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Literatura de Países de Língua Portuguesa

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1. ergunta 1
0/0
Ao analisar o verso: “Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba”, podemos afirmar que o autor se utilizou de um recurso de linguagem para destacar a importância do tempo. Que recurso é esse?
Ocultar opções de resposta 
1. 
Anáfora
Resposta correta
2. 
Antítese
3. Incorreta:
Eufemismo
4. 
Obliteração
5. 
Pleonasmo de repetição
Comentários
Anáfora é a repetição de uma mesma palavra para enfatizar o termo repetido, como, por exemplo, na repetição da palavra: “Tudo” nos versos citados: Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba”
2. Pergunta 2
0/0
“Como forma de apelar para o abuso do ornamento, a profusão de imagens, supervalorizando o choque de ideias e os labirintos verbais, com o intuito de aguçar o prazer do intelecto, o Barroco foi considerado um movimento artístico sui generis e não simples continuidade do Classicismo”. ]
(FURLAN; SIQUEIRA, OLIVEIRA, 2017, p.75) 
Como ilustração para esse conceito, leia o artigo sobre a intervenção do Barroco em algumas produções artísticas, disponível em http://www.revistas.usp.br/Rumores/article/view/51243/55313. Se possível, também assista ao filme Maria Antonieta, de Sofia Coppola para que se possa entender melhor o estilo rococó.
 A partir da leitura do artigo, indique qual alternativa melhor classifica o estilo barroco presente no texto:
Mostrar opções de resposta 
Comentários
Um exemplo de uma passagem do filme enfatiza o exagero de detalhes, característica peculiar do Barroco: “suntuosa cerimônia do casamento e o subsequente ritual do leito de núpcias demonstram o drama que a protagonista enfrentará. O constrangimento advindo da cena de nudez na manhã posterior às bodas, com sua extensão protocolar, justifica, para o público, uma compensação afetiva adquirida nas festas e exageros da jovem monarca". Cap. 4
3. Pergunta 3
0/0
Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore quanto mais a corações de cera! São as feições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas, que partem do centro para a circunferência, que quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino: porque não há amor tão robusto, que chegue a ser velho. De todos os instrumentos, com que o armou a natureza, o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco com que já não tira; embota-lhe as setas, com que já não fere; abre-lhe os olhos, com que vê o que não via; e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural de toda essa diferença, é, porque o tempo tira a novidade às cousas: descobre-lhe os defeitos, enfastia-lhe os gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso quanto mais o amor! O mesmo amar é causa de não amar, e o ter amado muito, de amar menos.
(Sermões – Padre Antônio Vieira)
Assinale a alternativa que explica as características do Barroco, presentes no texto: “O tempo e o amor”, de Padre Antonio Vieira.
Ocultar opções de resposta 
1. 
Antítese.
Resposta correta
2. 
Eufemismos.
3. 
Gerundismos.
4. 
Ortodoxia.
5. Incorreta:
Rimas externas.
Comentários
Antítese é uma figura de linguagem que consiste no uso de palavras ou ideias de sentido contrário. O Barroco faz da antítese uma forma de destaque para sua linguagem. Cap. 4
4. Pergunta 4
0/0
Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore quanto mais a corações de cera! São as feições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas, que partem do centro para a circunferência, que quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino: porque não há amor tão robusto, que chegue a ser velho. De todos os instrumentos, com que o armou a natureza, o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco com que já não tira; embota-lhe as setas, com que já não fere; abre-lhe os olhos, com que vê o que não via; e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural de toda essa diferença, é, porque o tempo tira a novidade às cousas: descobre-lhe os defeitos, enfastia-lhe os gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso quanto mais o amor! O mesmo amar é causa de não amar, e o ter amado muito, de amar menos.
(Sermões – Padre Antônio Vieira)
Indique a alternativa que explica a frase: "Gaste-se o ferro com o uso quanto mais o amor! 
Ocultar opções de resposta 
1. 
Amor e ferro são duas formas que não podem coexistir, pois se tratam de questões diferentes.
2. 
Ferro e amor têm a mesma durabilidade.
3. 
O amor é um sentimento efêmero.
4. 
O amor é um sentimento que não deve perder o encanto, o entusiasmo de existir, deve ter a fortaleza de um ferro.
Resposta correta
5. Incorreta:
O ferro é mais fácil de gastar do que o amor.
Comentários
O amor deve ser um sentimento duradouro, forte como o elemento ferro. Cap. 4
5. Pergunta 5
0/0
O que é a Ilha dos Amores, pensando sobre o contexto do sentido alegórico?
Ocultar opções de resposta 
1. 
Seria como uma maldição de Vênus, protetora dos jovens navegadores, pelos esforços e coragem na longa navegação oceânica que resultou na descoberta de uma rota marítima ligando Portugal à Índia.
2. Incorreta:
Seria como uma recompensa de Marte, protetor dos navegadores, pelos esforços e coragem na longa navegação oceânica que resultou na descoberta de uma rota marítima ligando Portugal à Índia.
3. 
Seria como uma recompensa de Netuno, protetor dos portugueses, pelos esforços e coragem na longa navegação oceânica que resultou na descoberta de uma rota marítima ligando Portugal à Índia.
4. 
Seria como uma recompensa de Vênus, protetora dos indianos, pelos esforços e coragem na longa navegação oceânica que resultou na descoberta de uma rota marítima ligando Portugal à Espanha.
5. 
Seria como uma recompensa de Vênus, protetora dos portugueses, pelos esforços e coragem na longa navegação oceânica que resultou na descoberta de uma rota marítima ligando Portugal à Índia.
Resposta correta
Comentários
A Ilha dos Amores é um lugar paradisíaco, de contentamento e de prazeres que serve aos heróis portugueses, oriundos das demandas bélicas. CAP. 3
6. Pergunta 6
0/0
Analise as poesias abaixo. A primeira é uma poesia do Barroco português, a segunda, é uma poesia árcade. Depois da leitura, assinale a alternativa que indica características do Arcadismo que se contrapõem ao Barroco.
A- Poesia barroca portuguesa
Eis aqui mil caminhos: Porventura
Qual destes leva a gente ao povoado?
Todos vão sós: só este vai trilhado;
Mas se, por ser trilhado, me assegura?
Não: que desd'o princípio há que lhe dura
Do erro este costume, ao mundo dado;
Ser aquele caminho mais errado,
O que é de mais passage e fermosura.
Em fim não passarei, temendo a sorte?
Também, tanto temor é desconcerto:
A quem passar avante, assi lhe importe.
Que farei logo, incerto em mundo incerto? -
Buscar nos Céus o verdadeiro Norte,
Pois na terra não há caminho certo.
(Soneto de Francisco Manuel de Melo, in "Obras Métricas")
B- Poesia árcade
Apenas vi do dia a luz brilhante
Lá de Túbal no empório celebrado,
Em sanguíneo carácter foi marcado
Pelos Destinos meu primeiro instante
Aos dois lustros a morte devorante
Me roubou, terna mãe, teu doce agrado,
Segui Marte depois, e enfim meu fado,
Dois irmãos e do pai me pôs distante.
Vagando a curva terra, o mar profundo,
Longe da Pátria, longe da aventura,
Minhas faces com lágrimas inundo.
E enquanto insana multidão procura
Essas quimeras, esses bens do mundo,
Suspiro pela paz da sepultura.
(Poesia de Manuel Maria Barbosa du Bocage)
Mostrar opções de resposta 
Comentários
A linguagem simples, com estrutura e vocabulário acessíveis, menos complexos, é uma das principais características do Arcadismo. Cap. 5
7. Pergunta 7
0/0
Abaixo há um fragmento da obra “Cartas chilenas” do poeta luso-brasileiro – Tomás Antônio Gonzaga. Leia-o e identifiqueuma característica do Arcadismo: 
Ocultar opções de resposta 
1. 
Anaforismo.
2. Incorreta:
Antonímia.
3. 
Pleonasmo vicioso.
4. 
Simplicidade na linguagem.
Resposta correta
5. 
Sinonímia.
