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MERCOSUL origens do processo de integração no Cone Sul Objetivos, características e estágio atual de integração

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Política Internacional
MERCOSUL: origens do processo de integração no 
Cone Sul. Objetivos, características e estágio atual de 
integração.
Riane Laís Tarnovski
Mercado Comum do Sul
Origens
• 1966: Ata das Cataratas entre Brasil e Paraguai (região das 
Sete Quedas) 
• Prevê construção de uma usina hidrelétrica com divisão 
da energia produzida em partes iguais para os dois países. 
• Inaugura a “diplomacia das cachoeiras”.
• 1969: Tratado da Bacia do Prata (ARG, BOL, BR, PY, UY)
• Facilitar a navegação nos rios da bacia do Prata, promover 
uso racional da água, preservar vida animal e vegetal e 
realizar projetos de interesse comum.
• Criou o Comitê Intergovernamental Coordenador dos 
Países da Bacia do Prata (não é OI, apenas acordo-
quadro).
• 1973: Tratado de Itaipu entre Brasil e Paraguai. 
• 1979: Acordo Tripartite Itaipu-Corpus (ARG, BR, PY)
• Resolveu as queixas argentinas relativas ao 
aproveitamento hidrelétrico regional.
Origens
Origens
• Aproximação Brasil-Argentina
• 1979: Acordo Tripartite
• 1980: Acordo nuclear 
• 1982: Apoio do Brasil à causa argentina na Guerra das 
Malvinas
• Aproximação a partir de Sarney e Alfonsín:
• 1985: Declaração de Iguaçu aprofundamento de 
relações econômicas e comerciais e novo acordo 
nuclear, permitindo inspeções mútuas
• 1986: Programa de Integração e Cooperação 
Econômica (PICE) (1986): desgravações tarifárias 
progressivas com flexibilidade, gradualismo, 
simetria.
• 1988: Tratado de Integração, Cooperação e 
Desenvolvimento: prazo de 10 anos para a 
formação de um mercado comum bilateral.
• 1990: Ata de Buenos Aires (Collor): antecipa metade 
do prazo previsto no TICD (31/12/94) para a formação 
de um mercado comum.
• Até 1990, o processo de integração é fundamentalmente bilateral.
• A partir de 1990 e com o avanço das negociações comerciais no sistema 
multilateral de comércio, Brasil e Argentina passam a favorecer a 
liberalização com mais países da região, de modo a incrementar a 
competitividade e a economia de escala.
• Set./1990: adesão de Uruguai e Paraguai às negociações.
• Dez./1990: Brasil e Argentina firmam o ACE-14, que consolidou os acordos 
anteriores e estabeleceu regras para o mercado comum.
• 26/03/1991: assinatura do Tratado de Assunção, que cria o MERCOSUL. 
• Culminação de processo iniciado ainda na década de 70 e acelerado 
com a redemocratização, de superação da lógica de rivalidade pela da 
cooperação entre os vizinhos. 
• MERCOSUL ainda não é um mercado comum. É uma união aduaneira 
imperfeita.
ORIGENS
Objetivos
• Abertura comercial por meio da constituição de 
um mercado comum;
• Ampliar os fluxos de comércio (regionalismo 
aberto);
• Atrair investimento direto no País (IED);
• Maior articulação entre as cadeias produtivas dos 
sócios;
• Promover a inserção competitiva na economia 
global (caráter instrumental do Mercosul).
”Laboratório para globalização” (Chanceler Lampreia)
Características
• O Tratado de Assunção estabeleceu um modelo de integração profunda, que visa à
formação de um mercado comum (art. 1º), que implica:
• livre circulação interna de bens, serviços e fatores produtivos;
• estabelecimento de uma tarifa externa comum (TEC);
• adoção de uma política comercial comum;
• coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais; 
• a harmonização de legislações nas áreas pertinentes.
• Fase de implementação da etapa de união aduaneira, cujo principal instrumento é a Tarifa 
Externa Comum (TEC). 
• A TEC exclui dois setores (automotivo e açucareiro) e possui listas de exceção, chamadas 
”perfurações da TEC”, razão pela qual o MERCOSUL é considerado uma união aduaneira 
imperfeita.
ACORDOS DA ESTRUTURA 
INSTITUCIONAL
1991: Protocolo de Brasília - solução de controvérsias ad 
