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T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 14 petição inicial – requisitos conceito – ato de começo do processo é o instrumento pelo qual se introduz a demanda em juízo, essa demanda pode ser um litígio, cuja solução se pleiteia (jurisdição contenciosa), quanto a necessidade de intervenção judicial em um ato ou negócio jurídico (jurisdição voluntária) o início do processo depende da manifestação da vontade da parte: uma demanda consubstanciada em um ato processual denominado petição inicial. pode ser caracterizado como o ato processual pelo qual se exerce o direito de ação, dando início à atividade jurisdicional. instrumento da demanda demanda – pedido provimento (conteúdo subjetivo) procuração (103-105) – clausula adjudicia poderes especiais substabelecimento – com ou sem reservas de poderes clausula “quota litis” causa de pedir – pedido – delimitação requisitos assegura que a peça inicial traga ao conhecimento do juiz todos os dados necessários para a perfeita delimitação do objeto e dos sujeitos relativamente aos quais a jurisdição irá atuar. a PI tem a finalidade de inaugurar o exercício do direito de ação e delimitar o âmbito de atuação jurisdicional Art. 319. A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; a. juízo a que é dirigida identificar a competência para o caso concreto; trata-se do órgão competente que irá analisar determinada matéria b. parte e suas qualificações se refere a uma das condições para o exercício do direito de ação: a legitimidade; imprescindível para a delimitação subjetiva dos efeitos da litispendência e da posterior coisa julgada i. nomes e pronomes do autor e do réu: se houver litisconsórcio, todas as partes devem ser nominadas se o réu é incapaz incumbe ao autor desde logo identificar – se possível, seu representante ou assistente. no caso de pessoas jurídicas e outros entre coletivos, cabe ao autor identificar quem o representa em juízo, com a devida documentação pessoa jurídica que ocupa a posição de ré, não é razoável impor ao autor o ônus de identificar internamente quem exerce sua representação, cabe-lhe apenas identificar com precisão sua sede, onde deverá estar seu representante legal. ii. estado civil e a existência de união estável esse dado é importante para verificar se a outorga uxória faz-se necessária, a ausência da menção ao estado civil de casado do réu ou da existência da união estável pode ocasionar a falta de citação do cônjuge ou do companheiro, o que, muitas vezes, pode gerar nulidade ou ineficácia da decisão final T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 15 iii. profissão para definir alguns aspectos da citação, tem relevância porque há casos em que esse dado traça limitações à atividade probatória, como, por exemplo, a dispensa de depoimento pessoal sobre fatos protegidos por sigilo profissional. iv. domicilio; residência e endereço eletrônico além da citação só se viabilizar com o conhecimento do exato local onde réu é localizável; alguns processuais não são praticados pelos advogados, mas pela própria parte (ex: confissão), é dever da parte comparecer a juízo, sempre que for determinado, bem como submeter-se à inspeção judicial., aquele que está em juízo precisa poder ser localizado, para a necessária intimação desses atos processuais. v. numero das partes cpf; cnpj c. causa de pedir compreende os fatos, os quais o autor atribui efeitos jurídicos – que servem de fundamento ao pedido e fundamentos jurídicos do pedido; dividem-se em: I. remota (fatos) – autor narra os fatos que levaram à demanda II. próxima (fundamentos jurídicos) – autor qualifica juridicamente os fatos, ou seja, especifica quais são os efeitos jurídicos produzidos pela causa de pedir remota. teoria da substanciação: definição da causa de pedir é emergente de fatos, dessa forma, devem constar na PI os fatos relevantes e pertinentes d. pedido é o pedido que demonstra o objeto litigioso, é o elemento central da pi, expressa o provimento jurisdicional que o autor espera obter, o pedido é a solução que o autor pretende que seja dada à situação reclamada. divide-se em mediato: concerne, propriamente, ao bem de vida almejado (carro, quantia em dinheiro etc) imediato: cunho processual, refere-se ao provimento jurisdicional pretendido (declaração, condenação, mandamento, execução etc) e. valor da causa consiste no conteúdo econômico; Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível. é importante saber que o valor da causa normalmente será correspondente ao valor da pretensão econômica que o autor terá em juízo. ainda que a ação não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível, é necessário que seja estipulado um valor. f. manifestação sobre audiência de conciliação ou mediação prevê a necessidade de o autor se manifestar caso não deseje a realização da audiência de conciliação ou mediação. a audiência não acontecerá desde que ambas as partes (autor e réu) manifestem desinteresse na sua realização o autor deverá manifestar seu desinteresse na PI e o réu deverá fazê-lo por petição simples, apresentada em ate 10 dias antes da data de audiência. g. encerramento encerrar PI com nome, localidade, data e assinatura do advogado. T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 16 processo civil pedido noções gerais pedido núcleo da PI fatos + fundamentação jurídica 141 e 492 principal delimitador do objeto litigioso é o objeto da ação – expressão da pretensão do autor, pois expressa a aspiração de que lhe seja prestado provimento jurisdicional apto a resolver o conflito levado a juízo; o pedido é a solução que se pretende seja dada pela jurisdição à causa; é aquilo que o autor espera obter da atividade jurisdicional PEDIDO TEM QUE SER CERTO – precisa referir-se a uma situação concreta e objetivamente delineada.; Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte. Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional. DETERMINAÇÃO – refere-se aos limites daquilo que o autor pretende, demonstrando sua extensão. dupla finalidade a. obter tutela jurisdicional b. fazer valer o direito subjetivo pedido pedido mediato imediato requisitos pedido certo exceção implícito Art. 322. O pedido deve ser certo. § 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios. § 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé. pedido determinado exceção genérico Art. 324. O pedido deve ser determinado. § 1o É lícito, porém, formular pedido genérico: I - nas ações universais, se o autor não puderindividuar os bens demandados; II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. § 2o O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção. excecoes I. pedido implícito (oculto) é aquele que não foi destacado expressamente na PI ou na reconvenção, porém, é possível verificar a sua existência pela análise do pedido principal ex: prestações sucessivas; prestações são periódicas (aluguéis/alimentos etc), a sentença abrangerá não somente as prestações vencidas ao tempo da propositura da demanda, como também as que se vencerem durante o curso do processo e, mesmo, as vincendas (enquanto durar a obrigação) . condenação para o futuro; uma ação fundada não em um inadimplemento já ocorrido, mas em sua mera perspectiva, fundada em indicativos sólidos (o fato de o réu já haver descumprido as prestações anteriores, já vencidas) a finalidade da norma é evitar que sucessivas demandas sejam propostas para a obtenção da mesma coisa Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las. T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 17 processo civil pedido II. pedido genérico IMEDIATO (NÃO PODE) objeto MEDIATO (sim) Art. 324. O pedido deve ser determinado. § 1o É lícito, porém, formular pedido genérico: I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. § 2o O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção. indeterminação não pode ser absoluta, apenas sobre qualidade ou importância pleiteada (não pode sobre gênero); ex: perdas e danos – lucros cessantes OBS; LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA 509 a. pedido imediato determinável: pode ser determinável, se tal fixação for impossível no momento da propositura da demanda – a isso o CPC denomina como pedido genérico a generalidade não significa indeterminação absoluta; se admite que a determinação ocorra em momento posterior, pois a sentença obtida de pedido genérico, ilíquida, será posteriormente liquidada. b. hipóteses em que pode ser formulado o pedido genérico 1. nas ações universais aquelas que versam sobre direitos referentes a universalidades de fato (ex: rebanho, uma biblioteca etc), ou de direito (ex: herança, dote). 2. nas ações em que se pede reparação de prejuízo decorrente de ato ou fato ilícito, quando é impossível desde logo definir todo desdobramento das consequências danosas. p. ex: busca-se a indenização por um atropelamento, mas somente após o término do tratamento médico e fisioterápico, que deve estender-se por mais de dois anos, será possível definir a extensão dos danos físicos e, ate mesmo, se as sequelas provenientes do acidente serão irreversíveis 3. quando a extensão da condenação depender de ato a ser praticado pelo réu dependendo da conduta do réu, a extensão do pedido pode sofrer variação, como, por exemplo, ocorre na ação de exigir de contas. a verificação do saldo do credor depende das contas a serem apresentadas, e ao autor é impossível precisar, já na petição inicial, o montante desse saldo III. pedido alternativo Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo. Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo. ocorre quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo., nessa espécie, qualquer uma das prestações satisfaz de igual forma a obrigação. IV. pedido subsidiário Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior. Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles. conhecer do posterior, se anterior não é acolhido, pedido mediato e imediato o autor expressa uma sequência de pedidos, em uma verdadeira escala de preferências 1) formulação do pedido principal – ser conhecido em primeiro plano 2) um ou vários pedidos subsidiários – em ordem decrescente de interesse, para a eventualidade de o primeiro não ser acolhido cumpre ao juiz analisar o pedido principal e, somente na hipótese de não ser possível concedê-lo, passar aos julgamentos dos subsidiários pedidos não são somados não aumenta valor da causa T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 18 processo civil cumulação conceito os arts. 326 e 327 permitem que o autor cumule, na mesma ação, mais de um pedido em face do mesmo réu. funda-se no princípio da economia processual requisitos; 1. competência e 2. uniformidade processual espécies de cumulação de pedidos a) cumulação simples 2 pedidos dentro de uma mesma