Comentários
Na linguagem, o Arcadismo apresenta linguagem clara e direta; vocabulário simples e uso moderado das figuras de linguagem. Cap. 5
8. Pergunta 8
0/0
As cantigas trovadorescas intituladas de escárnio possuem caracterização bem diferente das cantigas de amigo e amor. Assinale a alternativa que apresenta as características típicas das cantigas de escárnio:
Mostrar opções de resposta 
Comentários
As cantigas de escárnio apresentam uma sátira a alguma pessoa com sutileza e ironia.
9. Pergunta 9
0/0
Quais características há do Classicismo em Rhythmas?
Ocultar opções de resposta 
1. 
Amplitude vocabular arcaica.
2. 
Composição semântica austera e inovadora.
3. 
Rigidez das normas de composição, predileção pela medida nova (os versos decassílabos).
Resposta correta
4. 
Semântica reduzida a decassílabos.
5. Incorreta:
Somente composição de versos monossílabos.
Comentários
Rhythmas apresenta o uso de uma linguagem sóbria, contudo, pautada pela métrica silábica. Capitulo 3.
10. Pergunta 10
0/0
A respeito da literatura no campo do Barroco português, qual característica seria possível apresentar sobre ela?
Ocultar opções de resposta 
1. 
Conciliação do espiritualismo medieval com o materialismo do classicismo renascentista, em uma tentativa de equilibrar os contrários.
Resposta correta
2. Incorreta:
Descrença dos valores humanos em meio ao mundo caótico.
3. 
Forte atuação política no cenário europeu.
4. 
Forte oposição de ideias em relação às escolas literárias anteriores.
5. 
Misticismo exacerbado.
Comentários
A literatura barroca apresenta o aparecimento e a abordagem dos contrários, como o divino e o humano, o bem e o mal, o pecado e virtude, a vida terrena e a vida eterna, o sagrado e o profano, a busca de Deus e as solicitações humanas.
1. Pergunta 1
0/0
Quanto ao Arcadismo, como podemos defini-lo?
Indique a alternativa que apresenta as características dessa escola literária:
I - Linguagem natural e clara.
II- Escolha de temas que privilegiam a natureza.
III- Invocação às musas inspiradoras.
IV- Falta de interesse pelos clássicos.
V- Uso demasiado de figuras de linguagem.
Escolha a alternativa correta:
Ocultar opções de resposta 
1. 
Apenas a alternativa IV está correta.
2. 
Apenas a questão I está correta.
3. 
Apenas as alternativas I, II, III estão corretas.
Resposta correta
4. 
Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas.
5. 
Todas as alternativas estão corretas.
Comentários
No Arcadismo, a linguagem é simples, objetiva, dispensando termos e construções muito complexas. Os temas procuram enfatizar uma vida mais bucólica, mais voltada à natureza, ao homem campestre. Também a aparição de musas que incitam a criatividade e as devoções.
2. Pergunta 2
0/0
A respeito da literatura no campo do Barroco português, qual característica seria possível apresentar sobre ela?
Ocultar opções de resposta 
1. 
Conciliação do espiritualismo medieval com o materialismo do classicismo renascentista, em uma tentativa de equilibrar os contrários.
Resposta correta
2. 
Descrença dos valores humanos em meio ao mundo caótico.
3. 
Forte atuação política no cenário europeu.
4. 
Forte oposição de ideias em relação às escolas literárias anteriores.
5. 
Misticismo exacerbado.
Comentários
A literatura barroca apresenta o aparecimento e a abordagem dos contrários, como o divino e o humano, o bem e o mal, o pecado e virtude, a vida terrena e a vida eterna, o sagrado e o profano, a busca de Deus e as solicitações humanas.
3. Pergunta 3
0/0
Ao analisar o verso: “Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba”, podemos afirmar que o autor se utilizou de um recurso de linguagem para destacar a importância do tempo. Que recurso é esse?
Ocultar opções de resposta 
1. 
Anáfora
Resposta correta
2. 
Antítese
3. 
Eufemismo
4. 
Obliteração
5. 
Pleonasmo de repetição
Comentários
Anáfora é a repetição de uma mesma palavra para enfatizar o termo repetido, como, por exemplo, na repetição da palavra: “Tudo” nos versos citados: Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba”
4. Pergunta 4
0/0
Qual dos lemas caracteriza o poema árcade abaixo?
Apenas vi do dia a luz brilhante (Manuel Maria Barbosa du Bocage)
Apenas vi do dia a luz brilhante
Lá de Túbal no empório celebrado,
Em sanguíneo carácter foi marcado
Pelos Destinos meu primeiro instante.
Aos dois lustros a morte devorante
Me roubou, terna mãe, teu doce agrado;
Segui Marte depois, e enfim meu fado,
Dos irmãos e do pai me pôs distante.
Vagando a curva terra, o mar profundo,
Longe da Pátria, longe da ventura,
Minhas faces com lágrimas inundo.
E enquanto insana multidão procura
Essas quimeras, esses bens do mundo,
Suspiro pela paz da sepultura.
Ocultar opções de resposta 
1. 
Aurea mediocritas
Resposta correta
2. Incorreta:
Carpe diem
3. 
Fugere urbem
4. 
Inutilia truncat
5. 
Locus amoenus
Comentários
Aurea mediocritas se inspira no caráter efêmero da vida, em sua brevidade, e em uma condição humana mais voltada à natureza, cultuando aspectos mais espirituais.
5. Pergunta 5
0/0
Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore quanto mais a corações de cera! São as feições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas, que partem do centro para a circunferência, que quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino: porque não há amor tão robusto, que chegue a ser velho. De todos os instrumentos, com que o armou a natureza, o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco com que já não tira; embota-lhe as setas, com que já não fere; abre-lhe os olhos, com que vê o que não via; e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural de toda essa diferença, é, porque o tempo tira a novidade às cousas: descobre-lhe os defeitos, enfastia-lhe os gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso quanto mais o amor! O mesmo amar é causa de não amar, e o ter amado muito, de amar menos.
(Sermões – Padre Antônio Vieira)
Assinale a alternativa que explica as características do Barroco, presentes no texto: “O tempo e o amor”, de Padre Antonio Vieira.
Ocultar opções de resposta 
1. 
Antítese.
Resposta correta
2. Incorreta:
Eufemismos.
3. 
Gerundismos.
4. 
Ortodoxia.
5. 
Rimas externas.
Comentários
Antítese é uma figura de linguagem que consiste no uso de palavras ou ideias de sentido contrário. O Barroco faz da antítese uma forma de destaque para sua linguagem. Cap. 4
6. Pergunta 6
0/0
Abaixo há um fragmento da obra “Cartas chilenas” do poeta luso-brasileiro – Tomás Antônio Gonzaga. Leia-o e identifique uma característica do Arcadismo: 
Ocultar opções de resposta 
1. Incorreta:
Anaforismo.
2. 
Antonímia.
3. 
Pleonasmo vicioso.
4. 
Simplicidade na linguagem.
Resposta correta
5. 
Sinonímia.
Comentários
Na linguagem, o Arcadismo apresenta linguagem clara e direta; vocabulário simples e uso moderado das figuras de linguagem. Cap. 5
7. Pergunta 7
0/0
“Como forma de apelar para o abuso do ornamento, a profusão de imagens, supervalorizando o choque de ideias e os labirintos verbais, com o intuito de aguçar o prazer do intelecto, o Barroco foi considerado um movimento artístico sui generis e não simples continuidade do Classicismo”. ]
(FURLAN; SIQUEIRA, OLIVEIRA, 2017, p.75) 
Como ilustração para esse conceito, leia o artigo sobre a intervenção do Barroco em algumas produções artísticas, disponível em http://www.revistas.usp.br/Rumores/article/view/51243/55313. Se possível, também assista ao filme Maria Antonieta, de Sofia Coppola para que se possa entender melhor o estilo rococó.
 A partir da leitura do artigo, indique qual alternativa melhor classifica o estilo barroco presente no texto:
Ocultar opções de resposta 
1. 
bucolismo
2. 
exagerode detalhes
Resposta correta
3. 
exagero de vocabulário ortodoxo
4. 
maquiagem metonímica
5. 
surrealismo
Comentários
Um exemplo de uma passagem do filme enfatiza o exagero de detalhes, característica peculiar do Barroco: “suntuosa cerimônia do casamento e o subsequente ritual do leito de núpcias demonstram o drama que a protagonista enfrentará. O constrangimento advindo da cena de nudez na manhã posterior às bodas, com sua extensão protocolar, justifica, para o público, uma compensação afetiva adquirida nas festas e exageros da jovem monarca". Cap. 4
8. Pergunta 8
0/0
Leia o fragmento de Vieira, intitulado: Sermão da Sexagésima.
