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Literatura Brasileira - Origens até Romantismo

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Literatura Brasileira - Origens até Romantismo
· Unidade 1
1. Assinale a alternativa que mais se enquadra na discussão sobre o conceito de identidade nacional.
Resposta correta:
C. Por serem criadas a partir das culturas nacionais, as identidades são uma construção cultural.
2. Sobre as tradições, marque a opção correta.
Resposta correta:
B. São narrativas que o presente repete sobre o passado, criando a sensação de um passado comum.
3. Acerca da relação estabelecida entre a ideia de identidade nacional e a literatura brasileira, aponte a alternativa correta.
Resposta correta.
E. Carolina compõe uma das mais marcantes contranarrativas da nação ao trazer à tona a voz de uma mulher negra e periférica sobre o cotidiano angustiante a partir do qual vê a nação.
4. Leia as alternativas sobre a linguagem na literatura nacional e assinale a correta.
Resposta correta:
A. Oswald de Andrade propõe que a linguagem coloquial das classes populares é representativa da poeticidade brasileira. Nesse sentido, podemos pensar que Carolina de Jesus é um dos maiores expoentes do que afirma o modernista.
5. Acerca do conceito de nação, marque a opção correta.
Resposta correta.
C. É um sistema de representação de uma cultura.
· Unidade 2
1. (UNESP–2013) [Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas faltam-lhe três letras das do ABC, que são F, L, R grande ou dobrado, coisa muito para se notar; porque, se não têm F, é porque não têm fé em nenhuma coisa que adoram; nem os nascidos entre os cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm verdade, nem lealdade a nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se não têm L na sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que guardar, nem preceitos para se governarem; e cada um faz lei a seu modo, e ao som da sua vontade; sem haver entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os outros. E se não têm esta letra R na sua pronunciação, é porque não têm rei que os reja, e a quem obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao pai o filho, nem o filho ao pai, e cada um vive ao som da sua vontade [...].
SOUZA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil em 1587. 1987. Os comentários de Gabriel Soares de Souza expõem
Resposta correta:
A. A dificuldade dos colonizadores de reconhecer as peculiaridades das sociedades nativas.
2. (UMC-SP) José de Anchieta faz parte de um período da história cultural brasileira (século XVI) em que se destacaram manifestações específicas: a chamada “literatura informativa” e a “literatura jesuítica”. Assinale a alternativa que apresenta um excerto característico desse período.​​​​​​​
Resposta correta:
C. Uma planta se dá também nesta Província, que foi da ilha de São Tomé, com a fruita da qual se ajudam muitas pessoas a sustentar a terra. [...] A fruita dela se chama banana. (Pero de Magalhães Gândavo)
3. (FUVEST-SP) Entende-se por literatura informativa no Brasil​​​​​​​
Respostas correta:
A. o conjunto de relatos de viajantes e missionários europeus sobre a natureza e o homem brasileiros.
4. O movimento literário que retrata as manifestações literárias produzidas no Brasil à época de seu descobrimento, e durante o século XVI, é conhecido como Quinhentismo ou Literatura de Informação. Analise as proposições em relação a este período.
I. A produção literária no Brasil, no século XVI, era restrita às literaturas de viagens e jesuíticas de caráter religioso.
II. A obra literária jesuítica, relacionada às atividades catequéticas e pedagógicas, raramente assume um caráter apenas artístico. O nome mais destacado é o do padre José de Anchieta.
III. O nome Quinhentismo está ligado a um referencial cronológico – as manifestações literárias no Brasil tiveram início em 1500, época da colonização portuguesa – e não a um referencial estético.
IV. As produções literárias neste período prendem-se à literatura portuguesa, integrando o conjunto das chamadas literaturas de viagens ultramarinas, e aos valores da cultura greco-latina.
V. As produções literárias deste período constituem um painel da vida dos anos iniciais do Brasil Colônia, retratando os primeiros contatos entre os europeus e a realidade da nova terra.
