Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
@camilla.pnunes Curto prazo: ingesta de alimentos - episódica Longo prazo: chegada dos nutrientes as células, suprindo as necessidades metabólicas - saciedade tônica detecção periférica: contato dos nutrientes com as células intestinais, absorção e alterações químicas no fígado, estimuladas pela chegada dos alimentos no intestino, além do transporte dos nutrientes pela veia porta e a fase cefálica (ver ou sentir cheiro dos alimentos, desperta mecanismos de fome) detecção central (SNC): receptores ligados ao tronco cerebral se ativam nessas informações e o aumento nos volumes de nutrientes, percebidos através do sistema periférico são envolvidos. modulação de atividades do SNC (substâncias na barreira hematoencefálica): a modulação das atividades do SNC atua ativando precursores de neurotransmissores, que ultrapassa a barreira hematoencefálica, chegando ao cérebro e são detectados e modificam a ação neuroquímica. Mecanismo da fome, saciedade e controle do peso corporal A fome é considerada um mecanismo de alerta. É através dessa sensação de necessidade de alimentos que nosso corpo solicita o fornecimento de nutrientes. A saciedade pode ocorrer de 2 maneiras: 3 mecanismos são ativados na transferência de informações: Algumas estruturas mostram-se importantes no processo fome-saciedade: tronco cerebral, sistema límbico e os núcleos hipotalâmicos (núcleo paraventricular) fase pré-prandial ou cefálica: antes da alimentação começar fase prandial: durante a ingestão alimentar fase pós-prandial: depois de atingir a saciedade Os núcleos ventromediais (hipotálamo) atuam na saciedade, regulando a fome. Os núcleos paraventricular, dorso medial e arqueado, promovem estímulos a saciedade, regulando a ingestão de alimentos, através da ação de neurotransmissores ligados a enzimas e hormônios da digestão. Hormônios como, grelina, insulina, leptina e colecistocinina (CCK) aferem ao sistema nervo vago, os sinais que regulam a fome e saciedade, através da recepção dos nutrientes nestes órgãos, estômago, intestino delgado e grosso. Outro modo de classificar as fases da fome e saciedade, são: O controle do peso varia entre os indivíduos e relaciona-se a outras instâncias de metabolismo, enfermidades, estilo de vida e padrões alimentares, desenvolvidos desde a infância. alterações químicas enfermidades associadas distúrbios psíquicos distúrbios neurais mutações (mutação MRC-4 etc) hábitos alimentares estilo de vida (álcool, tabagismo, atividade física, etc) O controle do peso envolve mais de um fator, podendo envolver: Obesidade A obesidade tem como característica o excesso de armazenamento gorduroso no corpo, sendo possível aferir através do cálculo do IMC (peso / altura²) De acordo com o resultado, podemos classificar o estado nutricional, devendo aliar este método a outros, para um melhor diagnóstico e conduta. Considerando o tecido adiposo como um órgão, que faz parte do sistema endócrino e não somente um depósito de gorduras, nos dá um entendimento melhor das suas funções. @camilla.pnunes branco (TAB): liberação de hormônios envolvidos no metabolismo intermediário (leptina, adiponectina, adipsina, resistina, fator de necrose tumoral alfa, inibidor do ativador plasminogênico-1, interleucina-1BETA, IL-6, IL-8, fator de crescimento semelhante a insulina, MCP, visfatina e proteína estimuladora de acilação, etc). Presente em fases da regulação do apetite, aumento de glicemia via quebra de adipócitos, entre outros. marrom (TAM): responsável pela termogênese, formado por células com presença abundante de mitocôndrias, especializadas na produção de calor. A gordura pode se alocar de maneira diferente e estar presente de maneira aumentada em órgãos como o fígado, caracterizando a esteatose hepática. As interações entre hormônios e o aumento de peso, devem ser consideradas como uma cascata de efeitos, que podem levar a perda de peso ou ao sobrepeso. O tecido adiposo pode ser dividido em: ginóide: acúmulo abdominal e quadris androide: acúmulo de gordura no abdômen, peito e braços - maior influência sobre aparecimento de DCV. Resistência Insulínica e DM2 Resistência a Insulina: relaciona-se as ações da insulina, sobre a homeostase da glicose e é definida como a resposta biológica subnormal a determinada concentração de insulina. Pode levar a casos de DM2. Depende das relações entre o tecido adiposo, o fígado e o tecido muscular. A obesidade por si só, não caracteriza o aparecimento de condições