Não nego nem quero dizer que o sermão não haja de ter variedade de discursos, mas esses hão-de nascer todos da mesma matéria e continuar e acabar nela. Quereis ver tudo isto com os olhos? Ora vede. Uma árvore tem raízes, tem tronco, tem ramos, tem folhas, tem varas, tem flores, tem frutos. Assim há-de ser o sermão: há-de ter raízes fortes e sólidas, porque há-de ser fundado no Evangelho; há-de ter um tronco, porque há-de ter um só assunto e tratar uma só matéria; deste tronco hão-de nascer diversos ramos, que são diversos discursos, mas nascidos da mesma matéria e continuados nela; estes ramos hão-de ser secos, senão cobertos de folhas, porque os discursos hão-de ser vestidos e ornados de palavras. Há-de ter esta árvore varas, que são a repreensão dos vícios; há-de ter flores, que são as sentenças; e por remate de tudo, há-de ter frutos, que é o fruto e o fim a que se há-de ordenar o sermão. De maneira que há-de haver frutos, há-de haver flores, há-de haver varas, há-de haver folhas, há-de haver ramos; mas tudo nascido e fundado em um só tronco, que é uma só matéria. Se tudo são troncos, não é sermão, é madeira. Se tudo são ramos, não é sermão, são maravalhas [gravetos]. Se tudo são folhas, não é sermão, são versas. Se tudo são varas, não é sermão, é feixe. Se tudo são flores, não é sermão, é ramalhete. Serem tudo frutos, não pode ser; porque não há frutos sem árvore. Assim que nesta árvore, à que podemos chamar «árvore da vida», há-de haver o proveitoso do fruto, o formoso das flores, o rigoroso das varas, o vestido das folhas, o estendido dos ramos; mas tudo isto nascido e formado de um só tronco e esse não levantado no ar, senão fundado nas raízes do Evangelho: Seminare semen. Eis aqui como hão de ser os sermões, eis aqui como não são. E assim não é muito que se não faça fruto com eles
(VIEIRA, 2008).
Com base no texto lido, por que podemos afirmar que esse é um poema de contrates?
Ocultar opções de resposta 
1. 
Porque é natural um pregador não ter certeza do que vai proferir.
2. Incorreta:
Porque há o uso constante de hipérboles.
3. 
Porque o autor está confuso em relação à sua homília.
4. 
Porque o autor faz e desfaz suas convicções, utilizando do recurso da antítese, como, por exemplo, ao escrever que: “hão-de nascer todos da mesma matéria e continuar e acabar nela”, ou como ao final: “Eis aqui como hão de ser os sermões, eis aqui como não são.
Resposta correta
5. 
Porque Vieira se utiliza o tempo de metáforas e reminiscências do passado.
Comentários
Antítese é uma figura de linguagem que consiste no uso de palavras ou ideias de sentido contrário. O Barroco faz da antítese uma forma de destaque para sua linguagem. Cap. 4
9. Pergunta 9
0/0
As cantigas trovadorescas de maldizer também eram comuns em Portugal. As cantigas de maldizer se aproximam muito das de escárnio, porém são diferentes. Assinale a alternativa que apresenta as principais características desse tipo de das cantigas de maldizer.
Ocultar opções de resposta 
1. 
Utilização da ironia e sátira leve.
2. 
Utilização de crítica social.
3. 
Utilização de exemplos da vida feudal.
4. 
Utilização de linguagem leve, porém satírica.
5. 
Utilização de linguagem obscena e sátira direta. 
Resposta correta
Comentários
O que difere, basicamente, as cantigas de escárnio e maldizer é que a segunda apresenta uma linguagem e temas em que a sátira é direta, com o uso de linguagem obscena. Já as cantigas de escárnio apresentam sátira, mas com uma abordagem mais leve.
10. Pergunta 10
0/0
O que é a Ilha dos Amores, pensando sobre o contexto do sentido alegórico?
Ocultar opções de resposta 
1. Incorreta:
Seria como uma maldição de Vênus, protetora dos jovens navegadores, pelos esforços e coragem na longa navegação oceânica que resultou na descoberta de uma rota marítima ligando Portugal à Índia.
2. 
Seria como uma recompensa de Marte, protetor dos navegadores, pelos esforços e coragem na longa navegação oceânica que resultou na descoberta de uma rota marítima ligando Portugal à Índia.
3. 
Seria como uma recompensa de Netuno, protetor dos portugueses, pelos esforços e coragem na longa navegação oceânica que resultou na descoberta de uma rota marítima ligando Portugal à Índia.
4. 
Seria como uma recompensa de Vênus, protetora dos indianos, pelos esforços e coragem na longa navegação oceânica que resultou na descoberta de uma rota marítima ligando Portugal à Espanha.
5. 
Seria como uma recompensa de Vênus, protetora dos portugueses, pelos esforços e coragem na longa navegação oceânica que resultou na descoberta de uma rota marítima ligando Portugal à Índia.
Resposta correta
1. Pergunta 1
0/0
No poema épico Os Lusíadas, de Camões, uma das passagens mais relevantes é a do Gigante Adamastor. Vasco da Gama e sua esquadra encontram o gigante, que simboliza geograficamente o Cabo das Tormentas. Nesse encontro, Adamastor lamenta seu destino e relata sua frustrada história de amor por Thetis. A passagem é conhecida como uma alegoria criada por Camões. 
Assinale a alternativa que corresponde ao que Adamastor representa no poema.
Ocultar opções de resposta 
1. 
Adamastor personifica as infelicidades amorosas e os perigos encontrados no mar.
Resposta correta
2. 
Adamastor personifica a desdita amorosa entre serem de origens diferentes.
3. 
Adamastor personifica os medos dos portugueses ao viajarem para as Índias. 
4. 
Adamastor personifica a brutalidade das viagens ultramarinas portuguesas.
5. 
Adamastor personifica e desejo de amar e a luta empreendida para atingir o objetivo.
Comentários
Adamastor, ao relatar sua história triste de amor, personifica as infelicidades amorosas. Como a personagem mítica também representa o Cabo das Tormentas, personifica os perigos encontrados/enfrentados pelos portugueses no mar.
2. Pergunta 2
0/0
Tanto o Arcadismo como o Romantismo português apresentam como caracterização a relação com o ambiente rural (do campo, ou do interior do país). Porém, essa relação entre o homem e o campo se dá de maneira diferente em cada um dos períodos literários. Assinale a alternativa que apresenta corretamente essa diferença.
Ocultar opções de resposta 
1. Incorreta:
Arcadismo – aurea mediocritas / Romantismo – concepção burguesa.
2. 
Arcadismo – fugere urbem / Romantismo – concepção de idílio.
3. 
Arcadismo – locus amoenus / Romatismo – reflexão sobre a nação.
Resposta correta
4. 
Arcadismo – locus amoenus / Romantismo – simplicidade da vida.
5. 
Arcadismo – fugere urbem / Romantismo – idealização da pátria.
Comentários
O Arcadismo prega os conceitos fugere urbem e locus amoenus, com referência aos clássicos Greco-latinos; já o Romantismo vislumbra o campo como forma de conhecer a pátria.
3. Pergunta 3
0/0
De acordo com Ferreira (1987, p. 13 – 14), na segunda fase da literatura africana, “Os cuidados e os esmeros do sujeito enunciador são os de organicamente moldar o enunciado com os ingredientes significativos e representativos da especificidade africana. Se colocados lado a lado dois textos, um de literatura colonial e outro de literatura africana, é como se procedêssemos a uma justaposição de brusco contraste”. Sobre essa segunda fase é correto afirmar:
Ocultar opções de resposta 
1. Incorreta:
Na segunda fase, o mundo africano passa a ser narrado de forma idêntica à primeira. Nessa fase, o negro é privilegiado e tratado solidariamente no espaço material e linguístico do texto, excluindo -se as personagens europeias.2. 