Assinale a alternativa CORRETA.
Respostas correta:
C. Somente as afirmativas I, II, III e V são verdadeiras.
5. A Literatura de Informação se produziu no Brasil no século XVI. Com relação a essa literatura, é CORRETO afirmar que​​​​​​​
Resposta correta:
B. o valor histórico e social dos escritos supera o valor literário.
· Unidade 3
1. O Barroco é visto como o período histórico e o movimento literário que sucede ao Renascimento. Surgido no final do século XVI na Europa, especificamente na Itália, o Barroco guarda similaridades e diferenças com o Renascimento, e é caracterizado pelas influências do Absolutismo e da Contrarreforma Católica. Sobre o Barroco europeu, o que é correto afirmar?
Respostas correta:
D. O Conceptismo barroco tinha como objetivo utilizar o ideário teológico da Contrarreforma como tática para a doutrinação das massas pela fé.
2. O Barroco desenvolveu-se no Brasil de maneira particular, distinta do Barroco português, por exemplo. Sobre o Barroco no Brasil, assinale, a seguir, a alternativa correta.​​​​​
Respostas correta:
C. O Barroco brasileiro tem fortes vínculos com as manifestações quinhentistas e seiscentistas, cujas obras principais eram literatura de viagem.
3. Na historiografia literária, há dissonâncias sobre o papel desenvolvido pelo Barroco no seio do sistema literário nacional. Dentre os principais autores que discutem a questão, estão Antonio Candido e Haroldo de Campos. Sob a perspectiva dos referidos autores sobre o Barroco, o que é correto afirmar?
Resposta correta:
D. Para Cândido, o Barroco não pode ser considerado como origem do sistema literário nacional, pois ele não funda uma tradição.
4. O épico Prosopopeia, de Bento Teixeira, é o marco inicial do Barroco no Brasil. Assinale, a seguir, a alternativa que apresenta uma leitura possível da referida epopeia.​​​​​​​
Resposta correta:
A. A Prosopopeia tem valor histórico inquestionável. No entanto, esteticamente, é vista como não original e mal construída.
5. O Sermão da Sexagésima é uma das principais obras da oratória Barroca. Proferido por António Vieira, em 1655, o dito sermão tematiza a oratória sacra. Sobre as marcas do Barroco no Sermão da Sexagésima, o que é correto afirmar?
Respostas correta:
B. São características do Barroco as críticas de Vieira à forma vazia como os pregadores difundem a palavra de Deus e à conduta hipócrita de alguns membros do Clero.
· Unidade 4
1.Os versos de Gregório de Matos são base para responder à questão.
Neste mundo é mais rico, o que mais rapa;
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa;
Com sua língua ao nobre o vil decepa;
O velhaco maior sempre tem capa.
Levando em consideração que, em sua produção literária, Gregório de Matos dedicou-se também à sátira irreverente, pode-se afirmar que os versos se marcam
Resposta correta:
D. pela indignação, advinda de um ideal moralizante expresso pelo eu lírico.
2. São temas frequentes na poesia de Gregório de Matos, EXCETO
Resposta correta:
B. O bucolismo.
3. Leia as seguintes estrofes satíricas de Gregório de Matos.
Neste mundo é mais rico, o que mais rapa:
Quem limpo se faz, tem mais carepa (caspa)
Com sua língua ao nobre o vil decepa.
[...]
A flor baixa se inculca por tulipa;
Bengala hoje na mão, ontem garlopa (plaina):
Mais isento se mostra, o que mais chupa.
WISNIK, José Miguel (Org.). Poemas escolhidos de Gregório de Matos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 44.