hoc
1992: Protocolo de Las Leñas - regula a cooperação 
judicial (eficácia extraterritorial das sentenças e dos 
laudos arbitrais)
1994: Protocolo de Ouro Preto
• Confere personalidade jurídica ao bloco; 
• Regra de tomada de decisões por consenso; 
• Vigência simultânea (quando a decisão necessita de internalização); 
• OI intergovernamental (não há supranacionalidade); 
• Definição da estrutura do bloco. 
ACORDOS DA ESTRUTURA 
INSTITUCIONAL
1998: Protocolo de Ushuaia: cláusula democrática. Assinado e ratificado 
por todos, além dos associados Bolívia e Chile. Já foi aplicado duas vezes 
(2012 e 2017).
2002: Protocolo de Olivos reforma o mecanismo de solução de 
controvérsias e cria o Tribunal Permanente de Revisão (TPR). 
2005: Protocolo de Assunção: compromisso com a promoção e a proteção 
dos direitos humanos e das liberdades fundamentais. 
2011: Protocolo de Montevidéu (ou "Ushuaia II"): reforça os 
compromissos de Ushuaia e estabelece linhas de ação para fortalecimento 
e preservação da institucionalidade democrática. Foi assinado, mas ainda 
não está em vigor. Foi rechaçado no parlamento paraguaio.
MEMBROS
• Membros fundadores: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai
• 2012: Venezuela (suspensa em dez./2016, por 
descumprimento do Protocolo de Adesão, e ago/2017, por 
ruptura da ordem democrática).
• 2013/2015: Protocolo de Adesão da Bolívia (falta ratificação do 
Brasil e da Bolívia).
• Adesão ao MERCOSUL: possível a todos os membros da ALADI, 
inclusive na qualidade de estado associado.
• Estados Associados: podem participar, na qualidade de 
convidados, das reuniões dos órgãos da estrutura institucional 
do MERCOSUL para tratar temas de interesse comum, apenas 
com direito a voz.
• Não existe a figura de ”membro observador” no MERCOSUL.
Estrutura institucional
• O MERCOSUL tem presidência pro tempore
rotativas, com duração de um semestre cada, 
seguindo a ordem alfabética de seus membros. 
• Foros decisórios
• Conselho do Mercado Comum (CMC): caráter 
decisório, nível ministerial, emite decisões ou 
recomendações. 
• Grupo Mercado Comum (GMC): função 
executiva, com iniciativa legislativa, lança 
propostas que serão apreciadas pelo CMC e 
emite resoluções. 
• Comissão de Comércio do MERCOSUL (CCM): 
caráter técnico; a partir de suas conclusões, o 
GMC pode elaborar propostas para o CMC; 
emite diretrizes.
Estrutura institucional
Órgão político
• 1994-2006: Comissão Parlamentar Conjunta (representação equitativa – 18 
cada)
• 2005: assinatura do Protocolo Constitutivo do Parlamento do MERCOSUL (vigor 
em 2007): órgão de representação dos povos do MERCOSUL. 
• PARLASUL é órgão unicameral, independente e autônomo.
• Não é dotado de capacidades legislativas
• Sede própria em Montevidéu, onde são realizadas sessões mensais.
COMPOSIÇÃO 
• Até 2010, cada Estado Parte era representado por 18 parlamentares.
• 2010: Decisão CMC Nº 28/10 cria o critério de representação cidadã (BR 37, ARG 
43, UY e PY 18 cada). 
• Composição final das bancadas (BR 75) está condicionada à realização de 
eleições diretas. 
• 2019: Protocolo Adicional ao Protocolo Constitutivo do PARLASUL. Rechaçado 
no congresso argentino.
• 2020: Decisão CMC Nº 09/20 prorroga até 2030 prazo para eleições diretas ao 
PARLASUL.
Estrutura 
institucional
• Órgãos sociais e de direitos humanos
• Instituto Social do MERCOSUL (2008) 
• Elabora e executa projetos, estudos e atividades que 
fortalecem a dimensão social da integração.
• Instituto de Políticas Públicas de Direitos Humanos (2009)
• Fortalece os mecanismos para gerar consenso em torno 
de políticas pública em direitos humanos; desenvolve 
sistemas de medição, informação e acompanhamento 
dos direitos humanos na região; promove capacitação.
• Foro social
• Foro Consultivo Econômico e Social (FCES): órgão de 
representação da sociedade civil, para discutir temas 
econômicos e sociais; só se manifesta se consultado. 

