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PETIÇÃO INICIAL Conceit� ● Peça processual através da qual o autor de uma ação retira a jurisdição da inércia ● Limita o juiz em seu protocolo, pois esse só poderá julgar a lide nos limites em que foi proposta na Petição Inicial ● Fixa limites tb para o réu, uma vez que a defesa deve se limitar a defender o pedido da PI ★ Em um processo de pensão, se acusarem o réu de ser dono de um empresa tal e ele n for e sim de outra, não cabe a defesa corrigir e sim provar que o réu não é proprietário da empresa apontada na PI ● É ato processual escrito, podendo, eventualmente ser veiculada por meio eletrônico, pelo qual se exerce o direito de ação ★ excepcionalmente pode ser verbal, nos Juizados Especiais e na Justiça do trabalho ● A petição inicial submete-se a uma forma preestabelecida em lei para que o magistrado tenha condições de compreender as suas finalidades e de determinar o seu processamento. Se a petição inicial não se apresenta apta, por lhe faltar um requisito, há ausência de pressuposto de desenvolvimento válido e regular do processo. Requisit�� d� petiçã� inicia� ● Arts. 319 a 321, CPC - a lei processual exige o cumprimento de alguns requisitos formais, o que torna a petição inicial um ato processual solene. ● A ausência dos Requisitos pode gerar uma nulidade sanável (sendo caso de emenda da petição inicial) ou insanável (sendo caso de indeferimento liminar de tal peça). Requisit�� subjetiv�� 1. Precisão: Os fatos devem ser narrados de forma objetiva na petição inicial. 2. Clareza: além da precisão, os fatos devem ser descritos com clareza/coerência, para que possam ser entendidos pelo juiz e pelo réu. Este requisito é importante, pois se o magistrado não entender o que é demandado pelo autor da ação, certamente não atenderá a seu pedido. 3. Concisão: o autor da ação deverá fazer uma seleção dos fatos que são relevantes para a ação, deixando de lado aqueles fatos que são irrelevantes, ou seja, deverá fazer uma breve exposição dos fatos Requisit�� objetiv�� I. Endereçament�\ Juíz� qu� � dirigid�: ➞ (art. 319, I, CPC) – indicação do juízo competente (autoridade judicial) para quem a petição é dirigida. Ex: “Ao Juízo de Direito da__Vara Cível da Comarca de Aracaju/SE” II. Individualizaçã� � qualificaçã� da� pa�te�: ➞ (art. 319, II, CPC) - autor e réu devem ser individuados e qualificados corretamente. É indispensável a fim de permitir a citação do réu e a individuação dos sujeitos processuais parciais para a incidência dos limites subjetivos da demanda. ➞ Dificuldades na Qualificação – art. 319, §1º, CPC – caso não disponha das informações, o autor requererá ao juiz diligências necessárias para a sua obtenção. ➞ O nome (de família – ex: Melo Mota) e prenome (o que identifica a pessoa na família – Ex: Cauan). ➞ O estado civil das partes importa à incidência ou não da exigência de autorização ou citação do cônjuge/companheiro, verificando se a outorga uxória se faz necessária (art. 73, CPC). ➞ A profissão do réu tem importante repercussão em nível de citação (art. 243, PU e 247, CPC), além de provocar a limitação à atividade probatória (exemplo: sigilo profissional (art. 388, II). ➞ O domicílio das partes (residência com ânimo definitivo) interessa à determinação da competência; é ônus da parte em manter informado o juízo sobre o seu endereço (art. 274, PU). É relevante para fins de citação. ➞ Cadastro de pessoas físicas (CPF), para facilitar a identificação de ações anteriores idênticas ou semelhantes entre as mesmas partes. ➞ O endereço eletrônico serve para viabilizar a comunicação dos atos processuais diretamente às partes. III- O fat� � �� fundament�� jurídic�� d� pedid�\ Caus� d� pedi� ➞ Cabe ao autor narrar os fatos dos quais decorrem seu direito e demonstrar a razão jurídica para que, em decorrência desses fatos, seja merecedor da tutela jurisdicional pretendida. ➞ O CPC/2015 adotou a teoria da substanciação: é imprescindível a exposição dos fatos a fim de que se possa verificar o nexo jurídico destes com o pedido. ➞ Definição de Fato– é o evento ou conjunto de eventos ocorridos, apto a gerar o nascimento do direito ou da relação jurídica que o autor se diz titular (ex: acidente, invasão,, agressão física ao cônjuge…). ➞ Definição de Fundamento Jurídico- corresponde ao enquadramento jurídico dos fatos, é o nexo de causalidade entre os fatos e o pedido, ou seja, as consequências jurídicas que resultam