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1 Contabilidade Publica Campo De Aplicação O campo de aplicação da Contabilidade é restrito à administração, nos seus quatro níveis de go- verno: Federal, Estadual, Municipal e Distrito Fe- deral, bem como as suas Autarquias e Funda- ções. O campo de atuação da Contabilidade Aplicada à Administração Pública Federal, após o advento do SIAFI - SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO FI- NANCEIRA DO GOVERNO FEDERAL, em 1987, começou a expandir-se e hoje já alcança a em- presas públicas e algumas empresas de econo- mia mista que participam do Orçamento Fiscal e de Seguridade. RESUMINDO, TEMOS: Legislação A contabilização dos atos e fatos administrativos, bem como a elaboração de balanços e demons- trativos contábeis, orçamentários e financeiros, obedecem às normas gerais estatuídas pela Lei 4.320, de 17.03.64 e a Instrução Normativa da Coordenação Geral de Contabilidade da Secreta- ria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazen- da, de nr.08, de 05.11.93 A Lei 4.320, de 17.03.64 Estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Dis- trito Federal. Os principais artigos que se referem à Contabili- dade são: Do exercício financeiro - artigos 34 e 35 Do superávit financeiro - artigo 43 Da contabilidade - artigos 83 a 85 e 87 a 89 Da contabilidade orçamentária e financeira - artigos 90, 91 e 93 Da contabilidade patrimonial - artigos 94 a 100 Dos balanços - artigos 101 a 106 TÍTULO IX Da Contabilidade CAPÍTULO I Disposições Gerais Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados. Art. 84. Ressalvada a competência do Tribu- nal de Contas ou órgão equivalente, a tomada de contas dos agentes responsáveis por bens ou dinheiros públicos será realizada ou superintendi- da pelos serviços de contabilidade. Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompa- nhamento da execução orçamentária, o conheci- mento da composição patrimonial, a determina- ção dos custos dos serviços industriais, o levan- tamento dos balanços gerais, a análise e a inter- pretação dos resultados econômicos e financei- ros. Art. 86. A escrituração sintética das opera- ções financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das partidas dobradas. Art. 87. Haverá contrôle contábil dos direitos e obrigações oriundos de ajustes ou contratos em que a administração pública fôr parte. Art. 88. Os débitos e créditos serão escritu- rados com individuação do devedor ou do credor e especificação da natureza, importância e data do vencimento, quando fixada. Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira patrimonial e industrial. CAPÍTULO II Da Contabilidade Orçamentária e Financeira Art. 90 A contabilidade deverá evidenciar, em seus registros, o montante dos créditos orça- mentários vigentes, a despesa empenhada e a 2 despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis. Art. 91. O registro contábil da receita e da despesa far-se-á de acôrdo com as especifica- ções constantes da Lei de Orçamento e dos cré- ditos adicionais. Art. 92. A dívida flutuante compreende: I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; II - os serviços da dívida a pagar; III - os depósitos; IV - os débitos de tesouraria. Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distin- guindo-se as despesas processadas das não processadas. Art. 93. Tôdas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas na execução orçamentária, serão também objeto de registro, individuação e contrô- le contábil. CAPÍTULO III Da Contabilidade Patrimonial e Industrial Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita carac- terização de cada um dêles e dos agentes res- ponsáveis pela sua guarda e administração. Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis. Art. 96. O levantamento geral dos bens mó- veis e imóveis terá por base o inventário analítico de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração sintética na contabilidade. Art. 97. Para fins orçamentários e determi- nação dos devedores, ter-se-á o registro contábil das receitas patrimoniais, fiscalizando-se sua efetivação. Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Parágrafo único. A dívida fundada será escri- turada com individuação e especificações que permitam verificar, a qualquer momento, a posi- ção dos empréstimos, bem como os respectivos serviços de amortização e juros. Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como emprêsa públi- ca ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resul- tados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeira comum. Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da exe- cução orçamentária, bem como as variações in- dependentes dessa execução e as superveniên- cias e insubsistência ativas e passivas, constitui- rão elementos da conta patrimonial. CAPÍTULO IV Dos Balanços Art. 101. Os resultados gerais do exercício serão demonstrados no Balanço Orçamentário, no Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial, na Demonstração das Variações Patrimoniais, segundo os Anexos números 12, 13, 14 e 15 e os quadros demonstrativos constantes dos Anexos números 1, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 16 e 17. Art. 102. O Balanço Orçamentário demons- trará as receitas e despesas previstas em con- fronto com as realizadas. Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie proveniente do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. Parágrafo único. Os Restos a Pagar do e- xercício serão computados na receita extra- orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária. Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm#veto http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm#anexo 3 Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstra- rá: I - O Ativo Financeiro; II - O Ativo Permanente; III - O Passivo Financeiro; IV - O Passivo Permanente; V - O Saldo Patrimonial; VI - As Contas de Compensação. § 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores nume- rários. § 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alie- nação dependa de autorização legislativa. § 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outras pagamento independa de autorização orçamentária. § 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou res- gate. § 5º Nas contasde compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situa- ções não compreendidas nos parágrafos anterio- res e que, imediata ou indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio. Art. 106. A avaliação dos elementos patri- moniais obedecerá as normas seguintes: I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conver- são, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço; II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de cons- trução; III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras. § 1° Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes im- portâncias em moeda nacional. § 2º As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas à conta patrimonial. § 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis. Lei n 101 de 2000 Seção II Dos Limites da Dívida Pública e das Opera- ções de Crédito Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação desta Lei Complementar, o Presidente da República submeterá ao: I - Senado Federal: proposta de limites glo- bais para o montante da dívida consolidada da União, Estados e Municípios, cumprindo o que estabelece o inciso VI do art. 52 da Constituição, bem como de limites e condições relativos aos incisos VII, VIII e IX do mesmo artigo; II - Congresso Nacional: projeto de lei que estabeleça limites para o montante da dívida mo- biliária federal a que se refere o inciso XIV do art. 48 da Constituição, acompanhado da demonstra- ção de sua adequação aos limites fixados para a dívida consolidada da União, atendido o disposto no inciso I do § 1 o deste artigo. § 1 o As propostas referidas nos incisos I e II do caput e suas alterações conterão: I - demonstração de que os limites e condi- ções guardam coerência com as normas estabe- lecidas nesta Lei Complementar e com os objeti- vos da política fiscal; II - estimativas do impacto da aplicação dos limites a cada uma das três esferas de governo; III - razões de eventual proposição de limites diferenciados por esfera de governo; IV - metodologia de apuração dos resultados primário e nominal. § 2 o As propostas mencionadas nos incisos I e II do caput também poderão ser apresentadas em termos de dívida líquida, evidenciando a for- ma e a metodologia de sua apuração. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art52vi http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art48xiv http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art48xiv http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art48xiv 4 § 3 o Os limites de que tratam os incisos I e II do caput serão fixados em percentual da receita corrente líquida para cada esfera de governo e aplicados igualmente a todos os entes da Fede- ração que a integrem, constituindo, para cada um deles, limites máximos. § 4 o Para fins de verificação do atendimento do limite, a apuração do montante da dívida con- solidada será efetuada ao final de cada quadri- mestre. § 5 o No prazo previsto no art. 5 o , o Presiden- te da República enviará ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional, conforme o caso, proposta de manutenção ou alteração dos limites e condi- ções previstos nos incisos I e II do caput. § 6 o Sempre que alterados os fundamentos das propostas de que trata este artigo, em razão de instabilidade econômica ou alterações nas políticas monetária ou cambial, o Presidente da República poderá encaminhar ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional solicitação de revisão dos limites. § 7 o Os precatórios judiciais não pagos du- rante a execução do orçamento em que houve- rem sido incluídos integram a dívida consolidada, para fins de aplicação dos limites. Seção III Da Recondução da Dívida aos Limites Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele recon- duzida até o término dos três subseqüentes, re- duzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro. § 1 o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido: I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipa- ção de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária; II - obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho, na forma do art. 9 o . § 2 o Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também impedido de receber transferências voluntárias da União ou do Estado. § 3 o As restrições do § 1 o aplicam-se imedia- tamente se o montante da dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do man- dato do Chefe do Poder Executivo. § 4 o O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmente, a relação dos entes que tenham ultrapassado os limites das dívidas consolidada e mobiliária. § 5 o As normas deste artigo serão observa- das nos casos de descumprimento dos limites da dívida mobiliária e das operações de crédito in- ternas e externas. Seção IV Das Operações de Crédito Subseção I Da Contratação Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à realização de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou indiretamente. § 1 o O ente interessado formalizará seu plei- to fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e jurídicos, demonstrando a relação cus- to-benefício, o interesse econômico e social da operação e o atendimento das seguintes condi- ções: I - existência de prévia e expressa autoriza- ção para a contratação, no texto da lei orçamen- tária, em créditos adicionais ou lei específica; II - inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da opera- ção, exceto no caso de operações por antecipa- ção de receita; III - observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal; IV - autorização específica do Senado Fede- ral, quando se tratar de operação de crédito ex- terno; V - atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art167iii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art167iii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art167iii 5 VI - observância das demais restrições esta- belecidas nesta Lei Complementar. § 2 o As operações relativas à dívida mobiliá- ria federal autorizadas, no texto da lei orçamentá- ria ou de créditos adicionais, serão objeto de pro- cesso simplificado que atenda às suas especifici- dades. § 3 o Para fins do disposto no inciso V do § 1 o , considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o total dos recursos de operações de crédito nele ingressados e o das despesas de capital execu- tadas, observado o seguinte: I - não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo de competência do ente da Federação, se resul- tar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste; II - se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido por instituição financeira controlada pelo ente da Federação,o valor da operação será deduzido das despesas de capital; III - (VETADO) § 4 o Sem prejuízo das atribuições próprias do Senado Federal e do Banco Central do Brasil, o Ministério da Fazenda efetuará o registro ele- trônico centralizado e atualizado das dívidas pú- blicas interna e externa, garantido o acesso públi- co às informações, que incluirão: I - encargos e condições de contratação; II - saldos atualizados e limites relativos às dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito e concessão de garantias. § 5 o Os contratos de operação de crédito externo não conterão cláusula que importe na compensação automática de débitos e créditos. Art. 33. A instituição financeira que contratar operação de crédito com ente da Federação, exceto quando relativa à dívida mobiliária ou à externa, deverá exigir comprovação de que a operação atende às condições e limites estabele- cidos. § 1 o A operação realizada com infração do disposto nesta Lei Complementar será considera- da nula, procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devolução do principal, vedados o pagamento de juros e demais encargos financei- ros. § 2 o Se a devolução não for efetuada no exercício de ingresso dos recursos, será consig- nada reserva específica na lei orçamentária para o exercício seguinte. § 3 o Enquanto não efetuado o cancelamento, a amortização, ou constituída a reserva, aplicam- se as sanções previstas nos incisos do § 3 o do art. 23. § 4 o Também se constituirá reserva, no mon- tante equivalente ao excesso, se não atendido o disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, consideradas as disposições do § 3 o do art. 32. Subseção II Das Vedações Art. 34. O Banco Central do Brasil não emiti- rá títulos da dívida pública a partir de dois anos após a publicação desta Lei Complementar. Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, direta- mente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e ou- tro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refi- nanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente. § 1 o Excetuam-se da vedação a que se refe- re o caput as operações entre instituição financei- ra estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se destinem a: I - financiar, direta ou indiretamente, despe- sas correntes; II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente. § 2 o O disposto no caput não impede Esta- dos e Municípios de comprar títulos da dívida da União como aplicação de suas disponibilidades. Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adqui- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art167iii 6 rir, no mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios. Art. 37. Equiparam-se a operações de crédi- to e estão vedados: I - captação de recursos a título de antecipa- ção de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7 o do art. 150 da Constituição; II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação; III - assunção direta de compromisso, confis- são de dívida ou operação assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação a empre- sas estatais dependentes; IV - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços. Seção VI Dos Restos a Pagar Art. 41. (VETADO) Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou ór- gão referido no art. 20, nos últimos dois quadri- mestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integral- mente dentro dele, ou que tenha parcelas a se- rem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efei- to. Parágrafo único. Na determinação da dispo- nibilidade de caixa serão considerados os encar- gos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício. Seção II Da Escrituração e Consolidação das Contas Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das con- tas públicas observará as seguintes: I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vincu- lados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fi- quem identificados e escriturados de forma indivi- dualizada; II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de compe- tência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa; III - as demonstrações contábeis compreen- derão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente; IV - as receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em demonstrativos financei- ros e orçamentários específicos; V - as operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as demais formas de finan- ciamento ou assunção de compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pú- blica no período, detalhando, pelo menos, a natu- reza e o tipo de credor; VI - a demonstração das variações patrimo- niais dará destaque à origem e ao destino dos recursos provenientes da alienação de ativos. § 1 o No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações intragovernamentais. § 2 o A edição de normas gerais para