Na segunda fase, o mundo luso-africano passa a ser narrado de forma diferenciada da primeira. Nessa fase, o negro é excluído do espaço material e linguístico do texto, não se excluindo, porém, as personagens europeias.
3. 
Na segunda fase, o mundo lusitano passa a ser narrado de forma diferenciada da primeira. Nessa fase, o negro é privilegiado e tratado solidariamente no espaço material e linguístico do texto, excluindo-se, porém, as personagens europeias.
4. 
Na segunda fase, o mundo africano passa a ser narrado de forma diferenciada da primeira. Nessa fase, o negro é privilegiado e tratado solidariamente no espaço material e linguístico do texto, não se excluindo, porém, as personagens europeias.
Resposta correta
5. 
Na segunda fase, o mundo luso-africano passa a ser narrado de forma diferenciada da primeira. Nessa fase, o negro é tratado como o lusitano no espaço material e linguístico do texto, não se excluindo, porém, as personagens europeias. 
Comentários
Na segunda fase, o mundo africano passa a ser narrado de forma diferenciada da primeira. Nessa fase, o negro é privilegiado e tratado solidariamente no espaço material e linguístico do texto, não se excluindo, porém, as personagens europeias. “A produção literária nos países africanos divide-se em duas fases: a da literatura colonial e a das literaturas africanas. [...] A segunda constitui-se inversamente, pois nela o mundo africano passa a ser narrado por outra ótica. O negro é privilegiado e tratado com solidariedade no espaço material e linguístico do texto, embora não sejam excluídas as personagens europeias (de características negativas ou positivas). É o africano que normalmente preenche os apelos da enunciação e é ele quase exclusivamente, enquanto personagem ficcional ou poético, o sujeito do enunciado” (FURLAN, 2017, p. 244).
4. Pergunta 4
0/0
Viagens na minha terra, de Almeida Garret, é um marco no Romantismo português. O romance narra uma viagem de Lisboa a Santarém, e as impressões do narrador a respeito de seu país, diante do que vê. Paralelamente há a história de amor entre Carlos e Joaninha, que não se concretiza, pois, o rapaz prefere se casar com Georgina, uma moça inglesa. No final, Joaninha se mata, Georgina torna-se freira e Carlos, barão. 
A intenção de Garret ao escrever este romance é:
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1. 
Discutir o Estado e o homem português, que se preocupa mais com a vida material e burguesa. 
Resposta correta
2. 
Discutir a importância dada ao amor e aos bens materiais, os quais são escolhidos por Carlos.
3. 
Demonstrar, por meio da viagem, qual o quadro socioeconômico de Portugal.
4. 
Discutir a relação entre o espaço urbano – Lisboa – e o espaço do campo – Santarém.\n16- Observe o texto abaixo, é a letra da música, “Meu bem querer”, de Djavan, lançada em 1980. Apresenta características que estão presentes na literatura portuguesa, nas cantigas de amor do período denominado Trovadorismo Português.
5. 
Demonstrar como Portugal é um país decadente, haja vista que o narrador empreende uma viagem pelo país.
Comentários
O romance de Garret tem como objetivo discutir o Estado Português, a partir do triangulo amoroso e das escolhas de Carlos que, primeiramente prefere a moça inglesa à prima do interior, e depois se torna Barão e o que lhe interessa é o status social. Este último corrobora a ideia de que a vida material e burguesa é mais importante.
5. Pergunta 5
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A poesia do período romântico português tem como um de seus autores de destaque Almeida Garret. Sua poesia carrega características desse período literário. Vejamos o seguinte poema de Garret:
Este inferno de amar
Este inferno de amar – como eu amo! –
Quem mo pôs aqui n’alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida – e que a vida destrói –
Como é que se veio a atear,
Quando – ai quando se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... – foi um sonho –
Em que paz tão serena a dormi!
Oh!, que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim!, despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela?, eu que fiz? – Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...
Com base na leitura do poema, assinale a alternativa que apresenta adequadamente a leitura do texto.
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1. 
O amor é apresentado de forma antagônica, ao mesmo tempo em que se apresenta como o sentido da vida do poeta.
Resposta correta
2. 
O amor é apresentado como um inferno do qual o eu-lírico deseja ardentemente fugir.
3. 
O poeta vê o amor como uma perdição, que consome sua existência.
4. 
O poeta compara o amor ao estado de sonolência, na qual não há consciência.
5. 
O poeta demonstra como o amor pode ser sublime e trazer paz aos amantes.
Comentários
O antagonismo está presente nos trechos “vida que destrói” e “paz serena”. O amor se apresenta como o sentido da vida, quando o poeta afirma que, apesar do amor “nessa hora a viver comecei...”.
6. Pergunta 6
0/0
Gil Vicente é o maior dramaturgo do Humanismo português. Dentre suas obras, uma das mais conhecidas é o Auto da Barca do Inferno, na qual há duas barcas: uma dirigida por um anjo e outra pelo diabo. As personagens representam tipos sociais e, conforme morrem, descobrem se irão para o inferno ou para o céu. As personagens são personificações (alegorias) de tipos humanos e de ações e vícios. As intenções de Gil Vicente ao conceber sua obra são:
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1. 
Criticar as classes baixas e altas da sociedade.
2. 
Criticar a Igreja e a religião católica.
3. 
Criticar representantes da Igreja e da aristocracia. 
Resposta correta
4. Incorreta:
Criticar a sociedade feudal e os princípios do classicismo.
5. 
Criticar os monarcas portugueses e a Igreja.
Comentários
Gil Vicente em “Auto da Barca do Inferno” critica os representantes da Igreja e da aristocracia, já que insere personagens que são alegorias que tipos sociais, como um agiota, um fidalgo, um frade e um corregedor, entre outros. Todas essas personagens acabam entrando na barca do inferno, o que demonstra sua crítica.
7. Pergunta 7
0/0
Camões possui – além do seu poema épico – uma obra lírica considerável. Seus poemas apresentam sua visão do amor e sobre sua criação poética. O poema abaixo é representante de sua composição lírica:
Eu cantarei de amor tão docemente
Eu cantarei de amor tão docemente,
Por uns termos em si tão concertados,
Que dois mil acidentes namorados
Faça sentir ao peito que não sente.
Farei que amor a todos avivente,
Pintando mil segredos delicados,
Brandas iras, suspiros magoados,
Temerosa ousadia e pena ausente.
Também, Senhora, do desprezo honesto
De vossa vista branda e rigorosa,
Contentar-me-ei dizendo a menor parte.
Porém, pera cantar de vosso gesto
A composição alta e milagrosa
Aqui falta saber, engenho e arte.
A expressão apresentada no último verso, “engenho e arte”, refere-se
Ocultar opções de resposta 
1. Incorreta:
à construção do poema com base em antíteses e paradoxos, comuns na poesia lírica camoniana.
2. 
à construção do poema com vistas à conquista da mulher amada, a quem o poema é dedicado.
3. 
à construção do poema com base na construção do amor, já que se trata de um poema lírico amoroso.
4. 
à construção do poema com base na concepção de amor platônico, tema recorrente na obra de Camões.
5. 
à construção do poema dentro das normas artísticas que Camões julgava serem as mais adequadas.
Resposta correta
Comentários
A expressão refere-se ao modo como Camões construiu seu poema lírico amoroso. “Engenho e arte” são palavras que remetem à construção artística do poema e ao modo como foi construído.
8. Pergunta 8
0/0
A literatura Barroca possui algumas características em sua prosa e poesia. Uma delas é a utilização do que se denomina de “Cultismo”. Essa corrente barroca caracteriza-se pela utilização de jogos de palavras, uso ornamental e erudito da linguagem. Com base nessas informações, assinale a alternativa que apresentaum trecho de poesia que apresenta essa característica.
Ocultar opções de resposta 
1. 
\"Mui grande é o vosso amor e o meu delito;\r\nPorém pode ter fim todo o pecar,\r\nE não o vosso amor, que é infinito.\r\nEssa razão me obriga a confiar\r\nQue, por mais que pequei, neste conflito\r\nEspero em vosso amor de me salvar.\
2. Incorreta:
“A cada canto um grande conselheiro,\nQue nos quer governar cabana e vinha;\nNão sabem governar sua cozinha,\nE podem governar o mundo inteiro”
3. 