Todas as alternativas a seguir são leituras pertinentes das estrofes anteriores, EXCETO
Resposta correta:
C. Ao usar a expressão “ao nobre o vil decepa”, o sujeito poético ataca a nobreza baiana.
4. Leia o seguinte terceto de Gregório de Matos e, em seguida, responda à questão proposta:
“Eu sou aquele que os passados anos
cantei na minha lira maldizente
torpezas do Brasil, vícios e enganos”
A expressão “lira maldizente” é metáfora de
Resposta correta:
D. Poesia satírica.
5.Com relação a Gregório de Matos e sua obra, assinale a única alternativa INCORRETA.​​​​​​​
Resposta correta:
D. O mais relevante poeta do período barroco brasileiro, Gregório de Matos, entre outras características, apresenta visão épica e ufanista da natureza brasileira.
· Unidade 5
1. O pregar há-de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou azuleja. Ordenado, mas como as estrelas. [...] Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça lavor. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte há-de estar branco, da outra há-de estar negro; se de uma parte está dia, da outra há-de estar noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão-de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão-de dizer subiu. Basta que não havemos de ver num sermão duas palavras em paz? Todas hão-de estar sempre em fronteira com o seu contrário? Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras.
VIEIRA, Padre. Antônio. Sermão da Sexagésima.
No texto, Vieira critica um certo estilo de fazer sermão, que era comum na arte de pregar dos padres dominicanos da época. O uso da palavra xadrez tem o objetivo de
Resposta correta:
C. criticar a preocupação com a simetria do sermão.
2. Quanto ao período barroco e seus representantes na literatura colonial brasileira, é CORRETO afirmar que
Resposta correta:
E. os sermões de Antônio Vieira apresentam uma retórica complexa pela exuberância de imagens e pelos postulados morais e religiosos.
3. Segundo o prof. Luiz Roncari, no sermão, qualquer intenção literária do autor esbarra em sérios limites: “desde a seleção do tema (imposto mais pelas circunstâncias e fatos de relevância social e coletiva do que pelas inquietações individuais e subjetivas do autor) [...]”
A circunstância relevante que propiciou o tema do “Sermão da Sexagésima” é
Respostas correta:
A. a ineficiência dos sermões na sua finalidade de convencer e converter.
4. “Se gostas de afetação e pompa de palavras e do estilo que chamam culto, não me leias. Quando esse estilo florescia, nasceram as primeiras verduras do meu; mas valeu-me tanto sempre a clareza, que só porque me entendiam comecei a ser ouvido. (…) Esse desventurado estilo que hoje se usa, os que querem honrar chamam-lhe culto, os que o condenam chamam-lhe escuro, mas ainda lhe fazem muita honra. O estilo culto não é escuro, é negro (…) e muito cerrado. É possível que somos portugueses e havemos de ouvir um pregador em português e não havemos de entender o que diz?!”
Padre Antônio Vieira, nesse trecho, faz uma crítica ao estilo barroco conhecido como
Resposta correta:
C. Gongorismo, ao caracterizar-se por uma linguagem rebuscada, culta e extravagante.
5. Alguns nomes que concretizaram a manifestação literária barroca em Portugal, por meio de cartas, prosa, drama, sermões ou teatro, são Francisco Rodrigues Lobo, considerado o pai do Barroco português, com sua obra Corte na aldeia, Frei António das Chagas e Antônio Barbosa Bacelar.
Porém, nomes relevantes do Barroco português são Padre Antônio Vieira e Antônio José da Silva, conhecido como O Judeu. Sobre esses autores e suas obras, é correto afirmar que:
Resposta correta.
E. os sermões de Vieira expressavam os problemas da época por meio do encadeamento lógico de ideias, valorizando a religião e a conversão do povo colonizado e destacando a fé como salvação do homem.
· Unidade 6
1. (UFV-MG) O carpe diem é um dos temas recorrentes na poesia do Arcadismo que também pode aparecer na poesia de outros estilos de época. Entre as alternativas a seguir, assinale aquela que não apresenta um exemplo desse tema:​​​​​​​
Respostas correta:
A. Tristes lembranças! e que em vão componho
 A memória da vossa sombra!
 Que néscio em vós a ponderar me ponho!
