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ètica e cidadania

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POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA AFETADA PELA 
PANDEMIA DA COVID-19 
 
Rosana Rossetti Carneiro 
Matrícula: 03250189 
Superior em Tecnologia da Gestão 
da Qualidade 
A condição das pessoas em situação de rua ficou mais expressiva nesse 
momento de pandemia, pois a conjuntura econômica e social da população 
brasileira mudou. Diante disso, o desemprego e a fome passou a fazer parte do 
perfil da classe trabalhadora, consequentemente, o crescimento de pedintes nos 
semáforos, restaurantes e ruas acentuou-se, logo mostrando a precariedade da 
ausência de políticas públicas que amparem a ordem social e econômica. 
Dessa maneira, esse crescimento da população em situação de rua, nos 
pede reflexão a respeito de estratégias inclusivas de moradia e renda, pois de 
acordo com a fala do representante da Associação Nacional de Defensores 
Públicos, Antônio Vitor Barbosa de Almeida, na reportagem da Fiocruz (2021), 
diversas pessoas em situação de rua não puderam cadastrar-se para receber 
auxilio governamental por conta do processo burocrático, como a exigência de 
inserção de número de telefone celular para o cadastramento, ou até mesmo por 
dificuldades no acesso aos serviços que passaram a ser híbridos nesse 
momento de pandemia, por exemplo. Além do que, não existe um controle 
numérico de quantidade de moradores de rua, tornando maior o problema. 
 Por isso, é válido refletir o que se tem feito para cumprir o que prevê a lei, 
onde os sujeitos em fragilidade social são amparados pelo Art. 5o do DECRETO 
Nº 7.053 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2009, no qual institui que além da igualdade 
e equidade, os mesmos têm direito ao atendimento humanizado e 
universalizado, valorização e respeito à vida e a cidadania. A reflexão a respeito 
do que dispõe a lei e o que tem sido posto em prática, amplia o debate em torno 
do que a as pessoas compreendem a respeito de direitos humanos, 
vulnerabilidade social e cidadania. Pois, todos sabem de forma empírica que têm 
direitos e deveres, mas ao buscar esses amparos há escassez de políticas 
públicas ofertadas pelo Estado, como ressalta Vanilson na reportagem, que foi 
morador por 27 anos nas ruas de Natal “Já vivíamos a falta de políticas públicas 
para a população em situação de rua, mas a pandemia só escancarou tudo isso. 
Como ficar em casa se não temos moradia? Como usar máscara se não temos 
onde lavar? Já vivemos socialmente isolados. Passamos fome, frio e ainda 
enfrentamos a Covid-19. A pandemia desnudou as mazelas sociais existentes” 
(FIOCRUZ,2021). 
Portanto, é fundamental pensar e praticar políticas públicas de 
enfrentamento e monitoramento de pessoas em situação de rua para que os 
mesmos fiquem menos tempo nessa condição de desamparo para assim reduzir 
a quantidade de indivíduos neste cenário hostil. 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Decreto nº 7.053, de 23 de dezembro de 2009. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d7053.htm 
Acesso: 09/04/2022 
GAMEIRO, Natália. População em situação de rua aumentou durante a 
pandemia. Fiocruz, 2021. Disponível em: 
ttps://portal.fiocruz.br/noticia/pandemia-de-covid-19-muda-perfil-de-populacao-
em-situacao-de-rua. Acesso: 09/04/2022 
Violações dos direitos humanos no Brasil: relatório de casos no contexto 
da pandemia da Covid-19 [recurso eletrônico] / Articulação para o Monitoramento 
dos Direitos Humanos no Brasil. – Passo Fundo: Saluz, 2022.

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