“A vós correndo vou, braços sagrados,\nNessa cruz sacrossanta descobertos\nQue, para receber-me, estais abertos,\nE, por não castigar-me, estais cravados.”
4. 
“Meu Deus, que estais pendente de um madeiro,\nEm cuja lei protesto de viver,\nEm cuja santa lei hei de morrer\nAnimoso, constante, firme e inteiro”
5. 
\"O todo sem a parte não é o todo;\r\nA parte sem o todo não é parte;\r\nMas se a parte o faz todo, sendo parte,\r\nNão se diga que é parte, sendo o todo.”
Resposta correta
Comentários
O trecho em destaque é de autoria de Gregório de Matos, e o que ressalta é o jogo de palavras e o excesso de exibicionismo linguístico, típico do Cultismo.
9. Pergunta 9
0/0
Bocage é um dos poetas mais importantes do Arcadismo português. Sua poesia dialoga com as influências clássicas e apresenta as características que marcam esse período literário. O trecho de poema abaixo é de Bocage:
Olha, Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
Os Zéfiros brincar por entre as flores?
Vê como ali beijando-se os Amores
Incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores!
Assinale a alternativa em que são apresentadas características comuns do Arcadismo e que estão presentes no poema.
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1. 
Locus amoenus.
Resposta correta
2. 
Carpe diem.
3. 
Inutulia truncat.
4. Incorreta:
Aurea mediocritas.
5. 
Fugerem urbem.
Comentários
O trecho do poema de Bocage ressalta o espaço ideal para se viver e para realizar o amor, o que caracteriza o Locus amoenus. As referências à natureza, que perpassam pelos ventos (Zéfiros), flores, borboletas, plantas, reforçam o elogio ao espaço do idílio.
10. Pergunta 10
0/0
Camões concebeu uma das obras mais importantes da literatura portuguesa: Os Lusíadas. Esse poema épico apresenta como enredo a viagem de Vasco da Gama para as Índias. Como trata-se de um poema épico, há na obra o entrelaçamento de episódios como o do Gigante Adamastor, o Velho do Restelo, a referência à história de Dona Inês de Castro e a Ilha dos Amores. Na construção de seu poema épico, Camões lança mão de
Ocultar opções de resposta 
1. 
uma construção literária que entrelaça os planos da viagem real de Vasco da Gama com o plano do maravilhoso (passagens de cunho mítico).
Resposta correta
2. Incorreta:
uma construção literária que entrelaça mitos típicos do classicismo Greco-latino com histórias típicas da cultura e história portuguesa.
3. 
uma construção literária que entrelaça o dilema amoroso do Gigante Adamastor com o de Pedro I e D. Inês de Castro.
4. 
uma construção literária que entrelaça os anseios particulares de Vasco da Gama e os do povo português.
5. 
uma construção literária que entrelaça os aspectos típicos do Classicismo Greco-latino com aspectos da cultura portuguesa.
Comentários
Os Lusíadas apresenta na sua estrutura o entrelaçamento dos planos da história e do maravilhoso. O plano da história está relacionado à viagem de Vasco de Gama às Índias (e poderíamos pensar na referência à história real de amor entre D. Inês de Castro e Pedro I); enquanto o plano do maravilhoso refere-se às passagens em que Camões insere referências como a do Gigante Adamastor e do Velho do Restelo, que são criações do poeta.
1. Quanto ao Arcadismo, como podemos defini-lo?
Indique a alternativa que apresenta as características dessa escola literária:
I - Linguagem natural e clara.
II- Escolha de temas que privilegiam a natureza.
III- Invocação às musas inspiradoras.
IV- Falta de interesse pelos clássicos.
V- Uso demasiado de figuras de linguagem.
Escolha a alternativa correta:
Ocultar opções de resposta 
1. 
Apenas a alternativa IV está correta.
2. 
Apenas a questão I está correta.
3. 
Apenas as alternativas I, II, III estão corretas.
Resposta correta
4. 
Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas.
5. 
Todas as alternativas estão corretas.
Comentários
No Arcadismo, a linguagem é simples, objetiva, dispensando termos e construções muito complexas. Os temas procuram enfatizar uma vida mais bucólica, mais voltada à natureza, ao homem campestre. Também a aparição de musas que incitam a criatividade e as devoções.
2. Pergunta 2
0/0
A respeito da literatura no campo do Barroco português, qual característica seria possível apresentar sobre ela?
Ocultar opções de resposta 
1. 
Conciliação do espiritualismo medieval com o materialismo do classicismo renascentista, em uma tentativa de equilibrar os contrários.
Resposta correta
2. 
Descrença dos valores humanos em meio ao mundo caótico.
3. 
Forte atuação política no cenário europeu.
4. 
Forte oposição de ideias em relação às escolas literárias anteriores.
5. 
Misticismo exacerbado.
Comentários
A literatura barroca apresenta o aparecimento e a abordagem dos contrários, como o divino e o humano, o bem e o mal, o pecado e virtude, a vida terrena e a vida eterna, o sagrado e o profano, a busca de Deus e as solicitações humanas.
3. Pergunta 3
0/0
Ao analisar o verso: “Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba”, podemos afirmar que o autor se utilizou de um recurso de linguagem para destacar a importância do tempo. Que recurso é esse?
Ocultar opções de resposta 
1. 
Anáfora
Resposta correta
2. 
Antítese
3. 
Eufemismo
4. 
Obliteração
5. 
Pleonasmo de repetição
Comentários
Anáfora é a repetição de uma mesma palavra para enfatizar o termo repetido, como, por exemplo, na repetição da palavra: “Tudo” nos versos citados: Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba”
4. Pergunta 4
0/0
Qual dos lemas caracteriza o poema árcade abaixo?
Apenas vi do dia a luz brilhante (Manuel Maria Barbosa du Bocage)
Apenas vi do dia a luz brilhante
Lá de Túbal no empório celebrado,
Em sanguíneo carácter foi marcado
Pelos Destinos meu primeiro instante.
Aos dois lustros a morte devorante
Me roubou, terna mãe, teu doce agrado;
Segui Marte depois, e enfim meu fado,
Dos irmãos e do pai me pôs distante.
Vagando a curva terra, o mar profundo,
Longe da Pátria, longe da ventura,
Minhas faces com lágrimas inundo.
E enquanto insana multidão procura
Essas quimeras, esses bens do mundo,
Suspiro pela paz da sepultura.
Ocultar opções de resposta 
1. 
Aurea mediocritas
Resposta correta
2. Incorreta:
Carpe diem
3. 
Fugere urbem
4. 
Inutilia truncat
5. 
Locus amoenus
Comentários
Aurea mediocritas se inspira no caráter efêmero da vida, em sua brevidade, e em uma condição humana mais voltada à natureza, cultuando aspectos mais espirituais.
5. Pergunta 5
0/0
Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore quanto mais a corações de cera! São as feições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas, que partem do centro para a circunferência, que quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino: porque não há amor tão robusto, que chegue a ser velho. De todos os instrumentos, com que o armou a natureza, o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco com que já não tira; embota-lhe as setas, com que já não fere; abre-lhe os olhos, com que vê o que não via; e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural de toda essa diferença, é, porque o tempo tira a novidade às cousas: descobre-lhe os defeitos, enfastia-lhe os gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso quanto mais o amor! O mesmo amar é causa de não amar, e o ter amado muito,de amar menos.
(Sermões – Padre Antônio Vieira)
Assinale a alternativa que explica as características do Barroco, presentes no texto: “O tempo e o amor”, de Padre Antonio Vieira.
Ocultar opções de resposta 
1. 
Antítese.
Resposta correta
2. Incorreta:
Eufemismos.
3. 
Gerundismos.
4. 
Ortodoxia.
5. 
Rimas externas.
Comentários
Antítese é uma figura de linguagem que consiste no uso de palavras ou ideias de sentido contrário. O Barroco faz da antítese uma forma de destaque para sua linguagem. Cap. 4
6. Pergunta 6
0/0
Abaixo há um fragmento da obra “Cartas chilenas” do poeta luso-brasileiro – Tomás Antônio Gonzaga. Leia-o e identifique uma característica do Arcadismo: 
Ocultar opções de resposta 
1. Incorreta:
Anaforismo.
2. 
Antonímia.
3. 