metabólicas desfavoráveis, mas inúmeras relações que o corpo pode apresentar. As disposições de gordura mais comuns, são: Um processo lipídico-inflamatório, ocasionado pelos fatores relacionados acima, influenciam o fígado, que promove uma queda no efeito lipogênico (quebra das células de gordura). Interleucinas e catecolaminas são enzimas que envolvem-se nesse processo metabólico inflamatório. @camilla.pnunes A ação da insulina, inicia-se a partir da sua ligação a subunidade alfa do receptor específico na membrana, que estimula a subunidade beta, autofosforilando e implementando a capacidade tirosina quinase. A subunidade beta é capaz de autofosforilar e fosforilar outras proteínas ou substratos sinalizadores citoplasmáticos intracelulares (substratos 1 e 2 do receptor de insulina: IRS-1 e IRS- 2) O Zinco tem função importante e relaciona-se com alterações no metabolismo do tecido adiposo, ação da insulina e inflamação crônica de baixo grau. Além de apresentar papel importante na regulação do apetite. O Diabetes Mellitus consiste em um distúrbio metabólico, caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos. É considerada uma doença poligênica, com traços de hereditariedade, aliada ao estilo de vida. A insulina e o glucagon são os 2 principais hormônios envolvidos nesse processo. A insulina é responsável pela entrada da glicose nas células, através de receptores na membrana celular, ativando diversas proteínas intracelulares que desencadearam processos metabólicos. Já o glucagon, modo antagônico, por mediação do metabolismo intermediário. Em sua etiologia, o estresse oxidativo está diretamente associado com o desenvolvimento e progressão do diabetes e suas complicações. Essa condição é geralmente acompanhada pelo aumento da produção de espécies reativas e comprometimento da defesa antioxidante. O aparecimento das complicações está associado com a ativação de algumas vias: ativação de fatores de transcrição, produção intracelular dos precursores dos produtos de glicação avançada (AGEs) e ativação da proteína quinase c. Ambas as condições (RI e DM2) tem relação direta com a alimentação, com o consumo exagerado e aumento dos níveis séricos de lipídeos, que podem favorecer a resistência a insulina e o DM2. As mudanças substanciais no consumo de carboidratos, aporte de proteínas dentro das recomendações nutricionais e diminuição no consumo de lipídios, afetam a qualidade de vida. @camilla.pnunes zinco: redução de níveis séricos em pacientes com DM e aumento da excreção urinária, papel nas ilhotas pancreáticas e produção de insulina cobre: associação entre deficiência de cobre e menor tolerância a glicose e acúmulo no tecido, desse nutriente, pode levar a danos cardíacos selênio e magnésio: metabolismo de CHO ferro: relações com a secreção de insulina calibre e reatividade vascular distribuição de fluido intra e extravascular débito cardíaco (soma dos fluxos teciduais locais) tônus vasomotor fatores dietéticos (excesso de gorduras e sal) fatores psicológicos e emocionais Em relação aos micronutrientes, a interação do metabolismo podem gerar alterações hemodinâmicas, afetando a homeostase da glicose. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Condição de aumento da PA, sendo considerada uma doença crônica e fator de risco para o sistema cardiovascular. Categoriza-se como HAS, quando os níveis de PA são iguais ou maiores que 140/90 mmHg. A hereditariedade e condições de vida são os fatores principais para essa condição.Outras, como, obesidade, inatividade física, elevada ingestão de sal, baixa ingestão de potássio e consumo abusivo de álcool, contribuem a médio e longo prazo. Características contribuintes para mudanças no perfil da tensão arterial: A PA é pulsátil, por esse motivo alterna-se entre sistólica e diastólica. Alterações hemodinâmicas na HAS A PA aumentada por ser primária (sem causa definida) ou secundária (causada por danos em sistemas acessórios, como renal). A regulação hormonal da PA, com participação da renina, angiotensina e aldosterona, ligados ao sistema renal, administração de fármacos, podem corrigir esses distúrbios. As paredes celulares desenvolvem papel importante na regulação da pressão. O endotélio (parede interna das veias e artérias) recebe sinais e ativam mecanismos (endotelina) que regulam a pressão. Os sistemas simpático e autônomo são envolvidos nessas funções, criando um conjunto de sistemas responsáveis pelo controle da PA. O tratamento da HAS é dividido entre: medicamentos, aumento