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DERMATITES BACTERIANAS

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DERMATITES BACTERIANAS
PIODERMITES
INTRODUÇÃO
· Muito frequente em cães 
· Raro em gatos devido a auto higiene
· Tem etiologia multifatorial 
· É sinal clínico secundário a outra doença a esclarecer
· Atópico tem barreira cutânea aberta e deixa que entre a maioria dos microrganismos
MECANISMOS DE DEFESA
· Defesa cutânea
· Barreira cutânea
· Homeostasia cutânea 
· Físico: pele e pelos, emulsão sebácea e sudorípara 
· Químico: anticorpos, interleucinas, interferon 
· Microbiano: flora residente X bactérias oportunistas
DEFINIÇÃO
· São infecções bacterianas que atingem a pele, gerando flogose (inflamação) 
Flora patogênica: 
· Cão = Staphylococcus sp. (S. pseudintermedius) 
· Gatos (abscessos por mordeduras) = flora bucal
ETIOPATOGENIA
· Staphylococcus sp 
· Staphylococcus pseudintermedius – principal agente em cães
· Bactérias precisam aderir à camada superficial epidérmica 
· Não é considerada uma zoonose
CLASSIFICAÇÃO 
Piodermites superficiais:
· Dermatite úmida aguda (piotraumática) 
· Piodermite das dobras cutâneas - intertrigo 
· Impetigo
Piodermites profundas:
· Piodermite perianal 
· Piodermite dos calos 
· Pododermatites 
· Piodermite generalizada
PIODERMITES SUPERFICIAIS
Dermatite Úmida Aguda
Sinonímias: dermatite piotraumática ou hotspot.
ETIOLOGIA
· Natureza aguda e autoinduzida
· Comum em cães e rara em gatos
· Sem predisposição sexual, etária ou racial 
· Topografia lesional -> doença de base ou fator desencadeante 
· Raças de pelame denso e subpelagem: Chow-chow, Golden Retriever, Labrador, São Bernardo, Rottweiller -> ausência ou diminuição da ventilação em épocas quentes e úmidas 
· Lesões autoinfringidas (próprio animal causa lesões): ciclo repetitivo de prurido com lambedura e mordiscadas – causa trauma 
· Animal de grande porte ou gigante -> displasia coxofemoral* -> lesões agudas em regiões lombossacrais ou na face lateral dos membros pélvicos
*Displasia coxofemoral: dor incomoda animal, levando a lambedura, prurido e mordidas na área lombossacra (receptores de dor e prurido), boca leva bactérias para local causando inflamação local, língua deixa local úmido deixando predisposto para crescimento bacteriano.
ASPECTO LESIONAL
· Evolução aguda
· Dor 
· Lesão circunscrita e alopécica, úmida, centro amarelado, halo eritematoso, crostas melicéricas
DIAGNÓSTICO
· Exame parasitológico 
· Biópsia (pouca valia) 
· Radiografia para doenças musculoesqueléticas 
· Locais comum: lombossacra, faces laterais de membros pélvicos -> displasia coxofemoral
· Prognóstico: bom 
· Recidivas raras
TRATAMENTO
· Tratar causa primária 
· Tricotomia 
· Tópico = antissépticos + adstringentes + antibiótico e corticóide (pomadas ou loções) - BID por 7 a 10 dias 
· Antibiótico sistêmico - se necessário
Intertrigo
Sinonímia: piodermite das dobras cutâneas
Etiopatogenia: Atrito constante + exsudatos/secreções = proliferação bacteriana
Aspecto lesional: Eritema, exsudação, odor em dobras (facial, labial, caudal, vulvar, corporal)
Tratamento: Médico (lavagem diária com antisséptico) ou cirúrgico (plastias)
Impetigo
	
