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Apostila de Didática_NR

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1) 
3 
 
 
3347- 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 
1 – DIDÁTICA: ALGUMAS DEFINIÇÕES ................................................................... 5 
2 – DIDÁTICA X FRACASSO ESCOLAR .................................................................... 9 
3- DIDÁTICA E O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM ............................. 12 
4 – ESCOLA, PARA QUÊ? ....................................................................................... 15 
5 - SALA DE AULA: LUGAR DE CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS ................ 18 
6 – O ENSINO E A APRENDIZAGEM NA VIDA HUMANA ....................................... 26 
7 – PLANEJAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA ......................................................... 30 
8 – PLANO: MATERIALIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO ........................................... 33 
9 - SABERES E FAZERES DOCENTES NECESSÁRIOS A UMA PRÁTICA 
REFLEXIVA ........................................................................................................... 40 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 52 
 
4 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Caro aluno e futuro professor, 
Nesta nossa jornada de construção do conhecimento profissional é necessário 
que tenhamos subsídios teóricos e práticos que orientem a nossa caminhada. 
Este material foi escrito no sentido de levar a pensar/repensar, 
construir/reconstruir, aprender/desaprender e desatar as amarras que, por tanto tempo, 
nos impuseram a ponto de sermos apontados como os principais culpados pelo 
insucesso escolar dos nossos alunos. 
Não podemos esquecer que a aprendizagem é uma relação que se estabelece 
entre sujeitos que aprendem/ensinam e, que pela busca do conhecimento deverão 
estabelecer um vínculo positivo para que essa aprendizagem efetivamente ocorra. 
Ao longo do nosso material de Didática traremos conceitos e informações que 
permitirão refletir sobre: 
• a nossa prática educacional, 
• o processo ensino-aprendizagem, 
• o papel da escola frente a novas demandas, 
• a sala de aula: espaço de diversidades, 
• o planejamento da ação educativa 
• os saberes e fazeres docentes necessários a uma prática reflexiva. 
Para melhor prepará-lo o material constante desta apostila será dividido ao longo 
do curso, de forma a ajudá-lo a embasar conhecimentos. Esperamos que ao final dos 
módulos do CND, aliado aos conhecimentos adquiridos ao longo da sua vida, a sua 
sensibilidade e comprometimento com a educação você possa encontrar um caminho 
que lhe permita tornar-se um Professor/Educador: "equilibrista de emoções e um 
mediador de sonhos." 
5 
 
 
 
 
1 – DIDÁTICA: ALGUMAS DEFINIÇÕES 
 
A preocupação com ensinar vem de longa data. No entanto Comênio, filósofo 
tcheco, é considerado o pai da Didática Moderna. Ele escreveu em 1649, a sua primeira 
obra intitulada “Didactica Magna”, livro que marca o início da sistematização da 
Pedagogia e da Didática no Ocidente. Nessa obra ele define a Didática como sendo a 
arte de ensinar tudo a todos. 
 
 
 
 
Para que possamos definir o que é Didática e compreendermos a sua 
contribuição para a nossa formação enquanto professores que seremos ou somos, 
leiamos algumas informações . 
Libâneo(2002) nos traz o conceito de Didática, segundo a visão de vários 
autores. Dentre esses se destacam: 
• Karl Stocker, alemão (1964): Compreendemos por doutrina geral do ensino, 
estruturação didática ou didática, a teoria da instrução e do ensino escolar de 
toda natureza em todos os níveis. (...) trata das questões gerais de todo ensino, 
comuns a todas as matérias e procura expor os princípios e postulados que se 
• Ao final desta unidade você deverá ser capaz de : 
• Elaborar seu próprio conceito de didática. 
• Entender as posições de diferentes pensadores da educação sobre esse tema. 
• Valorizar a didática como a base do seu trabalho tornando a prática educativa mais 
eficiente e minimizando os problemas encontrados. 
6 
 
 
apresentam em todas as disciplinas. (...) O processo didático (...) tem seu centro 
no encontro formativo do aluno com a matéria de ensino. 
• Renzo Titone, italiano (1974): A Didática é a ciência que tem por objeto 
especifico e formal a direção do processo de ensinar, tendo em vista fins 
imediatos e remotos de eficiência instrutiva e formativa. 
• Klimgberg, alemão (1978): A Didática é uma disciplina cientifica da Pedagogia 
que se refere às relações regulares entre o ato de ensinar e a aprendizagem. 
• Danilov, russo (1978): A Didática estuda o processo de ensino, em cujo 
envolvimento ocorre a assimilação dos conhecimentos sistematizados, o domínio 
dos procedimentos para aplicar tais conhecimentos na prática, e o 
desenvolvimento das forças cognoscitivas do educando. 
• Vicente Benedito, espanhol (1987): A didática é - está a caminho de ser - uma 
ciência e tecnologia que se constrói a partir da teoria e da prática, em ambientes 
organizados de relação e comunicação intencional, nos quais se desenvolvem 
processos de ensino e aprendizagem para a formação do aluno. 
• Contreras Domingo, espanhol (1991): A Didática é a disciplina que explica os 
processos de ensino-aprendizagem para propor sua realização conseqüente com 
as finalidades educativas. 
 
Para Candau (1998) A Didática é uma reflexão sistemática e busca de 
alternativas para os problemas da prática pedagógica 
Dê a sua contribuição preenchendo as linhas abaixo com a definição de Didática 
encontrada em um dicionário a que você tenha acesso. 
 
 
 
 
Agora releia estas informações e elabore a sua própria definição: 
 
 
7 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
 
 
Assim como você, também relemos as informações anteriores e de acordo com a 
nossa experiência, o conceito apresentado por Candau é o que mais se aproxima da 
nossa maneira de abordar o tema. 
Leiamos então, novamente, o conceito apresentado por Candau: 
• Reflexão sistemática e busca de alternativas para os problemas da prática 
pedagógica. 
Agora vamos entender esses aspectos. 
Para que seja possível uma reflexão que traga melhoria na prática pedagógica, a 
Didática busca conhecimento nas diversas áreas do saber: Filosofia, Sociologia, 
Psicologia, Antropologia e outros. Esses conhecimentos permitirão por exemplo,, 
entender o desenvolvimento humano nos seus aspectos social, histórico, cognitivo e 
emocional. 
Pense agora um pouco: Qual a importância de nós professores 
termos conhecimentos, acerca dos processos de desenvolvimento, dos nossos 
alunos? O que isto tem a ver com a nossa prática diária? A que tipos de 
questionamentos esses saberes nos remetem? 
 
 
 
Desde a sua origem a Didática vem sistematizando os conhecimentos ora para 
potencializar o processo ensino aprendizagem ora para buscar alternativas outras que 
permitam que este ocorra apesar das dificuldades surgidas. 
Então já foi possível ter uma idéia inicial da contribuição da Didática no processo 
ensino - aprendizagem? 
“Deve-se começar a formaçã muito cedo, pois não se deve passar a vida a 
aprender, mas a fazer”. Comênio, Pai da Didática Moderna. 
 
8 
 
 
 formação profissional para o magistério requer, assim, uma sólida formação 
teórica e prática. Muitas pessoas acreditam que o desempenho satisfatório teórico- 
prático do professor na sala de aula depende de vocação natural ou somente da 
experiência prática, descartando-se a teoria. É verdade que muitos professores 
manifestam especial tendência e gosto pela profissão, assim como se sabe que mais 
tempo de experiência ajuda no desempenho profissional. Entretanto, o domínio das 
bases teórico-científicas e técnicas, e sua articulação com as exigências concretas 
do ensino, permitem maior segurança profissional, de modo que o docente ganhe 
base para pensarsua prática e aprimore sempre mais a quantidade do seu trabalho. 
Entre os conteúdos básicos da Didática figuram os objetivos e tarefas do ensino 
na nossa sociedade. A Didática se baseia em uma concepção de homem e 
sociedade e, portanto, subordina-se a propósitos sociais, políticos e pedagógicos 
para a educação escolar a serem estabelecidos em função da realidade social 
brasileira. 
O processo de ensino é uma atividade conjunta de professores e alunos, 
organizado sob a direção do professor, com a finalidade de prover as condições e 
meios pelos quais os alunos assimilem ativamente conhecimentos, habilidades, 
atitudes e convicções. Este é o objetivo de estudo da Didática. Os elementos 
constitutivos da Didática, o seu desenvolvimento histórico, as características do 
processo de ensino e aprendizagem, e a atividade de estudo como condição do 
desenvolvimento intelectual. 
Os objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas do ensino 
especialmente a aula, constituem o objeto da mediação escolar. 
LIBÂNEO (1998, p.29) 
 
 
9 
 
 
• 
 
• 
Ao final desta unidade você deverá ser capaz de : 
 
Identificar as principais causas apontadas para o fracasso escolar e aplicar e 
reconhecer a importância da didática para melhorar a qualidade do ensino. 
• Entender que só uma ação conjunta do governo, da escola, dos meios de 
comunicação e da família, pode atenuar as situações em que ocorre o fracasso 
escolar. 
3 – DIDÁTICA X FRACASSO ESCOLAR 
Ainda hoje, quando se pensa em fracasso escolar, atribui-se à falta de preparo dos 
Educadores e à precariedade socioeconômica da população. Há ainda uma corrente 
que confere grande parte desse insucesso a problemas individuais dos alunos. 
Qual o seu posicionamento com relação a isso? 
 