conso- lidação das contas públicas caberá ao órgão cen- tral de contabilidade da União, enquanto não im- plantado o conselho de que trata o art. 67. § 3 o A Administração Pública manterá siste- ma de custos que permita a avaliação e o acom- panhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial. Art. 51. O Poder Executivo da União promo- verá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anteri- or, e a sua divulgação, inclusive por meio eletrô- nico de acesso público. § 1 o Os Estados e os Municípios encaminha- rão suas contas ao Poder Executivo da União nos seguintes prazos: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art150�7 7 I - Municípios, com cópia para o Poder Exe- cutivo do respectivo Estado, até trinta de abril; II - Estados, até trinta e um de maio. § 2 o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinancia- mento do principal atualizado da dívida mobiliária. Secretaria do Tesouro Nacional Secretaria do Tesouro Nacional (STN) é um órgão da administração pública direta, integrante do organograma do Ministério da Fazenda do Brasil. Foi criada em 10 de março de 1986 pelo decreto nº 92.452, no governo do presidente José Sarney e do ministro Dilson Funaro. Trata da administraçãofinanceira e da contabili- dade federal, além de exercer atividades relacio- nadas à emissão e implementação de operações envolvendo os títulos da dívida pública do país. Também é responsável por realizar o recolhimen- to de impostos e contribuições para a Receita Federal do Brasil (RFB), além do recolhimento de quaisquer outros recursos que venham a ingres- sar na "Conta Única do Tesouro Nacional". Também é responsável pelo Finbra (Finanças do Brasil), relatório das informações sobre despesas e receitas de cada município brasileiro. A Secretaria do Tesouro Nacional é responsável pela administração e utilização dos recursos fi- nanceiros que entram nos cofres do Estado brasi- leiro. Tais recursos têm origem, principalmente, no dinheiro dos impostos pagos pelos cidadãos. O órgão também administra programas de sane- amento financeiro de estados e municípios e con- trola a dívida pública da União. Trata-se de uma espécie de caixa ou tesouraria das finanças pú- blicas. Já a dívida pública é o valor devido por todos os órgãos do Estado brasileiro, estados, municípios e empresas estatais. Há dois tipos de dívida pública: Dívida Pública Interna Pode ser paga em moeda nacional é proveniente de três fontes principais: financiamento de gastos com educação, saúde e infraestrutura, pagamen- tos de juros sobre dívidas e manutenção da políti- ca monetária e cambial. Dívida Pública Externa Pode ser paga em moeda estrangeira e é a so- matória dos débitos do país, resultantes de em- préstimos tomados no exterior pelo governo e empresas estatais e privadas. Esses recursos podem ser oriundos de governos, instituições financeiras internacionais (Banco Mundial, FMI etc), bancos ou empresas privadas. O que são títulos da dívida pública? São títulos emitidos pelo Tesouro Nacional com a finalidade de captar recursos para o financiamen- to da dívida pública, a educação, a saúde e a infraestrutura do país. Tais títulos são produtos de renda fixa que podem ser comprados tanto por pessoas físicas como pessoas jurídicas. São con- siderados os investimentos de menor risco do mercado de capitais, por terem seu pagamento garantido pelo próprio Estado brasileiro. Lei n 10.180 de 2001 TÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO SISTÊMICA CAPÍTULO ÚNICO DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Serão organizadas sob a forma de siste- mas as atividades de planejamento e de orça- mento federal, de administração financeira fede- ral, de contabilidade federal e de controle interno do Poder Executivo Federal. TÍTULO II DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE OR- ÇAMENTO FEDERAL CAPÍTULO I DAS FINALIDADES Art. 2º O Sistema de Planejamento e de Orça- mento Federal tem por finalidade: I - formular o planejamento estratégico nacional; II - formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social; III - formular o plano plurianual, as diretrizes or- çamentárias e os orçamentos anuais; IV - gerenciar o processo de planejamento e or- çamento federal; V - promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a com- https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_p%C3%BAblica https://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_da_Fazenda_(Brasil) https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/10_de_mar%C3%A7o https://pt.wikipedia.org/wiki/1986 https://pt.wikipedia.org/wiki/Decreto https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Sarney https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Sarney https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Sarney https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_ministros_da_Fazenda_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Dilson_Funaro https://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_p%C3%BAblica https://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_p%C3%BAblica https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%ADvida_governamental https://pt.wikipedia.org/wiki/Secretaria_da_Receita_Federal_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Secretaria_da_Receita_Federal_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Secretaria_da_Receita_Federal_do_Brasil 8 patibilização de normas e tarefas afins aos diver- sos Sistemas, nos planos federal, estadual, distri- tal e municipal. CAPÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS Art. 3º O Sistema de Planejamento e de Orça- mento Federal compreende as atividades de ela- boração, acompanhamento e avaliação de pla- nos, programas e orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas sócio-econômicas. Art. 4º Integram o Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal: I - o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, como órgão central; II - órgãos setoriais; III - órgãos específicos. § 1 o Os órgãos setoriais são as unidades de pla- nejamento e orçamento dos Ministérios, da Advo- cacia-Geral da União, da Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República. § 2 o Os órgãos específicos são aqueles vincula- dos ou subordinados ao órgão central do Siste- ma, cuja missão está voltada para as atividades de planejamento e orçamento. § 3 o Os órgãos setoriais e específicos ficam sujei- tos à orientação normativa e à supervisão técnica do órgão central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura adminis- trativa estiverem integrados. § 4 o As unidades de planejamento e orçamento das entidades vinculadas ou subordinadas aos Ministérios e órgãos setoriais ficam sujeitas à orientação normativa e à supervisão técnica do órgão central e também, no que couber, do res- pectivo órgão setorial. § 5 o O órgão setorial da Casa Civil da Presidência da República tem como área de atuação todos os órgãos integrantes da Presidência da República, ressalvados outros determinados em legislação específica. Art. 5 o Sem prejuízo das competências constitu- cionais e legais de outros Poderes, as unidades responsáveis pelos seus orçamentos ficam sujei- tas à orientação normativa do órgão central do Sistema. Art. 6 o Sem prejuízo das competências constitu- cionais e legais de outros Poderes e órgãos da Administração Pública Federal, os órgãos inte- grantes do Sistema de Planejamento e de Orça- mento Federal e as unidades responsáveis pelo planejamento e orçamento dos demais Poderes realizarão o acompanhamento e a avaliação dos planos e programas respectivos. Seção I Do Planejamento Federal Art. 7 o Compete às unidades responsáveis pelas atividades de planejamento: I - elaborar e supervisionar a execução de planos e programas nacionais e setoriais de desenvolvi- mento econômico e social; II - coordenar a elaboração dos projetos de lei do plano plurianual e o item, metas e prioridades da Administração Pública Federal, integrantes do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, bem como de suas alterações, compatibilizando as propostas de todos os Poderes, órgãos e entida- des integrantes da Administração Pública Federal com os objetivos governamentais e os recursos disponíveis; III - acompanhar física e financeiramente os pla- nos e programas referidos nos incisos I e II deste artigo, bem como avaliá-los, quanto à eficácia e efetividade, com vistas a subsidiar o processo de alocação de recursos públicos, a política de gas- tos e a coordenação das ações do governo; IV - assegurar que as unidades administrativas responsáveis pela execução dos programas, pro- jetos e atividades da Administração Pública Fede- ral mantenham rotinas de acompanhamento e avaliação da sua programação; V - manter sistema de informações relacionados a indicadores econômicos e sociais, assim como mecanismos para desenvolver previsões e infor- mação estratégica