• Órgãos administrativos
• Secretaria do MERCOSUL (Montevidéu)
• Secretaria do TPR (Protocolo de Olivos)
• Tribunal Administrativo-Laboral 
Fundo para a Convergência 
Estrutural do MERCOSUL (FOCEM)
• Dec. CMC Nª 45/04. Entrou em funcionamento em 2007.
• Destina-se a “financiar programaspara promover a 
convergência estrutural, desenvolver a competitividade e 
promover a coesão social, em particular das economias 
menores e regiões menos desenvolvidas; apoiar o 
funcionamento da estrutura institucional e o fortalecimento 
do processo de integração”.
• Aportes: USD 100 milhões (BR 70%, ARG 27%, UY 2%, PY 1%).
• Beneficiários: PY (48%), UY (32%), BR e AR (10% cada)
• Mais de 40 projetos aprovados em setores como habitação, 
transportes, incentivos à microempresa, biossegurança, 
capacitação tecnológica e aspectos sanitários.
• 2015: Decisão CMC 22/15 renovou o FOCEM, mas ainda não 
está em vigor (Brasil ainda não internalizou).
• 2020: FOCEM destinou USD 16 milhões para projeto de 
combate coordenado à COVID-19 (“Pesquisa, Educação e 
Biotecnologias aplicadas à Saúde”).
Organograma MERCOSUL
ORGANOGRAMA MERCOSUL 
14/07/2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
* Órgão Decisório 
 Órgão de Representação Parlamentar 
 Órgão de Representação Jurídica 
 Dependência direta 
 Relação/Coordenação 
 Instituto 
 Órgão de Apoio 
 Coordenado pelo FCCP 
PARLAMENTO DO 
MERCOSUL (PARLASUL) 
GRUPO MERCADO COMUM * 
(GMC) 
 TRIBUNAL 
ADMINISTRATIVO 
TRABALHISTA 
(TAL) 
Secretaria do Tribunal 
(ST) 
REUNIÕES DE MINISTROS 
 E ALTAS AUTORIDADES 
 
- RMEPBC Reunião de Ministros de 
Economia e Presidentes de Bancos 
Centrais 
- RME Reunião de Ministros de 
Educação 
- RMJ Reunião de Ministros de 
Justiça 
- RMT Reunião de Ministros de 
Trabalho 
- RMA Reunião de Ministros de 
Agricultura 
- RMC Reunião de Ministros de 
Cultura 
- RMS Reunião de Ministros de Saúde 
- RMIS Reunião de Ministros do 
Interior e da Segurança 
- RMIND Reunião de Ministros de 
Indústria 
- RMME Reunião de Ministros de 
Minas e Energia 
- RMADS Reunião de Ministros de 
Desenvolvimento Social 1 
- CCMASM Comissão de Coordenação 
de Ministros de Assuntos Sociais do 
MERCOSUL 
- RMTUR Reunião de Ministros de 
Turismo 
- RMMA Reunião de Ministros de 
Meio Ambiente 
- RAADH Reunião de Altas 
Autoridades sobre Direitos Humanos 
no MERCOSUL 2 
- RMAAM Reunião de Ministras e 
Altas Autoridades da Mulher 
- RAPIM Reunião de Autoridades 
sobre Povos Indígenas 
- RAFRO Reunião de Ministros e Altas 
Autoridades sobre os Direitos dos 
Afrodescendentes 
- RMAGIR Reunião de Ministros e 
Altas Autoridades de Gestão Integral 
de Riscos de Desastres 
 
 GRUPOS 
 
- GANEMPLE Grupo de 
Alto Nível para a 
Estratégia MERCOSUL 
de Crescimento do 
Emprego 
- GTVENE Grupo de 
Trabalho para a 
Negociação do Processo 
de Adesão da República 
Bolivariana da Venezuela 
- GANREL Grupo de 
Alto Nível sobre 
Relação Institucional 
entre o Conselho 
Mercado Comum e o 
Parlamento do 
MERCOSUL 
 
