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DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL (SEM LOGO)

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTÉTICA E COSMETOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
ROSEMERI CARNEIRO ALVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2013 
 
 
 
 
ROSEMERI CARNEIRO ALVES 
 
 
 
 
 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como pré-requisito 
para a conclusão do Curso de Pós-
Graduação em Estética e Cosmetologia da 
Universidade Veiga de Almeida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientadora: Profª. Me. Cláudia M. Teixeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2013 
 
 
 
 FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
 
 
 
ROSEMERI CARNEIRO ALVES 
 
 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como pré-requisito para a conclusão do 
Curso de Pós-Graduação em Estética e Cosmetologia da 
Universidade Veiga de Almeida. 
 
 
 
 
 
Aprovada em: 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
__________________________________________ 
Profº Dr. Nome Completo 
Universidade Veiga de Almeida 
 
 
__________________________________________ 
Profº Dr. Nome Completo 
Universidade Veiga de Almeida 
 
 
 
__________________________________________ 
Profº Dr. Nome Completo 
Universidade _____________- Banca Externa 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao meu pai Djalma Alves 
Bezerra, que me ensinou e motivou a 
estudar, pois desejava ter alegria tendo 
uma filha com nível superior. 
 
Aos meus filhos Lucy, 
Daiane, Caio, e netos Carlos Eduardo, 
Carolina, Camila, Nicollas e Maria Júlia, 
para que veja na mãe e avó, motivo de 
superação e orgulho. 
 
Ao meu marido Arlauri 
Siqueira, parceiro e amigo, que durante 
esses 13 anos de convivência foi meu 
maior incentivador, e me apoia e ajuda 
em todos os momentos da minha vida. 
 
 
 
 AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Claudia Teixeira minha 
orientanda, que muito contribuiu na 
elaboração desse trabalho. 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
ATP - Adenosina Trifosfato 
DLM - drenagem linfática manual 
 
FEBECO - Federação Brasileira de Estética e Cosmetologia 
NMF - Fator natural de hidratação da pele 
OMS - Organização Mundial de Saúde 
UV - Ultravioleta 
SNP - Sistema Nervoso Parassimpático 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
Figura 1 - Manobras da drenagem linfática. 
Fonte: Arquivo pessoal da autora. 
 
Figura 2 - Manobras da drenagem linfática. 
Fonte: Arquivo pessoal da autora. 
 
Figura 3 - Manobras da drenagem linfática. 
Fonte: Arquivo pessoal da autora. 
 
Figura 4 - Aplicação da drenagem linfática manual pós-operatória. 
Fonte: Arquivo pessoal da autora. 
 
Figura 5 - Estudo de uso da drenagem linfática manual em mulheres de 
lipoaspiração de tronco. 
Fonte: Arquivo pessoal da autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Drenagem Linfática é um procedimento que se faz para drenar líquidos 
excedentes nos interstícios. Tal procedimento é usado com grandes resultados: 
na gestante, melhorando a circulação de retorno; nos linfedemas, diminuindo 
os inchaços; no pós-cirurgia melhorando edemas, sensibilidades, a dor e a 
cicatrização. Ao tocar os gânglios linfáticos pela primeira vez em 1932, o Dr. 
Emil Vodder não poderia imaginar que sua descoberta seria alvo de tantos 
estudos e de inúmeras polêmicas até os dias de hoje. Foi ele que descobriu um 
sistema, paralelo ao circulatório, que possuía os chamados linfonodos 
(gânglios linfáticos) que quando estimulados diminuíam de tamanho, servindo 
como tratamento para diversos problemas. A partir de então, Dr. Vodder, em 
companhia de sua esposa, se dedicou durante 40 anos à técnica, dando 
palestras, curso e demonstrações. O sistema linfático é constituído pela linfa, 
órgãos linfáticos e vasos, este último se distribui por todo o corpo e recolhe o 
líquido tissular que não retornou aos capilares sanguíneos, filtrando-o e 
reconduzindo-o à circulação sanguínea. Os capilares linfáticos estão presentes 
em quase todos os tecidos do corpo. Capilares mais finos vão se unindo em 
vasos linfáticos maiores, que terminam em dois grandes dutos principais: o 
duto torácico (recebe a linfa procedente do lado direito da cabeça, do braço 
direito e da outra parte do tórax) e o duto direito. 
 
Palavras chave: Drenagem linfática. Linfedemas. Sistemas linfáticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
Lymphatic Drainage is a procedure that is done to drain excess fluid into the 
interstices. This procedure is used with great results: in the pregnant woman, 
improving the return circulation; in lymphedema, reducing swelling; in post-
surgery improving edema, sensitivities, pain and healing. By touching the lymph 
nodes for the first time in 1932, Dr. Emil Vodder could not imagine that his 
discovery would be the subject of so many studies and numerous controversies 
to this day. It was he who discovered a system, parallel to the circulatory 
system, which had the so-called lymph nodes (lymph nodes) which, when 
stimulated, diminished in size, serving as a treatment for various problems. 
From then on, Dr. Vodder, in the company of his wife, dedicated himself for 40 
years to the technique, giving lectures, course and demonstrations. The 
lymphatic system consists of the lymph, lymphatic organs and vessels, the 
lymph system is distributed throughout the body and collects the tissue fluid that 
has not returned to the blood capillaries, filtering it and returning it to the 
bloodstream. Lymphatic capillaries are present in almost all tissues of the body. 
Finer capillaries join together in larger lymphatic vessels that terminate in two 
major ducts: the thoracic duct (receives lymph from the right side of the head, 
the right arm and the other part of the thorax) and the right duct. 
 
Key words: Lymphatic drainage. Lymphedema. Lymphatic systems. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 – INTRODUÇÃO - 14 
1.1 - COMPARAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE DRENAGEM LINFÁTICA - 15 
1.1.2 - Dr. EMIL VODDER - 15 
1.1.3 - PROF. ALBERT LEDUC - 16 
1.1.4 - TEMOS AS SEGUINTES ESCOLAS DE DRENAGEM LINFÁTICA - 21 
2 - O SISTEMA LINFÁTICO - 23 
2.1 - FUNÇÕES DO SISTEMA LINFATICO - 26 
2.2 - A DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL - 26 
2.2.3 - PROCESSO VACUAÇÃO E DEMANDA - 27 
2.3 - COMO É REALIZADA A DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL - 27 
2.3.1 - MANOBRAS MANUAIS DE DRENAGEM - 28 
2.3.2 - INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÃO DA DRENAGEM LINFÁTICA 
MANUAL - 30 
2.3.3 - PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL - 31 
2.4 - DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL DA FACE - 33 
2.4.1 – MANOBRAS - 33 
2.4.2 - SEQUÊNCIA DAS MANOBRAS DE DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL 
DA FACE - 34 
2.4.3 - MOVIMENTOS DE CONTATO - 34 
2.4.4 - MANOBRAS FINAIS DE CONTATO - 37 
2.5 - DRENAGEM LINFÁTICA NA GESTAÇÃO - 38 
2.5.1 – BENEFÍCIOS - 38 
3 - APLICABILIDADE NA ESTÉTICA - 39 
4 - O PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO NA CIRURGIA PLÁSTICA E 
LIPOASPIRAÇÃO - 40 
4.1 – ABDOMINOPLASTIA - 40 
4.1.3 - PRÉ-CIRÚRGICO - 41 
4.1.4 - AS 3 FASES DO PÓS-CIRÚRGICO - 42 
 
 
4.1.5 - FASE PROLIFERATIVA - 43 
4.1.6 - FASE DE MATURAÇÃO OU REMODELAÇÃO - 43 
4.1.7 - INTERCORRÊNCIAS OU COMPLICAÇÕES - 43 
4.1.8 – PÓS-CIRURGICO - 45 
5 - DRENAGEM REVERSA - 47 
6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS - 49 
7 – REFERÊNCIAS - 49 
ANEXOS - 51
ROSEMERI CARNEIRO ALVES 
PÓS-GRADUADA ESTÉTICA & COSMETOLOGIA – UVA – 2012 
 
APRESENTAÇÃO: 
 
Sou Rosemeri Carneiro Alves, atuo no ramo da estética há 31 anos. Pós-
graduada em estética e cosmetologia e cursando Pós Graduação em Docência 
Ensino Superior, massoterapeuta á 31 anos, depiladora, esteticista facial e 
corporal, terapeuta drenagem linfática. 
 
Esse é meu trabalho de final de curso da Pós-graduação da Universidade 
Veiga de Almeida, nele coloco tudo que achei de conhecimento tanto na 
internet como em cursos que fiz e coloquei aqui, falo de minhas experiências, 
aulas da pós-graduação, conteúdo de livros, apostilas e anotações de cursos 
que fiz. 
 
Daqui á algum tempo este trabalho vai crescer mais e mais, hoje começo a dar 
cursos de Drenagem Linfática Manual, Massagem Terapêutica. Treinamento de 
Lipomassagem e Depilação Expressa método de institutos de depilação. Se 
tiver erros em meu trabalho não levem a mau, sou uma eterna aprendiza, 
curiosa, estudiosa, tenho sede de conhecimento e sempre amanhã saberei 
mais que hoje, e o que for erro vai sendo ajustado e consertado. 
 
Ofereço esse meu trabalho a Claudia Teixeira que sempre me prestigiou, 
acreditou em mim, me elogiou e me tratou e trata com muito carinho e respeito. 
Claudia mulher sofisticada, culta, e uma doçura e simplicidade que só quem 
tem a grandeza dela pode ter. Eu te admiro Claudia e sou sua eterna fã! 
Desejo que esse meu trabalho ajude as que têm sede de conhecimento como 
eu. Boa leitura! 
 