sobre tendências e mudanças no âmbito nacional e internacional; VI - identificar, analisar e avaliar os investimentos estratégicos do Governo, suas fontes de financi- amento e sua articulação com os investimentos privados, bem como prestar o apoio gerencial e institucional à sua implementação; VII - realizar estudos e pesquisas sócio- econômicas e análises de políticas públicas;9 VIII - estabelecer políticas e diretrizes gerais para a atuação das empresas estatais. Parágrafo único. Consideram-se empresas esta- tais, para efeito do disposto no inciso VIII, as em- presas públicas, as sociedades de economia mis- ta, suas subsidiárias e controladas e demais em- presas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. Seção II Do Orçamento Federal Art. 8 o Compete às unidades responsáveis pelas atividades de orçamento: I - coordenar, consolidar e supervisionar a elabo- ração dos projetos da lei de diretrizes orçamentá- rias e da lei orçamentária da União, compreen- dendo os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais; II - estabelecer normas e procedimentos necessá- rios à elaboração e à implementação dos orça- mentos federais, harmonizando-os com o plano plurianual; III - realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento do pro- cesso orçamentário federal; IV - acompanhar e avaliar a execução orçamentá- ria e financeira, sem prejuízo da competência atribuída a outros órgãos; V - estabelecer classificações orçamentárias, tendo em vista as necessidades de sua harmoni- zação com o planejamento e o controle; VI - propor medidas que objetivem a consolidação das informações orçamentárias das diversas es- feras de governo. TÍTULO III DO SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEI- RA FEDERAL CAPÍTULO I DAS FINALIDADES Art. 9 o O Sistema de Administração Financeira Federal visa ao equilíbrio financeiro do Governo Federal, dentro dos limites da receita e despesa públicas. CAPÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS Art. 10. O Sistema de Administração Financeira Federal compreende as atividades de programa- ção financeira da União, de administração de direitos e haveres, garantias e obrigações de responsabilidade do Tesouro Nacional e de orien- tação técnico-normativa referente à execução orçamentária e financeira. Art. 11. Integram o Sistema de Administração Financeira Federal: I - a Secretaria do Tesouro Nacional, como órgão central; II - órgãos setoriais. § 1 o Os órgãos setoriais são as unidades de pro- gramação financeira dos Ministérios, da Advoca- cia-Geral da União, da Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República. § 2 o Os órgãos setoriais ficam sujeitos à orienta- ção normativa e à supervisão técnica do órgão central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estive- rem integrados. Art. 12. Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Administração Financei- ra Federal: I - zelar pelo equilíbrio financeiro do Tesouro Na- cional; II - administrar os haveres financeiros e mobiliá- rios do Tesouro Nacional; III - elaborar a programação financeira do Tesou- ro Nacional, gerenciar a Conta Única do Tesouro Nacional e subsidiar a formulação da política de financiamento da despesa pública; IV - gerir a dívida pública mobiliária federal e a dívida externa de responsabilidade do Tesouro Nacional; V - controlar a dívida decorrente de operações de crédito de responsabilidade, direta e indireta, do Tesouro Nacional; VI - administrar as operações de crédito sob a responsabilidade do Tesouro Nacional; 10 VII - manter controle dos compromissos que one- rem, direta ou indiretamente, a União junto a enti- dades ou organismos internacionais; VIII - editar normas sobre a programação finan- ceira e a execução orçamentária e financeira, bem como promover o acompanhamento, a sis- tematização e a padronização da execução da despesa pública; IX - promover a integração com os demais Pode- res e esferas de governo em assuntos de admi- nistração e programação financeira. Art. 13. Subordinam-se tecnicamente à Secretaria do Tesouro Nacional os representantes do Tesou- ro Nacional nos conselhos fiscais, ou órgãos e- quivalentes das entidades da administração indi- reta, controladas direta ou indiretamente pela União. Parágrafo único. Os representantes do Tesouro Nacional nos conselhos fiscais deverão ser, pre- ferencialmente, servidores integrantes da carreira Finanças e Controle que não estejam em exercí- cio nas áreas de controle interno no ministério ou órgão equivalente ao qual a entidade esteja vin- culada. TÍTULO IV DO SISTEMA DE CONTABILIDADE FEDERAL CAPÍTULO I DAS FINALIDADES Art. 14. O Sistema de Contabilidade Federal visa a evidenciar a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União. Art. 15. O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relaciona- dos com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e evidenciar: I - as operações realizadas pelos órgãos ou enti- dades governamentais e os seus efeitos sobre a estrutura do patrimônio da União; II - os recursos dos orçamentos vigentes, as alte- rações decorrentes de créditos adicionais, as receitas prevista e arrecadada, a despesa empe- nhada, liquidada e paga à conta desses recursos e as respectivas disponibilidades; III - perante a Fazenda Pública, a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados; IV - a situação patrimonial do ente público e suas variações; V - os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal; VI - a aplicação dos recursos da União, por uni- dade da Federação beneficiada; VII - a renúncia de receitas de órgãos e entidades federais. Parágrafo único. As operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira não compreendidas na execução orçamentária serão, também, objeto de registro, individualização e controle contábil. CAPÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS Art. 16. O Sistema de Contabilidade Federal compreende as atividades de registro, de trata- mento e de controle das operações relativas à administração orçamentária, financeira e patrimo- nial da União, com vistas à elaboração de de- monstrações contábeis. Art. 17. Integram o Sistema de Contabilidade Federal: I - a Secretaria do Tesouro Nacional, como órgão central; II - órgãos setoriais. § 1 o Os órgãos setoriais são as unidades de ges- tão interna dos Ministérios e da Advocacia-Geral da União. § 2 o O órgão de controle interno da Casa Civil exercerá também as atividades de órgão setorial contábil de todos os órgãos integrantes da Presi- dência da República, da Vice-Presidência da Re- pública, além de outros determinados em legisla- ção específica. § 3 o Os órgãos setoriais ficam sujeitos à orienta- ção normativa e à supervisão técnica do órgão central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estive- rem integrados. 11 Art. 18. Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Contabilidade Federal: I - manter e aprimorar o Plano de Contas Único da União; II - estabelecer normas e procedimentos para o adequado registro contábil dos atos e dos fatos da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal; III - com base em apurações de atos e fatos in- quinados de ilegais ou irregulares, efetuar os registros pertinentes e adotar as providências necessárias à responsabilização do agente, co- municando o fato à autoridade a quem o respon- sável esteja subordinado e ao órgão ou unidade do Sistema de Controle Interno; IV - instituir, manter e aprimorar sistemas de in- formação que permitam realizar a contabilização dos atos e fatos de gestão orçamentária, financei- ra e patrimonial da União e gerar informações gerenciais necessárias à tomada de decisão e à supervisão ministerial; V - realizar tomadas de contas dos ordenadores de despesa e demais responsáveis por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa a perda, extravio ou outra irregularidadeque re- sulte dano ao erário; VI - elaborar os Balanços Gerais da União; VII - consolidar os balanços da União, dos Esta- dos, do Distrito Federal e dos Municípios, com vistas à elaboração do Balanço do Setor Público Nacional; VIII - promover a integração com os demais Po- deres e esferas de governo em assuntos de con- tabilidade. TÍTULO V DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO FEDERAL CAPÍTULO I DAS FINALIDADES Art. 19. O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal visa à avaliação da ação go- vernamental e da gestão dos administradores públicos federais, por intermédio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, e a apoiar o controle externo no exer- cício de sua missão institucional. Art. 20. O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal tem as seguintes finalidades: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II - comprovar a legalidade e avaliar os resulta- dos, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Fede- ral, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e