CONSELHO DO MERCADO 
COMUM * 
(CMC) 
 COMISSÃO DE COMÉRCIO * 
DO MERCOSUL (CCM) 
GRUPOS 
- GAIM Grupo de 
Assuntos Jurídicos e 
Institucionais do 
MERCOSUL 
- GAO Grupo de 
Assuntos Orçamentários 
- GCI Grupo de 
Cooperação 
Internacional 
- GIN Grupo de 
Incorporação Normativa 
MERCOSUL 
- GRELEX Grupo de 
Relacionamento Externo 
- GAD Grupo Agenda 
Digital do MERCOSUL 
- GANEP Grupo de 
Adesão de Novos 
Estados Partes 
 
SUBGRUPOS DE 
TRABALHO 
 
- SGT N° 1 
"Comunicações " 
- SGT N° 3 
"Regulamentos Técnicos 
e Avaliação da 
Conformidade 
- SGT N° 4 "Assuntos 
Financeiros" 
- SGT N° 5 "Transporte" 
- SGT N° 6 "Meio 
Ambiente" 
- SGT N° 7 "Indústria e 
Integração Produtiva" 
- SGT N° 8 "Agricultura" 
- SGT N° 9 " Energia" 
- SGT N° 10 "Assuntos 
Trabalhistas, Emprego e 
Seguridade Social" 
- SGT N°11 “Saúde" 
- SGT N°12 
“Investimentos" 
- SGT N°13 “Comércio 
Eletrônico" 
- SGT N° 15 “Mineração 
e Geologia" 
- SGT N° 16 
"Contratações Públicas 
- SGT N° 17 “Serviços" 
- SGT N° 18 “Integração 
Fronteiriça" 
 
REUNIÕES 
ESPECIALIZADAS 
 
- REAF Reunião 
Especializada de 
Agricultura Familiar 
- RECAM Reunião 
Especializada de 
Autoridades 
Cinematográficas e 
Audiovisuais do 
MERCOSUL 
- RED Reunião 
Especializada de 
Autoridades de 
Aplicação em Matéria 
de Drogas 
- RECyT Reunião 
Especializada de Ciência 
e Tecnologia 
- RECM Reunião 
Especializada de 
Cooperativas 
- REDPO Reunião 
Especializada de 
Defensores Públicos 
Oficiais do MERCOSUL 
- REES Reunião 
Especializada de 
Estatísticas do 
MERCOSUL 
- REJ Reunião 
Especializada da 
Juventude 
- REMPM Reunião 
Especializada de 
Ministérios Públicos do 
MERCOSUL 
- REOGCI Reunião 
Especializada de 
Organismos 
Governamentais de 
Controle Interno 
- RET Reunião 
Especializada de 
Turismo 
 
 
 
 
GRUPOS AD HOC 
- GAHAZ Grupo Ad Hoc 
Setor Açucareiro 
- GAHTEC Grupo Ad Hoc 
para Examinar a 
Consistência e Dispersão 
da Tarifa Externa Comum 
- GAHSA Grupo Ad Hoc 
para a Superação das 
Assimetrias 
- GAH BK/BIT Grupo Ad 
Hoc para os Setores de 
Bens de Capital e de Bens 
de Informática e 
Telecomunicações 
- GAHB Grupo Ad Hoc 
Biocombustíveis 
- GAHDM Grupo Ad Hoc 
Domínio MERCOSUL 
- GAHDOC Grupo Ad Hoc 
para a Eliminação da 
Dupla Cobrança da Tarifa 
Externa Comum e 
Distribuição da Renda 
Aduaneira 
- GAHPAM Grupo Ad Hoc 
para a Elaboração e 
Implementação da Placa 
MERCOSUL 
- GAHTR Grupo Ad Hoc 
de Temas Regulatórios 
- GAHMPMEs Grupo Ad 
Hoc de Micro, Pequenas 
e Médias Empresas 
 