 COSTA, Cláudio 
 Manuel da. Poemas escolhidos Rio de Janeiro: Ediouro, 1997. p. 49.
2. Considere as afirmações a respeito do Arcadismo brasileiro. Todas as alternativas estão corretas, EXCETO​​​​​​​
Resposta correta:
D. Empreendeu uma minuciosa análise do personagem, revelando-nos claramente os traços de seu corpo e de sua alma.
3. (UFPA) Assinale a alternativa que se refere ao movimento literário conhecido como Arcadismo.​​​​​​​
Resposta correta:
C. Do ponto de vista da forma, [o movimento] que vai suceder ao [Barroco] que representa uma reação a este e procura um retorno à simplicidade clássica, à ingenuidade campesina, à pureza de ideias e costumes.
SODRÉ, Nelson Werneck.
História da literatura brasileira.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1964. p. 106-107.
4. O Arcadismo, termo proveniente de Arcádia, nome de uma lendária província grega, serve de inspiração para os autores árcades.
Assinale a alternativa que indica corretamente o que representava, para os árcades, retornar para essa região imaginária, uma vez que fisicamente não se deslocavam para essa região, mas a utilizavam como fonte de inspiração.
Resposta correta:
A. O retorno aos clássicos está na busca da beleza, da natureza e da harmonia entre homem e natureza. A arcádia brasileira remetia à região grega por esta ser símbolo desses elementos: paz, tranquilidade, felicidade, contemplação, etc.
5. VIII 
Este é o rio, a montanha é esta
Estes os troncos, estes os rochedos;
São estes inda os mesmos arvoredos;
Esta é a mesma rústica floresta.
Tudo cheio de horror se manifesta,
Rio, montanha, troncos e penedos;
Que de amor nos suavíssimos enredos
Foi cena alegre, e urna é já funesta
Oh quão lembrado estou de haver subido
Aquele monte, e as vezes que baixando
Deixei do pronto o vale umedecido!
Tudo me está a memória retratando;
Que da mesma saudade o infame ruído
Vem das mortas espécies despertando.
 Costa, Cláudio Manuel da.
Considerando que o poema foi escrito durante o Arcadismo ou Neoclassicismo, pode-se notar que há:
Resposta correta:
B. o locus horrendus em oposição ao locus amoenus árcade.
· Unidade 7
1. O estilo romântico teve manifestações artísticas de diferentes vertentes, assim como esteve presente em variados gêneros, tais como o drama. Aponte a seguir a opção que apresenta em linhas gerais uma das características presentes na estética romântica:
Resposta correta: 
A. Subjetivismo.
2. Observa-se nos dramas Românticos a manifestação de temáticas que apresentavam uma fuga para a natureza em volta do passado, idealizando uma civilização diferente do presente. Essa qualidade está representada na opção:
Resposta correta:
B. Escapismo
3. Enunciado
Oh! Que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida,
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!
Todas as alternativas apresentam características românticas do texto, EXCETO
Resposta correta:
C. O autor dissocia os aspectos formais dos emocionais.
4. Martins Pena, dramaturgo brasileiro que se destacou em nosso período romântico, criou peças como a chamada O juiz de paz na roça. O que você observa no trecho a seguir, na CENA I? 
A partir da análise do trecho a seguir, assinale a alternativa CORRETA:
ATO ÚNICO CENA 1
Sala com uma porta no fundo. No meio uma mesa, junto à qual estarão cosendo MARIA ROSA E ANINHA
MARIA ROSA - Teu pai hoje tarda muito.
ANINHA - Êle disse que tinha hoje muito que fazer.
MARIA ROSA - Pobre homem! Mata-se com tanto trabalho! É quase meio-dia e ainda não voltou. Desde as quatro horas da manhã que saiu; está só com uma xícara de café.
ANINHA - Meu pai quando principia um trabalho não gosta de o largar, e minha mãe bem sabe que êle tem só a Agostinho.