have- res da União; IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. CAPÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS Art. 21. O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal compreende as atividades de avaliação do cumprimento das metas previstas no plano plurianual, da execução dos programas de governo e dos orçamentos da União e de avalia- ção da gestão dos administradores públicos fede- rais, utilizando como instrumentos a auditoria e a fiscalização. Art. 22. Integram o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal: I - a Secretaria Federal de Controle Interno, como órgão central; II - órgãos setoriais. § 1 o A área de atuação do órgão central do Sis- tema abrange todos os órgãos do Poder Executi- vo Federal, excetuados aqueles indicados no parágrafo seguinte. § 2 o Os órgãos setoriais são aqueles de controle interno que integram a estrutura do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Defesa, da Advocacia-Geral da União e da Casa Civil. § 3 o O órgão de controle interno da Casa Civil tem como área de atuação todos os órgãos integran- tes da Presidência da República e da Vice- 12 Presidência da República, além de outros deter- minados em legislação específica. § 4 o Os órgãos central e setoriais podem subdivi- dir-se em unidades setoriais e regionais, como segmentos funcionais e espaciais, respectiva- mente. § 5 o Os órgãos setoriais ficam sujeitos à orienta- ção normativa e à supervisão técnica do órgão central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estive- rem integrados. Art. 23. Fica instituída a Comissão de Coordena- ção de Controle Interno, órgão colegiado de coor- denação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, com o objetivo de promover a integração e homogeneizar entendimentos dos respectivos órgãos e unidades. Art. 24. Compete aos órgãos e às unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal: I - avaliar o cumprimento das metas estabelecidas no plano plurianual; II - fiscalizar e avaliar a execução dos programas de governo, inclusive ações descentralizadas realizadas à conta de recursos oriundos dos Or- çamentos da União, quanto ao nível de execução das metas e objetivos estabelecidos e à qualida- de do gerenciamento; III - avaliar a execução dos orçamentos da União; IV - exercer o controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres da União; V - fornecer informações sobre a situação físico- financeira dos projetos e das atividades constan- tes dos orçamentos da União; VI - realizar auditoria sobre a gestão dos recursos públicos federais sob a responsabilidade de ór- gãos e entidades públicos e priva- dos;..\..\Constituicao\Constituicao.htm#art84xxiv VII - apurar os atos ou fatos inquinados de ilegais ou irregulares, praticados por agentes públicos ou privados, na utilização de recursos públicos fede- rais e, quando for o caso, comunicar à unidade responsável pela contabilidade para as providên- cias cabíveis; VIII - realizar auditorias nos sistemas contábil, financeiro, orçamentário, de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais; IX - avaliar o desempenho da auditoria interna das entidades da administração indireta federal; X - elaborar a Prestação de Contas Anual do Pre- sidente da República a ser encaminhada ao Con- gresso Nacional, nos termos do art. 84, inciso XXIV, da Constituição Federal; XI - criar condições para o exercício do controle social sobre os programas contemplados com recursos oriundos dos orçamentos da União. TÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS Art. 25. Observadas as disposições contidas no art. 117 da Lei n o 8.112, de 11 de dezembro de 1990, é vedado aos dirigentes dos órgãos e das unidades dos Sistemas referidos no art. 1 o exercerem: I - atividade de direção político-partidária; II - profissão liberal; III - demais atividades incompatíveis com os inte- resses da Administração Pública Federal, na for- ma que dispuser o regulamento. Art. 26. Nenhum processo, documento ou infor- mação poderá ser sonegado aos servidores dos Sistemas de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no exercício das atribuições inerentes às atividades de regis- tros contábeis, de auditoria, fiscalização e avalia- ção de gestão. § 1 o O agente público que, por ação ou omissão, causar embaraço, constrangimento ou obstáculo à atuação dos Sistemas de Contabilidade Federal e de Controle Interno, no desempenho de suas funções institucionais, ficará sujeito à pena de responsabilidade administrativa, civil e penal. § 2 o Quando a documentação ou informação pre- vista neste artigo envolver assuntos de caráter sigiloso, deverá ser dispensado tratamento espe- cial de acordo com o estabelecido em regulamen- to próprio. § 3 o O servidor deverá guardar sigilo sobre dados e informações pertinentes aos assuntos a que tiver acesso em decorrência do exercício de suas http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art84xxiv http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm#art117 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm#art117 13 funções, utilizando-os, exclusivamente, para a elaboração de pareceres e relatórios destinados à autoridade competente, sob pena de responsabi- lidade administrativa, civil e penal. § 4 o Os integrantes da carreira de Finanças e Controle observarão código de ética profissional específico aprovado pelo Presidente da Repúbli- ca. Art. 27. O Poder Executivo estabelecerá, em re- gulamento, a forma pela qual qualquer cidadão poderá ser informado sobre os dados oficiais do Governo Federal relativos à execução dos orça- mentos da União. Art. 28. Aos dirigentes dos órgãos e das unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executi- vo Federal e dos órgãos do Sistema de Contabili- dade Federal, no exercício de suas atribuições, é facultado impugnar, mediante representação ao responsável, quaisquer atos de gestão realizados sem a devida fundamentação legal. Art. 29. É vedada a nomeação para o exercício de cargo, inclusive em comissão, no âmbito dos Sis- temas de que trata esta Lei, de pessoas que te- nham sido, nos últimos cinco anos: I - responsáveis por atos julgados irregulares por decisão definitivado Tribunal de Contas da Uni- ão, do tribunal de contas de Estado, do Distrito Federal ou de Município, ou ainda, por conselho de contas de Município; II - punidas, em decisão da qual não caiba recur- so administrativo, em processo disciplinar por ato lesivo ao patrimônio público de qualquer esfera de governo; III - condenadas em processo criminal por prática de crimes contra a Administração Pública, capitu- lados nos Títulos II e XI da Parte Especial do Código Penal Brasileiro, na Lei n o 7.492, de 16 de junho de 1986, e na Lei n o 8.429, de 2 de junho de 1992. § 1 o As vedações estabelecidas neste artigo apli- cam-se, também, às nomeações para cargos em comissão que impliquem gestão de dotações orçamentárias, de recursos financeiros ou de patrimônio, na Administração direta e indireta dos Poderes da União, bem como para as nomeações como membros de comissões de licitações. § 2 o Serão exonerados os servidores ocupantes de cargos em comissão que forem alcançados pelas hipóteses previstas nos incisos I, II e III deste artigo. Art. 30. Os servidores das carreiras de Planeja- mento e Orçamento e Finanças e Controle, os ocupantes dos cargos efetivos de Técnico de Planejamento P-1501 do Grupo TP-1500, de Técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, nível intermediário do IPEA e demais cargos de nível superior do IPEA, poderão ser cedidos para ter exercício nos órgãos e nas unidades dos Siste- mas referidos nesta Lei, independentemente da ocupação de cargo em comissão ou função de confiança. Art. 31. Os incisos I, II, IV, V e VI do art. 1 o e o inciso I do art. 30 da Lei n o 9.625, de 7 de abril de 1998, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 1 o ................................................................ I - da carreira de Finanças e Controle, quando em exercício no Ministério da Fazenda ou nos órgãos e nas unidades integrantes dos Sistemas de Ad- ministração Financeira Federal, de Contabilidade Federal, de Controle Interno do Poder Executivo Federal e de Planejamento e Orçamento Federal; II - da Carreira de Planejamento e Orçamento e do cargo de Técnico de Planejamento P-1501 do Grupo TP-1500, quando em exercício no Ministé- rio do Planejamento, Orçamento e Gestão ou nos órgãos e nas unidades dos Sistemas de Planeja- mento e Orçamento, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal; ............................................................................ IV - de Técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, quando em exercício no Ministério da Fazenda, no Ministério do Planejamento, Orçamento e Ges- tão, no IPEA ou nos órgãos e nas unidades dos Sistemas de Planejamento e Orçamento, de Ad- ministração Financeira Federal, de Contabilidade Federal ou de Controle Interno do Poder Executi- vo Federal; V - de nível superior do IPEA, não referidos no inciso anterior, quando em exercício no Ministério da Fazenda, no Ministério do Planejamento, Or- çamento e Gestão, no IPEA ou nos órgãos e nas unidades dos Sistemas de Planejamento e Orça- mento, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal ou de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no desempenho de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7492.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7492.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9625.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9625.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9625.htm#art1i. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9625.htm#art1ii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9625.htm#art1iv http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9625.htm#art1v 14 atividades de elaboração de planos e orçamentos públicos; VI - de nível intermediário do IPEA, quando nele em exercício ou no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no desempenho de ativida- des de apoio direto à elaboração de planos e orçamentos públicos, em quantitativo fixado no ato a que se refere o § 3 o do art. 2 o desta Lei. ....................................................................." (NR) "Art. 30. .......................................................................... I - da carreira de Finanças e Controle, nos órgãos centrais dos Sistemas de Administração Financei- ra Federal, de Contabilidade Federal e de Contro- le Interno do Poder Executivo Federal; ...................................................................." (NR) Art. 32. Os cargos em comissão, no âmbito do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, assim como os cargos de Assessor Es- pecial de Ministro de Estado incumbido de fun- ções de Controle Interno, serão providos, prefe- rencialmente, por ocupantes dos cargos efetivos da carreira de Finanças e Controle. § 1 o Na hipótese de provimento dos cargos do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores por não integrantes da carreira de Finanças e Contro- le, no âmbito do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, excluídos os órgãos setoriais, será exigida a comprovação de experi- ência de, no mínimo, cinco anos em atividades de auditoria, de finanças públicas ou de contabilida- de pública. Art. 32. Os cargos em comissão, no âmbito da Secretaria Federal de Controle Interno da Corre- gedoria-Geral da União, assim como os cargos de Assessor Especial de Ministro de Estado incum- bido de funções de Controle Interno, serão provi- dos, preferencialmente, por ocupantes dos cargos efetivos da carreira de Finanças e Contro- le.(Redação dada pelo Decreto nº 4.427, de 17.10.2002) § 1º Na hipótese de provimento dos cargos de que trata este artigo por não integrantes da carrei- ra de Finanças e Controle, será exigida a com- provação de experiência de, no mínimo, cinco anos em atividades de auditoria, de finanças pú- blicas ou de contabilidade pública. (Redação da- da pelo Decreto nº 4.427, de 17.10.2002) § 2 o A indicação para o cargo de Assessor Espe- cial de Ministro de Estado incumbido de funções de Controle Interno será submetida previamente à apreciação do órgão central do Sistema. Art. 33. Fica o Ministério da Fazenda autorizado a requisitar, até 31 de dezembro de 2000, servido- res públicos de suas entidades vinculadas, inclu- sive empresas públicas e sociedades de econo- mia mista, para terem exercício na Secretaria do Tesouro Nacional e nos seus órgãos setoriais e na Secretaria Federal de Controle Interno, inde- pendentemente da ocupação de cargo em comis- são ou função de confiança. Parágrafo único. Os servidores públicos em exer- cício, em 31 de dezembro de 1998, na Secretaria do Patrimônio da União do Ministério da Fazenda, transferida para o âmbito do Ministério do Plane- jamento, Orçamento e Gestão, poderão perma- necer em exercício naquela Secretaria, com os mesmos direitos e vantagens até então auferidos. Art. 34. Fica acrescido ao art. 15 da Lei n o 8.460, de 17 de setembro de 1992, parágrafo único com a seguinte redação: "Parágrafo único. Nas unidades setoriais do Sis- tema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, poderá, excepcionalmente, ser designa- do para o exercício de FG servidor efetivo dos quadros de órgãos em que a unidade tiver atua- ção." (NR) Art. 35. Os órgãos e as entidades da Administra- ção direta e indireta da União, ao celebrarem compromissos em que haja a previsão de transfe- rências de recursos financeiros, de seus orça- mentos, para Estados, Distrito Federal e Municí- pios, estabelecerão nos instrumentos pactuais a obrigação dos entes recebedores de fazerem incluir tais recursos nos seus respectivos orça- mentos. § 1 o Ao fixarem os valores a serem transferidos, conforme o disposto neste artigo, os entes nele referidos farão análise de custos, de maneira que omontante de recursos envolvidos na operação seja compatível com o seu objeto, não permitindo a transferência de valores insuficientes para a sua conclusão, nem o excesso que permita uma exe- cução por preços acima dos vigentes no merca- do. § 2 o Os órgãos e as unidades do Sistema de Con- trole Interno do Poder Executivo Federal zelarão pelo cumprimento do disposto neste artigo, e, nos seus trabalhos de fiscalização, verificarão se o objeto pactuado foi executado obedecendo aos http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9625.htm#art1vi http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9625.htm#art30i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4427.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4427.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4427.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4427.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4427.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8460consol.htm#art15p http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8460consol.htm#art15p 15 respectivos projeto e plano de trabalho, conforme convencionado, e se a sua utilização obedece à destinação prevista no termo pactual. § 3 o Os órgãos e as unidades do Sistema de Con- trole Interno do Poder Executivo Federal, ao de- sempenhar o seu trabalho, constatando indícios de irregularidades, comunicarão ao Ministro su- pervisor da unidade gestora ou entidade e aos respectivos órgãos de controle interno e externo dos entes recebedores para que sejam tomadas as providências de suas competências. § 4 o Quando ocorrer prejuízo à União, os órgãos e as unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal adotarão as providên- cias de sua competência, previstas na legislação pertinente, com vistas ao ressarcimento ao erário. Art.36. Os órgãos e as entidades de outras esfe- ras de governo que receberem recursos financei- ros do Governo Federal, para execução de obras, para a prestação de serviços ou a realização de quaisquer projetos, usarão dos meios adequados para informar à sociedade e aos usuários em geral a origem dos recursos utilizados. Art.37. A documentação comprobatória da execu- ção orçamentária, financeira e patrimonial das unidades da Administração Federal direta perma- necerá na respectiva unidade, à disposição dos órgãos e das unidades de controle interno e ex- terno, nas condições e nos prazos estabelecidos pelo órgão central do Sistema de Contabilidade Federal. Art. 38. O Poder Executivo disporá, em regula- mento e no prazo de sessenta dias, sobre a com- petência, a estrutura e o funcionamento dos ór- gãos componentes dos Sistemas de que trata esta Lei, bem como sobre as atribuições de seus titulares e demais dirigentes. Art. 39. Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória n o 2.112-87, de 27 de dezembro de 2000. Art. 40. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 41. Revogam-se o Decreto-Lei n o 2.037, de 28 de junho de 1983, e o § 2 o do art. 19 da Lei n o 8.490, de 19 de novembro de 1992. Congresso Nacional, em 6 de fevereiro de 2001; 180 o da Independência e 113 o da República SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal é um sistema contábil que tem por finalidade realizar todo o processamento, controle e execução financeira, patrimonial e con- tábil do governo federal brasileiro. O sistema foi desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados - (SERPRO). Foi implantado oficialmente no ano de 1987. Até o ano de 1986 o governo federal convivia com uma série de problemas de natureza administrativa inviabilizando a correta aplicação dos recursos públicos. Uma das principais vantagens do Siafi é a des- centralização da entrada, consulta, execução orçamentária, financeira e patrimonial da União, isto com a supervisão da Secretaria do Tesouro Nacional. Escrituração contábil no Siafi[editar | editar códi- go-fonte] O processo mais trabalhoso da contabilidade pública, é a escrituração contábil, haja vista que um fato contábil pode causar diversos lançamen- tos nos sistemas contábeis, que são eles: sistema orçamentário, sistema patrimonial, sistema de custos e sistema de compensação. Com isso a solução encontrada na época da criação do Siafi foi a utilização de Eventos. Evento É o instrumento utilizado pelas Unidades Gesto- ras, para transformar os atos e fatos administrati- vos rotineiros em registros contábeis automáticos. O evento é composto de um código de 6 (seis) dígitos (XX.X.XXX), que possuem a seguinte es- trutura Os dois primeiros dígitos são as Classes, no qual pode-se identificar a natureza de registro do evento. O terceiro dígito é o Tipo de Utilização, podendo ser: (0) Utilizado pelo Gestor. (1) Utilizado pelo Sistema. (2) Complemento do evento do Gestor. (3) Complemento do evento do Sistema. (4) Evento complementar do evento de sistema. (5) Estorno do evento do Gestor. (6) Estorno do evento de Sistema. (7) Estorno do evento complementar do Gestor. (8) Estorno do evento complementar do Sistema. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/2112-87.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/2112-87.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del2037.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del2037.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8490.htm#art19�2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8490.htm#art19�2 https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_(Brasil) https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7o_Federal_de_Processamento_de_Dados https://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7o_Federal_de_Processamento_de_Dados https://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7o_Federal_de_Processamento_de_Dados https://pt.wikipedia.org/wiki/1987 https://pt.wikipedia.org/wiki/1986 https://pt.wikipedia.org/wiki/Secretaria_do_Tesouro_Nacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Secretaria_do_Tesouro_Nacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Secretaria_do_Tesouro_Nacional https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=SIAFI&veaction=edit&vesection=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=SIAFI&action=edit§ion=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=SIAFI&action=edit§ion=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_p%C3%BAblica https://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_p%C3%BAblica https://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_p%C3%BAblica https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_or%C3%A7ament%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_or%C3%A7ament%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_or%C3%A7ament%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sistema_patrimonial&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sistema_de_custos&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sistema_de_custos&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sistema_de_custos&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_compensa%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Unidades_Gestoras&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Unidades_Gestoras&action=edit&redlink=1 16 Os três últimos dígitos são os códigos sequenci- ais. Documentos do Siafi Os documentos de entrada de dados no Siafi dividem-se em de natureza orçamentária e finan- ceira. Nota de Lançamento A nota de lançamento é o documento que registra fatos tanto de natureza orçamentária quanto ex- tra-orçamentária. Ela é utilizada para registro de liquidações de despesa, apropriação de obriga- ções, fatos administrativos, entre outros. Ele en- volve, portanto, todos os atos de verificação e conferência, desde a entrega do material ou a prestação do serviço até o reconhecimento da despesa. Ao fazer a entrega do material ou a prestação do serviço, o credor deverá apresentar a nota fiscal, fatura ou conta correspondente, acompanhadada primeira via da nota de empe- nho, devendo o funcionário competente atestar o recebimento do material ou a prestação do servi- ço correspondente, no verso da nota fiscal, fatura ou conta. Nota de Empenho Nota de Empenho é um documento que se desti- na a registrar o comprometimento de despesa orçamentária, obedecidos os limites estritamente legais, bem como aos casos em que se faça ne- cessário o reforço ou a anulação desse compro- misso. Não se deve confundir, entretanto, empe- nho da despesa com nota de empenho; esta, na verdade, é a materialização daquele, embora, no dia-a-dia haja a junção dos dois procedimentos em um único. Nota de Programação Financeira A Nota de Programação Financeira é um docu- mento que permite registrar os valores constantes da Proposta de Programação Financeira e a Pro- gramação Financeira Aprovada, envolvendo a Coordenação-Geral de Programação Financeira da Secretaria do Tesouro Nacional - COFIN/STN e os Órgãos Setoriais de Programação Financeira - OSPF. Guia do Salário Educação A Guia do Salário Educação é um documento que registra o recolhimento do salário educação, des- tinado aos seus beneficiários e do valor que lhes é pago, mediante transferências intra-SIAFI de recursos entre a Unidade Gestora recolhedora e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa- ção. Nota de Dotação A Nota de Dotação é um documento utilizado para registro das informações orçamentárias ela- boradas pela Secretaria de Orçamento Federal , ou seja, dos créditos previstos no Orçamento Geral da União. Também se presta à inclusão de créditos no Orçamento Geral da União não pre- vistos inicialmente e ao registro do desdobramen- to do Plano Interno e do detalhamento da fonte de recursos. Nota de Movimentação de Crédito A Nota de Movimentação de Crédito é um docu- mento utilizado para registrar a movimentação interna e externa de créditos e suas anulações. Ordem Bancária A Ordem Bancária é um documento que deve ter como favorecido o credor do empenho. Este pa- gamento normalmente é efetuado por meio de crédito em conta bancária do favorecido uma vez que a Ordem Bancária especifica o domicílio ban- cário do credor a ser creditado pelo agente finan- ceiro do Tesouro Nacional, ou seja, o Banco do Brasil. Se houver importância paga a maior ou indevidamente, sua reposição aos órgãos públi- cos deverá ocorrer dentro do próprio exercício, mediante crédito à conta bancária da unidade gestora que efetuou o pagamento. Quando a reposição se efetuar em outro exercício, o seu valor deverá ser restituído por DARF ao Tesouro Nacional. O SIAFI é o principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e controle da execu- ção orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal. Desde sua criação, o SIAFI tem alcançado satisfatoriamente seus principais obje- tivos a) prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, financeira e patrimonial aos órgãos da Administração Pública; b) fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal; c) permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações gerenciais destinadas a todos os níveis da Administração Pública Federal; d) padronizar métodos e rotinas de trabalho rela- tivas à gestão dos recursos públicos, sem implicar rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/DARF https://pt.wikipedia.org/wiki/Tesouro_Nacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Tesouro_Nacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Tesouro_Nacional 17 ele permanece sob total controle do ordenador de despesa de cada unidade gestora; e) permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de suas supervisionadas; f) permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências negociadas; g) integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal; h) permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos; e i) proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal. Segurança O SIAFI apresenta uma série de métodos e pro- cedimentos para disciplinar o acesso e assegurar a manutenção da integridade dos dados e do próprio sistema. Esta proteção se dá tanto contra utilizações indevidas ou desautoirzadas como eventuais danos que pudessem ser causados aos dados. Assegura-se portanto a confiabilidade dos dados no sistema, sua responsável utilização e a responsabilização dos gestores e usuários que delas dispõe. A segurança do Sistema tem por base os seguintes princípios e instrumentos: Senha Para utilizar o SIAFI, os usuários são habilitados formalmente por meio do cadastramento de uma senha SENHA, quando são especificados os per- fis e níveis de acesso de cada usuário. Perfil é o conjunto de determinadas transações atribuídos a cada Operador, para atender às necessidades de execução e consulta ao Sistema. Enquanto o nível de acesso determina o grau de inclusão de dados e a abrangência das consultas feitas pelo