 
 
 
 
Estamos no século XXI, já não dá mais para continuarmos atribuindo a esse ou a 
aquele a culpa pelo fracasso escolar. 
O que podemos então fazer? 
Melhorar continuamente a nossa prática diária, onde quer que estejamos e com os 
recursos que possamos contar. 
A Didática, desta forma, nos servirá como ferramenta de trabalho, 
disponibilizadora de variados recursos que possibilitam a interação professor-aluno, com 
objetivo de transformar informação em conhecimento. 
 
Após mais esta conversa surge a pergunta que não quer calar: De 
que modo a Didática pode contribuir para a melhoria da qualidade 
de ensino? 
 
 
 
 
10 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
De quem é a bola?* 
De quem é a bola? É de Adão e Eva? É do governo? É do pai... Ou é da 
mãe? É da escola? 
Afinal de quem é a bola? 
Adão e Eva... 
No princípio do mundo, Adão e Eva cometeram a primeira falta contra 
Deus. Os homens passaram atribuir todos os maus do mundo (as doenças, as 
crises, os sofrimentos) a falta cometida por Adão e Eva. 
Acontece que as crises foram aumentando, o mundo evoluindo e o 
homem conscientizando-se de que a bola não era de Adão e Eva. 
Jogou-se a bola para o governo. 
Governo... 
O governo passou a ser responsável por todos os problemas, por todos 
os males que envolvem a humanidade. O povo passa fome por causa do governo... 
A educação não vai bem por causa do governo responsabilizando-o dos pequenos 
aos grandes problemas. Justifica-se, então, o governo remetendo a bola ao sistema. 
Sistema... 
Quem é o “Senhor Sistema”? O que ele fez? Onde ele fica? 
Todas as famílias acusam o “Senhor Sistema” como responsável pelos 
problemas. Pais e educadores responsabilizam-no pelo elevado número de 
marginais adolescentes, que aparecem cada vez mais nas grandes capitais. 
Culpam o “Senhor Sistema” de não ter educado, de não possuir família... 
Afinal, a bola é do Sistema? 
O povo continua a questionar. “De quem é a bola?” E a resposta é de que 
a bola é do pai e da mãe... 
O pai e a mãe entram em polêmica. O pai joga a bola para a mãe, 
11 
 
 
acusando-a como responsável pela educação dos filhos. 
Se os filhos vão mal ele diz: “Você não para em casa, você não os 
acompanha,quer ter os mesmos direitos que os homens. Só pensam em 
emancipação, trabalham em dois horários, por isso a família vai mal...” 
A mãe, por sua vez, sentindo-se injustiçada joga a bola para o pai, 
acusando-o de não estar presente no lar nos momentos mais difíceis de educar, 
pois só tem tempo para o futebol, o trabalho, os amigos e a cerveja no bar... 
Essa família vai mal... Acontece que os dois em crise resolvem justificar o 
erro de responsabilidade jogando a bola para a escola. 
Escola... 
A Escola recebe os reflexos dos problemas familiares e sociais, trazidos 
em alunos carentes de sentimentos bons, de carinhos e afetos, de aprendizagem 
lenta com exemplos e modelos da TV. 
Com tantas dificuldades, a escola resolve se isentar desta 
responsabilidade e diz que o problema, “a bola”, é do pai e da mãe, do Sistema, do 
governo... Diz que vai fazer só aquilo que lhe compete. 
Acontece que a bola continua solta. 
O mundo em decadência, as crises aumentando, homens se violentando, 
crianças se degenerando, famílias se desentendendo, jovens confusos. 
E o mundo, que foi criado para ser paraíso passa a ser um campo de 
concentração, onde a guerra e o desamor predominam... a bola está sendo jogada 
para lá e para cá. O problema não chega a uma solução, porque todos se omitem e 
se tornam alheios diante do amor e da responsabilidade. 
Portanto, deixamos agora com você a bola. A responsabilidade está nas mãos 
de cada um, portanto, compete a todos nós. 
E a pergunta é: VAMOS SEGURAR ESSA BOLA JUNTOS??? 
*http://georgemdia.blogspot.com/2009/03/de-quem-e-bola-reflexao-consciencia- 
e.html 
http://georgemdia.blogspot.com/2009/03/de-quem-e-bola-reflexao-consciencia-
12 
 
 
3- DIDÁTICA E O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM 
 
Para que a Didática possa servir de base para nossa ação educativa é 
necessário que ela entenda como o processo ensino-aprendizagem ocorre. Os debates 
a respeito da forma como aprendemos serão aprofundados em Psicologia da educação. 
 
A preocupação didática apresenta ao professor uma série de questionamentos 
que dizem respeito a: 
• Como os alunos aprendem? 
• Como o vínculo professor/aluno se estabelece? 
• Como alunos e professores interagem no processo de aquisição do 
conhecimento? 
• Como tornar a aula interessante? 
• Como nos fazer entender? 
• Como inserir os saberes dos alunos na sala de aula? 
• Como tornar os conteúdos significativos? 
• Como transformar informação em conhecimento? 
• Qual a influência da relação de poder estabelecida entre governo, sociedade e 
escola na nossa prática docente? 
• Que visão de mundo? 
• Que visão de escola? 
• Que visão de homem? 
• Escola inclusiva ou escola seletiva? 
Escola... 
É a Didática, na sua busca de alternativas para uma prática educativa e 
reflexiva, que busca contemplar as exigências atuais. 
• Entender a importância da relação professor-aluno no processo de aprendizagem. 
• Buscar através das indagações didáticas as alternativas para contemplar as atuais 
exigências na prática educativa. 
13 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
 
 
 
Vamos pensar mais um pouco. Voltando aos nossos tempos de 
escola, nas séries iniciais, como o nosso professor se posicionava perante a turma? 
Como nós nos posicionávamos em relação a ele? O que era esperado de nós? O 
que era esperado dele? Já terá ocorrido alguma mudança frente às novas 
exigências apresentadas? 
 
 
 
 
 
Tropeços da inteligência 
Há a história dos dois ursos que caíram numa armadilha e foram levados para um 
circo. Um deles, com certeza mais inteligente que o outro, aprendeu logo a ser equilibrar 
na bola e andar no monociclo. Seu retrato começou a aparecer em cartazes e todo 
mundo batia palmas: “Como é inteligente”. O outro, burro, ficava amuado num canto, e 
por mais que o treinador fizesse promessas e ameaças, não dava sinais de entender. 
Chamaram o psicólogo do circo e o diagnóstico veio rápido: “É inútil insistir. o QI émuito 
baixo...” 
Ficou abandonado num canto, sem retratos e sem aplausos, urso burro, sem 
serventia... O tempo passou. Veio a crise econômica e o circo foi à falência. Concluíram 
que a coisa mais caridosa que se poderia fazer aos animais era devolvê-los às florestas 
de onde haviam sido tirados. E assim, os dois ursos fizeram a longa viagem de volta. 
Estranho que em meio à viagem o urso tido por burro parece ter acordado da 
letargia, como se ele estivesse reconhecendo lugares velhos, odores familiares, 
14 
 
 
enquanto que seu amigo de QI alto brincava tristemente com a bola, último presente. 
Finalmente, chegaram e foram soltos. 
O urso burro sorriu, com aquele sorriso que os ursos entendem, deu um urro de 
prazer e abraçou aquele mundo lindo de que nunca se esquecera. O urso inteligente 
subiu na sua bola e começou o número que sabia tão bem. Era só o que sabia fazer. Foi 
então que ele entendeu, em meio às memórias de gritos de crianças, cheiro de pipoca, 
música de banda, saltos de trapezistas e peixes mortos servidos na boca, que há uma 
inteligência que é boa para circo. O problema é que ela não presta para viver. Para 
exibir sua inteligência ele tivera de se esquecer de muitas coisas. E este esquecimento 
seria sua morte. 
E podemo-nos perguntar se o desenvolvimento da inteligência não se dá, sempre, 
à custa de coisas que devem ser esquecidas, abandonadas, deixadas para trás... 
ALVES, Rubem (1993, p.12) 
 
 
 
 
 
 
Apresente seu comentário sobre o texto Tropeços de 
inteligência ( p.13) e a partir do enfoque ensino aprendizagem , faça uma 
comparação com a prática pedagógica que se observa nas escolas. 
 