Sinonímia: dermatite postular superficial (“espinha”)
· Dermatose bacteriana pustular sem envolvimento folicular 
· Animais jovens (> 6 meses) e cães idosos 
· Sem predisposição sexual ou racial 
· Jovens -> deposição fezes e urina -> arasitismo intestinal, doenças virais e desnutrição
ASPECTO LESIONAL
· Formações pustulares, pápulas eritematosas, crostas melicéricas e colarinhos epidérmicos 
· Áreas abdominais meso e hipogástricas; regiões axilares e face interna de membros pélvicos
· Impetigo senil: ocorre devido imunossupressão => pústulas de grande dimensão (> 5 cm) => tende a generalizar, pode ser confundido com pênfigo foliáceo
EXAME FÍSICO
· Animais jovens; de 6 meses a 12 meses 
· Em cães com disorexia, prostração, secreção nasal e ocular mucopurulenta, hipertermia, hiperqueratose nasal e palmoplantar + histórico de êmese e diarreia -> cinomose
TRATAMENTO
· Correções de manejo 
· Diagnóstico diferencial: DAAP se prurido moderado a intenso, foliculite bacteriana (mais disseminada)
· Tratar causa predisponente 
· Lavar com antisséptico + antibiótico tópico (pomada ou spray) - BID por 7 a 10 dias 
· Bom prognóstico 
· Recidiva improvável
PIODERMITES PROFUNDAS
Piodermite Perianal
PREDISPOSIÇÃO
· Pastor alemão
SINAIS CLÍNICOS
· Fístulas e úlceras na região perianal
· Dor
· Constipação/diarreria
· Hematoquesia
Obs.: lesões podem ser redicivantes pois estão na região perianal, quando animal defeca pode infeccionar novamente.
Pensar no ambiente em que o animal fica para feridas não recidivarem em pisos ásperos.
TRATAMENTO
· Antissépticos + antibiótico tópico e sistêmico + corticoides: BID/15 dias 
· Ciclosporina 
· Cirúrgico 
· Criocirurgia
Piodermite dos Calos
DEFINIÇÃO
· Calos = hiperqueratose por atrito constante 
· Infecção secundária -> pele seca 
· Predisposição: raças grandes e gigantes 
· Localização dos calos: cotovelos, jarrete, tuberosidade isquiática, esterno
TRATAMENTO
· Calos: aliviar trauma + hidratantes (uréia e silicone = Revipel®) 
· Piodermite dos calos: antissépticos + adstringentes + antibióticos tópicos e sistêmicos – BID / 7 a 15 d
Pododermatite – piodermite interdigital
DEFINIÇÃO
· Recidivante devido a ruptura de folículos => causa exposição e contato da queratina com camadas dérmicas – reação do tipo corpo estranho => manutenção do processo
· Raças: American Pit Bull Terrier, Boxer, Bulldog Inglês, Bull Terrier, Labrador (principalmente pelagem preta) e Weimaraner 
· Coexiste com a foliculite/ furunculose/celulite => dificuldade tratamento
ASPECTO LESIONAL
· Edema 
· Drenagem de materiais oriundos das lesões (“sangramento”), 
· Autotraumatismo (lambudura/mordedura) 
· Claudicação intermitente
Piodermite generalizada
DEFINIÇÃO
· Acomete camadas teciduais mais profundas => dérmico e até hipoderme 
· Sempre há uma causa de base 
· Forma localizada => trauma externo 
· Cicatriz
· Lesões envolvendo áreas corporais => incompetência imune
· Trauma contínuo por pressão, mordiscamento, lambedura ou coçadura 
· Terapia antimicrobiana e/ou esteroidal insuficiente
ETIOLOGIA
· Patógeno: Staphylococcus pseudintermedius 
· Outros: Gram negativos: Proteus, Escherichia coli, Pseudomonas – rara nas superficiais
· Pseudomonas: exige terapia agressiva com associação de fármacos => sepse 
· Raças: Bull Terrier e American Pit Bull Terrier / Pastor Alemão
ASPECTO LESIONAL
· Formações vesicobolhosas/eritemavioláceo/enegrecido => gravidade do processo 
· Exsudação serosanguinolenta,/purulenta/piossangunolenta/hemorrágica
· Perdas teciduais e úlceras 
· Evolução crônica => lesões atróficas leucodermicas 
· Pit Bull e Bull Terrier
DIAGNÓSTICO
· Parasitológico de raspado cutâneo 
· Decalque cutâneo com fita adesiva ou por avulsão de pelame 
· Exame direto sob lâmpada de Wood 
· Cultivo micológico 
· Citologia de decalque cutâneo 
· Cultura bacteriana com antibiograma 
· Exame hematológico, bioquímicos séricos, testes hormonais, US abdominal e de tireoide => principalmente para as infecções crônicas de caráter redicivante
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
· Foliculites parasitárias (demodiciose)
· Foliculite fúngica (microsporíase)
· Alergoinflamatórias (dermatite atópica)
· Impetigo 
· Dermatoses vesicobolhosas de caráter autoimune
TRATAMENTO
· Tratar a causa de base 
· Tricotomia lesões 
· Lavar com antissépticos - BID 
· Pedilúvios ou compressas com adstringentes - 10 a 15 min. BID 
· Antibioticoterapia tópica e sistêmica – 1 a 3 meses (mais 15 dias após cura clínica)
Casos redicivantes:
· Imunomoduladores 
· Vacinas com antígeno bacteriano (Staphage Lysate®) 
· Antibioticoterapia de pulso (pulsoterapia): cuidado com efeitos adversos e desenvolvimento de cepas multirresistentes 
Tratamento tópico:
· Ácido fusídico – 1% creme humano – Verutex B® - 1ª escolha – pode usar em felinos 
· Mupirocina – 2% pomada e crema – Bactrobam® - 2ª escolha 
· Rifamicina – spray – para resistentes à meticilina – para pododermatite bacteriana / dermatite piotraumática– quando muito exsudativa; problema: tingimento de tecidos e paredes (alaranjado) – Rifocina® spray
Banhos medicinais:
· Reduzir a quantidade de bactérias 
· Remoção de material biológico e detritos celulares 
· Clorexidina: antisséptica e desinfetante – 2 a 4% 
· Linha comercial veterinária é de 0,5% - apenas para piodermite leve; sem ação antifúngica 
· Ideal a 3%, inclusive para felinos
· Na pododermatite/ dermatite úmida aguda/ lesões exsudativas: soluções de clorexidina a 1%
· Permanganato de potássio 
· Soluções aquosas 1:10.000 a 1:40.000 (=1 comprimido ou 0,1 g diluído em4L de água) 
· Tinge a pele 
· Inativo em matéria orgânica 
· Irgasan ou Triclosan - Soapex® 0,5 e 1,0% - pode para gato 
· Peróxido de benzoíla 2,5 a 5% - gatos podem até 2,5%
Sistêmico:
· 3 semanas para as piodermites superficiais – profilático + 10 dias 
· 6 semanas para as piodermites profundas – profilático + 20 dias 
· O sucesso do tratamento está relacionado à: 
· Escolha do fármaco 
· Posologia 
· Execução do tratamento de forma correta 
· Pulsoterapia: cuidado com efeitos adversos e desenvolvimento de cepas multiresistêntes 
· Imunomoduladores / vacinas de bacterinas (Staphage Lysate®)

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