ação ex: dano moral + dano material o autor faz vários pedidos que independem uns dos outros o acolhimento ou desacolhimento de cada um deles não interfere sobre o destino dos outros não é preciso haver conexão entre os pedidos, não precisam estar relacionados entre si nem decorrer dos mesmos fatos, da mesma causa de pedir precisam ser compatíveis entre si b) cumulação subsidiária/eventual 326 caput ordem de preferência; pedido principal pedido secundário – NÃO CONCEDE OS DOIS. o juiz ao analisar o pedido principal e, somente na hipótese de não acolhê-lo, passa a julgar o pedido secundário funda-se na perspectiva de uma impossibilidade material na obtenção do pedido subordinante, como também na da sua própria rejeição c) cumulação sucessiva o autor formula um pedido subsequente que só deverá ser examinado pelo juiz se acolhido o pedido antecedente. autor pede A; e pede também que, caso seja acolhido A, o juiz lhe dê também B; e pode ainda pedir que julgado procedente B, o juiz lhe conceda também C – assim por diante o juiz só examinará o pedido posterior caso acolha o anterior pedido de resolução de um contrato e cumula, em caráter alternativo simples, perdas e danos, caso o juiz acolha o pedido de rescisão, ele examinará se é possível acolher o de perdas e danos.. d) cumulação alternativa não estabelece ordem preferida; o autor pede ou A ou B ou C, ele visa a obter apenas um deles – sendo-lhe indiferente a obtenção de qualquer dos três e) cumulação superveniente ex: denunciação da lide ampliada requisitos para pedidos cumulados Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão. § 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação que: I - os pedidos sejam compatíveis entre si; II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. § 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposiçõessobre o procedimento comum. § 3o O inciso I do § 1o não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326. não pode cumulação de processos; ex. prestação de contas não permite cumulação pedido cominatório Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente. Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa ou dolo. quando o pedido consistir na imposição ao réu do dever de não praticar algum ato ou de tolerar alguma atividade, ou ainda na imposição de um dever de fazer ou de entregar coisa, será lícita a cumulação de um pedido de preceito cominatório. T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 19 processo civil pedido pedido em ação relacionada com contratos de empréstimo, alienação e financiamento deve apresentar cálculo art. 330 § 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. § 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados. pedido prestação indivisível Art. 328. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito. quando vários credores são titulares de uma relação jurídica que representa obrigação indivisível, qualquer deles é parte legitima para pedir a prestação por inteiro (260). não há litisconsortes necessário, pois cada um dos credores tem direito próprio de exigir toda a prestação, cabendo-lhe acertar posteriormente com os demais credores as partes que lhe cabem. interpretação do pedido Art. 322. O pedido deve ser certo. § 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé. aditamento e modificação do pedido Art. 329. O autor poderá: I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu; II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar. Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir. enquanto não se realizar a citação, a relação jurídica processual é ainda linear, pois o processo ainda não terá completado sua formação aditamento ou alteração do pedido ou da causa de pedir, ATÉ A CITAÇÃO, sem que o réu possa se opor; ao ser citado o réu, necessariamente já terá ciência do pedido e (ou) da causa de pedir já alterados APÓS CITAÇÃO, até o saneamento, também é possível a alteração ou aditamento do pedido ou da causa de pedir, nesse caso, a alteração ou aditamento necessitará da anuência do réu, a quem será concedido o prazo mínimo de 15 dias para manifestação. pode ser tácita – quem cala consente negócio jurídico processual – controle judicial – critério de fixação aos honorários de sucumbência; principio congruência ou adstrição princípio da congruência ou adstrição refere-se à necessidade do magistrado decidir a lide dentro dos limites objetivados pelas partes, não podendo proferir sentença de forma extra , ultra ou infra petita . esse princípio está previsto no art. 460 do cpc, nos seguintes termos: é defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. conforme classificado pela doutrina, decisão extra petita é aquela proferida fora dos pedidos ou autor, ou seja, que concede algo além do rol postulado, enquanto a decisão ultra petita é aquela que aprecia o pedido e lhe atribui uma extensão maior do que a pretendida pela parte. já a decisão infra petita , também conhecida como citra petita , deixa de apreciar pedido formulado pelo autor. T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 20 processo civil juízo de admissibilidade 1) despacho da PI distribuição/registro Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz. alternada e alterada – equilíbrio sorteio de processos para o juízo por dependência anotação em caso de ampliação – ex: chamamento ao processo – volta ao distribuidor pagamento de custas 2) indeferimento