 
 
15 
 
 
• Ao final desse capítulo você deverá ser capaz de : 
• Identificar o papel social da escola, integrando alunos entre si e com professores e 
funcionários. 
• Entender que a visão de escola dos especialistas varia de acordo com a época e 
com a sociedade que eles idealizam. 
• Perceber que a prática educativa pode se basear numa filosofia de condicionamento 
ou de reflexão. 
 
 
4 – ESCOLA, PARA QUÊ? 
Para que possamos entender a importância de nossa ação educativa 
é preciso que tenhamos uma resposta bem fundamentada para esta 
pergunta: 
Escola para quê? 
 
Assim as indagações se seguem: 
Escola para formar, colocar em fôrmas, condicionar ou 
Escola que leve a conscientização crítica reflexiva? 
Escola “do um atrás do outro que nem um gafanhoto” ou 
Escola que possibilita práticas cidadãs? 
Na busca por uma resposta sedimentada, refletida, sentida vamos conhecer a 
visão de alguns especialistas acerca do papel da Escola. 
J.H. Pestalozzi (1746-1827), educador suíço 
A escola por ele idealizada deveria ser não só uma 
extensão do lar como um ambiente familiar que deveria 
oferecer segurança e afeto. Quanto aos professores, deveriam 
respeitar os estágios de desenvolvimento pelos quais a criança 
passa. 
 
 
John Dewey (1859 – 1952), filósofo norte americano 
Segundo Dewey o papel da escola é reproduzir a 
comunidade em miniatura apresentando o mundo de uma 
16 
 
 
forma organizada e simplificada, e aos poucos conduzir as crianças à 
compreensão das coisas mais complexas. Ou seja, o objetivo da escola deveria 
ser ensinar a criança a viver no mundo. 
De acordo com as suas palavras “as crianças não estão, num dado momento 
sendo preparadas para vida, e em outro vivendo”. 
Anton Makarenko (1888 -1938), educador ucraniano 
 
Makarenko queria formar crianças capazes de dirigir a própria vida. A 
escola tinha que permitir o contato com a sociedade e com a natureza, 
ou seja, ser um lugar para o aluno viver a realidade concreta e participar 
das decisões sociais. 
 
Antonio Gramsci (1891 -1937), filósofo italiano 
 
Segundo ele a escola tem a função de dar acesso à cultura das 
classes dominantes para que todos pudessem ser cidadãos plenos. 
 
Celestin Freinet (1896 -1966), educador francês 
Para Freinet a escola tem por objetivo final formar cidadãos para o 
trabalho livre e criativo, capaz de dominar e transformar o meio e 
emancipar- se. 
 
Skinner (1904 -1990), psicólogo norte-americano 
Segundo Skinner a função da escola é planejar a educação passo a 
passo, de modo a obter os resultados desejados na modelagem dos 
alunos. 
 
Paulo Freire (1921 – 1997), educador brasileiro 
Freire defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a “ler o 
mundo” para poder transformá-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
Escola é 
... o lugar que se faz amigos. 
Não se trata só de prédios, salas, quadros, 
Programas, horários, conceitos... 
Escola é sobretudo, gente 
Gente que trabalha, que estuda 
Que alegra, se conhece, se estima. 
O Diretor é gente O coordenador é 
gente, O professor é gente, 
O aluno é gente, 
Cada funcionário é gente. 
E a escola será cada vez melhor 
Na medida em que cada um se comporte 
Como colega, amigo, irmão. 
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados” 
Nada de conviver com as pessoas e depois, 
Descobrir que não tem amizade a ninguém. 
Nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só. 
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, 
É também criar laços de amizade, 
É criar ambiente de camaradagem, 
É conviver, é se “amarrar nela”! 
Ora é lógico... 
Numa escola assim vai ser fácil! Estudar, trabalhar, crescer, 
Fazer amigos, educar-se, ser feliz. 
É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo 
Paulo Freire 
Disponível em http://www.mundojovem.com.br/poesias-poemas/professor/a-escola- 
paulo-freire. Acesso em maio de 2014 
http://www.mundojovem.com.br/poesias-poemas/professor/a-escola-
18 
 
 
• Ao final da unidade você deverá ser capaz de : 
• Identificar as 4 maiores linhas de tendências pedagógicas trazidas pelos PCN's. 
• Caracterizar as tendências pedagógicas do ponto de vista da função atribuída à 
escola, aos conteúdos valorizados, a metodologia , a relação professor aluno e a 
aprendizagem. 
• Identificar as tendências pedagógicas transformadoras, cuja principal intenção é a 
transformação social para diminuição das desigualdades. 
• Reconhecer a disciplina, a partir da sala de aula, como um valor indispensável à 
convivência humana. 
 
 
 
5 - SALA DE AULA: LUGAR DE CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS 
 
Busque nas lembranças o seu passado estudantil. 
Revisite as escolas pelas quais passou, lembre-se dos 
professores que teve como amigos, os não tão amigos assim, as 
grandes alegrias e tristezas. 
Quais marcas, positivas ou negativas, essa escola deixou em 
você? 
 
 
 
 
 
Imagine uma pessoa bem mais velha, aposentada rememorando a sua passagem 
pela escola: 
Fazendo também esta viagem volto ao meu passado. As lembranças são 
inúmeras. 
O cheiro de arroz com peixe me faz salivar. 
Ah, mas lembrar da professora de Matemática, isto nos causa arrepios. 
A rigidez da disciplina imposta pela escola, o pavor das provas orais e ainda bem, 
não mais a palmatória: um grande avanço para aquela época. 
 
19 
 
 
São correntes teóricas que pretenderam dar conta da compreensão e da 
orientação da prática pedagógica educacional, em diferentes momentos e 
circunstâncias da história humana. 
 
 
Pensando nas relações de poder dentro da escola hoje o que efetivamente 
mudou? Que relações de poder ainda continuam sendo estabelecidas entre professores 
e alunos? Qual o papel do aluno? Qual o papel do professor? Quais recursos 
pedagógicos utilizados? Que tipos de avaliação podem ser encontradas? 
Estes questionamentos nos levam a pensar sobre que tendência pedagógica 
orientará a nossa prática. 
Mas o que são mesmo as TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS? 
 
 
Enquanto professores, mesmo que inconscientemente, a nossa prática educativa 
explícita a concepção de ensino-aprendizagem que temos. O relacionamento professor- 
aluno, bem como a metodologia, papel da escola e conteúdos a serem trabalhados 
expressam que tipo de tendência pedagógica estáou estará orientando a nossa ação 
educativa. 
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) editados pelo 
Ministério da Educação (MEC), em 1997, são quatro, as grandes tendências 
pedagógicas brasileiras. Tendo por base este documento listaremos as principais 
características de cada uma delas. 
1 – Pedagogia Tradicional – É uma proposta de educação centrada no 
professor, cuja função se define como a de vigiar e aconselhar os alunos, corrigir e 
ensinar a matéria. 
Função da Escola: Preparação Intelectual e moral do aluno para assumir sua 
posição na sociedade. 
Conteúdos: Conhecimentos e valores sociais acumulados pelas gerações adultas e 
repassados ao aluno como verdades. 
Metodologia: Exposição verbal da matéria e ou demonstração, ênfase nos 
exercícios, na repetição de conceitos ou fórmulas e na memorização para disciplinar 
a mente e formar hábitos. 
20 
 
 
Relação professor-aluno: Predomina a autoridade do professor que exige atitude 
receptiva dos alunos e impede qualquer comunicação entre eles no decorrer da 
aula. 
Aprendizagem – A aprendizagem é receptiva e mecânica. A retenção do material 
ensinado é garantida pela repetição de exercícios sistemáticos e recapitulação da 
matéria. 
2 – Pedagogia Renovada – O centro da atividade escolar não é o professor nem 
os conteúdos disciplinares, e sim o aluno. O que mais importa é o processo de 
aprendizagem e não mais o ensino. 
Função da escola: Adequar as necessidades individuais ao meio social, retratando, 
o quanto possível a vida. 
Conteúdos: Estabelecidos em função de experiências que o sujeito vivencia frente a 
desafios cognitivos e situações problemáticas. 
Metodologia: “Aprender fazendo”. Valorizam-se as tentativas experimentais, a 
pesquisa, a descoberta, o estudo do meio natural e social, o método de solução de 
problemas. 
Relação professor-aluno: Não há lugar privilegiado para o professor. O seu papel é 
auxiliar o desenvolvimento livre e espontâneo da criança. 
Aprendizagem: Aprender é uma atividade de descoberta, é uma auto- 
aprendizagem, sendo o ambiente apenas o meio estimulador. 
3 – Pedagogia Tecnicista – O que tem valor nessa tendência não é o professor, 
mas a tecnologia. O professor passa a ser um mero especialista na aplicação de 
manuais. 
Função da escola: Modelar o comportamento humano através de técnicas 
específicas e organizar o processo de aquisição de habilidades e atitudes. 
Conteúdos: Informações, princípios científicos, leis estabelecidos e ordenados numa 
sequencia lógica. 
Metodologia: Procedimentos e técnicas necessárias ao arranjo e controle nas 
condições ambientais que assegurem a transmissão-recepção de informações. 
Relação professor-aluno: Estruturada e objetiva com papéis bem definidos: o 
professor administra as condições de transmissão da matéria e o aluno recebe, 
aprende e fixa as informações. 
21 
 