Pleonasmo vicioso.
4. 
Simplicidade na linguagem.
Resposta correta
5. 
Sinonímia.
Comentários
Na linguagem, o Arcadismo apresenta linguagem clara e direta; vocabulário simples e uso moderado das figuras de linguagem. Cap. 5
7. Pergunta 7
0/0
“Como forma de apelar para o abuso do ornamento, a profusão de imagens, supervalorizando o choque de ideias e os labirintos verbais, com o intuito de aguçar o prazer do intelecto, o Barroco foi considerado um movimento artístico sui generis e não simples continuidade do Classicismo”. ]
(FURLAN; SIQUEIRA, OLIVEIRA, 2017, p.75) 
Como ilustração para esse conceito, leia o artigo sobre a intervenção do Barroco em algumas produções artísticas, disponível em http://www.revistas.usp.br/Rumores/article/view/51243/55313. Se possível, também assista ao filme Maria Antonieta, de Sofia Coppola para que se possa entender melhor o estilo rococó.
 A partir da leitura do artigo, indique qual alternativa melhor classifica o estilo barroco presente no texto:
Ocultar opções de resposta 
1. 
bucolismo
2. 
exagero de detalhes
Resposta correta
3. 
exagero de vocabulário ortodoxo
4. 
maquiagem metonímica
5. 
surrealismo
Comentários
Um exemplo de uma passagem do filme enfatiza o exagero de detalhes, característica peculiar do Barroco: “suntuosa cerimônia do casamento e o subsequente ritual do leito de núpcias demonstram o drama que a protagonista enfrentará. O constrangimento advindo da cena de nudez na manhã posterior às bodas, com sua extensão protocolar, justifica, para o público, uma compensação afetiva adquirida nas festas e exageros da jovem monarca". Cap. 4
8. Pergunta 8
0/0
Leia o fragmento de Vieira, intitulado: Sermão da Sexagésima.
Não nego nem quero dizer que o sermão não haja de ter variedade de discursos, mas esses hão-de nascer todos da mesma matéria e continuar e acabar nela. Quereis ver tudo isto com os olhos? Ora vede. Uma árvore tem raízes, tem tronco, tem ramos, tem folhas, tem varas, tem flores, tem frutos. Assim há-de ser o sermão: há-de ter raízes fortes e sólidas, porque há-de ser fundado no Evangelho; há-de ter um tronco, porque há-de ter um só assunto e tratar uma só matéria; deste tronco hão-de nascer diversos ramos, que são diversos discursos, mas nascidos da mesma matéria e continuados nela; estes ramos hão-de ser secos, senão cobertos de folhas, porque os discursos hão-de ser vestidos e ornados de palavras. Há-de ter esta árvore varas, que são a repreensão dos vícios; há-de ter flores, que são as sentenças; e por remate de tudo, há-de ter frutos, que é o fruto e o fim a que se há-de ordenar o sermão. De maneira que há-de haver frutos, há-de haver flores, há-de haver varas, há-de haver folhas, há-de haver ramos; mas tudo nascido e fundado em um só tronco, que é uma só matéria. Se tudo são troncos, não é sermão, é madeira. Se tudo são ramos, não é sermão, são maravalhas [gravetos]. Se tudo são folhas, não é sermão, são versas. Se tudo são varas, não é sermão, é feixe. Se tudo são flores, não é sermão, é ramalhete. Serem tudo frutos, não pode ser; porque não há frutos sem árvore. Assim que nesta árvore, à que podemos chamar «árvore da vida», há-de haver o proveitoso do fruto, o formoso das flores, o rigoroso das varas, o vestido das folhas, o estendido dos ramos; mas tudo isto nascido e formado de um só tronco e esse não levantado no ar, senão fundado nas raízes do Evangelho: Seminare semen. Eis aqui como hão de ser os sermões, eis aqui como não são. E assim não é muito que se não faça fruto com eles
(VIEIRA, 2008).
Com base no texto lido, por que podemos afirmar que esse é um poema de contrates?
Ocultar opções de resposta 
1. 
Porque é natural um pregador não ter certeza do que vai proferir.
2. Incorreta:
Porque há o uso constante de hipérboles.
3. 
Porque o autor está confuso em relação à sua homília.
4. 
Porque o autor faz e desfaz suas convicções, utilizando do recurso da antítese, como, por exemplo, ao escrever que: “hão-de nascer todos da mesma matéria e continuar e acabar nela”, ou como ao final: “Eis aqui como hão de ser os sermões, eis aqui como não são.
Resposta correta
5. 
Porque Vieira se utiliza o tempo de metáforas e reminiscências do passado.
Comentários
Antítese é uma figura de linguagem que consiste no uso de palavras ou ideias de sentido contrário. O Barroco faz da antítese uma forma de destaque para sua linguagem. Cap. 4
9. Pergunta 9
0/0
As cantigas trovadorescas de maldizer também eram comuns em Portugal. As cantigas de maldizer se aproximam muito das de escárnio, porém são diferentes. Assinale a alternativa que apresenta as principais características desse tipo de das cantigas de maldizer.
Ocultar opções de resposta 
1. 
Utilização da ironia e sátira leve.
2. 
Utilização de crítica social.
3. 
Utilização de exemplos da vida feudal.
4. 
Utilização de linguagem leve, porém satírica.
5. 
Utilização de linguagem obscena e sátira direta. 
Resposta correta
Comentários
O que difere, basicamente, as cantigas de escárnio e maldizer é que a segunda apresenta uma linguagem e temas em que a sátira é direta, com o uso de linguagem obscena. Já as cantigas de escárnio apresentam sátira, mas com uma abordagem mais leve.
10. Pergunta 10
0/0
O que é a Ilha dos Amores, pensando sobre o contexto do sentido alegórico?
Ocultar opções de resposta 
1. Incorreta:
Seria como uma maldição de Vênus, protetora dos jovens navegadores, pelos esforços e coragem na longa navegação oceânica que resultou na descoberta de uma rota marítima ligando Portugal à Índia.
2. 
Seria como uma recompensa de Marte, protetor dos navegadores, pelos esforços e coragem na longa navegação oceânica que resultou na descoberta de uma rota marítima ligando Portugal à Índia.
3. 
Seria como uma recompensa de Netuno, protetor dos portugueses, pelos esforços e coragem na longa navegação oceânica que resultou na descoberta de uma rota marítima ligando Portugal à Índia.
4. 
Seria como uma recompensa de Vênus, protetora dos indianos, pelos esforços e coragem na longa navegação oceânica que resultou na descoberta de uma rota marítima ligando Portugal à Espanha.
5. 
Seria como uma recompensa de Vênus, protetora dos portugueses, pelos esforços e coragem na longa navegação oceânica que resultou na descoberta de uma rota marítima ligando Portugal à Índia.
O tema de Os Lusíadas é a viagem de Vasco da Gama às Índias. O poema épico se inicia da seguinte maneira:
As armas e os barões assinalados
Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
E em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram.
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o sentido dos três trechos destacados.
Ocultar opções de resposta 
1. 
Homens importantes / viagem por mares desconhecidos / homens de grande força.
2. 
Homens escolhidos / ultrapassagem dos limites do mundo conhecido / bravura dos homens.
Resposta correta
3. 
Homens destinados à viagem / mares longínquos / os portugueses eram super-homens.
4. Incorreta:
Homens escolhidos / mares longínquos de Portugal / força sobrenatural dos homens.
5. 
Homens da nobreza / viagem além do mundo conhecido / homens com força descomunal.
Gil Vicente, dramaturgo do período do Humanismo português, temcomo uma de suas obras mais famosas a peça "O velho da horta" , na qual o referido Velho é casado e corteja uma jovem Moça. Durante a peça, uma Alcoviteira ajuda o Velho na sua tentativa de conquista. O trecho abaixo é uma reza proferida pela Alcoviteira. Com base no trecho e no contexto da peça, assinale a alternativa que apresenta a interpretação correta para o trecho e a peça.
Ó precioso Santo Areliano, mártir bem-aventurado,
Tu que foste marteirado neste mundo cento e um ano;
Ó São Garcia Moniz, tu que hoje em dia
Fazes milagres dobrados, dá-lhe esforço e alegria,
Pois que és da companhia dos penados!
