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AULA sobre Formação do Processo -Petição inicial

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FORMAÇÃO DO PROCESSO 
Petição Inicial. 
Requisitos da petição inicial 
Conceito. Elementos. 
Requisitos estruturais da petição Inicial. 
Gratuidade de Justiça . 
Pedido. Espécies. Cumulação. 
Emenda da Petição Inicial. 
Indeferimento da Petição Inicial 
 
Petição Inicial - é uma peça processual que inaugura o Processo Judicial, ou seja, dá origem a demanda ou 
ação judicial (Formação do Processo). 
 
Requisitos da petição inicial: 
 
FORMA – Via de regra, a petição inicial deve ser ESCRITA. No entanto, admiti-se a demanda oral: 
 
a) Juizado especial; 
b) Ação de alimentos; 
c) Ação proposta pela mulher que se afirma vítima de violência doméstica. 
 
No caso da petição inicial oral, a demanda pode ser formulada oralmente, mas deverá REDUZIDA A 
TERMO (escrita). A demanda pode ser registrada em papel (processo físico), mas existe também a 
demanda eletrônica (processo eletrônico – Lei nº11.419/2006). 
 
ASSINATURA DA PETIÇÃO INICIAL 
A petição deve ser assinada por quem tenha capacidade postulatória. Em regra: o advogado (assinatura 
eletrônica - TOKEN), membro do MP ou o Defensor Público. 
 
Há, porém, algumas hipóteses em que admite o ius postulandi: 
a) Ação de alimentos; 
b) Habeas corpus; 
c) Juizados especiais cíveis (JEC) – Qd o valor da causa não exceder a 20 salários mínimos); 
d) Pedido de concessão de medida protetiva de urgência em favor da mulher que se afirma vítima de 
violência doméstica ou familiar. 
 
De acordo com o art. 287 do CPC, traz uma nova regra: o advogado tem que indicar na petição inicial o 
seu endereço eletrônico e o não eletrônico e a petição deve, ainda, vir acompanhada de procuração. 
 
ENDEREÇAMENTO (cabeçalho) – Art. 319, I, CPC 
 
A Petição Inicial deve ser dirigida ao Juízo (órgão jurisdicional) competente 
(Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara... Da Comarca de...). 
 
Quando ao endereçamento da petição inicial: 
 
a) Juiz Estadual chama-se JUIZ DE DIREITO (Comarca); 
b) Juiz federal chama-se JUIZ FEDERAL (Seção ou Subseção judiciária). 
c) Competência originária do TRIBUNAL (Egrégio Tribunal) - (Ex. Ação rescisória; mandado de 
segurança contra ato judicial). 
 
QUALIFICAÇÃO DAS PARTES - Art. 319, II, CPC 
 
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial , requerer 
ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894163/artigo-287-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso 
II, for possível a citação do réu. 
§ 3o A petição inicial NÃO será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se 
a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. 
(Servem como contraponto para impedir uma eventual dificuldade do acesso à justiça). 
 
Observações: 
 E quando o autor for um nascituro como se qualifica - Qualifica-se como “nascituro de fulana de 
tal (nome da mãe)”. 
 Quando se trata de pessoa Jurídica – “Com sede no endereço tal”; “Com filial no endereço tal”. 
 Quando o réu for incerto tem que constar isso na Petição Inicial, tendo que, ao menos, fornecer 
elementos a fim de identificar o réu na petição inicial (Ex. Credor do foro relativo ao imóvel tal). 
 Sempre que o réu for INCERTO, deverá ser citado por EDITAL. 
 Nos casos em que há uma multidão no polo passivo tem que designar alguns nomes e dizer “e 
todos” (exemplo:... E todos os outros que estão ocupando o imóvel). Trata-se de uma espécie de 
encerramento, pois é impossível se saber todos os dados de todas as pessoas. 
 
FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS (CAUSA DE PEDIR) – Art. 319, III, CPC 
Deve a Petição inicial conter a exposição dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido. 
Compõem a causa de pedir: o fato (causa próxima) e o fundamento jurídico (causa remota). 
Exemplo: Ação de despejo. 
Causa de pedir remota (relação jurídica) - Contrato de aluguel. 
Causa de pedir próxima (fundamento jurídico) – falta pagamento (inadimplemento contratual) 
 
O CPC adotou a TEORIA DA SUBSTANCIALIZAÇÃO da causa de pedir (se exige do demandante 
indicar, na petição inicial, qual o fato jurídico e qual a relação jurídica dele decorrente, não bastando 
indicar a relação jurídica, efeito do fato jurídico, sem indicar qual o fato jurídico que lhe deu causa). 
 