 
4 - Tendências marcadas centralmente por preocupações sociais e políticas 
Estas tendências mostram a mobilização dos educadores, principalmente no final 
dos anos 70 e início dos 80 do século XX, por uma educação crítica que visa 
transformações sociais, econômicas e políticas, tendo como objetivo principal a 
superação das desigualdades existentes no interior da sociedade. 
Optamos por caracterizar as três principais representantes dessa tendência, pois 
apesar de pertencerem, em linhas gerais, à corrente transformadora, possuem 
singularidades. 
Progressista Libertadora 
Função da escola: Questionar concretamente a realidade das relações do homem 
com a natureza e com outros homens visando à transformação. 
Conteúdos: Temas geradores são extraídos da problematização da prática de vida 
dos estudantes. 
Metodologia: Diálogo, engajando ativamente ambos os sujeitos do ato de conhecer. 
Relação professor-aluno: Horizontal, onde educador e educando se posicionam 
como sujeitos do ato de conhecimento. 
Aprendizagem: Aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta, isto é, 
da situação real vivida pelo educando, e só tem sentido se resulta de uma 
aproximação crítica dessa realidade. 
 
Progressista Libertária 
Função da escola: Instituir com base na participação grupal, mecanismos 
institucionais de mudança, de tal forma que o aluno, uma vez atuando nas 
instituições “externas”, leve para lá tudo que aprendeu. 
Conteúdos: Resultam da necessidade e interesses manifestos pelo grupo e que não 
são necessariamente as matérias de estudo. 
Metodologia: Vivência grupal na forma de autogestão. 
Relação professor-aluno: O professor é um orientador e um catalisador. Ele se 
mistura ao grupo para uma reflexão em comum. 
Aprendizagem: A ênfase na aprendizagem informal via grupo, e a negação de toda 
forma de repressão visam ao desenvolvimento de pessoas mais livres. 
22 
 
 
 
Progressista “crítico social dos conteúdos” 
Função da escola: Difundir conteúdos, garantindo a todos, um bom ensino, isto é, a 
apropriação dos conteúdos escolares básicos que tenham ressonância na vida do 
aluno. 
Conteúdos: Universais que se constituíram em domínios de conhecimento 
relativamente autônomos, incorporados pela humanidade, mas permanentemente 
reavaliados face às realidades sociais. 
Metodologia: Deve favorecer a correspondência dos conteúdos com o interesse dos 
alunos e como possibilidade de auxílio na compreensão da realidade. 
Relação professor-aluno: Sendo o professor mediador, a relação pedagógica 
consiste no provimento das condições em que alunos e professores possam 
colaborar para fazer progredir essas trocas. 
Aprendizagem: Aprender é desenvolver a capacidade de processar informações e 
lidar com os estímulos do ambiente organizando os dados disponíveis da 
experiência. 
 
Para você qual tendência que está mais próxima da sua 
maneira de pensar a Educação? Explique. 
 
 
 
 
 
 
 
Qualquer das tendências adotemos nos leva à necessidade de pensarmos o 
espaço da sala de aula como um espaço de convívio, construção e trocas. Surge então 
um tema permanentemente debatido entre educadores : a questão da disciplina para se 
desenvolver as atividades. 
Assim apresentamos um texto de Celso Antunes que serve para debate e reflexão. 
23 
 
 
 
 
A disciplina em sala de aula 
 
 
Outro dia esperava pacientemente na fila minha vez de ser atendido, quando outro 
cidadão, sem mais nem menos, se interpôs à frente e pretextando ser amigo de um dos 
“pacientes” que a minha frente aguardavam, insurgiu-se e ali se instalou, deixando lá 
trás um mundo de resmungos. Minutos depois, esperávamos todos o elevador chegar e 
mal a porta se abriu uma matilha alvoroçada ingressou no mesmo, atropelando os que 
de lá saiam. Não demorou muito, aguardava a hora de embarque e tão logo foi feita a 
chamada para o vôo, uma porção de passageiros desesperados amontoaram-se à 
frente, deixando crianças, idosos e deficientes, com suposta preferência, entrarem por 
último. Sorte que os lugares eram marcados e assim não coube aos primeiros o 
privilégio da escolha. Entrei no vôo por último, suspirando aliviado e pensando minha 
sorte em não estar buscando lugar no metrô, que disputa, com maior sofreguidão, bem 
mais passageiros. 
Confesso que não me habituo a essa rotina agressiva e acho muito estranho tudo 
isso, recordando-me de tempos atrás quando havia uma coisa civilizada chamada “fila” 
que, agora, parece ter desaparecido. 
Nada de surpreendente no que acima se relata. Não há morador de cidade grande 
ou média que não percebe essa evidência, que não sabe de pai que vai a escola 
reclamar da falta de disciplina e atira cascas de frutas pela janela ou estaciona em mão 
dupla. Ser empurrado, levar cotovelada, tapa na orelha e xingamento tornou-se comum 
e quem desejar ficar livre desses assédios que não tente sair de casa. Ou se aprende a 
empurrar ou se é empurrado cada vez mais. Nada disso parece causar estranheza, mas 
por paradoxal que possa parecer, existem os que ficamsurpreendidos com o avolumar 
da indisciplina em sala de aula. 
A sala de aula é e sempre foi um espaço que expressa continuidade da vida, 
reflexo do entorno. Se assim não for, não será sala de aula verdadeira, não permitirá 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
24 
 
 
que o aluno contextualize em sua existência os saberes que ali aprende. Ora se a sala 
de aula é reflexo da sociedade e se a sociedade urbana perdeu noção de compostura e 
disciplina, como esperar que a escola transforme-se em um aquário social, tornando-se 
diferente da rua? Se aqui se fechasse esta crônica, ficaria por certo uma questão 
essencial. Quer dizer então que não adianta combater a indisciplina em sala de aula, 
uma vez que este espaço reproduz a ausência de disciplina que campeia pelas ruas? 
A resposta é claramente negativa. 
É essencial que se restaure a disciplina em sala de aula, que se faça desse valor 
um objetivo a se perseguir, não para que a sala se isole da sociedade e também não 
para que a aula do professor fique mais confortável, mas antes para que ali ao menos se 
aprenda como tentar modificar o caos urbano que o desrespeito social precipitou. Mas, 
como fazer isso? 
Em primeiro lugar transformando-se a disciplina em um “valor”. Isto é, fazendo 
com que seja a mesma vista como uma qualidade humana, imprescindível à convivência 
e fundamental para as boas relações interpessoais. A disciplina não pode, jamais, 
chegar ao aluno como uma ordem, um castigo, um imperativo que partindo do mais 
forte, dirige-se ao oprimido em nome de seu conforto pessoal, mas como “produto” de 
debate, reflexão, estudo de caso e análise onde se descobre a hierarquia de povos 
disciplinados sobre clãs sem mando ou sobre sociedades oprimidas. A Literatura, a 
História e a Geografia podem se transformar em espelhos que refletem que a disciplina 
que se busca não é apenas a que se vê na relação professor x aluno, mas toda aquela 
que leva um povo à vitória, um ideal à concretização. 
Depois de uma ampla sensibilização sobre a disciplina enquanto valor humano 
cabe uma franqueza cristalina na discussão de regras, princípios, normas e 
fundamentos que são essenciais a todos, ainda que funções diferentes impliquem em 
regras não necessariamente iguais. Qual a disciplina ideal na opinião dos alunos? Qual 
na opinião dos professores? Quais regras são boas para todos e quais sanções cabem 
a quem não as cumpre? Esse diálogo não deve valer somente para se sensibilizar a 
classe sobre o valor da disciplina, mas para formalizar verdadeiro “contrato” que unindo 
interesses, exigirá reciprocidade. 
Em terceiro lugar um sincero convite para que todos os membros da comunidade 
– alunos, pais, professores, inspetores, serventes, etc. – ajudem a escola a construir os 
25 
 
 
valores que objetiva. Que se mostre o que a sala de aula está fazendo e o que espera 
que faça o cidadão, que se busque algumas simples regras para a comunidade que 
uniformizando a solidariedade, sinaliza, para a construção de um ideal. É a oportunidade 
para mostrar que o belo e o bom não são questão de preço, mas ação comportamental 
de uma comunidade. É possível imaginar o efeito de um boicote de clientes contra a 
instituição pública ou privada que menospreze a disciplina? A construção de regras 
implica tacitamente na proposição de sanções quando de sua infringência, tal como no 
esporte o descumprir da regra implica na falta, e estas sanções necessitam menos 
castigar que orientar menos punir e bem mais relevar o sentido e a significação de se 
viver em grupos. 
Isto mudará o mundo fora da escola, além do entorno e de sua comunidade? 
Ocorrerá a restauração da fila e o voltar do respeito? Impossível ter certeza, mas ainda 
sem ela fica a convicção de que se a comunidade não fizer da sala de aula o seu 
espelho, ao menos os alunos e mestres desta sala a transformarão em abrigo sereno 
que sonha transformar-se em pequenino modelo para uma comunidade melhor. 
Celso Antunes 
Disponível em http://www.celsoantunes.com.br/pt/textos_exibir.php?tipo=textos&id=18- 
acesso em maio de 2014 
http://www.celsoantunes.com.br/pt/textos_exibir.php?tipo=textos&id=18-
26 
 