CT N° 1 
Tarifas, 
Nomenclatura 
e Classificação 
de Mercadorias 
d 
 
CT N° 2 
Assuntos 
Aduaneiros e 
Facilitação 
do Comércio 
 
CT N° 3 
Normas e 
Disciplinas 
Comerciais 
 
CT N° 4 
Políticas Públicas 
que Distorcem a 
Competitividade 
 
CT N° 6 
Estatísticas de 
Comércio 
Exterior do 
MERCOSUL 
 
CT N° 7 
Defesa do 
Consumidor de 
 
 
CDCS 
Comitê de 
Defesa 
Comercial e 
Salvaguardas 
de 
 
SECRETARIA DO 
MERCOSUL 
 (SM) de 
 
COMISSÃO DE 
REPRESENTANTES 
PERMANENTES DO 
MERCOSUL 
(CRPM) 
FORO DE CONSULTA E 
CONCERTAÇÃO POLÍTICA 
(FCCP) 
TRIBUNAL 
 PERMANENTE 
DE REVISÃO 
(TPR) 
Instituto Social do 
MERCOSUL (ISM) 
1 
Instituto de Políticas 
Públicas de Direitos 
Humanos (IPPDH) 2 
FOROS, COMISSÃO E 
OBSERVATÓRIO 
 
- FCES Foro Consultivo 
Econômico e Social 
- CSLM Comissão 
Sociolaboral do 
MERCOSUL 
- CA-FOCEM Conselho 
de Administração do 
Fundo para a 
Convergência 
Estrutural do 
MERCOSUL 
- CA Comitê Automotivo 
CT N° 5 
Defesa da 
Concorrência 
 
 
 
CTAT 
Comitê Técnico ad hoc 
para a Adequação e 
Transposição das Listas 
de Acordos Comerciais 
com Terceiros /NCM 
CAH-QUOTAS 
Comitê ad hoc sobre 
o Controle de 
Quotas do 
MERCOSUR 
Estágio profundo de integração para além da área econômica.
No decorrer do processo de integração, a agenda do MERCOSUL 
foi paulatinamente ampliada, passando a incluir temas políticos, 
sociais e de cidadania. Os dois marcos na área social e cidadã do 
MERCOSUL são, respectivamente, o Plano Estratégico de Ação 
Social (2011) e o Plano para a Conformação de um Estatuto da 
Cidadania do MERCOSUL (2010).
O MERCOSUL é instrumento fundamental para a promoção da 
cooperação, do desenvolvimento, da paz e da estabilidade na 
América do Sul. É o principal instrumento com que o Brasil conta 
para cumprir o disposto no parágrafo único do art. 4º da 
Constituição Federal, segundo o qual “a República Federativa do 
Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural 
dos povos da América Latina, visando à formação de uma 
comunidade latino-americana de nações”.
Dados 
básicos do 
MERCOSUL 
hoje
67% do território da América do Sul (quase 3x a área da União Europeia); 
62,2% da população sul-americana (3,5% da população mundial)
69,2% do PIB da América do Sul em 2019 
O MERCOSUL representa o 8º maior PIB mundial (US$ 2,38 tri em 2019).
As trocas dentro do bloco multiplicaram-se em sete vezes desde sua criação, 
passando de US$ 4,5 bilhões em 1991 para US$ 33,5 bilhões em 2019, levando-se 
em conta apenas o comércio entre os sócios fundadores.
OMERCOSUL é o principal receptor de IED na região. Segundo dados da UNCTAD, o 
MERCOSUL recebeu, em 2019, 67,3% dos IED na América do Sul.
Produtos
MERCOSUL – Mundo
2020
Exportações Importações
Soja
13%
Petróleo cru
10%
Minério de ferro
8%
Torta de óleo de 
soja
6%
Óleo de petróleo
6%
Telefones
2%
Petróleo cru
2%
Cloreto de potássio
abono
2%
SM/UTECEM
Março - 2021
Medicamentos
2%
Milho
5%
Liberalização 
comercial
• Dec. CMC Nº 32/00: reafirma que os estados partes do 
MERCOSUL devem negociar, de forma conjunta, acordos 
de natureza comercial com terceiros países ou blocos de 
países extrazona nos quais se outorguem preferências 
tarifárias.
• O MERCOSUL negociou acordos de livre-comércio com 
todos os países da América do Sul, com exceção da 
Guiana e do Suriname.
• Como consequência, completou-se, em janeiro de 2019, 
uma área de livre-comércio de fato com os países da 
região. 
• 2007: CMC aprovou o “Sistema de Pagamento em 
Moedas Locais”. Em funcionamento para operações 
entre Brasil e Argentina e entre Brasil e Uruguai. 