 
- 14 - 
 
 
1 - INTRODUÇÃO 
 
 
A busca de uma juventude eterna faz com que, a cada dia, mais e mais 
pessoas procurem clínicas para aperfeiçoarem sua aparência ou prolongar sua 
beleza. Mesmo sabendo que quando a beleza interior está comprometida, a 
beleza exterior fica um pouco apagada, as pessoas buscam na cirurgia plástica 
ou nos procedimentos estéticos uma alternativa para elevar sua autoestima. 
 
Nessa tão propalada “corrida” pela juventude eterna, os grandes cientistas 
constantemente buscam, através de pesquisas de novos princípios ativos e 
novos aparelhos, retardar o envelhecimento das células. Mas, é nas mãos de 
grandes cirurgiões plásticos, e nos cuidados de um esteticista competente, que 
encontramos grandes transformações. 
 
O processo de Drenagem Linfática, sua fisiologia, importância no 
funcionamento de todo o organismo humano, é uma dessas grandes 
descobertas, realizada ainda no início do século XX, pelo Dr. Emil Vodder, 
tornando-se tratamento de fundamental importância por seus benefícios no 
pós-cirurgia plástica, principalmente no pós-abdominoplastia. 
 
Porém, o crescente número de supostos profissionais que aplicam drenagens 
sem conhecimento nenhum do sistema linfático, preocupa os esteticistas sérios 
e estudiosos, afinal, além da concorrência, o trabalho desenvolvido é errado e 
muitas vezes aplicado de forma danosa ao corpo humano. 
 
Quem conhece o sistema linfático não executa massagens vigorosas, deixando 
inclusive equimoses em alguns pacientes. Afinal eles sabem que o sistema é 
composto por finos e delicados capilares que formam uma rede, localizada na 
parte mais superficial do corpo humano, a pele. 
 
Estes capilares absorvem os líquidos por pressão hidrostática intersticial, que 
tendem a movimentar o fluído de volta para os capilares, sendo assim, ficou 
- 15 - 
 
provado que o edema causado está na pele e, levando em conta que os 
capilares linfáticos são finos, muito sensíveis e também responsáveis pela 
reabsorção dos líquidos intersticiais, estes não devem e não podem ser 
manipulados com força e pressão. Portanto, as populares drenagens linfáticas 
turbinadas não existem. 
 
1.1 - COMPARAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE DRENAGEM 
LINFÁTICA 
 
1.1.2 - Dr. Emil Vodder 
 
Toda drenagem linfática baseia-se no método Vodder, pois foi ele o primeiro 
que ousou tocar em gânglios linfáticos, caso impensável antes dele. Sabia-se 
muito pouco sobre a dinâmica do transporte linfático e a manipulação dos 
gânglios era completamente tabu. Vodder publicou seu primeiro trabalho em 
1936 por ocasião de uma exposição de saúde “Santé e Beauté” em Paris. 
O primeiro grupo de profissionais a interessar-se pela drenagem linfática de 
Vodder não foi o dos fisioterapeutas, nem o dos médicos. As palestras de 
Vodder chamaram a atenção das esteticistas que viram no método um meio 
para potencializar seus tratamentos estéticos. Provavelmente porque as 
esteticistas tinham menos preconceitos e mais intuição. Entre elas se 
destacaram a Sra. Götze, Sra. Bartetzko-Asdonk, Sra. Schenk e outras. Alguns 
massagistas aderiram também ao método, por exemplo, Wittlinger, que é um 
dos fundadores da Dr. Vodder Schule in Walchsee na Áustria (Escola de 
Drenagem Linfática autorizada por Dr. Vodder) e Karling. 
Somente em 1963, 27 anos depois, o trabalho de Vodder chamou a atenção de 
um médico, Dr. Johannes Asdonk. Logo em seguida Prof. Dr. M. Földi estudou 
as vias linfáticas da cabeça e da nuca e suas interligações com o líquor 
cérebro-espinhal. Prof. Dr. H. Mislin examinou os mecanismos da motricidade 
dos capilares e dos vasos linfáticos. Mais tarde se juntaram cientistas 
renomados como Prof. Dr. Kuhnke, Dr. Gregl, Dr. Schoberth, Dr. Collard, Dr. 
- 16 - 
 
Clodius, Dr. Schneider e muitos outros para defender os méritos da drenagem 
linfática através de trabalhos científicos. Este mutirão científico conseguiu 
transformar a drenagem linfática de Dr. Emil Vodder de uma manipulação 
alternativa esquisita em um método comprovado pela ciência e reconhecido 
pela medicina. 
O maior mérito deste feito cabe ao Prof. Dr. Johannes Asdonk. Ele não 
somente comprovou estatisticamente os resultados da drenagem linfática, mas 
também explicou cientificamente o porquê dos resultados. Ele conseguiu unir a 
prática de Dr. Vodder e seus discípulos com a ciência dos pesquisadores. 
Dr.Vodder era uma pessoa de intelligência rara, calmo e bondoso, mas 
realmente não era um guerreiro. Foi por uma feliz coincidência que Dr. Asdonk 
se interessou e levantou a bandeira da drenagem linfática manual. Sem a 
junção destes dois homens extraordinários, cada um do seu jeito, a drenagem 
de Dr. Vodder nunca teria deslanchado. 
Em 1966 foi fundada a “Gesellschaft für manuelle Lymphdrainage nach Dr. 
Vodder” (Sociedade para drenagem linfática manual pelo método Vodder), que 
passou a chamar-se “Deutsche Gesellschaft für Lymphologie” (Sociedade 
Alemã de Linfologia) a partir de 1976. Em 1978 houve o “1º Kongress 
International der Gesellschaft für Lymphologie” (1º Congresso internacional da 
Sociedade de Linfologie) em Innsbruck, Áustria, no qual eu estava presente. 
Dr. Vodder abriu pessoalmente os trabalhos do Congresso com uma 
retrospectiva sobre o desenvolvimento do seu método. Ele chamou sua 
primeira intuição da drenagem linfática de “visionária”, pois o que ele fez 
contrariava completamente todos os ensinamentos da época relativos aos 
gânglios linfáticos. “Por meio da razão, jamais conseguiria desenvolver a 
drenagem linfática manual” disse ele. 
1.1.3 - Prof. Albert Leduc 
No ano 1977, a convite da Federação Brasileira de Estética e Cosmetologia 
(FEBECO), desembarcou no Brasil o Prof. Leduc para dar um curso de 
drenagem linfática manual no Hotel Everest em Rio de Janeiro para 
- 17 - 
 
esteticistas. Quem reuniu o grupo foi Mdme Klotz, na época presidente da 
FEBECO, posteriormente transformada em Associação de Estética do Rio de 
Janeiro. 
Waldtraud Ritter Winter, esteticista, aprendeu a drenagem linfática manual 
pelas mãos de Dr. Emil Vodder e sua mulher Estrid em Wiesbaden, Alemanha, 
no ano de 1969. Participei do curso no Rio para refrescar algumas questões e 
tirar algumas duvidas. Prof. Leduc, como eu ouvi da sua própria boca, era 
aluno de Dr. Vodder. Ele fez o curso depois de mim, provavelmente em 1970. 
O Curso que ele deu em 1977 no Rio tinha o título Drenagem linfática
manual 
pelo método Vodder. Prof. Leduc era colaborador do Prof. Dr. Collard de 
Bruxelas. Dr. Collard já foi mencionado anteriormente como integrante do 
grupo dos cientistas em torno de Prof. Dr. Asdonk, o desbravador da drenagem 
de Vodder. Durante o curso no Rio de Janeiro Prof. Leduc ensinou as 
manobras da drenagem exatamente como eu havia aprendido, portanto, pelo 
método Vodder. 
No ano de 2001 fiz outro curso de drenagem linfática com Prof. Leduc em São 
Paulo, desta vez, pelo método Leduc. Em vez de aprender alguma coisa inédita 
e nova sobre drenagem pude constatar que era simplesmente o método 
Vodder terrivelmente empobrecido. Vodder era detalhista, tratava todas as 
articulações minuciosamente, pois como fisioterapeuta ele conhecia os muitos 
problemas das pessoas idosas com estas partes do corpo. O livro de Leduc, 
Drenagem linfática, teoria e prática, lançado em 2001 pela Editora Manole, 
traduzido em português, não traz nenhuma menção sobre a drenagem das 
articulações. 
A parte teórica do livro Leduc mostra esquemas sobre o equilíbrio das pressões 
e a repercussão das pressões da drenagem linfática sobre a rede sanguínea, 
ambos conforme Kuhnke, citado na bibliografia. Kuhnke pertenceu ao ciclo 
cientifico em torno de Vodder, Leduc bebia então na fonte que se formou por 
causa do trabalho de Vodder. Leduc mantém a sequência proposta por Vodder 
de drenar as regiões proximais antes das distais, e também a drenagem de 
cada região de distal a proximal. 
- 18 - 
 