Fatos: A petição inicial deve narrar os fatos (que tenha efeitos jurídicos) de forma clara e objetiva 
Fundamentos Jurídicos: é uma conexão entre o fato e o Direito – Lei, doutrinas, jurisprudência e súmulas e 
 
PEDIDO (mérito da causa) – Art. 322, CPC 
É requisito essencial da petição inicial com a indicação da pretensão. 
 
O pedido pode ser analisado sob 2 (duas) óticas: 
 
A) pedido imediato (PROCESSUAL) - A providência processual pretendida – Exemplo: a condenação. 
B) pedido mediato (MATERIAL) - Representa o bem da vida pretendido, ou seja, o resultado prático que 
o autor pretende obter com a demanda judicial. 
 
LIMITAÇÃO JURISDICIONAL – Art. 141, CPC 
 
A prestação jurisdicional será prestada nos limites estabelecidos na petição inicial como regra de 
congruência. O pedido serve como elemento de identificação da demanda no que tange a verificação da 
ocorrência de conexão, litispendência ou coisa julgada, bem como para a fixação do valor da causa. 
Princípio da congruência – Art. 492, CPC 
Não poderá o juiz conceder nada a mais (ultra petita) ou diferente do que foi pedido (extra petita). 
 
EXCEÇÕES ao princípio da congruência. 
1) Pedidos implícitos: o magistrado poderá conceder o que não foi demando pelo autor. 
Exemplos: Juros legais, correção monetária, custas processuais e honorários de sucumbência. 
 
2) Fungibilidade: o magistrado poderá conceder tutela diferente da requerida nas ações possessórias (art. 
554, CPC) e nas medidas cautelares (art. 305, parágrafo único, CPC). 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
Ações de Manutenção da Posse (Turbação) - art. 560, CPC; 
Reintegração de Posse (Esbulho) – art. 560, CPC 
Interdito Proibitório (ameaça a posse) – art. 567, CPC 
 
3) Demandas cujo objetivo é uma obrigação de fazer ou não fazer: o magistrado poderá conceder tutela 
diversa - (art. 536, CPC) 
 
Art. 322, §2º, CPC- Prevê que a interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o 
princípio da boa-fé. (relativização do princípio da congruência) 
 
O pedido há de ser certo (art. 322, NCPC) e determinado (art. 324, NCPC), claro (art. 330, §1º, II, NCPC), 
coerente (art. 330, §1º, IV, NCPC). 
O pedido imediato será sempre determinado e o pedido mediato poderá ser relativamente indeterminado 
(pedido genérico – art. 324 e inc., NCPC). No entanto, o pedido imediato e o mediato deverão ser certos. 
 
Pedido certo – pedido expresso. 
Não se admite pedido obscuro, dúbio, vago. Exemplo: condenar o réu no que couber, ou ainda, no que 
reputar justo. 
 
Pedido determinado – é aquele delimitado em relação ao gênero, qualidade, quantidade e a extensão. 
Contrapõe-se ao pedido genérico. 
Pedido claro – pedido formulado de maneira pouco clara implicará em inépcia da petição inicial. 
Pedido coerente (art. 330, §1º, IV, NCPC) – o pedido e a causa de pedir deverá estar em sintonia, pois o 
pedido que não decorra da causa de pedir implicará inépcia da petição inicial. Exemplo: pedido de 
invalidade em decorrência da inadimplência contratual. 
 
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS – art. 327 do NCPC 
 
 Simples Subsidiária (eventual) 
Cumulação própria cumulação imprópria 
 Sucessiva Alternativa 
 
1) Cumulação própria – quando são formulados vários pedidos, pretendendo-se o acolhimento simultâneo 
de todos no mesmo processo. 
OBS.: A cumulação de pedidos incompatíveis entresi é caso de inépcia da petição inicial – art. 330, §1º, 
NCPC. 
 
1.a) Cumulação simples – Quando as pretensões não possuírem entre si relação de procedência lógica 
(pedido prejudicial ou preliminar), podendo ser analisadas uma independentemente da outra. Portanto, não 
há necessidade de exame prévio de um dos pedidos, pois são autônomos. Assim, poderão ser acolhidos (total 
ou parcialmente) ou rejeitados, sem que isso interfira no julgamento do outro pedido (súmulas 37 e 387 do 
STJ); 
 
Exemplos: 
 Súmula 37 do STJ – São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo 
fato; 
 Súmula 387 do STJ - É lícita a cumulação do dano estético e o dano moral. 
 