 
• Ao final do estudo do capítulo você deverá ser capaz de : 
• Citar a principal diferença na concepção de ensinar no passado e atualmente. 
• Identificar a importância de aprender a aprender, processo no qual o professor 
orienta e o aluno é o sujeito ativo da aprendizagem. 
• Entender a necessidade da motivação e da boa relação professor-aluno para o 
sucesso da aprendizagem. 
 
 
6 – O ENSINO E A APRENDIZAGEM NA VIDA HUMANA 
 
No nosso dia a dia profissional as palavras ensino e aprendizagem são 
comumente utilizadas. 
 
 
Mas será que sabemos exatamente o que cada uma quer dizer? 
Comecemos por ensino. 
Etimologicamente ensinar é “colocar dentro”. Desse conceito nasceu a 
conceituação tradicional de ensino: ensinar é transmitir conhecimento. As aulas são 
expositivas e explicativas. O professor “dá” aula sobre um determinado assunto e 
espera-se que o aluno seja capaz de reproduzir exatamente o que lhe foi passado. Fica 
a imagem de páginas em branco a serem preenchidas. 
As tendências renovadas e progressistas da Educação criticam esse tipo de 
ensino e elaboram então uma nova definição: ensinar é criar condições de 
aprendizagem. O importante não é aprender, mas aprender a aprender. O professor é o 
estimulador e orientador da aprendizagem e o aluno, sujeito ativo da prática educativa. 
Se o objetivo do ensino é a aprendizagem, o que é efetivamente aprendizagem? 
Vamos pensar em nós mesmos como aprendizes. Quando é 
que temos certeza de que aprendemos algo? Em quais situações nos foi possível 
confirmar que adquirimos esse ou aquele conhecimento? Como nos sentimos? 
27 
 
 
IMPORTANTE 
Aprender não significa somente adquirir informação. Aprender é um processo de 
aquisição e assimilação de novas idéias e modos de perceber, ser, pensar e agir. 
Desse modo podemos dizer que aprender é mudar de comportamento, passar a 
ter outra visão a partir de então. 
 
 
Há uma classificação sobre tipos de aprendizagem largamente utilizada e que nos 
ajuda a valorizar igualmente todos os caminhos que usamos para aprender: 
aprendizagem motora,aprendizagem cognitiva, aprendizagem afetiva. 
Dessa forma podemos entender como sendo aprendizagens motoras aquelas que 
se referem a aprender a andar de bicicleta ou aprender a escrever. 
Quando estamos aprendendo um idioma, adquirindo informação e conhecimento 
sobre uma nova língua, podemos dizer que o predomínio é da aprendizagem cognitiva. 
Para apreciarmos uma obra de arte entram em cena aspectos ligados aos 
sentimentos e emoções. Podemos considerar essa com aprendizagem como afetiva. 
 
 
 
1. Para que aprendamos é necessário que queiramos aprender. 
2. Só aprendemos com quem permitimos nos ensinar. 
Por isso é extremamente importante que nós, professores, saibamos motivar 
nossos alunos e saibamos também estabelecer vínculos positivos com eles. 
Mas como conseguiremos? 
Criando situações favoráveis à aprendizagem por meio de uma variedade de 
recursos, métodos e procedimentos de ensino. 
Aprendizagem 
Conjunto de atividades que conduz a pessoa a transformar-se, adquirindo novos 
hábitos, atitudes e habilidades decorrentes da construção do 
conhecimento.(ANTUNES,2001,P81) 
28 
 
 
 
 
 
Trabalho docente como trabalho interativo, a aula como processo 
comunicacional 
 
Os processos de ensino e aprendizagem sustentam-se em formas de relação e 
comunicação intencional entre o professor e os alunos. Não é novidade dizer que a 
escola, a sala de aula são os espaços onde se possibilita a comunicação educativa. O 
novo talvez seja a multiplicação e autonomia de meios de informação, para muito além 
da escola, instituindo uma escola paralela mais poderosa que a sala de aula. Isso 
significa que a aula e o livro didático deixaram de ser as únicas fontes doconhecimento. 
É inquestionável o fato de que vem aumentando dia a dia a presença dos meios de 
comunicação e a participação dos computadores na aprendizagem. 
Assim como surgem facilidades de acessar, selecionar e processar informações. 
Entre os meios de comunicação, a TV se destaca como prática educativa, intervindo na 
construção da nossa subjetividade. Ela constrói uma imagem do mundo e produz 
significados para o real, ela oculta processos de produção de sentido, de modo que a 
atenção do telespectador mantém-se no que é mostrado e não no modo como é 
apresentado. 
A formação de professores precisa incluir no currículo a alfabetização tecnológica 
e o conhecimento e utilização dos meios de comunicação. É preciso preparar 
professores e alunos não só para utilizarem esses equipamentos, de modo que 
usufruam de suas possibilidades, mas, principalmente, que aprendam a fazer intervir o 
conhecimento, a cultura elaborada, para atribuir significado à informação vinda das 
mídias. 
Parece fundamental que tomemos consciência de que, quanto mais se desenvolve 
a informação e a comunicação, mais competência cognitiva se requer. 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
29 
 
 
As perguntas didáticas que devemos nos fazer são as seguintes: como o aluno 
pode aprender a reordenar e reestruturar a informação que lhe chega fragmentada e em 
mosaico pelos meios de comunicação de massa? Como trabalhar em sala de aula para 
preencher as lacunas do que não foi apreendido, ensinar os alunos a estabelecer 
distâncias críticas com o que é veiculado pelos meios de comunicação? 
A par disso, os professores precisam aprimorar as técnicas de comunicação 
docente: buscar formas mais eficientes de expor e explicar conceitos e de organizar a 
informação, de mostrar objetos ou demonstrar processos, postura corporal, controle da 
voz, uso de meios de comunicação na sala de aula. Importante, também, considerar o 
ambiente ou contexto físico da comunicação educativa, como é o caso da organização 
do espaço da sala de aula. 
LIBÂNEO,. (2002, p.40) 
30 
 
 
• Ao final do estudo do capítulo você deverá ser capaz de : 
• Identificar a necessidade de um planejamento no sistema, na escola, num curso e 
em cada aula. 
• Entender que o planejamento torna o ensino mais eficiente, evita a rotina e a perda 
de tempo bem como a improvisação 
 
7 – PLANEJAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA 
Planejar é uma das ações que mais praticamos no nosso dia a dia. Planejamos a 
hora de dormir, de acordar, o que vestir o que comer e quais atividades a executar. Mas 
na Educação onde entra o planejamento? 
 