MARIA ROSA - É verdade. Os meias-caras agora estão tão caros! Quando havia valongo eram mais baratos.
PENA, Martins, O juiz de paz na roça.
Resposta correta:
A. Esse drama romântico é um tipo de criação que retratava os costumes brasileiros da época (1833) com uma linguagem coloquial.
5. Qorpo Santo foi um autor gaúcho que apresentou obras inovadoras para a sua época, tendo sua obra reconhecida e valorizadaanos após a sua morte. Qual das opções a seguir apresenta a relação CORRETA entre Qorpo Santo e o “teatro do absurdo”?​​​​​
Resposta correta:
E. Essa relação se dá porque sua obra rompe com as lógicas das ações, sem um molde estético e ideológico.
· Unidade 8
Leia o poema a seguir, do poeta romântico Gonçalves Dias, para responder às questões.
Leito de folhas verdes
Por que tardas, Jatir, que tanto a custo
À voz do meu amor moves teus passos?
Da noite a viração, movendo as folhas,
Já nos cimos do bosque rumoreja.
Eu sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
A flor que desabrocha ao romper d’alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
Sejam vales ou montes, lago ou terra,
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazoia na cinta me apertaram.
Do tamarindo a flor jaz entreaberta,
Lá solta o bogari mais doce aroma;
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!
Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil
A brisa da manhã sacuda as folhas!
DIAS, A. Gonçalves. Cantos: collecção de poezias. Leipzig: F. A. Brockhaus, 1857. p. 440-441.
Sobre esse poema é INCORRETO afirmar que:
Resposta correta.
A. Não trata de um poema romântico típico, pois o amor romântico é sempre pautado pelo sentimento platônico e pelo ideal do amor irrealizável no plano corpóreo.
2. Sobre a produção poética de Gonçalves Dias é CORRETO afirmar:
Resposta correta:
B. Cantou a natureza brasileira como cenário das proezas e aventuras do indígena bravo e leal.
3. Em “I-Juca Pirama”, de Gonçalves Dias, o andamento do enredo caracteriza uma obra híbrida entre o trágico e o épico porque o(a)(s)
Resposta correta:
D. Ações exprimem a fragilidade do prisioneiro e sua consequente punição, mas isso é superado por sua reação guerreira.
4. Gonçalves Dias consolidou o Romantismo no Brasil. Sua “Canção do exílio” pode ser considerada tipicamente romântica porque:
Resposta correta:
A. exalta terra natal; é nostálgica e saudosista; o tema é tratado de modo sentimental, emotivo.
5. I-Juca-Pirama
“Tu choraste em presença da morte?
Na presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!”
DIAS, G. Últimos Cantos. In: REBELO, M. (Org.). Antologia escolar brasileira. Rio de Janeiro: MEC / Fename, 1967. p. 276.
Nos versos do poema acima, vê-se a indignação do velho índio Tupi, ao saber que o filho pedira aos inimigos Aimorés que lhe poupassem a vida. Neles, Gonçalves Dias apresenta um dos traços mais caros ao Romantismo, o
Resposta correta:
E. culto a valores heroicos como herança da era medieval.
· Unidade 9
1. Enunciado
Lembrança de morrer
[...]
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto o poento caminheiro,
– Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre sineiro
[...]
AZEVEDO, Álvares de. Poesias completas de Álvares de Azevedo. 7. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995. p. 37.
Este fragmento mostra uma atitude escapista típica do Romantismo. O eu lírico idealiza​​​​​​​
Resposta correta:
B. A morte como um meio de libertação do terrível fardo de viver.
2. Enunciado
Amor
Quand la mort est si belle, Il est doux de mourir. (V. Hugo)
Amemos! Quero de amor
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu’alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!
Quero em teus lábios beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d’esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!
Vem, anjo, minha donzela,
Minha’alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!
AZEVEDO, Álvares de. Disponível em: <http://www.revista.agulha.nom.br/avz.html#amor>. Acesso em: jun. 2014.