1.b) Cumulação sucessiva – Quando os pedidos guardarem entre si um vínculo de precedência lógica. 
Podendo ocorrer de 2 (duas) formas: 
 
a) O não acolhimento do primeiro pedido implicará a rejeição do segundo; 
Exemplo: Investigação de paternidade cumulada com alimentos. 
 
b) O primeiro pedido é preliminar ao segundo, pois o não acolhimento do primeiro implicará na 
impossibilidade de exame do segundo, ou seja, este não será julgado. No entanto, o acolhimento do 
primeiro pedido não implica o acolhimento do segundo. 
Exemplo: Ação rescisória: juízo de rescisão e o juízo de rejulgamento. 
 
2) Cumulação imprópria – Trata-se da formulação de vários pedidos simultâneos, mas o acolhimento de 
um pedido implicará na impossibilidade de acolhimento do outro, ou seja, apenas um dos pedidos 
formulados poderá ser satisfeito. 
OBS.: Não se aplica a regra de compatibilidade entre os pedidos em consonância com o art. 327, §3º, NCPC 
 
2.a) Cumulação subsidiária (eventual) - art. 326, NCPC – O demandante estabelece uma preferência 
(hierarquia) entre os pedidos formulados, pois o segundo pedido somente será analisado se o primeiro for 
rejeitado ou não puder ser examinado e o terceiro pedido somente será analisado se o segundo e o primeiro 
não puderem. 
 
2.b) Cumulação alternativa - art. 326, parágrafo único, NCPC – há no mínimo dois pedidos autônomos, 
formulados para que se possa acolher apenas um deles. 
Exemplo.: havendo dúvida sobre a titularidade do direito, pode o autor/devedor requerer o depósito e a 
citação dos que disputam o crédito, a fim de que o juiz possa decidir quem é o legitimado a receber (art. 547 
do NCPC). 
 
OBS.: não se deve confundir o pedido alternativo previsto no art. 325 do NCPC, pois este trata de pedido 
único fundado em obrigação alternativa (art. 252 do CC) que se caracteriza por permitir o adimplemento por 
mais de uma forma. 
 
REQUISITO PARA A CUMULAÇÃO 
 
A cumulação de pedidos deverá preencher alguns requisitos, sob pena de não ser admitida. 
 
Compatibilidade dos pedidos – trata-se de pressuposto lógico da cumulação, que se não preenchido, 
implicará em inépcia da petição inicial por força do art. 330, §1º, IV, NCPC. No entanto, se for possível a 
formulação de pedidos incompatíveis, deverá o demandante se valer da cumulação imprópria 
(subsidiária/eventual ou alternativa), uma vez que o art. 327, §3º, NCPC dispensa a compatibilidade. 
 
Competência – Somente é possível a cumulação se o juízo tiver competência absoluta para conhecer de 
todos os pedidos formulados de acordo com ao art. 327, §1º, II, NCPC. Portanto, havendo competência para 
um e não havendo para o outro, não poderá haver cumulação. 
A Súmula 170 do STJ orienta no sentido de admitir o processamento do pedido de que é competente, 
rejeitando o prosseguimento do pedido estranho à sua competência. Assim não haverá indeferimento da 
petição inicial. 
 
OBS.: Se a cumulação envolver pedido para o processamento do perante o juízo que tenha competência 
relativa, o desmembramento da petição inicial dependerá da alegação de incompetência pelo Réu. No 
entanto, havendo conexão é possível a cumulação em razão do efeito modificativo da competência (art. 55, 
§1º, NCPC). 
 
Identidade de procedimento – Para a admissibilidade da cumulação, exige-se que o procedimento seja 
compatível entre os pedidos formulados. Assim todos os pedidos deverão tramitar pelo mesmo 
procedimento (art. 327, §1º, III, NCPC). No entanto, se os pedidos corresponderem a procedimentos 
diversos, será possível a cumulação dos pedidos se puderem ser processados pelo procedimento comum (art. 
327, §2º, NCPC). 
 