usuário no sistema SIAFI. Cabe sempre lembrar que o usuário responde integralmente pelo uso do sistema sob a sua senha e obriga-se a cumprir os requisitos de segurança instituídos pela STN, sujeitando-se ás conseqüências das sanções penais ou administrativas cabíveis em decorrên- cia do mau uso. Estas Habilitações são regidas pelos seguintes instrumentos legais: Norma de Execução nº 01 de 13 de junho de 2001 Instrução Normativa nº 03 de 23 de maio de 2001 Instrução Normativa nº 06 de 31 de outubro de 2007 Conformidade Contábil A Conformidade Contábil é a conferência efetua- da pelas Unidades Setoriais Contábeis de UG e de Órgão tendo como objetivo assegurar o fiel e tempestivo registro dos dados contábeis registra- dos pelas UG no SIAFI, relativos aos atos e fatos de sua gestão financeira, orçamentária e patrimo- nial, de acordo com a documentação. Conformidade de Operadores A Conformidade de Operadores ou Circularização de Senhas tem por objetivo automatizar a rotina periódica de confirmação ou desativação de usu- ário pela própria Unidade Gestora (UG), através de seu operador habilitado a proceder a confir- mação. A não execução da Conformidade de Operadores no mês, implica na suspensão dos usuários da UG. Conformidade de Registro de Gestão A Conformidade dos Registros de Gestão consis- te na certificação dos registros dos atos e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial incluídos no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI e da exis- tência de documentos hábeis que comprovem as operações. Identificação das Operações do Usuário Quando o usuário entra no sistema, automatica- mente são registrados o seu CPF, a hora e de qual terminal foi feito o acesso. Esta medida tem o objetivo de monitorar as ações danosas ou fraudulentas executadas utilizando-se o sistema. Da mesma forma, a inclusão ou modificação de dados no sistema também é registrada com a identificação do CPF, a hora e o nome do autor da operação. Integridade e Fidedignidade dos Dados Uma vez registrado um documento no sistema, não é permitida a sua alteração. A imutabilidade dos documentos permite que sejam acompanha- dos todas as modificações nos dados do sistema e para a correção ou anulação de um documento já registrado é necessário que seja incluído um novo documento de forma a retificar o anterior. Inalterabilidade dos Documentos http://www3.tesouro.gov.br/legislacao/download/siafi/norma_exe0101.pdf http://www3.tesouro.gov.br/legislacao/download/siafi/norma_exe0101.pdf http://www3.tesouro.gov.br/legislacao/download/siafi/IN_03_2001.pdf http://www3.tesouro.gov.br/legislacao/download/contabilidade/in6_07.pdfhttp://www3.tesouro.gov.br/legislacao/download/contabilidade/in6_07.pdf 18 Uma vez incluídos os dados de um documento no SIAFI e após sua contabilização, qualquer irregu- laridade for constatada nesses dados, somente será possível corrigi-la por meio da emissão de um novo documento que efetue o acerto do irre- gular. Lei n 4.320 de 1964 TÍTULO I Da Lei de Orçamento CAPÍTULO I Disposições Gerais Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discri- minação da receita e despesa de forma a eviden- ciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Govêrno, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade. § 1° Integrarão a Lei de Orçamento: I - Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Govêrno; II - Quadro demonstrativo da Receita e Des- pesa segundo as Categorias Econômicas, na forma do Anexo nº. 1; III - Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação; IV - Quadro das dotações por órgãos do Govêrno e da Administração. § 2º Acompanharão a Lei de Orçamento: I - Quadros demonstrativos da receita e pla- nos de aplicação dos fundos especiais; II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos ns. 6 a 9; III - Quadro demonstrativo do programa anu- al de trabalho do Govêrno, em têrmos de realiza- ção de obras e de prestação de serviços. Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá tôdas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por an- tecipação da receita, as emissões de papel- moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá tôdas as despesas próprias dos órgãos do Go- vêrno e da administração centralizada, ou que, por intermédio dêles se devam realizar, observa- do o disposto no artigo 2°. Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferen- temente a despesas de pessoal, material, servi- ços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único. Art. 6º Tôdas as receitas e despesas consta- rão da Lei de Orçamento pelos seus totais, veda- das quaisquer deduções. § 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber. § 2º Para cumprimento do disposto no pará- grafo anterior, o calculo das cotas terá por base os dados apurados no balanço do exercício ante- rior aquele em que se elaborar a proposta orça- mentária do governo obrigado a transferên- cia. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: I - Abrir créditos suplementares até determi- nada importância obedecidas as disposições do artigo 43; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa. § 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder Exe- cutivo fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura. § 2° O produto estimado de operações de crédito e de alienação de bens imóveis sòmente se incluirá na receita quando umas e outras forem especìficamente autorizadas pelo Poder Legislati- vo em forma que jurìdicamente possibilite ao Po- der Executivo realizá-las no exercício. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm#anexo http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm#anexo http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm#veto http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm#veto http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm#veto http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm#veto http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm#veto http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm#veto http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm#veto 19 § 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no tocante a operações de crédito, poderá constar da própria Lei de Orça- mento. Art. 8º A discriminação da receita geral e da despesa de cada órgão do Govêrno ou unidade administrativa, a que se refere o artigo 2º, § 1º, incisos III e IV obedecerá à forma do Anexo n. 2. § 1° Os itens da discriminação da receita e da despesa, mencionados nos artigos 11, § 4°, e 13, serão identificados por números de códigos decimal, na forma dos Anexos ns. 3 e 4. § 2º Completarão os números do código decimal referido no parágrafo anterior os algaris- mos caracterizadores da classificação funcional da despesa, conforme estabelece o Anexo n. 5. § 3° O código geral estabelecido nesta lei não prejudicará a adoção de códigos locais. CAPÍTULO II Da Receita Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito publico, compreenden- do os impostos, as taxas e contribuições nos ter- mos da constituição e das leis vigentes em maté- ria financeira, destinado-se o seu produto ao cus- teio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Art. 10. (Vetado). Art. 11. A receita classificar-se-á nas seguin- tes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. § 1° São Receitas Correntes as receitas tributária, patrimonial, industrial e diversas e, ain- da as provenientes de recursos financeiros rece- bidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. § 2º São Receitas de Capital as provenien- tes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão em es- pécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Or- çamento Corrente. § 3º O superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais das recei- tas e despesas correntes, apurado na demonstra- ção a que se refere o Anexo n. 1, não constituirá item da receita orçamentária. § 4º A classificação da receita por fontes obedecerá ao seguinte esquema: RECEITAS CORRENTES Receita Tributária Impostos. Taxas. Contribuições de Melhoria. Receita Patrimonial Receitas Imobiliárias. Receitas de Valores Mobiliários. Participações e Dividendos. Outras Receitas Patrimoniais. Receita Industrial Receita de Serviços Industriais. Outras Receitas Industriais. Transferências Correntes Receitas Diversas Multas. Contribuições Cobrança da Divida Ativa. Outras Receitas Diversas. RECEITAS DE CAPITAL Operações de Crédito. Alienação de Bens Móveis e Imóveis. Amortização de Empréstimos Concedidos. Transferências de Capital. Outras Receitas de Capital. Art. 11 - A receita classificar-se-á nas se- guintes categorias econômicas: Receitas Corren- tes e Receitas de Capital. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982) § 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agrope- cuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classifi-
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