Ó Apóstolo São João Fogaça, tu que sabes a verdade,
Pela tua piedade, que tanto mal não se faça!
Ó Senhor Tristão da Cunha, confessor,
Ó mártir Simão de Sousa, pelo vosso santo amor.
Livrai o velho pecador de tal cousa!
Ocultar opções de resposta 
1. 
Crítica à sociedade da época, que condenaria a relação do Velho com a Moça.
2. 
Exaltação à religião e à Igreja Católica, independente da intenção do Velho.
3. Incorreta:
Exaltação à religiosidade que permeia as ações e intenções do Velho. 
4. 
Crítica à Alcoviteira por utilizar a religião para conseguir o adultério.
5. 
Crítica, a partir da ironia, à postura do Velho com base no discurso religioso. Resposta correta 
A obra do dramaturgo Gil Vicente apresenta, de modo geral, personagens muito fortes e marcantes. Isso se deve 
Ocultar opções de resposta 
1. 
a Gil Vicente se interessar pela natureza humana e criar personagens que representam a nobreza.
2. Incorreta:
a Gil Vicente elaborar enredos que possibilitam que as personagens apresentem peripécias, que agradam ao público.
3. 
a Gil Vicente criar personagens que satirizam toda a sociedade, o que gera empatia com o público e/ou leitor.
4. 
a Gil Vicente criar personagens que são alegorias e personificações de tipos sociais, que são facilmente identificadas até hoje.
Resposta correta
5. 
a Gil Vicente ser hábil nas falas das personagens, que sempre apresentam vocabulário de baixo calão, com apelo popular.
Pergunta 2
0/0
Alexandre Herculano foi um dos precursores do romance histórico em Portugal. Além de romance, Herculano é autor de lendas e narrativas, em que trata de histórias medievais, que recuperam questões de cunho histórico para Portugal. Refletir sobre a pátria, a nacionalidade e as raízes culturais foi a marca de que período literário?
Ocultar opções de resposta 
1. 
Trovadorismo.
2. 
Classicismo.
3. Incorreta:
Arcadismo.
4. 
Romantismo.
Resposta correta
5. 
Humanismo.
O Romantismo português foi marcado por um momento histórico muito importante na história do país: a vinda da família real para o Brasil. Esse momento que marcou a história de Portugal também teve desdobramentos na literatura do país. Almeida Garret e Alexandre Herculano, em suas obras, trataram direta ou indiretamente essas questões. 
Assinale a alternativa que apresenta duas características do romantismo português.
Ocultar opções de resposta 
1. 
Sentimentalismo e subjetividade.
2. Incorreta:
Sensibilidade e clareza.
3. 
Lirismo e foco na realidade.
4. 
Sentimentalismo e realismo.
5. 
Nacionalismo e concepção do sujeito.
Resposta correta
Comentários
Ó deusa, que proteges dos amantes
O destro furto, o crime deleitoso,
Abafa com teu manto pavoroso
Os importantes astros vigilantes:
Quero adoçar meus lábios anelantes
No seio de Ritália melindroso;
Estorva que os maus olhos do invejoso
Turbem d'amor os sôfregos instantes:
Tétis formosa, tal encanto inspire
Ao namorado Sol teu níveo rosto,
Que nunca de teus braços se retire!
Tarda ao menos o carro à Noite oposto,
Até que eu desfaleça, até que expire
Nas ternas ânsias, no inefável gosto.
Bocage
Disponível em: http://www.ligia.tomarchio.nom.br/poetas_bocage.htm
Bocage é um grande poeta português, sendo considerado o maior representante do movimento árcade de Portugal, apesar de inserir-se num momento de transição entre o estilo clássico para o romântico. Sobre sua obra é correto afirmar:
I Sua obra é caracterizada pela perfeição técnica na construção de versos.
II Seus primeiros textos cedem ao convencionalismo arcádico, seja na sugestão pastoril, seja no uso de figuras da mitologia clássica.
III Sua obra reproduz os modelos consagrados pela tradição, tanto na estrutura métrica e estrófica quanto na atmosfera do poema.
IV Suas obras refletem sua criatividade e inventividade.
Assinale a alternativa correta:
Ocultar opções de resposta 
1. 
Alternativas I e II estão incorretas;
2. Incorreta:
Apenas a alternativa I está correta;
3. 
Todas as alternativas estão corretas.
Resposta correta
4. 
Alternativas I e III estão corretas;
5. 
Todas estão incorretas;
O poema abaixo é de autoria de Almeida Garret, grande nome do Romantismo Português:
“ESTE INFERNO DE AMAR
Este inferno de amar - como eu amo! –
Quem mo pôs aqui n’alma ... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói –
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho
Em que paz tão serena a dormi!
Oh!, que doce era aquele sonhar ...
Quem me veio, ai de mim!, despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela?, eu que fiz? –Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei ...”
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000011.pdf. Acesso em 16 jan. 2020.
A primeira e a última estrofes do poema mostram uma contradição no que o eu-lírico defende como amor. Assinale a alternativa que apresenta essa contradição:
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1. 
A primeira estrofe associa o amor ao fogo destruidor, já a última como um renascimento.
2. 
A primeira estrofe associa o amor ao sofrimento, enquanto a última apresenta uma visão positiva.
Resposta correta
3. 
A primeira estrofe caracteriza o amor como algo que deve ser apagado, enquanto a última como um sentimento vago.
4. 
A primeira estrofe caracteriza o amor como infernal, já a última como algo celestial.
5. 
A primeira estrofe mostra o amor como algo positivo, que deve ser vivido, enquanto a última como algo negativo. 
Gil Vicente é o maior nome do teatro português medieval, bem como um dos nomes mais importantes do Humanismo português. Em suas peças, o autor costuma trazer questões morais, éticas para serem discutidas, por meio da ação de suas personagens. Uma de suas peças mais famosas é “O velho da horta”, leia o diálogo inicial do texto:
“Velho — Senhora, benza-vos Deus,
Moça — Deus vos mantenha, senhor.
Velho — Onde se criou tal flor? Eu diria que nos céus.
Moça — Mas no chão.
Velho — Pois damas se acharão que não são vosso sapato!
Moça — Ai! Como isso é tão vão, e como as lisonjas são de barato!
Velho — Que buscais vós cá, donzela, senhora, meu coração?
Moça — Vinha ao vosso hortelão, por cheiros para a panela.
Velho — E a isso vinde vós, meu paraíso. Minha senhora, e não a aí?
Moça — Vistes vós! Segundo isso, nenhum velho não tem siso natural.
Velho — Ó meus olhinhos garridos, mina rosa, meu arminho!
Moça — Onde é vosso ratinho? Não tem os cheiros colhidos?
Velho — Tão depressa vinde vós, minha condensa, meu amor, meu coração!
Moça — Jesus! Jesus! Que coisa é essa? E que prática tão avessa da razão!”
VICENTE, Gil. Velho da horta. Disponível: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00116a.pdf. Acesso 10 nov. 2019.
O trecho da conversa entre o Velho e a Moça revela:
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1. 
a conduta da Moça, que lamenta o comportamento do Velho, que a associa a classes mais baixas.
2. 
a conduta exemplar do Velho em relação à Moça, em que se destaca sua moral.
3. 
a crítica da Moça em relação à postura do Velho, na sua maneira de conduzir sua horta.
4. 
a crítica implícita de Gil Vicente na fala da Moça, que repreende a conduta do Velho.
Resposta correta
5. 
a postura do Velho em relação à Moça, que se preocupa em oferecer os produtos que ela precisa.O Humanismo foi um período muito rico em relação à produção literária. Obras como o Cancioneiro, as crônicas de Fernão Lopes e a obra de Gil Vicente. A obra vicentina criticou muitos aspectos da sociedade em que estava inserida.
Leia um trecho da peça Auto da Índia, que tem como tema a viagem à Índia de um homem que deixa sua esposa sozinha:
“LEMOS Deixai-me cantar, senhora.
AMA A vizinhança que dirá,
Se o meu marido aqui não está,
E vos ouvirem cantar?
Que razão lhe posso eu dar,
Que não seja muito má?
(...)
MOÇA Quantas artes, quantas manhas,
Que sabe fazer minha a ama!
Um na rua, outro na cama!
(...)