na frequência de atividades físicas e educação nutricional. Uma lista de alimentos e suas respectivas quantidades de sódio, também pode ser uma alternativa de educação nutricional. @camilla.pnunes fosfolipídios colesterol: precursor dos hormônios esteroides, dos ácidos biliares e da vitamina D; também é constituinte das membranas celulares e participa na ativação de enzimas. triglicérides: formados a partir de 3 ácidos graxos ligados a 1 molécula de glicerol e constituem uma das formas de armazenamento energético mais importantes no organismo, depositados nos tecidos adiposo e muscular. ácidos graxos saturados insaturados monoinsaturados poli-insaturados Dislipidemia familiar Os lipídios são substâncias químicas insolúveis em água, descritas como lipídeos simples, compostos e derivados. Dislipidemia é definida como: distúrbios no metabolismo das lipoproteínas, como o aumento do colesterol total, da lipoproteína de baixa densidade (LDL) e dos triglicerídeos, e diminuição da lipoproteína de alta densidade (HDL), sendo desenvolvidas de acordo com a exposição a fatores genéticos e/ou ambientais. A dislipidemia familiar, também chamada de hipercolesterolemia familiar, pode ser definida como: Uma doença genética do metabolismo das lipoproteínas cujo modo de herança é autossômico codominante e que se caracteriza por níveis muito elevados do colesterol da lipoproteína de baixa densidade (LDL-c), e pela presença de sinais clínicos característicos, como xantomas tendíneos e risco aumentado de doença arterial coronariana prematura. Colesterol e Triglicerídeos Os lipídeos podem ser divididos em: lipoproteínas: lipídios e proteínas glicoproteínas: glicídios e proteínas fosfoproteínas: ligação de fósforo e proteínas hemoproteínas: porfirina férrica e proteína flavoproteínas: flavina e proteína metaloproteínas: metal e proteína Os quilomícrons são a lipoproteína responsável pelo transporte de triglicerídeos provenientes dos alimentos ingeridos, ricas em triglicérides. São menos densas e de tamanho grande. Já as lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) são formadas no fígado, ricas em triglicérides. As lipoproteínas de baixa densidade (LDL) são ricas em colesterol e fazem seu transporte desde o fígado até os tecidos. A lipoproteína de alta densidade (HDL), também rica em colesterol, faz o caminho contrário, levando este composto dos tecidos até o fígado. Ainda que o controle dietético não tenha grande influência na prevenção do desenvolvimento de arteriosclerose, sua importância reside no fato de promover melhorias consideráveis na qualidade de vida do paciente e diminuição dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Diabetes, HAS e obesidade são doenças que promovem aumento de risco de problemas cardíacos. Fluxos de aminoácidos interórgãos As proteínas podem ser classificadas de acordo com sua associação a outras moléculas: @camilla.pnunes Ciclo da ureia: biossíntese de aminoácidos, nucleotídeos e aminas biológicas - produto final: eliminação da ureia (excretada principalmente, através da urina) Circuito intermediário: envolvendo aspartato- argininosuccinato e sendo intermediário entre o 1º e o 3º ciclo. Ciclo do ácido cítrico: proveniente do metabolismo de esqueletos de carbono, resultando em oxaloacetato e por fim, glicose (proveniente da glicogênese a partir de proteínas), sendo conhecido como ciclo de krebs também. Aminoácidos As proteínas são compostas por moléculas de oxigênio, nitrogênio e carbono. Três ciclos são participantes da degradação de proteínas: A digestão das proteínas quebra essas moléculas em partes menores, conhecidas como aminoácidos. Cada um dos aminoácidos provenientes da quebra de proteínas terá sua transaminase (enzimas catalisadoras) própria, sendo também conhecidas como aminotransferases. As principais transaminases são aspartato (AST), alanina (ALT) ou glutâmico pirúvica e são sintetizadas pelo fígado. Os aminoácidos podem ser classificados entre essenciais e não essenciais. Temos 20 aminoácidos presentes nas proteínas: A biodisponibilidade dos aminoácidos podem sofrer influências de fatores antinutricionais (inibidores de tripsina e quimiotripsina e lectinas) - interferem negativamente na atividade de determinadas enzimas digestivas, reduzindo a digestibilidade e qualidade nutricional das proteínas. Os aminoácidos não são armazenados para aproveitamento futuro, sendo sua ingesta diária necessária, para suprir as demandas proteicas do organismo. @camilla.pnunes
Compartilhar