• 2010: Aperfeiçoamento da união aduaneira com a 
conclusão de um Código Aduaneiro do MERCOSUL,
prevendo-se, ainda, o fim da bitributação em três etapas 
(2012, 2014 e 2019).
Relacionamento externo
• A partir dos anos 2000, o MERCOSUL concluiu seus primeiros acordos comerciais com países de fora da região latino-americana: 
• Acordos de Preferência Comercial (ACP)
• 2004: Índia (em vigor desde 2010)
• 2008: União Aduaneira da África Austral (SACU) (em vigor desde 2016)
• Acordos de livre-comércio
• 2007: Israel (em vigor desde 2010)
• 2010: Egito (em vigor desde 2017)
• 2011: Palestina (ainda não está em vigor)
• Negociações concluídas (mas acordos ainda não assinados):
• 2019: Acordo de Associação entre o MERCOSUL e a União Europeia
• 2019: Acordo de livre-comércio entre o MERCOSUL e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA)
• Os acordos com a UE e a EFTA, atualmente em fase de revisão técnica e jurídica, são os primeiros acordos extrarregionais do 
MERCOSUL com parceiros do mundo desenvolvido. 
• Negociações de acordos de livre-comércio em curso:
• 2018: Canadá, Coreia do Sul e Singapura. 
• 2019: retomadas as negociações de acordo de livre-comércio com o Líbano.
• 2019: tratativas para a expansão do acordo com Israel.
• 2020: MERCOSUL lançou proposta de negociação de acordo livre-comércio para América Central e Caribe
• 2020: MERCOSUL enviou oferta de acordo de facilitação de comércio e marco regulatório à Aliança do Pacífico e aguarda resposta.
Acordo de Associação MERCOSUL-UE
• 1992: Acordo de Cooperação Institucional entre Mercosul e a Comissão Europeia.
• 1995: Acordo-Quadro de Cooperação Inter-regional Mercosul-Comunidade Europeia iniciaram 
negociação para acordo de livre-comércio. 
• 1995-2004: negociações via Comitê de Negociações Birregionais. Negociações perdem ímpeto até 
2010, quando são retomadas. MERCOSUL agressivo na área agrícola, e UE em bens industriais e 
serviços.
• Negociação concluída em 2019.
• TRÊS PILARES: i) diálogo político, ii) cooperação e iii) livre-comércio. 
• O acordo comercial é composto por capítulos e anexos, relativos aos seguintes temas: 1) acesso 
tarifário ao mercado de bens (compromissos de desgravação tarifária); 2) regras de origem; 3) 
medidas sanitárias e fitossanitárias; 4) barreiras técnicas ao comércio (anexo automotivo); 5) 
defesa comercial; 6) salvaguardas bilaterais; 7) defesa da concorrência; 8) facilitação de comércio 
e cooperação aduaneira (protocolo de assistência mútua e cláusula antifraude); 9) serviços e 
estabelecimento; 10) compras governamentais; 11) propriedade intelectual (indicações 
geográficas); 12) integração regional; 13)diálogos; 14) empresas estatais; 15) subsídios; 16) 
pequenas e médias empresas; 17) comércio e desenvolvimento sustentável; 18) anexo de vinhos 
e destilados; 19) transparência; 20) temas institucionais, legais e horizontais; e 21) solução de 
controvérsias.
• Além do comércio de bens, incluem:
• ofertas de liberalização dos setores de compras governamentais e do comércio de 
serviços e de investimentos. 
• Componente ambiental, social e de sustentabilidade.
• Capítulos de desenvolvimento sustentável reforçam os compromissos ambientais e sociais 
assumidos pelas partes na esfera multilateral, a exemplo do Acordo de Paris sobre a 
Mudança do Clima, da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e 
da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção e das Convenções Internacionais da Organização 
Internacional do Trabalho. 
O MERCOSUL na 
atualidade 
(âmbito interno)
