quadro Nº 3 Taxas de Metabolismo por Atividade 30 Elaborado por Rosana Andrea Miranda Auditora e Consultora de Sistema de Gestão da Qualidade Técnica de Segurança do Trabalho Bombeira Civil 31
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