OBS.: Art. 45, §§1º e 2º, NCPC 
 
 
 
ESPÉCIES DE PEDIDO 
 
Pedido Genérico – permite a lei, em alguns casos, a formulação de pedido genérico (art. 324, NCPC). São 
admitidos nos seguintes casos: 
a) Ações universais – são aquelas em que a pretensão recai sobre uma universalidade, seja de fato ou de 
direito. Exemplo: petição de herança – rebanho, coleção de livros – art. 90 e SS do CC; 
b) Não for possível determinar as consequências do ato ou fato – O juiz poderá levar em consideração 
fatos novos ocorridos depois da propositura da ação, para que possa proferir sentença que deverá 
refletir o montante dos danos existentes à época da sua prolação (lucro cessante representados pela 
perda do rendimento líquido do veículo durante sua inatividade; danos emergentes correspondente 
pela perda colheita de certa lavoura; 
c) Quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado 
pelo réu – Ação de prestação de conta com pagamento de saldo devedor 
 
Pedido Alternativo – quando veicular pretensão oriunda de obrigação alternativa. Trata-se de pedido 
classificado em decorrência de ralação de direito material. Assim, o pedido é único, mas a forma de 
satisfação que poderá ser alternativa cabendo a escolha ao devedor (art. 325, parágrafo único, NCPC). 
 
ALTERAÇÃO OBJETIVA DA DEMANDA 
 
 O autor poderá alterar os elementos objetivo da demanda (pedido e causa de pedir) antes da citação 
da réu – art. 329, I, NCPC; 
 Após a citação, poderá alterar os elementos objetivo da demanda, mas com o consentimento do réu; 
 Após o saneamento não poderá alterar os elementos objetivo da demanda. 
 
VALOR DA CAUSA – Art. 291, CPC 
 
O valor da causa deve ser certo e fixado em moeda corrente nacional, atribuída pelo autor. 
TODA causa deve ter um valor, ainda que não haja valor econômico nela . Ex. Na ação de guarda de 
filhos, divórcio, adoção - não há valor econômico. 
O valor da causa cumpre diversos papéis no processo: 
1. Define competência; 
2. Define procedimento (ex. Juizados especiais). 
3. Define custas judiciais (são calculadas a partir do valor da causa), possuindo uma função tributária. 
4. Serve como base de cálculo para diversas punições processuais. 
5. Prevê a possibilidade de o juiz, de ofício ou por arbitramento, controlar a atribuição do valor da causa 
(art. 292, §3º, NCPC). 
Existem 2 (duas) espécies de valor da causa: 
 
A. VALOR DA CAUSA COM PREVISÃO LEGAL 
 
A lei determina o valor que a causa, cabendo ao autor cumprir. 
De acordo com o artigo 292 do Novo CPC, o valor da causa, em regra, é o VALOR DO PEDIDO. 
 
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: 
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora 
vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação; 
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a 
resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida; 
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor; 
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto 
do pedido; 
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido; 
Nas ações indenizatórias, INCLUSIVE AS FUNDADAS EM DANOS MORAIS, o valor da causa deve 
ser o valor pretendido. Ao tornar o pedido de dano moral em espécie de pedido determinado, exigindo-se 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894124/artigo-292-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894124/artigo-292-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
do autor a indicação do valor pretendido o dispositivo CONTRARIA posição consolidada do STJ de 
admitir nesses casos o pedido genérico. 
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à SOMA dos valores de todos 
eles; 
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de MAIOR valor; 
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido PRINCIPAL. 
 
B. VALOR DA CAUSA POR ARBITRAMENTO DO AUTOR: 
 
Nos casos que não se encaixe no art. 292 do CPC (Ex. Ação de guarda), o autor vai fixar o valor da 
causa a seu critério. 
Assim, o juiz não controlará o valor da causa quando ele for legal (controle objetivo). Entretanto, o juiz 
controlará o valor se houver irrazoabilidade na fixação do autor. 
Art. 292, §3º, CPC: O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar 
que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido 
pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes. 
A impugnação ao valor da causa, feita pelo réu, é realizada na preliminar da contestação e não mais 
em peça separada/avulsa, distinta da contestação, como era no CPC/73. Acabou o incidente ao valor da 
causa 
 
IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA – ART. 293, CPC 
 
O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de 
preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas. 
§ 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras. (valor 
da causa = prestações vencidas + prestações vincendas). 
 