da PI – pode haver questão de mérito consiste na negativa de processamento da demanda, há a extinção da fase cognitiva, logo no seu nascedouro, sem resolução de mérito só tem lugar quando ela padecer de vício de tal monta que chegue a impossibilitar o exercício do direito de defesa ou mesmo a outorga da tutela jurisdicional falhas processuais Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: I - for inepta; II - a parte for manifestamente ilegítima; III - o autor carecer de interesse processual; IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. § 1o Considera-se inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. § 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. § 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados. hipóteses de cabimento 1) quando inicial for inepta inepta é uma PI incompreensível, inteligível, que não permite ao réu defender-se e (ou) da qual é impossível extraírem-se os limites em que a jurisdição deverá atuar a. lhe faltar pedido ou causa de pedir sem pedido, a peça apresentada nada mais é do que um simulacro, sem que se formule pedido, não há autorização para jurisdição atuar – não há meios do réu se defender, não há como se definir a competência.. quanto a causa de pedir – apresentação dos fatos constitutivos da pretensão formulada b. contiver pedido indeterminado indispensável que se apresentem com clareza a providência processual, o objeto e o alcance pretendidos , haverá inépcia se o pedido for incerto; a indefinição da pretensão apresentada impede a determinação do âmbito em que a jurisdição deveria atuar e dificultar a defesa c. contiver pedidos incompatíveis entre si a compatibilidade entre os pedidos é um requisitos de admissibilidade da cumulação simples de pedidos d. se dos fatos não decorrer logicamente o pedido a contradição entre os fatos narrados e o pedido implica a ausência de causa de pedir 2) se houver ilegitimidade nem sempre é verificável, o indeferimento da inicial por esse fundamento é reservado aos casos em que a ilegitimidade é patente, manifesta. 3) quando faltar interesse processual falta de interesse de agir, só é inepta quando de plano for possível verificar que, independentemente da razão da parte quanto aos fatosque afirma, a tutela jurisdicional por ela pleiteada é inútil ou inadequada em face do contexto processual existente 4) quando não for atendida determinação no prazo concedido T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 21 processo civil juízo de admissibilidade Petição Inicial - Continuação natureza do pronunciamento e recurso cabível o indeferimento da PI tem natureza de sentença: Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se. § 1o Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso. § 2o Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334. § 3o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença. juízo de retratação na apelação a regra do art. 331 autoriza o juiz a reformar a sentença de indeferimento da inicial (5 dias) seguintes à apelação interposta. a extinção prematura do processo – se justifica pois para preservar a garantia da ampla defesa e por razões de economia processual. se as razões recursais evidenciarem que a PI pode cumprir sua finalidade, o magistrado está autorizado a, reformando sua sentença de indeferimento, determinar o seguimento do processo. indeferimento parcial da inicial pode atingir apenas parte dessa peça – pronunciamento de indeferimento parcial por decisão interlocutória. Improcedência Liminar do Pedido improcedência liminar do pedido Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. § 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição. § 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241. § 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. § 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias. nas causas que dispensem a fase probatória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: a. enunciado de súmula do stf ou do stj; b. acórdão proferido pelo stf ou stj em julgamento de recursos repetitivos; c. entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; d. enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. – o juiz também decretará a improcedência se verificar, desde logo, a ocorrência. de decadência ou prescrição. é a perda de uma pretensão de exigir de alguém um determinado comportamento; é a perda do direito à pretensão em razão do decurso do tempo. é a perda de um direito que não foi exercido pelo seu titular no prazo previsto em lei; é a perda do direito em si, em razão do decurso do tempo. – apelando o autor, o juiz poderá se retratar em 5 dias. caso o faça, o processo seguirá; do contrário, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões em 15 dias. – não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença. natureza da decisão e recurso cabível pronunciamento de rejeição liminar do pedido é sentença; passível, portanto, de apelação - sentença faz coisa julgada juízo de retratação também comporta juízo de retratação do juiz, em cinco dias 332, § 3º - 5 dias rejeição liminar e parcial do pedido a um ou mais pedidos cumulativamente feitos pelo réu ou de uma parte de um pedido que seja decomponível. quando o pressuposto para improcedência liminar ocorrer apenas em relação a um parte do mérito – art. 335 – caberá agravo de instrumento – art. 336 §5º.
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