Sobre o texto, analise as afirmativas a seguir:
I. O eu lírico, nos versos do poema, expressa seus sentimentos de forma polida, cuidadosa, ponderada e sem quaisquer extremismos, razão pela qual a poesia de Álvares de Azevedo não pode ser entendida como exemplo claro de um texto dito romântico.
II. Há, no poema em análise, versos que apontam a necessidade de o eu lírico amar profundamente. Esse amor é tomado por uma subjetividade também profunda, afastando-se, quase por completo, das raias da racionalidade.
III. Os versos “Morrer contigo de amor” e “Sofrer e amar essa dor” explicitam a intensidade que o eu lírico pretende dar vida a essa relação. Temas como amor e morte são recorrentes nos textos de Álvares de Azevedo, exímio representante da poesia romântica.
IV. Não apenas no texto em análise mas também nos textos de Álvares de Azevedo, de modo geral, há uma exacerbação da objetividade dos sentimentos, espécie de refutação ao que é demasiadamente onírico e evasivo, taciturno e escapista.
V. O verso “Que noite, que noite bela!” remete o leitor a perceber que o amor do eu lírico será vivenciado na sua forma mais completa e qualitativa sob a regência da Lua. Nos poemas de Álvares de Azevedo, a noite é o tempo privilegiado para o amor.
Está CORRETO, apenas, o que se afirma em
Resposta correta:
C. II, III e V.
3. Enunciado
Quando à noite no leito perfumado
Lânguida fronte no sonhar reclinas,
No vapor da ilusão por que te orvalha
Pranto de amor as pálpebras divinas?
E, quando eu te contemplo adormecida,
Solto o cabelo no suave leito,
Por que um suspiro tépido ressona
E desmaia suavíssimo em teu peito?
Virgem do meu amor, o beijo a furto
Que pouso em tua face adormecida
Não te lembra no peito os meus amores
E a febre de sonhar da minha vida?
Dorme, ó anjo de amor! no teu silêncio
O meu peito se afoga de ternura
E sinto que o porvir não vale um beijo
E o céu um teu suspiro de ventura!
Um beijo divinal que acende as veias,
Que de encantos os olhos ilumina,
Colhido a medo como flor da noite
Do teu lábio na rosa purpurina,
E um volver de teus olhos transparentes,
Um olhar dessa pálpebra sombria
Talvez pudessem reviver-me n’alma
As santas ilusões de que eu vivia!
Álvares de Azevedo. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000, p. 133-4.
A partir da leitura do texto acima, assinale a opção correta.
Resposta correta:
D. Nesse poema, que pertence ao grupo de obras da segunda geração do Romantismo brasileiro, o eu lírico é melancólico e saudosista, o que se verifica, em especial, nas duas últimas estrofes.
4. Enunciado
É ela! É ela!
É ela! é ela! – murmurei tremendo,
E o eco ao longe murmurou – é ela!...
Eu a vi... minha fada aérea e pura,
A minha lavadeira na janela!
Dessas águas-furtadas onde eu moro
Eu a vejo estendendo no telhado
Os vestidos de chita, as saias brancas...
Eu a vejo e suspiro enamorado!
Esta noite eu ousei mais atrevido
Nas telhas que estalavam nos meus passos
Ir espiar seu venturoso sono,
Vê-la mais bela de Morfeu nos braços!
Como dormia! que profundo sono!...
Tinha na mão o ferro do engomado...
Como roncava maviosa e pura!...
Quase caí na rua desmaiado!
Álvares de Azevedo
Nas estrofes iniciais de “É ela! É ela!”, de Álvares de Azevedo, o sujeito lírico mostra-se atordoado diante das facetas discrepantes de sua amada, que ora lhe aparece como “fada aérea e pura”, ora como simples “lavadeira”. O autor explora essa duplicidade da figura da amada com o propósito evidente de ________________ uma das características centrais daestética ultrarromântica, qual seja, ________________.