Conforme o livro, Leduc desobstrui os gânglios principais da região antes de 
encaminhar o fluxo linfático. Vodder já ensinava isso. Vodder começa toda 
drenagem linfática pelo pescoço, Leduc acha que, tratando-se de edemas 
muito distantes, as manobras sobre o ângulo venoso não tem o poder de 
acelerar significativamente o fluxo linfático da perna. Pode ser que ele tenha 
razão, porém quando eu recentemente fiz uma cirurgia no tornozelo, fiquei com 
o pé e a perna engessada e, portanto sem acesso ao meu pé, que estava com 
edema importante. Ainda no hospital, ao manipular os ângulos venosos, sentia 
um movimento no meu pé, ao bombear os gânglios inguinais sentia o 
movimento mais nítido, quando trabalhava a fossa poplítea parecia mesmo 
haver uma bomba de sucção no meu pé. 
VODDER tinha a opinião de que quando o banheiro está inundado a gente 
precisa limpar em primeiro lugar o ralo e depois mandar a água em sua 
direção. Eu concordo com ele e começo toda drenagem no ângulo venoso. Por 
outro lado, não acho que começar no pescoço ou deixar o pescoço sem fazer 
vai invalidar o efeito de uma drenagem bem feita. Acho muito pior quando 
alguém tenta esconder as origens do seu aprendizado e ainda muda o nome 
do método, pois Dr. Vodder não está mais entre nós para se defender. 
Infelizmente existem pessoas que não tem bases científicas, que não sabem 
nada sobre fisiologia e anatomia, não conhecem os caminhos linfáticos e não 
imaginam quão frágeis são os capilares linfáticos. Pessoas que não somente 
praticam, mas ensinam outros, os quais consequentemente se tornam também 
perigosos. Perigosos para as suas clientes que se tornam vítimas, e perigosos 
para a reputação de um método tão cuidadosamente construído por homens e 
mulheres importantes. 
Por causa disso ainda existem médicos que não liberam seus pacientes para a 
drenagem linfática, e eles têm toda razão. Por causa dos “perigosos”, pessoas 
são lesadas. Os “perigosos” inventam a sua drenagem particular ou juram 
seguir um método, mas nunca o aprenderam. 
 
- 19 - 
 
Existe um verdadeiro caos a respeito da drenagem linfática. Não existem 
regras, limites ou exigências. Os estrangeiros que vêm aqui para ensinar visam 
geralmente mais o dinheiro do que o ensino. Os profissionais que lotam esses 
cursos estão muito mais preocupados em colecionar certificados do que 
conhecimentos. A cada dia a inteligência humana proporciona novas 
descobertas que melhoram a qualidade de vida do ser humano. Desde a 
antiguidade os médicos possuíam noções sobre a linfa e os vasos linfáticos. 
Ao tocar os gânglios linfáticos pela primeira vez em 1932, o Dr. Emil Vodder 
não poderia imaginar que sua descoberta seria alvo de tantos estudos e de 
inúmeras polêmicas até os dias de hoje. Foi ele que descobriu um sistema, 
paralelo ao circulatório, que possuía os chamados linfonodos (gânglios 
linfáticos) que quando estimulados diminuíam de tamanho, servindo como 
tratamento para diversos problemas. 
 
A partir de então, Dr. Vodder, em companhia de sua esposa, se dedicou 
durante 40 anos à técnica, dando palestras, curso e demonstrações. Graças a 
este trabalho pioneiro, e ao interesse crescente de médicos pelo seu método, 
foi fundada em 1967 a Sociedade de Massagem Linfática Manual cujo objetivo 
era fundamentar cientificamente as ações da drenagem. 
 
Em 1912, Aléxis Carrel ganhou o Prêmio Nobel por ter conseguido a 
surpreendente experiência de manter células de frango vivas, ao renovar 
regularmente o líquido linfático em que estavam mergulhadas. Intrigado, então, 
pelo sistema linfático e seguindo sua intuição, durante o tratamento de um 
paciente com sinusite, Vodder divulgou, em Cannes, um método completo e 
original: a drenagem linfática. Esta foi então descrita como movimentos em 
círculos efetuados com suavidade e de forma rítmica, com o objetivo de tratar 
patologias diferentes e reabsorver os edemas. 
 
No início do século XX, mais precisamente em 1936, Emil Vodder e sua esposa 
Estrid Vodder observaram que após massagearem os linfonodos das regiões 
cervicais que se encontravam inchados, (sintoma ocasionado pelo quadro 
gripal do paciente) esses melhoravam e também o estado do paciente. 
- 20 - 
 
Constatados esses resultados, desenvolveram o estudo e a prática da 
drenagem linfática manual. 
 
Com isso fica claro que a drenagem linfática (técnica manual criada pelo 
biólogo dinamarquês Emil Vodder e sua esposa Estrid Vodder em 1936) é 
indicada para os casos onde há retenção de água no corpo (se não tem líquido 
sobrando não tem o que drenar). 
 
Em 1952, Gertrude Beard definiu a massagem como manipulação dos tecidos 
moles do corpo, com o propósito de produzir efeitos locais e gerais, atuando 
nos sistemas muscular, nervoso, respiratório e circulatório (sanguíneo e 
linfático). Reconhecido como o pai da drenagem linfática, Emil Vodder, 
inicialmente doutor em Filosofia, depois Fisioterapeuta interessou-se pelos 
trabalhos e pesquisas de Alexis Carrel. 
 
Na década de 1960, Foldi estudou as vias linfáticas da cabeça e suas relações 
com o liquor cérebro espinhal e desenvolveu a terapia complexo 
descongestiva, associando a alguns procedimentos para o tratamento clínico 
do linfedema. Em 1967, é criada a Sociedade de Drenagem Linfática Manual; 
incorporada, em 1976, à Sociedade Alemã de Linfologia. 
 
No ano de 1977, os professores Albert e Oliver Leduc fizeram adaptações ao 
método de Vodder e Foldi, conseguindo demonstrar, através de uma 
radioscopia, a aceleração do fluxo linfático mediante a drenagem linfática 
manual. No ano seguinte, quebra-se o tabu, comprovando-se a eficácia da 
drenagem linfática manual em pacientes mastectomizados, desde que 
procedida com os devidos cuidados e sob-responsabilidade médica. 
 
Hoje, sendo uma prática bastante difundida, a drenagem linfática manual 
(DLM) é usada para tratamentos de muitas patologias. A drenagem linfática 
manual adquiriu um lugar de destaque no tratamento de edemas e linfedemas. 
 
 
 
- 21 - 
 
1.1.4 - TEMOS AS SEGUINTES ESCOLAS DE DRENAGEM LINFÁTICA 
 
Brasileira – José Maria Pereira Godoy 
Francesa – Emmil Vodder 
Belga – Albert Leduc e Oliver Leduc 
Alemã – Fòldi (terapia descongestiva) 
Australiana – Casley Smith 
 
VODDER 
 
Bases; 
Euflerage; 
Manobras em círculos com distensionamento do tecido; 
Não usa manobras de bombeamento; 
Não necessariamente inicia
com estímulo ganglionar e local; 
Três movimentos básicos combinados entre si; 
Circulares com os quatro dedos; 
Circular com os polegares; 
Movimento de bombeio com os dedos e a mão simultaneamente. 
 
LEDUC 
 
CONCEITOS BÁSICOS: Conceito básico é o esvaziamento das vias linfáticas 
com manobras chamadas de proximal para distal. O início de o movimento 
circular apenas toca a pele, a pressão aumenta gradualmente até alcançar seu 
máximo na metade do ciclo para logo relaxar a mesma progressivamente. 
 
A evacuação (esvaziamento das vias linfáticas adjacentes á zona edemaciada); 
Manobras de evacuação do linfonodos; 
Manobras em chamada proximal-distal, no sentido proximal; 
Captação (conjunto de manobras aplicadas sobre a região afetada, visando 
drenar e absorves o líquido acumulado no interstício); 
Manobras de reabsorção distal-proximal. 
Términus; 
- 22 - 
 
Não aplicável euflerage; 
Usa manobras em chamadas de e reabsorção; 
Manobras de bombeamento; 
Inicio com estímulo ganglionar local. 
 
 
GODOY 
 
Baseia-se no uso de roletes aonde é empregada uma leve pressão nos trajetos 
dos linfáticos. Além disso, pressões nos linfonodos do pescoço são realizadas 
com intuito de aumentar o fluxo linfático. 
 
FÕLD 
 
Földi também é um sucessor de Vodder. Assisti uma palestra sobre o método, 
seguida por uma demonstração prática durante o Congresso Les Nouvelles 
Estethiques. Isto deve ter sido em 2003, mas não tenho certeza da data. Em 
2008 participei do curso Pós-Congresso do método Földi com professor Didier 
que veio da Suíça. As manobras de Földi são lentas, profundas, macias, 
lembram as manobras de Vodder, talvez são mais generosas, mais largas, 
menos minuciosas, com certeza elas funcionam. Não vi grandes diferenças 
nem na sequência nem nos caminhos. Também, os caminhos da linfa não 
mudam desde que foram descobertos e explorados por Vodder e seus 
escudeiros. 
 
- 23 - 
 
 
Figura 1 - Manobras de drenagem linfática. 
Fonte: Arquivo pessoal da autora. 
 
2 - O SISTEMA LINFÁTICO 
Além de um sistema de vasos sanguíneos o nosso corpo possui um sistema de 
vasos linfáticos. Como funciona isso? É assim: uma parte do plasma (a parte 
líquida do sangue) que chega nos capilares (os vasos sanguíneos mais finos) 
transborda entre as células dos órgãos, músculos e outros tecidos. 
 
Esse líquido é chamado líquido intersticial. Se Junta a ele as toxinas liberadas 
pelas células e se forma a linfa, que vai então ser absorvida nos vasos 
linfáticos. Entendido o que é linfa e sistema linfático é fácil compreender o que 
pode dar errado o líquido se acumular causando inchaço. 
 