 
 
Na área educativa, há vários níveis de planejamento: 
Planejamento de um sistema educacional – O planejamento é feito em nível 
nacional, estadual, municipal. Cabendo aos órgãos públicos competentes a sua 
elaboração. 
Planejamento Escolar 
É o processo de escolhas dos objetivos a serem alcançados e a previsão das 
ações pedagógicas e administrativas que devem ser executadas por toda a equipe 
escolar. 
Planejamento Curricular 
É formulação dos objetivos educacionais gerais expressos na legislação 
específica. 
Planejamento de Ensino 
É a elaboração das ações e procedimentos que o docente realizará visando atingir 
os objetivos educacionais estabelecidos. 
31 
 
 
 
 
Existem três tipos de planejamento de ensino: 
 
Planejamento de curso: 
É a previsão dos conhecimentos a serem desenvolvidos e das atividades a serem 
realizadas em uma determinada turma,em geral durante um ano letivo. 
Planejamento de unidade: 
É uma especificação maior do plano de curso onde se escolhe uma temática 
abrangente para ser desenvolvida. 
Planejamento de aula: 
É a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo ou num tempo 
de aula. 
Pelo exposto até aqui, nem é preciso enfatizar o quanto as atividades de 
planejamento são importantes e essenciais para a realização da nossa prática 
educativa. 
De maneira bem simples podemos apontar algumas vantagens de um trabalho 
planejado. 
A improvisação e a rotina são afastadas, sendo assim, temos maior possibilidade 
de conduzir com segurança a direção do ensino, com economia de tempo e energia. Um 
planejamento bem feito também possibilitará a eficiência do ensino contribuindo para a 
realização dos objetivos estabelecidos e tornando mais provável a aprendizagem dos 
educandos. 
32 
 
 
 
 
Uma pequena fábula 
Certa vez um cavalo-marinho pegou suas economias e saiu em busca de fortuna. 
Não havia andando muito, quando encontrou uma águia que lhe disse: 
- Bom dia, amigo. Para onde vai? 
- Vou em busca de fortuna – respondeu o cavalo-marinho com muito orgulho. 
-Esta com sorte – disse a águia. Pela metade do seu dinheiro deixo que leve esta 
asa, para que possa chegar mais rápido. 
- Que bom! Disse o cavalo-marinho. Pagou-lhe, colocou a asa e saiu como um 
raio. Logo encontrou uma esponja, que lhe disse: 
- Bom amigo. Para onde vai com tanta pressa? 
- Vou em busca da fortuna – respondeu o cavalo marinho. 
- Está com sorte – disse a esponja. Vendo-lhe este scotter de propulsão por 
muito pouco dinheiro para que chegue mais rápido. 
Foi assim que o cavalo-marinho pagou o resto do seu dinheiro pelos scotter e 
sulcou os mares com velocidade quintuplicada. De repente encontrou um tubarão 
que lhe disse: 
- Para onde você vai, meu bom amigo? 
- vou em busca da fortuna – respondeu o cavalo-marinho. 
- Está com sorte. Se tomar este atalho – disse o tubarão, apontando par a sua 
imensa boca – “ganhará muito tempo”. 
- Está bem, eu lhe agradeço muito – disse o cavalo-marinho, e se lançou ao 
interior do tubarão, sendo devorado. 
MAGER (1972 , p.11) 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
Moral da história: Se o professor não 
tem certeza para onde vai, isto é, sem 
se planejar, pode acabar não indo 
onde pretendia. 
33 
 
 
• Ao final do estudo do capítulo você deverá ser capaz de : 
• Elaborar um plano com seus principais componentes tais como identificação, 
objetivos, conteúdo, estratégias, formas de avaliação. 
• Compreender os diversos tipos de objetivos para traçá-los com eficácia . 
• Estabelecer conteúdos mínimos para cada ano escolar e cada unidade, 
independente do livro didático adotado. 
• Usar a avaliação como orientação para os próximos passos na prática docente. 
8 – PLANO: MATERIALIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO 
 
Para que possamos efetivamente executar o que foi proposto é necessário que 
tenhamos um plano de ação, isto é, um documento escrito que torne real um 
determinado momento do planejamento, apresentando de forma organizada um 
conjunto de decisões. 
 
 
 
Vejamos então, os componentes de um plano: 
 
 
1 – Identificação – Como o próprio nome diz é identificar, relacionar as principais 
características, como a disciplina a que se refere, para quantas turmas, e etc. 
2 – Objetivos – É a descrição do que se pretende alcançar como resultado da 
ação docente indicando aquilo que se espera que o aluno seja capaz de realizar como 
conseqüência da atividade proposta. 
Os objetivos podem ser: 
- gerais: são aqueles mais abrangentes que poderão ser alcançados ao final de 
uma série. 
- específicos: são aqueles alcançáveis em menor tempo, como por exemplo, ao 
final de uma aula. 
Num plano também devem ser observados três categorias de objetivos: 
 
 
- objetivos de conhecimento: referentes ao conteúdos mis específico a ser 
adquirido pelos alunos. 
- objetivos de habilidades: referem-se a tudo que o aluno aprenderá a fazer 
intelectualmente. 
34 
 
 
Fique atento 
- objetivos de atitudes: São aqueles que visam ao desenvolvimento de 
comportamentos éticos. 
 
3 – Conteúdos – É o conjunto de proposições ou assuntos que serão estudados 
durante o curso em cada disciplina. Os conteúdos, por sua vez, podem ser organizados 
em unidades, com duração em torno de duas a quatro semanas. 
 
Em grande parte de nossas escolas o livro didático é ainda utilizado como base 
para a escolhados nossos conteúdos, ou até, os conteúdos nele inseridos são a única 
fonte de informação. 
Por isso, colega professor, é importante que tenhamos conhecimentos dos 
conteúdos mínimos necessários a cada ano escolar para que não sejamos nós a impedir 
que o nosso aluno tenha acesso a toda informação necessária a seu desenvolvimento. 
Já que entendemos que o livro didático não pode ser a única fonte de informação, 
o que mais podemos utilizar? Que tal buscarmos artigos de revista, jornais, charges, 
tirinhas de história em quadrinhos, novelas, blogs e todo tipo de diversidade textual que 
faz parte da nossa prática social. 
 
4 – Estratégias – São os meios de que o professor se utiliza para facilitar a 
aprendizagem. Esses meios incluem as técnicas de ensino, recursos audiovisuais, 
físicos, humanos e tecnológicos. 
Quais as melhores estratégias? Aquelas que sejam significativas para os nossos 
alunos, que os desafiem, que os façam pensar, refletir. 
 
5 – Avaliação – Momento crucial da aprendizagem. Para alguns, sinônimo de 
testes, provas aos quais se atribui uma nota. Conceito tradicional de avaliação. 
Modernamente diz-se que a avaliação acompanha todo o processo de 
aprendizagem, servindo como um diagnóstico desse mesmo processo. 
35 
 
 
IMPORTANTE 
Avaliar é momento chave na atividade do professor e implica em dizer que a 
avaliação serve como um guia orientador das futuras ações. O desempenho da turma 
orientará o rumo da nossa prática docente. 
O que eles já sabem em relação a esse conteúdo? 
O que falta para eles assimilarem as idéias propostas? 
 
 
Use variadas formas de avaliação e lembre-se que a prova é só uma delas. 
Outras técnicas avaliativas: trabalhos e pesquisas (individuais ou em grupo), 
soluções de casos, entrevistas, debates e outras formas de expressão adequadas ao 
nível da turma. 
6 – Cronograma – Indica o que será feito com a carga horária semanal, semestral 
e anual de que se dispõe. 
 
7 – Bibliografia – Se refere aos textos que serão utilizados tanto os do professor 
quanto o dos alunos.para serem estudados na sala de aula. 
37 
 
 
 
 
Modelo plano de curso 
Identificação 
Escola: Série/período: 
Disciplina: Ano letivo: 
Curso: Professor: 
Número previsto de aulas: 
Objetivos gerais 
 
 
 
Objetivos específicos 
 
 
 
Conteúdo: 
Estratégias 
Procedimentos de ensino: 
 
Recursos 
 
Tempo provável 
Formas de avaliação 
 
Bibliografia 
 
 
38 
 
 
 
 
Modelo de Planejamento de unidade 
Identificação 
Escola: Série/período: 
Disciplina: Ano letivo: 
Curso: Professor: 
Número previsto de aulas: 
 
Tema central 
 
 
 
 
 
Apresentação 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
 
 
 
 
 
Integração 
 
 
39 
 
 
Modelo plano de aula 
 
 
Identificação 
Escola: Série/ano/período: 
Disciplina: Ano letivo: 
Curso: Professor: 
Número previsto de aulas: 
 
Tema central 
 
 
 
 
Objetivos específicos 
 
 
 
 
 
Conteúdo: 
 
 
Estratégias 
Procedimentos de ensino: 
 
Recursos: 
 
Tempo provável: 
Formas de avaliação: 
Bibliografia 
 
 
 
 
40 
 
 
• .Ao final da unidade você deverá ser capaz de : 
• Identificar os conhecimentos indispensáveis à prática docente consciente 
• Entender a importância do domínio do conteúdo, do conhecimento pedagógico e dos 
princípios éticos e políticos 
• Valorizar o trabalho em equipe na escola com seus companheiros de caminhada e 
na sala de aula permitindo que seus alunos desenvolvam a consciência crítica em 
relação à vida, ao ambiente e a si próprios. 
 
9 - SABERES E FAZERES DOCENTES NECESSÁRIOS A UMA PRÁTICA 
REFLEXIVA 
 
Além de conhecermos as diversas possibilidades didáticas descritas ao longo do 
módulo, se faz necessário também que conheçamos os caminhos que alguns autores, 
especialistas da Educação, nos apontam como sendo caminhos para que possamos agir 
de maneira crítica e reflexiva. 
 