• Revigoramento da vertente econômico-comercial 
do bloco com resgate da vocação original do 
MERCOSUL para a abertura e a integração com o 
mundo. 
• Reforço da democracia e do livre-comércio.
• Revisão integral dos principais instrumentos de 
política comercial comum: a TEC e o Regime de 
Origem. 
• Retomada do diálogo sobre os setores automotivo e 
açucareiro, que estava paralisado havia, 
respectivamente, 15 e 19 anos. 
• Fortalecimento do livre-comércio no interior do 
bloco: acordos de facilitação do comércio e de 
reconhecimento mútuo de indicações geográficas de 
origem.
• Modernização das estruturas organizacionais do 
bloco, com a racionalização orçamentária e 
institucional e aperfeiçoamento dos métodos de 
gestão.
O MERCOSUL na 
atualidade 
(âmbito externo)
• MERCOSUL tem buscado negociar acordos 
mais abrangentes e profundos com parceiros 
mais competitivos. 
• Tônica de flexibilidade nas negociações com 
atores externos (mensagem à Argentina). Mas 
e o Uruguai?
• Na América do Sul: aprofundar os vínculos nos 
temas chamados "não tarifários", como 
comércio de serviços, investimentos, compras 
governamentais, facilitação do comércio e 
comércio eletrônico. 
• Desde 2014, o MERCOSUL aproxima-se da 
Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, México e 
Peru) em temas como facilitação do comércio 
barreiras não tarifarias com objetivo 
estratégico de buscar maior inserção na região 
da Ásia-Pacífico. 
Acordos 
recentes na 
área 
comercial
(intra-
MERCOSUL))
2017: Protocolo de Cooperação e Facilitação de 
Investimentos
2017: Protocolo de Contratações Públicas do MERCOSUL
2019: Acordo sobre Facilitação de Comércio do 
MERCOSUL
2019: Acordo para a Proteção Mútua das Indicações 
Geográficas dos Estados Partes do MERCOSUL
2020: Acordo sobre Comércio Eletrônico do MERCOSUL
Acordos 
recentes na 
área cidadã e 
de 
cooperação 
policial
2018: Acordo sobre Revalidação de Títulos ou Diplomas de Ensino 
Superior em Nível de Graduação no MERCOSUL
2019: Acordo para a Eliminação da Cobrança de Encargos de 
Roaming Internacional aos Usuários Finais de Serviços de 
Telefonia Móvel no MERCOSUL 
2019: Acordo sobre Mecanismo de Cooperação Consular 
2019: Acordo sobre Localidades Fronteiriças Vinculadas
2019: Acordo de Cooperação Policial Aplicável aos Espaços 
Fronteiriços (hot pursuit);
2019: Acordo sobre Reconhecimento Recíproco de Certificados de 
Assinaturas Digitais do MERCOSUL.
• Cúpula de Presidentes do MERCOSUL, realizada virtualmente em 
26/3/21, em comemoração dos 30 anos do Tratado de Assunção.
• Lançamento do Estatuto da Cidadania do MERCOSUL, documento 
que compila direitos e benefícios garantidos pelo bloco aos 
cidadãos (Dec. CMC nº 64/10).
• Função informativa, consolidando e sistematizando os 
direitos e garantias já em vigor.
• O ECM não tem natureza de tratado, senão de um compêndio dos 
direitos advindos de acordos, protocolos e decisões em vigor 
(Acordo de Residência, de Seguridade Social, de isenção de visto, 
de documento de viagem, Declaração Sociolaboral, Placa comum 
de identificação veicular do MERCOSUL, etc.).
• O Estatuto tem capítulos temáticos em linha com a execução dos 
eixos do Plano de Ação, tratando dos diferentes temas 
relacionados à cidadania no MERCOSUL: circulação de pessoas e 
direitos reconhecidos em matéria de fronteiras, identificação, 
documentação e cooperaçãoconsular, trabalho e emprego, 
seguridade social, educação, transporte comunicações, defesa do 
consumidor e direitos políticos.
Bons Estudos !

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