- 24 - 
 
Ele pode se acumular por diversos motivos como a quantidade de sangue pode 
aumentar (como ocorre na gravidez) e mais líquido transbordar para os tecidos, 
ou pode haver uma maior produção de líquido local o que ocorre nos inchaços 
causados por inflamação. O que a drenagem linfática faz então? Como o 
próprio nome diz, ela drena esse líquido que está acumulado entre as células 
para os vasos linfáticos e deles até o coração. Só isso. E é bastante. 
Da mesma forma que as veias, os vasos linfáticos vão ficando cada vez mais 
grosso, até desembocarem na veia cava e entrarem no coração, voltando 
assim à circulação sanguínea do coração, o sangue vai para todos os órgãos 
inclusive os rins, onde é filtrada e formada a urina, que será eliminada. 
Também viajam pelos vasos linfáticos, além das toxinas, os microorganismos 
que causam doenças, como vírus e bactérias. Por esse motivo a natureza 
colocou no sistema linfático uma espécie de blitz: os linfonodos. Nessa blitz 
ficam concentradas as células de defesa do organismo, que param e 
combatem os agentes que causam doenças ou mesmo células cancerígenas 
nocivas ao organismo. 
Quem conhece o sistema linfático não executa massagens vigorosas, deixando 
inclusive equimoses em alguns pacientes. Afinal eles sabem que o sistema é 
composto por finos e delicados capilares que formam uma rede, localizada na 
parte mais superficial do corpo humano, a pele. Estes capilares absorvem os 
líquidos por pressão hidrostática intersticial, que tendem a movimentar o fluído 
de volta para os capilares, sendo assim, ficou provado que o edema causado 
está na pele e, levando em conta que os capilares linfáticos são finos, muito 
sensíveis e também responsáveis pela reabsorção dos líquidos intersticiais, 
estes não devem e não podem ser manipulados com força e pressão. Portanto, 
as populares drenagens linfáticas turbinadas não existem. 
 
O sistema linfático é constituído pela linfa, órgãos linfáticos e vasos, este último 
se distribui por todo o corpo e recolhe o líquido tissular que não retornou aos 
capilares sanguíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação sanguínea. 
 
- 25 - 
 
Os capilares linfáticos estão presentes em quase todos os tecidos do corpo. 
Capilares mais finos vão se unindo em vasos linfáticos maiores, que terminam 
em dois grandes dutos principais: o duto torácico (recebe a linfa procedente do 
lado direito da cabeça, do braço direito e da outra parte do tórax) e o duto 
direito ambos desembocam em veias próximas ao coração. 
 
A linfa é o líquido que circula pelos vasos linfáticos. Sua composição é 
semelhante à do sangue, mas ela não possui hemácias. No sangue os 
linfócitos representam cerca de 50% do total de glóbulos brancos. 
 
Órgãos linfáticos são as amídalas (tonsilas), adenóides, baço, linfonodos 
(nódulos linfáticos) e timo (tecido conjuntivo reticular linfóide: rico em linfócitos). 
 
Amídalas: (tonsilas palatinas) produzem linfócitos. 
 
Timo: órgão linfático mais desenvolvido no período pré-natal, involui desde o 
nascimento até a puberdade. 
 
Linfonodos ou nódulos linfáticos: órgãos linfáticos mais numerosos do 
organismo, cuja função é a de filtrar a linfa e eliminar corpos estranhos que ela 
possa conter, como vírus e bactérias. Nele ocorrem linfócitos, macrófagos e 
plasmócitos. A proliferação dessas células provocada pela presença de 
bactérias ou substâncias/organismos estranhas determina o aumento do 
tamanho dos gânglios, que se tornam dolorosos, formando a íngua. 
 
Baço: órgão linfático, excluído da circulação linfática, interposto na circulação 
sanguínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. 
Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem 
micróbios, restos de tecido, substâncias estranhas, células do sangue em 
circulação já desgastada como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. 
 
Dessa forma, o baço purifica o sangue, funcionando como o filtro desse fluído 
tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a 
- 26 - 
 
agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande 
nódulo linfático. 
 
2.1 - FUNÇÕES DO SISTEMA LINFATICO 
 
 Drenagem dos metabolismos catabólicas e água do fluido intersticial 
 Reintegrar as proteínas do sangue 
 Absorção de substancias não absorvível pelos capilares venosos (como 
as gorduras) 
 Conduzir ao sangue elementos que atravessam a mucosa intestinal no 
processo de digestão. 
 Defender o organismo das agressões de bactérias e agentes tóxicos do 
interstício conduzindo-os para ao linfonodos onde sensibilizam o 
organismo ou são destruídos. 
 Conduzir imunoglobinas produzidas pelos linfonodos dos adultos e os 
linfócitos para a corrente circulatória. 
 
2.2 - A DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL 
 
É uma técnica que promove a circulação linfática de forma a ajudar o 
metabolismo a eliminar as toxinas, sendo uma das suas ações desintoxicantes. 
Esta técnica de drenagem auxilia a melhorar o sistema imunológico, visto que 
esta repleta de anticorpos. A drenagem linfática ajuda a eliminar o excesso de 
água no organismo sem dor. 
 
A linfa inserida nos vasos linfáticos por vezes não consegue filtrar as impurezas 
do sangue, ocorrendo um bloqueio,
a este “estado” é originado a chamada 
retenção de líquidos. A retenção de líquidos provoca inchaço, dor e por vezes 
edemas e ainda em determinadas zonas origina celulite. 
 
- 27 - 
 
Também uma técnica da fisioterapia que facilita a circulação da linfa, e a 
expulsão desta, junto com microorganismos e substâncias não necessárias ao 
corpo. A drenagem linfática traz inúmeros benefícios a pacientes que portam 
diversas doenças relacionadas ao sistema cardiovascular, como a Elefantíase. 
 
Drenagem linfática é uma técnica que, como já foi dito, tem o objetivo de drenar 
líquidos excedentes, que ficam acumulados entre os espaços intersticiais, 
mantendo os equilíbrios hídricos, sendo também responsável pela evacuação 
dos dejetos provenientes do metabolismo celular. 
 
A drenagem linfática não vai emagrecer a cliente e sim ajudar no processo de 
emagrecimento, ela trabalha ao nível de melhorar a drenagem da linfa e da 
substância fundamental, através de pressões suaves, não devendo jamais 
causar dor, com ritmo lento, pois em condições normais os vasos linfáticos se 
contraem de 5-7 vezes por minuto (ANDREOLI & PAZINATTO, 2009). 
Os artigos científicos que comprovam a sua eficiência falam do uso da técnica 
em linfedema e em processos inflamatórios pós-cirúrgicos (depois de uma 
cirurgia é normal acumular líquido nos tecidos lesados, já que o corpo entende 
a cirurgia como uma agressão e manda os seus soldadinhos de defesa para o 
local). 
Também ajuda quando o próprio sistema linfático está comprometido em seu 
funcionamento. Se a circulação da linfa estiver prejudicada por algum motivo, 
ela se acumulará, causando o inchaço e impedindo a limpeza adequada do 
organismo. 
Segundo LEDUC (2007), para acontecer à evacuação desses dejetos dois 
processos são necessários processo de captação ou reabsorção realizado pela 
rede de capilares linfáticos. Esse processo é a consequência do aumento da 
pressão tissular. Quanto mais pressão maior é a captação pelos capilares. 
 
 
 
 
- 28 - 
 
2.2.3 - PROCESSO VACUAÇÃO E DEMANDA 
 
É o transporte da linfa que se encontra nos vasos e que através dos pré-
coletores chegam aos coletores. Em outras palavras, a captação é realizada no 
mesmo nível da infiltração; e a evacuação é a transferência dos líquidos 
captados longe da zona de captação. Com o avanço da tecnologia muito se 
tem conseguido para a melhora e bem estar de todos que buscam na medicina 
e na estética procedimentos que irão aliviar suas tensões. Atualmente, a 
drenagem linfática manual está representada principalmente por duas técnicas: 
a de Leduc e a de Vodder. 
 
Ambas são baseadas nos trajetos dos coletores linfáticos e linfonodos, 
associando basicamente três categorias de manobras: manobras de capitação; 
manobras de reabsorção; manobras de evacuação. A diferença entre elas 
reside somente no local de aplicação. Alguns autores preconizam iniciar a 
drenagem linfática pelo segmento proximal, processo de evacuação, obtendo 
assim um esvaziamento das vias pelas quais a linfa terá que fluir. 
 