 
 
9-1-Os saberes docentes necessários a uma prática reflexiva 
 
 
Muitos autores abordam os Saberes necessários para aplicação de uma boa 
prática docente. Apresentamos a visão de duas autoras : Alarcão e Aranha. 
 Para Alarcão (2004),autora de muitas obras dentro dessa temática 
os saberes necessários a uma prática docente reflexiva são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/133/artigo233320- 
1.asp Acesso em maio de 2014 
http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/133/artigo233320-
41 
 
 
 
 
De acordo com Alarcão (2004) para que o educador construa sua fundamentação 
teórica e desenvolva a aprendizagem poderá apoiar-se em três atividades: na pesquisa- 
ação, na aprendizagem experiencial e na abordagem reflexiva. Na pesquisa-ação 
deverá solucionar um problema, e como tal, terá que caracterizá-lo, conceituá-lo, enfim, 
adquirir conhecimentos que possibilitem a resolução desse. A aprendizagem 
experiencial, por sua vez, compreende quatro fases: experiência concreta, observação 
reflexiva, conceitualização ativa e experimentação também ativa. Tendo em mente 
• o conhecimento científico pedagógico – Saber organizar o conteúdo de 
maneira a torná-lo compreensível para o aluno. 
• o conhecimento do conteúdo disciplinar – Domínio da matéria a ser ensinada. 
• o conhecimento do aluno e das suas características – Compreender o 
passado e presente do seu educando, como sujeito histórico e aprendente que 
ele é. 
• o conhecimento do contexto – Conhecer o espaço social, com suas regras e 
valores, na qual o seu aluno está inserido. 
• o conhecimento dos fins educativos – Consciência plena dos objetivos 
educativos a serem alcançados. 
• o conhecimento de si mesmo – A necessidade que o professor, profissional do 
humano, tem de ter conhecimento do que faz, do que pensa e do que diz. 
• o conhecimento da filiação profissional – Conhecer os sabores e dissabores, 
lutas e conquistas travadas ao longo da história do processo de 
profissionalização da ação educadora. 
42 
 
 
esses conceitos, os mesmos servirão de orientação numa pesquisa-ação cada vez mais 
eficaz e que culminará com uma abordagem reflexiva. 
Aranha (2006) destaca três aspectos importantes na 
formação do professor: qualificação, pelo qual se busca garantir a competência do 
professor por meio do domínio do conteúdo, dentro da área escolhida; formação 
pedagógica, através da qual o professor terá acesso às contribuições das ciências 
auxiliares da educação bem como aos recursos tecnológicos que lhe permitam 
potencializar a prática docente e por último a formação ética e política que lhe permita 
desenvolver um trabalho transformador que viabilize a construção de um mundo melhor. 
9-1-1 Desaprendendo a lição 
Para Santos (2006) além de aprender os saberes essenciais à ação educativa, o 
professor também precisa desaprender. Desaprender hábitos que foram sedimentados, 
há séculos, por crenças provenientes do senso comum. São oito, os hábitos que 
deverão ser desaprendidos pelos docentes: 
1º Ensinar é falar – O professor que melhor fala é o que melhor ensina; 
2º Professor fala e aluno ouve – A aprendizagem é maior quanto mais 
atenciosamente os alunos ouvem o professor; 
3º Aprender é reproduzir – Aprender é reproduzir o que está pronto; 
4º Errar é o contrário de acertar – Quando ocorre o erro é porque não houve 
alguma aprendizagem; 
5º Bom aluno é aluno obediente – O aluno deve fazer, sem questionar, tudo o 
que o professor ordenar; 
6º Só se ensina seguindo-se a fórmula: início, meio e fim – Não seguir a 
estrutura “lógica” do conhecimento impede o aluno de aprender; 
43 
 
 
Atividade 
7º Avaliação éinstrumento de manutenção do poder – Se o aluno não for 
submetido à tensão de uma avaliação, ele não dá o valor merecido ao processo 
de aprendizagem; 
8º Indisciplina é sempre falta de respeito – Indisciplina é sempre sinal de 
desinteresse infundado. 
É ainda Santos (2006) que ressalta que a mudança de hábitos é dolorosa, mas 
ela se faz necessária. Sendo assim, é preciso a aprender a “desaprender” este modelo 
de ensinar que não atende mais a demanda da sociedade atual. 
 
 
Você pensa como o autor a respeito da necessidade de 
desaprender a lição? 
Em que aspecto você se coloca de forma discordante em 
relação às propostas 
desse autor? 
 
 
9-2 Fazeres Docentes em Paulo Freire 
Colocar em prática aspectos da reflexão que estamos desenvolvendo trazem ,por 
outro lado ,algumas recomendações. 
Segundo Freire (2001) o pressuposto básico da prática educativa é que ensinar 
não é transferir conhecimento, mas sim criar possibilidades para a sua produção ou 
construção. No entanto o autor pontua que cabe ao professor, no seu processo de 
formação, perceber-se como alguém construtor do seu próprio conhecimento e, não 
simplesmente um sujeito inserido na relação professor - formador aquele que forma, e 
objeto-aluno, aquele que foi formado. 
“Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” (Freire, 
2001, p.25). 
De acordo com Freire (2001) as exigências do ato de ensinar são: 
• Rigorosidade metódica entendida como um rigor no método que possibilite 
aprender criticamente situando-se como “sujeitos da construção da reconstrução do 
saber ensinado”. Depreende o autor ainda que a tarefa docente não se limite 
44 
 
 
apenas aos conteúdos, mas também ensinar a pensar certo.. 
• Pesquisa- Freire aponta que não há ensino sem pesquisa e nem pesquisa sem 
ensino. Assim o ato de pesquisar tem como objetivo conhecer o que não é 
conhecido e comunicar o que foi descoberto. 
• Respeito aos saberes do educando acrescentando que mais do que respeitar os 
saberes dos educandos, é necessário levá-los a refletir sobre a condição que vivem 
e o que podem fazer para melhorá-la. 
• Estética e ética - postula que o ato educativo não se dá alheio a formação moral do 
educando, desta forma a ética deverá dirigir esta relação. 
• A corporeificação das palavras pelo exemplo - nesse ponto Freire enfatiza que as 
ações do educador devem ter ligação com a sua fala, pois caso contrário cai no 
descrédito e o vínculo ensino-aprendizagem se desfaz. 
Segundo o mesmo autor o ato de ensinar envolve risco, necessidade de 
aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação, isso leva a pensar e 
repensar sobre a importância da tolerância . O fazer pedagógico prevê ainda a 
convicção de que a mudança é possível e que o educador precisa ter segurança, 
competência profissional, generosidade, alegria e confiança. Por fim e como mais forte 
argumento completa : 
• Ensinar exige querer bem aos Educandos 
Não sendo superior nem inferior a outra prática profissional, a minha, que é a prática 
docente, exige de mim um alto nível de responsabilidade ética de que a minha própria 
capacitação científica faz parte. É que lido com gente. Lido, por isso mesmo, 
independente do discurso ideológico negador dos sonhos e das utopias, como os 
sonhos, as esperanças tímidas, às vezes, mas às vezes, fortes, dos educando. Se não 
posso, de um lado, estimular os sonhos impossíveis, não devo, de outro negar a quem 
sonha o direito de sonhar. Lido com gente e não com coisas. (FREIRE, 1996, p.163) 
9-3 As competências para ensinar de acordo com Perrenoud 
Para Perrenoud (1999) a prática reflexiva deve estar aliada à participação crítica e 
à profissionalização docente. Segundo o autor, estas são orientações prioritárias para a 
formação dos professores, pois supõe que o saber docente implica no desenvolvimento 
de dez competências que sejam capazes de dar suporte a prática reflexiva. 
Perrenoud (1999) relaciona então o que é imprescindível saber para ensinar bem, 
numa sociedade em que a informação está cada vez mais acessível às pessoas. 
45 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
Para que você melhor conheça as competências abordadas pelo autor 
apresentamos exemplos, em forma de objetivos . 
 