AMA Mas que graça, que seria,
Se este negro meu marido,
Tornasse a Lisboa vivo
Pera a minha a companhia!
Mas isto não pode ser,
Que ele havia de morrer
Somente de ver o mar.”
Na leitura do trecho, fica evidente
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1. 
a crítica de Gil Vicente ao comportamento de Ama, que prefere o marido longe de casa, divertindo-se com outros homens.
Resposta correta
2. 
a crítica de Gil Vicente ao que afirma Ama, que acredita que o marido é covarde para empreender a viagem às índias.
3. Incorreta:
que a personagem Lemos seduz Ama, que prefere ser fiel ao marido, que está em viagem.
4. 
que a personagem Moça aconselha erradamente Ama, criticando sua postura em relação aos homens.
5. 
que Ama preza pela honra do marido, mas que é seduzida pela personagem Lemos.
ça de Queirós é o ícone do Realismo Português. Entre suas obras mais importantes está o romance A cidade e as serras, que tem como protagonista Jacinto:
“Não teve sarampo e não teve lombrigas. As letras, a Tabuada, o Latim entraram pôr ele tão facilmente como o sol pôr uma vidraça. Entre os camaradas, nos pátios dos colégios, erguendo a sua espada de lata e lançando um brado de comando, foi logo o vencedor, o Rei que se adula, e a quem se cede a fruta das merendas. Na idade em que se lê Balzac e Musset nunca atravessou os tormentos da sensibilidade; - nem crepúsculos quentes o retiveram na solidão duma janela, padecendo dum desejo sem forma e sem nome. Todos os seus amigos (éramos três, contando o seu velho escudeiro preto, o Grilo) lhe conservaram sempre amizades puras e certas – sem que jamais a participação do seu luxo as avivasse ou fossem desanimadas pelas evidências do seu egoísmo. Sem coração bastante forte para conceber um amor forte, e contente com esta incapacidade que o libertava, do amor só experimentou o mel – esse mel que o amor reserva aos que o recolhem, à maneira das abelhas, com ligeireza, mobilidade e cantando. Rijo, rico, indiferente ao Estado e ao Governo do Homens, nunca lhe conhecemos outra ambição além de compreender bem as Ideias Gerais; e a sua inteligência, nos anos alegres de escolas e controvérsias, circulava dentro das Filosofias mais densas como enguia lustrosa na água limpa dum tanque. O seu valor, genuíno, de fino quilate, nunca foi desconhecido, nem desaparecido; e toda a opinião, ou mera facécia que lançasse, logo encontrava uma aragem de simpatia e concordância que a erguia, a mantinha embalada e rebrilhando nas alturas. Era servido pelas coisas com docilidade e carinho; - e não recordo que jamais lhe estalasse um botão da camisa, ou que um papel maliciosamente se escondesse dos seus olhos, ou que ante a sua vivacidade e pressa uma gaveta pérfida emperrasse. Quando um dia, rindo com descrido riso da Fortuna e da sua roda, comprou a um sacristão espanhol um Décimo de Lotaria, logo a Fortuna, ligeira e ridente sobre a sua roda, correu num fulgor, para lhe trazer quatrocentas mil pesetas.”
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000081.pdf. Acesso em 16 jan. 2020.
O trecho descreve um pouco a respeito da vida de Jacinto. Nesse excerto é possível verificar:
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1. 
que há muito humor na descrição, o que é característica do Realismo.
2. 
que há predomínio da objetividade na descrição, o que é característica do Realismo.
Resposta correta
3. Incorreta:
que há predomínio da subjetividade na descrição, o que é característica do Realismo.
4. 
que há predomínio de memórias, recordações, o que é característica do Realismo.
5. 
que há predomínio de opiniões pessoais da personagem, o que é característica do Realismo.
Viagem à minha terra é o romance mais conhecido de Almeida Garret. Como o título indica, o romance narra uma viagem por Portugal em que traz várias reflexões a respeito do que vê no país:
“Ora nesta minha viagem Tejo arriba está simbolizada a marcha do nosso progresso social: espero que o leitor entendesse agora. Tomarei cuidado de lho lembrar de vez em quando, porque receio muito que se esqueça.
Somos chegados ao triste desembarcadouro de Vila Nova da Rainha, que é o mais feio pedaço de terra aluvial em que ainda pousei os meus pés. O sol arde como ainda não ardeu este ano.
Um imenso arraial de caleças, de machinhos, de burros e arrieiros, nos espera naquele descampado africano. É forçoso optar entre os dois martírios da caleça, ou do macho. Do mal o menos... seja este.
E acolá, oh, suplício de Tântalo! vejo duas possantes e nédias mulas castelhanas jungidas a um veículo que, nestas paragens aos pé daqueloutros, me parece mais esplêndido do que um landau de Hyde Park, mais elegante do que um caleche de Longchamps, mais cômodo e elástico do que o mais aéreo brislta da Princesa Helena. E contudo — oh mágico poder das soituações! — ele não é senão uma substancial e bem apessoada traquitana de cortinas.”
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000012.pdf. Acesso 16 jan. 2020.
No trecho, fica evidente que o narrador
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1. Incorreta:
critica a condição dos animais que o levariam na viagem.
2. 
critica o que vê na viagem e, consequentemente, Portugal como um todo.
Resposta correta
3. 
descreve como triste boa parte das paisagens que presencia.
4. 
descreve de modo romantizado o interior de Portugal.
5. 
descreve e critica sua escolha por empreender a viagem.
O Barroco como estética literária possui duas correntes: o conceptismo e o cultismo que estão relacionadas com a maneira como a linguagem é trabalhada nos textos. Em ambas, há riqueza na linguagem e exageros. Enquanto o cultismo apresenta jogos de palavras, escolha vocabular rica, o conceptismo traz um raciocínio em relação ao tema escolhido pelo autor.
Leia o trecho do sermão do Padre Antônio Vieira e analise suas características:
De três modos - que há muitos modos de mentir - mentiram hoje estes maus ouvintes. Mentiram, porque não creram a verdade; mentiram, porque impugnaram a verdade; mentiram, porque afirmaram a mentira. Não crer a verdade é mentir com o pensamento; impugnar a verdade é mentir com a obra; afirmar a mentira é mentir com a palavra. Tudo isto lhe tinha profetizado a Cristo seu pai Davi, quando disse: In multitudine virtutis tuae mentientur tibi inimici tui (4). De muitos modos mostrareis eficazmente a verdade de vosso ser, mas vossos inimigos vos mentirão também por muitos modos; mentir-vos-ão não crendo; mentir-vos-ão impugnando; mentir-vos-ão mentindo, como hoje fizeram.
Disse-lhes Cristo que era Filho de Deus verdadeiro, a quem eles chamavam Pai sem o conhecerem: disse-lhes que os que recebessem e observassem sua doutrina viveriam eternamente, e aqui mentiram não crendo a verdade: Si veritatem dico vobis, quare non creditis mihi ( 5)? Disse-lhes mais, que Abraão desejara ver o seu dia, isto é, o dia em que havia de descer do céu à terra, e nascer homem entre os homens, e que, finalmente, o vira com grande júbilo e alegria da sua alma, e aqui mentiram impugnando a verdade: Quinquaginta annos nondum habes, et Abraham vidisti (Jo 8, 57)? Tu não tens ainda cinquenta anos, e viste Abraão?
(4) Por ocasião do teu grande poder se convencerão de mentira os teus inimigos (Sl 65, 3).
(5) Se eu vos digo a verdade, por que me não credes (Jo 8; 46)?
VIEIRA, Antônio. Sermão da Quinta Dominga da Quaresma. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000035.pdf. Acesso 10 nov. 2019.
O trecho do sermão de Vieira pode serassociado
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1. 
ao conceptismo, devido à associação entre o conceito de mentira e as referências bíblicas.
2. 
ao conceptismo, pelo uso de expressões latinas no texto que corroboram as ideias associadas à mentira.
3. 
ao conceptismo, pois o autor elabora uma argumentação a partir da ideia inicial da mentira.
Resposta correta
4. 
ao cultismo, devido à argumentação presente no trecho, a partir da ideia da mentira.
5. Incorreta:
ao cultismo, pois para a elaboração das ideias acerca da mentira há um trabalho meticuloso com a linguagem.

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