2.3 - COMO É REALIZADA A DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL 
2.3.1 - MANOBRAS MANUAIS DE DRENAGEM 
 
 Precisam ser suaves, progressivas e lentas Espremendo levemente a 
pele e deslocando-a ao plano profundo. Vale lembrar que, antes dos 
movimentos de drenagem em que vamos auxiliar na circulação da linfa, 
É necessário fazer leves compressões sobre as cadeias ganglionares 
para que essas se esvaziem e estejam preparadas para receber um 
novo aporte de líquidos para serem filtrados e seguir o curso para 
corrente venosa. 
 A quantidade de movimentos vai depender da patologia, sendo cinco 
movimentos, o mínimo habitualmente adotado. Com a mão em contato 
- 29 - 
 
com a pele, os dedos fazem movimentos circulares, apoiando e 
levantando. 
 Na drenagem linfática é realizada com manobras manuais de pressões 
suaves, como bombeamentos, movimentos circulares, sempre no 
sentido dos gânglios linfáticos. 
 Primeiramente desbloqueia-se as “portas” onde estão inseridas os 
maiores gânglios do corpo (de cima para baixo). E realizam-se as 
manobras da drenagem linfática de baixo para cima, sem nunca 
provocar dor, e com pouca pressão e com precisão dos movimentos. 
 A diferença entre elas reside somente no local de aplicação. Alguns 
autores preconizam iniciar a massagem de drenagem linfática pelo 
segmento proximal, processo de evacuação, obtendo assim um 
esvaziamento das vias pelas quais a linfa terá que fluir. 
 O trabalho deve ser executado no sentido proximal-distal, praticar por 
maior espaço de tempo onde há maior retenção de líquido; executar as 
manobras em ritmo lento, pausado e repetitivo, em respeito ao 
mecanismo do transporte da linfa, cuja frequência de contração é de 5-7 
vezes por minuto; 
 Não deve ser desagradável e sem dor; aconselha-se que a primeira 
sessão seja mais breve, trabalhando mais a cadeia linfonodal; do 
pescoço, analisando as reações; as sessões devem ter no mínimo de 30 
minutos e duas vezes por semana; 
 No curso de drenagem linfática da Payot aprendemos com a professora 
Nazira estas manobras de drenagem linfática patinho, patão, ondinha, 
bracelete, fricção e vibração. Existe uma gama de movimentos que 
poderão ser usados, no entanto, tais movimentos requerem práticas. 
Para fazer uma boa drenagem é necessário ter conhecimento da 
anatomia do sistema linfático e sua fisiologia. 
 Necessário se faz de alertarmos que a primeira cadeia ganglionar a ser 
trabalhada é dos términos ou supraclaviculares. Observe-se ainda que, 
ao bombeamento das cadeias ganglionares, seguem-se os movimentos, 
proximal para distal, e, distal para proximal. 
 
- 30 - 
 
Drenagem linfática não dói. O profissional faz pressões leves em todo o corpo 
para drenar esse líquido. Tem gente que acha que por isso não foi bem feita, 
mas é o contrário. Se você sair com manchas roxas depois de uma sessão de 
drenagem linfática alguma coisa está errada. 
 
2.3.2 - INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÃO DA DRENAGEM LINFÁTICA 
MANUAL 
 
INDICAÇÕES: 
 
 Circulação de retorno comprometida; 
 Tecido edemaciado; 
 Varizes; 
 Cicatrização; 
 Menopausa; 
 Cansaço nas pernas; 
 Sistema nervoso abalado; 
 Gestação; 
 Celulite; 
 Pré e pós-cirurgia plástica; 
 Linfedema; 
 Dores musculares; 
 Relaxamento; 
 Pós-mesoterapia; 
 Hematomas; 
 Olheiras ou edemas palpebrais; 
 Rejuvenescimento; 
 Acne. 
CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS 
 Infecções agudas, 
 Tumores, 
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 Cancro, 
 Abscesso e nódulos não estudados, 
 Trombose venosa profunda, 
 Tromboflebites, 
 Erisipela, 
 Hipertireoidismo, 
 Arteriosclerose avançada, 
 Menstruação abundante, 
 Afecções da pele, 
 Câncer ainda não estabilizado; 
 Reação inflamatória aguda; 
 Insuficiência cardíaca não controlada; 
 Febre; 
 Gestação de alto risco; 
 Insuficiência renal crônica; 
 Hipertensão; 
 Processos viróticos. 
 
CONTRA INDICAÇÃO ABSOLUTA: 
 
 Tumores malignos; 
 Infecções agudas; 
 Edemas sistêmicos de origem cardíaca; 
 Trombose venosa. 
 
Além de bem aplicada é importante estar alerta para as contra indicações. A 
primeira são infecções. Lembra que no meio dos vasos linfáticos existem as 
blitz do sistema de defesa, os linfonodos? Então se uma pessoa está com uma 
infecção e recebe uma drenagem linfática essa infecção que estava localizada 
pode se espalhar pelo organismo, piorando o estado geral do paciente. Se a 
pessoa tem suspeita de tumor, fica óbvio que não vale a pena sair espalhando 
células cancerígenas pelo corpo, certo. 
- 32 - 
 
2.3.3 - PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL 
A drenagem linfática manual tem ótimos resultados para as pessoas que tem 
retenção de líquidos e inchaço, devido ao seu efeito drenante e 
desintoxicantes. Indicada para as pessoas que tem as pernas cansadas e 
inchadas
nas quais podem surgir edemas, varizes ou hematomas, hipertensão 
arterial. 
BENEFÍCIOS: 
 
 Otimização das imunoreações celulares; 
 Diminuição das aderências e retrações cicatriciais; 
 Maior eficiência celular; 
 Aumento da diurese; 
 Maior eficiência da nutrição dos tecidos. 
 Diminuição de sensação de edema e dor na gestante. 
 Auxilia também na redução de celulite e gordura, sendo seu efeito 
adelgaçante e é especialmente recomendada para pós-operatórios e 
recuperação de cirurgias de estética. 
 Aumento da capacidade de admissão dos capilares linfáticos; 
 Aumento da velocidade da linfa transportada; 
 Aumento da quantidade da linfa filtrada processada pelos gânglios 
linfáticos; 
 Aumento da oxigenação e desintoxicação esquelética; 
 Aumento do peristaltismo intestinal; 
 Favorece a evacuação de macromoléculas; 
 Aumenta a capacidade de transporte do sistema linfático 
 Aumenta a reabsorção de uma fração de edema no nível do capilar 
venoso; 
 Previne formação de fibroses. 
Produz relaxamento das fibras musculares esqueléticas agindo no sistema 
nervoso parassimpático (SNP). 
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Figura 2 - Manobras da drenagem linfática. 
Fonte: Arquivo pessoal da autora. 
 
2.4 - DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL DA FACE 
 
2.4.1 - MANOBRAS 
Todos os movimentos de drenagem têm como objetivo captar as linfas nos 
espaços intersticiais, para que haja maior absorção pelos capilares linfáticos, e 
aumentar a velocidade de seu transporte em direção à fossa supraclavicular, 
par que possa voltar à circulação sanguínea. Os movimentos podem ser feitos 
tanto nas regiões edemaciadas como nas áreas não afetadas. 
SÃO ELAS: 
 Bombeamento: é utilizada para desobstrução dos linfonodos (gânglios 
linfáticos) e das áreas próximas a ele. 
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 Compressão e descompressão: é realizada seguindo o sentido da 
drenagem. O objetivo desta manobra é auxiliar o processo de 
evacuação da linfa em direção aos coletores produzindo efeito de 
aspiração da linfa em direção centrípeta (sempre na mesma direção). 
 Círculos fixos: para auxiliar o processo de captação da linfa nos 
espaços intersticiais, no nível dos capilares linfáticos. 
CARACTERÍSTICAS DAS MANOBRAS: 
 PRESSÃO: deve ser exercida na direção dos fluxos linfáticos, sendo 
moderada no caso de tecido normal e leve em caso de tecido 
edemasiado, pele avermelhada ou tensão muscular, não podendo em 
nenhuma circunstancia causar dor. 
 DIREÇÃO: o ponto de partida deve sempre começar da fossa supra 
clavicular onde o ducto torácico e os ductos linfáticos desembocam na 
junção das veias jugulares com as subclávias, ou seja, a drenagem 
sempre seguirá da região proximal do membro para distal e de volta , de 
distal para proximal. O objetivo desta manobra é garantir o 
descongestionamento as vias principais para garantir o livre escoamento 
da linfa. 
 RITMO: deve ser constante e bem lento, repetindo cada movimento de 5 
a 7 vezes. 
2.4.2 - SEQUÊNCIA DAS MANOBRAS DE DRENAGEM LINFÁTICA 
MANUAL DA FACE 
 
2.4.3 - MOVIMENTOS DE CONTATO 
1) Deslizamento: trapézio, cervical, nuca, descendo pelo esterno 
massageando o grande peitoral. 
2) Bombeamento sobre a fossa supraclavicular: pressão em 3 tempos e 
relaxa em 3 tempos. 
 