Assinale a alternativa cujas informações preenchem CORRETAMENTE as lacunas do enunciado.
Resposta correta:
 E. Ironizar / a idealização da figura feminina.
5. Enunciado
É ela! é ela! — murmurei tremendo, e o eco ao longe murmurou — é ela! Eu a vi... minha fada aérea e pura — a minha lavadeira na janela. Dessas águas furtadas onde eu moro eu a vejo estendendo no telhado os vestidos de chita, as saias brancas; eu a vejo e suspiro enamorado! Esta noite eu ousei mais atrevido, nas telhas que estalavam nos meus passos, ir espiar seu venturoso sono, vê-la mais bela de Morfeu nos braços! Como dormia! que profundo sono!... Tinha na mão o ferro do engomado... Como roncava maviosa e pura!... Quase caí na rua desmaiado!
AZEVEDO, Álvares de. É ela! É ela! É ela! É ela. In: Álvares de Azevedo. São Paulo: Abril Educação, 1982. p. 44.
MARTIN-KAVEL, François. Sem título. Disponível em: <http://7dasartes.blogspot.com.br/2012/05/romanticas-e-encantadoras-pinturas-de.html>. Acesso em: 14. mar. 2016.
Tanto a pintura quanto o excerto apresentados pertencem ao Romantismo. A diferença entre ambos, porém, diz respeito ao fato de que
Resposta correta:
C. No excerto tem-se a descrição realista e não idealizada de uma mulher, ao passo que na pintura retrata-se uma mulher pertencente à burguesia.
· Unidade 10
1.Enunciado
TEXTO:
Mocidade e morte
Oh! Eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh’alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n’amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma...
Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
— Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.
Mas uma voz responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.
Morrer... quando este mundo é um paraíso,
E a alma um cisne de douradas plumas:
Não! o seio da amante é um lago virgem...
Quero boiar à tona das espumas.
Vem! formosa mulher — camélia pálida,
Que banharam de pranto as alvoradas. Minh’alma é a borboleta, que espaneja
O pó das asas lúcidas, douradas...
E a mesma voz repete-me terrível,
Com gargalhar sarcástico: — impossível! [...]
CASTRO ALVES, Antônio de. Espumas flutuantes. In: ______. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1977. p. 88.
Sobre o trecho do poema transcrito, seu autor e seu momento literário, é correto afirmar:
I. Explorando os sentidos revelados no título do poema, Castro Alves proclama seu desejo de viver e usufruir dos prazeres da vida amorosa, apesar do provável confronto com a morte, que representa uma ruptura desses desejos, o que caracteriza o lirismo amoroso do Romantismo.
II. O poema expressa, num tom melancólico, a frustração do eu lírico por não ver seu imenso amor correspondido pela mulher amada, o que passa a ser um motivo para conceber a morte como uma forma de fugir e se libertar do sofrimento amoroso, tal como é aspiração presente no Arcadismo.
III. Em sua obra lírico-amorosa, Castro Alves, diferentemente de outros poetas românticos, trata o amor como expressão concreta e possível de desejos e paixões, como vibração da alma e do corpo e expressão de sensualidade, e não como um sentimento platônico e irrealizável.
IV. Juventude e finitude são os dois elementos básicos da construção do poema, postos em confronto: a juventude, que representa o desejo de viver, de realizar sonhos e usufruir dos prazeres do amor; e a inevitabilidade da morte iminente, como um corte abrupto da possibilidade materialização desses desejos.
V. Reconhecendo a impossibilidade de realização, em vida, do seu amor idealizado num plano onírico, num mundo de sonhos e fantasias, o eu lírico, numa atitude de evasão e escapismo, nesse poema, fantasia a possibilidade de realização plena e eterna desse amor no plano espiritual, após a morte de ambos.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a
Resposta correta:
D. I, III e IV.
2. Enunciado
TEXTO:
Mocidade e morte
Oh! Eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh’alma adejar2 pelo infinito,
Qual branca vela3 n’amplidão dos mares 1.