1. Organizar e coordenar as situações de aprendizagem 
Objetivos específicos 
• Conhecer, para uma dada disciplina, os conteúdos a ensinar e sua tradução em 
objetivos de aprendizagem, 
• Trabalhar a partir das representações dos alunos; 
• Construir e planificar dispositivos e seqüências didáticas; 
• Engajar os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento. 
2. Gerir a progressão das aprendizagens 
Objetivos específicos 
• Conceber e gerir situações-problemas adequadas aos níveis e possibilidades 
dos alunos; 
• Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino; 
• Estabelecer vínculos com as teorias subjacentes de aprendizagem, segundo 
uma abordagem formativa; 
• Fazer balanços periódicos de competência e tomar decisões de progressão; 
3. Conceber e fazer evoluir dispositivos de diferenciação 
Objetivos específicos 
• Gerir a heterogeneidade no interior do grupo classe; 
• Superar barreiras, ampliar a gestão da classe para um espaço mais vasto; 
• Praticar o apoio integrado, trabalhar com os alunos com grande dificuldade; 
• Desenvolver a cooperação entre alunos e algumas formas simples de ensino 
mútuo. 
4. Envolver os alunos em sua aprendizagem e seu trabalho 
Objetivos específicos 
• Suscitar o desejo de aprender e desenvolver a capacidade de auto-avaliação 
• Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno. 
47 
 
 
Atividade 
 
 
5. Trabalhar em equipe 
Objetivos específicos 
• Elaborar um projeto de equipe; 
• Confrontar e analisar juntos situações complexas, práticas e problemas 
profissionais. 
6. Participar da gestão escolar 
Objetivos específicos 
• Elaborar e negociar um projeto da escola. 
7. Informar e envolver os pais 
Objetivos específicos 
• Envolver os pais na valorização da construção de saberes. 
8. Servir-se de novas tecnologias 
Objetivos específicos 
• Explorar as potencialidades didáticas de programas com relação aos objetivos 
das várias áreas de domínios do ensino. 
9. Enfrentar os deveres e dilemas éticos da profissão 
Objetivos específicos 
• Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais; 
• Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação em classe. 
10. Gerir sua própria formação contínua. 
Objetivos específicos 
• Fazer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de 
formação contínua. 
 
 
 
Dentre as competências para ensinar abordadas por Perrenoud (p.46 e 47) , selecione a 
que você julga mais importante e exponha seu ponto de vista determinando o porquê da 
sua escolha. 
48 
 
 
 
 
9-4 Outras ideias sobre a formação do professor 
De acordo com Libâneo (2004) o docente precisa assumir-se como mediador entre 
o aluno e o conhecimento e sempre considerando os conhecimentos e a experiência 
que esse traz para sala de aula. 
Ressalta alguns tópicos : 
✓ o trabalho interdisciplinar, é a melhor forma para se compreender a 
realidade e tornar-se capaz de transformá-la. 
✓ é essencial que o professor conheça estratégias de como ensinar a pensar. 
✓ é necessário reconhecer o impacto das novas tecnologias da comunicação 
e trazê-las para dentro do ambiente escolar. 
✓ também que se faz necessário atender a diversidade cultural respeitando 
as diferenças/subjetividades próprias de todo ser humano. 
✓ a dimensão afetiva do processo ensino-aprendizagem e conclui 
ressaltando que é preciso saber orientar os discentes em relação aos 
valores. 
Segundo Moretto (2004) professor competente é aquele que : 
é conhecedor dos conteúdos relativos ao fato abordado. 
é capaz de desenvolver habilidades. A referida habilidade estará sempre 
associada a uma ação física ou mental, indicadora de umacapacidade 
adquirida, num campo especifico. 
faz uso da linguagem adequada, embasada na teoria e na prática, 
é conhecedor dos valores culturais que orientam a vida dos seus 
educandos. 
O quinto recurso, além de ser interiorizado e explicitado através das ações, 
a serem desenvolvidas, é aprender a administrar as emoções. 
Martins (2006) afirma que o professor do século XXI é aquele que, além da 
competência, habilidade interpessoal e equilíbrio emocional, tem juntamente com todas 
essas características, a consciência de que mais importante do que o desenvolvimento 
cognitivo é levar em conta que o respeito às diferenças está acima de toda pedagogia. 
49 
 
 
 
 
 
Para o referido autor são dez os passos para uma pedagogia do desenvolvimento 
humano: 
 
 
Será que estamos prontos para desenvolver todas essas capacidades, habilidades 
e competências? Nenhum profissional nasce pronto. A competência se estabelece 
através da experiência, da prática reflexiva e da busca contínua pela formação. 
Por isso não se esqueça este curso deve ser somente o primeiro passo da grande 
jornada de construção e exercício da sua prática docente. 
 
 
1- Releia as ponderações de Alarcão e Freire ( p.41 a 47 do nosso material). 
Aponte um aspecto de semelhança entre as propostas deles, transcrevendo-os e 
explicando-os. 
2- A partir das proposições de Moreto e Martins (p.48a 50 do nosso 
material) Transcreva um aspecto comum na proposta dos autores. 
Atividade 
1º - Aprimorar o educando como pessoa humana; 
2º - Preparar o educando para o exercício da cidadania; 
3º - Construir uma escola democrática; 
4º - Qualificar o educando para progredir no mundo do trabalho; 
5º - Fortalecer a solidariedade humana, 
6º - Fortalecer a tolerância recíproca; 
7º - Zelar pela aprendizagem dos alunos; 
8º - Colaborar na articulação da escola com a família; 
9º - Participar ativamente da proposta pedagógica da escola; 
10º - Respeitar as diferenças. 
50 
 
 
 
 
O essencial da didática e o trabalho de professor 
 
 
Os alunos mais velhos comentam entre si: “Gosto dessa professora porque ela 
tem didática”. Os mais novos costumam dizer que com aquela professora eles 
gostam de aprender. Provavelmente, o que os alunos querem dizer é que essas 
professoras têm um modo acertado de dar aula, que ensinam bem, que com eles, 
de fato, aprendem. 
Então, o que é ter didática? A didática pode ajudar os alunos a melhorarem seu 
aproveitamento escolar? O que uma professora precisa conhecer de didática, para 
que possa melhorar o seu trabalho docente? 
Acredito que a maioria do professorado tem como principal objetivo do seu 
trabalho conseguir que seus alunos aprendam da melhor forma possível. Por mais 
limitações que uma professora possa ter (falta de tempo para preparar aulas, falta 
de material de consulta, insuficiente domínio da matéria e dos métodos de ensino, 
desânimo por causa da desvalorização profissional etc.), quando a professora entra 
na sua classe, ela tem consciência de sua responsabilidade em proporcionar aos 
alunos um bom ensino. Apesar disso, saberá ela fazer um bom ensino, de modo 
que os alunos aprendam melhor? 
Há diversos tipos de professores no Ensino Fundamental. Os mais tradicionais 
contentam-se em transmitir a matéria que está no livro didático. Suas aulas são 
sempre iguais, o método de ensino é quase o mesmo para todas as matérias, 
independentemente da idade e das características individuais e sociais dos alunos. 
Pode até ser que esse método de passar a matéria, dar exercícios e depois cobrar o 
conteúdo numa prova, dê alguns bons resultados. O mais comum, no entanto, é o 
aluno memorizar o que o professor fala decorar o livro didático e mecanizar 
fórmulas, definições etc. Esse tipo de aprendizagem (vamos chamá-la de mecânica, 
repetitiva) não é duradoura. Na verdade, aluno com uma aprendizagem de 
qualidade é aquele que desenvolve raciocínio próprio, que sabe lidar com os 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
51 
 
 
conceitos e faz relações entre um conceito e outro, que sabe aplicar o 
conhecimento em situações novas ou diferentes, seja na sala de aula seja fora da 
escola, que sabe explicar uma idéia com suas próprias palavras. 
Há professores tradicionais que sabem ensinar os alunos a aprender assim, mas 
a maioria deles não se dá conta de que a aprendizagem duradoura é aquela pela 
qual os alunos aprendem a lidar de forma independente com os conhecimentos. 
Os professores que se julgam mais atualizados (vamos chamá-los de 
progressistas) variam bastante os métodos de ensino. Preocupam-se mais com as 
diferenças individuais e sociais dos alunos, costumam fazer trabalho em grupo ou 
estudo dirigido, tentam usar mais diálogo no relacionamento com as crianças, são 
mais amorosos. Essa forma de trabalho didático é, sem dúvida, bem mais acertada 
do que a tradicional. Entretanto, quase sempre acabam tendo um entendimento de 
aprendizagem parecido com o tradicional. Na hora de cobrar os resultados do 
processo de ensino, pedem a memorização, a repetição de fórmulas e definições. 
Mesmo utilizando técnicas ativas e respeitando mais o aluno, fica a atividade pela 
atividade. Ou seja, muitos professores não sabem como ajudar o aluno a, através 
de uma atividade, elaborar de forma consciente e independente o conhecimento. 
Em outras palavras, as atividades que organiza para os alunos não os levam a uma 
atividade mental, não levam os alunos a adquirirem métodos de pensamento, 
habilidades e capacidades mentais para poderem lidar de forma independente e 
criativa com os conhecimentos que vão assimilando. (LIBÂNEO ,2002, p. 4) 
 
1- Que limitações são apontadas ao trabalho docente de acordo com o autor? 
2- Por que Libâneo pondera que os professores sejam tradicionais ou progressistas 
muitas vezes utilizam a atividade pela atividade? 
 
 
E quanto a você caro cursista, já pensou que tipo de professor 
será? Escreva suas ideias acerca deste tão importante assunto. 
Atividade 
52 
 
 
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