- 35 - 
 
DESCONGESTIONAMENTO 
3) Linfonodos do pescoço: realize círculos fixos com o dedo indicador. 
Médio, anular e mínimo. Partindo da sétima vértebra cervical até 
occipital com pressão para o lado externo do pescoço. 
4) Linfonodos occipitais: realize círculos fixos com o dedo indicador. 
Médio, anular e mínimo. Partindo da sétima vértebra cervical até 
occipital com pressão para o lado externo do pescoço. 
5) Linfonodos parotídeos e retroauricular: realize círculos fixos com o 
dedo médio iniciando na região submandibular até a região temporal e 
de volta para a região submandibular. Porém nos pontos sobre os 
linfonodos parotídeos utilizar o dedo indicador e médio e nos linfonodos 
retro-auliculares os dedos mínimos e anular. 
6) Linfonodos submentais: realize círculos fixos com os dedos anular, 
médio, e indicador em direção a região submandibular. 
7) Linfonodos submandibular: realize círculos fixos com os 4 dedos da 
mão, menos o polegar com a pressão para a região submandibular. 
PARTE BAIXA DA FACE: 
8) Região submentoniana: neste trajeto temos 3 pontos. Com as falanges 
dos dedos realize compressão e descompressão envolvendo todo o 
mento e direcionando a linfa para o subimento. 
9) Sulco labionasal: a) partindo das comissuras labiais com as falanges 
dos 3 dedos realize compressão e descompressão direcionando a linfa 
para a região submandibular. b) asa do nariz com a falange dos três 
dedos realize e descompressão direcionando a linfa para região 
submandibular. 
10) Lábio superior: com a falange dos 3 dedos indicador médio e anular 
realize compressão e descompressão direcionando a linfa para as 
laterais. 
11) Nariz: com o dedo médio realize compressão e descompressão partindo 
da ponta do nariz (1) asa (2). Dorso (3), lateral (4), e raiz (5), em direção 
a lateral do nariz. 
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12) Arco interno dos olhos: com a falange dos 3 dedos realize 
compressão e descompressão, começando no arco interno até a asa do 
nariz. Da asa do nariz até a comissura labial. Da comissura labial até a 
mandíbula, direcionando para a via submandibular. 
13) Linfonodos submandibular: realize círculos fixos com os quatro dedos 
da mão, menos o polegar com pressão para a região submandibular. 
Depois realize círculos fixos descendo pela via do pescoço com o dedo 
médio até a fossa supra clavicular. Fazer compressão e descompressão 
na fossa em três tempos. 
PARTE ALTA DA FACE: 
14) Com o dedo médio realize círculos fixos com pressão em direção a 
submandibular. Neste trajeto temos cinco pontos, inicia na região 
submandibular indo até as têmporas. 
15) Região malar: com a falange dos 3 dedos indicador médio e anular 
realize compressão e descompressão, iniciar no arco interno da órbita, 
depois no meio da pálpebra e o ultimo no canto externo do olho 
direcionando a linfa para as têmporas. 
16) Pálpebra inferior: neste ponto temos três pontos, realize movimentos 
de compressão e descompressão com o dedo médio, iniciar no arco 
interno da órbita, depois do meio da pálpebra e o último no canto 
externo do olho, direcionando as linfas para as têmporas. 
17) Pálpebra superior: com a falange dos 3 dedos médio realize 
compressão e descompressão, iniciar no canto externo do olho, depois 
no meio do olho e por último no arco interno da órbita direcionando as 
linfas para as têmporas. 
18) Supercílio: pinçar as sobrancelhas com o dedo indicador e polegar 
iniciando o arco interno e terminando nas têmporas. 
19) Glabela: com o dedo médio e indicador realize círculos fixos com 
pressão em direção a submandibular. 
20) Região frontal: neste trajeto temos três pontos, realize círculos fixos 
com as falanges dos dedos médio e indicador começando na têmpora 
depois meio da frente e por ultimo região central. 
- 37 - 
 
2.4.4 - MANOBRAS FINAIS DE CONTATO 
Suave tração com apoio atrás da nuca e região frontal, e pressão com as 
mãos acomodadas sobre os acrômios. 
 
Figura 3 - Manobras da drenagem linfática. 
Fonte: Arquivo pessoal da autora. 
 
2.5 - DRENAGEM LINFÁTICA NA GESTAÇÃO 
A drenagem linfática na gestação é indicada para diminuir a retenção de 
líquido, Ela costuma ser muito indicada, mas é preciso buscar um profissional 
bem formado especializado em trabalhar com grávidas. É o tratamento estético 
mais indicado para a gestante, a partir do terceiro mês de gestação. 
 
- 38 - 
 
Com manobra suave e lenta, que ajuda a reduzir essa retenção de líquido e 
diminuir os inchaços comuns da gravidez, que aparecem principalmente no 
primeiro e no último trimestre, o profissional pressiona e desliza a mão por todo 
o corpo, direcionando o excesso de líquido para os gânglios
linfáticos, que 
trabalham para eliminá-lo pela urina. 
 
Ela é considerada o melhor tratamento estético para grávidas já que a retenção 
de líquido aumenta muito nessa fase da vida da mulher, isso porque para dar 
conta do feto o volume sanguíneo da mãe aumenta entre 30% a 50% 
facilitando que uma parcela maior transborde nos capilares e vire inchaço. 
Durante a gestação há um aumento na produção hormonal, responsável por 
várias modificações estruturais e musculares. 
 
Alguns dos hormônios essenciais na gravidez são responsáveis pela tendência 
de reabsorver sódio causando a retenção de líquido na gestante, 
principalmente nos e pés e nas pernas. 
 
Essa técnica previne e trata as complicações decorrentes da gestação, 
auxiliando no alívio de problemas circulatórios e musculares, bem como de 
outros problemas relacionados às mudanças hormonais, tais como enxaqueca, 
insônia, constipação intestinal e cansaço, além de proporcionar relaxamento à 
gestante. 
 
2.5.1 - BENEFÍCIOS 
 
 Estimula a circulação venosa 
 Reduz a retenção de líquido e diminui inchaços típicos da gravidez. 
 Estimula a lactação e a dessensibilização das mamas, preparando-as 
para a amamentação; 
 Previne e combate às varizes e sensação de pernas cansadas; 
 Combate à celulite e às estrias; 
 Alivia tensões e reduz dores musculares. 
 
- 39 - 
 
Além desses benefícios podemos citar também que durante o tratamento as 
grávidas passam a se conhecer mais e aceitam melhor a nova identidade 
corporal. Desta forma, a mulher passa a ter aumento do bem-estar emocional, 
fortalecendo ainda mais o vínculo mãe-bebê. 
 
2.5.2 - CONTRA INDICAÇÕES: 
 Grávidas com hipertensão não controlada; 
 Insuficiência renal; 
 Trombose venosa profunda; 
 Infecções de pele; 
 Erupções cutâneas. 
 
É importante ressaltar que a técnica mal executada pode estimular as 
contrações uterinas e causar até a precipitação do parto a partir do sexto mês 
de gestação. Podendo também comprometer a circulação e causar 
hematomas. Por isso é sempre bom consultar e procurar para buscar um 
profissional bem capacitado. 
Aliás, esse é o principal problema da drenagem linfática, ela pode ser 
encontrada em qualquer lugar por qualquer preço. Então desconfie dos preços 
muito baratos e procure (mesmo nos caros) saber como foi a formação da 
pessoa que irá realizar a massagem (lembre-se, a maioria das pessoas nem 
sabe o que significa linfa). 
Se mal aplicada à drenagem linfática pode causar danos aos vasos linfáticos. 
Se eles rompem, mais líquido é extravasado e o problema piora. Esse estudo 
aqui mostra que a técnica aplicada de forma muito vigorosa pode romper os 
vasos 
 
 
- 40 - 
 
3 - APLICABILIDADE NA ESTÉTICA 
 
 A drenagem linfática, que faz parte de qualquer pacote de tratamento estética, 
pode ser um bom coadjuvante no combate à celulite. Edemas, Paniculopatia 
Edemo Fibro Esclerótica (PEFE), pós-cirurgia plástica, obesidade, gravidez. 
Antes de qualquer descrição sobre a técnica da drenagem linfática manual, 
convém ressaltar que está é totalmente diferente da massagem corporal. 
Lembre-se sempre a drenagem linfática manual não é massagem. 
 
A massagem expressão oriunda do grego tem como objetivo amassar as 
partes do corpo para que o mesmo relaxe; aliviando tensões e dores, ativando 
a circulação sanguínea, e, promovendo o bem-estar físico e mental. Enquanto 
esta última trabalha ao nível de tônus muscular, exigindo maior pressão, com 
ritmo mais acelerado, mãos tensas, punhos rígidos e dedos muito ativos, 
utilizando lubrificantes para favorecer o deslizamento das mãos. 
 
Então uma primeira coisa deve ficar bem clara a drenagem não emagrece. Isso 
quer dizer que não se perde gordura através da massagem. Mas se as 
medidas mais cheinhas são causadas por acúmulo de água, aí sim pode haver 
uma redução das medidas. 
Já se o problema for celulite (que é uma inflamação do espaço ao redor das 
células adiposas que não diz respeito a aumento de gordura, embora esteja 
muito relacionada à obesidade) a drenagem linfática funciona mais como uma 
técnica preventiva já que ela evita que esse excesso de água cause uma 
inflamação no tecido gorduroso, mas ela, sozinha, não acaba com a celulite. 
 
4 - O PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO NA CIRURGIA PLÁSTICA E 
LIPOASPIRAÇÃO 
 
4.1 - ABDOMINOPLASTIA 
 
- 41 - 
 
Cada vez mais, chegam às nossas mãos pessoas que, pelos mais variados 
motivos, passaram por uma cirurgia plástica e necessitam dos nossos serviços; 
ou ainda, clientes que já estão conosco e querem se preparar para cirurgias a 
que pretendem se submeter. A primeira cirurgia desse gênero foi realizada em 
1899, para correção do abdômen em avental. 
 
As indicações para a realização de uma abdominoplastia são muitas: os efeitos 
pós-cirurgia bariátrica; emagrecimento intenso após dietas; além, é claro, das 
profundas alterações no organismo feminino desencadeadas pela gestação, 
que vão, desde desarranjo na postura, alterações na marcha, transtorno 
metabólicos, aparecimento de estrias e flacidez de pele, até a hipotonia 
muscular (diástase). 
 
Para a realização de uma abdominoplastia, o cirurgião avalia: a pele, o tecido 
adiposo, os músculos reto e oblíquo; a saúde do cliente; e, o risco cirúrgico. 
Cada cirurgião tem uma conduta de trabalho. Mas todos sempre utilizam todos 
os recursos para se assegurarem quanto à indicação e realização da cirurgia 
(GODOY, 1999). 
 
4.1.2 - TÉCNICAS UTILIZADAS PELO CIRURGIÃO PLÁSTICO 
 
Dermolipectomia abdominal: consiste na retirada do retalho cutâneo e 
gordura no andar inferior do abdômen. Com esse procedimento o tecido 
superior recobre toda a extensão abdominal e faz-se uma nova cicatriz 
umbilical. Indicada para abdomes com grande flacidez. 
 