dos fatos. IV - D� pedid� co� a� sua� especificaçõe� ➞ É o pedido que demonstra o objeto litigioso - é o elemento central da petição inicial, tem a função de expressar o provimento jurisdicional que o autor espera obter (O QUE O AUTOR QUER). MODIFICAÇÕES DA CAUSA DE PEDIR E DO PEDIDO: possível até o saneamento do processo, até a citação o autor poderá modificar a causa de pedir. ★ em nenhuma hipótese poderá ser alterado o pedido após o saneamento do processo ➞ PEDIDO IMEDIATO– o que a parte quer e de que forma espera que o Judiciário se manifeste ao prestar a tutela jurisdicional ➞ PEDIDO MEDIATO– é o resultado prático que a parte tenciona ter ➞ Especificações do Pedido 1. Pedido Certo e Determinado – pedido expresso, explícito (tutela jurisdicional pretendida); e perfeitamente definido quanto à quantidade e qualidade (liquidez do pedido). 2. Pedido Genérico – Exceção à regra do pedido determinado (art. 324, §1o, I, II e III do CPC); é ilíquido pois não indica a quantidade de bens da vida pretendida. Cabimento: a) nas ações universais (impossível individualizar os bens demandados); Ex: petição de herança. b) na impossibilidade em determinar, desde logo, as consequências do ato ou fato ilícito; Ex: o fato ainda não exauriu suas consequências danosas. c) quando para determinar o objeto da condenação depender de ato do réu; Ex: ação de exigir contas. 3. Pedido Cumulativo a) Cumulação Simples– Art. 327, CPC - é possível a cumulação em um único processo de vários pedidos, contra o mesmo réu; devem ser compatíveis, ter mesmo juízo competente, e o mesmo procedimento aplicável a todos (exceção: §2º,). b) Pedido alternativo– art. 325, caput, CPC – o pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação por mais de um modo, sem preferência/predileção entre si (art. 326, parágrafo único). Ex: contrato que fixa formas diversas de pagamento. c) Cumulação Subsidiária – Art. 326, CPC - o segundo pedido somente será apreciado se não for acolhido o primeiro, de forma subsidiária, ou seja, um há uma preferência de pedido d) Cumulação Sucessiva: efeito dominó; o segundo pedido dependerá do deferimento do primeiro pedido. Ex: investigação de paternidade + alimentos. 4. Pedido Implícito – art. 322, §1º, in fine, CPC - diz respeito a honorários de advogado, despesas processuais, juros moratórios, correção monetária, prestações vincendas, em relação a estes não há necessidade de pedido expresso. V - Valo� d� Caus� ● A toda causa deve ser atribuído o valor (art. 291, CPC). ● Tem importância para regular as despesas de custas e preparo do processo - para servir de base de cálculo para os honorários advocatícios - para fixação de multas (litigância de má-fé); para fixação dos ritos processuais; os inventários e partilhas o valor da causa influi sobre a adoção do rito de arrolamento. ● O réu poderá impugnar, em preliminar de contestação, o valor atribuído à causa. Art. 392, CPC ● Na causa de pedir alternativa o valor da causa corresponde ao valor maior (entre 3 mil do celular quebrado ou um celular novo que custa 4 mil, deve colocar na petição o com valor maior) ● Se o pedido for subsidiário: será o valor do pedido principal ● Quem perder paga o valor da causa VI - Indicaçã� d� prov� ● Generaliza de modo genérico que quer produzir provas, mas não é o momento ainda de indicar exatamente essas provas (como testemunhas) ★ Embargo de terceiros é a única exceção que deve indicar a testemunha na PI ● A lei exige que o autor indique as provas com que pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados - é considerado um requisito puramente formal, pois, em virtudedo livre convencimento e da verdade real, as provas têm momento para serem especificadas (arts. 385, CPC). ● Se a falta da indicação de provas for percebida pelo juiz, quando do recebimento da inicial, deve ele ordenar ao autor que a emende (art. 321, CPC), VII- Opçã� pel� realizaçã� d� audiênci� d� conciliaçã� o� mediaçã� ● O silêncio do autor na petição presume-se que ele quer a audiência ● Trata-se de busca pela composição amigável do conflito antes mesmo da apresentação da Contestação. ● Havendo na petição inicial o requerimento de sua realização, a postura do réu torna-se inútil. VIII- Assinatur� d� advogad� ● Art. 287 ● Exemplo da parte final da petição inicial, contendo Pedido + Opção pela audiência preliminar + Provas + Valor da Causa + Assinatura do Advogado:
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