VALOR DAS PRESTAÇÕES VINCENDAS - Art. 292, §2º, CPC 
 
B.1) Igual a uma prestação anual, se: 
 
 A obrigação for por tempo indeterminado (Ex. Na ação de alimentos deve somar o valor das 12 
prestações) ou; 
 A obrigação for por tempo superior a 01 ano. 
 
B.2) Igual à soma das prestações se por tempo inferior a 01 ano. 
 
REQUERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVAS 
As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados. Não fala mais na citação do 
réu. 
 
REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO – Art. 319, VII, CPC 
 
Há a opção do autor em se manifestar sobre a realização ou não de audiência de conciliação ou de 
mediação. 
Assim, a audiência preliminar não ocorrerá se autor e o réu assim não desejarem. Logo, se o autor 
silenciar, não cumprindo a exigência do inciso VII do art. 319 do CPC, há duas correntes. 
 
 1ª corrente – o silêncio do autor é uma não objeção à audiência – equivale que quer a realização 
da audiência. Não quer dizer que não vá conciliar (é a melhor posição, segundo Fredie Didier). 
 2ª corrente – o silêncio vai gerar a emenda da Petição Inicial, podendo ainda haver o indeferimento 
desta. 
DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS À PROPOSITURA DA AÇÃO 
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10708903/artigo-292-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10708903/artigo-292-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10705427/artigo-319-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
 Por força de lei: são aqueles documentos que a própria LEI diz ser indispensável. Ex. A 
procuração (art. 104, CPC); o título executivo na ação de execução (art. 798, CPC); a prova 
documental (art. 434, CPC), na ação monitória (art. 700, CPC). 
 
Ônus da prova – art. 373, I, CPC 
OBS.: Prova (documental, testemunhal e pericial) 
 
 Por peculiaridade da causa: são aqueles documentos que embasam as alegações do autor e se 
torna indispensável. Ex. Se o autor se refere a um documento na Petição Inicial, deverá juntá-lo, 
pois se tornou indispensável como prova. 
Se o autor faz referência a um documento sem tê-lo, deve justificar porque não o apresentou (Ex. Está 
com terceiro o documento) e cabe a ele pedir a exibição do documento na própria petição inicial, em 
relação ao réu ou terceiro. 
 
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DA CAUSA 
 Pressupostos de existência 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 
 Requisitos de validade 
 
Art. 485, IV, NCPC - Verificação de ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular 
processo. 
TEORIA DA ASSERÇÃO – art. 485, §3º do NCPC. 
 Emenda da Inicial – art. 321 do NCPC 
 Indeferimento da petição inicial – art. 330 do NCPC 
SANEAMENTO DO PROCESSO 
(verificação da petição inicial) 
 Improcedência Liminar do pedido – art. 332 do NCPC 
 Citação – art. 238 do NCPC 
Emenda da inicial – Art. 321, CPC 
Se a petição estiver irregular, por lhe faltar alguns dos seus requisitos, o juiz determinará a intimação do autor para 
emendar ou completar, no prazo de 15 (quinze) dias, indicando o que deve ser corrigido. 
OBS.: O prazo é dilatório, podendo o juiz prorrogá-lo em consonância com o art. 139, VI do NCPC. Assim, consagra
o princípio da cooperação previsto no art. 6º do NCPC. 
Indeferimento da petição inicial - Art. 330 do NCPC 
É decisão judicial que obsta liminarmente o prosseguimento da causa. O indeferimento da petição inicial somente oco
no início do processo. Portanto, somente há indeferimento liminar antes de ser ouvido o Réu. Após a citação não s
caso de indeferimento, mas sim de extinção sem caráter liminar. 
O indeferimento da petição é causa de extinção sem análise do mérito, conforme art. 485, I, NCPC. 
Improcedência Liminar do pedido - art. 332 do NCPC 
É decisão judicial, antes da citação do Réu (demandado), que julga improcedente o pedido formulado pelo Autor
(demandante). 
A decisão é de mérito. Portanto, definitiva, apta a fazer coisa julgada material. 
Não há violação à garantia do contraditório, tendo em vista que não há prejuízo para o Réu, uma vez que a decisão
proferida lhe é favorável. 
PRESSUPOSTOS 
 A causa deve dispensar a fase instrutória; 
 O pedido deve se encaixar nas hipóteses previstas nos incisos I, II, III e IV do art. 322 do NCPC; 
 Ocorrer a prescrição e a decadência; 
 Nas hipóteses de impossibilidade jurídica do pedido – enunciado n. 36 do FPPC

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