Mini abdominoplastia: quando a pele superior do abdômen é de boa 
qualidade, com pouca flacidez. Retira-se apenas o excesso de pele e gordura 
da parte inferior. Geralmente indicada para mulheres que ainda não 
engravidaram ou tiveram apenas uma gravidez ou tenham idade entre 30 e 45 
anos. 
 
- 42 - 
 
Mini abdominoplastia com lipoaspiração: técnica indicada para os casos em 
que na parte superior do abdômen há um excesso de gordura sem flacidez e 
excesso de pele na parte inferior do abdômen. (OTTAVIANI, 1953) 
 
4.1.3 - PRÉ-CIRÚRGICO 
 
Para que o tecido responda bem o procedimento realizado pelo médico, é bom 
que primeiro se retire toda camada de células mortas através de um peeling 
cosmético e hidratações. Em segundo lugar, em situações onde tecidos e 
músculos apresentam certo grau de flacidez, indicam-se sessões de 
estimulação russa, dois a três vezes por semana, para melhorar o tônus 
muscular, sobretudo em pessoas sedentárias. 
 
“A drenagem linfática é o procedimento que não deve ser 
dispensado no pré e pós-cirúrgico, porque é ela que mantém o 
equilíbrio hídrico, e melhora a oxigenação das células, favorece 
a circulação de retorno, aumenta a elasticidade do tecido, o 
que irá facilitar o processo cirúrgico” (MAUDAD, 2000). 
 
Os tratamentos pré e pós-operatórios tem como objetivo manter a camada 
córnea íntegra e hidratada, preparar a musculatura dorso lombar, estimular a 
produção de fibras de colágeno. Para que esses objetivos sejam atingidos, 
indica-se, além dos tratamentos já mencionados, a microcorrente, iontoforese, 
ionoforese. Cabe ressaltar que, a microcorrente atua diretamente no 
organismo aumentando o ATP celular e que o Trifosfato de Adenosina é um 
fator essencial no processo de cura e de cicatrização. A microcorrente não 
pode ser usada ás vésperas da cirurgia. É necessário usá-la até 12 dias antes 
da cirurgia. Podendo ainda nesse período de preparação, adotarem-se 
substâncias que, através da ionização, hidratem a pele. 
4.1.4 - AS 3 FASES DO PÓS-CIRÚRGICO 
 
Fase inflamatória ou exsudativa, sua duração é de aproximadamente 48 a 72 
horas. Caracteriza-se pelo aparecimento
de sinais prodrômicos da inflamação: 
- 43 - 
 
dor, calor, rubor e edema. Mediadores químicos promovem a vasodilatação, 
aumentam a permeabilidade dos vasos e favorecem a quimiotaxia dos 
leucócitos - neutrófilos combatem os agentes invasores e macrófagos realizam 
a fagocitose. 
 
4.1.5 - FASE PROLIFERATIVA 
 
Tem duração de 12 a 14 dias. Ocorrem neo-angiogênise, produção de 
colágenos jovens pelos fibroblastos e intensa migração celular, principalmente 
queratinócitos, promovendo a epitelização. A cicatriz possui aspecto 
avermelhado. 
 
4.1.6 - FASE DE MATURAÇÃO OU REMODELAÇÃO 
 
A terceira etapa pode demorar meses a anos. Ocorre reorganização do 
colágeno que adquire maior força tênsil e empalidece. A cicatriz assume 
coloração semelhante à pele adjacente. 
 
4.1.7 - INTERCORRÊNCIAS OU COMPLICAÇÕES 
 
 Dor 
 Edema 
 Fibrose / irregularidades cutâneas 
 Aderência 
 Hematoma 
 Equimose 
 Seroma 
 Infecção 
 Deiscência de cicatriz 
O procedimento de pós-operatório é tão importante de ser realizado quanto a 
cirurgia propriamente dita, a fim de se obter os resultados esperados e evitar 
sequelas comprometedoras. Hoje, sabe-se que quanto antes se fizer drenagem 
- 44 - 
 
linfática, melhor será o resultado final e menor será a formação de fibroses pós-
operatórias. 
 
Além disso, a drenagem pós-cirúrgica deve ser feita no corpo todo para 
estimular a circulação linfática geral. No entanto, na área operada o trabalho 
deve ser mais detalhado. 
 
A drenagem linfática manual é comprovadamente eficaz no pós-cirúrgico sido 
realizado a cirurgia, e, sendo o paciente liberado pelo cirurgião para a 
realização da drenagem, entra em ação o profissional que irá acompanhar o 
cliente até sua plena recuperação. 
 
Ao receber esse cliente, o profissional poderá se deparar com intercorrências e 
complicações como edemas, dor, fibrose / irregularidade cutânea alteração de 
sensibilidade, aderência, infecção, hematomas, equimoses, seromas, e a 
cicatriz, que, em alguns casos, ainda estará com os pontos. Mas a ação direta 
do pós-cirúrgico normal é dor, edema e equimose. 
 
Com a aplicação da drenagem linfática manual temos o aumento do oxigênio, 
diminuição do edema e seromas, mais sensibilidade, melhora a cicatrização. O 
edema mal oxigenado da aparência de ressecado, pois falta hidratação. A 
drenagem linfática trabalha a sensibilidade sensorial. 
 
A drenagem linfática manual usada no pós-cirúrgico é a Drenagem Reversa. 
Na abdominoplastia, a drenagem é feita tanto na parte inferior como na parte 
superior do abdômen em direção aos gânglios linfáticos axilares; procedimento 
iniciado com o bombeamento de toda a cadeia ganglionar, seguido do 
processo de encaminhamento da linfa, que se faz primeiro de proximal para 
distal e em seguida de distal para proximal (KURZ, 1997). 
 
Neste momento, o conhecimento, a prática, e, a sensibilidade do profissional é 
provada. Há casos de se ter que ter o laudo médico com as devidas 
recomendações de como ele quer o trabalho. Levando-se em consideração o 
- 45 - 
 
corte, a sutura está em processo de cicatrização, com pouca sensibilidade, 
apresentando um quadro de dor. 
 
 
4.1.8 – PÓS-CIRURGICO 
 
Figura 4 - Aplicação da drenagem linfática manual pós-operatória. 
Fonte: Arquivo pessoal da autora. 
 
 
 
Figura 5 - Estudo de uso da drenagem linfática manual em mulheres de lipoaspiração de 
tronco. 
Fonte: Arquivo pessoal da autora. 
 
OBJETIVO: Verificar o efeito da drenagem na dor e no edema no pós-
operatório em mulheres submetidas à lipoaspiração de tronco. 
MATERIAIS E MÉTODOS: Foram considerados seis mulheres submetidas à 
lipoaspiração de tronco, divididas em 2 grupos o primeiro grupo com três 
pacientes que receberam drenagem linfática manual a partir do 2º dia pós-
AÇÃO DIRETA DA DRENAGEM LINFÁTICA 
DOR EDEMA EQUIMOSE 
CONSEQUÊNCIAS 
AUMENTO 
OXIGENIO 
MELHORA DA 
CICATRIZAÇÃO 
DIMINUIÇÃO DO EDEMA 
DIMINUIÇÃO FIBROSES 
SEROMAS 
SENSIBILIDADE 
- 46 - 
 
operatório e o segundo grupo que receberam a partir do 10º dia pós-operatório, 
no grupo 1 foi realizada perimetria de tronco quatro vezes por semana e 
drenagem linfática manual 3 vezes por semana, durante 3 semanas. No grupo 
2 foi realizada perimetria no 2º e 10º dia pós-operatório e drenagem linfática 
manual 3 vezes por semana, somente a partir do 10º dia pós-operatório por um 
período de 3 semanas. 
 
RESULTADOS: Todas as pacientes apresentaram dor e fizeram uso de 
medicamentos, sendo que as pacientes do grupo1 ingeriram um menor número 
de medicamentos. No período que não se realizou drenagem linfática manual 
no grupo 2 houve aumento nas medidas da perimetria, enquanto no mesmo 
período o grupo 1 ocorreram diminuição das medidas. Após aplicação de 
drenagem linfática manual no grupo 2 também ocorreu diminuição das medidas 
na perimetria de tronco. 
 
CONCLUSÃO: A drenagem linfática manual pode ser prescrita no pós-
operatório imediato na lipoaspiração de tronco, pois diminuiu o edema, a dor e 
a ingestão de medicamentos, nesta amostra e não apresentou nenhum efeito 
adverso, sugerem-se novos estudos com amostras maiores e o uso de outras 
técnicas fisioterapêuticas coadjuvantes no tratamento da dor das outras 
consequências e da intervenção cirúrgica em questão. 
 
No pós-cirúrgico, o primeiro procedimento é a drenagem linfática manual. Essa 
drenagem segue o mesmo princípio da drenagem convencional, que é através 
do contato manual direcionar e aumentar o fluxo linfático. O contato manual 
transmite aos receptores estímulos que serão interpretados pelo sistema 
nervoso autônomo diminuindo a sensação de dor no local, fazendo com que o 
cliente se recupere mais rapidamente do estresse cirúrgico. 
 
 
 
 
 
 
 
- 47 - 
 
5 - DRENAGEM REVERSA 
 
Em situações normais, quando fazemos drenagem em um abdômen, na parte 
superior caminhamos com a linfa para os gânglios axilares e na parte inferior 
caminhamos para os gânglios lombares e para os gânglios ilíacos. 
 