No seio da mulher há tanto aroma...
Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
— Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.
Mas uma voz5 responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.
Morrer... quando este mundo é um paraíso,
E a alma um cisne de douradas plumas:
Não! o seio da amante é um lago virgem4...
Quero boiar à tona das espumas.
Vem! formosa mulher — camélia pálida,
Que banharam de pranto as alvoradas. Minh’alma é a borboleta, que espaneja
O pó das asas lúcidas, douradas...
E a mesma voz6 repete-me terrível,
Com gargalhar sarcástico: — impossível! [...]
CASTRO ALVES, Antônio de. Espumas flutuantes. In: ______. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1977. p. 88.
Há uma afirmação correta sobre a linguagem do poema em
I. “Qual branca vela n’amplidão dos mares.” (Ref.1) é um verso construído a partir da comparação entre o “adejar” (Ref.2) da alma no infinito e o movimento da “vela” (Ref.3) nos mares.
II. No verso 7, “Árabe errante, vou dormir à tarde”, há um termo empregado no lugar do outro, pela proximidade de sentido entre ambos.
III. Em “o seio da amante é um lago virgem...” (Ref.4), há evocação de duas sensações cinestésicas.
IV. No verso 16 — “Que banharam de pranto as alvoradas.” —, há uma inversão da posição usual dos termos essenciais da oração.
V. As expressões “uma voz” (Ref.5) e “mesma voz” (Ref.6) são referências a uma premonição ou intuição da iminência da morte.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a
Resposta correta:
D. I, IV e V.
3. Enunciado
Leia o Texto, de Castro Alves, para responder à questão.
Arranca-o do leito... seu corpo habituese
Ao frio das noites, aos raios do sol.
Na vida - só cabe-lhe a tanga rasgada!
Na morte - só cabe-lhe o roto lençol.
[...]
Ensina-lhe as dores de um fero
trabalho...
Trabalho que pagam com pútrido pão.
Depois que os amigos açoite no tronco...
Depois que adormeça co'o sono de um cão.
[...]
São estes os cantos que deves na terra
Ao mísero escravo somente ensinar.
Ó Mãe que balanças a rede selvagem
Que ataste nos troncos do vasto palmar.
O fragmento acima, retirado do poema “A mãe do cativo”, adverte uma mãe escrava quanto ao que deve ensinar ao filho. Assinale a única alternativa verdadeira sobre o que se lê no texto.
Resposta correta:
D. O fragmento poetiza as relações afetivas entre mãe e filho 
4. Enunciado
Leia o Texto para responder à questão.
(...)
Existe um povo que a bandeira empresta
P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!
Meu Deus! meu Deus! Mas que bandeira é esta
Que impudente na gávea tripudia?!...
Silêncio!...Musa chora, chora tanto,
Que o pavilhão se lave no teu pranto!...
A escravidão no Brasil representou uma cruel forma de degradação social e moral, marcada, principalmente, pela exploração da mão de obra negra trazida do continente africano. Castro Alves, ao registrar a escravidão, produziu imagens de grande valor estético, como a que se verifica na metáfora “manto impuro de bacante fria”, na qual ele:
Resposta correta.
A. Sintetiza os horrores do tráfico através da alusão ao martírio da chibata, utilizando a metáfora para denunciar o sofrimento negro.
10. Enunciado
A literatura, ao longo dos anos, tem sido veículo de comunicação entre o sujeito e o mundo. A poesia de Castro Alves intitulada condoreira é uma forte representante do poder comunicativo exercido pela palavra através da literatura.
Com base nesta afirmação, marque a alternativa em que os versos demonstrem este caráter condoreiro da comunicação do poeta fundamentado no uso da hipérbole.
Resposta incorreta.
E. Se a natureza apaixonada acorda
Ao quente afago do celeste amante,
Diz!... Quando em fogo o teu olhar
 [transborda,
Não vês minh'alma reviver ovante?

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