Na drenagem reversa não podemos proceder assim, pois a circulação linfática 
e os gânglios lombares e ilíacos estão comprometidos ou mesmo inexistentes. 
Se forçarmos em fazermos a drenagem convencional, no sentido clássico, 
poderão surgir edemas, acumular líquidos que não terão como chegar a lugar 
algum, causando nódulos. É necessário executar a drenagem por vias íntegras, 
pois aconteceu uma interrupção dos vasos linfáticos o que prejudica a 
drenagem fisiológica. Essa drenagem pode ser realizada sobre compressas de 
gaze, molhadas em loções de camomila ou soro fisiológico, promovendo 
emoliência e acalmando a pele. Até os 30 primeiros dias, após esse período 
fazer drenagem linfática normal. 
 
Foi realizada uma pesquisa que o grupo I começou a fazer a drenagem linfática 
com 2 dias após a cirurgia e o grupo 2 com 10 dias de operado, os pacientes 
do grupo I tiveram menos dor, menos seromas, menos edemas e melhores 
resultados que o grupo 2. Conclui-se que a drenagem linfática deve ser de 
início quase que imediato. 
 
Segundo o prof. Marcos Lanza deve-se fazer drenagem linfática reversa 
imediatamente após o ato cirúrgico, após a retirada dos pontos a normal, e que 
a neoformação vascular acontece 24 horas após a cirurgia. A pessoa que faz 
drenagem pré-operatória tem melhor vascularização e menos edema. 
 
Segundo a prof. Nazira, que também é nutricionista o paciente deve tomar 
arnica, clara de ovo e albumina, além de comer proteína, pois ajuda na 
recuperação do tecido, gema de ovo e diminuir o sal. Antes da drenagem fazer 
compressas quentes com 1 copo de água com 1 colher de sal grosso e 3 gotas 
de óleo essencial que tenha ação drenante como tangerina, limo cipreste, 
alecrim. Fazer compressas geladas de loção branca, chá de camomila, chá 
- 48 - 
 
preto, mate, água boricada (anti-inflamatório) ou soro fisiológico. Envolvendo a 
gaze no algodão
tipo um absorvente e por cima colocar máscara em gel no 
rosto inteiro por 20 minutos. Se a cliente perdeu muito sangue ela deve comer; 
folha de couve, beterraba, cenoura, banana, maçã. E é muito bom fazer um 
suco que tenha um limão, uma raiz, uma fruta e uma verdura. O limão 
reequilibra a acidez do fígado. 
 
Conforme vimos em pesquisas após o vigésimo dia, e estando em plena 
recuperação, podemos introduzir o ultrassom que irá ajudar na diminuição dos 
edemas e nódulos. A microcorrente é indicada pois aumenta o trifosfato de 
adenosina que, como já foi dito, é essencial no processo de cura e cicatrização 
e estimulando a microcirculação. 
 
O objetivo dos procedimentos estéticos no pós-cirúrgico são reduzir edemas, 
hematomas, equimoses, promover equilíbrio hídrico, aumentar a 
microcirculação e melhorar a circulação venosa e linfática. 
 
Nas pesquisas deparamos com os seguintes questionamentos as vias linfáticas 
e os gânglios supra troclear e lombares na parte inferior do abdômen voltarão 
ao funcionamento normal? Voltaremos a fazer drenagem convencional em um 
abdômen operado? 
 
Não obtivemos resposta satisfatória. Alguns especialistas afirmam ser 
possíveis, após um determinado período, que pode ser de 2 a 6 meses, ou até 
mesmo de um ano, que é o tempo que o cirurgião dá para plena recuperação. 
Já outros se opõem a essa opinião afirmam que nossos gânglios linfáticos e as 
vias linfáticas não se refazem. Uma vez retirados, retirados para sempre. O que 
fazer nesse caso? Fica a dúvida. 
 
Neste caso, acreditamos que a melhor opção é se preciso for, proceder à 
drenagem reversa sempre que esse cliente retornar precisando de drenagem 
linfática, pelo menos até que a cliente esteja de alta médica e totalmente 
recuperada. Com o avanço da tecnologia muito se tem conseguido para a 
- 49 - 
 
melhora e bem estar de todos que buscam na medicina e na estética 
procedimentos que irão aliviar suas tensões. 
 
 
6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Em todo processo que o esteticista for trabalhar é necessário um aprofundado 
grau de conhecimento, experiência e dedicação. O cliente que passou por uma 
abdominoplastia, vem com sequelas pós-cirúrgicas que precisam ser tratadas, 
e como procuramos demonstrar, a Drenagem Linfática é hoje o primeiro 
processo a ser realizado após uma plástica. Nada substitui uma drenagem bem 
feita. Com a drenagem, o esteticista irá cooperar com a melhora e bem-estar 
do cliente. Buscar constantemente conhecimento, disciplina, responsabilidade 
e dedicação. Aliando a isso, cosméticos de última geração e aparelhos que 
atendam adequadamente as necessidades de um bom exercício profissional. 
Nenhum objetivo é alcançado sem metas e lutas. A inteligência Deus nos deu. 
É só explorá-la, com muito amor ao próximo e dedicação ao trabalho, que o 
bom profissional desponta. 
 
 
7 - REFERÊNCIAS 
 
 
MAUAD, Raul. Estética e Cirurgia Plástica: Tratamento no Pré e Pós-
Operatório. São Paulo. Editora SENAC. 2001. 
 
 
ANDREOLI, Carla Parada Pazinatto. & PAZINATTO, Paula Parada. Drenagem 
Linfática: Reestruturação Anatômica e Fisiológica. 1ª Edição. São Paulo: 
Napoleão, 2009. 
 
 
LEDUC, Albert. & LEDUC, Olivier. Drenagem Linfática: Teoria e Prática. 2ª 
Edição. São Paulo. Manole, 2000. 
- 50 - 
 
 
 
LEDUC, Albert. Drenagem linfática: teoria e prática. Tradução Marcos Ikeda. 
3ªEdição. São Paulo. Manole, 2007 
 
 
GODOY, José Maria Pereira de. Drenagem linfática: uma nova técnica. – 
São José do Rio Preto, SP. Lin Comunicação, 1999. 
 
 
OTTAVIANI, Gaetano. Sistema Linfático. Enciclopédia Medica Italiana. 1953. 
Vol. 5, pág. 1877-1881. 
 
 
KURZ, Ingrid. Text book of Dr. Vodder’s. Manual Lymph Drainage. Vol. II. 
Therapy. Ed. Karl F Haug Verlag GmbH & Co. Heideberg. 4th edition 1997. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 51 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 52 - 
 
COM A PALAVRA: AS DONAS DA BARRIGA 
Controvérsias à parte, grávidas e ex-grávidas reconhecem no próprio corpo o 
bem-estar após a drenagem. É o caso da psicóloga Mirela Boccardo. Grávida 
de sete meses, ela sente as pernas mais leves após a sessão. Mas também 
pôde comprovar a diferença entre uma drenagem feita em clínica de estética e 
outra realizada por fisioterapeuta. 
"No início da gestação, soube que seria bom fazer drenagem. Fiz várias 
sessões e, realmente, me sentia bem melhor. Mas percebi que algo estava 
errado na pressão das mãos do massagista. Procurei uma fisioterapeuta e vi a 
diferença. Os movimentos são bem mais leves e rítmicos. É imbatível a 
sensação de relaxamento", conta à psicóloga, que também faz ginástica para 
gestantes e RPG. Mãe de João Pedro, de um mês, a empresária Georgiana 
Faria concorda: "Não sofri com dores nas costas nem com inchaço nos pés e 
nas pernas. Além disso, tive um parto natural maravilhoso e, coincidência ou 
não, fiz drenagem até o sétimo mês. Pretendo voltar a fazer assim que o meu 
médico permitir", afirma ela, que se submeteu à drenagem com fisioterapeuta. 
A fisioterapeuta do Setor de Pré-natal Personalizado da UNIFESP, Mirca 
Ocanhas, especialista em gestantes, explica os 5 pontos principais que devem 
ser observados na drenagem linfática. 
1. Independentemente de ser realizada em grávidas ou não, a drenagem 
linfática tem de ser executados com movimentos precisos, suaves e 
direcionados. 
 
2. Não existe drenagem na qual se empregue força. É sempre de forma 
delicada. Os vasos linfáticos encontram-se na primeira camada da pele. Sendo 
assim, não há a menor necessidade de apertar profundamente a pele. 
 
3. Deve-se sempre começar de cima para baixo com movimentos de varredura, 
retornando à região pélvica, onde está a virilha. Primeiro, barriga, depois 
pernas e, em seguida, barriga novamente. 
- 53 - 
 
 
4. O profissional precisa ter conhecimento do sistema linfático e, 
principalmente, de todas as mudanças fisiológicas que ocorrem no organismo 
durante a gravidez. 
 
5. À medida que a barriga da grávida cresce, o fisioterapeuta deve colocar um 
travesseiro de criança embaixo das costas da paciente para proteger a coluna. 
 
Fonte:http://www.webartigos.com/articles/18673/1/Importancia-da-Drenagem-
Linfatica-Manual-em-Gestantes/pagina1.html#ixzz1IYJDjQN8. Acessado no dia 
15 de Março de 2012 as 17 h e 45 min. 
 
 
http://www.webartigos.com/articles/18673/1/Importancia-da-Drenagem-Linfatica-Manual-em-Gestantes/pagina1.html#ixzz1IYJDjQN8
http://www.webartigos.com/articles/18673/1/Importancia-da-Drenagem-Linfatica-Manual-em-Gestantes/pagina1.html#ixzz1IYJDjQN8

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